ROTA 2030 – Mobilidade e Logística Proposta de Programa Prioritário

PROGRAMA A3

Alavancagem de Alianças para o setor Automotivo

SENAI – Departamento Nacional

Brasília, 30 de abril de 2019

1

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO 1. Termo de Referência ...................................................................................................................... 2

2. Instituição Proponente .................................................................................................................. 4

2.1. Experiência do SENAI na área de atuação do programa proposto ............................................. 5

Educação Profissional ............................................................................................................................ 5

Edital de Inovação para a Indústria..................................................................................................... 6

Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia ........................................................................................ 8

2.2. Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação .................................................................... 9

2.3. Metodologia de Gerenciamento de Projetos ........................................................................... 10

2.4. Processos Administrativos e de Suporte .................................................................................. 12

Estrutura Jurídica ................................................................................................................................. 12

Estrutura Administrativa e Financeira ................................................................................................. 12

2.5. Gestão da Propriedade Intelectual ........................................................................................... 14

3. Proposta de Programa Prioritário ................................................................................................ 15

3.1. Objetivos do Programa ............................................................................................................. 15

3.2. Metodologia da Proposta ......................................................................................................... 16

Master in Business Innovation ............................................................................................................. 17

Avaliação de Maturidade e Prontidão 4.0 da Cadeia .......................................................................... 19

Lean ...................................................................................................................................................... 20

Digitalização ......................................................................................................................................... 20

Empreendedorismo Industrial para a Cadeia ...................................................................................... 22

Foresight: Futuro da Cadeia Automotiva ............................................................................................. 22

3.3. Alavancagem de recursos e contrapartidas .............................................................................. 25

3.4. Atratividade do Programa e Impacto Social, Econômico e Tecnológico .................................. 25

3.5. Integração do Ecossistema de Inovação ................................................................................... 26

Integração entre Programas Prioritários: BNDES, EMBRAPII e SENAI ................................................. 27

4. Plano de Execução ....................................................................................................................... 28

4.1. Resultados esperados ............................................................................................................... 28

4.2. Indicadores e Metas do Programa ............................................................................................ 29

4.3. Cronograma físico-financeiro.................................................................................................... 30

2

1.1.1.1. Termo de ReferênciaTermo de ReferênciaTermo de ReferênciaTermo de Referência

INSTITUIÇÃO PROPONENTE (COORDENADORA)

Nome: SENAI

CNPJ: 33.564.543/0001-90

Nome Empresarial: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Natureza Jurídica (nos termos do art.7º, III): ICT / Serviço Social Autônomo

Endereço: Edifício Roberto Simonsen SBN, Quadra 01, Bloco C, Asa Norte

Cidade: Brasília

Estado: DF

CEP: 70.040-903

Pessoa de contato: Gustavo Leal Sales Filho

Telefone: 61 3317-8303

E-mail: gfilho@senaicni.com.br

PROGRAMA PRIORITÁRIO

Nome do Programa: Alavancagens de Alianças para o setor Automotivo

Captação Pretendida (R$): 40 milhões

Público Alvo: cadeia de produção do setor automotivo Dados

Bancários para depósito:

Nome do Banco: Banco do Brasil

Código do Banco: 001

Prazo de Vigência: 1 ano – captação de recursos + 3 anos – empenho e execução

Agência: 3307-3

Conta Corrente Específica: 6.617-6

Objetivo Geral: Fomentar a criação de um ambiente e de ações que promovam o (I) incremento de produtividade da cadeia e, por conseguinte, ampliem a (II) automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada, por meio de ferramentas comprovadas e de alto impacto para incentivar a criação e evolução de ALIANÇAS para o setor automotivo.

Objetivo Específico:

• Ampliar a produtividade da cadeia e do setor automotivo;

• Desmistificar e aplicar os conceitos de Produtividade, Digitalização e Indústria 4.0 para a cadeia de valor do setor Automotivo;

• Aumentar o grau de internalização de conhecimento, por parte das empresas da cadeira, por meio de desenvolvimento de mentores e “mentees”;

• Alavancar a produtividade por meio de provas de conceito, especialmente pela parceria com empresas Startups.

3

Linhas de Atuação: (em referência ao artigo 9º, da Portaria GM/MECON 86/2019) I - Incremento da produtividade da cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas; II - Automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas; III - Aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas;

Plano de Execução (apresentar metodologia de intervenção e cronograma): Parte integrante deste documento, referenciar o Capítulo 3 – Proposta de Programa Prioritário e Capítulo 4 – Plano de Execução

Resultados Esperados: • Aumentar a produtividade do setor; • Elevar o investimento privado em inovação; • Desenvolver cultura / ambiente de projetos colaborativos na cadeia; • Gerar mais benefícios que o incentivo.

Metas e Indicadores de Acompanhamento: INDICADOR / META GLOBAL Número de Alianças Constituídas: 4 INDICADORES / METAS DAS AÇÕES 1.1 Master in Business Innovation - Empresas Participantes: 10 1.1 Master in Business Innovation - Pessoas Formadas: 50 1.1 Master in Business Innovation - Pessoas Impactadas Diretamente: 500 2.1 Avaliação de Maturidade e Prontidão 4.0 da Cadeia - Número de Avaliações Aplicadas: 100 2.2. Lean (Gestão e Produtividade) ou 2.3 Digitalização: 50 3.1 Empreendedorismo Industrial - Número de Chamadas do Edital: 5 3.1 Empreendedorismo Industrial - Startups / EBT envolvidas: 50

Contrapartidas da Coordenadora: • Contrapartida do SENAI: 7,5% do valor aportado na PPP; • Alavancagem de recursos privados: 75 % do valor aportado na PPP (ou equivalente a 100% do

valor utilizado pelo programa nos projetos de Empreendedorismo Industrial); • Foresight: Futuro da Cadeia Automotiva

4

2.2.2.2. Instituição ProponenteInstituição ProponenteInstituição ProponenteInstituição Proponente O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) foi criado em janeiro de 1942 com a missão de formar profissionais para a incipiente indústria nacional. Ficou instituído em seu decreto de criação que a nova instituição de educação profissional seria mantida com recursos dos empresários e administrada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Há 76 anos reconhecido como o principal parceiro da indústria brasileira, o SENAI configura uma importante referência mundial em educação profissional, representando atualmente um dos cinco maiores complexos do mundo e o maior da América Latina. Constitui também um bem-sucedido modelo de iniciativa para a difusão de tecnologia e inovação para a indústria, contribuindo, desse modo, para a necessária elevação da competitividade do setor. No ano de 2012, o SENAI lançou o Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira com o objetivo de estimular a inovação e o desenvolvimento tecnológico da indústria, além de elevar a oferta de educação profissional no país, tanto em quantidade quanto em qualidade. Para este programa, criado em estreita sinergia com o Mapa Estratégico da Indústria 2013-20221 e com as agendas de políticas públicas da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) ambos da CNI, estão sendo investidos cerca de R$ 3 bilhões de reais em três frentes estratégicas: criação dos Institutos SENAI de Tecnologia, dos Institutos SENAI de Inovação e ampliação da rede de Centros de Formação Profissional. Estas iniciativas, ligadas diretamente ao direcionamento estratégico da instituição, comprovam que para o SENAI, o apoio a competitividade industrial é tema prioritário em sua atuação e fruto de grandes investimentos em infraestrutura voltados a capacitação profissional, prestação de serviços tecnológicos e de inovação, que podemos chamar de aspectos tangíveis a competência da instituição, bem como contínua fonte de busca por informações e conhecimentos com vistas ao desenvolvimento de competências internas de pessoas e processos nestas temáticas que, neste caso, são relacionados aos ativos intangíveis e de maior valor da instituição. Os Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia foram criados com o objetivo principal de aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, com a criação de soluções inovadoras para a indústria de grande, médio e pequeno porte. O atendimento dos institutos abrange todo o território nacional, focando no suporte para inovação de empresas de base tecnológica. Esses institutos conseguem operacionalizar o conceito clássico da Hélice Tríplice, promovendo contínua interação entre a indústria, empreendedores, universidades, institutos de pesquisa e fontes de capital, em suas diversas formas. O resultado destas iniciativas é a aceleração do fluxo de conhecimento científico e tecnológico orientado a resultados efetivos para o segmento industrial. De forma análoga, podemos dizer que o SENAI executa projetos de inovação de interesse das empresas dos diversos segmentos industriais de “ponta a ponta”, diminuindo os riscos tecnológicos associados a projetos desta natureza que, em geral, são caracterizados por serem de alta complexidade e demandarem execução de testes laboratoriais, de prototipagem e elaboração de lotes pioneiros.

