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FUNCEFET/RJ PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO RISCOS RISCOS BIOLÓGICOS BIOLÓGICOS ENF.ª MS. LUANA DOS SANTOS CUNHA PROFª DO CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO UNIDADE CEFET MARACANÃ ABRIL DE 2012

Riscos Biológicos

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Classificação de riscos biológicos, conforme as normas do MTE. Aula da pós graduação.

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FUNCEFET/RJPÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE

SEGURANÇA DO TRABALHO

RISCOS RISCOS BIOLÓGICOSBIOLÓGICOS

ENF.ª MS. LUANA DOS SANTOS CUNHAPROFª DO CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

UNIDADE CEFET MARACANÃ

ABRIL DE 2012

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O TRABALHO EM SAÚDE E SUAS

CARACTERÍSTICAS

O trabalho em saúde traz uma problemática complexa, haja vista a multiplicidade de determinantes que o tornam peculiar:

a diversidade de categorias profissionais e seus processos de trabalho que muitas vezes se sobrepõem;

a incorporação de tecnologia de ponta impelindo os profissionais à

capacitação ininterrupta;

a característica do trabalho, por lidar com a dor, o sofrimento e a morte;

e também se podem destacar as relações de poder que são extremamente tensas por força do caráter hegemônico milenarmente dominante.

(SOUZA, 2003)

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Os hospitais são locais tipicamente insalubres na medida em que propiciam a exposição dos trabalhadores da área da saúde à inúmeros riscos, que podem ser caracterizados como ergonômicos, de acidentes, físicos, químicos e biológicos, este último principalmente. A exposição aos riscos biológicos é preocupante, uma vez que são causadores de muitos problemas de saúde aos trabalhadores, pois, “ao executarem atividades que envolvem o cuidado direto e indireto aos pacientes, estão freqüentemente expostos às infecções transmitidas por microorganismos presentes no sangue ou outros fluidos orgânicos.”

(BALSAMO; FELLI, 2006)

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A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

Lopes (1996) afirma que os trabalhadores de enfermagem estão sendo colocados à mercê de riscos provenientes das condições precárias de trabalho, aos quais são responsáveis pelo aparecimento de doenças.

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CONCEITOS DE RISCO

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CONCEITOS DE RISCO

Do latim risicus ou riscus, do verbo resecare (cortar), risco significa perigo, inconveniente, dano ou fatalidade eventual, provável, às vezes até previsível, informam os dicionaristas Ferreira, Larousse, Robert e Fernandes.

(BULHÕES, 1998)

Risco Ocupacional é uma condição ou conjunto de circunstâncias que tem o potencial de causar um efeito adverso, que pode ser: morte, lesões, doenças ou danos à saúde, à propriedade ou ao meio ambiente.

(BRASIL, 2001)

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No ambiente de trabalho, o risco ocupacional pode SER ou ESTAR:

OCULTO – por ignorância, falta de conhecimento ou falta de informação;

LATENTE – só se manifesta ou causa danos em situações de emergência ou condições de estresse;

REAL – conhecidos de todos, mais sem possibilidade de controle, por inexistência de soluções, pelos altos custos ou por falta de vontade política.

(BULHÕES, 1998)

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CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

Os riscos são classificados de acordo com os agentes que os determinam.

Os agentes de risco são fatores presentes no meio

ambiente do trabalho, que podem levar aos riscos profissionais e agravos à saúde dos trabalhadores.

Os agentes podem ser biológicos, químicos, físicos, ergonômicos ou psicossociais.

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CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

Mauro et al (2004), afirma que os riscos ocupacionais mais observados no ambiente hospitalar são:

RISCOS BIOLÓGICOS; RISCOS QUÍMICOS; RISCOS FÍSICOS;

RISCOS ERGONÔMICOS E RISCOS DE ACIDENTES

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RISCOS BIOLÓGICOSCONCEITO Abrangem doenças transmissíveis agudas e

crônicas, parasitoses, reações tóxicas e alérgicas. Para o trabalhador hospitalar, é representado principalmente por infecções causadas por vírus, bactérias e fungos. (BULHÕES, 1998)

EXEMPLOS Contato com sangue, secreções de vias aéreas e demais secreções. Os mais comumente relatados são os riscos biológicos que propiciam os acidentes pérfuro-cortantes.

MEDIDAS PREVENTIVAS

A correta observação das normas básicas de higiene hospitalar é suficiente para a prevenção e controle das infecções. (BULHÕES, 1998)Programas sobre prevenção-educação continuada;Fornecimento e uso de EPI’s;Controles periódicos de saúde.

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VIAS DE CONTAMINAÇÃO

As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral.

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CLASSIFICAÇÃO DOS CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES BIOLÓGICOSAGENTES BIOLÓGICOS

Há uma classificação dos agentes patogênicos que leva

em consideração os riscos para o manipulador, para a

comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são

avaliados em função do poder patogênico do agente

infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo

de contaminação, da importância da contaminação

(dose), do estado de imunidade do manipulador e da

possibilidade de tratamento preventivo e curativo

eficazes.

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CLASSIFICAÇÃO DOS CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES BIOLÓGICOSAGENTES BIOLÓGICOS

As classificações existentes (OMS, CDC) são bastante similares, dividindo os agentes em quatro classes:

Classe 1Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli);

Classes 2Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, vírus- herpes; fungos - Candida albicans; parasitas - Schistosoma);

Classe 3Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HIV, febre amarela, dengue; parasitos - Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);

Classe 4Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).

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Os microorganismos são seres unicelulares fundamentais para a existência da vida no mais amplo sentido de importância tanto a nível orgânico no interior dos organismos como a nível ecológico agindo intensamente no meio ambiente. Por outro lado existem também os microorganismos patogênicos que são os micróbios que causam doenças ao homem, aos outros animais e às plantas.

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Microbiologia é o ramo da biologia que estuda os microorganismos, incluindo eucariontes, unicelulares e procariontes, como as bactérias, fungos e vírus. Atualmente, a maioria dos trabalhos em microbiologia é feita com métodos de bioquímica e genética. Também é relacionada com a patologia, já que muitos organismos são patogênicos.

Parasitologia é a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e relações entre eles.

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CÉLULAS PROCARIONTES

A sua principal característica é a ausência de carioteca individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelas e pelo pequeno tamanho que acredita-se que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação. Também possuem DNA na forma de um anel. não-associado a proteínas (como acontece nas células eucarióticas, nas quais o DNA se dispõe em filamentos espiralados e associados à histonas).

Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo cariomembrana o que faz com que o DNA fique disperso no citoplasma.

