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O Portal da Construção Guia Técnico Segurança e Higiene no Trabalho Volume VI – Riscos Químicos – Parte 1 um Guia Técnico de O Portal da Construção www.oportaldaconstrucao.com Março de 2008 Copyright O Portal da Construção, todos os direitos reservados. Este Guia Técnico não pode ser reproduzido ou distribuído sem a expressa autorização de O Portal da Construção. Segurança e Higiene no Trabalho: Riscos Químicos – Parte 1 1 O Portal da Construção O Portal da Construção www.oportaldaconstrucao.com

Riscos Quimicos 1

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Riscos Quimicos

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  • O Portal da Construo

    Guia Tcnico

    Segurana e Higiene no Trabalho

    Volume VI Riscos Qumicos Parte 1

    um Guia Tcnico de O Portal da Construo

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    Maro de 2008

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    ndice

    1. Conceitos gerais ..................... 3

    2. Agentes agressivos qumicos ....................... 4

    3. Vias de penetrao no organismo ...................... 5

    4. Avaliao de riscos .................... 6

    5. Preveno e controlo dos riscos ................... 7

    6. Acompanhamento e reavaliao ................... 8

    Sobre os autores deste Guia Tcnico ... 9

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    1. Conceitos Gerais

    A exposio a substncias perigosas pode ocorrer a todo o momento no local de trabalho, quer estejamos a falar de um escritrio, de uma fbrica, de uma obra, entre muitos outros.

    As substncias perigosas podem causar diversos tipos de danos, desde cancros a problemas da capacidade de reproduo ou deficincias congnitas. Outras substncias podem causar danos cerebrais, danos no sistema nervoso, asma e problemas cutneos.

    Os danos causados pelas substncias perigosas podem ocorrer na sequncia de uma nica e curta exposio ou em resultado da acumulao a longo prazo de substncias no organismo.

    Nos termos da legislao europeia, cabe s entidades patronais proteger a sade e a segurana dos trabalhadores, atravs de:

    - avaliao do risco, procedendo, quando necessrio, a nova avaliao;

    - eliminao do risco ou, quando tal no seja possvel, reduo do risco;

    - monitorizao, com o objectivo de garantir que as medidas de controlo continuem a ser eficazes.

    Nesta primeira parte, iremos focar-nos nas substncias qumicas e os riscos que apresentam e o que possvel fazer para precaver e/ou proteger esses riscos.

    Na segunda parte, iremos concentrar-nos na eliminao e na substituio de substncias perigosas e na comunicao da informao sobre essas substncias.

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    2. Agentes qumicos

    agressivos

    Os agentes qumicos agressivos podem ser encontrados atravs de duas formas:

    1. no ar;2. em substncias e preparados.

    1. No ar encontramos:

    - agentes qumicos slidos em suspenso (poeiras, fibras e fumos normalmente designadas por p, apenas distinguveis quanto ao nvel da sua inalao). As suas aces sobre o organismo humano podem ser, por exemplo, causadoras de leses em um mais rgos viscerais, ou de doenas graves nos pulmes, como o caso do amianto;

    - agentes qumicos lquidos em suspenso (aerossis gotculas no visveis - e neblinas gotculas visveis).

    - agentes qumicos gasosos em suspenso (gases e vapores). Podem causar efeitos irritantes, inflamando os tecidos com que entram em contacto (por exemplo, o amonaco ou o cloro), asfixiantes (casos, por instncia, do monxido de carbono ou dos cianetos), narcticos (ter etlico) ou txicos (por exemplo, o benzeno).

    2. As substncias so elementos qumicos e os seus compostos, nos seu estado natural ou tal como so obtidos por qualquer processo de produo.

    Os preparados, por seu turno, so misturas ou solues compostas por duas ou mais substncias. As caractersticas da preparao resultam da combinao das propriedades de cada componente.

    A classificao de substncias e preparaes perigosas feita sempre no rtulo da embalagem do produto, como iremos ver mais frente, e obedece a uma classificao que compila as principais caractersticas de perigosidades que um produto pode, ou no, ter.

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    3. Vias de penetrao no

    organismoOs agentes qumicos agressivos tm trs vias de entrada no organismo humano: a via digestiva, a via percutnea (atravs da pele) e a via respiratria (atravs dos pulmes).

    A entrada por via digestiva faz-se atravs da boca e habitualmente uma ingesto involuntria, que ocorre por acidente ou descuido.

    Tal pode suceder, por exemplo, quando um produto trasvasado para outro recipiente por aspirao, ou quando armazenado num recipiente ou local destinado a alimentos ou bebidas.

    Mais comum a ingesto de um agente qumico pela boca quando, aps a manipulao desse agente, se levam as mos boca para fumar, comer ou mesmo secar os lbios.

    No que toca via percutnea, determinados produtos, principalmente os com caractersticas irritantes ou corrosivas, agem no local de contacto com a pele, as mucosas ou os olhos.

