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Rodrigo Cunha | O Mundo de Dentro

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Catálogo da exposição 'O Mundo de Dentro' de Rodrigo Cunha realizada na Zipper Galeria | De 21 de Abril a 19 de Maio, 2012.

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Rodrigo CunhaO Mundo de Dentro21 de abril a 19 de maio de 2012

Rua Estados Unidos, 1494CEP 01427 001São Paulo - SP - Brasil+55 (11) 4306 4306www.zippergaleria.com.br

2a a 6a 10:00 - 19:00sábados 11:00 - 17:00

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Dr. Simão Bacamarte, protagonista do conto O Alienista (1881) de Machado de Assis é apresentado pelo autor como figura nobre, grande estudioso vindo do reino para a colônia com a intenção de cuidar da “saúde da alma” de seus pacientes, maneira com a qual ele qualificava seu ofício de médico de patologias cerebrais. Essa figura notória chega em Itaguaí contra a vontade do rei, que o teria deixado em Portugal, “regendo a universidade ou expedindo os negócios da monarquia”. Encontra na Casa Verde – nome do local onde ele irá clinicar durante o tempo que a vida lhe reserva nesse cargo –, o meio de aplicar suas pesquisas, todas ainda pouco exploradas na colônia. Com acuidade, o autor faz dessa personagem a própria contradição humana: depois de clinicar toda a região e definir seus critérios de normalidade e demência, o doutor resolve internar grande parte da população de Itaguaí, incluindo vizinhos, amigos e até mesmo sua esposa. Contudo, ele não tarda a perceber sua própria demência e, subjugado aos valores da ciência que ele defende, resolve dar alta a todos, internando-se na Casa Verde. “A questão é cientifica, dizia ele; trata-se de uma doutrina nova, cujo primeiro exemplo sou eu. Reúno em mim mesmo a teoria e a prática.”

O perfil da personagem de Machado, ao mesmo tempo alienista, alienada e alienante, é uma porta de entrada para O Mundo de Dentro de Rodrigo Cunha. Optando por essa al-ternativa, vale sinalizar alguns pontos que em sua produção aproximam-no do ambiente de Simão Bacamarte: em espaços à primeira vista sóbrios, as pin-turas parecem prefigurar o descompas-so na relação entre os diagnosticados “dementes” e seus preceptores, susce-tíveis de orientá-los enquanto buscam olhar para sua própria existência. O fato é que na lassidão transcorrida durante a espera de respostas plausíveis, tanto os ditos dementes de Simão Bacamarte quanto algumas figuras presentes nas

pinturas de Rodrigo Cunha, todas envoltas em situações de instabilidade psicológica e isolamento, mantêm-se pa-radoxalmente à espera de pseudoalienistas com fórmulas capazes de resolver problemas de diferentes ordens. É o que Paul McCarthy define como “a perda da consciência de estar vivo, a perda da autêntica percepção da existên-cia”. Em Soprando Tuba, (2011) uma das poucas obras em que o silêncio perde seu lugar na produção do artista, um senhor parece soprar o instrumento com pesar. Ao invés de harmonia, ele evoca o grito, o ruído resultante do es-tado de desconforto face a realidade por ele construída.

A exposição trata o espaço intimista com a mesma estranheza com que nos deparamos com o improvável, o insípido ou com o desconhecido. Isso porque não fo-mos treinados a olhar para dentro. Exteriorizamos nossas sensações, nomeamo-las, somos cobrados a tomar par-tido, a analisar, sintetizar e a perceber o mundo através de nossos limitados sentidos. Cobramos deles a melhor performance ou incluímos ferramentas no corpo, com as quais somos capazes de lutar contra o processo de deterioração das faculdades sensoriais. Mas quase nun-ca atentamos para o mundo de dentro, o universo que carregamos. Em consequência, a cada situação de intros-pecção imposta pela passagem do tempo, ou em de-corrência de circunstâncias imprevistas, o confronto com