A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais: Bactérias Cianofitas (algas cianofíceas, algas azuis ou ainda Cyanobacteria).

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CÉLULAS EUCARIONTES

•As células eucariontes ou eucarióticas, também chamadas de eucélulas, são mais complexas que as procariontes. Possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos animais e plantas a que estamos habituados são dotados deste tipo de células. •Acredita-se que a membrana da célula "primitiva" tenha emitido internamente prolongamentos ou invaginações da sua superfície, os quais se multiplicaram, adquiriram complexidade crescente, originando as diferentes organelas.

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PARASITAS

•Parasitas são organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo.•Todas as doenças infecciosas e as infestações dos animais e das plantas são causadas por seres considerados, em última análise, parasitas.•O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afetar as funções vitais, como é o caso dos piolhos, até poder causar a morte, como é o caso de muitos vírus e bactérias patogênicas. Neste caso extremo, o parasita normalmente morre com o seu hospedeiro, mas em muitos casos, o parasita pode ter-se reproduzido e disseminado os seus descendentes, que podem ter infestado outros hospedeiros, perpetuando assim a espécie.

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REINO MONERA (Bactérias e Cianobactérias)

O reino monera é composto pelas bactérias e cianobactérias (algas azuis). Elas podem viver em diversos locais, como na água, ar, solo, dentro de animais e plantas, ou ainda, como parasitas.

As bactérias:

A maioria se seus representantes são heterótrofos (não conseguem seu próprio alimento). Existem bactérias aeróbias, ou seja, que

precisam de oxigênio para viver, as anaeróbias obrigatórias, que não conseguem viver em presença do oxigênio, e as anaeróbias

facultativas, que podem viver tanto em ambientes oxigenados ou não.

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As formas físicas das bactérias podem ser de quatro tipos: cocos, bacilos, vibriões, e espirilos. Os cocos, podem se agrupar, e formarem colônias. Grupos de dois cocos formam um diplococo, enfileirados formam um estreptococo, e em cachos, formam um estafilococo.

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As bactérias são seres muito pequenos que, em sua maior parte, não podem ser vistos a olho nu. Apesar de seu tamanho, elas se multiplicam em grande velocidade, e, muitas delas, conhecidas como germes, são prejudiciais à saúde do homem, pois podem causar inúmeras doenças. Elas se encontram por toda parte, e há milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas são maléficas, há aquelas que desempenham papéis extremamente úteis para muitas formas de vida, inclusive para os seres humanos, como por exemplo, na sua flora intestinal, ajudando na digestão e na absorção de nutrientes.

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Estrutura Celular.

As bactérias não tem núcleo organizado, elas são procarionets, ou seja, o DNA fica espalhado no citoplasma, não possuem um núcleo verdadeiro . Por isso, o filamento de material genético é fechado (plasmídeo), sem pontas, para que nenhuma enzima comece a digerir o DNA. Possuem uma parede celular bastante rígida.

Para se locomoverem, as bactérias contam com os flagelos, que são pequenos cílios que ficam se mexendo, fazendo a bactéria se mover (igual ao espermatozóide humano, só que muito mais simples). Também podem possuir Fímbrias, que são microfibrilhas protéicas que se estendem da parede celular. Servem para “ancorar” a bactéria. Existem também as fímbrias sexuais, que servem para troca de material genético durante a reprodução e também auxiliam as bactérias patogênicas (parasitas) a se fixarem no hospedeiro.

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Reprodução

A reprodução das bactérias ocorre de forma assexuada, feita por bipartição (divisão binária, ou cissiparidade), onde a célula bacteriana cresce, têm seu material genético duplicado, e então, a célula se divide, dando origem a outra bactéria, geneticamente igual à outra.A variabilidade genética das bactérias é feita de três formas: conjugação, que consiste em uma bactéria transferir material genético para outra, e vice-versa, através das fímbrias; transdução: é a troca de genes feita através de um vírus, que invade uma célula, incorpora seu material genético, e o transmite para outras células; transformação: as bactérias podem incorporar ao seu DNA fragmentos de materiais genéticos dispersos no ambiente.

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CONJUGAÇÃO

Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos protéicos, chamados pili, que as bactérias

"macho" possuem em sua superfície.O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria

"fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.

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TRANSFORMAÇÃO

Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de

bactérias mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza. Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia

Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas.

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TRANSDUÇÃO

Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.

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A importância das A importância das bactérias:bactérias:

- Decomposição: atuam na reciclagem da matéria, devolvendo ao ambiente moléculas e elementos químicos reutilizáveis por outros seres vivos.- Fermentação: algumas bactérias são utilizadas nas indústrias para produzir iogurte, queijo, etc (derivados do leite)- Indústria farmacêutica: na fabricação de antobióticos e vitaminas- Indústria química: na produção de álcoois, como metanol, etanol, etc;- Genética: com a alteração de seu DNA, pode-se fazer produtos de interesse dos seres humanos, como insulina- Fixação do nitrogênio: retiram o nitrogênio do ar e o fixa no solo, servindo de alimentação para as plantas

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MÓDULO 10 - DISCIPLINA PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS - AULA 07

TUBERCULOSEA tuberculose é uma doença infecto-

contagiosa causada por uma bactéria chamada bacilo de Koch que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O tratamento à base de antibióticos é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo.

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HANSENÍASEA lepra (hanseníase) é uma doença infecciosa causada pelo bacilo

Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O bacilo Mycobacteriu leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar ou tossir. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares. A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. Um dos primeiros efeitos da lepra, devido ao acometimento dos nervos, é a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local afetado. Mais tardiamente pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local. A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose). O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.

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HANSENÍASE

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DIFTERIATambém conhecida como crupe, a difteria é

altamente contagiosa, normalmente ocorre nos meses frios e atinge, principalmente, crianças de até 10 anos de idade. A doença é causada pela toxina diftérica, produzida pelo bacilo Corynebacterium diphteriae. A difteria é adquirida pelo simples contato com os infectados, com suas secreções ou com os objetos contaminados por eles. Ambientes fechados facilitam a transmissão, que pode ser causada por portadores assintomáticos (que não manifestam a doença) ou mesmo por ex-doentes, já que estes continuam a eliminar o bacilo até seis meses após a cura. Os sintomas costumam começar com uma inflamação ligeira na garganta e com dor ao engolir. Em geral, a criança tem alguma febre, uma frequência cardíaca acelerada, náuseas, vômitos, calafrios e dor de cabeça. A criança com sintomas de difteria é hospitalizada numa unidade de cuidados intensivos e recebe uma antitoxina (anticorpo que neutraliza a toxina da difteria que está a circular) logo que seja possível.

