36
Rima Barragem Ipojuca ›› 66 13 ESTUDOS E PROJETOS EXPECTATIVA DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO À IMPLANTAÇÃO DO PROJETO MA POPULAÇÃO I T R L 2 CE MODER. MI 14 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO TRANSFERÊNCIA OU RETIRADA COMPULSÓRIA DA POPULAÇÃO QUE HABITA HOJE A ADA MA POPULAÇÃO D T I L 4 CE MUITO ALTA CO / MI 15 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO RUPTURA DE ATIVOS/REDES SOCIAIS (RELAÇÕES DE VIZINHANÇA, AJUDA MÚTUA, TROCA DE FAVORES ETC.) MA POPULAÇÃO D T R L 4 MP ALTA MI 16 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO CRIAÇÃO DE PÓLOS DE ATRAÇÃO MIGRATÓRIA E AUMENTO DA DEMANDA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, OS CONSEQÜENTES RISCOS DE COLAPSO DESTES SETORES MA POPULAÇÃO I P R AID 2 P BAIXA MI 17 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO PARALISAÇÃO, REDUÇÃO OU INCREMENTO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS MA ATIVIDADES ECONÔMICAS I T R L 3 MP ALTA MI 18 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA DÉFICIT DE SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES NA CONSTRUÇÃO DAS OBRAS FACE AO INCREMENTO DA POPULAÇÃO MA SAÚDE PÚBLICA I T R L 3 PP BAIXA CO / MI 19 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL GERAÇÃO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS E DOMÉSTICOS COM POTENCIAL POLUIDOR DURANTE A OPERAÇÃO DO(S) CANTEIRO(S) DE OBRA MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 CE ALTA MI 20 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE DIVERSAS TIPOLOGIAS DURANTE A OPERAÇÃO DO(S) CANTEIRO(S) DE OBRA MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 CE ALTA MI 21 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL AUMENTO DOS NÍVEIS DE RUÍDO , BEM COMO DE MATERIAL PARTICULADO E OUTROS POLUENTES DO AR MF QUALIDADE DO AR D P R L 2 CE MODER. MI 22 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS E USO DE BOTA-FORAS DEGRADAÇÃO DAS ÁREAS DE EMPRÉSTIMO E BOTA- FORA MF MORFOLOGIA D T R L 3 CE ALTA MI 23 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS E USO DE BOTA-FORAS POSSIBILIDADE DE EXPOSIÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRUTURAS HISTÓRICAS E PRÉ-COLONIAIS NÃO CONHECIDAS, E/OU DESTRUIÇÃO DE FONTES PRETÉRITAS DE MATÉRIA-PRIMA MA PATRIMÔNIO CULTURAL D T R L 4 P MODER. MI IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTO N ° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO DO IMPACTO DIRECIONALIDADE MF / MB / MA NATUREZA D / I FREQUÊNCIA T / C / P REVERSIBILI- DADE R / I ABRANGÊNCIA L / AID / RG / G MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4 INCERTEZA RE / PP / P / MP / CE IMPACTOS NEGATIVOS I. NEGATIVOS NA FASE DE PLANEJAMENTO I. NEGATIVOS NA FASE DE IMPLANTAÇÃO

Rima Barragem Ipojuca - Agência Pernambucana de Águas e ... · paralisaÇÃo, reduÇÃo ou incremento de atividades econÔmicas ma atividades econÔmicas it r l 3 mpalta mi 18 implantaÇÃo

  • Upload
    vudang

  • View
    222

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Rima Barragem Ipojuca ›› 66

13 ESTUDOS E PROJETOS EXPECTATIVA DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO À IMPLANTAÇÃO DO PROJETO MA POPULAÇÃO I T R L 2 CE MODER. MI

14 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO

TRANSFERÊNCIA OU RETIRADA COMPULSÓRIA DA POPULAÇÃO QUE HABITA HOJE A ADA MA POPULAÇÃO D T I L 4 CE MUITO ALTA CO / MI

15 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO

RUPTURA DE ATIVOS/REDES SOCIAIS (RELAÇÕES DE VIZINHANÇA, AJUDA MÚTUA, TROCA DE FAVORES ETC.)

MA POPULAÇÃO D T R L 4 MP ALTA MI

16 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO

CRIAÇÃO DE PÓLOS DE ATRAÇÃO MIGRATÓRIA E AUMENTO DA DEMANDA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, OS CONSEQÜENTES RISCOS DE COLAPSO DESTES SETORES

MA POPULAÇÃO I P R AID 2 P BAIXA MI

17 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO

PARALISAÇÃO, REDUÇÃO OU INCREMENTO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS MA ATIVIDADES

ECONÔMICAS I T R L 3 MP ALTA MI

18IMPLANTAÇÃO DO

CANTEIRO / CONTRATAÇÃO DE MÃO

DE OBRA

DÉFICIT DE SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES NA CONSTRUÇÃO DAS OBRAS FACE AO INCREMENTO DA POPULAÇÃO

MA SAÚDE PÚBLICA I T R L 3 PP BAIXA CO / MI

19 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL

GERAÇÃO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS E DOMÉSTICOS COM POTENCIAL POLUIDOR DURANTE A OPERAÇÃO DO(S) CANTEIRO(S) DE OBRA

MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 CE ALTA MI

20 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL

GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE DIVERSAS TIPOLOGIAS DURANTE A OPERAÇÃO DO(S) CANTEIRO(S) DE OBRA

MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 CE ALTA MI

21 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL

AUMENTO DOS NÍVEIS DE RUÍDO , BEM COMO DE MATERIAL PARTICULADO E OUTROS POLUENTES DO AR

MF QUALIDADE DO AR D P R L 2 CE MODER. MI

22 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS E USO DE BOTA-FORAS

DEGRADAÇÃO DAS ÁREAS DE EMPRÉSTIMO E BOTA-FORA MF MORFOLOGIA D T R L 3 CE ALTA MI

23 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS E USO DE BOTA-FORAS

POSSIBILIDADE DE EXPOSIÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRUTURAS HISTÓRICAS E PRÉ-COLONIAIS NÃO CONHECIDAS, E/OU DESTRUIÇÃO DE FONTES PRETÉRITAS DE MATÉRIA-PRIMA

MA PATRIMÔNIO CULTURAL D T R L 4 P MODER. MI

IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTON° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO

DO IMPACTODIRECIONALIDADE

MF / MB / MANATUREZA

D / IFREQUÊNCIA

T / C / PREVERSIBILI-

DADER / I

ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G

MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4

INCERTEZARE / PP / P /

MP / CEIMPACTOS NEGATIVOS

I. NEGATIVOS NA FASE DE PLANEJAMENTO

I. NEGATIVOS NA FASE DE IMPLANTAÇÃO

Rima Barragem Ipojuca ›› 67

24 OBRA CIVIL

RISCOS DE ACIDENTES COM A POPULAÇÃO LOCAL E COM PESSOAL ALOCADO ÀS OBRAS EM DECORRÊNCIA DO TRÂNSITO PESADO E PRESENÇA DE MÁQUINAS

MA SAÚDE PÚBLICA I P R L 3 P MODER. MI

25OBRA CIVIL /

ESCAVAÇÕES NO LEITO DO RIO

RISCOS E DESCONFORTOS ASSOCIADOS À PROVÁVEL UTILIZAÇAO DE EXPLOSIVOS PARA DESMONTE DE MATERIAL ROCHOSO NO LEITO DO RIO

MA SAÚDE PÚBLICA D T R L 3 MP ALTA MI

26OBRA CIVIL /

ESCAVAÇÕES NO LEITO DO RIO

AUMENTO DA TURBIDEZ D'ÁGUA E CARREAMENTO DE PARTÍCULAS PARA JUSANTE DO PONTO DE BARRAMENTO

MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 MP ALTA MI

27OBRA CIVIL /

CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM

POSSIBILIDADE DE SOTERRAMENTO DE ESTRUTURAS HISTÓRICAS E PRÉ-COLONIAIS NÃO CONHECIDAS

MA PATRIMÔNIO CULTURAL D T R L 4 P MODER. MI

28OBRA CIVIL /

CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM

INTERRUPÇÃO DA MIGRAÇÃO DE PEIXES MB ICTIOFAUNA D P I RG 1 PP MUITO BAIXA MI

29 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO SUPRESSÃO DE REMANESCENTES FLORESTAIS MB FLORA

TERRESTRE D T I L 3 CE ALTA CO

30 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO PERDA DE MATA CILIAR E VÁRZEAS ALAGÁVEIS MB FLORA

TERRESTRE D T I L 3 CE ALTA CO

31 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO

PERDA DE HABITAT DE FAUNA TERRESTRE E DESLOCAMENTO DE INDIVÍDUOS DAS ESPÉCIES ANIMAIS PARA ÁREAS CONTÍGUAS DE MATA NÃO IMPACTADA, DENTRO DE UM MESMO FRAGMENTO FLORESTAL.

