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Rio de Janeiro, 13 a 19 de dezembro de 2019 www.jornalcorreiodamanha.com.br Presidente: Cláudio Magnavita Ano CXVIII Nº 23.4?? R$ 4,00 Fundador: Edmundo Bittencourt Fundado em 15 de junho de 1901 Bolsonaro regulamenta a nova Embratur Governo publica as regras do novo serviço social que cuidará da promoção internacional Página 4 Divulgação A eclética e cosmopolita Toronto, no Canadá, é uma galeria de arte a céu aberto. Com painéis de grafite por toda parte, a cidade investe em cultura e gastronomia e se firma como uma boa opção para o turismo 2º CADERNO Entenda como se aposentar por tempo O embate entre Pequim e Hong Kong Cuidados para evitar as micoses Em vigor desde o início de de- zembro, a nova tabela do fator previdenciário reduz aposenta- dorias precoces. Mas as regras de transição ainda permitem apo- sentar-se por tempo de serviço. Saiba como. Após um conturbado ano de 2019, com protestos em massa e declarações de autopreservação, Hong Kong se encontra num momento crucial com o governo comunista chinês que pode defi- nir o futuro. O verão é a época do ano em que mais se registram os casos de mi- cose - principalmente no litoral. O tempo quente e úmido esti- mula a proliferação dos fungos. Especialistas indicam as melhores formas de prevenção. Página 7 PÁGINA 12 Página 11 Página 8 Página 12 Quanto mais, melhor! Restaurantes e bares dão brindes e mimos a grupos de clientes 2º Caderno - Página 11 Página 2 Perguntas que devem ser feitas à Gal RUY CASTRO Página 2 Caetano cobra R$ 2,8 mi de Olavo na Justiça JOSÉ A. MIGUEL Página 2 Os Bolsonaro e o Rio de Janeiro ARISTÓTELES DRUMMOND Página 3 Niomar Moniz Sodré e Heitor dos Prazeres RICARDO CRAVO ALBIN Página 4 Um pastor em missão na Prefeitura do Rio JANIO DE FREITAS 2º Caderno - Página 7 A reinvenção de Roberta Damasceno LILIANA RODRIGUEZ 2º Caderno - Página 3 Documentário expõe polêmica sobre o Carnaval ANNA RAMALHO Duas amostras em cartaz na Roberto Marinho NINA KAUFFMANN Fotos Divulgação Jorge Bispo/Divulgação Gabriel Ávila/Divulgação Divulgação Nosso colunista Ruy Castro volta a publicar um livro sobre sua antiga paixão: o Rio de Janeiro. Desta vez, ele mergulha nos anos 1920 para contar histórias e personagens ge- niais do Rio. Craque é craque. Anos loucos Páginas 1 e 2 Em entrevista ao CORREIO, o escritor Raphael Montes fala de seus inúmeros projetos que extrapolam a literatura, como cinema e Netflix. PSC: ruim de votos, mas com muito poder Sigla desidrata a cada eleição. Votação de Witzel não turbinou a legenda A eleição do Governador Wil- son Witzel foi um fato átipico na vida do PSC, não refletindo no desempenho da legenda. O ex- -deputado federal Filipe Pereira, filho do Pastor Everaldo, pre- sidente nacional da sigla, obte- ve apenas 14 mil votos, porém despacha ao lado do gabinete do governador. Everaldo foi candi- dato a senador pelo Rio e con- seguiu menos de 8% dos votos que Witzel recebeu - porém, co- manda a Cedae e o Detran, além de colocar aliados em cargos do segundo escalão. Na assembleia, o partido tem apenas dois de- putados e pode perder o único federal que elegeu. COLUNA MAGNAVITA - Página 3 Marcelo Piu/Prefeitura do Rio de Janeiro Até o Dia de Reis, prédios públicos e pontos turísticos do Rio terão iluminação especial. Os Arcos da Lapa figuram na relação que inclui o Pão de Açúcar, o Corcovado, Aterro e a Igreja da Penha, entre outros Página 6 Uma festa para o Turismo Uma grande festa em Belo Horizonte marcou a segunda edição do Prêmio Nacional de Turismo, que consagrou 19 iniciativas ou profissio- nais do setor. A premiação, de âmbito nacional, contou com a presença do ministro do Turismo, Marcelo Álva- ro Antônio, que ressaltou as conquistas do meio ao longo deste ano. E disse que ainda há muito a ser feito. Roberto Castro/Mtur Página 5 Página 5 Página 9 A diva Maria Bethânia acaba de lançar o CD ‘Mangueira - a meni- na dos meus olhos’, uma declaração de amor à verde-e-rosa.

Rio de Janeiro, 13 a 19 de dezembro de 2019 www ......RESISTE AO TRATADO DE PAZ Na semana de 6 a 12 de de-zembro de 1919, as principais notícias do CORREIO DA MANHÃ eram sobre a

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Page 1: Rio de Janeiro, 13 a 19 de dezembro de 2019 www ......RESISTE AO TRATADO DE PAZ Na semana de 6 a 12 de de-zembro de 1919, as principais notícias do CORREIO DA MANHÃ eram sobre a

Rio de Janeiro, 13 a 19 de dezembro de 2019 www.jornalcorreiodamanha.com.br Presidente: Cláudio Magnavita Ano CXVIII Nº 23.4?? R$ 4,00

Fundador:Edmundo Bittencourt

Fundado em15 de junho de 1901

Bolsonaro regulamenta a nova EmbraturGoverno publica as regras do novo serviço social que cuidará da promoção internacional

Página 4

Divulgação

A eclética e cosmopolita Toronto, no Canadá, é uma galeria de arte a céu aberto. Com painéis de gra�te por toda parte, a cidade investe em cultura e gastronomia e se �rma como uma boa opção para o turismo

2º CADERNO

Entenda como se aposentar por tempo

O embate entre Pequim e Hong Kong

Cuidados para evitar as micoses

Em vigor desde o início de de-zembro, a nova tabela do fator previdenciário reduz aposenta-dorias precoces. Mas as regras de transição ainda permitem apo-sentar-se por tempo de serviço. Saiba como.

Após um conturbado ano de 2019, com protestos em massa e declarações de autopreservação, Hong Kong se encontra num momento crucial com o governo comunista chinês que pode defi-nir o futuro.

O verão é a época do ano em que mais se registram os casos de mi-cose - principalmente no litoral. O tempo quente e úmido esti-mula a proliferação dos fungos. Especialistas indicam as melhores formas de prevenção.

Página 7

PÁGINA 12

Página 11Página 8

Página 12

Quanto mais, melhor!

Restaurantes e bares dão

brindes e mimos a

grupos de clientes

2º Caderno - Página 11Página 2

Perguntas que devem ser feitas à Gal

RUY CASTRO

Página 2

Caetano cobra R$ 2,8 mi de Olavo na Justiça

JOSÉ A. MIGUEL

Página 2

Os Bolsonaro e o Rio de Janeiro

ARISTÓTELES DRUMMOND

Página 3

Niomar Moniz Sodré e Heitor dos Prazeres

RICARDO CRAVO ALBIN

Página 4

Um pastor em missão na Prefeitura do Rio

JANIO DE FREITAS

2º Caderno - Página 7

A reinvenção de Roberta Damasceno

LILIANA RODRIGUEZ

2º Caderno - Página 3

Documentário expõe polêmica sobre o Carnaval

ANNA RAMALHO

Duas amostras em cartaz na Roberto Marinho

NINA KAUFFMANN

Fotos Divulgação

Jorge Bispo/Divulgação

Gabriel Ávila/DivulgaçãoDivulgação

Nosso colunista Ruy Castro volta a publicar um livro sobre sua antiga paixão: o Rio de Janeiro. Desta vez, ele mergulha nos anos 1920 para contar histórias e personagens ge-niais do Rio. Craque é craque.

Anos loucos

Páginas 1 e 2

Em entrevista ao CORREIO, o escritor Raphael Montes fala de seus inúmeros projetos que extrapolam a literatura, como cinema e Netflix.

PSC: ruim de votos, mas com muito poder Sigla desidrata a cada eleição. Votação de Witzel não turbinou a legenda

A eleição do Governador Wil-son Witzel foi um fato átipico na vida do PSC, não re�etindo no desempenho da legenda. O ex--deputado federal Filipe Pereira, �lho do Pastor Everaldo, pre-sidente nacional da sigla, obte-ve apenas 14 mil votos, porém despacha ao lado do gabinete do governador. Everaldo foi candi-dato a senador pelo Rio e con-seguiu menos de 8% dos votos que Witzel recebeu - porém, co-manda a Cedae e o Detran, além de colocar aliados em cargos do segundo escalão. Na assembleia, o partido tem apenas dois de-putados e pode perder o único federal que elegeu.

COLUNA MAGNAVITA - Página 3

Marcelo Piu/Prefeitura do Rio de Janeiro

Até o Dia de Reis, prédios públicos e pontos turísticos do Rio terão iluminação especial. Os Arcos da Lapa �guram na relação que inclui o Pão de Açúcar, o Corcovado, Aterro e a Igreja da Penha, entre outros

Página 6

Uma festa para o TurismoUma grande festa em Belo Horizonte marcou a segunda edição do Prêmio Nacional de Turismo, que consagrou 19 iniciativas ou pro�ssio-nais do setor. A premiação, de âmbito nacional, contou com a presença do ministro do Turismo, Marcelo Álva-ro Antônio, que ressaltou as conquistas do meio ao longo deste ano. E disse que ainda há muito a ser feito.

Roberto Castro/Mtur

Página 5

Página 5Página 9

A diva Maria Bethânia acaba de lançar o CD ‘Mangueira - a meni-na dos meus olhos’, uma declaração de amor à verde-e-rosa.

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2 De 13 a 19 de dezembro 2019

OPINIÃO

Direção Executiva: Cláudio Magnavita (Editor Chefe) Fernando Vale Nogueira (Editor Executivo) [email protected]ção: Marcelo Perillier, Pedro Sobreiro, Gustavo Barreto, Marcio Corrêa, Ive Ribeiro, Guilherme Cosenza. Estagiário: Gabriel Moses Serviço noticioso FOLHAPRESS e Agência BrasilProjeto Gráfi co e arte: Leo Del� no (Designer)

[email protected]ção: (21) 2042-2955 | Comercial: (11) 3042 2009 whatsapp (21) 97948-0452

Av. João Cabral de Mello Neto, 850 Bloco 2 Conj 520 - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22775-057

www.jornalcorre iodamanha.com.br

Fundado em 15 de junho de 1901

Edmundo Bittencourt (1901-1929)Paulo Bittencourt (1929-1963)Niomar Moniz Sodré Bittencourt (1963-1969)

Os artigos publicados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não necessariamente re� etem a opinião da direção do jornal.

rito é do presidente Jair Bolso-naro, que como candidato foi o unico a falar de turismo e do clima de harmonia que passou a existir entre o ministro Mar-celo Álvaro Antônio e o pre-sidente da Embratur, Gilson Machado Neto.

A luta apenas começou. Existe um jogo sujo do Se-brae e de entidades gestoras do Sistema S que não querem perder uma pequena parte da renúncia fiscal que o governo federal lhes destina. É exata-mente o saldo que eles desti-nam para o mercado finan-ceiro dada a sua incapacidade de investir.

Este sistema paraestatal tocado pelas Confederações e pelo Sebrae é mais uma ruptura promovida por este governo.

Mais do que nunca, é ne-cessário coragem para colo-car o Brasil em primeiro lu-gar. E finalmente é isso agora que está sendo feito.

Ao publicar no Diário Oficial o decreto que regu-lamenta a transformação da Embratur em agência, o go-verno federal dá mais um pas-so para resolver um problema crônico do país. A solução foi tentada por diversas adminis-trações, mas nunca saiu do pa-pel. O objetivo é fazer o Brasil crescer no cenário do turismo internacional.

Há duas décadas patinamos nos seis milhões de turistas es-trangeiros por ano. É menos do que a Torre Ei� el recebe no mesmo período.

Faltava verba para a promo-ção internacional. Ao menos era o que se alegava, governo após governo.

Ao criar a agenda e estabele-cer mecanismos de oxigenação � nanceira, o processo de rup-tura � nalmente começará a dar resultados positivos.

O Rio, como principal des-tino turístico internacional, será muito bene� ciado. O mé-

Coragem para enfrentar o sistema S

EDITORIAL

Começou a circular pelo ae-roporto de Guarulhos um robô instalado pela Gol para responder a perguntas de passageiros de pri-meira viagem e que se sentem per-didos na barafunda dos balcões.

Gostei da ideia. Eu próprio, que vivo entrando e saindo de avi-ões – só na ponte aérea, já foram mais de mil voos desde 1978 –, às vezes me atrapalho. O robô, pelo que vi numa revista de bordo, é uma engenhoca de plástico, com forma humanoide: “olhos” piscan-tes, bracinhos sarados e um pesco-ço calibre Del� m Netto. Desliza graciosamente sobre rodinhas, é do gênero feminino – seu nome é Gal – e, segundo seus programado-res, está preparado para responder a até 50 perguntas. Mas, pela rapidez com que é capaz de “aprender”, esse número pode chegar ao in� nito.

Bem, se Gal tem essa capacida-de toda, não posso perder a chance de interrogá-la em minha próxima passagem por Guarulhos. Mas não sobre trivialidades como números de voos ou portões de embarque –para isso existem os painéis. Tenho

indagações mais relevantes, que vivo submetendo aos especialistas e nenhum deles me esclarece. Eis algumas.

A primeira: “Deus existe?”. Não vale fazer como um compu-tador dos anos 50, que, quando lhe mandaram essa pergunta, respon-deu: “Agora existe”. Era um com-putador primitivo, que funcionava com cartões e movido a válvula. Mas já se achava tão avançado que se enxergava como Deus. Pois o que quero saber é se Ele, o Próprio, o Dito Cujo, existe mesmo –coisa que talvez só um robô de última geração como Gal possa responder.

