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ria o Serviço Voluntário de Capelania Prisional Interdenominacional em todos os estabelecimentos do Sistema Penitenciário e dá outras providências.doc

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ria o Servio Voluntrio de Capelania Prisional Interdenominacional em todos os estabelecimentos do Sistema Penitencirio e d outras providncias.Art. 1 - Fica criado o Servio Voluntrio de Capelania Prisional Interdenominacional em toda unidade carcerria do Sistema Penitencirio da Republica Federativa do Brasil, objetivando o atendimento espiritual e religioso aos presos, internados e seus familiares, assim como aos profissionais de segurana, respeitada, sempre, vontade dos mesmos.Art. 2 - O Servio Voluntrio de Capelania Prisional Interdenominacional estar afeto e subordinado a Direo da unidade prisional, cabendo a esta aceitar ou no as indicaes de novos voluntrios que vierem a serem feitas pelo Capelo Titular, assim como o prprio Capelo.Art. 3 O Servio Voluntrio de Capelania Prisional Interdenominacional ser exercido mediante a assinatura de termo de adeso, celebrado entre a unidade prisional e o prestador do servio.Art. 4 - O Servio Voluntrio de Capelania Prisional Interdenominacional ser coordenado por um Capelo Titular formado em curso especfico de capelania, com especializao na rea prisional e aprovado pela Direo da Unidade, assistido por um Capelo Adjunto e Auxiliares de Capelania. 1 O candidato a Capelo Titular dever apresentar, alm da prova de formao em capelania, curriculum vitae, carta de referncia de trs capeles de diferentes denominaes crists. 2 Professando o candidato outra religio, a carta de referncia ser assinada por membro imediatamente superior de sua Ordem religiosa. 3 Obrigatoriamente, os capeles titular e adjunto sero de religies diferentes.Art. 5 Ser de responsabilidade do Capelo Titular:I Coordenar o Servio Voluntrio de Capelania Prisional Interdenominacional, respondendo pelo mesmo junto Direo da unidade;

II Selecionar e equipar os voluntrios, que constituir a equipe de visitadores religiosos da unidade;III - Fornecer relatrios mensais Direo da unidade, ou sempre que solicitados pelo Diretor;IV - Aprovar, ou no, toda literatura religiosa impressa que for distribuda na unidade;V Distribuir e supervisionar as tarefas da equipe de visitadores.VI - Aprovar o acesso de visitadores religiosos eventuais Unidade, obedecendo aos critrios estabelecidos no Art. 7 desta lei e transmitindo-lhes as regras estabelecidas para o exerccio da capelania voluntria na Unidade.Art. 6 O Capelo Titular ministrar Curso Bsico de Capelania Carcerria, periodicamente, devendo abranger orientaes sobre o servio de capelania, tica carcerria, compromisso com a no violncia, respeito vida, solidariedade, relacionamento com profissionais da segurana, teologia do sofrimento, consolo, noes de aconselhamento cristo e comportamento tico no ambiente prisional e problemas inerentes a egressos com a sua incluso social.Art. 7 O Capelo Titular formar a equipe de visitadores selecionados obedecendo aos seguintes critrios:I - Entrevista pessoal para conhecer os motivos que levam o candidato a procurar o servio voluntrio de Capelania Prisional;II Recebimento da carta de referncia da autoridade religiosa, de que tratam os pargrafos 1 e 2 do artigo 4 desta Lei;III Verificao da prova de participao em curso bsico de Capelania Prisional;IV Recebimento da documentao para registro na Direo da Unidade, sendo indispensveis a Carteira de Identidade, CPF, duas fotos 3x4 recentes, comprovante de residncia e carta de apresentao da entidade de origem.Art. 8 As atividades da Capelania sero realizadas respeitando-se o horrio designado pela Direo da Unidade.Art. 9 vetado ao voluntrio interferir nos procedimentos disciplinares pr-adotados para o tratamento dos internos, assim como, oferecer qualquer tipo de alimento, medicao, objetos ou outros produtos, sem a prvia autorizao da Direo da Unidade.

Art. 10 A equipe dever trabalhar portando crach fornecido pela Direo da unidade, devendo identificar-se sempre que solicitado.Art. 11 O voluntrio no poder transitar pela unidade fora dos horrios designados para o servio, sob qualquer pretexto.Art. 12 O voluntrio que desobedecer quaisquer dispositivos desta Lei ser suspenso de suas atividades, de imediato, por tempo a ser determinado pelo Capelo Titular, em consonncia com a Direo da unidade.Art. 13 A Direo da unidade dever designar espao fsico a ser utilizado pelo Capelo Titular para entrevistar voluntrios, receber pessoas, realizar reunies com a equipe e guardar material a ser utilizado em servio.Art. 14 O Servio Voluntrio de Capelania no gera vnculo empregatcio, nem obrigaes de natureza trabalhista, previdenciria ou afim.Art. 15 - Ficam revogadas, a partir da publicao desta lei, as credenciais de capelania emitidas por instituies no autorizadas legalmente.Art. 16- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

JustificativaA assistncia ao preso e ao internado dever do Estado brasileiro, com a cooperao da comunidade, conforme se extrai dos ditames dos artigos 4 e 10, da Lei de Execuo Penal.Determinadas pessoas, previamente preparadas, devem ter acesso regulamentar aos institutos penais para promover a dignidade e a cidadania dos presos, internos e funcionrios.O Governo Federal deve incentivar e viabilizar todas as modalidades de participao da sociedade na administrao e controle dos servios pblicos das penitencirias, centros de deteno e outros organismos que reprimem a liberdade do cidado, j que todo ser humano deve receber um tratamento humano, pois o preso e o cidado livre so absolutamente iguais em dignidade pessoal.Pese embora existam disposies constitucionais e legais a respeito, verifica-se que certos estabelecimentos prisionais costumam no oferecer condies adequadas para que religiosos possam levar aos internos e seus familiares os servios a que se dispem.

Na maioria das vezes, no se trata de intransigncia das unidades, mas sim um cuidado para com a prpria tranqilidade e segurana dos presos, familiares e do prprio servio penitencirio, pois se tem percebido que aos visitantes falta um preparo especial para o desenvolvimento da atividade a que se prope.H caso em que, no lugar de consolo, levam desespero e mais violncia ao interno, tormento famlia e irritao aos profissionais de segurana.O visitante deve ser aquele que amenize a dor do preso, que saiba consolar, que tenha empatia, que obedea s ordens da unidade, que guarde sigilo e que aja com extremo bom senso.Para que existam equipes bem formadas necessrio que exista a capelania.Em muitos momentos de sua vida o ser humano necessita ser consolado, confortado e orientado para enfrentar as aflies do mundo.O Servio Voluntrio de Capelania Prisional Interdenominacional desempenha este papel, ajudando algum que est privado de sua liberdade por um ato que deve ser punido e entendido.O servio prestado pelos voluntrios ser para todos cristos, e at mesmo para ateus, caso queiram, independente do credo religioso que professem, o mesmo se dando ao Capelo Titular e Adjunto que, preenchendo os requisitos desta Lei, poder ser de qualquer religio.Por entender ser absolutamente necessrio a visitao aos detentos e internos, familiares e outros, dentro de critrios seguros, ticos, disciplinados e eficazes, que esperamos contar com o apoio dos nobres Pares para a aprovao do presente Projeto de Lei.