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A1 Tiragem: 149073 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Interesse Geral Pág: 24 Cores: Cor Área: 18,00 x 27,50 cm² Corte: 1 de 8 ID: 63552873 13-03-2016 | Domingo "Há quem diga que os dados são o novo petróleo, tal é o seu potencial valor económico" Pedro Domingos investigados t ema de capa Texto Leonardo Ralha Ilustração de capa e ilustrações Ricardo Cabral Rodeados de aquelas máquinas COMPUTADORES QUE APRENDEM E ROBÔS CAPAZES DE FAZER TUDO PODEM SER UMA BOA NOTÍCIA OU UMA AMEAÇA PARA OS HUMANOS s androides ainda não so- nham com ovelhas elétricas, como no futuro que Philip K. Dick descreveu no conto que deu origem ao filme `Blade Runner - Perigo Iminente; e ainda nenhum computador se inspirou no Hal imaginado por Arthur C. Clarke em `2001 - Odisseia no Espaço' para impedir astronautas de entrar numa nave espacial. Mas a verdade é que vivemos rodeados de inteligência arti- ficial que passa despercebida. Máquinas exterminadoras implacáveis não tomaram o poder - embora a utilização militar seja das que mais atraem investimentos, em robôs capazes de avançar nos terrenos mais adversos ou em aviões comandados (por en- quanto) a milhares de quiló- metros de distância -, mas sempre que ligamos o com- putador ou o smartphone é quase certo que beneficia- mos daquilo a que se chama aprendizagem das máquinas. Manifesta-se quando a es- crita inteligente de mensa- gens passa a sugerir um nome que escrevemos noutra oca- sião, e que fica incluído no `vocabulário' de um progra- ma que aprende com os da- dos que recebe. Mas também já se traduz na capacidade de um automóvel se conduzir sozinho, com a informação detetada por sensores conju- gada com as regras que foram programadas e com todas as variáveis que encontra nas estradas que percorre. Máquinas a trabalhar me- lhor e mais depressa do que os humanos deixaram de ser ficção científica, como de- monstram as notícias sobre uma fábrica chinesa cuja linha de montagem é inteira- mente constituída por robôs ou os drones voadores desti- nados a entregar encomen- das da Amazon. Ainda assim, mesmo os entusiastas dizem que devemos estar atentos. "A aprendizagem automá- tica não é intrinsecamente positiva; como todas as tec- nologias, pode ser utilizada para bem e para mal. Depen - de de nós, e é por ísso que toda a gente deve saber o que ela é e o que faz, para poder decidir o que fazer com ela", defende o português Pedro Domingos, professor na Universidade de Washington e autor do livro 'The Master Algorithm: How the Quest for the Ultimate Learning Machine Will Re - make Our World: Página 1

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A1 Tiragem: 149073

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 18,00 x 27,50 cm²

Corte: 1 de 8ID: 63552873 13-03-2016 | Domingo

"Há quem diga que os dados são o novo petróleo, tal é o seu potencial valor económico" Pedro Domingos investigados

tema de capa Texto Leonardo Ralha Ilustração de capa e ilustrações Ricardo Cabral

Rodeados de aquelas máquinas COMPUTADORES QUE APRENDEM E ROBÔS CAPAZES DE FAZER TUDO PODEM SER UMA BOA NOTÍCIA OU UMA AMEAÇA PARA OS HUMANOS

s androides ainda não so-nham com ovelhas elétricas, como no futuro que Philip K. Dick descreveu no conto que deu origem ao filme `Blade Runner - Perigo Iminente; e ainda nenhum computador se inspirou no Hal imaginado por Arthur C. Clarke em `2001 - Odisseia no Espaço' para impedir astronautas de entrar numa nave espacial. Mas a verdade é que vivemos rodeados de inteligência arti-ficial que passa despercebida.

Máquinas exterminadoras implacáveis não tomaram o poder - embora a utilização militar seja das que mais

atraem investimentos, em robôs capazes de avançar nos terrenos mais adversos ou em aviões comandados (por en-quanto) a milhares de quiló-metros de distância -, mas sempre que ligamos o com-putador ou o smartphone é quase certo que beneficia-mos daquilo a que se chama aprendizagem das máquinas.