1 Confederação Nacional da Indústria. Mapa estratégico da indústria 2013-2022. – Brasília: CNI, 2013.

5

Reforçamos, portanto, o aspecto inequívoco tanto da expertise do capital social do SENAI, formado por profissionais com competência técnica em execução de projetos de inovação e prestação de serviços tecnológicos de diversas naturezas e complexidades como a integração de tecnologias a produtos, processos e serviços de empresas do segmento industrial, quanto da sua robusta infraestrutura e capilaridade.

2.1.2.1.2.1.2.1. Experiência Experiência Experiência Experiência do SENAI do SENAI do SENAI do SENAI na área de atuação do programa propostona área de atuação do programa propostona área de atuação do programa propostona área de atuação do programa proposto O SENAI tem reconhecida competência técnica em uma grande amplitude de especialidades e está presente em todos os estados da federação. Essa capilaridade e competência reconhecida do SENAI são fatores fundamentais que reforçam a capacidade do SENAI como entidade propositora coordenadora de programas prioritários nos termos do Decreto nº 9.577/2018. Entende-se as premissas preconizadas pelo Conselho Gestor dos Projetos e Programas Prioritários do Programa Rota 2030 já se fazem parte dos objetivos estratégicos do SENAI como pretende-se demonstrar no histórico de ações abaixo destacado.

Educação ProfissionalEducação ProfissionalEducação ProfissionalEducação Profissional

O SENAI é o maior complexo privado de educação profissional e serviços tecnológicos da América Latina. Presente em 2.700 municípios brasileiros oferece cursos em todos os níveis da educação profissional e tecnológica em 28 áreas industriais. Desde que foi criado, há 76 anos, já formou mais de 73 milhões de trabalhadores para 28 áreas da indústria brasileira desde a iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica. Esse resultado só foi possível porque o SENAI aposta em formatos educacionais diferenciados e inovadores, que vão além do tradicional modelo de educação presencial, em suas 580 unidades fixas e 449 unidades móveis, presentes em todo o Brasil. Além de nove escolas de formação no exterior: na Guatemala, no Peru, em Guiné Bissau, no Paraguai, em Cabo Verde, na Jamaica, em São Tomé e Príncipe, em Angola e no Timor Leste. Com a qualidade de sua educação reconhecida por organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), o SENAI utiliza ainda novas tecnologias didáticas para enriquecer a prática pedagógica, além de promover estímulos à criatividade e à inovação em escolas de todo o país. Desde 2009, o Programa SENAI de Tecnologias Educacionais investe em novas ferramentas que despertam o interesse dos alunos e o aprendizado de forma lúdica, que reforçam o conceito de “aprender fazendo” com os estudantes assumindo papel de protagonistas. Além das competências técnicas previstas na formação, é cada vez mais importante criar ambientes e situações para que se desenvolva também as habilidades socioemocionais – aquelas que abrangem questões de relacionamento, gerenciamento de conflitos e criatividade, por exemplo. A instituição tem também investido fortemente em Educação a Distância (EaD). Já oferece mais de 90 cursos em diversos setores industriais. De olho no futuro, o SENAI também busca oferecer educação profissional conectada com as tendências do mercado de trabalho. A exemplo disso, em 2017, foram lançados novos cursos voltados para a Indústria 4.0. Os estudantes do SENAI são formados para trabalhar tanto com a tecnologia disponível no momento quanto naquelas que irão se inserir no mercado brasileiro nos próximos 5 a 10 anos. Metodologia utilizada para prever as

6

profissões, o perfil e as habilidades dos profissionais do futuro já foi transferida a instituições de educação profissional e autoridades públicas de mais de 20 países na América do Sul e no Caribe.

Edital de Inovação para a IndústriaEdital de Inovação para a IndústriaEdital de Inovação para a IndústriaEdital de Inovação para a Indústria

O Edital de Inovação para a Indústria é uma iniciativa que apoia o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços inovadores por empresas industriais de diferentes tamanhos e setores, através do repasse de incentivos financeiros não-reembolsáveis, de apoio técnico e da concessão de bolsas para pesquisadores. O Edital surgiu em 2004, por iniciativa do Departamento Nacional do SENAI que é o responsável pela gestão financeira, administração da carteira de projetos e operacionalização das chamadas. Trata-se de uma importante ferramenta de apoio à inovação industrial no Brasil. Este apoio se configura em uma atuação sistêmica: há disponibilização de recursos financeiros, moderna infraestrutura de pesquisa, competências técnicas e de gestão de projeto a empresas brasileiras de diferentes tamanhos e diferentes origens setoriais. Diferentemente de outros mecanismos existentes no Brasil, o Edital de Inovação para a Indústria possui estabilidade de recursos, regularidade dos seus editais e cobertura nacional. Recente estudo do IPEA2 destaca o Edital como um dos mais importantes programas não-governamentais de apoio ao ecossistema de inovação no Brasil. Para além do suporte financeiro aos projetos, o Edital estimula a interação entre empresas e instituições de ciência e tecnologia (ICTs), como os Institutos SENAI e universidades. O Edital é um instrumento importante para impulsionar a transformação de conhecimento em novos produtos e serviços com foco em aplicação industrial, tanto quanto oferece as ICTs a oportunidade de conhecerem os problemas da indústria e com eles atualizarem as suas agendas de pesquisa científica e tecnológica. Frequentemente as ICTs dispõem de competências e de infraestrutura de P,D&I à qual as empresas, especialmente as pequenas e micro, não tem acesso.

Figura 1. Histórico de operação do Edital de Inovação da Indústria.