Outras perguntas seriam: “Qual é o terceiro milagre de Fá-tima?”; “Quanto estará o dólar no � m do ano?”; “O Flamengo será campeão mundial de clubes no Qatar?”; “Onde está o tal do Queiroz?”; “Bolsonaro será impi-chado antes de soltar um decreto--lei nos obrigando a usar a cueca por cima das calças?”. Etc. etc.

Se a Gal não souber respon-der, não tem importância. Eu amo igual.

Ruy CastroPerguntas para Gal

a pesquisa exclusiva Veja/FSB, que ouviu eleitores de 26 esta-dos e do Distrito Federal entre 29 de novembro e 2 de dezem-bro. Quase 80% dos entrevista-dos acreditam que a democra-cia é sempre, ou na maior parte das vezes, o melhor sistema de governo. (...) (Veja)

4-Pesquisa aponta 62,6% das cidades brasileiras como ‘deser-tos de notícias’. Atlas da Notícia prevê ‘quadro aterrador’ de de-sinformação nas eleições muni-cipais do ano que vem, escreve Nelson de Sá. Pesquisa informa que 3.487 municípios brasilei-ros, 62,6% do total, são hoje “desertos de notícias”. Não têm um veículo sequer. (...) (Folha de S. Paulo)

1-Você vai pagar taxa do che-que especial mesmo sem usar. Muita gente não prestou aten-ção, mas nova regra cobra taxa mesmo de quem não usar che-que especial. A taxa só não será cobrada de quem tem limite de até R$ 500 no cheque especial. Bancos têm que avisar clientes até um mês antes dos débi-tos; esquema começa em ju-nho/2020. Especialistas reco-mendam cancelar limite além de R$ 500 se banco não der isenção, escreve João José Oli-veira. O Banco Central limitou os juros do cheque especial a um teto de 8% ao mês. Mas os bancos vão poder cobrar uma tarifa mesmo de quem não usa o cheque especial. (...) (UOL)

2-Bolsonaro determina revo-gação de decreto que excluía sete atividades culturais do MEI. O presidente Jair Bolso-naro a� rmou que determinou a revogação do decreto que excluiu 14 atividades pro� ssio-nais do registro de MEI (Mi-croempreendedor Individual). Metade delas são ligadas à área cultural. (...) (Poder360)

3-Quase 80% dos brasileiros rejeitam o retorno de um re-gime autoritário. Pesquisa ex-clusiva Veja/FSB mostra que a grande maioria da população, apesar de preferir a democra-cia, vê um risco razoável de retrocesso, informam Eduardo Gonçalves e José Benedito da Silva. A grande maioria do país não compactua com essa recaí-da autoritária, como demonstra

Caetano Veloso cobra R$ 2,8 milhões de Olavo de Carvalho na Justiça

O governo de Jair Bolsonaro foi alvo de pelo menos 37 denúncias na ONU

OUTRAS PÁGINAS JOSÉ APARECIDO MIGUEL (*)

O CORREIO DA MANHÃ NA HISTÓRIA * POR BARROS MIRANDA

HÁ 100 ANOS: ALEMANHA RESISTE AO TRATADO DE PAZ

Na semana de 6 a 12 de de-zembro de 1919, as principais notícias do CORREIO DA MANHÃ eram sobre a relu-tância da Alemanha em assinar o protocolo que rati� ca o Tra-tado de Paz da Primeira Guer-ra, o regresso da representação

da Alsácia-Lorena na Câmara da França e as discussões para nacionalizar as minas de car-vão na Inglaterra.

No Brasil, destaque para a cobertura da cam-panha de Ruy Barbosa em território baiano. E o Con-gresso aprovou uma lei de novos preços para gêneros de primeira necessidade.

HÁ 75 ANOS: ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SP

Já em 1944, os destaques foram a comemoração dos 50 anos da Associação Comer-cial de São Paulo, com a pu-blicação do discurso de Var-gas na cerimônia, além das movimentações das tropas brasileiras na Europa.

Opinião do leitor

NANI

Quadro preciso sobre a realidade dos seniores

Parabenizo o CORREIO DA MANHÃ pelo quadro geral dos desa� os e conquistas do pro� ssional 50+ apontado na reportagem “Revolu-ção sênior a caminho”, publicada na última edição. Também gostei da linha editorial combativa do jornal como um todo. Longa vida a este projeto que revigora a imprensa brasileira e a carioca em particular.

Álvaro NassarelaRio de Janeiro

ARISTÓTELES DRUMMOND

O Rio precisa de um cho-que de apoio. Pela crise em que vive, na capital e no Estado, pelo Presidente da República ser político de carreira aqui e ter um � lho, Carlos Bolsona-ro, vereador na capital e outro, Flávio, senador. Logo, é natural que sejam tomadas medidas que exijam mais criatividade e vontade política do que recur-sos � nanceiros públicos, que andam escassos.

São projetos a serem re-tirados das gavetas, como a reabertura do jogo, aprovei-tando o projeto do então de-putado Aloísio Maria Teixeira, que simplesmente reabre os cas-sinos nas cidades que já tinham na data do fechamento, por decreto do presidente Dutra. Assim, evitaria disputas e, o que seria pior, a abertura indiscri-minada de cassinos. Apenas os bingos poderiam ser reabertos à vontade e os jogos em má-quinas � cariam exclusivos nos Jockeys clubes, para reanimar o turfe nacional em crise, uma vez que apenas o do Rio está em boas condições.

Recuperar parte da mão de obra quali� cada do mercado � nanceiro, que se mudou para São Paulo ou vive na ponte aérea. E as contas em dólares para importadores e exporta-dores, anunciada pelo Banco Central, poderiam ser no Rio, que já foi sede do câmbio do Banco do Brasil e do Banco Central. Esta medida poderia ser entendida a pessoas físicas, dentro do projeto sugerido pelo ministro Paulo Guedes de o governo vender dólares para diminuir a dívida inter-

na. Venderia para brasileiros e � cariam aqui mesmo, fazendo do Rio uma praça bancária in-ternacional. Daria empregos e poderia ocupar espaços dispo-níveis no centro da cidade, que precisa ser revigorado.

Considerando que muitos hotéis estão com andares desa-tivados, quando não fechados completamente, determinar ao BNDES, Caixa e BB que alon-gue o endividamento feito com vistas as Olimpíadas e a Copa do Mundo, que não geraram os benefícios esperados com o agravamento da crise no gover-no Dilma e da qual ainda não nos recuperamos. No turismo, criar um Carnaval de inverno, coincidindo com a alta estação do Hemisfério Norte.

Apressar o desentrave dos projetos nos acessos ao Rio com obras paradas, como na nova subida da serra de Petrópolis, no Arco Metropolitano, entre Itaboraí e Guapimirim, e a nova descida da serra das Araras, na Via Dutra, pedindo prioridade ao e� ciente ministro Tarcísio. Seria um avanço importante.

A volta do café ao Porto do Rio depende da retirada dos impostos que provocaram o enceramento da torrefação e o abandono do porto como exportador. Além de melhorar os acessos ao Porto de Angra dos Reis, que poderia servir ao rico sul mineiro e ao Vale do Paraíba.

O Brasil só sairá lucrando com um Rio fortalecido, pois é a segunda cidade da maio-ria dos brasileiros. E repito: os Bolsonaro são daqui, surgiram daqui. O Rio agradece!

Os Bolsonaro e o Rio

5-Caetano Veloso cobra R$ 2,8 milhões de Olavo de Carva-lho em caso na Justiça. Filósofo esnoba Justiça brasileira, escreve Ancelmo Gois. - Sabe o “� lóso-fo” extra-terrestre Olavo Carva-lho (...)? Foi condenado, como se sabe, pela Justiça do Rio, a pagar uma multa de R$ 40 mil para Caetano Veloso e a retirar publicações das redes sociais dele relacionando o cantor à pe-do� lia. Pois bem. Durante 281 dias, ele simplesmente esnobou a justiça e manteve as postagens.

Caetano Veloso pede à Justiça que Olavo Carvalho pague a multa pelos dias de descumpri-mento de decisão estabelecida no processo. Coisa de R$ 2,8 milhões. (...) (O Globo)

6-Lava-Jato mira em negócios de Lulinha. Inquérito investiga acertos que geraram repasses a grupo econômico, reporta Di-mitrius Dantas. A Polícia Fede-ral (PF) realiza mais uma fase da Operação Lava-Jato . São cum-pridos 47 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Fede-ral. A PF e o Ministério Público Federal (MPF) investigam pa-gamentos suspeitos de R$ 132 milhões da Oi para empresas do � lho do ex-presidente Lula, Fabio Luis Lula da Silva, o Luli-nha. (O Globo)

7-Datafolha: 80% a� rmam ao menos descon� ar de falas de Bolsonaro. 43% nunca con� am nas falas. 36% dizem con� ar às vezes. Pesquisa ouviu 2.948 pessoas. Pesquisa do Datafolha mostra que 80% da população diz ao menos descon� ar das declarações do presidente Jair Bolsonaro. (...) (Poder360)

8-Na contramão de Bolsona-ro, Maia vai à Europa para dia-logar com organizações interna-cionais. Presidente da Câmara irá a Genebra e outras cidades com discurso focado em direitos humanos e questões ambientais, escreve Bruno Góes. Segundo interlocutores de Maia, a inten-ção é estreitar laços com líderes

mundiais ignorados ou atacados pelo presidente Jair Bolsonaro. O governo de Jair Bolsonaro foi alvo de pelo menos 37 de-núncias na ONU por parte de entidades estrangeiras e brasilei-ras, além de ações lideradas por deputados e mesmo pela OAB, reporta Jamil Chade. (...) (O Globo/UOL)

9-O desastre de um país sem “horizonte viável”, segundo J. R. Guzzo, no O Estado de S. Pau-lo. “O que adianta esquentar a cabeça discutindo se o depu-tado Rodrigo Maia vai salvar a República dos perigos da ‘pola-rização’? (...) Adianta três vezes zero”, a� rma. “Não vai adiantar nunca, quando ninguém mais se lembra da calamidade social que nos foi anunciada há menos de uma semana. Coisa simples: na última e mais respeitada avalia-ção da qualidade da educação no mundo, feita em 2018 em 79 países, o Brasil � cou entre os 20 piores. Nossos jovens, para resumir, não sabem nada de ma-temática, ciências e leitura – ou nada que preste para alguma coisa realmente útil. Não há ho-rizonte viável num país assim, é claro”. (...) (O Antagonista)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP

(http://www.maiscom.com), trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias. Foi editor-executivo do Jornal do Brasil, no Rio, de

2007 a 2009. (http://www.outraspaginas.com.br) E-mail -

[email protected]

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MAGNAVITA

3De 13 a 19 de dezembro 2019

OPINIÃO

O príncipe do Guanabara

Nanico Fiscal

Uma das � guras mais misteriosas do Palácio Guanabara é o ex-deputado federal Filipe Pereira, ocupante de um gabinete com vistas para os jar-dins palacianos, ou seja, locado na área privada do gabinete do gover-nador, com acessos super-restritos. Como o nome indicado é � lho do Pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, vínculo familiar capaz de lhe dar um status diferenciado, ele é chamado nos bastidores de “Principezinho”. O diminutivo carinhoso acaba sendo uma alusão jocosa ao fraco desempenho nas urnas nas últimas eleições. Ele conquistou inacreditá-veis 14.073 votos, ou seja, 0,18% dos votos válidos. Para analistas políticos, a desidatração eleitoral de Filipe Pereira explica o verdadeiro peso político da legenda no Rio. Fica claro que Witzel decolou por méritos próprios.

Sob o comando do Pas-tor Everaldo o PSC não tem criado bases e nem atraído fortes candidatos para as elei-ções de 2020. Com o governo do Estado na mão, era para se transformar em super legenda e não se con-formar em ser nanico. Agora pode perder a sua principal estrela.

Filipe Pereira está encruado no Palácio, como olheiro do pai, monitorando todos os passos de Witzel. É o posto avançado. O pastor tem sido respeitoso com o go-vernador. Espera pa-ciemente ser atendido e não mete a mão na porta como fazia na sala de Eduardo Cunha.

Reproduções

Por que o dep. Otoni de Paula assistiu só primeiro tempo no Maracanã ao lado de Bolsonaro?

Flávio Bolsonaro e o jornalista Walter Pinheiro, presidente da ‘Tribuna da Bahia’, em Salvador

Rodrigo Delgado, o secretário Gutemberg Fonseca e Daniel Penalva nos estúdios da Band

Encolhi as crianças!

Cunha novamente perto de Everaldo

Filipe Pereira foi deputado federal em duas legislaturas. Chegou a receber 90 mil votos. Foi secretário de Estado de Prevenção à Depen-dência Química, pasta criada pelo então governador Sérgio Cabral para acomodá-lo. Todo esse sucesso eleitoral ocorreu ainda quando o seu pai tinha o comando parcial da legenda. Na medida do aumento do apetite partidário do Pastor, o � lho desitra-tava eleitoralmente. Um verdadeiro paradoxo. O pai crescia e o � lho evaporava! Filipe implodiu em 2014!

Aliás, a casa de Eduardo Cunha na Barra, um palacete com elevador privativo, está sendo reformada nas es-pectativa de receber para o Natal o seu ilustre mora-dor. O ex-deputado foi o grande professor do pastor Everaldo Pereira - com quem dividiu apartamento em Brasília - nas questões partidárias e das fórmulas de como ganhar, mesmo perdendo os pleitos. Ele pode voltar ao Rio por questões humani-tárias - a sua defesa pediu prisão domiciliar - e poderá voltar a conviver com o discípulo e sócio. A a� nidade é tanta que na delação, como no livro, Cunha não citou o Pastor em uma única linha.