MB FAUNA D T I L 3 CE ALTA CO

32 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO

POSSÍVEL GERAÇÃO OU INTENSIFICAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS E CONSEQUENTE AUMENTO DO ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO

MF SOLO D T R L 2 MP MODER. MI

33 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

TRANSFORMAÇÃO DO AMBIENTE LÓTICO PARA LENTICO OU MISTO MF HIDROGRAFIA D T I L 4 CE MUITO ALTA CO

34 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

AUMENTO DA PROPENSÃO A INSTABILIDADE DOS TALUDES NATURAIS MF SOLO D T I L 2 MP MODER. MI

35 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO LENÇOL FREÁTICO, COM O ALAGAMENTO DE ÁREA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

MF ÁGUA SUBTERRÂNEA D T I L 1 CE MODER. SNI

ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G

MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4

INCERTEZARE / PP / P /

MP / CE

IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTON° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO

DO IMPACTODIRECIONALIDADE

MF / MB / MANATUREZA

D / IFREQUÊNCIA

T / C / PREVERSIBILI-

DADER / I

Rima Barragem Ipojuca ›› 68

36 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

PERDA DE ÁREAS COM POTENCIAL DE EXPLORAÇÃO MINERAÇÃO, ESPECIALMENTE AREIA MF RIQUEZA MINERAL D T I L 3 CE ALTA CO

37 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DA SISMICIDADE NATURAL MF SISMICIDADE D T I RG 2 RE MODER. SNI

38 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

PERDA DE TERRAS PRODUTIVAS DE LAVOURAS DE SUBSISTÊNCIA E DE CULTIVO DE CANA-DE-AÇUCAR) MA POPULAÇÃO D T I L 3 CE ALTA CO

39 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO PERDA DE INFRA-ESTRUTURA PÚBLICA E PRIVADA MA INFRA-

ESTRUTURA D T I L 2 CE MODER. CO

40 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

PERDA DA COMUNICAÇÃO VIÁRIA ENTRE AS DUAS MARGENS DO RIO, AFETANDO A REDE DE PERCURSOS DA POPULAÇÃO E A ATIVIDADE CANAVIEIRA

MA INFRA-ESTRUTURA D T I L 4 CE MUITO ALTA CO

41 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

PERDA DE CORREDEIRAS NO RIO IPOJUCA, APROVEITADAS PELA POPULAÇÃO LOCAL E COMO ATRATIVO TURÍSTICO DO MUNICÍPIO

MA TURISMO D T I L 2 CE MODER. CO

42 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

CRIAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DE RISCO POTENCIAL PARA AS COMUNIDADES, EM FUNÇÃO DA PRESENÇA DA BARRAGEM

MA SAÚDE PÚBLICA D P I AID 4 CE MUITO ALTA MI

43 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

POSSIBILIDADE DE SUBMERSÃO DE ESTRUTURAS, EDIFICAÇÕES E SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS NÃO CONHECIDOS

MA PATRIMÔNIO CULTURAL D T R L 4 MP ALTA MI

44 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL

ALTERAÇÃO DO REGIME HÍDRICO COM A REDUÇÃO DOS PICOS DE CHEIAS NATURAIS A JUSANTE, MAS TAMBÉM COM A ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS DE ÁGUA A MONTANTE POR EFEITOS DO REMANSO

MF HIDROGRAFIA D P I AID 4 CE MUITO ALTA MI

45 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

ALTERAÇÃO DO REGIME HÍDRICO COM A GERAÇÃO DE PERÍODOS DE VAZÃO REDUZIDA A JUSANTE DA BARRAGEM, CAUSANDO CONFLITOS PELO USO D'ÁGUA

MF HIDROGRAFIA D P I AID 3 CE ALTA MI

46 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

PERDA DE ÁGUA NO RESERVATÓRIO POR EVAPORAÇÃO E INFILTRAÇÃO MF HIDROGRAFIA I P I L 1 CE MODER. SNI

47 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

GERAÇÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO RESERVATÓRIO, EM DECORRÊNCIA DA DEGRADAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA PRESENTE NO SOLO E NA ÁGUA

MF AQUECIMENTO GLOBAL I P I G 2 CE MODER. CO

IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTO

NATUREZA D / I

FREQUÊNCIA T / C / P

REVERSIBILI-DADER / I

ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G

MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4

INCERTEZARE / PP / P /

MP / CEN° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO

DO IMPACTODIRECIONALIDADE

MF / MB / MA

I. NEGATIVOS NA FASE DE OPERAÇÃO

Rima Barragem Ipojuca ›› 69

48 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

ALTERAÇÕES NO CLIMA, DECORRENTES DA PRESENÇA DO LAGO MF CLIMA I P I RG 1 RE MODER. SNI

49 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

AUMENTO DA CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA POR PRODUTOS QUÍMICOS E SUAS EMBALAGENS, ALÉM DA ENTRADA DE NÍVEIS ELEVADOS DE FÓSFORO E NITROGÊNIO PROVENIENTES DE ESGOTOS DOMÉSTICOS E FONTES NÃO PONTUAIS.

MF QUALIDADE D'ÁGUA I P R AID 3 P MODER. MI

50 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

POSSIBILIDADE DO SURGIMENTO DE FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS POTENCIALMENTE TÓXICAS MB BIOTA AQUÁTICA D P R RG 2 MP MODER. MI

51 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

MUDANÇA DA CADEIA TRÓFICA AQUÁTICA (ADAPTAÇÃO AO AMBIENTE LÊNTICO) MB BIOTA AQUÁTICA D P I L 2 CE MODER. CO

52 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA AUMENTO DA POPULAÇÃO DE MACRÓFITAS MB BIOTA AQUÁTICA I P R L 1 CE MODER. MI

53 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL

RISCO DE OBSTRUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DO VERTEDOURO E/OU DESCARGA DE FUNDO POR ENTULHO E DEJEITOS PROVENIENTES DE ESCADA, EM CASO DE ENCHENTE

MA INFRA-ESTRUTURA I C R L 4 P MODER. MI

54 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL

RISCOS DE ACIDENTES COM A POPULAÇÃO, PRINCIPALMENTE AFOGAMENTOS MA SAÚDE PÚBLICA I P R L 4 MP ALTA MI

55 IMPLANTAÇÃO DE PBA'S POSSIBILIDADE DE OCUPAÇÃO DESORDENADA DO ENTORNO DA ÁREA POR PARTE DA POPULAÇÃO MA ATIVIDADES

ECONÔMICAS I P R L 3 P MODER. MI

56 IMPLANTAÇÃO DE PBA'SDESENCADEAMENTO, REDUÇÃO OU INTENSIFICAÇÃO DE CONFLITOS PELO USO DA TERRA

MA ATIVIDADES ECONÔMICAS I T R L 3 P MODER. MI

57 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

POSSÍVEL DIMINUIÇÃO DE RENDA DA POPULAÇÃO PESCADORA - DIFICULDADE EM PESCAR COM COVO O PITU (M. CARCINUS)

MA ATIVIDADES ECONÔMICAS I R L 1 MP BAIXA MI

58 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA

FACILIDADE DE DISSEMINAÇÃO DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA MA SAÚDE PÚBLICA I P R L 4 P MODER. MI

REVERSIBILIDADE: R = REVERSÍVEL - I = IRREVERSÍVEL R = REMOTA - PP = POUCO PROVÁVEL - P = PROVÁVEL - MP = MUITO PROVÁVEL - CE = CERTA

NATUREZA: D = DIRETO - I = INDIRETOFREQUÊNCIA: T = TEMPORÁRIO - C = CÍCLICO - P = PERMANENTE

ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G

MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4

INCERTEZARE / PP / P /

MP / CE

IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTON° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO

DO IMPACTODIRECIONALIDADE

MF / MB / MANATUREZA

D / IFREQUÊNCIA

T / C / PREVERSIBILI-

DADER / I

MF = MEIO FÍSICO - MB = MEIO BIÓTICO - MA = MEIO ANTRÓPICODIRECIONALIDADE: INCERTEZA:

ABRANGÊNCIA:CONTROLE DO

IMPACTO:MX = MAXIMIZÁVEL - MI = MITIGÁVEL - CO = COMPENSÁVEL - SNI = SEM NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO

MAGNITUDE: 1 = BAIXA - 2 = MEDIA BAIXA - 3 = MÉDIA ALTA - 4 = ALTA

L = LOCAL - AID = RESTRITO À AINDA - RG = REGIONAL - G = GLOBAL

Rima Barragem Ipojuca ›› 70

ara muitas dessas ações a Compesa irá se responsabilizar, para outras deverá fazer

contratos e parcerias com várias instituições, como universidades, empresas

especializadas, ONGs e, principalmente, a prefeitura de Ipojuca e mesmo o Governo

Estadual. Algumas dessas ações deverão ser mantidas por toda a vida útil da barragem.

Os Programas Ambientais ao serem executados possibilitarão prevenção, atenuação e

correções de impactos; outros são importantes para monitorar e acompanhar as mudanças que

ocorrerão no meio ambiente da região e outros devem ser implantados para que os benefícios da

Barragem sejam alcançados e que sejam promovidas as melhorias da qualidade de vida das

pessoas da região, principalmente, daquelas que contempladas pelo futuro abastecimento.

A avaliação dos impactos ambientais decorrentes da instalação e operação da Barragem

do Engenho Maranhão levou à elaboração de 15 Programas Ambientais e ainda oito

Subprogramas que se encontram relacionados a alguns Programas. Confira a lista dos Programas

no esquema abaixo:

P

Para que a Barragem Ipojuca possa ser construída e operada com sustentabilidade, o EIA propõe um conjunto de ações para diminuir e compensar as alterações negativas e melhorar as positivas. Essas ações são os Programas de Acompanhamento e Monitoramento que devem ser colocados em prática nas etapas de construção e operação da Barragem.