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Meningite é a inflamação das membranas que Meningite é a inflamação das membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, conhecidas revestem o encéfalo e a medula espinhal, conhecidas coletivamente como meninges. A inflamação pode ser coletivamente como meninges. A inflamação pode ser causada por infecções por vírus, bactérias ou por causada por infecções por vírus, bactérias ou por parasitas, e, menos comumente, por certas drogas (ex. parasitas, e, menos comumente, por certas drogas (ex. ibuprofeno, sulfametoxazol + trimetoprima) . A ibuprofeno, sulfametoxazol + trimetoprima) . A meningite pode pôr em risco a vida em função da meningite pode pôr em risco a vida em função da proximidade da inflamação com órgãos nobres do proximidade da inflamação com órgãos nobres do sistema nervoso central; por isso essa condição é sistema nervoso central; por isso essa condição é classificada como uma emergência médica. Os classificada como uma emergência médica. Os sintomas mais comuns de meningite são dor de cabeça sintomas mais comuns de meningite são dor de cabeça e rigidez de nuca associados à febre, confusão mental, e rigidez de nuca associados à febre, confusão mental, alteração do nível de consciência, vômitos, fotofobia e alteração do nível de consciência, vômitos, fotofobia e fonofobia. Algumas vezes, especialmente em crianças fonofobia. Algumas vezes, especialmente em crianças pequenas, somente sintomas inespecíficos podem pequenas, somente sintomas inespecíficos podem estar presentes, como irritabilidade e sonolência. Pode estar presentes, como irritabilidade e sonolência. Pode ser tratada com anti – virais, antibióticos e corticóides.ser tratada com anti – virais, antibióticos e corticóides.

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Vírus são pequenos agentes infecciosos que apresentam genoma constituído de uma ou várias moléculas de DNA ou RNA. Por não apresentarem a maquinaria metabólica que as células vivas possuem para gerar energia e utilizá-la, os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem de suas células hospedeiras para se reproduzirem.

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GRIPES E RESFRIADOSGRIPES E RESFRIADOS

São transmitidas por gotículas eliminadas pelas vias respiratórias (espirros, tosse e etc) que ficam espalhadas pelo ar durante um bom tempo. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, coriza e dor no corpo. Para se combater gripe é necessário estar sempre com as mãos limpas, já que o vírus pode estar em conduções, maçanetas e etc. Além disso, existem muitas vacinas para gripe hoje em dia, que devem ser variadas anualmente já que os vírus gripais sofrem mutações muito facilmente.

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SARAMPO, CATAPORA, RUBÉOLA E CAXUMBASARAMPO, CATAPORA, RUBÉOLA E CAXUMBA

Estas doenças são também transmitidas pela saliva, por gotículas eliminadas, atacando geralmente crianças. Para todas essas doenças há vacinas: a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e anti–varicela (catapora). A rubéola, em especial, é perigosa na gravidez, pois pode acarretar deformações fetais.

SARAMPO CATAPORA RUBÉOLA CAXUMBA

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SARAMPOSARAMPO

•O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção.

•Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema).

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SARAMPOSARAMPO

•Tratamento:

•Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo.

•É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. A OMS recomenda administrar a vitamina A, em todas as crianças, no mesmo dia do diagnóstico do sarampo

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Page 38: Riscos Biológicos

CATAPORA (VARICELA)CATAPORA (VARICELA)

•É uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto máculo-papular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos. A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido. Em crianças, geralmente, é uma doença benigna e auto-limitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante.•Tratamento:Sintomático – antihistamínicos sistêmicos, para atenuar o prurido, e banhos de permanganato de potássio, na diluição de 1:40.000.

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RUBÉOLARUBÉOLA

•É uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contágio, acometendo principalmente crianças. Doença de curso benigno, sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada síndrome da rubéola congênita (SRC), quando a infecção ocorre durante a gestação.

•O quadro clínico é caracterizado por exantema máculo-papular e puntiforme difuso, iniciando- se na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e membros. Além disso, apresenta febre baixa e linfadenopatia retro-auricular, occipital e cervical posterior.

•Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada.

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Page 40: Riscos Biológicos

CAXUMBACAXUMBA

•Doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. Em homens adultos, ocorre orquite em, aproximadamente, 20% a 30% dos casos; em mulheres, pode ocorrer ooforite com menor frequência, acometendo cerca de 5% dos casos. Cerca de 1/3 das infecções podem não apresentar aumento, clinicamente aparente, dessas glândulas. O sistema nervoso central, com frequência, pode estar acometido sob a forma de meningite asséptica, quase sempre sem sequelas. •Não existe tratamento específico. São indicados repouso, uso de medicamentos analgésicos e observação de possíveis complicações. No caso de orquite (inflamação nos testículos), o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor.

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Page 41: Riscos Biológicos

HEPATITEHEPATITE

Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado. Existem várias causas de hepatite, na maioria das vezes são causadas por vírus (vírus das hepatite A, B, C, D), mas também podem ter outras causas como drogas (antiinflamatórios, anticonvulsivantes, antibióticos etc), intoxicações por metais pesados (chumbo). Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas. Considerada a maior pandemia mundial da atualidade, 60 a 80% cronificam em 15-20 anos, evoluindo para cirrose hepática, e 1-2% para hepatocarcinoma. O Brasil é hoje um país que tem portadores crônicos de hepatite B e hepatite C, segundo conceitos da Organização Mundial da Saúde, de nível mediano: 1-3%. A Hepatite tem como principais sintomas febre, mal–estar falta de apetite, dor de cabeça, náusea , quando a doença fica um pouco mais grave escurecimento da urina , amarelamento da pele e fezes claras.

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Page 42: Riscos Biológicos

DENGUEDENGUEDengue é a enfermidade causada pelo vírus

da dengue, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. A transmissão se faz pela picada da fêmea contaminada do mosquito. No Brasil, ocorre com maior freqüência o Aedes aegypti. Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta de início abrupto, mal-estar, pouco apetite, cefaléias, dores musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar gengivorragias e sangramento do nariz, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. É importante tratar de todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do inseto, neste caso, a água. O mosquito da dengue coloca seus ovos em lugares com água parada limpa.

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Page 43: Riscos Biológicos

HIV/AIDSHIV/AIDS

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

O HIV ataca e destrói os glóbulos brancos do sangue, causando um defeito no sistema imunológico do corpo.

O sistema imunológico de uma pessoa infectada pelo HIV torna-se tão enfraquecido que ela não pode proteger-se de infecções sérias. Quando isto acontece, do ponto de vista clínico esta pessoa contraiu a AIDS.