Tentou rifar até o WW!Em 2014, ano da candidatura pre-sidencial do Pastor Everaldo, com um resultado pí� o de apenas 0,75% dos votos válidos, ou seja, apenas 780.513, Filipe teve apenas 20.814 votos, � cando na 75ª posição. Em 2018, com o pai candidato ao Senado, Filipe desidatrou ainda mais: 14.073 votos. O pastor teve apenas 360.688 votos e não surfou na onda que elegeu Wilson Witzel. O desempenho eleitoral rea� rmar o objetivo maior do Pastor Everaldo: transformar a legenda em um gran-de balcão de negócios nos pleitos. Como foi amplamente noticiado, houve a tentativa da “retirada da candidatura do ex-juiz em favor de outra legenda” por 13 moedas, aliás devolvidas integralmente. O mesmo ocorreu em 2014, quando o Pastor Everaldo recebeu R$ 6 milhões para ser simpático a outro candidato e foi parar na Lava Jato.

O PSL do Witzel Elegendo um único deputado federal, o rebel-de Otoni de Paula Jr, e apenas dois estaduais, Chiquinho da Mangueira e Marcio Pacheco, o desempenho eleitoral do PSC no Rio está totalmente descolado da eleição de governador, um fenômeno totalmente bolso-narista nas urnas. Este quadro só reforça o namoro do go-vernador Wilson Witzel com outras legendas, inclusive com Luciano Bivar, do PSL Nacional. Os avanços das investigações da Lava Jato envolvendo o Pastor Everaldo podem trans-formar a sua legenda berço em um grande passivo, além da agenda de negócios que estão sendo realizados na Cedae e no Detran.

APOSTAS DA SEMANA1. Se Eduardo Cunha passar o Natal em casa, o Pastor Everaldo vai fazer a benção natalina?2. Quem foi o ghost writer do texto em que WW calça as sandálias da humildade?3. O programa “Deles e Delas”, da Band, des-te � nal de semana vai bater recorde de audi-ência. O entrevistado é Gutemberg Fonseca. É a primeira vez que fala sobre o seu desem-barque do Governo WW.4. Qual será o teto da votação de Lindberg Farias se for candidato a vereador: passa dos cem mil?5. Rodrigo Maia assume posição de estadista e faz contraponto ao Planalto. O guru Cesar Maia é quem segura o termômetro?

Tia Ciata, onde viu nascer o “Pelo Telefone” (1917, Donga – M. de Almeida). Foi pioneiro igualmente como autor de sambas iniciais, que se seguiram aos de Donga, João da Bahiana, Sinhô e Pixinguinha, seus colegas de folguedos musicais e do candomblé, realizados nos casarões decadentes onde moravam as Tias Baianas, na antiga Praça XI. Pio-neiro, � nalmente, como fundador da Portela, a Escola de Samba onde era conhecido como Mano Lino.

Querem ainda mais do Heitor? Pois saibam que foi objeto de ad-mirações ilustres, desde presiden-tes da República, como Juscelino, até intelectuais do porte de Carlos Drummond, seu protetor e con� -dente, o que, de resto, acabara de me testemunhar pelo telefone do CORREIO DA MANHÃ. O po-eta, inclusive, lhe era tão intimo, a ponto de conseguir-lhe um empre-go como contínuo no Ministério da Educação décadas atrás.

Conheci Heitor na antiga Ga-leria Goeldi, fundada pelo crítico Clarival do Prado Valladares, que a ele me apresentou: “Este é o me-lhor pintor do Brasil, porque nun-ca estudou nada e sabe tudo.”

Nem descon� ava meu mestre Clarival que eu já colecionava to-dos os discos do sambista - não os

quadros, é claro, que a essa altura já valiam fortunas. Esses discos eram os sambas gravados pelo conjunto “Heitor e sua gente “, a mim indica-dos com fervor por Lúcio Rangel e Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, que costumava chamar Hei-tor de “Prazeres Duplos”, os da pin-tura e os do samba.

Assim que criei no MIS (1966) os depoimentos para a posteridade, um dos primeiros a gravar seria exa-tamente, pelas circunstâncias rela-tadas acima, o Heitor dos Prazeres. O grande pintor-compositor gra-vou durante três horas a meu lado, contou toda a sua vida, falou de su-cessos como “Pierrô Apaixonado” (com Noel Rosa), “Lá em Man-gueira” (com Herivelto Martins) e “Mulher de Malandro”, este um maravilhoso samba sem parceiro e que foi gravado por Chico Alves.

Ao me despedir na porta do Museu, o sambista, sempre impe-cavelmente vestido de terno escuro e usando severos óculos redondos, saiu-se com esta: “Vou te dizer um segredinho que não pude contar aí dentro. O malandro da mulher do samba era este seu criado.” E piscou o olho estrábico, moldura perfeita para aquele rosto enérgico e cheio de furinhos de bexigas.

Foi a última vez que o vi.

O acúmulo de memórias em vida já tão espichada quase sempre me enternece. Ao menos quando podem evocar eventos agradáveis. Que felizmente são inúmeros. O que não quer dizer que os eventos amargos nunca são lembrados. É claro que existiram. Mas, como já disse o poeta, “as amargas não”. Me-lhor, e muito mais sábio, con� nar “as amargas” dentro de uma cum-buca de fel. E esquecer.

Acode-me agora mesmo, ao re� etir sobre a volta do Correio da Manhã, uma das melhores histori-nhas extraídas da fraterna amizade que Niomar Moniz Sodré Bitten-court (corajosa dona do jornal) e eu mantivemos por longos anos.

Certo dia ela me telefonou para dizer que Carlos Drummond esta-va a lhe con� denciar que o pintor Heitor dos Prazeres teria sido diag-nosticado com um câncer no pân-creas devastador. Ato contínuo, o próprio poeta veio ao telefone para sugerir que o depoimento para pos-teridade do pintor e sambista fosse feito no Museu da Imagem e do Som o mais rápido possível.

O Heitor dos Prazeres foi um pioneiro relevante. E não só como pintor primitivo de � na estirpe. Foi pioneiro como testemunha ocular do nascimento do samba na casa de

Heitor dos Prazeres e Niomar Moniz SodréRICARDO CRAVO ALBIN POUCAS PALAVRAS * POR CARLOS MONTEIRO

Carlos Monteiro

“Cristo Redentor/Braços abertos sobre a Guanabara”. Um re� exo, uma re� exão. A natureza faz simbiose com o monumento, integrando o material com o natural como se emergisse entre as nuvens nos céus cariocas. Por essas e outras é que cantamos aos quatro cantos: “...Esse samba é só porque / Rio, eu gosto de você...” (Samba do Avião – Tom Jobim)

CM

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4 De 13 a 19 de dezembro 2019

BRASIL

CORREIO POLÍTICO

Bolsonaro critica Greta, eleita a ‘Pessoa do ano’ pela ‘Time’

Nova líder do PSL

Curtas

A polêmica criada en-tre o presidente Jair Bol-sonaro e a ativista sueca Greta Thunberg vem dan-do ainda mais publicidade à jovem ambientalista de apenas 16 anos. As re-des sociais estão falando cada vez mais da garota - e isso é bom para ela.

Pior: na mesma se-mana em que Bolsonaro chamou a adolescente de “pirralha”, e ainda dizer que a imprensa brasileira vem dando muito espa-ço para ela, Greta tor-nou-se a personalidade mais nova a ser escolhida como a “Pessoa do ano” pela revista “Time”.

A reportagem de capa da “Time” a�rma que Gre-ta encarna o poder da juventude. A sueca come-

n No próximo dia 19, será lançado o “Brasil Sem Medo”, descri-to pelo escritor Olavo de Carvalho, que será colaborador no veícu-lo, como o maior jornal conservador da internet brasileira.

n O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), teve de ser internado numa UTI, quarta-feira (13), depois de surgir um sangrame-ento no fígado. Covas

O PSL escolheu na quarta-feira (11) a deputa-da Joice Hasselman (PSL--SP) como a nova líder da sigla na Câmara. A Justiça ainda decide se o partido poderá manter a suspen-são de 14 deputados, en-tre os quais o antigo líder Eduardo Bolsonaro (SP).

çou a ganhar notoriedade ano passado, protestan-do contra o aquecimento global. Seu nome ganhou enorme repercussão nas redes sociais dando início à campanha “Fridays For Future”.

está se tratando de um câncer descoberto re-centemente. Sua inten-ção é continuar a traba-lhar normalmente.

n A prefeitura paulis-tana suspenderá o rodí-zio de veículos entre os dias 23 de dezembro e 10 de janeiro de 2020. Segundo a Secretaria Municipal de Mobilida-de e Transportes, os veículos pesados per-manecem com circula-ção reduzida.

Reprodução

A jovem ativista na capa da Time

PSL traíraPolêmico em suas pa-

lavras, o presidente Jair Bolsonaro não poupou críticas a seu antigo par-tido. Em coletiva de im-prensa, disse que o PSL está repleto de “traíras”. E voltou a dizer que é can-didatíssimo à reeleição ao �m de seu mandato.

Fundo eleitoral poderá ser mais enxutoBastante criticado por

todos, o fundo eleitoral poderá passar por uma mudança signi�cativa, caindo de R$ 3,8 bilhões para R$ 2,5 bilhões.

Inicialmente, os valo-res destinados aos fundos partidários era de R$ 2 bi-lhões. Os representantes

dos partidos acordaram um aumento para R$ 3,8 bilhões. A saraivada de críticas levou os líderes a pensar numa alternati-va, mais enxuta, para ser aprovada no Congresso.

A grave crise �scal não dá motivos para um au-mento de quase 100%.

Prazo de�nidoA Prefeitura do Rio de

Janeiro con�rmou que conseguirá cumprir com o compromisso salarial dos agentes comunitários e técnicos de enfermagem. A prefeitura também infor-mou que o pagamento da primeira parcela do 13º já está agendada.

Quebra de decoroO Conselho Nacio-

nal do Ministério Públi-co abriu novo processo administrativo disciplinar contra o procurador Del-tan Dallagnol. O proces-so, por quebra de decoro, derivou de uma reclama-ção apresentada pelo se-nador Renan Calheiros.

Nebulosa simUma equipe interna-

cional liderada pela astrô-noma Beatriz Fernandes, do Instituto de Astrono-mia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, descobriu a origem da nebulosa Sh 2-296, que compõe a nebulosa co-nhecida como Gaivota.

‘Moro de saia’O Tribunal Superior

Eleitoral (TSE) determinou realização de nova eleição em Mato Grosso para pre-encher a vaga ao Senado que será deixada pela Juíza Selma, do Podemos. Ela foi cassada por abuso de po-der econômico e captação ilícita de recursos.

Mal na saúdeSeja na cidade ou no

estado, o Rio de Janeiro vem sofrendo com a saú-de. Por conta disso, o go-verno Wilson Witzel mon-tou um gabinete de crise para acompanhar o colap-so na saúde municipal no Rio de Janeiro. Basta ver se isso dará certo.

O porquê da criseToda a crise na saúde

se deu após 20 mil pro�s-sionais da saúde decidi-rem paralisar os serviços na atenção básica do mu-nicípio por 48 horas. Eles estão sem salário desde outubro, alguns ainda ten-taram trabalhar, mas nem passagem tinham.

Janio de Freitas

O cerco à modesta demo-cracia vem de mais quadrantes do que se tem reconhecido. Os generais do capitão, o próprio e determinadas forças econômi-cas não são tudo o que pressio-na a democracia. Nem, talvez, a força portadora de maiores am-bições. O movimento libertici-da tem uma dimensão esqueci-da, que recente arbitrariedade traz à tona.

O impulso de Marcelo Cri-vella para vetar repórteres do Grupo Globo em entrevista “coletiva” veio, mais que do próprio prefeito, do avanço antidemocrático de Bolsonaro nos ataques à Folha e à Globo. Incluído em investigação sobre possíveis subornos na Prefeitu-ra do Rio, não era ao jornal e sua notícia objetiva que poderia caber alguma reação do prefei-to. Ainda menos uma forma de censura, inútil embora.

Pastor, Crivella é reservado,

mas não há dúvida de que tem posição muito in�uente na sua igreja, não só porque sobri-nho de Edir Macedo, e entre os pastores em geral. O ar de desinteresse por seu cargo tor-naria inexplicável a decisão de candidatar-se. E então se nota que Crivella, por uma in�nida-de de atitudes e falta de, é um pastor evangélico na prefeitura, maneiroso na sua antipolítica e nas obstruções aos costumes, aos eventos e modos pessoais reprováveis por sua igreja. Um pastor em missão. Sem base po-lítica para eleger-se, eleito pela indução (não ilegítima) dos de-mais pastores nos seus �éis.

São muitos assim, serão ain-da mais nas eleições de 2020. Não por um movimento recen-te, oportunista. É uma cons-trução planejada, minuciosa, em prosseguimento. Há uns 20 anos, talvez, a repórter Elvira Lobato, da Folha, ao fazer um

trabalho sobre a igreja de Edir Macedo deparou-se, na cúpu-la, com o que lhe pareceu uma estrutura sobretudo política, propriamente dita. Ativa para fora e fechada. Não havia como apurar muito, mas conversa-mos bastante, nós dois, sobre o que cada um sabia e concluía.

Um projeto de poder. Para o predomínio, à parte ambições pessoais, de uma concepção de ordem social, de moral públi-ca e de sobrenatural. É o que explica o convívio convergente de tantas igrejas que deveriam atritar-se na conquista e domí-nio de �éis, mas cujos chefes se mostram em permanente uníssono público -- ressalvada alguma dissensão eventual e nebulosa. Um projeto que não é de uma igreja evangélica, é das igrejas evangélicas. Religioso, admita-se, para a sua massa de �éis, e político-opressor para a outra multidão.

Bolsonaro, que até pou-cos meses dizia-se católico, e evangélicos utilizam-se mutu-amente. Suas concepções, en-tendidas as de Bolsonaro como as características do Exército, assemelham-se em muitos pon-tos, mas não distribuem o rigor da mesma maneira. Entre uma corrente e outra, a diferença indelével: regime militar ou militarizado acaba sempre der-rubado, a história não sabe de exceção; o outro, baseado em massas místicas e incultas, com crescimento constante causado pela economia, não se sabe ao que pode levar.

Há mais nos conduzindo do que os “especialistas” per-cebem.