Rima Barragem Ipojuca ›› 71

A seguir vamos conhecer um pouco mais sobre cada Programa e seus respectivos

Subprogramas

1. Programa de Gestão da Obra

Objetivo

O Programa de Gestão Ambiental da Obra tem como objetivo garantir o cumprimento

e a implementação de todos os Programas Ambientais propostos para o empreendimento

visando à realização das medidas e ações de mitigação, compensação e monitoramento.

Descrição

Este programa deve ser abordado considerando dois grupos de atividades principais:

● Supervisão de obras com enfoque ambiental (acompanhamento, controle e avaliações

funcionais, qualitativas e quantitativas), estruturadas como Atividades de Supervisão

Ambiental;

Programa de Gestão da Obra

Programa de Controle e Monitoramento Ambiental das Obras Ambiental das Obras

Programa de Limpeza da Bacia Hidrográfica Ambiental das Obras

Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos

Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório

Programa de Monitoramento da Fauna Vertebrada e Marginal

Programa de Educação Ambiental

Programa de Proteção ao Patrimônio Cultural

Programa de Realocação de Infra-estrutura

Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento

Programa de Reassentamento da População Diretamente Atingida

Programa de Monitoramento de Riscos e Acidentes

Programa Ambiental de Conservação e uso do Entorno do Reservatório

Programa de Comunicação Social

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

Rima Barragem Ipojuca ›› 72

● Gerenciamento da realização dos programas do PBA, viabilizando suas

implementações, as quais envolvem o desenvolvimento de processos da interação,

articulação e informação junto às comunidades e grupos de interesse.

Responsalibidade

O Programa de Gestão da Obra é de responsabilidade da

COMPESA, que poderá executar o programa com a participação

de seus próprios técnicos ou contratar empresa especializada.

2. Programa de Controle e Monitoramento Ambiental das Obras –

PCAO

Objetivo

As ações deste programa visam à proteção dos solos, flora e do manancial hídrico,

contra os impactos potenciais oriundos das atividades construtivas a serem executadas na fase de

implantação do empreendimento.

Descrição

O Acompanhamento e Monitoramento das Obras procurará garantir que as obras e

ações de implantação do empreendimento sejam desenvolvidas dentro de um padrão de

qualidade voltada à minimização dos impactos ambientais, fiscalizando e orientando a aplicação

das medidas preventivas e mitigadoras especificadas no presente Estudo Ambiental e demais

exigências formuladas pelos órgãos ambientais durante o processo de licenciamento.

A fiscalização permanente impede problemas ambientais e reverte a ocorrência de

irregularidade, controlando os processos erosivos, a recuperação de áreas degradadas, controle de

ruído, gases e material particulado, paisagismo, segurança da mão-de-obra, redução do

desconforto e acidentes e proteção da fauna e da flora.

Responsabilidade O Programa de Controle e Monitoramento Ambiental das Obras é de responsabilidade

da empresa construtora a ser contratada pela COMPESA, que poderá executar o programa com a

participação de seus próprios técnicos ou contratar empresa especializada para este trabalho.

Rima Barragem Ipojuca ›› 73

2.1 Subprograma de Gestão dos Resíduos Sólidos e Efluentes

Objetivo

Assegurar que a menor quantidade possível de resíduos seja gerada durante a construção

e que esses resíduos sejam adequadamente coletados, estocados e dispostos de forma a não

resultar em emissões de gases, líquidos ou sólidos que representem impactos significativos sobre

o meio ambiente.

Descrição

O Subprograma de Gestão dos Resíduos Sólidos constitui-se em um

conjunto de recomendações e procedimentos que visam, de um lado, reduzir a um

mínimo a geração de resíduos e, de outro lado, traçar as diretrizes para o manejo e

disposição daqueles resíduos e materiais perigosos ou tóxicos, de forma a minimizar

os seus impactos ambientais.

A COMPESA, através do Subprograma fornecerá as diretrizes do manejo

que devem ser dadas aos resíduos, a serem seguidas pela empresa a ser

contratada para execução das obras.

Responsabilidade

A empreiteira será responsável durante o período da obra e quando da fase de operação

essa passa a ser da COMPESA.

3. Programa de Limpeza da Bacia Hidrográfica

Objetivo

Erradicar a biomassa que possa em seus processos de degradação determinar a presença

de matéria orgânica com prejuízo para a qualidade da água e a instalação de processos de

eutrofização, restringindo o desmatamento ao mínimo necessário à implantação do reservatório.

Descrição

O presente Programa se caracteriza por um conjunto de ações e medidas que objetiva

limpar a área que será inundada de todos os materiais e resíduos que possam causar efeitos

negativos sobre a qualidade da água em função da formação do reservatório artificial.

A extensão da limpeza na área de inundação dependerá do tipo de vegetação, solo,

depósito de lixo e construções diversas que podem contaminar a água aumentando o processo de

eutrofização já ocorrente. A limpeza normalmente consta de demolição de construções civis tais

como fossas, residências, estábulos, etc., e remoção na bacia hidráulica da camada vegetal

Rima Barragem Ipojuca ›› 74

arbustiva e arbórea (árvores com diâmetros superiores a 15 cm), serviço esse feito, geralmente,

com trator de esteira.

Responsabilidade

A implantação do Programa de Limpeza da Bacia Hidráulica é de responsabilidade do

empreendedor – COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a obra.

4. Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos

Objetivo

Monitorar a qualidade das águas anterior à implantação do

empreendimento, durante a sua construção e após o término das obras com

relação aos parâmetros que podem ser afetados pelo empreendimento, e controlar

a operação hidrológica do reservatório de curto prazo, no que se refere a chuvas

locais e sobre o lago, vazões afluentes e defluentes (vertidas, captadas, ecológicas),

níveis de água e volumes acumulados no reservatório (periodicidade diária) e qualidade

da água.

Descrição

O monitoramento da qualidade da água em diversos pontos do rio, a montante e a

jusante, assim como o monitoramento da água do reservatório é fundamental para o objetivo

final do barramento que é o fornecimento de água à população de parte do município de Ipojuca.

O controle da água do reservatório prioritariamente para consumo humano e uso industrial

garantirá melhor qualidade de vida e o desenvolvimento econômico na região.

O programa deve ter a sua operação iniciada quando do início da construção da

barragem, com a instalação de réguas limnimétricas para a medição dos níveis da água a montante

e a jusante da barragem. Nessa ocasião deverá também ser instalado e operado o pluviômetro.

Com a conclusão da barragem e do vertedor, o Programa será ampliado com a medição

e o registro das vazões ecológicas liberadas para jusante e dos volumes captados no reservatório

para abastecimento de água.

O Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos será permanente, com duração

por toda a vida útil do reservatório. Basicamente, ele será constituído por três Subprogramas:

Subprograma de Monitoramento da Água Superficial; Subprograma de Monitoramento o Nível

de Água Subterrânea e Possíveis Contaminações do Lençol; Subprograma de Monitoramento de

Cianobactérias e Níveis de N e P.

Rima Barragem Ipojuca ›› 75

4.1 Subprograma de monitoramento o nível de água subterrânea e possíveis contaminações do lençol Objetivo

Monitorar o nível da água subterrânea por meio de poços de monitoramentos para se

observar as alterações de nível antes, durante e depois do enchimento do reservatório;

Verificar se há possíveis contaminações do lençol freático nas proximidades de fossas

sépticas dos núcleos rurais.

Descrição

O enchimento do futuro reservatório irá produzir mudanças transitórias e reajustes

permanentes no sistema hidrogeológico local. Durante o período de enchimento ocorre inversão

dos sentidos de fluxo subterrâneo em decorrência da elevação do nível de água do rio,

temporariamente promovendo-se um fluxo do reservatório para o sistema aqüífero.

De forma geral, em longo prazo ocorrerá elevação dos níveis d’água e do nível de

descarga de base local, aumento das cargas hidráulicas do aqüífero com conseqüente decréscimo

nos gradientes hidráulicos e re-equilíbrio com direcionamento do fluxo do aqüífero para os

cursos d’água.

Este programa é exclusivo da fase de Operação do barramento, após o enchimento do

reservatório.

Responsabilidade

A implantação e a manutenção de equipamentos de medição de chuvas e de níveis de

água, assim como a operação do programa e seus subprogramas é de responsabilidade da

COMPESA.

4.2 Subprograma de monitoramento da água superficial

Objetivo

Monitorar a qualidade das águas anterior à implantação do empreendimento,

durante a sua construção e após o término das obras com relação aos parâmetros

que podem ser afetados pelo empreendimento

Descrição

Neste programa devem ser estabelecidos e georeferenciados os locais

a serem amostrados, de acordo com as possíveis áreas críticas, a freqüência de

coleta e análise de amostras, e os parâmetros que devem ser analisados.

Rima Barragem Ipojuca ›› 76

Responsabilidade A equipe de execução das análises será composta por um biólogo com especialidade em

identificação e contagem de cianobactérias e um químico para análise do nitrogênio e fósforo na

água.

4.3 Subprograma de monitoramento da qualidade da água

Objetivo

Monitorar cianobactérias e níveis de nitrogênio (N) e fósforo (P) no reservatório da

Barragem do Rio Ipojuca - Engenho Maranhão.

Descrição

A substituição de ambiente lótico por lêntico ou misto aumenta os níveis de nitrogênio

e fósforo e aumenta as populações de cianobactérias potencialmente tóxicas.