2 Políticas de apoio à inovação tecnológica no Brasil: avanços recentes, limitações e propostas de ações / organizadores: Lenita Maria Turchi, José Mauro de Morais. – Brasília: IPEA, 2017

7

A Figura 1 mostra o histórico de operação ano a ano do Edital desde o seu lançamento, os valores apresentados são acumulativos de número de projetos e valor total de recursos mobilizados em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I). Observa-se, a partir de 2017, um forte crescimento dos recursos disponíveis; que se deve ao aporte de R$ 20 milhões do SEBRAE destinado ao apoio à inovação em micro e pequenas empresas. Os números de 2018 ainda são parciais, vez que a edição 2018 encerra-se em junho/2019, foi empenhado até o momento 41% dos recursos disponíveis. Cita-se também outras parcerias estabelecidas pelo Departamento Nacional do SENAI no âmbito do Edital que demonstram a capacidade da plataforma:

• Em 2015, parceria com Innovate UK no valor de R$ 15 milhões para desenvolvimento de chamada bilateral com instituições do Reino Unido;

• Em 2016, parceria com Vinnova no valor de R$ 1 milhão para desenvolvimento de chamada bilateral com instituições da Suécia;

• Em 2018, parceria com BNDES no valor de R$ 5 milhões para desenvolvimento de chamada para a constituição de Testbeds de IoT (Internet of Things – Internet das Coisas) para a Indústria.

Outra característica importante do Edital é a capacidade de alavancagem de recursos das empresas parceiras investidos diretamente no programa, conseguindo, portanto, ampliar o impacto do programa além dos recursos compulsórios. A Figura 2 traz o histórico de alavancagem de recursos conseguido pelo Edital ao longo de seus 15 anos de operação.

Figura 2. Histórico de alavancagem de recursos externos pelo Edital de Inovação da Indústria.

No total, R$ 60 milhões em aportes foram disponibilizados em 2018 por meio de recursos próprios e parcerias operadas pelo Edital. O recurso aportado é de caráter não-reembolsável e destina-se à fase de desenvolvimento dos projetos, custeando prioritariamente horas técnicas, matéria prima e insumos. Os projetos em sua maioria são voltados à construção de tecnologias nacionais que são alternativas a tecnologias que hoje são importadas. Isto reforça a importância do Edital para o desenvolvimento da indústria nacional.

8

Institutos SENAI de Inovação e TecnologiaInstitutos SENAI de Inovação e TecnologiaInstitutos SENAI de Inovação e TecnologiaInstitutos SENAI de Inovação e Tecnologia

Ao todo, 84 institutos de inovação e tecnologia do SENAI espalhados por todo o país dão apoio à execução dos projetos, por meio de pesquisa aplicada – o emprego do conhecimento acadêmico de forma prática – no desenvolvimento de novos produtos e processos, com foco no aumento da produtividade industrial. Os institutos SENAI são reconhecidos como ICT privada nos termos do inciso V do art. 2 º do Decreto nº 9.283/18 (Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação). INSTITUTOS SENAI DE INOVAÇÃO O Instituto SENAI de Inovação (ISI) é uma unidade operacional do SENAI especializada em áreas de conhecimento transversais. Possuem estrutura física moderna, orientada a serviços avançados para apoio ao desenvolvimento de processos e produtos inovadores focada em demandas do setor industrial, como:

• Transferência de tecnologia;

• Serviços tecnológicos de alta complexidade e alto valor agregado;

• Suporte laboratorial para desenvolvimento de protótipos;

• Pesquisa aplicada e desenvolvimento de novos produtos, processos e tecnologias. Seguem alguns números relativos aos Institutos SENAI de Inovação:

• 26 Institutos SENAI de Inovação;

• 626 projetos, totalizando um valor contratado de R$ 705,7 milhões em projetos de P&D&I (números acumulados desde 2012);

• 301 projetos ativos em 2018 com um total de R$ 466,6 milhões;

• Corpo técnico qualificado composto por 493 profissionais, sendo 48% mestres e doutores;

Figura 3. Histórico (acumulado) da carteira de projetos dos ISI.

INSTITUTOS SENAI DE TECNOLOGIA Os Institutos SENAI de Tecnologia são unidades com estrutura física e de capacitação profissional dedicadas na aplicação de tecnologias existentes para o desenvolvimento de serviços relevantes ao setor industrial brasileiro. Os atendimentos englobam as áreas de:

• Consultoria em processos produtivos de especialização setorial do instituto;

9

• Serviços técnicos especializados (prototipagem, por exemplo);

• Metrologia (ensaios, testes, calibrações, processos). Seguem alguns números relativos aos Institutos SENAI de Tecnologia:

• 58 Institutos SENAI de Tecnologia;

• Receita em 2018 superou R$ 170 milhões;

• Mais de 100 mil atendimentos à 15 mil empresas em todo país;

• Corpo técnico com mais de 1.000 técnicos e especialistas.

Figura 4. Histórico de receita em serviços dos Institutos SENAI de Tecnologia.

2.2.2.2.2.2.2.2. GGGGestão destão destão destão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovaçãoa Pesquisa, Desenvolvimento e Inovaçãoa Pesquisa, Desenvolvimento e Inovaçãoa Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação O sistema de gestão da P,D&I utilizado pelos SENAI e seus institutos foi criado em 2014, pelo Departamento Nacional do SENAI e com apoio de consultoria da Sociedade Fraunhofer (maior rede de pesquisa aplicada da Europa com mais de 70 anos de experiência). Trata-se de um conjunto de procedimentos, rotinas e instruções que objetivam assegurar a operação e controle eficaz dos processos de inovação, utilização eficiente de recursos e foco nas necessidades, expectativas e requisitos das partes interessadas, bem como atingir os resultados planejados e a melhoria contínua dos processos. A Figura 5 representa o modelo de gestão de inovação adotado no SENAI.

Figura 5. Modelo de gestão padrão adotados pelos Institutos SENAI.

10

Além dos Processos de Agregação de Valor: marketing & vendas, execução de projetos de P,D&I e gestão de projetos. Destacamos os Processos Administrativos e de Suporte, fundamentais para o sucesso do negócio, no SENAI estes processos englobam atividades de: relacionamento com mercado; suporte jurídico; importação e compras; recursos humanos; orçamentação; gestão administrativa e prestação de contas.

2.3.2.3.2.3.2.3. Metodologia de Gerenciamento de ProjetosMetodologia de Gerenciamento de ProjetosMetodologia de Gerenciamento de ProjetosMetodologia de Gerenciamento de Projetos A metodologia de gestão de projetos adotada no SENAI é baseada em metodologias difundidas pelo PMI (Project Management Institute) e também por elementos da metodologia ágil. No SENAI esta atividade é realizada pelo Escritório de Projetos (PMO), que tem como função promover as boas práticas de Gerenciamento de Projetos servindo de fonte de consulta e esclarecimento de dúvidas para os gestores de projetos. Para tanto fez-se necessário o estabelecimento prévio de uma metodologia de gestão de projetos que normalize todas as ações desenvolvidas pelos gestores na implementação de seus projetos.

Figura 6. Principais atividades de gestão no ciclo de vida de projetos3.

O ciclo de vida do projeto é definido por meio de uma série de fases pelas quais um projeto passa, desde a sua negociação, início e até à sua conclusão. Estas fases do projeto são chamadas aqui de macroetapas do fluxo de valor e foram padronizadas no SENAI, Figura 6. Com isto, é possível para o Departamento Nacional realizar acompanhamento de projetos e portfólio pelo ciclo de vida,

3 Escritórios de Gerenciamento de Projetos: Guia de Referência para Implantação e Operação. – Brasília: SENAI – Departamento Nacional, 2019.