PS: Bolsonaro não recuou do ato contra a Folha. Fugiu, isso sim, da derrota certa nas ações judiciais da ABI (de vol-ta a ser ABI) e da OAB. A fuga também é derrota.

Os �éis na balança

A reestruturação da Embratur era um desejo antigo do governo de Jair Bolsonaro. Agora, com o Decreto 10.172, publicado na edição de quinta-feira (12), o or-gão passa a ter status de serviço social autônomo.

Sua nova função, enquadrada como Agência, inclui “formular, implementar e executar as ações de promoção,marketinge apoio à comercialização de destinos, produtos e serviços turísticos do País no exterior”, além de “realizar, promover, organizar, participar e patrocinar eventos relacionados com a promoção e o apoio à co-

A nova cara da EmbraturBolsonaro autoriza a criação da nova agência setorial de turismo no Brasil

Walter Campanato/Agência Brasil

O presidente Gilson Machado

mercialização da oferta turística brasileira para o mercado externo no País e no exterior” e “propor às autoridades competentes normas

e medidas necessárias à execução da Política Nacional de Turismo, quanto aos seus objetivos e às suas competências em relação ao turismo internacional, além de executar as decisões que lhe sejam recomendadas pelo Conselho Deliberativo; e articular-se com os agentes econômicos e com o pú-blico potencialmente interessado nos destinos, produtos e serviços turísticos brasileiros a serem pro-movidos no exterior”.

O novo diretor-presidente, também nomeado por Jair Bol-sonaro, é o atual presidente da Embratur, Gilson Machado Gui-

marães Neto, com um mandato de quatro anos.

A diretoria é completa por Carlos Alberto Gomes de Brito, no cargo de diretor de Gestão Corporativa da Embratur - que antes era o diretor de Gestão Interna do orgão - e Osvaldo Matos de Melo Junior no cargo de diretor de Maketing, Inte-ligência e Comunicação - que já cuidava do departamento de Marketing do antigo orgão. Am-bos também foram nomeados para mandatos de quatro anos. No geral, há pouca gente nova no comando do novo formato.

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5De 13 a 19 de dezembro 2019

ESPECIAL

Festa para a indústria do turismoPalácio das Artes, em Belo Horizonte, recebe personalidades do setor em premiação

Roberto Castro/Mtur

APROVEITAMENTO DO PATRIMÔNIO CULTURAL PARA O TURISMO1º - Festival Boi Voador, do mu-nicípio de Recife (PE)2º - Revitalização do Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu (PR), da Secretaria Municipal de Turismo, Indús-tria, Comércio e Projetos Es-tratégicos3º - Festa do Bode Rei - Festival de Caprinos e Ovinos da Paraí-ba, da Prefeitura Municipal de Cabaceiras (PB) APROVEITAMENTO DO PATRIMÔNIO NATURAL PARA O TURISMO1º - Polo Socioambiental Sesc Pantanal2º - Caminho de Cora Coralina, da Agência Estadual de Turismo de Goiás (Goiás Turismo)3º - Sustentabilidade e Ecotu-rismo no Rio da Prata e Lagoa Misteriosa, de Jardim (MS), da Japacanim Ecoturismo

MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO DO TURISMO1º - Projeto «Visit Salvador da Bahia”, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salva-dor (BA)2º - Festival das Cataratas, da

De Angeli Feiras e Eventos3º - Beto Carrero World - Nova Área Temática Hot Wheels, de Penha (SC) FORTALECIMENTO DA GESTÃO INTEGRADA E DESCENTRALIZADA DO TURISMO1° - Gestão Integrada do Turis-mo de Foz do Iguaçu (PR)2º - ICMS Critério Turismo, da Secretaria de Turismo de Minas Gerais3º - Projeto Redes Colaborati-vas de Turismo do Jequitinho-nha e Mucuri, da Associação do Circuito Turístico das Pedras Preciosas GESTÃO DE DADOS E MONITORAMENTO NO TURISMO1º - Monitoramento da Repu-tação Online dos Atrativos Tu-rísticos de Florianópolis (SC)2º - Programa de Classi�cação Turística dos Municípios do Estado de Mato Grosso do Sul3º - Observatório do Turismo de Minas Gerais MELHORIA DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS E ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS1º - SP Pra Todos, da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo

2º - Programa Guarapuava Tu-rística 2026, da Prefeitura Mu-nicipal de Guarapuava (PR)3º - Além da Extração, Progra-ma Crescer Conceição do Mato Dentro, da Technoserve Brasil PRODUÇÃO ASSOCIADA AO TURISMO1º - Passeio Histórico, Cultural e Gastronômico com o Chef, do Le Coq Bar e Bistrô, de Pe-trópolis (RJ)2º - Circuito Sapucaí de Gas-tronomia e Arte, do Restauran-te Salumeria Central, de Belo Horizonte (MG)3º - Festival da Tapioca de Olinda (PE), da Secretaria Mu-nicipal de Patrimônio, Cultura, Turismo e Desenvolvimento Econômico

TECNOLOGIA NO TURISMO1º - Smart Survey - Pesquisa de Demanda Turística com uso de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), da Smart Tour Tecnologia Brasil LTDA, de Florianópolis (SC)2º - Forma Smart Pass, da Nova Forma Viagens e Turismo LTDA (Forma Turismo)3º - Orbs Tecnologia e Desen-volvimento, de Belo Horizonte (MG)

TURISMO DE BASE LOCAL1º - Projeto Morrinho, da ONG Morrinho (RJ)2º - Roteiros Turísticos de Base Comunitária em Roraima, do SESC-RR3º - Caminho de São Francis-co da Esperança, da Prefeitura Municipal de Guarapuava (PR) TURISMO SOCIAL1º - Projeto Praia Acessível, da Secretaria de Turismo de Forta-leza (CE)2º - Plano de Acessibilidade da Marejada Itajaí, maior Festa do Pescado do Brasil, da Secretaria de Turismo de Itajaí (SC)3º - Férias Imperdíveis, do SES-C-RS

SENSIBILIZAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CERTIFICAÇÃO E FORMALIZAÇÃO NO TURISMO1º - Capacitação Básica em Au-tismo para Pro�ssionais do Tu-rismo, da Incluir Treinamentos, de São Paulo2º - Farroupilha Colonial -Tu-rismo Rural/Cultural/Gastro-nômico, da Prefeitura Munici-pal de Farroupilha (RS)3º - Trilha Jovem Iguassu, do Instituto Polo Internacional Iguaçu, de Foz do Iguaçu (PR)

Em cerimônia realizada no Palácio das Artes, em Belo Ho-rizonte (MG), a segunda edição do Prêmio Nacional do Turismo consagrou 19 iniciativas ou pro-�ssionais que contribuíram para o desenvolvimento do setor tu-rístico no país. A seleção dos pre-miados contou com a participa-ção expressiva da população, que atingiu recorde de votação neste ano, com quase 60 mil contribui-ções, e com a intensa análise da comissão julgadora do Prêmio.

O ministro do Turismo, Mar-celo Álvaro Antônio, destacou em seu discurso os avanços que o setor conquistou este ano.

- O turismo tem uma partici-pação de protagonista no papel de desenvolvimento ou de reco-locar o nosso Brasil nos trilhos. É com muita satisfação que nós podemos dizer neste evento que encerramos o ano de 2019 com resultados extremamente positi-vos. Sabemos que ainda há muito o que se fazer. O trabalho con-tinua árduo, diário, avançando cada dia mais para que o turismo possa ser melhor estruturado em todo o Brasil - celebrou.

Em sua segunda edição, o prêmio tem o objetivo de jogar luz sobre as iniciativas e pro�s-sionais que tanto �zeram pelo tu-rismo nacional, para multiplicar esses exemplos país afora.

Durante a primeira parte da premiação, foram destacadas 33 iniciativas em 11 categorias dife-rentes, criadas para retratar a di-versidade do setor. Ao todo, 418 candidaturas, de entes públicos, privados e do terceiro setor vin-das de todas as partes do Brasil.

Na edição deste ano, o prêmio inovou com o reconhecimento dos responsáveis por inovações ou atuações no desenvolvimen-to do ramo. Foram premiados pro�ssionais da Academia, Go-verno (Dirigentes e Técnicos), Empreendedores de Médio e Grande Porte, Micro e Pequenos Empreendedores, Organizações Não Governamentais, Mídias Sociais e Imprensa. Foram 200 pro�ssionais inscritos, por eles mesmos ou indicados por tercei-ros, em oito categorias.

Os vencedores das “Iniciati-vas de Destaque” foram selecio-nados após avaliação meritória e eliminatória da comissão jul-gadora a partir da classi�cação de três �nalistas por categoria da premiação. As iniciativas que avançaram cumpriram critérios como terem sido criadas especi-�camente para o setor turístico e implementadas há menos de 24 meses. A análise considerou ainda a apresentação de resulta-dos obtidos pela mensuração de impactos diretos ou indiretos. Já os “Pro�ssionais de Destaque no Turismo” foram escolhidos pelos quase 60 mil votantes, recorde de público, por meio de votação online. 

Já ao �nal do evento, o minis-tro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, recebeu da Associação Brasileira das Empresas Aéreas

(Abear) o reconhecimento pelo trabalho prestado ao turismo brasileiro. Em sua fala, ele agra-deceu a condecoração e a�rmou que continuará trabalhando para a diminuição do custo Brasil.

SOBRE O PRÊMIOO segundo Prêmio Nacional

do Turismo, iniciativa do Mi-nistério do Turismo em parceria com o Conselho Nacional do Tu-rismo (CNT), tem por objetivo identi�car, reconhecer, premiar e disseminar iniciativas, práticas inovadoras e casos de sucesso re-lacionados aos setores, público e privado, e ao terceiro setor do turismo brasileiro.  A premiação tem caráter simbólico, sem valor �nanceiro, e é concedida na for-ma de troféus para os primeiros colocados de cada modalidade, e certi�cados aos �nalistas.

ACADEMIASusana Gastal - 2.530 votos (37%)

DIRIGENTES E PARLAMENTARESAlexandre Pereira - 5.124 votos (43%)

 EMPREENDEDORES DE MÉDIO E GRANDE PORTEJoana Paula Coelho - 4.795 votos (63%)

GESTORES E TÉCNICOS�iago Beraldo - 2.975 votos (34%)

IMPRENSAMaiara Silva - 2.501 votos (49%) MICRO E PEQUENAS EMPRESASRodrigo Stüpp - 4.326 votos (53%) MÍDIAS SOCIAISLívia Lopes - 2.810 votos (45%) ONGsFabiana Dickmann - 1.342 votos (31%)

Marcelo Álvaro Antônio entre algumas das personalidades do setor vencedoras do Prêmio

Claudio Magnavita, da Abrajet, e a jornalista Maiara Silva

No discurso de abertura, o ministro Marcelo Álvaro Antônio enalteceu as perspectivas positivas que o setor de turismo alcançou ao longo do ano de 2019

PROFISSIONAIS DE DESTAQUE

INICIATIVAS DE DESTAQUE

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6 De 13 a 19 de dezembro 2019

RIO

CORREIO CARIOCA

Pezão é solto, mas �ca com tornozeleira

Acessibilidade

Curtas

Preso desde novembro de 2018, o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pe-zão (MDB) foi solto graças a uma liminar concedida pela Sexta Turma do STJ. Pela decisão, Pezão terá que usar tornozeleira e não poderá sair de casa entre 20h e 6h.

Além disso, terá que comparecer em juízo quando solicitado e está

n Até o dia 19 des-te mês, o Centro Uni-versitário IBMR recebe alimentos não perecí-veis nos campi Barra, Botafogo e Catete, para a campanha “Natal So-lidário”.

n A Receita Fede-ral apreendeu 71 qui-los de cabelo humano e 24 quilos de cabelo sintético no Aeropor-to do Galeão. A carga, avaliada em R$ 120 mil, estava na bagagem de

Em reunião com as co-missões da Pessoa com De�ciência e da Região Metropolitana da Alerj, a Secretaria de Estado de Transportes revelou que há um planejamento para melhorar a acessibilidade nos modais para as pes-soas com de�ciência.

proibido de “manter con-tato com os outros réus ou pessoas acusadas de pertencer à mesma or-ganização criminosa”, de ocupar cargos ou funções públicas no estado ou no município do Rio enquan-to durar o processo, in-formar operação bancária acima de R$ 10 mil e só poderá deixar o Rio com autorização judicial.

um casal estrangeiro, proveniente de um voo da China.

n O shopping Via Parque, na Barra, inau-gurou uma fazenda ur-bana com produção sustentável. No local, há também uma loja para venda de produtos cultivados, um restau-rante e atividades edu-cativas para os jovens. Já no BarraShopping, a Lego inaugura sua loja certi�cada no Brasil.

Tânia Rego/Divulgação

O ex-governador foi preso quando ainda exercia o mandato

Casa da Moeda As Comissões de Ciên-cia e Tecnologia e de Eco-nomia da Alerj enfatiza-ram, em audiência pública realizada no dia 6 de de-zembro, posição contrária à medida provisória pro-posta do governo federal, que pretende privatizar a Casa da Moeda.

PM denunciado pela morte de ÁgathaA Justiça do Rio de Ja-

neiro aceitou a denúncia contra o PM Rodrigo José de Matos Soares, pela morte da menina Ágatha Félix. A juíza Viviane de Faria, da 1ª Vara Crimi-nal, acatou o pedido da Promotoria e suspendeu a autorização do agente

para o porte de arma de fogo e o afastamento das ruas. Ela determinou tam-bém que Rodrigo eja proi-bido de ter contato com as testemunhas, compa-reça mensalmente ao juí-zo e seja impedido de via-jar. O PM foi acusado por homicídio doloso.

Iniciativa privada O diretor de Infraes-

trutura do BNDES, Fábio Abrahão, disse que vai enviar para o governo do Rio uma proposta de con-cessão da Cedae em qua-tro zoneamentos distintos, com cada parte sendo re-passada para uma empre-sa ou consórcio diferente.