    A possibilidade de penetrao no organismo atravs da pele de certos produtos pode ser muito perigos: certos solventes orgnicos ou o benzeno, por exemplo, podem atacar severamente os rins, o fgado ou o sistema nervoso.

    A via de penetrao mais comum a respiratria, uma vez que os agente poluentes podem estar misturados com o ar que respiramos, como j observmos acima, penetrando nos pulmes em simultneo com o ar inspirado.

    frequente a inspirao desses produtos em situaes de manipulao de solventes, tintas ou colas. O transporte dessas substncias pelo sangue pode causar problemas noutros rgos, para alm dos pulmes.

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    4. Avaliao de riscos

    Avaliar os riscos significa identificar as possveis causas dos danos no intuito de tomar medidas preventivas. Uma avaliao adequada dos riscos a chave de uma gesto eficaz dos mesmos. A formao dos trabalhadores fundamentada na avaliao dos riscos visando ensinar-lhes prticas de trabalho seguras constitui uma parte importante da gesto dos riscos. Os trabalhadores que tenham frequentado aces de formao no s esto aptos a aplicar as regras, como trabalham de forma mais eficaz e promovem um ambiente de trabalho saudvel e seguro. O nvel de risco inerente a uma substncia determinado por dois factores: as caractersticas da substncia e o grau de exposio.

    A avaliao dever incluir os incidentes e as actividades de manuteno previsveis, assim como um plano das medidas a tomar em tais circunstncias, nomeadamente medidas de primeiros socorros.

    Abordagem avaliao dos riscos em quatro fases

    1. Realizar um inventrio das substncias utilizadas nos processos de trabalho e tambm das substncias geradas durante esses processos, tais como as poeiras da madeira e as emanaes resultantes dos processos de soldadura.

    2. Recolher informaes sobre essas substncias, ou seja, que danos podem causar e de que forma. Uma importante fonte de informao so as fichas de dados de segurana (FDS) a serem entregues pelos fornecedores de substncias qumicas.

    3. Avaliar o grau de exposio s substncias perigosas identificadas considerando o tipo, a intensidade, a durao, a

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    5. Preveno e controlo dos

    riscos

    frequncia e a ocorrncia da exposio dos trabalhadores, sem esquecer os efeitos combinados das substncias perigosas quando utilizadas em conjunto e os riscos inerentes.

    4. Avaliar a gravidade dos riscos identificados. A lista pode depois ser utilizada na elaborao de um plano de aco visando a proteco dos trabalhadores.

    A legislao europeia estabelece uma hierarquia das medidas de controlo da exposio a serem tomadas sempre que um processo de avaliao dos riscos revele a existncia de riscos.

    No topo da hierarquia encontra-se a eliminao do risco atravs da alterao do processo ou da substncia.

    Caso a eliminao no seja possvel, o processo ou as substncias perigosos devero ser substitudos por outro(s) incuo(s) ou menos perigoso(s). Iremos analisar esses dois pontos em maior detalhe na segunda parte deste volume.

    Em caso de ausncia de preveno dos riscos para os trabalhadores, devero ser tomadas medidas de controlo com vista eliminao ou reduo dos riscos para a sade dos trabalhadores.

    As medidas de controlo devero ser tomadas pela seguinte ordem:

    1 Conceber controlos e processos de trabalho e utilizar equipamento e materiais adequados no intuito de reduzir a

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    6.Acompanhamento

    e reavaliao

    libertao de substncias perigosas;

    2 Aplicar medidas de proteco colectivas na origem do risco, como por exemplo ventilao e medidas organizacionais adequadas;

    3 Aplicar medidas individuais de proteco, nomeadamente equipamento de proteco individual, sempre que a exposio no possa ser evitada por outros meios.

    O nmero de trabalhadores expostos dever ser limitado ao mnimo, paralelamente durao e intensidade da exposio, bem como a quantidade de substncias perigosas utilizadas. Devero ainda ser adoptadas as medidas de higiene apropriadas.

    A avaliao dos riscos dever ser reexaminada sempre que se registem alteraes aos processos de trabalho, sejam introduzidas novas substncias qumicas ou adaptados processos, em caso de acidentes ou problemas de sade, bem como periodicamente para assegurar que os resultados da avaliao permanecem vlidos. Uma vez aplicada uma medida de controlo a um processo, a sua eficcia dever ser controlada.

    necessria uma avaliao regular da situao para detectar as situaes de degradao progressiva (por exemplo, reduo da eficcia dos sistemas de ventilao) e as alteraes ao nvel das prticas de trabalho.

    Os limites de exposio ocupacional s substncias perigosas constituem uma fonte de informao importante para a avaliao e a gesto dos riscos.

    No obstante, esses limites apenas foram estabelecidos em relao a um nmero limitado de substncias presentemente

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    utilizadas nos locais de trabalho.

    Os limites nacionais podem ser vinculativos (a respeitar obrigatoriamente) ou indicativos (recomendao relativa aos valores a atingir).

    A entidade patronal dever assegurar que a exposio dos trabalhadores no ultrapasse os limites nacionais.

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