Manifesta-se quando a es-crita inteligente de mensa-gens passa a sugerir um nome que escrevemos noutra oca-sião, e que fica incluído no `vocabulário' de um progra-ma que aprende com os da-dos que recebe. Mas também já se traduz na capacidade de um automóvel se conduzir sozinho, com a informação detetada por sensores conju-gada com as regras que foram programadas e com todas as variáveis que encontra nas estradas que percorre.

Máquinas a trabalhar me-

lhor e mais depressa do que os humanos deixaram de ser ficção científica, como de-monstram as notícias sobre uma fábrica chinesa cuja linha de montagem é inteira-mente constituída por robôs ou os drones voadores desti-nados a entregar encomen-das da Amazon. Ainda assim, mesmo os entusiastas dizem que devemos estar atentos.

"A aprendizagem automá-tica não é intrinsecamente positiva; como todas as tec-nologias, pode ser utilizada para bem e para mal. Depen - de de nós, e é por ísso que toda a gente deve saber o que ela é e o que faz, para poder decidir o que fazer com ela", defende o português Pedro Domingos, professor na Universidade de Washington e autor do livro 'The Master Algorithm: How the Quest for the Ultimate Learning Machine Will Re - make Our World: ►

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ROBÔS E COMPUTADORES SÃO CADA VEZ MAIS COLEGAS

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ROBÔ 'ATLAS' ESTA A SER FINANCIADO PELO EXÉRCITO DOS EUA

FAZER COCKTAILS É O TALENTO DO 'CARI' O SIMPÁTICO 'PEPPER'

AMAZON PREPARA DRONES PARA FAZER ENTREGAS

tema de capa

► O ex- docente do Instituto Superior Técnico, que fez o doutoramento nos EUA e para lá voltou em 1999, ad-mite que a corrente de dados que a internet fornece tanto pode ser uma energia reno-vável como um cavalo de Troia. "Pode funcionar de ambas a formas, por vezes simultaneamente. Há quem diga que os dados são o novo petróleo, tal é o seu potencial valor económico. Ao mesmo tempo, as empresas (online e não só) sabem muito mais so-bre as pessoas do que elas se dão conta. É preciso que nos consciencializemos do que se está a passar e tomemos con - trolo dos nossos dados, para que eles sejam utilizados para nosso benefício e não para nos manipular': afirma.

Num ciberespaço carrega-do de algoritmos que se ali-mentam de dados para indi-car aos humanos qual é o livro que devem comprar ou a pes -soa que faz falta nas suas re-des sociais (e até nas suas ca-mas), Pedro Domingos apon-ta como objetivo encontrar o Algoritmo- Mestre. "É um algoritmo capaz de aprender toda a espécie de conheci-mento a partir dos dados, em contraste com algoritmos que aprendem apenas num domínio específico. E um al-goritmo que produz outros algoritmos, e daí o nome", ex-plica à 'Domingo; acrescen-tando que "todos os grandes algoritmos de aprendizagem têm teoremas associados que provam que, com suficiente quantidade de dados, são em princípio capazes de apren-der qualquer função':

O professor universitário Reginaldo Rodrigues de Al-meida, autor do programa da CMTV 'Falar Global; realça, ainda assim, o primado do homem sobre a máquina. "Constatamos que a inteli-gência artificial tem permiti - do resolver inúmeros proble-mas que de outra forma se-riam completamente impos-síveis de resolver, mas que são

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"A robótica e a automação não têm de representar mais desigualdade" Ricardo Paes Mamede Economista

"É um mundo de mudança permanente e muito mais rápida" Reginaldo Rodrigues de Almeida Professor universitário

ac R01345S NA LINHA DE MONTAGEM DA AUTOEUROPA

dominados por' humanware; para lá de qualquer 'software' ou `hardware: A capacidade cognitivadas máquinas ainda está por demonstrar", afirma, sem deixar de garantir que "a inteligência artificial é um dos grandes trunfos e vitórias do século XXI':