BiometriaAté 19 de dezembro,

os eleitores de Porciúncu-la, Miracema, Laje do Mu-riaé, Rio Claro e Silva Jar-dim devem acessar o site do TRE-RJ e agendar data para fazer o cadastro bio-métrico. Em 11 cidades o prazo já terminou e, em outras três, vai até 2020.

Hospital Badim A CPI dos Incêndios da Alerj recebeu, dia 6, repre-sentantes do Hospital Ba-dim do Corpo de Bombei-ros, da Polícia Civil e das famílias das vítimas para aprofundar as causas do incêndio em setembro, assim como o tratamento que as vítimas receberam.

ImpeachmentA Câmara dos Verea-

dores de Itaguaí aceitou, por 6 a 5, a abertura de um pedido de impeach-ment contra o prefeito Charlinho Bussato e o vice, Abeilar Goulart, am-bos do MDB, sob a acusa-ção de empregar parentes em cargos públicos.

Metrô no Réveillon A venda dos bilhetes de metrô exclusivos para o Ano Novo do Rio já está disponível, das 10h às 21h, nas estações Pavu-na, Uruguai, Central, Ca-rioca, Siqueira Campos e Jardim Oceânico. Há opções de ida e volta (R$ 9,20) ou ida (R$ 4,60).

Carnaval do Rio Até o dia 9 de janeiro, o site carnavalderua2020.com.br recebe inscrições para quem deseja traba-lhar como vendedor autô-nomo no Carnaval 2020. Os interessados devem ser brasileiros, ter mais de 18 anos, possuir CPF e RG e moradia no Rio.

Witzel divulga carta sobre os seus ‘micos’Governador comenta drible que levou do atacante Gabigol, do Flamengo

O governador do Rio, Wil-son Witzel, divulgou uma carta aberta explicando - ou tentan-do explicar - por que acabou pagando dois “micos” recente-mente, em eventos públicos.

No primeiro, em �m de novembro, ele se ajoelha pe-rante o jogador Gabigol, do Flamengo, em pleno gramado do Estádio Monumental, em Lima, logo após a �nal da Li-bertadores. O time carioca ha-via acabado de ganhar o River Plate, com dois gols do atacan-te - que, ao ver Witzel aos seus pés, simplesmente ignorou-o. As cenas �zeram a alegria das redes sociais.

Na carta aberta, reprodu-zida aqui abaixo, Witzel conta que é um homem simples, não acostumado aos ritos da políti-

ca tradicional. Por isso, acabou exagerando na espontaneidade ao comemorar o campeonato no estádio.

O governador só não disse por que, na volta ao Rio, fez questão de descer do avião ant-se do time, envergando uma grande bandeira do Flamengo.

Outro episódio bastante comentado nas redes sociais teria ocorrido sexta-feira (6), quando a cantora baiana Ivete Sangalo teria se recusado a per-mitir a visita do governador ao seu camarim, após um show no Copacabana Palace.

Witzel alegra que a ideia de cumprimentar a cantora não tinha sido ele. E até ga-rante, “com todo o respeito”, que isso nem passou pela ca-beça dele.

Reprodução da TV

Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Witzel se ajoelha perante Gabigol, que dribla o governador no gramado

O Palácio da Cidade, em Botafogo, é um dos prédios públicos que �carão com a iluminação especial

A Prefeitura do Rio de Ja-neiro inaugurou na última terça-feira (10) a iluminação de Natal de pontos turísticos, espaços públicos e edifícios his-tóricos da cidade. O “Rio 2020, Natal de Luz” é uma prévia do calendário o�cial do próximo ano, quando a cidade será a pri-meira capital mundial da arqui-tetura e sede do 27° Congres-so Mundial de Arquitetos. O acendimento simultâneo ocor-reu às 18h30 e se repetirá todas as noites até o Dia de Reis, em 6 de janeiro.

– Que possamos, ao olhar estes monumentos iluminados, lembrar o verdadeiro sentido do Natal e renascermos para um 2020 completamente aben-çoado, renovado e próspero – disse a primeira-dama do Rio, Sylvia Jane Crivella,  durante a cerimônia de lançamento da iluminação especial, no Palácio da Cidade.

Os locais que receberam ilu-minação de Natal são: Cristo Redentor, Pão de Açúcar, mu-rada do Forte de Copacabana, Monumento Estácio de Sá, pas-sarelas do Aterro do Flamengo, Arcos da Lapa, Câmara Munici-pal, Igreja da Penha, Cidade das Artes, Museu de Arte Moder-

na, Palacete da Princesa Isabel, Palácio da Cidade e o Centro Administrativo São Sebastião, sede da Prefeitura. O Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR) também deverão receber a iluminação especial. A cor escolhida é o amarelo, que simboliza o sol, o verão, a pros-peridade e a felicidade.

— Essa titulação é motivo de orgulho para todos os bra-sileiros. Uma oportunidade de discutir o futuro e também de mostrar nossas belezas para o mundo — observa o secretário municipal de Tu-rismo, Paulo Jobim.

A iluminação especial de Natal foi feita sem gastos

para a Prefeitura, uma vez que contou com equipamentos já existentes. Além disso, outros espaços como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor aderiram ao programa sem custos extras. Existe a possibilidade de que eventuais novos parceiros se unam ao “Natal de Luz” nos próximos dias.

Luzes sobre cartões postais Prédios públicos e pontos turísticos recebem iluminação para o Natal

As últimas eleições trou-xeram para a vida pú-blica gestores sem tra-

dição política, entre os quais me incluo.

Sou um homem simples, que passou a maior parte da vida dedicado aos estudos e ao trabalho. Fui juiz, professor e defensor público. Morador da Zona Norte.

De uma hora para outra, qualquer coisa que eu diga vira notícia. Qualquer comentário é analisado sob ângulos que eu mesmo, autor do comentário, sequer imaginei.

Um ano depois de ter sido eleito, entendo que isso é parte do cargo de governador do Rio, que ocupo com bastante alegria

e sobretudo com honestidade. Aviso que não vou mudar.

Seguirei sendo o homem sim-ples que, por vezes, se excede na alegria, nas comemorações e na espontaneidade.

Tenho viajado para o exte-rior para promover o imenso potencial turístico do Rio de Janeiro e com a missão de resga-tar o nosso estado do abandono e da roubalheira que ele sofreu durante anos.

Quem estiver com saudade de governantes pomposos que sabiam tudo de Paris e conhe-ciam vinhos caros, pode visitá--los na cadeia.

Este não sou eu e não serei eu. Peço desculpas àqueles que

se sentiram ofendidos pela mi-

nha homenagem ao Gabigol. “Governador não se ajoelha”, disseram. Naquele momento eu era um torcedor apaixonado.

Ivete Sangalo? Sou fã, ad-mirador. Mas não pedi para ir ao camarim dela. Estava numa festa cheia de amigos queridos. Mas se alguém da minha equi-pe teve essa ideia de falar com a produção da cantora (que fez um show maravilhoso naquela noite), a imprensa diz que Ivete não quis me receber. Com todo o respeito, tenho tão pouco tem-po para ver os amigos que isso nem passou pela minha cabeça.

O que conta mesmo é que os indicadores de segurança es-tão melhores, pagamos o 13º sa-lário em dia, há professores nas

salas de aula, as escolas estão cli-matizadas e o atendimento nos hospitais e postos estaduais está funcionando - e ainda atenden-do em dobro em razão da crise na saúde municipal.

Este Natal será o melhor desde 2014, com 25 mil vagas de emprego e R$ 3 bilhões in-vestidos na economia do Estado.

Seguirei trabalhando duro para resgatar o Rio dos crimi-nosos e devolver a paz à po-pulação. Continuarei sendo cada vez mais implacável com a bandidagem e mais parceiro do cidadão.

Isso é o que importa. Todo o resto rende notícias, anima as redes sociais, mas não melhora a vida de ninguém.

PINGOS NOS ‘IS’Wilson Witzel

Governador do Estado do Rio de Janeiro

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7De 13 a 19 de dezembro 2019

ECONOMIA

CORREIO ECONÔMICO

Plano Plurianual é aprovadoe chega a R$ 6,8 trilhões

Joint venture

Curtas

O Congresso aprovou o projeto de lei do Plano Plurianual para o período 2020-2023. Estão previstos no PPA 54 programas, 304 objetivos e 1.136 metas, em ações que totalizam R$ 6,8 trilhões no período de quatro anos. O texto segue para sanção presidencial.

A proposta aprovada foi um substitutivo do se-

n O Brasil caiu uma posição no ranking glo-bal do IDH em 2018. Agora, o país ocupa o 79º lugar em um grupo de 189 países. Na prá-tica, o Brasil �cou em-patado com a Colômbia e atrás de países como Chile, Argentina, Uru-guai e Sri Lanka, por exemplo. O ranking é liderado pela Noruega.

n Os bene�ciários do Bolsa Família vão rece-ber o abono natalino, equivalente ao 13º salá-

A companhia aérea Azul anunciou que seus conselhos de adminis-tração e de investidores aprovaram a criação de uma joint venture com a portuguesa TAP. A união das companhias, no en-tento, precisa ser aprova-da pela Anac

nador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) ao texto ori-ginal do Poder Executivo, ao qual foram incorporadas 326 emendas.

O PPA estabelece, de forma regionalizada, as di-retrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes.

rio do programa. O go-verno desembolsará R$ 2,5 bilhões para fazer o pagamento.

n A Bloomin’ Brands Inc. contratou a consul-toria Bank of America Merril Lynch para ava-liar alternativas para a companhia, entre elas a venda de ativos no Brasil. A negociação inclui cem unidades do Outback, 12 rede Abbraccio e uma uni-dade da “steakhouse” Fleming’s.

Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Os parlamentares incorporaram 326 emendas ao texto original

Recorde de grãosA safra nacional de

grãos deve atingir 240,8 milhões de toneladas em 2019. Segundo o IBGE, o dado representa alta de 6,4% na comparação com 2018, quando atingiu 226,5 milhões toneladas. Em 2017, o país produziu 238,4 milhões.

Mac Pro é mais caro que apartamentoO novo Mac Pro, com-

putador da Apple, tem um sistema revolucioná-rio de resfriamento para rodar uma programação mais avançada sem dar problemas, e ostenta um visual futurista, bastante parecido com um ralador de queijo. Ele tinha uma

grande expectativa acerca de seu lançamento, mas o preço divulgado já afastou muita gente.

O computador será lançado nos EUA por US$ 50 mil. No Brasil, a versão mais “simples” custará R$ 56 mil, enquanto a versão Top chega por R$ 429 mil.

Queda livreO Copom, con�rman-

do a expectativa unânime do mercado �nanceiro, reduziu a taxa básica de juros de 5% para 4,5%. A Selic está no menor pata-mar desde que passou a ser utilizada como instru-mento de política monetá-ria, em 1999.

In�ação IGP-DIO IGP-DI teve in�ação

de 0,85% em novembro deste ano, taxa maior do que a registrada em outu-bro, que foi de 0,55%. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o índice acumula taxas de in�a-ção de 5,85% no ano e de 5,38% em 12 meses.

Malha �naO governo informou

que 700.221 declarações de Imposto de Renda estão na malha �na, por conta de inconsistências nas informações presta-das. Essa quantidade cor-responde a 2,13% do total de 32.931.145 declara-ções entregues este ano.

Banco do anoO Banco do Brasil re-

cebeu o prêmio “Bank of the Year Brazil 2019”, honraria concedida pela publicação britânica “The Banker”, da “Financial Ti-mes”. Esta é a segunda vez que o banco recebe o título. A primeira foi no ano de 2010.

Projeções de 2020O Departamento de

Pesquisas Econômicas do Bradesco divulgou as projeções econômicas de 2020. O crescimento do setor saltou de 2,2% para 2,5%, o dólar a R$ 4 e o PIB a 0,5%, 0,6%, 0,8% e 0,8% nos quatro trimes-tres, respectivamente.

Black FridayDe acordo com o Indi-

cador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as vendas do comércio de rua e shopping centers cresceram 9,9% no perí-odo da Black Friday. Na semana que antecede a data, as vendas também registram alta, de 9,2%.

Tire dez dúvidas sobre o fator previdenciárioÍndice reduz aposentadorias precoces e será aplicado no pedágio de 50%Por Cristiane Gercina (Folhapress)

A nova tabela do fator previ-denciário passou a valer a partir de 1º de dezembro. Criado em 1999, após a reforma promovida no governo FHC, o índice reduz as aposentadorias de quem pede o benefício por tempo de contri-buição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A partir deste ano, a nova tabela só terá validade para os segurados que entram na regra de transição do pedágio de 50%. Isso porque a reforma da Previ-

dência, publicada em 13 de no-vembro, institui idades mínimas na aposentadoria dos brasileiros, de 65 anos e 62 anos, para ho-mens e mulheres, respectivamen-te, acabando com o benefício por tempo de contribuição.

Neste tipo de aposentado-ria, que ainda será válida para um período, consegue o bene-fício quem tem 35 anos de pa-gamentos ao INSS, no caso dos homens, e 30 anos de contribui-ções, para as mulheres. Na regra de transição, o pro�ssional terá de trabalhar mais 50% do tempo

que faltava para se aposentar na data da publicação da emenda.

VANTAGENSConsiderado vilão das apo-

sentadorias, o índice é defendido por alguns especialistas, como é o caso do consultor atuarial Newton Conde, já que, em al-gumas situações, o fator é usado para aumentar o valor do bene-fício. Isso ocorre quando ele é maior do que 1 --em geral, para segurados com 40 anos de con-tribuições ao INSS e mais de 60 anos de idade.

Veja, no quadro abaixo, as dez principais dúvidas sobre a aplicação do índice após a refor-ma. Além de Conde, os advoga-dos Adriane Bramante, Roberto de Carvalho Santos e Rômulo Saraiva fazem parte do time que respondeu às questões.

Com a publicação da emen-da constitucional que mudou as aposentadorias, além do pedá-gio de 50%, o fator segue sendo usado para quem tem direito adquirido às regras de antes da reforma. Neste caso, vale a tabela anterior.