11

independente da metodologia de gestão adotada pelo instituto executor do projeto (metodologias clássicas ou princípios ágeis de gestão de projetos). Iniciação & Planejamento A primeira fase de gerenciamento de projetos, que representa início efetivo do projeto, através da sua formalização, com definição de objetivos e detalhamento do escopo de atividades. A entrega final desta fase é o documento denominado Termo de Abertura de Projeto. Durante a etapa de Planejamento são definidos os marcos de entrega, os recursos necessários para o alcance dos objetivos, as responsabilidades pelas entregas assim como os riscos que permeiam a execução do projeto. Trata-se de uma das fases mais importantes do gerenciamento do projeto, formalizado pelo documento Plano de Gerenciamento de Projeto. Execução, Monitoramento e Controle Consiste nos processos realizados para concluir o trabalho definido na fase de planejamento, de forma a cumprir as especificações do projeto. Nesta fase deve ser realizado o gerenciamento de pessoas e recursos assim como integração e execução das atividades do projeto, em conformidade com o Plano de Gerenciamento do mesmo. Durante a execução do projeto, deve ser previsto realizar o monitoramento da satisfação do cliente com processo estruturado, com envolvimento do setor de Qualidade. Nessa fase acontece o monitoramento e controle físico e financeiro do projeto. A metodologia de gerenciamento de projetos deve prever um calendário com reuniões fixas para realizar o acompanhamento e monitoramento dos projetos do portfólio. Encerramento e Entregas Na etapa de encerramento do projeto, deve-se realizar a prestação de contas, compatibilizar o registro de lições aprendidas e realizar a reunião de encerramento. Nessa fase também deve-se coletar a assinatura do cliente no Termo de Encerramento do Projeto. Esse documento irá oficializar o encerramento do projeto na instituição e permitirá que seja realizada a pesquisa de satisfação final do projeto junto ao cliente. Neste contexto, a atuação do PMO garante melhores resultados no gerenciamento dos projetos, agregando valor à sua execução por meio de:

• Redução do ciclo de vida dos projetos; • Gestão do portfólio; • Desenvolvimento e manutenção de um “painel de controle” de alto nível; • Acompanhamento e reporte do progresso dos projetos; • Apoio aos gestores de projetos; • Apoio às equipes técnicas e pesquisadores; • Disponibilização e manutenção de metodologia e ferramentas; • Capacitação dos profissionais em gerenciamento de projetos; • Gestão do conhecimento da organização e das lições aprendidas.

12

2.4.2.4.2.4.2.4. Processos Administrativos e de SuporteProcessos Administrativos e de SuporteProcessos Administrativos e de SuporteProcessos Administrativos e de Suporte

Estrutura JurídicaEstrutura JurídicaEstrutura JurídicaEstrutura Jurídica

O SENAI conta com estrutura jurídica própria, disponível tanto no Departamento Nacional quanto nos institutos para apoio a assuntos relacionados ao desenvolvimento das atividades que envolvam questões legais. Dentre as principais atividades de apoio ao negócio destacamos:

• Elaboração de contratos, prevendo problemas e riscos do negócio;

• Definição de requisitos e procedimentos de compras, de acordo as especificidades do recurso financeiro;

• Padronização ou customização de questões de confidencialidade e sigilo; e de propriedade intelectual.

Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura Administrativa e Administrativa e Administrativa e Administrativa e FinanceiraFinanceiraFinanceiraFinanceira

Trata-se da estrutura existente no Departamento Nacional do SENAI, para coordenação da PPP, e nos institutos SENAI para os processos de apoio à execução de projetos (importação e compras, alocação de recursos humanos, orçamentação, gestão administrativa e prestação de contas). Bem como, aprimoramento contínuo dos processos, atualização de políticas, disseminação da legislação vigente e controle. Todos os processos da gestão financeira e administrativa são executados via SGF – Sistema de Gestão Financeira – que se trata de sistema para cadastro e monitoramento de contratos e projetos que atendam políticas específicas de apoio financeiro. Cabe ressaltar que o SENAI, mesmo não integrando a administração pública direta ou indireta, presta contas ao TCU (inciso V, do Art. 5º da Lei 8.443, de 16 de julho de 1992). Portanto, os processos utilizados são amplamente testados e aceitos pelos órgãos de controle. Destaca-se as principais funções administrativa / financeira no âmbito do Programa proposto: Cadastramento de Projetos Os dados inseridos no sistema devem estar de acordo com as informações contidas no Plano de Projeto aprovado com a devida documentação obrigatória. O Departamento Nacional do SENAI pode solicitar a documentação original em meio físico para fins de auditoria, por isso, é de responsabilidade do instituto executor realizar a guarda da documentação pelo período mínimo de 5 anos após a aprovação da prestação de contas do projeto e disponibilizá-la quando solicitado. Análise crítica do cronograma físico-financeiro O Departamento Nacional do SENAI, por intermédio de sua equipe técnica, conduzirá uma análise do cronograma físico-financeiro dos projetos específicos para sugerir, quando necessário, uma revisão deste cronograma, buscando única e exclusivamente o aumento de probabilidade de sucesso. Caso sejam identificados erros de cadastramento e revisões a serem realizadas, os ajustes devem ser efetivados durante o período de cadastramento do projeto.

13

Homologação de Projetos A homologação dos projetos específicos dentro do Programa será feita pelo Departamento Nacional do SENAI, formalizada por meio de carta enviada ao instituto executor após o cadastramento completo do projeto no SGF, análise e ajustes, de acordo com o cronograma estabelecido para a fase de contratação (15 dias). Caso os requisitos não sejam cumpridos, os projetos serão classificados como desistentes, não podendo, portanto, iniciar suas atividades. Repasse de Recursos Os repasses dos recursos financeiros serão realizados conforme o cronograma estabelecido no SGF e de acordo com os “Procedimentos de Apoio Financeiro das Entidades Nacionais SESI e SENAI” vigente. Prestação de Contas As prestações de contas de todos os envolvidos no projeto deverão ser realizadas conforme o cronograma no SGF, apresentando relatórios técnicos e demonstrativos financeiros que devem ser inseridos neste sistema, nas formas e nos prazos estabelecidos, com estrita observância à legislação vigente junto aos órgãos de controle do SENAI. A utilização do recurso referente às contrapartidas dos envolvidos deverá ser comprovada por meio de notas fiscais ou documento comprobatório legal. As declarações de prestação de contas, horas técnicas e horas máquinas deverão ser apresentadas conforme modelos vigentes disponibilizados. Gerenciamento das mudanças Toda e qualquer solicitações de alteração em projetos devem ser submetidas ao Departamento Nacional do SENAI para análise e aprovação. A submissão é feita por meio do SGF, conforme modelos vigentes disponibilizados na plataforma. São possíveis os seguintes pedidos de alteração:

1. Alteração de rubricas: submetidos dentro do prazo de vigência do projeto, para análise anteriormente à realização dos gastos.

2. Cronograma físico: solicitações de alteração de cronograma físico dentro do prazo de vigência do projeto. As solicitações serão implementadas após a análise técnica e deliberação do Departamento Nacional. Não são permitidas alterações referentes a atividades concluídas.