A presença de cianobactérias em ambientes dulciaquícolas pode trazer conseqüências

bastante danosas ao ambiente, quando esses organismos se reproduzem demasiadamente

provocando o fenômeno conhecido por “floração”. Há possibilidade de que esses organismos

em elevadas densidades populacionais, produzam substâncias tóxicas (cianotoxinas) que quando

entram na cadeia trófica provocam graves consequências, como mortandade de peixes,

contaminação humana através de contato primário com a água ou consumo de alimentos

provenientes dessas águas.

Este Subprograma deve ser iniciado antes das obras para servir de referência para o

monitoramento durante a fase de construção e de operação do reservatório.

Responsabilidade

A equipe de execução das análises será composta por um biólogo com especialidade em

identificação e contagem de cianobactérias e um químico para análise do nitrogênio e fósforo na

água.

5. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

Objetivo

Identificar e apresentar as medidas preventivas e corretivas a serem adotadas, para a

recuperação e conservação das áreas de exploração mineral, de execução de bota-fora, e na

implantação do canteiro de obras.

Rima Barragem Ipojuca ›› 77

Descrição O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é um instrumento gerencial

que visa estabelecer as diretrizes ambientais a serem empregadas, na

reabilitação das áreas impactadas na fase de implantação do

empreendimento, de maneira a minimizar os efeitos negativos dos

impactos gerados durante as obras, e reintegrar as mesmas à paisagem

local.

Normalmente entendido como recuperação de áreas de jazidas,

empréstimos e bota-fora, o PRAD se aplica a todas as condições e locais

onde a paisagem ou a condição natural do ambiente foi alterada para

execução de uma obra, como por exemplo, área de canteiro de obras,

oficinas e depósito de material coberto ou a céu aberto, que, após conclusão da obra, não fazem

parte da área de uso direto, mas é abandonada, devendo, portanto, ser recuperada, ou ter as

condições de alteração mitigadas por um conjunto de ações que vão do aterramento,

remodelagem da topografia à revegetação, ou ainda, redefinição do uso, como no caso de

transformação de uma área de pedreira em açude para contenção de água.

Responsabilidade

A implantação do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas é de responsabilidade

da COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a execução das obras

ou empresa especializada, com os termos de compromisso devidamente estabelecidos em

contrato.

6. Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento

Objetivo

Estabelecer e consolidar ações que permitam um efetivo controle dos processos

erosivos, bem como permitir o monitoramento visando à avaliação da eficiência dessas ações,

inclusive após a implantação da obra.

Descrição

O processo erosivo acarreta assoreamento de rios e de outros mananciais e o aumento

da turbidez da água. Este processo resulta em uma cadeia de eventos no ecossistema aquático em

conseqüência da redução da capacidade de penetração da luz solar. Com baixa luminosidade

ocorre redução da vegetação aquática, limitando a fonte de alimento na cadeia alimentar dos

peixes resultando no desequilíbrio do ecossistema aquático e perda de recurso para a pesca

Rima Barragem Ipojuca ›› 78

artesanal, típica do rio Ipojuca, equilíbrio já bastante comprometido com a poluição decorrente

de esgotamentos sanitários e produtos drenados das áreas agrícolas e de pecuária ao longo da

bacia.

O Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento está associado aos

Programas de Recuperação de Áreas Degradadas, de Monitoramento dos Recursos Hídricos e ao

Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório.

Dentre as diretrizes para o Programa devem ser considerados:

● Evitar a remoção da vegetação nativa, sempre que possível;

● Evitar revolvimento extensivo do solo;

● Proteger as áreas destituídas de vegetação com outra cobertura vegetal de crescimento

rápido.

Responsabilidade A implantação do Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento é de

responsabilidade da construtora, a ser efetivado durante toda fase de implantação e

desmobilização das atividades construtivas, devendo a COMPESA, assegurar

sua fiel execução.

7 Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório

Objetivo

Revegetar as futuras áreas de preservação permanente e aquelas sujeitas à

erosão.

Descrição

A cobertura vegetal tem papel importante na estabilidade do solo, pois amortece o

impacto da chuva e contém a energia (dissipa parcialmente a energia) do escoamento superficial.

Em conseqüência, aumenta o tempo disponível para absorção da água pelos solos e subsolos, ao

mesmo tempo em que minimiza a instalação de processos erosivos e as instabilidades dos

maciços de terra daí decorrentes.

A revegetação das áreas sujeitas aos fenômenos antes descritos, logo ao encerrar o uso

provisório, evitará o surgimento ou, ao menos, minimizará as conseqüências dos processos de

degradação. Vale ressaltar que o projeto deverá priorizar as espécies adaptadas à região,

Rima Barragem Ipojuca ›› 79

selecionando aquelas que mais se adaptem às características físico/químicas do solo nos locais de

plantio, condições de umidade e condições de insolação.

Responsabilidade A implantação do Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório é

de responsabilidade da COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para

a execução das obras ou empresa especializada.

8. Programa Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório

Objetivo

Reafirmar os Programas Ambientais constantes no Plano

Básico Ambiental como instrumentos de planejamento, implementação

e monitoramento das medidas preconizadas no EIA, fazendo-os

integrante desse Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório.

Descrição

O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório é previsto pela

Resolução CONAMA 302/2002 que dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de

Preservação Permanente – APP de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.

Na verdade, o Programa trata, em sua quase totalidade, da articulação dos Programas

Ambientais elaborados para integrar o Plano Básico Ambiental, que garantirá a construção e

operação do empreendimento de forma adequada e harmoniosa com o meio ambiente,

minimizando e compensando impactos e potencializando oportunidades de conservação e

valorização dos recursos ambientais.

Responsabilidade

A COMPESA, no âmbito do procedimento de licenciamento ambiental, deve elaborar o

plano ambiental de conservação e uso do entorno de reservatório artificial em conformidade com

o termo de referência expedido pelo órgão ambiental competente.

9. Programa de monitoramento da fauna vertebrada e marginal

Objetivo

Manejar as espécies animais (principalmente vertebrados terrestres) nas áreas a serem

desmatadas e/ou alagadas com o propósito de minimizar os impactos sobre a fauna silvestre.

Rima Barragem Ipojuca ›› 80

Descrição

De um modo geral são bastante expressivos os impactos na fauna silvestre, causados

pela implantação de reservatórios. Em geral as operações de resgate minimizam, com maior

eficiência, os impactos adversos diante da opinião pública. Todavia, os resultados perante a real

conservação da fauna, não traduzem a mesma eficiência. O resgate e a soltura de espécimes são

bastante discutíveis do ponto de vista conservacionista das populações animais, uma vez que a

soltura de espécimes capturados, em fragmentos adjacentes, sem um prévio estudo da capacidade

de suporte dos mesmos, não deve ser recomendada, haja vista o aumento populacional das

espécies resgatadas nestas áreas e o conseqüente desequilíbrio ecológico resultante da interação

competitiva (impacto predatório).

Assim, na maior parte das áreas a serem diretamente impactadas, os procedimentos mais

comuns serão o de afugentamento, natural ou induzido, para um ou mais remanescentes, de

preferência contíguos ao futuro reservatório.

Com relação à destinação de espécimes capturados da fauna, consideram-se as seguintes

possibilidades: soltura imediata nas margens ou áreas de destino animal; soltura após

confinamento mínimo e aproveitamento científico.

Responsabilidade

A implantação do Plano de Manejo da Fauna Durante a Supressão da Vegetação é de

responsabilidade da COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a

execução das obras ou empresa especializada e/ou profissionais habilitados.

10. Programa de Comunicação Social

Objetivo

Transmitir as informações básicas relativas ao empreendimento

evitando a divulgação de notícias equivocadas que geram falsas expectativas e

um clima de insegurança na região de implantação do projeto.

Descrição

A implantação da Barragem do Rio Ipojuca - Engenho Maranhão vai gerar grande

interferência na rotina da população local, gerando expectativas e demandas diferenciadas com

referência a implantação e operação do empreendimento. Para garantir a implantação do projeto

com o mínimo de incômodo de vizinhança torna-se imprescindível a implantação de um

Programa de Comunicação e Educação Ambiental com as comunidades locais e funcionários da

obra.

Rima Barragem Ipojuca ›› 81

A ausência de comunicação entre o empreendedor e as empresas responsáveis pela

implantação e operacionalização das obras pode complicar a implantação do projeto e acentuar

os impactos gerados pelo empreendimento. Falta de esclarecimentos adequados sobre o

cronograma das obras, mão-de-obra envolvida, aquisição e/ou desapropriação das terras,

remanejamentos da população, interrupção de estradas vicinais utilizadas para o tráfego da

população e transporte da produção canavieira etc., promovem expectativas e desentendimentos

permitindo a geração de conflito de interesses, dificultando as negociações e o ajuste da

população regional para a nova realidade local.

O Programa de Comunicação Social é um dos mais importantes na implantação

harmônica do empreendimento, na medida em que é pró-ativo, permitindo o estabelecimento de

uma aproximação com a população local, esclarecendo em tempo as suas principais dúvidas,

minimizando expectativas e reduzindo o incomodo de vizinhança inerente a qualquer obra civil.

Responsabilidade

A implantação do Programa de Comunicação Social terá início antes do início das obras

e mantido durante toda sua execução que é de responsabilidade da COMPESA, que poderá

repassar a execução para empresa especializada.

11. Programa de Educação Ambiental

Objetivo

Desenvolver ações educativas, a serem formuladas através de

um processo participativo, visando capacitar/habilitar setores sociais,

com ênfase nos afetados diretamente pelo empreendimento, para uma

atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região.