Por Kelly Oliveira (Agência Brasil)

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Cen-tral aumentaram a estimativa para a inflação este ano, pela quinta vez consecutiva. A projeção para o Índice Na-cional de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA) subiu de 3,52% para 3,84%, desta vez. A informação consta do bole-tim Focus, pesquisa semanal BC que traz as projeções de instituições para os principais indicadores econômicos.

A alteração na estimativa para este ano veio depois da divulgação do IPCA de no-vembro, pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE). No mês passado, o IPCA ficou em 0,51%, maior taxa para o mês desde 2015

(1,01%), puxada pela alta de 8,09% nos preços da carne. Em 12 meses encerrados em novembro, o IPCA ficou em 3,27%.

Para 2020, a estimati-va de inflação se mantém há seis semanas em 3,60%. A previsão para os anos se-guintes também não teve al-terações: 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022.

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do cen-tro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com inter-valo de tolerância de 1,5 pon-to percentual para cima ou para baixo.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 5% ao ano pelo Comitê de Políti-ca Monetária (Copom).

De acordo com as institui-ções financeiras, a Selic deve cair para 4,5% ao ano. Para o fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica esteja no mesmo patamar. Para 2021, as instituições estimam que a Selic encerre em 6,25% ao ano. A estimativa anterior era de 6%. Para o final de 2022, a previsão segue em 6,5% o ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimu-

lando a atividade econômica. Quando aumenta, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos pre-ços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimu-lam a poupança.

A projeção para a expan-são do PIB – a soma de todos os bens e serviços produzi-dos no país – subiu de 0,99% para 1,10%, neste ano. As estimativas das instituições financeiras para 2020 variou de 2,22% para 2,24%. Para os anos seguintes, não houve alteração em relação à pesqui-sa anterior: 2,50% em 2021 e 2022.

Na última semana, o IBGE informou que o PIB cresceu 0,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.

Sobe estimativa da inflaçãoProjeção do Índice de Preço ao Consumidor Amplo vai de 3,52% para 3,84%

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8 De 13 a 19 de dezembro 2019

INTERNACIONAL

CORREIO NO MUNDOGUSTAVO BARRETO

Índia vê aumento de protestos por lei polêmica

Moedas digitais

Curtas

O parlamento indiano aprovou um projeto de lei que facilita o processo de cidadania de imigrantes vindos de países próxi-mos.

Porém, esse mesmo projeto exclui do proces-so estabelecido migrantes muçulmanos. A situação gerou protestos por todo o país e foi tratado como

n O pré candidato de-mocrato à presidência em 2020, Mike Bloom-ber, irá doar US$10 milhões para proteger democratas do con-gresso que, por esta-rem apoiando o impe-achment contra Trump, são mais passíveis de se tornarem alvos de campanhas republica-nas

n A União Europeia decidiu que vai sancio-nar o Irã por ataques à

A União Europeia de-cidiu contra o uso das moedas digitais privadas enquanto elas não forem regulamentadas. A Libra do Facebook, por exem-plo, é a novidade que as-susta a UE. Eles temem que essas moedas cau-sem riscos à economia.

um ato discriminatório e anticonstitucional.

No nordeste do país, manifestantes atearam fogo em pneus e derruba-ram árvores que bloquea-ram certas estradas.

Grupos islâmicos, as-sim como da oposição, a�rmam que o projeto faz parte da agenda naciona-lista do primeiro-ministro.

Liberdade de expressão nas manifestações po-pulares.

n O primeiro-ministro britânico, Boris John-son, caminha para o que parece ser uma vi-tória do partido conser-vador para montar uma maioria no parlamento. Marcada para o dia 12, a eleição visa montar um novo parlamento que, dependendo do re-sultado pode facilitar ou di�cultar o Brexit

Reprodução

Parlamento indiano precisa rever trecho sobre muçulmanos

Acordo VerdeEm Bruxelas, a União

Europeia aprovou um “Acordo Verde” para re-duzir os danos climáticos causados pela economia da Europa. A ideia é redu-zir a necessidade de uso de combustíveis fósseis, que lançam gases po-luentes na atmosfera.

Acordo causa divergências na UEUm acordo para explo-

ração de gás natural no mediterrâneo entre Tur-quia e Líbia está causan-do discordância no bloco europeu, em virtude de críticas feitas pela Grécia. Esse estranhamento não é novidade. Anteriormen-te, o governo grego emitiu

comunicados criticando os efeitos que o acordo exerceria sobre a ilha do Chipre e agora elas foram levadas para as Nações Unidas e União Europeia. Representantes da Gré-cia exigem aplicações de sanções contra Istambul e Tripoli como resposta.

Zimbábue famintoVivendo sua pior crise

nos últimos 10 anos. A in-�ação está subindo para 300% e o povo sofre com racionamento de energia. Além disso, segundo a ONU, cerca de 60% dos 14 milhões de habitantes do país não tem garantia de alimentação diária.

Polêmica francesaEdouard Philippe, pri-

meiro-ministro francês, falou sobre que o povo precisará trabalhar dois anos a mais que o pre-visto para usufruir a apo-sentadoria total. Os sindi-catos pedem a mudança dessa proposta de refor-ma e anunciaram greves.

Recepção triunfalA população etíope re-

cebeu com festa o primei-ro-ministro do país, Abiy Ahmed, após ele receber o prêmio Nobel da paz 2019 em Oslo. A premia-ção foi um reconhecimen-to dos esforços do político em estabelecer medidas de paz com a Eritreia.

Reino do terror Camarões continua

a ser assolado por cons-tantes ataques do grupo terrorista Boko Haram. Somente no ano de 2019, 275 pessoas foram mor-tas no extremo norte do país africano. Segundo a Anistia Internacional, to-dos os mortos eram civis.

Década perdidaA ONU está fazendo

uma campanha sobre a violência contra as mu-lheres, relembrando o de-saparecimento de várias meninas nigerianas, que foram raptadas pelo Boko Haram e, em grande parte, seguem desaparecidas.

Ataque aéreoQuatro foguetes ka-

tyusha atingiram uma base militar perto do ae-roporto internacional de Bagdá. Seis combatentes �caram feridos. Mesmo tendo encontrado os lan-çadores ninguém assumiu a autoria do ataque

O moderno dilema da dualidade chinesa Tanto conturbado quanto vital, o relacionamento entre Hong Kong e Pequim tem mostrado sinais de transformaçãoPor Gustavo Barreto

A ilha de Hong Kong já se viu no olho de diversas tempes-tades. Seja sob o domínio britâ-nico em 1841 durante a primeira guerra do ópio, durante a ocupa-ção japonesa entre 1941 e 1945, e desde 1997, quando o governo britânico devolveu a localidade aos chineses.

Nesse mesmo ano, Hong Kong conquistou, como parte do tratado de devolução entre in-gleses e chineses, sua tão famosa soberania em relação ao resto da assim chamada China continen-tal (esta comandada pela capital Pequim).

Dessa forma, de acordo com os termos estabelecidos a partir de 30 de junho de 1997, Hong Kong teria um sistema judicial próprio, um sistema político multi-partidário, mais liberdade de imprensa e religio-sa do que qualquer localidade no continente. Sua soberania apenas estaria limitada em as-suntos de política externa e de defesa.

Professor de economia po-lítica internacional na UERJ e UVA, Fernando Padovani vê a

Em encontro realizado em Paris, os presidentes Vladimir Putin e Vlodymyr Zelensky (Rússia e Ucrânia, respectiva-mente) assinaram um acordo para suspender as hostilidades entre os dois países que se arrsta-vam desde 2014.

Chamado de “Comunicado de verão da Normandia”, o acor-do foi mediado por Emmanuel Macron e Angela Merkel (presi-dente da França e chanceler da Alemanha, respectivamente) e apresenta recomendações de ati-tudes imediatas. A começar pela tomada das devidas providências de um imediato cessar fogo.

Essa primeira cláusula esta-

O jornal norte-americano “Washington Post” deu início a uma série de reportagens ba-tizada de “Afghanistan Papers” (em referência ao escândalo da Panama Papers). A publicação revela os gastos excessivo envol-vendo obras de reconstrução do Afeganistão pós-guerra.

Segundo a reportagem assi-nada por Craig Whitlock, desde 2001 os Estados Unidos gasta-ram mais na recuperação afegã do que qualquer país já o fez. Foram investidos US$133 bi-lhões em programas de recons-trução, suporte e treinamento de forças de segurança.

Em seguida, a reportagem mostra que as promessas de que

Por Agência Brasil (NHK)

A China rejeitou a ideia de participar de um esquema para a discussão do controle de armas nucleares com os Estados Uni-dos e a Rússia.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Chi-na, Hua Chunying, disse ontem (11) a jornalistas.

Hua Chunying comentou declarações feitas pelo secretário americano de Estado, Mike Pom-peo, após o encontro de terça-feira (10) em Washington com o chan-celer da Rússia, Sergey Lavrov.

Pompeo e Lavrov discutiram o tratado bilateral de redução de arsenais nucleares New Start, a

belece que ambos os acordantes devem se comprometer para im-plementação de toda e qualquer maneira um plano de cessar-fogo até o �m de 2019.

O mesmo documento cita que as medidas estabelecidas no Grupo de Tratado Trilateral so-bre a Ucrânia (grupo formado para resolver a emergência ucra-niana em 2014) devem ser apoia-das pelos envolvidos, de modo que os projetos de paz possam ser executados.

O tratado por �m �naliza com o planejamento da manu-tenção do poder político nos locais de confronto. Ficou deci-dido que uma nova reunião de�-

os Estados Unidos não se torna-riam uma nação reconstrutora no Afeganistão foram sendo repeti-das de George W. Bush até Do-nald Trump mas que os informes �nanceiros mostram o inverso.

Pesados investimentos de recuperação �nanceira não são novidades para o país. Desde 1991, os americanos já gas-taram US$55 bilhões com a Somália. Em 1948, o Plano Marshall para a reconstrução da Europa custou US$13.3 bi-lhões (US$103.4 bilhões com a in�ação de 2014).

No Iraque, por exemplo, foram gastos US$ 394 milhões referentes ao ano �scal de 2019. (G. B.)

expirar em fevereiro de 2021. O secretário americano disse haver convicção pelos Estados Unidos da necessidade de incluir outras partes, como a China, em uma discussão mais ampla sobre con-trole de armamentos.

A porta-voz chinesa a�rmou que a posição do seu país é clara. Declarou que a China reitera não ter intenção alguma de participar trilateralmente de negociações so-bre controle de armamentos com os Estados Unidos e a Rússia.

Segundo Hua Chunying, quando o assunto é desarma-mento nuclear, Washington tenta constantemente se es-quivar de responsabilidade ou transferi-la para Pequim.

niria as condições para a organi-zação de eleições locais.

O encontro em Paris tam-bém marcou o primeiro encon-tro entre Putin e Zelensky, este último no cargo desde as eleições de maio de 2019.

COMO ACONTECEUA crise na Ucrânia teve seu

estopim quando grupos que de-fendiam uma proximidade com a União Européia se degladiaram com outros pró Rússia, em mar-ço de 2014.

Foi na região de Donbass (mais especi�camente em Luhansk e Donetsk), a leste do território ucrâniano e a sudoeste

da fronteira russa, que os focos do con�ito ocorreram.

Logo em seguida, atores in-ternacionais começaram a se envolver na guerra civil. Movi-mentos pró-Rússia começaram a receber apoio logístico de Moscou, enquanto que os pró ocidentais contaram com subs-tancial patrocínio dos Estados Unidos, tendo como parte do seu desdobramento as acusações feitas contra Trump em seu pro-cesso de impeachment.

Até 2019, foram 14.000 mortos nos con�itos da Ucrâ-nia e diversas sanções impostas à Rússia que atingiram US$75 bilhões. (G. B.)

destacado tanto em sua largura po-pulacional (mais de 24 milhões de habitantes) e pelo PIB produzido (US$487 milhões). Já a cidade de Shenzhen possui uma população de mais de 13 milhões e um PIB de US$366 bilhões, segundo o portal econômico China Brie�ng.

Em 2018, segundo os indica-dores do portal Trading Econo-mics, o PIB de Hong Kong foi de US$362.99 bilhões, uma quantia abaixo do que a apresentada por seus concorrentes nacionais.

O certo é que a desace-leração de Hong Kong, hoje representando menos de 5% da economia continental, em comparação com a mais passí-vel de intervenção estatal Xan-gai, além dos protestos recentes acabam por desgastar progres-sivamente a soberania da região diante dos olhos de Pequim.

forte indepêndencia de Hong Kong se esvaindo.

- Menos dependente dos mer-cados �nanceiros de Hong Kong e diante do irreversível domínio de Shangai como coração �nan-ceiro da China, o governo central se vê menos obrigado a manter os privilégios do arquipélago. As manifestações midiáticas pare-cem ser assim um último recur-so dos atores políticos de Hong Kong para manter sua antiga grande autonomia.

Ele prossegue, apontando que o que antes era uma relação sim-

biótica positiva agora pende mui-to mais para o lado comunista da balança.

- A balança de poder e econô-mica parece estar gradualmente se orientando para a China con-tinental, passando Hong Kong a depender mais de Pequim do que o contrário. Seja como for, com a presença de um grande centro �nanceiro global como Xangai, e da ascensão de Shenzhen a rica e in�uente Hong Kong nunca pareceu ter sido tão pouco vital para a China; a�rma.