3. Cronograma financeiro: solicitações de alteração de cronograma financeiro (repasse e prestação de contas) dentro do prazo de vigência do projeto. As solicitações serão implementadas após a análise técnica e deliberação do Departamento Nacional.

Encerramento de Projetos Todo projeto possui o prazo de até 90 (noventa) dias, após sua data de término, para ser encerrado seguindo o fluxo de aprovação em todas as instâncias, considerando, inclusive, os prazos de ajustes. Caso o Departamento Nacional encontre qualquer incoerência/pendência nas documentações anexadas no SGF, durante este período não poderá haver desembolso (execução financeira) referente ao projeto.

14

2.5.2.5.2.5.2.5. Gestão da Propriedade Intelectual Gestão da Propriedade Intelectual Gestão da Propriedade Intelectual Gestão da Propriedade Intelectual A Propriedade Intelectual (destaque para a propriedade industrial) tem papel como indicador de desenvolvimento tecnológico das empresas e mesmo dos países. Para tanto, é necessário que exista um sistema de proteção eficiente capaz de atrair inventores/empresas com garantias de que suas invenções serão protegidas e terão retorno, tanto em âmbito financeiro, quanto ao reconhecimento pela criação. Dessa maneira, a Propriedade Intelectual representa um mecanismo de incentivo à inovação e mostra-se necessária ao desenvolvimento, tendo em vista que permite acesso ao conhecimento e difusão do mesmo, bem como remunera os responsáveis pelas invenções. A gestão da Propriedade Intelectual é realizada pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) ligados aos institutos SENAI. O modelo de gestão da PI praticado pelo SENAI pode ser ilustrado nas etapas da Figura 7, que traz do processo do negócio de P,D&I, a saber: Prospecção, Detalhamento Técnico, Execução do Projeto e Difusão da Tecnologia. Este elemento central implica que o NIT atuará para suportar desde os esforços iniciais de prospecção de projetos até as atividades finais de difusão dos resultados dos projetos. Tendo esta premissa definida deve ser observado a forma de “Funcionamento do NIT” composto por três dimensões de práticas, processos e ferramentas assim descritas:

• Processos Administrativos: que suportam toda a operação do NIT

• Práticas de PI: que traduzem os serviços rotineiros do NIT

• Ferramentas de Apoio ao Negócio: que demonstram os serviços que apoiam diretamente o fechamento de oportunidade de novos projetos

Figura 7. Modelo de operação da gestão da PI4.

4 Guia de Gestão da Propriedade Intelectual. – Brasília: SENAI – Departamento Nacional, 2018.

15

Este modelo de operação é fruto do esforço do Departamento Nacional do SENAI em homogeneizar e disseminar modelos de operação padronizados. O modelo é resultado de um Grupo de Trabalho, instituído em 2015, para debater o tema Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT. O Grupo formado por representantes de vários institutos consolidou as boas práticas, instrumentos e principalmente visou desenvolver um arcabouço de conhecimento aplicado à Pesquisa Aplicada. Este modelo visa homogeneizar o tratamento da Propriedade Intelectual no SENAI busca potencializar as semelhanças e respeitar as especificidades de cada instituto. O documento é organizado nos seguintes itens:

1. Introdução aos Conceitos de Propriedade Intelectual: breve explanação dos principais conceitos de propriedade intelectual.

2. Roteiro Comentado da Política de Propriedade Intelectual: apresentação comentada da Política de Propriedade Intelectual e atualização decorrente do novo Marco Legal.

3. Implantação do NIT SENAI de pesquisa aplicada: compilação das melhores práticas de gestão da Propriedade Intelectual e modelo SENAI de Gestão da PI.

4. Documentos de suporte à Gestão da Propriedade Intelectual: disseminação dos documentos criados pelo SENAI para uso e/ou adaptação por cada NIT em cada estado.

3.3.3.3. Proposta de Proposta de Proposta de Proposta de Programa PrioritárioPrograma PrioritárioPrograma PrioritárioPrograma Prioritário Proposta de Programa Prioritário denominado “Alavancagem de Alianças para o setor Automotivo” terá como coordenador o Departamento Nacional do SENAI. A execução dos projetos no âmbito desta PPP será realizada pelos institutos SENAI (gestores de projetos) em parceria com ICTs e Empresas Parceiras da cadeia automotiva, tendo abrangência nacional e atingindo horizontalmente toda a cadeia.

3.1.3.1.3.1.3.1. Objetivos do ProgramaObjetivos do ProgramaObjetivos do ProgramaObjetivos do Programa Fomentar a criação de um ambiente e de ações que promovam o incremento de produtividade da cadeia e, por conseguinte, ampliem a automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada, por meio de ferramentas comprovadas e de alto impacto para incentivar a criação e evolução de Alianças (atingimento horizontal) para o setor automotivo (abrangência nacional). Tendo como objetivos específicos:

• Ampliar a produtividade da cadeia e do setor automotivo;

• Desmistificar e aplicar os conceitos de Produtividade, Digitalização e Indústria 4.0 para a cadeia de valor do setor Automotivo;

• Aumentar o grau de internalização de conhecimento, por parte das empresas da cadeira, por meio de desenvolvimento de mentores e “mentees”;

• Alavancar a produtividade por meio de provas de conceito, especialmente pela parceria com empresas startups / empresas de base tecnológica (EBT).

16

3.2.3.2.3.2.3.2. Metodologia da PropostaMetodologia da PropostaMetodologia da PropostaMetodologia da Proposta A metodologia proposta para o presente PPP é focada no conceito de “aprender fazendo”, onde todas as ferramentas são encadeadas para gerar aprendizado na cadeia, possibilitando incremento de produtividade nos diferentes produtos automotivos (automóveis, comerciais leves, ônibus, caminhões, reboques e semirreboques, tratores, máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas e autopeças).

Figura 8. Eixos de atuação da metodologia utilizada na PPP do SENAI.

O incremento de produtividade proposto será gerado a partir de 3 eixos de atuação, que geram resultados de forma independente, porém possuem uma lógica sinérgica de atuação que promovem resultados contínuos e de interesse do setor e da cadeia automotiva. São estes:

1. Desenvolvimento de Competências: capacitação em nível nacional que irá permitir a integração das montadoras com as suas respectivas cadeias, possibilitando soluções inovadoras com base nas demandas atuais e futuras. Esta capacitação irá possibilitar a transferência de práticas entre montadoras e entre cadeias, gerando incremento de produtividade e desenvolvimento de novos negócios;

2. Hands-on: Aprendendo Fazendo: a partir das cadeias identificadas no eixo Desenvolvimento de Competências ou a partir de demandas latentes identificadas pelos próprios Institutos SENAI, o presente eixo irá – utilizando metodologia hands-on – possibilitar a identificação das principais fragilidades ou oportunidades da cadeia, mapeando e aplicando ferramentas que, respectivamente, neutralizem ou potencializem as mesmas. As ferramentas que serão aplicadas são relacionadas a gestão, manufatura enxuta e/ou digitalização, considerando a realidade da cadeia;

3. Prova de Conceito para Produtividade: a partir de desafios identificados (I) nas imersões da capacitação do eixo Desenvolvimento de Competências, (II) na avaliação de maturidade do eixo Hands-on: Aprendendo Fazendo ou (III) pelos próprios Institutos de Inovação, serão realizadas chamadas do Edital de Inovação para que os Institutos SENAI de Inovação em parceria com outras ICTs e/ou startups possam desenvolver Provas de Conceitos que gerem possíveis soluções para a cadeia automotiva.