A AIDS pode manifestar-se tão precocemente quanto em 2 anos ou tão tardiamente quanto em 10 anos depois da infecção pelo HIV.

Page 44: Riscos Biológicos

Modos de Transmissão do HIVModos de Transmissão do HIV Relação sexual entre:

heterossexuais Homossexuais

Obs: As DST’s, especialmente as lesões ulceradas da genitália, aumentam o risco de transmissão.

Exposição acidental a sangue ou a objetos/procedimentos relacionados com sangue (p. ex., transfusões de sangue, agulhas compartilhadas, instrumentos contaminados)

Transmissão mãe-criança durante: gravidez parto aleitamento

Page 45: Riscos Biológicos

Transmissão do HIV pelo Sangue, Transmissão do HIV pelo Sangue, Produtos do Sangue e Fluidos CorporaisProdutos do Sangue e Fluidos Corporais

Agulhas compartilhadas/contaminadas por usuários de drogas

Transfusão de sangue ou produtos de sangue contaminados

Instrumentos cirúrgicos contaminados Práticas tradicionais (tatuagens,

perfuração das orelhas, circuncisão).

Page 46: Riscos Biológicos

O HIV E OS TRABALHADORESO HIV E OS TRABALHADORESDA SAÚDE DA SAÚDE

A maioria das exposições não resulta em infecção

O risco varia com: Tipo de exposição Quantidade de sangue envolvida Quantidade de vírus no sangue do doente no

momento da exposição Instituição (ou não) de tratamento após a exposição

Page 47: Riscos Biológicos

TRANSMISSÃO DO HIVTRANSMISSÃO DO HIV

O HIV não é transmitido por:Contato ocasional pessoa-a-pessoa em casa,

no trabalho ou em locais públicos ou sociaisAlimentos, ar, águaPicadas de insetos/mosquitosTosse, espirroAperto de mãos, carícias, beijo ou abraçoPiscinas, banheiros, etc.

Page 48: Riscos Biológicos

A CLÍNICA DA AIDSA CLÍNICA DA AIDS

Grupo 1: Infecção aguda 0-3 semanas Janela imunológica: soroconversão 3-12 semanas Grupo 2: Infecção assintomática 0-10 anos Grupo 3: Linfadenopatia generalizada persistente Grupo 4: Outras doenças relacionadas ao HIV

Doenças constitucionais Distúrbios neurológicos Infecções oportunistas Outras condições

Page 49: Riscos Biológicos

SINAIS E SINTOMAS DA AIDSSINAIS E SINTOMAS DA AIDS

Febre de origem desconhecida Nódulos linfáticos aumentados Erupção cutânea e tosse Diarréia persistente Grande perda de peso Lesões cutâneas Perda do apetite e fadiga

Page 50: Riscos Biológicos

TRATAMENTO DOS INFECTADOSTRATAMENTO DOS INFECTADOS

Atualmente, nenhum medicamento ou tratamento pode curar a AIDS

A disponibilidade de vacinas anti-AIDS parece improvável em futuro próximo

Uma combinação de três agentes antirretrovirais (ARVs) é o padrão ouro de tratamento

Os ARVs não estão universalmente disponíveis, custam muito caro e devem ser corretamente administrados.

Page 51: Riscos Biológicos

Proteção dos Trabalhadores da Saúde contra o Proteção dos Trabalhadores da Saúde contra o HIV, durante o Trabalho de Parto e o PartoHIV, durante o Trabalho de Parto e o Parto

Precauções durante o trabalho de parto: Proteger-se do sangue e do líquido amniótico Proteger-se de instrumentos afiados/pontudos

Reanimação do recém-nascido: Não fazer sucção boca-a-boca Não fazer respiração boca-a-boca

Precauções após o parto: Desinfecção apropriada do instrumental Descarte apropriado da placenta e outros elementos

Page 52: Riscos Biológicos

REINO FUNGI

O Reino Fungi compreende os organismos eucariontes, heterotróficos que se alimentam de nutrientes absorvidos do meio, com espécies unicelulares e multicelulares formadas por filamentos denominados hifas. São conhecidos popularmente por: leveduras (fermento), bolores, mofos, cogumelos etc.

Existem espécies de vida livre ou associadas (em simbiose) com outros organismos, como por exemplo, os liquens, uma relação harmônica interespecífica de fungos e algas. Contudo, algumas espécies são parasitas, mantendo relações desarmônicas com plantas e animais. A maioria é saprofágica, alimentando-se da decomposição de cadáveres.

Page 53: Riscos Biológicos

A classificação dos quatro Filos obedece a critérios reprodutivos (diferença entre as estruturas reprodutivas), com ciclo de vida em duas fases: uma

assexuada e outra sexuada.

Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide nos Filos: Ascomycetes, Phycomycetes, Basidiomycetes e os Deuteromycetes.

Ascomycetes (ascomicetos) → assim chamados em razão do processo de reprodução sexuada formando sacos, conhecidos cientificamente como ascos (daí a origem do nome), que posteriormente se transformam em esporos.

Phycomycetes (ficomicetos) → são os fungos mais simples, semelhantes a uma alga, contendo esporos dotados de flagelos.

Basidiomycetes (basidiomicetes) → formam estruturas reprodutivas denominadas basídios, cuja base encontra-se fixa ao corpo de frutificação (eixo de sustentação), ficando com extremidades livres formando os basidiósporos, estrutura que aloja os esporos (exemplo: cogumelos).

Page 54: Riscos Biológicos

DOENÇAS OCUPACIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS FÚNGICASFÚNGICAS

Onicopatias causadas por agentes biológicos

Fungos, leveduras, bactérias e vírus são os principais agentes biológicos que comprometem a lâmina ungueal.

Page 55: Riscos Biológicos

RISCOS BIOLÓGICOS......MAIS MEDIDAS PREVENTIVAS:

Lavagem das mãos; Cuidado no manuseio de comadres e patinhos;

Respeito aos circuitos básicos de um hospital (dos doentes, dos visitantes, circuito limpo, circuito contaminado e o

específico para os corpos); Manter estado vacinal atualizado (dT, Hepatite B, BCG,

Influenza); Cuidados no manuseio e descarte de materiais pérfuro-cortantes (usar luvas, atenção na manipulação, não reencapar agulhas, não desarticular as agulhas das seringas, recipiente adequado e uso correto do mesmo, não cortar objetos com

lâminas e não utilizar agulhas para afixar papéis em quadros); Estar informado quanto à rotina própria da instituição de

tratamento aos acidentes pérfuro-cortantes.