Empregos em risco Mas quando existem estudos, como o do Instituto de Pes-quisa Nomura, divulgado no final do ano passado, a indicar que até 49 por cento dos em-pregos no Japão podem ser substituídos por sistemas in-formáticos em 2035, toma-se difícil não ficar preocupado com robôs precisos, resisten-tes e incansáveis ou compu-tadores ligados em rede que podem tomar obsoletos tra-balhadores que não serão ne-cessariamente os 'suspeitos do costume: "Em muitos ca-sos, o risco maior é para as profissões mais qualificadas, porque essas são mais fáceis de fazer por computador, pre - cisamente por serem coisas que os humanos têm eles pró-prios que aprender a fazer,

e com algwna dificuldade, ao contrário de coisas para as quais a evolução nos adaptou naturalmente", refere Pedro Domingos, exemplificando que "é mais fácil automatizar o diagnóstico médico - exis tem j á algoritmos de aprendi-zagem que o fazem melhor do que os médicos - do que o trabalho manual': Reginaldo Rodrigues de Al-

meida reconhece que saber se os humanos terão emprego garantido num contexto de aperfeiçoamento das máqui-nas é " a pergunta que vale um milhão de dólares': Mas está otimista. "A nova economia e o emprego científico criaram até hoje mais postos de traba-lho do que aqueles que des-truíram", diz, ainda que o "emprego para toda a vida" tenha dado lugar à criação de "condições de empregabili-dade para toda a vida':

Sendo verdade que nos au-tocarros deixou há muito de haver cobrador de bilhetes, o próximo a perder o emprego pode ser o próprio motorista, graças a veículos autocondu-zidos "com maior segurança,

destreza e fiabilidade". Fe - chando- se portas, abrem-se, no entanto, janelas de opor-tunidade. "Terão de existir mais programadores e espe-cialistas em segurança infor - mática, pois os `hackers' po-dem querer manietar esses veículos. É um mundo de mudança permanente e mui-to mais rápida", diz.

Coordenador da comissão de trabalhadores da Autoeu-ropa, a empresa portuguesa onde humanos e robôs mais coexistem - na proporção de oito para um -, António Chora disse à 'Domingo' que a integração correu bem. "Partiu-se do princípio de que as pessoas são reconver-tidas para outros postos de trabalho", afirma, salientan-do que a "robotização está a acontecer em processos do-lorosos para o ser humano': É o caso da zona das carroça-rias e das cabinas de pintura, onde nem o recurso a fatos que purificavam o ar tomava menos nocivo o trabalho.

Nem a morte de um traba-lhador na fábrica de Baunatal (Alemanha) da Volkswa ► -

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"É preciso que a mais-valia da tecnologia também beneficie os trabalhadores" Arménio Carlos Secreta no-geral CGT P

tema de capa

► gen, esmagado por um robô no ano passado, cria dúvidas a António Chora. "Os traba-lhadores precisam de ter cui-dado, pois a máquina não tem inteligência para distinguir entre uma pessoa e um peda-ço de aço", comenta. Certo é que, como refere de modo bem-humorado, "não tem havido nenhum conflito en-tre o homem e o robô dentro da Autoeuropa'!

Novo modelo social Desde o início da Revolução Industrial que existe o receio de que a automatização da produção conduza à subal-ternização do papel do traba-lho, mas o economista Ricar-do Paes Mamede sublinha que a História mostra que novas atividades económicas têm recorrido aos trabalha-dores substituídos pela tec-nologia. "A robótica e a auto-mação não têm de represen-tar mais desigualdade, nem mais desemprego, nem o agravamento dos sistemas de provisão de bens e serviços públicos, desde que sejam acompanhadas de transfor-mações institucionais ade-quadas", disse à 'Domingo!

Para o economista Carlos Pereira da Silva, "o problema é configurar um novo modelo social que possa fazer com que, de alguma maneira, a precariedade gerada pela substituição do homem pela máquina gere também algu-ma contribuição'! Algo que, na opinião do ex-diretor do Gabinete de Estratégia e Pla-neamento do Ministério da Segurança Social, não passará pela substituição da Taxa So-cial Única (TSU) cobrada às empresas e trabalhadores por algo que poderia ser chamado de 'taxa robótica única! "Se Portugal impusesse uma TSU sobre o número de máquinas, como alguns defendem, toda a gente iria montar fábricas para outro lado qualquer!'