nossa estrutura interna faz ressurgir um emaranhado de complexidade e nos vemos impelidos a encontrar al-guém que nos dê respostas rápidas, adaptadas ao nosso frenético ritmo de vida. Eis que surgem os doutores Ba-camarte prometendo cuidar da “saúde da alma” sem antes avaliar a sanida-de de sua própria. A Doutora (2007) é um desses casos. Seu estatuto social é dificilmente identificado, não fosse o título da obra e sua indumentária. Já o ambiente habitado por ela, sombrio e com pouca mobília, aproxima-lhe da situação em que encontrava-se Simão

O Mundo de Dentro

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Bacamarte em seus últimos dias na Casa Verde: solitário em busca de re-solver problemas sobre os quais ele parecia ter domínio completo.

Em cada pintura há um pequeno assunto que se fecha no título: Homem no Estúdio, Mulher de Traje Azul, Se-nhora com Cãozinho Peludo, Homem com Máquina, Senhora com Chapéu, Homem com Criança nos Braços, Ho-mem em Cadeira Reclinada, Jovem com Meias Rosas. Genéricos, varian-tes de um mesmo tema, cada título esconde o tom inquisitivo que cons-trói uma única paisagem mental em toda a produção do artista. Enquanto sugere ações anódinas (Homens com as Mãos no Bolso, 2010), perdas iminentes, movimen-tos lentos ou inexistentes, frontalidade entre espectador e figura representada, registro da passagem do tempo no corpo humano (Homem Velho, 2007), o artista cria um vocabulário visual e iconográfico que manipula ge-neticamente a identidade humana, traduzindo em códi-gos visuais a inevitável condição de viver no mundo de hoje, com problemas e vantagens inerentes ao processo de massificação da cultura, do pensamento e da lingua-gem. Por isso, ainda que isolados, todos parecem sair do mesmo lugar, a aparência caricata das figuras desmen-te a tendência à divisão de classes. Reportando-nos ao ambiente doméstico, o artista apresenta o espaço qua-se-vazio/quase-cheio com neutralidade suficiente para nele abarcar uma quantidade considerável de indivíduos. Em conformidade com a realidade corpórea, psíquica ou residencial-arquitetônica, uma coisa sendo a extensão da outra, assim como afirma A Casa é o Corpo (1968), obra magistral de Lygia Clark, os espaços de O Mundo de Den-tro evocam crise e ao mesmo tempo parecem desenhar o estado de satisfação interna. Figuras dúbias, elas nos deixam sem resposta quando questionamos se são alie-nistas, alienadas ou alienantes. É que o acesso ao mundo de dentro é pessoal e intrasferível.

Daí a simplicidade no tratamen-to do interior. Com economia de ade-reços, esses lugares acabam sendo o antípoda do país das maravilhas co-mumente veiculado nos dias de hoje através de posts que mostram pesso-as quase sempre ocupadas em fazer belas viagens, em ir aos melhores programas com os melhores amigos, todos sorridentes e alegres. Seja a mo-bília, um animal, uma pequena plan-ta, uma tomada de energia elétrica ou um objeto específico, com destaque inclusive no título da obra (Interior

com Gramofone, 2011), todos esses elementos dividem o espaço da tela com um sujeito, cujo estado introspecti-vo perturba quem pretende participar de sua realidade. Com poucos sinais de acolhimento, mesmo as figuras que encaram o espectador mostram-se completamente en-volvidas em seu próprio mundo. Diante de alguns casos, o olhar provocador ou distante dessas figuras transmite deliberadamente e em tom desafiador questões do tipo “afinal, porque viestes até aqui?” ou “o que fazes aqui ainda?” É que ao invés de indivíduos, Rodrigo representa realidades. E nessa espécie de “cárcere privado”, modo como uma personagem anônima qualifica a Casa Verde, o retrato da natureza humana é atenuado com premissas existencialistas. Condenado a ser livre, o homem é res-ponsável pela invenção do homem1. A partir de sua redo-ma privada, ele é autor do que pensa e faz, responsável assim pelo que vive. “O mundo de dentro” está longe de ser pessimista. Lidando com a contradição humana, o ar-tista problematiza consensos gerais e situa sua produção no limite dos mundos mental e perceptível. Apostando todas as suas fichas na representação de personagens “geneticamente modificadas”, Rodrigo Cunha utiliza-se de situações de confinamento para evocar a ambivalên-cia de suas intimistas cenas de gênero.