Page 56: Riscos Biológicos

RISCOS DE ACIDENTESCONCEITO Ligados à proteção das máquinas, arranjo físico,

ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização,

rotulagem de produtos e outros que podem levar à

acidentes. (MAURO, 1997, apud KREISCHER, 2007)

EXEMPLOS Os acidentes pérfuro-cortantes são os mais incidentes no trabalho hospitalar.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Educação continuada–Treinamento– Conscientização;Além de todas as demais medidas preventivas

•ACIDENTE DO TRABALHO: ocorre pelo exercício do trabalho e à serviço da empresa, provocando lesão corporal

ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o Trabalho, permanente ou

temporária. Art. 19- Lei 8.213/91

Page 57: Riscos Biológicos

PREVENÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES

Page 58: Riscos Biológicos

BASES LEGAIS PARA A SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

EM SAÚDE

NR 32

NR15

Page 59: Riscos Biológicos

NR 32

NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE.

Publicação D.O.U.:• Portaria GM n.º 485, de 11 de novembro de 2005

16/11/05• Portaria GM n.º 939, de 18 de novembro de 2008

19/11/08

Page 60: Riscos Biológicos

NR 32

FINALIDADE:

Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

Page 61: Riscos Biológicos

NR 32

PPRA (NR 9)- avaliado 1x ao ano PCMSO (NR 7)- identificação nominal dos

trabalhadores e vigilância médica; As medidas de proteção devem ser adotadas a

partir do resultado da avaliação, previstas no PPRA;

Em caso de exposição acidental ou incidental, medidas de proteção devem ser adotadas imediatamente, mesmo que não previstas no PPRA.

Page 62: Riscos Biológicos

NR 32 E OS RISCOS BIOLÓGICOS

Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual.

O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.

Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho.

Page 63: Riscos Biológicos

NR 32

O empregador deve vedar: a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos

previstos; o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de

lentes de contato nos postos de trabalho; o consumo de alimentos e bebidas nos postos de

trabalho; a guarda de alimentos em locais não destinados para

este fim; o uso de calçados abertos.

Page 64: Riscos Biológicos

NR 32

Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto, fornecida sem ônus para o empregado.

A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes com doenças infecto-contagiosa e quando houver contato direto da vestimenta com material orgânico, deve ser de responsabilidade do empregador.

Page 65: Riscos Biológicos

NR 32

O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades e de forma continuada;

A capacitação deve ser adaptada à evolução do conhecimento e à identificação de novos riscos biológicos;

As instruções devem ser entregues por escrito aos trabalhadores, mediante recibo.

Page 66: Riscos Biológicos

NR 32

Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente, com possível exposição a agentes biológicos, ao responsável pelo local de trabalho e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho e à CIPA.

Page 67: Riscos Biológicos

NR 32 A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser

fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.

Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente.

A vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saúde.

O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das vantagens e dos efeitos colaterais, assim como dos riscos a que estarão expostos por falta ou recusa de vacinação.

A vacinação deve ser registrada no prontuário do trabalhador e deve ser fornecido comprovante.

Page 68: Riscos Biológicos

NR 32

Cabe ao empregador capacitar, inicialmente e de forma continuada, os trabalhadores nos seguintes assuntos:

a) segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos;

b) definições, classificação e potencial de risco dos resíduos;

c) sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;

d) formas de reduzir a geração de resíduos;e) conhecimento das responsabilidades e de tarefas;f) reconhecimento dos símbolos de identificação das

classes de resíduos;g) conhecimento sobre a utilização dos veículos de

coleta;h) orientações quanto ao uso de Equipamentos de

Proteção Individual – EPIs.

Page 69: Riscos Biológicos

NR 32 Os recipientes existentes nas salas de cirurgia e de

parto não necessitam de tampa para vedação. Para os recipientes destinados a coleta de material

perfurocortante, o limite máximo de enchimento deve

estar localizado 5 cm abaixo do bocal. O recipiente para acondicionamento dos

perfurocortantes deve ser mantido em suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da abertura para descarte.

O transporte de resíduos deve ser realizado em sentido único com roteiro definido em horários não coincidentes com a distribuição de roupas,alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas.

Page 70: Riscos Biológicos

NR 32

Os estabelecimentos com até 300 trabalhadores devem ser dotados de locais para refeição, que atendam aos seguintes requisitos mínimos:

a) localização fora da área do posto de trabalho; b) piso lavável; c) limpeza, arejamento e boa iluminação; d) mesas e assentos dimensionados de acordo com o número de

trabalhadores por intervalo de descanso e refeição; e) lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local; f) fornecimento de água potável; g)possuir equipamento apropriado e seguro para aquecimento de

refeições.

Page 71: Riscos Biológicos

NR 32 A observância das disposições regulamentares

constantes dessa Norma Regulamentadora - NR, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos ou regulamentos sanitários dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, e outras oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho, ou constantes nas demais NR e legislação federal pertinente à matéria.

A responsabilidade é solidária entre contratantes e contratados quanto ao cumprimento desta NR.

Page 72: Riscos Biológicos

NR 32- nova portaria do Ministério do Trabalho e Emprego relacionada a NR 32- nova portaria do Ministério do Trabalho e Emprego relacionada a Norma Regulamentadora 32 - Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes Norma Regulamentadora 32 - Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes

com Materiais Perfurocortantes e dispositivos de segurança.com Materiais Perfurocortantes e dispositivos de segurança.

PORTARIA No- 1.748, DE 30 DE AGOSTO DE 2011

Art. 1º O subitem 32.2.4.16 da Norma Regulamentadora nº 32 passa a vigorar com a seguinte redação: "32.2.4.16 O empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes, conforme as diretrizes estabelecidas no Anexo III desta Norma Regulamentadora. 32.2.4.16.1 As empresas que produzem ou comercializam materiais perfurocortantes devem disponibilizar, para os trabalhadores dos serviços de saúde, capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança.

• Constituição de comissão gestora.

Page 73: Riscos Biológicos

NR 32- nova portaria do Ministério do Trabalho e Emprego relacionada a NR 32- nova portaria do Ministério do Trabalho e Emprego relacionada a Norma Regulamentadora 32 - Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes Norma Regulamentadora 32 - Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes

com Materiais Perfurocortantes e dispositivos de segurança.com Materiais Perfurocortantes e dispositivos de segurança.

•O dispositivo de segurança é um item integrado a um conjunto do qual faça parte o elemento perfurocortante ou uma tecnologia capaz de reduzir o risco de acidente, seja qual for o mecanismo de ativação do mesmo.

•Na implementação do plano, os trabalhadores devem ser capacitados antes da adoção de qualquer medida de controle e de forma continuada para a prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes.