Apesar do risco de redução de postos de trabalho, o se - cretário -geral da C G'FP, Ar-

ménio Carlos, garante que a central sindical nada tem contra a inovação tecnológi-ca, "que tem uma relação di-reta com o desenvolvimento dos países'! No entanto, "é preciso que a mais -valia que a tecnologia introduz também beneficie os trabalhadores'!

O i ossível ex ande-se Com veículos autoconduzi-dos a relegar o conflito entre taxistas e motoristas da Uber para os livros de História, a 'internei das coisas' - como se designa a possibilidade de equipamentos comunicarem entre si, reforçando a inteli - gência das casas em que vive-mos -, programas avançados

ao ponto de fabricarem me-dicamentos específicos para cada doente - arma decisiva na guerra contra o cancro - e robôs que ajudam ou substi-tuem soldados em cenários de catãstrofe ou de guerra, como o humanoide 'Atlas; criado pela Boston Dynamics e financiado pelo exército dos EUA, as fronteiras do possível expandem-se ao ritmo da evolução do conhecimento.

O recurso a máquinas inte-ligentes para fins militares pode causar calafrios a quem teme uma Humanidade do-minada, mas não foi um robô maléfico e sim o presidente Harry Truman que decidiu largar bombas atómicas em

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SENSORES DETETAM OBSTÃCULOS E PERIGOS NA CONDUÇÃO

por Rui Faria stão já dispo- níveis auto- móveis inteli- gentes que re- legam o con-

dutor para um papel pas-sivo, e o novo Mercedes Classe E é apenas um exemplo. Num engarrafa-mento, é capaz de andar sozinho, sem intervenção do condutor nos pedais ou no volante, seguindo o carro da frente a distância de segurança, parando quando este pára, arran-cando quando este arranca e virando quando este vira. Também pode acontecer em autoestrada, mas se a velocidade do veículo da frente for muito baixa o condutor pode autorizar a ultrapassagem autónoma, ao acionar o 'pisca-pisca', que também leva o carro a retomar a faixa após a ul-trapassagem sem ser ne-cessário tocar no volante. As câmaras de vídeo, o ra-dar e os sensores entram em ação caso o condutor não reaja, e o mesmo suce -

de se alguém atravessar a rua ou um ciclista surgir de onde ninguém o viu, po-dendo condicionar a velo-cidade segundo as indica-ções da sinalização verti-cal ou alertar o condutor se entrar numa via de sen-tido proibido. Os sistemas de gestão eletrónica tam-bém comandam a ilumi -nação para maximizar a visibilidade ou evitar o en-candeamento de quem vem em sentido contrário. O sistema de navegação `lê' o itinerário e pode adaptar a suspensâo, dire-ção e até a caixa de veloci-dades à estrada.

Mesmo longe do veículo, o condutor pode contactar com ele. Através de um smartphone, pode saber a sua localização e o melhor caminho para lá chegar, pode regular a temperatu-ra do habitáculo, saber o nível de combustível ou gerir o estacionamento em espaços apertados. É por essas e por outras que os automóveis estão cada vez mais inteligentes... o

E

Inteligência sobre rodas Novo Mercedes Classe E pode seguir o carro da frente a uma distância de segurança

As câmaras de vídeo, o radar e os sensores entram em ação caso o condutor não reaja

Mesmo longe do veículo, o condutor pode contactar com ele através de um smartphone

Hiroshima e Nagasaqui, cal-culando que a alternativa se-ria perder dezenas ou cente-nas de milhares de jovens sol-dados norte-americanos na invasão do Japão.

Seja como for, Pedro Do-mingos desvaloriza os re-ceios. "Os computadores, por mais inteligentes que se-jam, são apenas extensões da nossa inteligência, da mesma forma que outras tecnologias são extensões do nosso cor-po'; afirma, realçando que embora superem o cérebro humano no processamento de dados dificilmente pode-rão vir a alcançar as capaci-dades intuitivas, a emoção e a consciência. o

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artificial

OS ROBÔS VÃO OCUPAR O LUGAR DO HOMEM. O MUNDO DO TRABALHO VAI MUDAR EM BREVE

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Âmbito: Interesse Geral

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Área: 5,19 x 3,64 cm²

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an, INTE LICENCIA

° SEM LIMITES - MUNDO LABORAI_

VAI MUDAR

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