17

Figura 9. Produtos modulares que compõem a PPP do SENAI em cada eixo de atuação.

Os 3 eixos de atuação desta proposta são operacionalizados por meio de ferramentas consolidadas e que possuem resultados comprovados:

• 1.1 Master Business Innovation (MBI): irá promover a interação entre as montadoras e suas cadeias, garantindo promoção e transferência de conhecimento entre as mesmas. Este será o único produto obrigatório deste PPP, sendo que o mesmo irá possibilitar a sinergia das cadeias/alianças, a partir das montadoras. O MBI irá possibilitar o melhor entendimento, seleção e execução mais assertivas das demais soluções;

• 2.1 Avaliação de Maturidade e Prontidão 4.0 da Cadeia: conjunto de ferramentas que irão possibilitar avaliação de contorno assertiva para direcionar as possíveis soluções para incremento da produtividade das cadeias;

• 2.2 Lean: soluções hands-on de consultorias e cursos de gestão e processo produtivo que serão customizadas, a partir da aplicação do item 2.1;

• 2.3 Digitalização: solução de aplicação de digitalização para entendimento e ação para incremento de produtividade da cadeia, a partir da aplicação do item 2.1;

• 3.1 Empreendedorismo Industrial para a Cadeia: chamadas do Edital de Inovação para aplicação de provas de conceitos, com base nos desafios identificados para a cadeia;

• 3.2 Foresight Automotivo: esta ferramenta será aplicada, caso seja identificada a necessidade de mapear e apontar possíveis rotas de desenvolvimento do setor automotivo.

Master in Business InnovationMaster in Business InnovationMaster in Business InnovationMaster in Business Innovation

O Master in Business Innovation (MBI) que será aplicado neste PPP é uma Pós-Graduação Lato

Sensu com carga horária de 420 horas, adotando metodologia inovadora:

• 100 horas de imersão – carga horária presencial;

• 260 horas de aprendizagem assistida – carga horária a distância;

• 60 horas de roteiro de aprendizado – trabalho de conclusão de curso.

18

O curso destina-se profissionais das montadoras da indústria automotiva que executam atividades de tomada de decisão e liderança de equipes, sendo portadores de diploma de curso superior de graduação ou egressos de cursos sequenciais, de formação específica, que conferem diplomação, conforme Resolução CNE/CES nº 01, de 08 de junho de 2007, Art. 1º, § 3º.

Figura 10. Módulos do MBI.

O MBI é construindo com foco no incremento de produtividade da cadeia, a partir da relação com as montadoras, onde os alunos serão agentes ativos nesta relação, desenvolvendo práticas reais que gerem resultados durante o próprio curso que terá duração de até 18 meses. Composto por quatro módulos: (1) Indústria Avançada, (2) Estratégia e Otimização, (3) Digitalização e (4) Inovação, divididos em 11 unidades curriculares, Tabela 1.

Tabela 1. Estrutura curricular do MBI.

Módulo UNIDADE CURRICULAR

(Obrigatórias)

Módulo I - Indústria Avançada 1. Introdução a Indústria Avançada

Módulo II - Estratégia e Otimização

2. Métodos de Estruturação de Problemas e Análise da Decisão

3. Desenvolvimento Integrado e Enxuto de Produtos

4. Materiais Inovadores

5. Customização em Massa

Módulo III: Digitalização

6. Internet das coisas

7. Produção conectada

8. Digitalização de Produtos e Processos

9. Integração Horizontal e Vertical

Módulo IV: Inovação 10. Introdução a Big Data

11. Modelos de Negócios e Inovação

19

Cada módulo/unidade curricular possui duas etapas:

• Aprendizagem Assistida: onde o aluno desenvolverá atividades a distância para aplicar os conhecimentos que serão abordados nas unidades curriculares;

• Imersão: onde os alunos irão desenvolver soluções hands-on, integrando os conhecimentos das unidades curriculares que formam o módulo. As imersões sempre irão focar em desafios da cadeia, envolvendo Startups e Empresas de Base Tecnológica.

As imersões irão possibilitar a identificação de lacunas ou oportunidades que serão:

• Aprofundadas por meio da Avaliação de Maturidade e Prontidão 4.0 da Cadeia;

• Tratadas por meio de aplicação de ferramentas Lean (Gestão ou Processo Produtivo) ou Digitalização;

• Direcionadas para gerar negócios ou novos processos por meio da aplicação de Provas de Conceitos.

Em paralelo ao processo de Aprendizagem Assistida e Imersões, os alunos irão desenvolver seu Roteiro de Aprendizagem, que consiste em um Trabalho de Conclusão de Curso aplicado a uma determinada cadeia automotiva, tangibilizando todo o conhecimento em práticas reais e mensuráveis.

Avaliação de Maturidade e Prontidão Avaliação de Maturidade e Prontidão Avaliação de Maturidade e Prontidão Avaliação de Maturidade e Prontidão 4.0 da Cadeia4.0 da Cadeia4.0 da Cadeia4.0 da Cadeia

A Avaliação de Maturidade e Prontidão 4.0 será customizada a realidade de cada cadeia permitindo que os resultados sejam otimizados para as reais necessidades das mesmas. Para que os resultados sejam comparáveis e permitam transferência de conhecimentos/práticas entre as cadeias, serão consideradas três dimensões:

1. Estratégia e Organização; 2. Manufatura e Cadeia de Suprimentos; 3. Modelo de Negócio, Produtos e Serviços.

A aplicação será realizada individualmente em cada organização que compõem a cadeia, permitindo identificar a maturidade individual e da cadeia em 5 possíveis níveis, Figura 11.

Figura 11. Possíveis níveis de maturidade resultantes da avaliação.

20

Ao identificar o nível de maturidade, outras ferramentas de avaliação poderão ser adotadas para identificar quais são as prioridades a serem tratadas na cadeia com foco ao incremento de produtividade. Assim, será possível identificar a solução ideal a ser aplicada: Lean (Gestão ou Processo Produtivo), Digitalização ou Prova de Conceito.

LeaLeaLeaLeannnn

O SENAI possui serviços de base nacional, que são oferecidos às empresas para aprimorar seus processos produtivos e de gestão. Estes serviços são chamados de “base nacional” pois nos 27 Estados do país, há profissionais capacitados para executá-los de maneira eficiente e eficaz. Além disto, o SENAI conta com parcerias que possibilitam customizar soluções de Lean (Gestão e Processo Produtivo), como por exemplo o Instituto Euvaldo Lodi (IEL). As soluções Lean (Gestão e Processo Produtivo) que serão customizadas e aplicadas no âmbito deste programa irão proporcionar um novo salto de produtividade nas empresas e cadeias produtivas, promovendo a cultura da melhoria contínua e visando redução de desperdícios e custos de produção sem a necessidade de investimentos em troca de equipamentos, com resultados expressivos, num curto prazo a um baixo custo. No âmbito da gestão ou processo produtivo, as soluções aplicadas irão agir na redução de oito possíveis tipos de desperdícios: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento, defeitos e/ou desperdício intelectual. Por conseguinte, irão gerar:

• Qualificação da equipe da empresa, criando um ambiente favorável para sustentar a melhoria contínua;

• Reconhecimento e eliminação dos desperdícios no chão de fábrica;

• Aumento da produtividade da empresa e cadeia;

• Redução dos custos;

• Melhoria da organização e um ambiente de trabalho mais agradável. Atualmente o SENAI possui mais de 1000 profissionais formados em execução de consultoria de manufatura enxuta, possuindo capilaridade nacional e competência técnica instalada para a execução em todos os setores industriais. Obs.: a carga horária e metodologia serão otimizadas para a realidade de cada cadeia.