•A capacitação deve ser comprovada por meio de documentos que informem a data, o horário, a carga horária, o conteúdo ministrado, o nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.

Page 74: Riscos Biológicos

ANEXO 14- NR 15ANEXO 14- NR 15

Portaria MTE Nº 3.214/78

Riscos biológicos;

Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa.

Page 75: Riscos Biológicos

O QUE É INSALUBRIDADE?O QUE É INSALUBRIDADE?

Como o próprio nome diz, insalubre é algo não salubre, doentio, que pode causar doenças ao trabalhador por conta de sua atividade laboral.

A insalubridade é definida pela legislação em função do tempo de exposição ao agente nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desenvolvida pelo empregado no curso de sua jornada de trabalho, observados os limites de tolerância, as taxas de metabolismo e respectivos tempos de exposição.

Assim, são consideras insalubres as atividades ou operações que por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.

Page 76: Riscos Biológicos

ANEXO 14- NR 15ANEXO 14- NR 15

INSALUBRIDADE DE GRAU MÁXIMO: Trabalho ou operações, em contato permanente com: -pacientes em isolamento por doenças

infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;

- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

- esgotos (galerias e tanques); - lixo urbano (coleta e industrialização).

Page 77: Riscos Biológicos

ANEXO 14- NR 15ANEXO 14- NR 15

INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO:

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infectocontagiante, em:-hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);- hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);

Page 78: Riscos Biológicos

ANEXO 14- NR 15ANEXO 14- NR 15 INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO:

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infectocontagiante, em:•- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;•- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);•-gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);•- cemitérios (exumação de corpos);•- estábulos e cavalariças;•- resíduos de animais deteriorados.

Page 79: Riscos Biológicos

GRAUS DE INSALUBRIDADEGRAUS DE INSALUBRIDADE

ANEXO 14- Agentes biológicos.

40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade,

será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional.

A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o

ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

Page 80: Riscos Biológicos

ENFOQUE PREVENCIONISTAENFOQUE PREVENCIONISTA

Page 81: Riscos Biológicos

As medidas gerais de proteção nos ambientes de trabalho devem analisar:Capacitação técnica;Espaço físico e distribuição dos postos de trabalho;Tipos de atividades desenvolvidas;Fluxo das atividades;Fluxo das pessoas;Determinação de potenciais riscos (Mapa de riscos- PPRA- NR9);Identificação de riscos;Confecção de manual de procedimentos operacionais;Indicação de providências em casos de emergência;Instrução para imunização da equipe;Instruções de primeiros socorros.

Hirata e Mancini Filho, 2002

Page 82: Riscos Biológicos

MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA RISCOS BIOLÓGICOSRISCOS BIOLÓGICOS

De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem: - Conhecimento das Normas de Biossegurança; - O conhecimento dos riscos pelo manipulador; - A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se

refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;

- O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção individual;

- Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a manipulação), máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual necessários,

- Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo comum;

- Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico.

Page 83: Riscos Biológicos

MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA RISCOS BIOLÓGICOSRISCOS BIOLÓGICOS

De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem: - Conhecimento das Normas de Biossegurança; - O conhecimento dos riscos pelo manipulador; - A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se

refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;

- O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção individual;

- Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a manipulação), máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual necessários,

- Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo comum;

- Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico.

Page 84: Riscos Biológicos

O QUE É UMA AUTOCLAVE?

É um aparelho utilizado para esterilizar artigos através do calor úmido sob pressão.

Autoclavagem: é a exposição do material a vapor de água sob pressão, a 122 °C durante 15min.

É o processo mais usado e os materiais devem ser embalados de forma a permitirem o contacto total do material com o vapor de água.

Deve ser realizado no vácuo para permitir que a temperatura não seja inferior à desejada.

É muito usado para o vidro seco e materiais que não oxidem com água (os materiais termolábeis não podem ser esterilizados por esta técnica). É utilizada ainda para esterilizar tecidos.

Page 85: Riscos Biológicos

CUIDADO ELEMENTAR:HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

MÃOS: principais instrumentos utilizados para a realização de uma grande variedade de trabalhos.

Page 86: Riscos Biológicos

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

É uma medida primária!

Econômica;

Preventiva;

Eficaz.

Portaria do MS n°. 2616, de 12 de maio de 1998.

Page 87: Riscos Biológicos

NOSSA PELE

Revestimento do organismo,Indispensável à vida, Isolante térmico;Evita a perda de água e eletrólitos;Ação secretória;Favorece a percepção.Devido à sua localização e extensa superfície, a pele é constantemente exposta à vários tipos de microorganismos do ambiente.

Page 88: Riscos Biológicos

NOSSA PELE

A pele normal do ser humano é colonizada por bactérias, fungos e vírus, sendo que diferentes áreas do corpo tem concentração de bactérias variáveis por centímetro quadrado (cm2): Couro Cabeludo: 106 UFC/cm2. (10x10x10x10x10x10)Axila: 105 UFC/cm2.Mãos dos profissionais de saúde: 104 a 106UFC/ cm2

Page 89: Riscos Biológicos

NOSSA PELE

MicrobiotaTransitória = contaminante: coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos. Consiste em microorganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos.

Page 90: Riscos Biológicos

A MICROBIOTA TRANSITÓRIA E A LAVAGEM DAS MÃOS

O simples fato da utilização de água e sabão, aliados à fricção, remove os microorganismos que colonizam as camadas superficiais da pele e também a oleosidade, suor e células mortas, bem como a retirada da sujidade propícia para a permanência e multiplicação de microorganismos.

Page 91: Riscos Biológicos

NOSSA PELE

Microbiota Normal = residente: esta aderida as camadas mais profundas da pele e mais resistente a remoção apenas por água e sabonete. As bactérias que compõem esta são agentes menos prováveis de infecções veiculadas por contato.

Page 92: Riscos Biológicos

NOSSA PELE

Microbiota Infecciosa: Neste grupo, poderiam ser incluídos microorganismos de patogenicidade comprovada, que causam infecções específicas como abscessos, dermatites infectadas, lesões infectadas das mãos.

Page 93: Riscos Biológicos

EQUIPAMENTOS E INSUMOS NECESSÁRIOS À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Sabonetes e antissépticos, Água,Lavatórios/pias,Dispensadores de sabonete e antissépticos, Papel toalha,Porta-papel toalha, Lixeira para descarte do papel toalha.

Page 94: Riscos Biológicos

UNHAS E ESMALTES

Tamanho da unha deve ser

≤ a 0,5cm;

Não deve ser usado unhas artificiais;

Esmalte, quando usado, deve ser trocado em tempo inferior ou = a uma semana.