Descrição

Diante da dificuldade da população, de modo geral, de entender e aplicar o uso

sustentável dos recursos do meio ambiente vê-se a escola como o local adequado para a tarefa de

conscientizar crianças e jovens sobre os problemas ambientais atuais e futuros de seu espaço de

vivência diária. O posicionamento correto do indivíduo frente à questão ambiental dependerá de

sua sensibilidade e da interiorização de conceitos e valores, que devem ser trabalhados de forma

gradativa e contínua e, sobretudo nas séries iniciais do ensino fundamental, devendo ocorrer

através da observação dos fatos cotidianos e dos problemas mais próximos. Assim, o Programa

de Educação Ambiental se tornará um instrumento de gestão na medida em que auxilia na

Rima Barragem Ipojuca ›› 82

formação de um cidadão capaz de uma observação crítica da sua realidade e um ator ativo na

construção de um ambiente urbano e natural preservado.

Para a elaboração do Programa deve ser adotada a concepção de que a educação

ambiental, no âmbito das atividades de gestão ambiental, deve ser entendida como um processo

que tem como objetivo proporcionar condições para a produção e aquisição de conhecimentos e

habilidades, bem como o desenvolvimento e assimilação de atitudes, hábitos e valores,

viabilizando a participação da comunidade na gestão do uso dos recursos naturais e na tomada de

decisões que afetam a qualidade dos meios natural e antrópico.

Neste sentido, o Programa de Educação Ambiental deve centrar seu foco em torno das

situações concretas vividas pelos diferentes setores sociais, reconhecendo a pluralidade e

diversidade culturais e ter um caráter interdisciplinar.

Responsabilidade

A implantação do Programa de Educação Ambiental é de responsabilidade da

COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a execução das obras

ou empresa especializada, com os termos de compromisso devidamente estabelecidos em

contrato, devendo ter início antes do lançamento do projeto construtivo e se prolongar por todo

tempo da obra.

12. Programa de Proteção ao Patrimônio Cultural

Objetivo

Estimar a quantidade de sítios arqueológicos existentes nas áreas a serem

afetadas diretamente pelo empreendimento e a extensão, profundidade,

diversidade cultural e grau de preservação nos depósitos arqueológicos com vistas

ao detalhamento do Programa de Resgate a ser executado na última fase de

licenciamento do empreendimento.

Descrição

Considerando-se a amplitude e a densidade das ocupações pré-histórica da área,

referidas através da documentação textual e dos sítios arqueológicos localizados durante a

pesquisa exploratória na fase de diagnóstico realizada em áreas de influência direta – AID e

diretamente afetada – ADA, as obras a serem realizadas para a implantação da Barragem no

Engenho Maranhão poderão potencialmente provocar danos em sítios arqueológicos.

Rima Barragem Ipojuca ›› 83

Por outro lado, o empreendimento projetado pressupõe o alagamento de uma extensão

de área gerando a possibilidade de propiciar impactos ou perda definitiva sobre o patrimônio

histórico-arqueológico regional.

12.1 Subprograma Prospecção Arqueológica

Este Subprograma deverá considerar as peculiaridades inerentes à implantação e uso de

cada área, estabelecendo uma grade amostral específica para cada uma delas, em função ainda do

tipo de terreno. Com base na grade amostral de cada área, deverão ser realizados cortes testes nos

diferentes compartimentos que integram cada uma das áreas do empreendimento passíveis de

sofrer intervenção de movimentação de terra.

O subprograma deverá ser implantado antes da construção da barragem. O relatório e

as fichas dos sítios deverão ser encaminhados ao IPHAN, juntamente com o pedido da liberação

do salvamento.

12.2 Subprograma de Resgate Arqueológico

Este subprograma deve ser detalhado com base nos resultados do Programa de

Prospecção intensiva e pretende a implantação do estudo do Patrimônio Arqueológico na área de

execução do empreendimento como forma de garantir a preservação do patrimônio cultural, o

qual engloba eventuais elementos pré-históricos e históricos da área de interesse e sua

salvaguarda.

12.3 Subprograma de Educação Patrimonial

A premissa básica para a preservação é o conhecimento e o interesse. Assim, para que a

população local contribua para a preservação, faz-se necessário que conheça, e que possa

identificar os vestígios de interesse arqueológico.

Deste modo o desenvolvimento de um programa de Educação Patrimonial tem como

público alunos e professores das escolas localizadas nas proximidades do empreendimento, os

profissionais ligados ao empreendimento e os proprietários das terras a serem prospectadas, de

modo a capacitá-los para o reconhecimento expedito de vestígios arqueológicos.

O subprograma poderá ser executado a partir da promoção de cursos, palestras,

produção de vídeo sobre os trabalhos de arqueologia, cartilhas em quantidade suficiente para

serem distribuídas durante as palestras nas comunidades e para os trabalhadores. As ações de

Rima Barragem Ipojuca ›› 84

educação patrimonial devem ser assumidas, posteriormente as fases de trabalho de campo dos

arqueólogos, pelos agentes multiplicadores, pela comunidade e pelo poder público.

12.4 Subprograma de Acompanhamento e Monitoramento Arqueológico e dos Bens Históricos

O monitoramento arqueológico visa o cadastramento e salvamento arqueológico, de

eventuais vestígios arqueológicos que não tenham sido detectados quer à superfície, quer durante

a prospecção de subsuperfície.

Responsabilidade

O Programa de Prospecção Arqueológica e seus Subprogramas deverão ser elaborados

por equipe de arqueologia e custeado pela COMPESA que deverá prever sua inclusão nos custos

da obra.

13. Programa de Relocação de Infra-estrutura

Objetivo

Recomposição específica de toda a infra-estrutura atingida pelas ações decorrentes da

implantação do Empreendimento.

Descrição

A implantação do Empreendimento resultará num conjunto de impactos à infra-

estrutura local e regional, sendo, portanto, necessário a execução de ações de recomposição dessa

infra-estrutura afetada, com vistas à compensação e/ou mitigação desses impactos.

A recomposição dessa infra-estrutura compreende, além da relocação de trechos e/ou

elementos afetados, a construção de trechos e/ou elementos complementares para atender às

novas necessidades de infra-estrutura no entorno do reservatório, resultantes da implantação e

operação do Empreendimento.

Importante ressaltar que, no âmbito deste Programa é considerada como recomposição

da infra-estrutura afetada, especialmente no que se refere ao sistema viário, a re-implantação de

estradas de rodagem e de pontes, bem como postes de eletrificação, iluminação pública e

telefonia, abrigos de parada de ônibus e prédios públicos e de interesse social como escola,

centros sociais, etc.

Rima Barragem Ipojuca ›› 85

Responsabilidade O responsável por este Programa será a COMPESA em parceria com as prefeituras

municipais inseridas na AII, ouvidos os usuários da infra-estrutura afetada, especialmente as

estradas vicinais de atendimento às usinas locais.

14. Programa de Reassentamento da População Diretamente Atingida

Objetivo

Assegurar a compensação pela perda de

bens, buscando a restauração ou a melhoria dos

meios de sobrevivência e dos padrões de vida das

pessoas reassentadas.

Descrição

O remanejamento pode se constituir em

fator de empobrecimento de populações, caso não

seja implantado um programa visando assegurar não

apenas o ordenamento dos traslados, mas que busque assegurar padrões de qualidade de vida

dignos, principalmente para os segmentos mais vulneráveis das famílias atingidas.

Do ponto de vista operacional, o remanejamento de populações requer a realização de

ações complexas, que se desdobram em um conjunto de atividades inter-relacionadas, tais como:

preparação para a mudança, traslado e reassentamento propriamente dito – implica apoio aos

reassentados na fase pós-traslados, de modo a garantir o bem-estar das pessoas, na fase de

transição/adaptação aos novos locais de residência.

Dada a complexidade que envolve os processos de remanejamento de populações, é

recomendável organizar as ações em quatro etapas distintas e complementares entre si:

Etapa 1 – Cadastro das famílias, imóveis e benfeitorias

Etapa 2 - Preparação da população para o a mudança

Etapa 3 - Elaboração do projeto de remanejamento

Etapa 4 - Organização da população na nova residência

Responsabilidade

A execução do Programa é de responsabilidade da COMPESA, podendo para isto

terceirizar a atividade através da contratação de empresa especializada.

Rima Barragem Ipojuca ›› 86

15. Programa de Monitoramento de Riscos e Acidentes

Objetivo

Administrar, realizar e controlar as atividades realizadas por terceiros, considerando e

fazendo cumprir as orientações estabelecidas pelo Plano de Gerenciamento de Segurança do

Trabalho.

Descrição A análise e o gerenciamento de riscos em uma obra hidráulica são ferramentas que

permitem a identificação dos problemas potenciais e o planejamento de ações que visem

minimizar os riscos de diferentes tipos de acidentes.

Na fase inicial da obra serão realizadas palestras de integração para funcionários das

empresas contratadas para conhecimento das principais normas e procedimentos de segurança

que deverão cumprir tendo como temas principais dentre outros que se fizerem necessários O

Programa de Monitoramento de Riscos e Acidente deverá ser desenvolvido durante toda a fase

de construção e operação do empreendimento.

Responsabilidade

A implantação do Programa de Monitoramento de Riscos e Acidentes é de

responsabilidade da construtora, a ser efetivado durante toda fase de implantação e

desmobilização das atividades construtivas, devendo a COMPESA, assegurar sua fiel execução.