DigitalizaçãoDigitalizaçãoDigitalizaçãoDigitalização

Digitalização é um dos serviços de base nacional do SENAI, composto por uma plataforma de competência e métodos de consultoria em digitalização e conectividade, com foco em garantir a sustentação dos resultados e novo ganho de produtividade de pequenas e médias empresas que já possuem implementadas ferramentas de manufatura enxuta.

21

Por meio da digitalização do chão de fábrica, busca-se facilitar as atividades do gestor de produção automatizando tarefas repetitivas e facilitando o acesso aos dados de produção, em tempo real, por smartphones/tablets. O programa possui 160 horas de duração conforme ilustrado na Figura 12.

Figura 12. Implementação do Indústria Mais Avançada.

A primeira macroetapas, chamada de digitalização, possui 60 horas de duração e consiste na instalação de um sistema de baixo custo composto por sensores e coletores na linha de produção, seguido da parametrização da plataforma, para monitoramento do processo produtivo e aquisição de dados de produção, paradas e qualidade do processo. Já a segunda macroetapas, chamada de sustentação, possui 100 horas de duração e consiste na consultoria em manufatura enxuta aplicada na empresa a partir dos dados obtidos pela plataforma, focando na redução do tempo de parada de máquina, aumentando assim sua disponibilidade para que a máquina produza mais e consequentemente, aumente a produtividade da empresa. A partir da implantação deste serviço no chão de fábrica, os seguintes benefícios são alcançados:

1. Informações do processo em tempo real: por se tratar de uma plataforma online e de fácil acesso, os dados são coletados a todo instante e são transmitidos para a plataforma instantaneamente;

2. Gestão do processo produtivo descentralizada: a gestão da produção não fica centralizada na mão de um gestor só. Cada usuário cadastrado tem o acesso à informação a hora que quiser e onde estiver;

3. Possibilidade de tomada de decisão preventiva, não somente reativa: com a análise dos históricos de produção gerados pela plataforma, é possível realizar ações que previnam interrupções ao longo da produção;

4. Relatórios padronizados e customizados de acordo com as necessidades da direção e gerência da fábrica: a plataforma está parametrizada para que o gestor usuário tenha acesso rápido e fácil.

Este serviço já foi aplicado em 56 indústrias do país, distribuídos por todos os estados brasileiros, com o objetivo de aumentar os indicadores de produtividade e disponibilidade de máquina. Foi alcançado um aumento médio de produtividade de 25% e um retorno do investimento médio esperado de aproximadamente 8 meses.

22

Empreendedorismo Industrial para a CadeiaEmpreendedorismo Industrial para a CadeiaEmpreendedorismo Industrial para a CadeiaEmpreendedorismo Industrial para a Cadeia

As provas de conceitos serão realizadas a partir de chamadas especiais do Edital de Inovação, sendo estas chamadas denominadas como Empreendedorismo Industrial para a Cadeia. Esta nova categoria se baseia nas chamadas já consolidadas de Empreendedorismo Industrial (Categoria C). As chamadas de Empreendedorismo Industrial para a Cadeia possuem três macroetapas:

• Identificação e Modelagem do Desafio: os desafios poderão ser identificados de três modos: (I) nas imersões da capacitação do eixo Desenvolvimento de Competências, (II) na avaliação de maturidade do eixo Hands-on: Aprendendo Fazendo ou (III) pelos próprios Institutos de Inovação. A partir do momento que um potencial desafio foi identificado, o Departamento Nacional do SENAI irá modelar o desafio com base nas necessidades da cadeia, identificando as características e especificações necessárias do mesmo: volumetria de recursos, definição de tempos para execução, requisitos dos Institutos SENAI de Inovação que poderão submeter propostas, tipos de parcerias possíveis (ICTs, Universidades, Startups, Pequenas e Médias Empresas) e entregas necessárias;

• Lançamento da Chamada e Seleção das Propostas: com o desafio modelado, o Departamento Nacional lança a chamada, onde os Institutos SENAI de Inovação poderão submeter soluções em parceria com ICTs, Universidades, Startups / EBTs, Pequenas e Médias Empresas (conforme requisitos da chamada). As propostas são avaliadas, selecionadas e divulgadas;

• Execução e Divulgação dos Resultados: as propostas selecionadas são executadas pelos Institutos de Inovação do SENAI, e seus respectivos parceiros, conforme cronograma apresentado na submissão da mesma. Os resultados da Prova de Conceito são documentados e divulgados para que todas as cadeias possam usufruir do conhecimento/experiência gerada.

Na primeira etapa – Identificação e Modelagem do Desafio – poderá ser identificada uma empresa Âncora que apoiará no processo de modelagem e inserção de mais recursos (Alavancagem de Recursos), o que permitirá uma melhor qualidade do desafio e maior abrangência, visto a expansão dos recursos disponibilizados na chamada.

ForesightForesightForesightForesight: Futuro da : Futuro da : Futuro da : Futuro da Cadeia AutomotivaCadeia AutomotivaCadeia AutomotivaCadeia Automotiva

Propomos, como contrapartida, a realização de um estudo sobre o futuro da mobilidade urbana, com um horizonte de análise de 15 anos, como estratégia para alocação de recursos e complementariedade à política pública Rota 2030. A prática de estudar futuros é comum em países desenvolvidos e teve seu início da década de 70, ganhando força nas décadas de 80 e 90. Em grande medida, podemos conceituar como um processo de planejamento que permite compreender amplamente as mudanças em curso e antecipar-se ao futuro de médio e longo prazos através de análises e insights que levam à inovação.

23

Pergunta que nortearão o trabalho:

• O que está acontecendo hoje? Mudança

• O que você acha que vai acontecer? Futuro esperado

• O que poderia acontecer no lugar disso? Futuro alternativo

• O que você quer que aconteça? Futuro desejado Em resumo, este tipo de trabalho possui como benefícios:

• Apontar caminhos estratégicos para a mobilidade urbana

• Aumentar o protagonismo privado no investimento em inovação

• Estabelecer pontes entre a visão de governo para o Rota 2030 e a iniciativa privada

• Alocar recursos de forma mais efetiva

• Orientar políticas públicas O projeto será desenvolvido em um tempo médio de 12 meses, utilizando diversas ferramentas de pensamento de futuro desenvolvidos pelo Institute for the Future (IFTF), instituição americana de referência internacional. Serão conduzidas oficinas de Pensamento de Futuro com representantes do setor automotivo, pesquisadores, sociedade civil entre outros, cujas principais entregas são:

• Relatório contendo sinais de futuro, cenários, curvas de transformação e principais transformações;

• Documento com as principais Rotas Tecnológicas a serem desenvolvidas;

• Documento com as competências necessárias para desenvolver as rotas estabelecidas. O Foresight é dividido em seis etapas:

• Mudanças à Frente: as grandes mudanças que podem afetar o setor automotivo serão analisadas e associadas aos fatores que estão causando ou direcionando essas mudanças. Essa análise é o ponto de partida para compreender as grandes transformações do setor.