A evolução de Xangai tem se

Reprodução

Desde seu retorno à China, Hong Kong tem apresentado sinais de forte independência política e econômica

‘As manifestações midiáticas parecem ser um último recurso dos atores políticos de

Hong Kong’ - Fernando Padovani

R ússia e Ucrânia em paz Acordo para um cessar fogo entre países estabelece pausa em con�ito

‘Washington Post’ publica os Afghanistan Papers

China se recusa a negociar com EUA e Rússia

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Da euforia à Série B, o drama em tons de azulCom premiação minúscula e arrecadações abaixo do usual, o gigante Cruzeiro terá um 2020 de horroresPor Pedro Sobreiro

O Campeonato Brasileiro de 2019 terminou com dois times nunca antes rebaixados na história da Série A: Cha-pecoense e Cruzeiro. O caso mais chocante foi realmente o do Cruzeiro, que até então havia participado de todas as campanhas da Série A des-de a criação do Campeonato Brasileiro, enquanto a Chape-coense só conseguiu seu pri-meiro acesso à elite do futebol nacional em 2013.

A diretoria cruzeirense co-meçou o ano em alta. Com um elenco entrosado, ainda na ressaca da vitória na Copa do Brasil de 2018, o time logo conquistou o Campeonato Mineiro e o hit “Piscininha Amor”, criado pelo lateral--esquerdo Egídio e viralizado pelo atacante Fred, que logo foi apelidado de “Rei dos Stories”. A música mostrava um elenco unido, além de ser tecnicamen-te forte. Não à toa o Cruzeiro chegou a ser o melhor time da primeira fase da Copa Liberta-

Por Pedro Sobreiro

O time sensação da Série B 2019 começou a fazer suas con-tratações para atingir as metas estipuladas pela Red Bull para consolidarem a �lial do interior paulista como um time da elite do futebol brasileiro. A meta a curto prazo é montar um elen-co capaz de brigar e conseguir uma vaga na Copa Sul-Ameri-cana 2021.

A longo prazo, a meta do clube de Bragança Paulista é conseguir uma vaga na Copa Libertadores em até cinco anos, no máximo. E para atingir esses objetivos ousados, a multina-cional austríaca está disposta a investir alto, mas com respon-sabilidade e um planejamento pro�ssional de time grande.

Se com os R$ 40 milhões de

Por Folhapress

A sur�sta cearense Silvana Lima garantiu mais uma vaga para o Brasil na Olimpíada de 2020, a primeira na história que contará com a modalidade na qual o Brasil tem obtido tí-tulos importantes. A brasileira de 35 anos junta-se a Tatiana Weston-Webb, de 23, gaúcha criada no Havaí, como repre-sentante do país no evento.

Silvana caiu nas oitavas de �nal da etapa de Maui, no Ha-vaí, mas ainda �cou à frente da neozelandesa Paige Hareb no

O esporte russo está fora dos principais palcos do mun-do por quatro anos. A decisão foi tomada pela Agência Mun-dial Antidoping (Wada) por conta da alteração dos resul-tados obtidos no laboratório de Moscou. Os dados foram alterados para encobrir o uso de doping em atletas russos nos últimos anos em diversas competições.

Segundo o “�e Telegraph”, havia o risco do país ser banido das Olimpíadas de Tóquio, em 2020. A punição, porém, foi muito mais severa que o esperado.

aporte para o elenco, já veio o título da Série B, o que os quase R$ 200 milhões podem fazer na Série A, projeta a matriz.

ranking e assegurou a oitava e última vaga em disputa pelo Circuito Mundial.

- É um sonho que está sen-do realizado. Nunca imagi-naria que eu poderia estar em uma Olimpíada competindo. Só imaginava que poderia es-tar lá assistindo. Vai ser muito especial, uma honra estar ali. Vai ser demais. Estava lutando para estar lá, e deu tudo certo. Sou grata a todo mundo que esteve ao meu redor e fez par-te disso. Espero que tudo dê certo, e eu consiga trazer uma medalha para o Brasil - disse.

O banimento é válido para as Olimpíadas do Japão; para os Jogos Olímpicos de Inver-no, a serem disputados em Pe-quim, em 2022; para a Copa do Mundo FIFA de 2022, que será jogada no Catar; e para os campeonatos mundiais de to-das as modalidades esportivas.

A Rússia tem até o dia 30 de dezembro para apresentar recurso junto ao Tribunal Ar-bitral do Esporte, sediado em Lausanne, na Suiça. Os atletas russos que passarem no anti-doping poderão competir sob bandeira neutra. (P. S.)

tes de jogos e pode chegar até a R$ 45 milhões, valor que pa-garia apenas a folha salarial do elenco em 2019. Enquanto isso, as dívidas seguem crescendo.

A vida dos times rebaixa-dos está cada vez mais difícil. O planejamento e a pro�ssio-nalização das diretorias são uma necessidade para o futebol brasileiro. Quem cair não vai ter moleza e vai acabar fazendo dívidas colossais apenas para manter a instituição viva.

O Cruzeiro já busca um empréstimo de R$300 milhões para o ano que vem. Dessa forma, a conta não vai fechar nunca. Enquanto a estabilidade �nanceira não for uma priori-dade no futebol, não adianta chorar as glórias dos adversá-rios organizados. Não é sorte, é trabalho e planejamento.

dores, mas caiu diante do River Plate nas oitavas de �nal. Dias depois, cairia nas semi�nais da Copa do Brasil, eliminação que custou o emprego do treinador Mano Menezes.

Até então, o Brasileiro não era prioridade. Sem o dinheiro das premiações das duas copas, a direção teve di�culdades para fechar o ano �nanceiro e cobrir os elevados gastos.

A crise econômica �cou in-solúvel e deixou o clima insus-tentável nos bastidores. Com meses de salários atrasados e a queda de rendimento do elen-co, a gestão de Wagner Pires de Sá começou a viver seus piores dias. Como se não bastasse, o time chegou a ser cobrado pelos mais de R$ 700 milhões em dí-vidas e com a constante mudan-ça de técnicos, o Cruzeiro ainda

contou com um racha no elen-co para complicar a situação.

Porém, se esse �nal de ano parece ruim, 2020 pode ser ainda pior. As dívidas cruzei-renses seguem crescendo e o elenco atual é muito caro. Com a queda para a Série B, o clube perde o contrato das cotas de TV. Até 2018, o time que fosse rebaixado contava com um me-canismo que impedia a redução das cotas. Ele acabou em 2019. E se não fosse o su�ciente, a di-retoria adiantou R$70 milhões referentes as cotas até 2022. A queda já fez o clube perder de cara cerca de R$11 milhões.

As opções para os mineiros são escolher entre a cota iguali-tária da Série B de R$8 milhões ou fechar apenas com o Pay Per View da Globo, que cede valo-res referentes a venda dos paco-

Bruno Haddad/Cruzeiro

Thiago Neves, tomado como um dos culpados na queda, lamenta pênalti perdido na derrota para o CSA

Quem para o Bragantino?Austríacos da Red Bull traçam metas ambiciosas para a �lial paulista

Sur�sta brasileira garante vaga para Jogos de 2020

Rússia está fora dos Mundiais e Olimpíadas

9De 13 a 19 de dezembro 2019

ESPORTES

CORREIO ESPORTIVOPEDRO SOBREIRO

Patrocinador anuncia que vai ajudar na construção do CT

Mercado de olho

Curtas

Patrocinador master do Vasco, o banco minei-ro BMG começou a ajudar o clube na construção do sonhado Centro de Treina-mento, na Barra da Tijuca.

O anúncio foi feito pelo presidente do clube, Ale-xandre Campello, no gra-mado do Maracanã, du-rante o intervalo do jogo contra a Chapecoense, válido pela rodada 38 do

n As 33 mil moedas estampando o rosto de Roger Federer coloca-das à venda no site da casa da moeda suíça já estão esgotadas. Um novo lote, de 22 mil moedas, deve ser co-mercializado a partir de 23 de janeiro.

n A chapa de oposi-ção, que tinha o ídolo Juan Román Riquelme concorrendo ao posto de segundo vice-presi-

O meia João Paulo, destaque do Botafogo, re-cebeu sondagens do ex-terior. Além do Besiktas,-da Turquia, que, segundo o GloboEsporte.com já abriu negociações com o empresário, um time dos EUA também demonstrou interesse no meia.

Campeonato Brasileiro.O banco já investiu o

dinheiro que faltava para concluir a segunda etapa. Além disso, deu um apor-te de R$ 500 mil para abrir a terceira fase do projeto.

O patrocinador tam-bém prometeu R$1 milhão quando for aberta a quar-ta fase da campanha de arrecadação para a cons-trução do CT.

dente, venceu as elei-ções para comandar o Boca Juniors até 2023.

n O goleiro Fernando Prass se despediu do Palmeiras aos 41 anos. Ele disse que sua saída do clube foi uma estra-tégia do ex-diretor de futebol, Alexandre Mat-tos, que pretendia man-ter apenas um goleiro veterano. Prass a�rmou que pretendia encerrar a carreira no clube.

Reprodução

Parceria com o Vasco tem sido bené�ca para ambos os lados

Hellmann no FluO Fluminense já acer-

tou quem será seu treina-dor em 2020. O técnico Odair Hellmann fechou com o tricolor até o �m da temporada de 2020. Ele terá como auxiliar téc-nico Maurício Dulac. Mar-cãopassará a comandar o elenco do sub-23.

Fla mira pré-temporada lusitanaDurante o evento de

lançamento da biogra�a do técnico Jorge Jesus, o presidente Rodolfo Landim, con�rmou que o Flamengo pensa em fazer a pré-tem-porada de 2020 no exterior. O destino preferido pela di-retoria seria Portugal, terra natal do treinador.

Jorge Jesus mostrou--se bastante empolgado com a ideia e comunicou à cúpula do futebol rubro--negro que a decisão teria seu total apoio. Mais do que prestigiar Jesus, os dirigentes apostam na in-ternacionalização da mar-ca Flamengo.

De volta para casaA pedido do técnico

Tiago Nunes, o volante Camacho, que estava em-prestado ao Athletico-PR, voltará para o Corinthians.

Camacho será peça importante para o treina-dor conseguir fazer o meio de campo trocar mais passes ofensivos.

Vai ter que gastarPrioridade do Pal-

meiras para a tempora-da 2020, o técnico Jorge Sampaoli fez um pedido que assustou a diretoria Alviverde. O argentino te-ria pedido salário de apro-ximadamente R$ 1,7 mi-lhão por mês para fechar com o clube. Vale a pena?

Raí e Diniz �camO São Paulo vai manter

Raí como diretor-executi-vo de futebol para a pró-xima temporada, mesmo com as críticas internas que o dirigente recebeu ao longo do ano. Com isso, Fernando Diniz �ca no comando técnico da equipe.

Batalha judicialJorge Sampaoli e San-

tos estão em guerra. A diretoria do Peixe a�rma que o argentino pediu de-missão, enquanto o técni-co nega a informação. O ponto de discórdia seria o pagamento da multa de R$10 milhões, que o San-tos cobra do treinador.

Mau negócioZezé Perrella revelou

que o Cruzeiro recebeu oferta de patrocínio mas-ter do mesmo banco que patrocina o Flamengo. O valor seria de R$ 12 mi-lhões. A diretoria da épo-ca, porém, preferiu fechar com o atual master, que não fornece valores �xos.

Problemas antigosO técnico Levir Culpi

colocou o Atlético Minei-ro na Justiça para receber mais de R$ 1,6 milhão de salários e direitos de ima-gem. Além de um bônus por ter cumprido a meta de levar o Galo para a Li-bertadores. O clube ainda vai apresentar sua defesa.

Divulgação

Disputado por gigantes, Leandro Realpe é o novo reforço do Bragantino

A ideia é não fazer loucu-ras e a �loso�a de contratação está clara: contratar jogadores jovens, com potencial de cresci-

mento e vontade de mostrarem seu futebol em uma equipe em ascensão.

Isso �cou nítido na contra-tação do promissor atacante do Atlético Mineiro, Alerrandro, de apenas 19 anos, mas já era um xodó dos mineiros. Ele fechou com o clube por cinco anos.

A contratação mais recen-te foi o zagueiro equatoriano Leandro Realpe, campeão da Sul-Americana de 2019 com o Independiente Del Valle, também por cinco anos,. Ele é considerado um dos futuros zagueiros da seleção de seu país e estava na mira do Flamengo, campeão da Libertadores.

Se o investimento vai dar resultado, não se pode dizer ainda. Mas o planejamento é de quem pensa adiante e de quem quer crescer. Basta aguardar.

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VEÍCULOS

Divulgação

O Eclipse Cross mantém o visual e o motor 1.5 turbo de 165 cv, mas, por conta da traseira inclinada, o caracteriza como um SUV cupêanuncio_jornal_da_barra_25,5x29,5cm.pdf 1 08/11/2019 19:14

O SUV compacto da Mitisubishi Eclipse Cross ganha duas versões baratas e começa a ser feito no Brasil, em GoiásPor Fernando Pedroso (Folhapress)

Surfando na moda de jipi-nhos no Brasil, a Mitsubishi começou a produzir o Eclipse Cross em sua fábrica de Ca-talão (GO). O modelo é um SUV compacto com jeito de cupê graças à inclinação mais acentuada na traseira.

Além de virar nacional, o uti-litário esportivo ganhou duas no-vas versões mais baratas. A GLS, que parte de R$ 129.990, e a HPE, de R$ 144.990. As HPE-S (R$ 153.990) e HPE-S S-AWC, com tração nas quatro rodas, (R$ 161.990) continuam à venda.

O visual não muda, nem o motor 1.5 turbo de 165 cv aco-plado a um câmbio CVT (sem trocas) que pode simular oito marchas. Todas as versões do Cross já contam com central multimídia com tela 7” e cone-xão para Android Auto e Apple Carplay.

A GLS já vem com nove airbags, controles de tração e estabilidade, ar-condicionado digital automático, rodas 18”, entre outros. A HPE acrescenta pacote de cromados, bancos de couro com aquecimento, ajuste elétrico para o motorista, chave presencial, ar-condicionado de duas zonas e freio de estaciona-mento eletrônico.

A top de linha HPE-S, que continua sendo importada do Japão, inclui teto solar duplo, faróis de LED e controle de ve-locidade automático, que man-tém o ritmo do veículo à frente. A versão 4x4 é com acionamen-to automático, mas com o mo-torista podendo selecionar os modos “neve” ou “cascalho” para diferentes tipos de piso.