Durante a fase de operação a responsabilidade pela execução desse Programa passa a ser da

COMPESA.

Rima Barragem Ipojuca ›› 87

O futuro da região sem a Barragem

Você já sabe que a construção da Barragem do Rio Ipojuca irá causar impactos

negativos e positivos. Sabe, também, que os Planos e Programas foram elaborados para evitar,

diminuir, controlar e compensar os impactos negativos ou aumentar os benefícios dos impactos

positivos. Assim, para uma melhor análise das conseqüências que a barragem vai trazer, é preciso

estudar como a região deverá se comportar, no futuro, se a obra não for feita.

O cenário de não implantação é de difícil prognóstico, em virtude das inúmeras

possibilidades que podem acontecer na bacia nos anos subseqüentes.

No que diz respeito ao Meio Físico a não implantação do empreendimento manterá a

área de influência do empreendimento conforme descrito no capitulo sobre o Diagnóstico

Ambiental. Os processos geológicos e geomorfológicos continuarão seu curso natural e as

mudanças ocorrerão dentro do Tempo Geológico e não afetarão o meio ambiente dentro da

perspectiva humana.

Com relação aos setores que podem sofrer modificações na escala de tempo perceptível

ao ser humano (solo, relevo e seu uso potencial), a área permanecerá dividida em dois setores

distintos. No primeiro com uso praticamente exclusivo com canaviais, com raros fragmentos

florestados de vegetação secundária bastante antropizados, onde a cobertura vegetal nativa

encontra-se praticamente erradicada.

O segundo setor corresponde aos trechos com ocupação humana mais densa,

representados pela área final do reservatório onde se encontra o adensamento urbano da cidade

de Escada e, esparsamente, aglomerados rurais dos quais se destacam o Engenho Pará e o

Diante de tudo que foi visto até então neste RIMA, fica claro que o Projeto da Barragem do Rio Ipojuca terá um grande impacto (positivo e negativo) na região. Quanto aos negativos, estes poderão ser substancialmente amenizados a partir da implementação das medidas mitigadoras e dos programas ambientais. Neste capítulo você conhecerá as perspectivas futuras da região com e sem a construção da Barragem.

Rima Barragem Ipojuca ›› 88

Engenho Maranhão, ambos serão parcialmente inundados no processo de enchimento do

reservatório com a construção do barramento.

Considerando-se o quadro atual e a tendência natural de expansão urbana e o incentivo

dos municípios de Ipojuca e Escada para a implantação de indústrias em seus territórios, as áreas

atualmente utilizadas para produção canavieira deverão ser reduzidas ao longo dos próximos

anos. Neste cenário, as oportunidades de emprego e garantia de qualidade de vida da população

se apresentam como um futuro frágil onde se fortalece o modelo urbanístico em detrimento do

modelo rural de ocupação.

Com relação ao meio socioeconômico a não implantação do empreendimento pode

prolongar a situação atual com forte dependência da economia canavieira da área de influência, o

baixo índice de desenvolvimento humano municipal e a fragilidade da organização social rural.

A não implantação do empreendimento tem seu desdobramento mais relevante no

agravamento progressivo do déficit hídrico da Região Metropolitana do Recife onde o acréscimo

de vazão proveniente do reservatório do Rio Ipojuca – Engenho Maranhão se constitui como

uma peça importante no planejamento regional para atendimento da demanda até o ano de 2020

aproximadamente.

Prognóstico de cheias sem o empreendimento

Observa-se que todo ano o aumento de vazão é acompanhado pela elevação dos níveis

de água, afetando bairros do município de Escada localizados em cotas baixas e principalmente

aquelas comunidades que se assentaram irregularmente nas margens do rio, estrangulando-o,

assoreando-o com resíduos sólidos e ocupando suas áreas marginais de amortecimento de cheias.

As conseqüências dessa elevação dos níveis de água são na maioria das vezes pouco relevantes ao

ponto do governo municipal conviver com essa situação sem tomar uma medida rigorosa para

revertê-la. Contudo, com alguma periodicidade a enchente toma proporções de calamidade,

cobrindo casas e gerando uma situação de risco de vida inclusive para a população assentada nas

margens. Nos últimos 8 anos aconteceram duas cheias significativas (fevereiro de 2004 e junho de

2010), não só afetando a cidade de Escada, mas as cidades de Caruaru, Gravatá, Primavera e

Ipojuca, que convivem com o mesmo problema de ocupação irregular das áreas de preservação

permanente.

Esta situação de enchentes recorrentes na cidade de Escada é um ponto altamente

relevante para o Estudo Ambiental, uma vez que define o cenário referencial sobre o qual foram

avaliados os impactos ambientais.

Rima Barragem Ipojuca ›› 89

Hoje a cidade, sem a presença do empreendimento, é castigada regularmente por cheias

do Rio Ipojuca, que ora acontecem no primeiro trimestre do ano, ora no segundo trimestre.

O futuro da bacia do rio Ipojuca com a Barragem

Como já foi visto, na região onde se pretende implantar a barragem existe atualmente

uma demanda por infra-estrutura e recursos na qual a água é um requisito fundamental. Para que

a região consiga alcançar um desenvolvimento econômico sustentável, em primeiro lugar, é

preciso que os municípios localizados na área passem por um amplo processo de fortalecimento

que inclui, entre outros pontos, melhora na infra-estrutura hídrica.

Na fase de construção da Barragem é onde se esperam os maiores impactos sobre o

meio ambiente natural, envolvendo alterações físicas com a exploração de jazidas e uso de bota-

foras, movimentação de máquinas e veículos, desvio do rio, escavações no leito do rio,

lançamento em bota-fora e a construção propriamente dita da barragem e demais estruturas

constituintes do projeto.

No ambiente biótico as perdas ocorrerão no processo de limpeza prévia e

desmatamento da área de inundação do reservatório e na implantação do canteiro de obras, com

perda da já exígua vegetação ciliar e redução de parte as áreas periféricas dos poucos fragmentos

de cobertura vegetal existentes na região, diminuindo assim, as áreas disponíveis para

sobrevivência e diversificação da fauna associada. Por outro lado este impacto será

significativamente compensado com a implantação do florestamento da APP. O mesmo se pode

considerar quando da remoção do canteiro com a execução do programa ambiental de

recuperação da área degradada.

No meio socioeconômico a contratação de mão-de-obra se apresenta como um fator

positivo, mas em contraposição a fase de desmobilização desta mão-de-obra pode trazer um

impacto para a região, devidamente prevenidos e mitigados através dos Programas Ambientais

propostos.

No patrimônio histórico e arqueológico, estudos recentes na região e os resultados do

levantamento realizado no escopo deste estudo confirmam uma região com um patrimônio

significativo, com um conjunto de edificações de importância histórica, alguns já tombados pelo

IPHAN e de vestígios arqueológicos importantes para o resgate da história de ocupação dos

municípios de Ipojuca e Escada.

A fase de operação da Barragem corresponde ao impacto mais positivo do

empreendimento, especialmente por seu objetivo de levar água tratada em quantidade e qualidade

Rima Barragem Ipojuca ›› 90

para a população, hoje um grande problema para a Região Metropolitana, e em especial para

atendimento à área de SUAPE, dando ao barramento do rio Ipojuca uma importância social e

econômica relevantes para o Estado de Pernambuco.

Prognóstico de cheias com o empreendimento

Os potenciais impactos decorrentes do empreendimento estão associados a fenômenos

de remanso, ou seja, a uma sobre-elevação dos níveis de água a montante (a partir do ponto final

do reservatório) em função do encontro do rio com uma superfície “plana” que seria o espelho

d’água do reservatório.

No cenário de uma cheia de 25 anos nos meses chuvosos do ano, como a acontecida em

junho de 2010, o reservatório possivelmente se encontre na sua capacidade máxima na cota 77m,

com ponto máximo a montante localizado sob a ponte da BR-101. Sem ter volume de

amortecimento, a cheia transitaria pelo reservatório atingindo a cota 79,78m utilizando a

totalidade do vertedouro de serviço e passando 28cm acima da soleira do vertedouro auxiliar.

Com base na modelagem realizada no EIA observou-se que a curva de 25 anos atinge a

cota 81m na ponte, e a cota 81,5m em um ponto a 4km mais a montante, ou seja, já fora da

cidade de Escada. Em qualquer caso, estas cotas teóricas calculadas a partir de um modelo

hidrológico mostram sempre valores de nível de água abaixo da cota 82m.

Com base nessa modelagem, considera-se que com a construção do empreendimento

não vai trazer um efeito adicional negativo para a cidade de Escada em termos do que já acontece

atualmente nas cheias periódicas do rio Ipojuca. Os efeitos do reservatório em áreas a jusante

serão altamente benéficos em termos do amortecimento de cheias e imperceptíveis em áreas a

montante, notadamente na cidade de Escada.

Rima Barragem Ipojuca ›› 91

Cotas de Cheias e Áreas de Desapropriação

Rima Barragem Ipojuca ›› 92

A água, considerada fonte de vida e saúde, é também um importante insumo da atividade

econômica. Em regiões com déficit desse recurso é de fundamental importância se ter uma

infra-estrutura hídrica compatível com as necessidades locais para promover o

desenvolvimento e melhorar as condições de vida dos habitantes da região.