Josué Mattos 1 Jean Paul Sartre, L’existentialisme est un humanisme. Paris: Nagel, 1970

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Dr. Simão Bacamarte, the protagonist in Machado de Assis’ short story O Alienista (1881), is presented by the author as a noble, well-read figure coming from the kingdom to the colony with the intention of caring for his patients’ “soul health”, whereby he qualifies his trade as a physician of mental illness. This notorious figure arrives in Itaguaí against the will of the king, who had left him in Portugal “ruling the university or expediting the monarchy’s business.” At the Casa Verde – where he will practise for the time life has reserved for him in this position – he finds the means to apply his research, all still somewhat unexplored in the colony. The author acutely shapes this character into human contradiction itself: after examining everyone in the region and defining his criteria of normality and dementia, the doctor decides to hospitalise a large proportion of the Itaguaí population, including neighbours, friends and even his own wife. However, it does not take long for him to realise his own dementia and, abiding to the scientific values that he champions, he decides to discharge everyone and admit himself to the Casa Verde. “The question is scientific,” he said, “this is a new doctrine, the first example of which is myself. I reconcile within myself theory and practice.”

The profile of Machado’s character, at once alienist, alienated and alienator, is a way in to O Mundo de Dentro [The World Within] by Rodrigo Cunha. Opting for this alternative, it is worth indicating a few points in his work that draw him closer to the setting of Simão Bacamarte: in, at first sight, sober spaces, the paintings seem to prefigure the gap in the relation between those diagnosed as “demented” and their preceptors, susceptible to guiding them while striving to contemplate their own existence. The fact is that in the lassitude that passes while awaiting plausible responses, both Simão Bacamarte’s so-called demented patients and some of the figures that feature in Rodrigo Cunha’s paintings, all involved in situations of psychological instability and isolation, paradoxically continue to wait for pseudoalienists with formulae capable of solving

problems of distinct kinds. This is what Paul McCarthy defines as “the loss of awareness of being alive, the loss of authentic perception of existence”. In Soprando Tuba [Blowing Tuba] (2011), one of the few works in which silence loses its place in the artist’s production, a man appears to blow the instrument with grief. Instead of harmony, he evokes screaming; noise resulting from a state of discomfort in the face of the reality he has constructed.

The exhibition deals with intimate space with the same estrangement with which we face the unlikely, the insipid or the unknown. This is because we have not been trained to look inward. We externalise our sensations, naming them; we’re required to take sides, to analyse, synthesise and perceive the world through our limited senses. We require of them better performance or include tools in the body, with which we are able to fight against the process of deterioration of our sensory faculties. But we almost never contemplate the world within, the universe that we carry. Consequently, upon each situation of introspection imposed by the passage of time, or resulting from unforeseen circumstances, the confrontation with our internal structure causes the resurgence of a tangle of complexity and we find ourselves drawn toward finding someone who can give us quick answers, adapted to our frenetic pace of life. Thus, the Bacamarte doctors emerge, promising to care for the “health of the soul” without first assessing the sanity of their own. A Doutora [The Doctor] (2007) is one such case. Her trade would be hard to identify if it weren’t for the title of the work and her clothing. The room she inhabits, somber and scarcely furnished, resembles the situation in which Simão Bacamarte found himself in his last days in the Casa Verde: on a lonesome search to resolve problems over which he seems to have complete control.