Page 95: Riscos Biológicos

HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS

As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam.

A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada.

Page 96: Riscos Biológicos
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Page 100: Riscos Biológicos

NÃO SACUDIR AS MÃOS

E

NÃO USAR TOALHAS COMUNITÁRIAS

Page 101: Riscos Biológicos

PRODUTOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Sabonete comum: Favorece a remoção de sujeira e da microbiota transitória das mãos pela ação mecânica.

A eficácia da higienização simples das mãos, com água e sabonete, depende da técnica e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente dura em media 8 a 20 segundos.

Page 102: Riscos Biológicos

ÁLCOOL GELÁLCOOL GEL

•Sua ação consiste na destruição das proteínas da superfície de bactérias e vírus;•Apresenta rápida ação e excelente atividade bactericida e fungicida;•Tem excelente atividade germicida contra patógenos multirresistentes e vários fungos;•Mais efetivo nas concentrações entre 60 a 80%;•Não tem ação contra o tétano.

Page 103: Riscos Biológicos

ÁLCOOL GELÁLCOOL GEL

•Não tem atividade residual;•Não é apropriado quando as mãos estiverem visivelmente sujas;•É mais efetivo na higienização, quando comparados aos sabonetes comuns ou sabonetes associados a antissépticos;•A quantidade eficaz não é conhecida, entretanto, se ocorre a sensação de que as mãos estão secas após a fricção do álcool por 10 a 15 segundos, provavelmente foi aplicado um volume insuficiente do produto.

Page 104: Riscos Biológicos

ÁLCOOL GELÁLCOOL GEL

•A eficácia de preparações alcoólicas para higienização das mãos depende de vários fatores,como:

•Tipo e concentração;•Tempo de contato, fricção e volume de álcool utilizado, e;• Se as mãos estavam molhadas no momento de aplicação do álcool.

Page 105: Riscos Biológicos

O USO DE LUVAS E A O USO DE LUVAS E A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOSHIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

O USO DE LUVAS NÃO SUBSTITUI A NECESSIDADE DE LAVAGEM DAS MÃOS.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS É UM CUIDADO SOBERANO!

Page 106: Riscos Biológicos

ACIDENTES BIOLÓGICOSACIDENTES BIOLÓGICOS

As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados são um sério risco aos profissionais em seus locais de trabalho.

Estudos desenvolvidos nesta área mostram que os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais freqüentemente relatadas.(MONTEIRO; RUIZ; PAZ, 1999; ASSOCIATION FOR PROFESSIONALS IN INFECTION CONTROL AND EPIDEMIOLOGY, 1998; CARDO et al., 1997; BELL, 1997; HENRY; CAMPBELL; 1995; CANINI et al., 2002; JOVELEVITHS; SCHNEIDER, 1996).

Page 107: Riscos Biológicos

ACIDENTES BIOLÓGICOSACIDENTES BIOLÓGICOS

Os ferimentos com agulhas e material perfurocortante, em geral, são considerados extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir mais de 20 tipos de patógenos diferentes, sendo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B e o da hepatite C, os agentes infecciosos mais comumente envolvidos.

Evitar o acidente por exposição ocupacional é o principal caminho para prevenir a transmissão dos vírus das hepatites B e C e do vírus HIV. Entretanto, a imunização contra hepatite B e o atendimento adequado pós-exposição são componentes fundamentais para um programa completo de prevenção dessas infecções e elementos importantes para a segurança no trabalho.

Page 108: Riscos Biológicos

ACIDENTES BIOLÓGICOSACIDENTES BIOLÓGICOS O risco ocupacional após exposições a materiais biológicos é

variável e depende do tipo de acidente e de outros fatores, como gravidade, tamanho da lesão, presença e volume de sangue envolvido, além das condições clínicas do paciente-fonte e uso correto da profilaxia pós-exposição.

O risco de infecção por HIV pós-exposição ocupacional percutânea com sangue contaminado é de aproximadamente 0,3% e, após exposição de mucosa, aproximadamente 0,09%.

No caso de exposição ocupacional ao vírus da hepatite B (HBV), o risco de infecção varia de seis a 30%, podendo chegar até a 60%, dependendo do estado do paciente-fonte, entre outros fatores.

Quanto ao vírus da hepatite C (HCV), o risco de transmissão ocupacional após um acidente percutâneo com paciente-fonte HCV positivo é de aproximadamente 1,8% (variando de 0 a 7%). (RAPPARINI; VITÓ- RIA; LARA, 2004; RISCHITELLI et al., 2001; HENDERSON, 2003; CARDO et al., 1997; BELL, 1997; WERNER; GRADY, 1982; BRASIL, 2003).) .

Page 109: Riscos Biológicos

ACIDENTES BIOLÓGICOSACIDENTES BIOLÓGICOS

SUBNOTIFICAÇÕES;

ABANDONOS DO TRATAMENTO;

NÃO SEGUIMENTO DOS PROTOCOLOS;

FALTA DE TREINAMENTO EFETIVO.

Page 110: Riscos Biológicos

RECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTERECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTE

CUIDADOS COM A ÁREA EXPOSTA: Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de

exposição percutânea ou cutânea. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente

com água ou solução salina fisiológica. Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a

expressão do local do ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de antisséptico não é contra-indicado.

Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.

Page 111: Riscos Biológicos

RECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTERECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTE

AVALIAÇÃO DO ACIDENTE: Estabelecer o material biológico envolvido: sangue, fluidos

orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue.

Tipo de acidente: perfurocortante, contato com mucosa, contato com pele com solução de continuidade.

Conhecimento da fonte: fonte comprovadamente infectada ou exposta à situação de risco ou fonte com origem fora do ambiente de trabalho.

Fonte desconhecida.

Page 112: Riscos Biológicos

RECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTERECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTE

ORIENTAÇÕES E ACONSELHAMENTO AO ACIDENTADO:

Com relação ao risco do acidente. Possível uso de quimioprofilaxia. Consentimento para realização de exames sorológicos. Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses. Prevenção da transmissão secundária. Suporte emocional devido estresse pós-acidente. Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas: linfoadenopatia, rash, dor de garganta, sintomas

de gripe (sugestivos de soroconversão aguda). Reforçar a prática de biossegurança e precauções básicas em

serviço.

Page 113: Riscos Biológicos

RECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTERECOMENDAÇÕES PÓS-ACIDENTE

NOTIFICAÇÃO: Registro do acidente em CAT

(Comunicação de Acidente de Trabalho).

Preenchimento da ficha de notificação do Sinan (Portaria n.º 777) (BRASIL, 2004a).