Conclusões

Rima Barragem Ipojuca ›› 93

s estudos para elaboração do EIA/RIMA para implantação e operação da Barragem

e Reservatório do Rio Ipojuca – Engenho Maranhão, foram realizados por uma

equipe de 23 técnicos da ABF Engenharia entre os meses de agosto/2009 a agosto

de 2010, salientando que foi requerido um recesso no período de novembro/2009 à abril/2010

para geração de mapa cartográfico em escala 1:2000 a partir de restituição fotogramétrica

realizada sobre aerofotografias capturadas em abril de 2010.

No EIA foram atendidos todos os itens constantes no Termo de Referencia da CPRH,

bem como aqueles adicionais que constavam no TR da COMPESA, e que como no caso do

Estudo de Risco, complementam as apreciações ambientais contidas no estudo, fornecendo

maiores subsídios de análise para o órgão ambiental.

Com base nas informações levantadas e analisadas de forma multidisciplinar, e salvo

melhor juízo, podem ser destacadas as seguintes conclusões e recomendações do estudo:

No âmbito do planejamento regional e político – institucional, verificou-se que o

empreendimento está de acordo com os Planos Diretores dos municípios envolvidos -

Escada e Ipojuca -, bem como previsto planejamento da FIDEM e SECTMA por parte

do Governo do Estado.

As informações consultadas e os dados socioeconômicos analisados confirmam que se

trata de um empreendimento cuja necessidade é inquestionável, pois faz parte do

planejamento regional para atender as demandas crescentes de água da Região

Metropolitana do Recife.

No âmbito técnico-locacional observou-se que a alternativa locacional estudada

corresponde aquela onde os impactos ambientais são minimizados, sendo determinada

pelas limitantes físicas representada pela BR-101 e a cidade de Escada a montante, e o

Engenho Maranhão a jusante. Qualquer alternativa de locação do eixo ou altura de

barragem conduziria a impactos maiores sobre a população, ou à obtenção de uma vazão

regularizada ainda menor que a determinada neste estudo.

No âmbito jurídico legal não há nenhuma restrição quanto à questão fundiária, sendo

necessário apenas a implantação do projeto de reassentamento das populações atingidas.

No âmbito técnico-hidrológico, uma confirmação importante do estudo, foi a

determinação de uma vazão regularizada de 6,82m³/s, com 4,82m3/s utilizados para uso

O

Rima Barragem Ipojuca ›› 94

consuntivo, com nível de confiança de 95%1, e mais 2,0m3/s de vazão ecológica, deixada

para jusante, com mais de 99% de confiança, o que representa uma redução de 1,2m3/s,

ou seja, 15% a menos que as expectativas da COMPESA que giravam em torno de

8m³/s.

Contudo, deve ser salientado que a capacidade de regularização do Rio Ipojuca

nesse ponto é da ordem de 8,0m³/s; podendo o eventual excedente à vazão regularizada

pela Barragem do Rio Ipojuca no Engenho Maranhão ser aproveitado através da

regularização exercida por mais uma barragem a se construída a montante dessa. No

entanto, o aproveitamento do potencial total de vazão regularizada no Engenho

Maranhão, determinado no estudo da COTEC (8m3/s), não é possível assegurar pelas

limitações físicas da área que impedem a construção de um reservatório de maiores

dimensões. Por outro lado, este fato confirma a viabilidade (hidrológica) de construir um

segundo reservatório a montante de Escada, caso as condições técnicas e ambientais

sejam adequadas.

No âmbito do Projeto de Engenharia utilizado para subsidiar a elaboração do

EIA/RIMA, menciona-se que foi elaborado pela empresa COTEC, estando na época do

estudo em nível de detalhamento suficiente para direcionar as pesquisas ambientais,

porém, com algumas informações relevantes desatualizadas, ou questionáveis

tecnicamente, ao ponto de ser requerida a re-elaboração de uma nova base cartográfica

para a elaboração do estudo. Nesse sentido recomenda-se:

Tendo em vista as alterações ocorrentes ao longo do rio Ipojuca na área

de influência indireta do empreendimento (alteração no traçado do leito

do rio e prováveis assoreamentos decorrentes das últimas duas grandes

cheias; ocupação das margens; etc.), recomenda-se a revisão integral do

projeto, especialmente no que tange à topografia e estudos hidrológicos

mais aprofundados, e a conseqüente interferência com as moradias

ribeirinhas na cidade de Escada.

Recomenda-se igualmente que a hipótese de utilização de só um trecho de

21% da bacia empregada pela COTEC para o dimensionamento da

barragem, seja confirmada pela COMPESA através de complementações

no estudo hidrológico, principalmente no que tange a vazões extremas.

1 Já considerando a vazão ecológica de 2m³/s e as perdas por evaporação

Rima Barragem Ipojuca ›› 95

Frisa-se novamente que em função do pequeno porte do reservatório,

decorrente das limitações físicas representadas pela BR-101 e a cidade de

Escada, torna-se muito importante o aferimento rigoroso das vazões

extremas.

Contextualizando esta recomendação, podemos dizer que nos estudos hidrológicos

elaborados pela COTEC, observou-se que tanto as vazões regularizadas como o estudo de

vazões extremas estão baseados na utilização de um trecho da bacia de 680Km² compreendido

entre a cidade de Gravatá e o Engenho Maranhão, o que corresponde a 19% da área de

drenagem total da bacia de 3.433,58 km² (21% desconsiderando o trecho a jusante do ponto de

barramento).

Este procedimento em termos de vazão regularizada considera-se muito conservador,

porém, poderia chegar a ser aceitável após as devidas verificações e confirmações da hipótese,

que, outrossim, não aparecem registradas nos estudos hidrológicos fornecidos pela COTEC.

Já em termos de vazões extremas, considera-se que a utilização de somente 21% da bacia

para as análises, poderia estar sub-dimensionando o valor dos caudais máximos, mas ainda

quando a observação das duas últimas cheias significativas no rio, acontecidas em 2004 e em

2010, mostram que esta se configura desde terras do agreste a montante de Caruaru, onde o rio já

passa causando estragos na população ribeirinha.

Finalmente, no âmbito do ambiente natural observou-se que a vegetação ciliar e

fragmentos florestais existentes são de pequenas dimensões que serão proporcionalmente muito

ampliados com a implantação da APP e área de compensação e recuperação de áreas degradadas,

que, estabelecidas na forma de corredores ecológicos, permitirá uma melhor condição no

ambiente natural, favorecendo a ampliação da biodiversidade faunística e proteção do manancial

através da proteção das margens do rio Ipojuca.

Rima Barragem Ipojuca ›› 96

Adutora – conjunto de encanamentos e peças especiais, destinado a promover o transporte da água entre captação e reservatório de distribuição.

Afloramento – quando é possível ver rochas ou minerais, tais como corte de estrada, túneis, galerias subterrâneas, poços etc.

Afluente – água residuária, que desemboca num reservatório, rio ou instalação de tratamento de água.

Água Subterrânea – água doce sob a superfície da terra, forma um reservatório natural disponível para uso humano. Água que se infiltra nas rochas e solos.

Aluvião – depósitos originários de rios ou lagos, construídos de cascalhos, areias, argila e limo das planícies alagáveis e do sopé dos montes e das escarpas.

Análise Ambiental – exame de um sistema ambiental, a partir da qualidade dos componentes, para entender sua natureza e determinar as características essenciais.

Aqüífero, Reservatório de água subterrânea – estrato subterrâneo de terra, cascalho ou rocha que contém água em condições de uso e exploração pelo homem.

Área de influência – área externa de um território, sobre o qual se exerce influência de ordem ecológica e/ou socioeconômica.

Arbusto – planta baixa, tipicamente com muitos ramos partindo do solo ou próximo a este. Vegetal de menor porte (abaixo de 6 metros) em relação às árvores.

Área de empréstimo – local de onde se pode extrair algum bem mineral de uso em obra civil: barragem, aterro, manutenção de leito de estrada vicinal, encontro de viaduto e pontes, etc. Os materiais produzidos por áreas de empréstimo, são: areia, cascalho, saibro, terra, argila, rochas dependendo das necessidades da obra

Área de Proteção Ambiental (APA) – é uma Unidade de Conservação da Natureza de Uso Sustentável constituída por terras públicas ou privadas, sendo uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, que passam a sofrer restrições para a utilização das propriedades privadas com o objetivo básico de proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

Áreas de Preservação Permanente – definidas pela Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal).

Assoreamento – depósito de sedimentos em rios, lagoas e baías resultantes de processos erosivos nos solos e rochas, por ação das águas, ventos, processos químicos, físicos e do homem.

Rima Barragem Ipojuca ›› 97

Aterro – depósito de resíduos, minimizando os impactos sobre a saúde pública e o ambiente, como contaminação das águas subterrâneas e a criação de ratos ou insetos.

Bacia sedimentar – depressão da crosta terrestre onde se acumulam rochas sedimentares, que podem ser portadoras de petróleo ou gás, associadas ou não.

Bentos – organismos fixados no fundo do mar (bentos sésseis) e organismos móveis (bentos vagantes) que quando se deslocam, realizam pequenos percursos.

Biodiversidade ou diversidade biológica – Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.

Biota – conjunto de componentes vivos (bióticos) de um ecossistema.

Brejo – terreno plano, encharcado, que aparece nas regiões de cabeceiras ou em zonas de transbordamento de rios.

Capoeira – vegetação secundária que nasce após a derrubada das florestas virgens.

Comunidade biótica ou biológica – organismos com aspecto e composição definidos pelas propriedades do ambiente e pelas relações entre os organismos.

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) – órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) auxilia o presidente da República nas políticas nacionais do meio ambiente.