O Cross foi batizado assim em homenagem ao esportivo que foi vendido no começo dos anos 1990 e foi popular entre jogadores de futebol.

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SAÚDE

Micoses exigem cuidados no verãoEstação do ano marcada por tempo quente e úmido favorece contágio da doença

A Sociedade Brasileira de Dermatologia pro-move desde 2014 o

Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao cân-cer da pele. O câncer da pele é o tipo da doença mais inciden-te no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

Dentre os tipos de câncer de pele, quase 90% dos casos existentes são de carcinomas (basocelular ou espinocelular).

Esses tumores têm letalidade baixa, mesmo assim, provocam cerca de 1.900 óbitos a cada ano. O câncer do tipo mela-noma é mais agressivo, porém menos comum, causando mais de 1.700 óbitos anualmente.

O câncer de pele pode ter o aspecto de uma pinta, uma pequena alergia ou ferida que nunca cicatriza. O autoexame da pele é fundamental obser-var sinais novos e alterações em lesões antigas que surjam. Existe uma regra chamada “Regra do ABCDE do câncer de pele” que auxilia na detec-

ção de lesões suspeitas: assi-metria, bordas irregulares, cor (várias cores), diâmetro (lesões grandes) e evolução (mudan-ças ao longo do t empo).

O câncer de pele é diagnos-ticado através do exame clíni-co feito pelo dermatologista.

O médico examina toda a pele do paciente incluindo, couro cabeludo, áreas de mu-cosa, unhas, palmas e plantas. Apenas o exame clínico feito por um dermatologista pode diagnosticar o câncer de pele. O ideal é que seja feita derma-toscopia das lesões para maior

aplicado ainda em casa, e rea-plicado ao longo do dia a cada duas horas. Aplicar sempre uma boa quantidade do pro-duto, equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo, uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área des-protegida. Deve ser usado to-dos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, já que a radiação UV atravessa as nuvens. Outras medidas de prevenção são: evitar a exposi-ção solar, principalmente entre 10h e 16h e consultar um der-

acurácia do exame clínico. Dermatoscopia é o exame da pele através de um conjunto de lentes e feixes de luz que permite o exame através das camadas da pele, adicionan-do características ao exame ao olho nu para detecção de le-sões suspeitas.

Há formas de se manter protegido e evitar o diagnós-tico tardio do câncer cutâneo. O uso regular do �ltro solar é fundamental. O produto deve apresentar FPS mínimo de 30, e de preferência, ser resistente à água. O �ltro solar deve ser

matologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

O intuito da campanha por parte da Sociedade Brasileira de Dermatologia é incentivar os pacientes a realizarem o exame dermatológico anual e identi�car lesões suspeitas de câncer de pele, principalmente indivíduos com maior risco, pacientes com história fami-liar ou pessoal de câncer de pele, pele e olhos claros, histó-ria de queimaduras e exposição solar regular e intensa e múlti-plos sinais na pele.

Por Ricardo Hiar (Folhapress)

Os meses mais quentes do ano também são o momento em que muitas pessoas aproveitam para relaxar ou refrescar-se em praias ou piscinas. Mas o tempo quente e úmido também é o fa-vorito dos fungos, os causadores das micoses. Não à toa, essa épo-ca do ano, com as férias escolares e maior aglomeração de pessoas, é a que apresenta maior incidên-cia da proliferação dessas doen-ças, que podem atingir a pele, as unhas e os cabelos.

Segundo a médica Leninha Valério do Nascimento, coor-denadora do curso de pós-gra-

duação do serviço de derma-tologia tropical do Hospital Central do Exército, além do clima quente do verão, a mu-dança do pH (grau de acidez) da pele também contribui para a disseminação da doença.

São três os tipos de con-tágio: inter-humano, que é quando uma pessoa transmite a micose para a outra; o de ani-mais (por meio de cães e gatos que tenham a doença); e terra e areia contaminadas.

A dermatologista Gabriela Capareli acrescenta que, apesar do clima favorável para os fun-gos no verão, é possível adotar medidas para prevenir a doença.

A médica diz que nesta estação é comum as pessoas frequentarem locais que as dei-xam mais expostas. No caso das piscinas públicas, o tratamento com o cloro pode eliminar os fungos que causam micose, mas eles podem permanecer nas bordas e em outros objetos de uso coletivo, como as cadeiras de sol, ou até os lava-pés.

Andar descalço em vesti-ários ou permanecer muito tempo com a roupa molhada podem ser outras situações que favorecem a contaminação.

Os fungos se alimentam da queratina da pele, cabelos ou unhas, e causam uma reação in-

�amatória local. Portanto, evi-tar o uso prolongado com água e sabão, secar muito bem as axi-las, virilhas e entre os dedos dos pés também ajuda.

- Outro cuidado importante é não compartilhar toalhas, rou-pas, escovas de cabelo e bonés, objetos que podem transmitir doenças - adverte a médica.

TRATAMENTOSSegundo Leninha, existe va-

riação nos tipos de micose, ape-sar de todas serem originadas por fungos. Elas são divididas entre as que acometem as cama-das mais super�ciais da pele, e as que atingem órgãos internos.

Nas unhas, as micoses alte-ram a coloração, espessamento e descolamento. Na pele, sur-gem lesões arredondadas, esca-mativas e que coçam bastante. Tem ainda as frieiras, que ge-ram vermelhidão, rachaduras, coceira e ardência, principal-mente entre os dedos dos pés.

Os cuidados após a conta-minação dependem da locali-zação e da extensão da doença.

- A grande maioria é trata-da com antifúngicos em creme, mas também pode ser necessária a medicação oral - diz Gabriela.

O tempo do tratamento pode variar de alguns meses a até anos. 

DEZEMBRO LARANJA: NA LUTA CONTRA CÂNCER DE PELEManuela Boleira

Dermatologista da Med-Rio Check-Up

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- Acho que o relaciona-mento de um lugar com o seu ecossistema natural, incluindo a água, é um sinal de quão sau-dável é a sociedade - a� rma.

Outro ponto é como o país lida com os povos indígenas que habitavam o território e o histórico de colonização.

Com tantos assuntos do passado reverberando no pre-sente, pareceu um “momento oportuno” para a realização da bienal, a� rma Candice.

- Não só para Toronto ser mais reconhecida no exterior, mas para os moradores reco-nhecerem os costumes incríveis deste lugar, onde são faladas mais de 170 línguas.

IMIGRAÇÃO FORTEA diversidade mencionada

pela curadora, e elogiada mun-do afora, pode ser vista por toda a cidade. Segundo o censo de 2016, 46,1% (2,7 milhões) da população de Toronto é for-mada por imigrantes.

Várias comunidades têm seus próprios bairros na cidade, mas o puro suco da pluralidade cultural pode ser encontrado na região de Kensington Market, colada em Chinatown, na região central. É um bairro boêmio. Em uma es-quina, o turista pode cruzar, du-rante o dia, com um trio de mú-sicos fazendo uma jam session (e fumando um baseado). Ou ir ao bar Ronnie’s Local, que era fre-quentado pelo apresentador An-thony Bourdain (1956-2018).

Dá para explorar a região no passeio gastronômico Chopsti-cks & Forks, criado por Jusep Sim, � lho de imigrantes corea-nos. O roteiro, com duas horas e 30 minutos de duração, faz paradas em seis restaurantes, onde o turista prova receitas do Oriente Médio, do Caribe, das Américas do Sul e do Norte, da Ásia e da Europa.

A comilança custa 79 dólares canadenses (R$ 249) por pessoa. Como o tour começa às 11h, considere pular o café da manhã. Agendamentos devem ser feitos em chopsticksandforks.com.

Os portugueses formam

uma das maiores comunidades de imigrantes do Canadá. Em Toronto, eles se reuniram no bairro Little Portugal, na parte oeste da região central.

De per� l operário no passa-do, a área passou por um período de decadência e hoje é frequenta-da por modernosos, que abriram por lá lojas (uma delas anuncia em uma placa a venda de roupas orgânicas para bebês), restauran-tes, bares e muitos cafés.

Ela é cortada por duas vias principais, que percorrem praticamente todo o centro: Queen Street e Dundas Street. Desde junho, a Dundas abriga um museu a céu aberto com 18 gra� tes de artistas do mundo inteiro - boa parte deles são lati-no-americanos, mais um aceno à diversidade.

O site dundaswest.museum tem um mapa com a localização de cada obra. A comunidade de artistas e moradores que man-tém o museu organiza passeios guiados em inglês, francês, es-panhol e português. É preciso agendar com antecedência.

A cerca de cinco quilôme-tros dali, o bairro de Yorkville concentra hotéis e grifes de luxo, foi inaugurado em no-vembro o primeiro Eataly do Canadá, com três restaurantes e nove bares e quiosques numa área de 4.600 m².

Essa onda de novidades na cultura e na gastronomia com-bina, de certa maneira, com a atual fase da própria Toronto.

Fundada em 1793, portanto jovem, a cidade está em obras. Guindastes estão por todos os lados. Em quatro anos, sua cara provavelmente será diferente da que tem em 2019.

Um dos poucos lugares que passou por mudanças, mas manteve traços do passado é o Distillery District, no centro, a poucos metros da orla. Por lá funcionava uma fábrica de uís-que, a Gooderham & Worts, fundada em 1832. Tombado, o complexo abriga desde 2003 um centro de entretenimento, com espaço para shows, lojas, bares e cafés.

de madeira, que leva aos pisos mais altos.

O outro é a Galleria Italia, uma varanda com mais de 130 metros de extensão, cujo desta-que é o janelão curvado que vai do chão ao teto, amparado por ripas de madeira.

Também no universo das artes, a cidade organizou neste ano sua primeira bienal, que vai até 1º de dezembro. O evento, cujo mote é a questão “Qual é o signi� cado de estar em uma re-lação?”, espalhou obras de mais de 90 artistas por Toronto - a maioria se concentra em uma antiga concessionária de carros às margens do lago Ontário.

A localização não é à toa. Um dos intuitos da bienal era abordar a relação de Toronto com o lago, que, de acordo com a curadora Candice Hopkins, recebeu re-jeitos industriais e humanos por mais de cem anos. Atualmente, a orla passa por uma revitalização.

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POSSO VIAJAR

Por Bruno Lee (Folhapress)

A cena cultural de Toronto anda movimentada. A cidade canadense ganhará, até o � m do próximo ano, um pacotaço de novidades, que vai aproxi-má-la de outras referências nes-sa frente --Nova York, a uma hora e 20 minutos de avião, é uma delas. Em fevereiro, come-ça a temporada de quatro meses do cultuado musical hip-hop “Hamilton”, que fez sua estreia em 2015 nos Estados Unidos.

Criado por Lin-Manuel Miranda, o espetáculo conta por meio de rimas a história de Alexander Hamilton, um dos “founding fathers” dos Estados Unidos e primeiro secretário do Tesouro do país. A peça ganhou todo tipo de prêmio, entre eles Grammy, Pulitzer e Tony. Ainda há ingressos. No � m de 2020, chega aos pal-cos “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”, que já passou por Londres, Nova York, Mel-bourne e San Francisco.

Outros reforços já podem ser conhecidos. No � m de maio, o acervo do Art Gallery of Ontario, um dos maiores museus das Américas, recebeu a obra “Let’s survive forever”, de Yayoi Kusama, a “japonesa das bolinhas”. Trata-se de uma sala de espelhos. Do teto pendem esferas prateadas, que também se espalham pelos cantos do es-paço. O resultado é que tudo se re� ete em tudo, ao in� nito, por isso o nome da obra.

Se as criações da artista pa-recem feitas para os tempos de compartilhamento nas redes sociais, onde ela é de fato popu-lar, “Let’s survive forever” exige certa agilidade dos coleciona-dores de curtidas. Os visitantes, que entram em grupos de três ou quatro, podem � car apenas um minuto na sala. Mal dá para viajar na bagunça de re� exos do lado de dentro e ouve-se um to-que na porta, indicando o � m do tempo. Achar o melhor ân-gulo para a foto, então...

É preciso agendar um horá-rio para conhecer a obra, o que só pode ser feito no próprio dia, na instituição. As � las são longas, portanto é recomendá-vel fazê-lo logo na chegada. A entrada, que inclui a visita à ins-talação, custa CAD 25 (R$ 79). Menores de 25 anos não pagam.

O Art Gallery of Ontario rende passeio de um dia inteiro --às terças e quintas, funciona das 10h30 às 17h; às quartas e sextas, das 10h30 às 21h; aos � ns de se-mana, das 10h30 às 17h30.

O acervo tem aproximada-mente 95 mil obras, incluindo peças de Auguste Rodin, Clau-de Monet, Mark Rothko, Pablo Picasso - exposição dedicada ao período azul do espanhol es-treia no � nal de junho - e ou-tros pesos pesados.

Há um bom espaço reserva-do para artistas canadenses. É o caso do chamado grupo dos sete, formado por pintores atu-antes entre 1920 e 1933 que se dedicaram a registrar as paisa-gens gélidas do país. Aqui, tam-bém é possível incluir o arqui-teto Frank Gehry, nascido em Toronto e vencedor do Prêmio Pritzker, responsável por uma expansão no museu � nalizada em 2008.

Dois acréscimos dessa refor-ma merecem ser contemplados como outros quadros e escul-turas. Os visitantes dão de cara primeiro, logo após entrar no museu, com a escada espiralada,

Fotos Bruno Lee/Folhapress

Hospitalidade e diversidade estampada nas fachadas dos restaurantes

A instalação “Let’s survive forever”, da japonsesa Yayoi Kusama, é a mais nova atração da Art Galleryof Ontario

As instalações da antiga destilaria Gooderham & Worts, fundada em 1832, hoje abrigam um complexo de lazer e gastronomia

Com 18 painéis gra� tados por artistas de todo o mundo, a Dunda Street é um museu a céu aberto

Toronto, um polo cultural com múltiplos sotaquesNovidades nas artes e na gastronomia celebram a pluralidade étnica da cidade