Page 114: Riscos Biológicos

RASTREAMENTOSRASTREAMENTOS

Quando a fonte é conhecida: Caso a fonte seja conhecida mas sem informação de seu

status sorológico, é necessário orientar o profissional acidentado sobre a importância da realização dos exames HBsAg, Anti-HBc , Anti-HCV e Anti-HIV.

Deve ser utilizado o teste rápido para HIV, sempre que disponível, junto com os exames acima especificados.

Caso haja recusa ou impossibilidade de realizar os testes, considerar o diagnóstico médico, sintomas e história de situação de risco para aquisição de HIV, HBC e HCV.

Page 115: Riscos Biológicos

RASTREAMENTOSRASTREAMENTOS

Quando a fonte é desconhecida: Levar em conta a probabilidade clínica e

epidemiológica de infecção pelo HIV, HCV, HBV – prevalência de infecção naquela população, local onde o material perfurante foi encontrado (emergência, bloco cirúrgico, diálise), procedimento ao qual ele esteve associado, presença ou não de sangue, etc.

Page 116: Riscos Biológicos

RASTREAMENTOSRASTREAMENTOS

Status sorológico do acidentado: Verificar realização de vacinação para

hepatite B; Comprovação de imunidade através do

Anti-HBs. Realizar sorologia do acidentado para

HIV, HBV e HCV.

Page 117: Riscos Biológicos

CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO HIVHIV

Paciente-fonte HIV positivo: Um paciente-fonte é considerado infectado

pelo HIV quando há documentação de exames Anti-HIV positivos ou o diagnóstico clínico de Aids.

Conduta: análise do acidente e indicação de quimioprofilaxia anti-retroviral (ARV)/Profilaxia Pós-Exposição.

Page 118: Riscos Biológicos

CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO HIVHIV

Paciente-fonte HIV negativo: Envolve a existência de documentação

laboratorial disponível e recente (até 60 dias para o HIV) ou no momento do acidente, através do teste convencional ou do teste rápido. Não está indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral.

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CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO HIVHIV

Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida:

Um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível, ser testado para o vírus HIV, depois de obtido o seu consentimento; deve-se colher também sorologias para HBV e HCV.

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CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO CONDUTAS FRENTE À EXPOSIÇÃO AO HIVHIV

Paciente-fonte desconhecido: Na impossibilidade de se colher as

sorologias do paciente-fonte ou de não se conhecer o mesmo (p.ex., acidente com agulha encontrada no lixo), recomenda-se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de exposição, dados clínicos e epidemiológicos.

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INDICAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA INDICAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃOPÓS-EXPOSIÇÃO

Quando indicada, deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras duas horas após o acidente. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz quando iniciada 24 a 48 horas após a exposição. Recomenda-se que o prazo máximo, para início de PPE, seja de até 72 horas após o acidente. A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias. Atualmente, existem diferentes medicamentos anti-retrovirais potencialmente úteis, embora nem todos indicados para PPE, com atuações em diferentes fases do ciclo de replicação viral do HIV.

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INDICAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA INDICAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃOPÓS-EXPOSIÇÃO

Os esquemas preferenciais para PPE estabelecidos pelo Ministério da Saúde são:

1) Básico – ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) – Preferencialmente combinados em um mesmo comprimido.

2) Expandido – AZT + 3TC + INDINAVIR OU NELFINAVIR. Doses habitualmente utilizadas na infecção pelo HIV/aids devem

ser prescritas nos esquemas de PPE. O esquema padrão de AZT (zidovudina) associado à 3TC

(lamivudina) está indicado para a maioria das exposições. O uso habitual de AZT + 3TC está relacionado ao fato destes

medicamentos existirem combinados em uma mesma cápsula e permitirem melhor adesão pela facilidade do esquema posológico

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CUIDADOS PÓS-EXPOSIÇÃOCUIDADOS PÓS-EXPOSIÇÃO

Prevenção à transmissão secundária: Nos casos de exposição ao HIV, o profissional

acidentado deve realizar atividade sexual com proteção pelo período de seguimento, mas principalmente nas primeiras seis a 12 semanas pós-exposição. Deve também evitar: gravidez, doação de sangue, plasma, órgãos, tecidos e sêmen.

O aleitamento materno deve ser interrompido.

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PARA REFLEXÃO...

Contudo, sobram denúncias contra as más condições de trabalho nos hospitais brasileiros. Doenças ocupacionais e acidentes que agridem ao trabalhadores da saúde estão por merecer a atenção preventiva necessária.

De que adoece e morre o pessoal da saúde?Se a pergunta é importante, faz-se urgente a busca de respostas capazes de fundamentar a prevenção. Passo decisivo nesta busca é a formação para a saúde e segurança no trabalho defendida, aliás, para todos os trabalhadores. O assunto já não pode mais ser negligenciado pelas escolas de saúde e órgãos empregadores da categoria, salientando-se o papel da universidade, neste campo.

(BULHÕES, 1998)

...PORQUE PREVENIR, SEMPRE FOI E SERÁ

MELHOR DO QUE REMEDIAR!!!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALSAMO AC, FELLI VEA. Estudo sobre os acidentes de trabalho com exposição aos líquidos corporais humanos em trabalhadores da saúde de um hospital universitário. Rev Latino-am Enfermagem , 2006 maio-junho; 14(3):346-53.

Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. Et al. Brasília. Ministério da Saúde, 1998.

BORGES, L.H; MOULIN, M.G.B.; ARAÚJO, M.D., org. Organização do Trabalho e Saúde: múltiplas relações. Vitória: EDUFES, 2001, 350p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Relacionadas ao Trabalho. Manual de Procedimentos para o Serviço de Saúde. Brasília, 2001.

______. MTE. Norma Regulamentadora 6. Disponível em http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf

_______________________________________ 32. Disponível em http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Exposição a materiais biológicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006. 76 p.:il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Saúde do Trabalhador ; 3. Protocolos de Complexidade Diferenciada)

BULHÕES, I. Riscos do Trabalho de Enfermagem. 2 ed. Rio de Janeiro: folha Carioca, 1998, 278 p. LOPES, G.T; SPÍNDOLA, T; MARTINS, E.R.C. O adoecer em enfermagem segundo os profissionais: estudos

preliminares. Rev. Enfermagem UERJ, 1996, 4(1), p.9-18. MAURO, M.Y.C. et al. Riscos Ocupacionais em Saúde. Revista de enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro:

UERJ; v.12, n.4, p.338-345. 2004 SOUZA. M. Controle de Riscos nos Serviços de Saúde. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v.13,

número especial, Parte I, p. 197-202, 2000.  

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