ROCOCÓ

Estilo artístico que teve início na França do século XVIII, espalhando-se pela Europa, principalmente na Alemanha e Áustria. De modo geral, se caracterizou como uma arte requintada, aristocrática e convencional. Preocupava-se com a execução perfeita da técnica. Também conhecido como "estilo regência", refletia o comportamento da elite francesa de Paris e Versalhes.

O termo “rococó” originou-se da palavra francesa rocaille (concha), um dos elementos decorativos mais característicos desse estilo, não somente da arquitetura, mas também de toda manifestação ornamental e de adereços. O estilo conheceu grande desenvolvimento entre 1715 e 1730, durante a regência de Filipe de Orléans.

Pode-se ver no rococó um desenvolvimento natural do barroco, em que as cores fortes foram substituídas por cores suaves e de tom pastel, como o verde-claro e o cor-de-rosa. Deixa de lado os excessos de linhas retorcidas que expressam as emoções humanas e busca formas mais leves e delicadas.

Arquitetura Na arquitetura manifestou-se

principalmente na decoração dos espaços interiores, que se revestiam de abundante e delicada ornamentação. As salas e os salões têm, de preferência, a forma oval e as paredes são cobertas com pinturas de cores claras e suaves, espelhos e ornamentos com motivos florais feitos em estuque.

Os móveis, importantíssimo complemento da construção arquitetônica, compostos com uma variedade cromática, devido ao emprego de madeiras raras marchetadas, ornadas de frisos dourados, é acompanhada pelo requinte de suas linhas. Acompanha tudo isso o gosto pelos bibelôs.

Em oposição ao interior rico, a fachada dos edifícios se aproxima a um barroco sem exageros ou ao estilo renascentista italiano. Na metade do século, o "estilo Pompadour" já constituiu uma variante do rococó: curvas e contra curvas animam as paredes e os ritmos decorativos, afirma-se a assimetria, a trama linear invade tudo.

Escultura Os escultores do rococó

abandonam totalmente as linhas do barroco, usando linhas mais suaves e graciosas. Esculturas de tamanho menor, onde os motivos eram escolhidos em função da decoração. Embora os artistas usem o mármore, preferiam o gesso e a madeira, que aceitam cores suaves.

A escultura se caracterizava pela confecção de obras que retratavam personalidades da história e por fazer estatuetas decorativas.

A escultura desse período é responsável pela invenção da porcelana, bastante difundida na criação de obras decorativas.

Pintura Diferente do barroco com

seus temas religiosos, o rococó representava em sua pintura temas mundanos, ambientados em parques e jardins ou em interiores luxuosos, em que os personagens eram membros da aristocracia.

Nas técnicas de pintura desaparecem os contrastes radicais entre claro e escuro e passam a predominar as tonalidades claras e luminosas. A técnica do pastel passa a ser bastante utilizadas, permitindo a produção de certos efeitos de delicadeza.

Dois grandes nomes da pintura do rococó são: Antoine Watteau e Jean-Batiste Siméon Chardin.