Corpo (de água) receptor – parte do meio ambiente na qual são ou podem ser lançados quaisquer tipos de efluentes, provenientes de atividades poluidoras.

Corredor ecológico – faixa de vegetação que serve de trânsito dos animais entre áreas de matas protegidas.

Cota altimétrica – termo da área da Geografia e Cartografia – é uma marcação de nível ou altitude de um terreno ou do relevo de uma dada região. São, portanto, números que representam a altitude acima do nível médio do mar.

Curva de nível – a curva de nível une pontos que, sobre o terreno, possuem idêntica altitude em relação ao nível do mar. Ao longo da linha que representa a curva de nível, figura a cota altimétrica.

Degradação ambiental – danos ao meio ambiente, onde se perdem/reduzem algumas propriedades, como a capacidade produtiva dos recursos ambientais.

Depressão – forma de relevo que se apresenta em posição de altitude mais baixa do que porções contínuas.

Diagnóstico ambiental – componentes ambientais de uma área (país, Estado, bacia hidrográfica, município) que caracterizam a sua qualidade ambiental.

Rima Barragem Ipojuca ›› 98

DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento.

Derrocamento – remoção de rochas de leito ou canal de rio para desobstruí-lo.

Ecossistema – sistema aberto que inclui os fatores físicos e biológicos do ambiente e suas interações, o que resulta na troca de energia e matéria entre esses fatores.

Efeito renda – efeito sobre a produção e o emprego decorrente do consumo dos trabalhadores que receberam a renda gerada pelo empreendimento.

Efluente – água que flui de um sistema de coleta (tubulações, canais, reservatórios, elevatórias), ou de estações de tratamento. São geralmente produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente.

Encosta – declive nos flancos de um morro, de uma colina ou uma serra.

Endemismo (Endêmica) – quando uma espécie tem sua distribuição geográfica restrita somente àquela região.

Enrocamento – é um maciço composto por blocos de rocha compactados. É muito utilizado na construção de barragens de gravidade de face ou de núcleo impermeável e na proteção da face de montante de barragens de terra, servindo, nesse caso, como proteção contra a erosão provocada pelas ondas formadas no reservatório e pelo movimento de subida e descida no nível da água.

Ensecadeira – é uma estrutura provisória e desmontável, destinadas a conter a água, ou a água e terreno, durante a execução dos serviços de escavação, podendo ser formadas pôr paredes simples ou duplas.

Erosão – remodelação das saliências ou reentrâncias do relevo, por diversos agentes, como água, chuva, gelo.

Erosão em sulcos – formação de valas e sulcos irregulares, promovendo a remoção da parte superficial do solo.

Escalas – indica o nível de redução das medidas reais adotadas para confecção do mapa. Quanto maior a escala do mapa, mais detalhes são representados e menores são os intervalos altimétricos. Numa escala de 1:10.000, 1 cm no mapa representa 10.000 cm no terreno, é maior que uma escala de 1:100.000 onde 1 cm no mapa representa 100.000 cm no terreno.

Eutrofização – enriquecimento das águas com aporte de fósforo e nitrogênio, geralmente advindos de processos de poluição, seja por esgoto ou fertilizantes agrícolas. Em grande magnitude, promove o desenvolvimento de uma superpopulação de microorganismos decompositores, que consomem o oxigênio, acarretando a morte de peixes e outros animais.

Evapotranspiração – é o fenômeno de perda de água pelo solo e transpiração das plantas.

Fauna – espécies animais encontradas em uma área que resultam da história da área e suas condições ecológicas presentes.

Fase sucessional – etapa da sucessão ecológica que representa a transformação lenta e gradual da estrutura e organização do ecossistema.

Rima Barragem Ipojuca ›› 99

Fotossíntese – síntese de substâncias orgânicas mediante a fixação do gás carbônico do ar, através da radiação solar.

Gamboa – local, no leito dos rios, onde se remansam as águas, dando a impressão de um lago sereno.

Geomorfologia – ciência que estuda e interpreta as formas do relevo terrestre e os mecanismos responsáveis pela sua modelação.

Gestão ambiental – ações governamentais ou empresariais para manter ou recuperar a qualidade do meio ambiente, assegurar a produtividade dos recursos e do desenvolvimento social.

Hidrogeologia – ramo da geologia e da hidrologia que estuda as águas subterrâneas quanto ao seu movimento, volume, distribuição e qualidade.

Hidrologia – ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação das águas, incluindo aspectos de qualidade da água, poluição e descontaminação.

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) – agência ambiental. Executa as políticas ambientais públicas.

EIA (Estudo de Impacto Ambiental) – um dos documentos da avaliação de impacto ambiental. Apresenta ferramentas para analisar as conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente. O estudo é feito sob a orientação da agência ambiental responsável pelo licenciamento do projeto.

Indicador ecológico, espécie indicadora – espécies com exigências ecológicas definidas, que permite conhecer os ambientes de características especiais.

Jusante – trecho do rio localizado abaixo (em direção à foz) do local onde se toma como referência. Oposto de montante.

Licenciamento ambiental – autorização dada por uma agência ambiental para a construção ou ampliação de atividade que pode causar danos ao meio ambiente.

Lista nacional de espécies – enumera os animais que, por um motivo ou outro, causados pelo ser humano, correm o risco de desaparecerem do seu ambiente natural. A Lista é dividida em categorias de ameaça que levam em conta a redução da população de uma espécie e das alterações em seu ambiente natural. Assim, os animais podem estar: Criticamente em perigo: risco extremamente alto de extinção da natureza; Em perigo: risco muito alto de extinção da natureza; Vulnerável: risco alto de extinção da natureza.

Manguezal – são ecossistemas associados à água salobra resultante do encontro do rio com o mar, com flora e fauna típica de ambientes alagados, resistentes à alta salinidade da água e do solo.

Mata ciliar – mata (vegetação) localizada nas margens dos rios, lagos, nascentes e protege os corpos d’água de processos erosivos e de assoreamento. Como os cílios que protegem os olhos, a mata ciliar protege os rios. Também chamada de mata de geleira.

Meio ambiente – conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

Rima Barragem Ipojuca ›› 100

Mineral – componente das rochas; cada mineral tem uma composição química e estrutura cristalina própria, como o quartzo.

Monocultura – plantio de uma única espécie em larga escala para exploração comercial.

Nome científico das espécies – foi padronizado para nominar as espécies. É composto por um par de nomes em geralmente latim, cujo primeiro termo encontra-se grafado em maiúscula referindo-se ao gênero e o segundo termo encontra-se grafado em minúscula referindo-se à espécie. Em alguns casos, acompanha-se de um terceiro termo, também grafado em minúscula, que corresponde à subespécie/variação.

Permeabilidade – capacidade de passagem de água através dos poros do solo.

Plano de manejo – conjunto de metas, normas, critérios e diretrizes, que tem por fim a administração ou o manejo dos recursos de uma dada área.

Populações tradicionais – grupos humanos isolados, constituindo comunidades de abrangência geográfica local, com dependência direta do meio ambiente onde se inserem. São exemplos: pescadores artesanais, caiçaras, seringueiros, ribeirinhos, extrativistas, pantaneiros.

Reciclagem – coleta de resíduos, que são submetidos a processo de transformação, para uso como matérias-primas na manufatura de bens.

RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) – resume os estudos de avaliação de impacto ambiental. Deve esclarecer os elementos do projeto em estudo de linguagem acessível.

Sedimentos – partículas provenientes de processos erosivos, que são transportadas pelos rios e depositadas no fundo do mar ou dos próprios rios e corpos d’água. São responsáveis pela turbidez da água, quando se encontram em suspensão.

Sedimentação – ação de deposição de sedimentos ou de substâncias que podem ser mineralizadas. Resultantes da desagregação ou mesmo da decomposição de rochas.

Sistema Nacional de Unidades de Conservação – instituído, no Brasil, através da Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000, está se consolidando de modo a ordenar as áreas protegidas nos níveis federal, estadual e municipal.

Socioeconomia – tudo que está relacionado com temas de sociedade, economia e tudo que contempla a vida cultural.

Solo – parcela da superfície terrestre, que suporta e mantém as plantas. Sua superfície inferior é definida pelos limites da ação dos agentes biológicos e climáticos.

Sucessão – substituição de uma comunidade, por causa de modificação do ambiente e do desequilíbrio que pode ocorrer, uma vez atingido o nível de saturação.

Sucessão ecológica – mudança nas características (tipos de espécies) de uma comunidade biológica, ao longo do tempo.

Terraplanagem – conjunto de operações de escavação, transporte, depósito e compactação de terras necessárias à realização de uma obra; movimentação de terra.

Rima Barragem Ipojuca ›› 101

Topográfico – representação da forma, declividade, tamanho e altitude do relevo de uma determinada área.

Transecto – método de contagem de organismos existentes em uma determinada faixa.

Unidade de conservação – espaço territorial com características naturais relevantes. Instituído pelo poder público, com garantias adequadas de proteção.

Voçoroca – deslocamento de grandes massas de solo, formando sulcos de grande profundidade e largura.

Vertedouro, Sangrador ou Sangradouro – é uma estrutura hidráulica que pode ser utilizada para diferentes finalidades, como medição de vazão e controle de vazão, sendo estes os principais usos. Em barragens, o excesso de água deve ser descarregado para jusante de forma segura. Isto pode ser feito de diferentes formas, sendo a principal delas com o uso de vertedores.