In each painting there is a small matter enclosed in the title: Homem no Estúdio [Man in Studio], Mulher de Traje Azul [Woman Dressed in Blue], Senhora com

The World Within

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Cãozinho Peludo [Lady with Furry Dog], Homem com Máquina [Man with Machine], Senhora com Chapéu [Lady with Hat], Homem com Criança nos Braços [Man with Child in Arms], Homem em Cadeira Reclinada [Man in Reclining Chair], Jovem com Meias Rosas [Youth Wearing Pink Socks]. Generics, variants of the same theme, each title hides an inquisitive tone that builds a unique mental landscape in the artist’s entire oeuvre. While suggesting anodyne actions (Homens com as Mãos no Bolso [Men with Hands in Pocket], 2010), impending losses, slow or inexistent movements, frontality between the spectator and represented figure, registering the passage of time in the human body (Homem Velho [Old Man], 2007), the artist creates a visual and iconographic vocabulary that genetically manipulates the human identity, translating into visual codes the inevitable condition of living in today’s world, with the problems and advantages inherent to the processes of mass culture, thought and language. That is why, although isolated, they all seem to come from the same place, the caricature appearance of the figures belies the tendency toward class division. Referring us to the domestic environment, the artist presents the almost-empty/almost-full space with sufficient neutrality for it to shelter a considerable number of individuals. In keeping with the corporeal, psychic or residential-architectural reality, one being the extension of the other, as Lygia Clark’s masterpiece A Casa é o Corpo [The House is the Body] (1968) asserts, the spaces of O Mundo de Dentro bring to mind crisis and, meanwhile, seem to sketch the state of inner satisfaction. Dubious figures; they leave us without any answer when we ask if they are alienists, alienated or alienators. It’s that access to the world within is personal and untransferable.

Thus the simplicity in addressing the interior. With just a few props, these places end up representing the antipode to the wonderland commonly conveyed nowadays in posts showing people as being almost always busy jetting off on beautiful trips, going out to the best places in town with the best friends, all grinning

and happy. Be it the furniture, an animal, a small plant, an electric socket or a specific object, even with special mention in the title (Interior com Gramofone [Interior with Gramophone], 2011), all these elements divide the space of the canvas with one subject, whose introspective state disturbs those who intend to participate in his reality. With very few signs of reception, even the figures that face the spectator look completely involved in their own world. Before such cases, the provocative or distant look of these figures deliberately and defiantly transmits matters like “why did you come here anyway?” or “what are you still doing here?” Instead of individuals, Rodrigo represents realities. And in this kind of “private prison”, which is how one anonymous character qualifies the Casa Verde, the portrait of human nature is attenuated with existentialist premises. Condemned to being free, man is responsible for the invention of man1. From his private dome, he is the author of what he thinks and does, thus responsible for what he lives. “The world within” is far from being pessimistic. Dealing with human contradiction, the artist critically questions general consensuses and situates his work at the edge of the mental and perceptible worlds. Putting all his faith in the representation of “genetically modified” characters, Rodrigo Cunha makes use of situations of confinement to evoke the ambiguity of his intimate genre scenes.

Josué Mattos Translated by Ben Kohn

1 Jean Paul Sartre, L’existentialisme est un humanisme. Paris: Nagel, 1970

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Rodrigo CunhaFlorianópolis, Brasil [Brazil], 1976Vive e trabalha em [lives and works in] Florianópolis, Brasil [Brazil]

Formação [Education]2002 •Pintura e Gravura [Painting and Printing]. Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil [Brazil]

Exposições Individuais [Solo Exhibitions]2009 •Galeria Múltipla de Arte, São Paulo, Brasil [Brazil]2008 •Diálogos com Desterro. Museu Vitor Meirelles, Florianópolis, Brasil [Brazil] •Espaço Cultural Badesc, Florianópolis, Brasil [Brazil]2006 •Museu de Arte de Blumenau, Brasil [Brazil]2005 •Galeria de Arte da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil [Brazil] •Galeria Municipal de Florianópolis, Brasil [Brazil]2004 •Exuberante Passividade. SESC Santa Catarina, Brasil [Brazil]2003 •Exuberante Passividade. Museu de Arte de Santa Catarina, Brasil [Brazil] •Casa de Cultura Dide Brandão, Itajaí, Brasil [Brazil]2002 •Galeria de Arte da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil [Brazil]1999 •Centro Cultural Bento Silvério, Florianópolis, Brasil [Brazil]

Exposições Coletivas [Group Exhibitions]2011 •Como o Tempo Passa Quando a Gente se Diverte. Casa Triângulo, São Paulo, Brasil [Brazil]2009 •Artistas Brasileiros: Novos Talentos. Salão Branco do Congresso Nacional, Brasília, Brasil [Brazil]2008 •Caminhos da Pintura Contemporânea e a Figuração. Galeria Floripa Loft, Florianópolis, Brasil [Brazil]2007 •Pretexto. SESC Florianópolis, Brasil [Brazil] •Rótulos. Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil [Brazil] •Espaço Cultural Arquipélago, Florianópolis, Brasil [Brazil]2006 •Galeria de Arte Contemporânea Ybakatu, Curitiba, Brasil [Brazil]2005 •Rumos Artes Visuais. Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil [Brazil]2004 •Acervo do MASC: Pintura Segundo a Seqüência do Alfabeto. Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil [Brazil]2001 •Salão dos Novos Valores da Fundação Franklin Cascaes. Florianópolis, Brasil [Brazil] •X Salão Municipal de Joinville, Brasil [Brazil]

Coleções Públicas [Public Collections]•Fundação Cultural Badesc, Florianópolis, Brasil [Brazil]•Galeria de Arte da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil [Brazil]•Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil [Brazil]•SESC Santa Catarina, Brasil [Brazil]

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Jovem com Cães Aninhados, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]100 x 100 cm [39.3 x 39.3 in]

Senhor com Gato Bicolor, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]

150 x 150 cm [59 x 59 in]

Colecionador de Paisagens, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]

70 x 60 cm [27.5 x 23.6 in]

Cativo, 2012óleo sobre tela [oil on canvas]150 x 140 cm [59 x 55.1 in]

Homem com Criança nos Braços, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]140 x 113 cm [55.1 x 44.4 in]

Senhora com Cãozinho Peludo, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]

150 x 150 cm [59 x 59 in]

Interior com Dois Jovens Abraçados, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]140 x 112 cm [55.1 x 44 in]

Interior com Viandas, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]

140 x 112 cm [55.1 x 44 in]coleção particular [private collection]

Duas Figuras com Traje de Festa, 2010óleo sobre tela [oil on canvas]

30 x 77 cm [35.4 x 30.3 in]

Jéssica Rose, a Dona do Coelho, 2011/2012óleo sobre tela [oil on canvas]140 x 132 cm [55.1 x 51.9 in]

Interior com Plantas Invadindo, 2012óleo sobre tela [oil on canvas]109 x 100 cm [42.9 x 39.3 in]

Homem em Cadeira Reclinada, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]100 x 100 cm [39.3 x 39.3 in]

coleção particular [private collection]

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Soprando Tuba, 2011óleo sobre tela [oil on canvas]100 x 100 cm [39.3 x 39.3 in]

coleção particular [private collection]

Realização I Accomplished by

Impressão I Printed by

Projeto Gráfico l Graphic Design

Fotos | Photos byGuilherme Gomes

© abril 2012

Interior com Gramofone, 2010/2011óleo sobre tela [oil on canvas]70 x 55,5 cm [27.5 x 21.8 in]

coleção particular [private collection]

Interior com Pessoa Saindo, 2010óleo sobre tela [oil on canvas]

140 x 112 cm [55.1 x 44 in]coleção particular [private collection]

Refresco, 2011/2012óleo sobre tela [oil on canvas]100 x 100 cm [39.3 x 39.3 in]

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