• Compreendendo e Interpretando Sinais: sinais de mudança são indicadores de que o futuro já acontece entre nós. A coleta e análise de sinais cria forecasts dinâmicos e mobilizadores, fornecendo o fundamento para o entendimento de grandes transformações e para a construção dos cenários de futuro do setor.

• Duas Curvas de Mudanças: em qualquer ponto no tempo, sistemas estão em constante transformação, com elementos dominantes sendo substituídos por novos avanços e descobertas. Na análise das curvas de mudança, podemos observar os caminhos que descrevem a decadência dos elementos dominantes e a ascensão das inovações radicais. Na dinâmica desses caminhos, surgem estratégias para navegar para o futuro.

• Construindo Cenários: cenários são futuros possíveis. Na construção de cenários estamos interessados em compreender como tendências e incertezas criam possibilidades distintas de futuro, e como podemos estruturar nossas estratégias para potencializar a realização das possibilidades que mais preferimos.

24

• Mapa para Navegar para o Futuro: o futuro ainda não existe, mas está em permanente construção e desconstrução no presente. Mapas de navegação são construídos para guiar nossas ações na direção da construção do futuro que desejamos.

• Considerações Finais: este documento encerrará levantando um conjunto de perguntas inquietantes associadas ao futuro da mobilidade. Respostas para essas perguntas podem definir nosso papel como protagonistas ou coadjuvante no futuro.

Nesse sentido, o trabalho se apresenta como uma ação complementar aos objetivos esperados pelo Governo Federal com o Programa Rota 2030, ao apontar cenários futuros para os quais o Brasil deve trilhar e alocar os recursos financeiros. A única certeza sobre o futuro é que sua construção está sendo feita hoje, agora, pelas pessoas e pelas organizações do presente. Portanto, algum futuro vai existir. Cabe a cada um de nós decidir se vamos participar ativamente da sua construção ou se iremos viver no futuro construído por outros de fora do nosso país.

Figura 13. Estudo desenvolvido para a CBIC: cenários sobre o futuro da habitação daqui a 10 anos no Brasil.

Como exemplo bem-sucedido já conduzido pelo SENAI e seus parceiros destacamos o projeto Habitação 2030, fruto de uma parceria produtiva com a CBIC e de uma visão compartilhada de que é possível criar futuros onde a indústria da construção civil brasileira está na vanguarda da produtividade e se torna referência mundial em nichos do setor. O foco foi ir além de nossos entornos, sair da zona de conforto e estimular o investimento em PD&I para melhorar a competitividade do setor da construção civil do Brasil. Para isso, se faz oportuno que todos trabalhemos juntos e com uma visão compartilhada de onde queremos estar em 2030. Esse projeto faz parte de uma nova estratégia que está em curso no SENAI, principal parceiro da indústria brasileira para a qualificação e formação de pessoas para as indústrias. Nós acreditamos que a transformação do setor industrial virá de seu protagonismo e, por isso, estamos nos reestruturando para suportar a importante transição para uma economia baseada em inovação. Olhar para o Futuro é mais do que necessário, é estar à frente de nosso tempo e criar as condições para um país próspero.

25

3.3.3.3.3.3.3.3. Alavancagem Alavancagem Alavancagem Alavancagem de recursos e contrapartidasde recursos e contrapartidasde recursos e contrapartidasde recursos e contrapartidas O Programa Alavancagem de Alianças para o setor Automotivo possui o potencial de alavancar em 100% os recursos investidos no “Edital de Inovação – Empreendedorismo Industrial para a Cadeia”, considerando o aporte das empresas âncoras nas chamadas. Como 75% dos recursos do Rota 2030 para este programa serão aportados nas chamadas do “Edital de Inovação – Empreendedorismo Industrial para a Cadeia”, a meta de alavancagem de recursos será de R$ 30 milhões. A contrapartida do SENAI será de 10% sobre o recurso destinado ao Edital, ou seja, será de até R$ 3 milhões. Considerando o aporte total de recurso obrigatório solicitado (R$ 40 milhões), este programa irá movimentar R$ 73 milhões (recursos financeiros: obrigatórios, alavancagem e contrapartida) o que irá promover forte impacto no incremento de produtividade da cadeia, conforme o quadro resumido de orçamento apresentado na Tabela 2.

Tabela 2. Orçamento resumido da PPP SENAI, detalhamento por fonte.

FONTES VOLUME DE RECURSOS

(R$)

% RECURSOS (em relação ao montante

captado) Fundo ROTA 2030: PPP SENAI

(captação pretendida) 40 MILHÕES

Contrapartida SENAI 3 MILHÕES 7,5 %

Alavancagem (empresas do setor) 30 MILHÕES 75 %

TOTAL DESTINADO AO PROGRAMA 73 MILHÕES 82,5 %

3.4.3.4.3.4.3.4. Atratividade do ProgramaAtratividade do ProgramaAtratividade do ProgramaAtratividade do Programa e Impacto Social, Econômico e Tecnológicoe Impacto Social, Econômico e Tecnológicoe Impacto Social, Econômico e Tecnológicoe Impacto Social, Econômico e Tecnológico O Programa Alavancagem de Alianças para o setor Automotivo foi modelado para atuar somente nos problemas e soluções requeridas no setor, garantindo uma forte aderência, atratividade e interesse do setor produtivo. Os três eixos de atuação do programa são focados no forte entendimento das necessidades do setor:

1. Desenvolvimento de Competências: todas as imersões do MBI são direcionadas ao entendimento e soluções reais das cadeias;

2. Hands-on: Aprendendo Fazendo: as soluções que serão implementadas serão identificadas e guiadas pelas cadeias;

3. Prova de Conceito para Produtividade: desafios emergirão das necessidades atuais e futuras a partir das cadeias.

Espera-se que as soluções entregues a partir do programa Alavancagem de Alianças para o setor Automotivo irão promover forte Impacto Social, Econômico e Tecnológico, destacando-se:

26

• Manutenção de postos de trabalhos ao promover o desenvolvimento de novas competências;

• Possibilidade de novos postos de trabalhos provindo do aumento de produção ou da inserção de novos produtos na cadeia;

• Qualificação e requalificação direta e indireta de colaboradores das empresas da cadeia que irão implementar ferramentas Lean e de Digitalização;

• Manutenção e desenvolvimento de novas empresas que compõem as Cadeias, a partir da relação entre elas, do desenvolvimento de novos negócios, gerados com as Provas de Conceito;

• Adensamento das cadeias (novas empresas ou ampliação da atuação das empresas existentes), a partir do aumento de produtividade e da inserção de novas tecnologia provindas das Provas de Conceito;

• Inserção de novas tecnologias no processo produtivo e em produtos dos fornecedores da cadeia.

3.5.3.5.3.5.3.5. Integração Integração Integração Integração do Ecossistema de Inovaçãodo Ecossistema de Inovaçãodo Ecossistema de Inovaçãodo Ecossistema de Inovação O foco principal do Programa proposto é a constituição de alianças para cadeia automotiva objetivando aumento da produtividade do setor. Entende-se por alianças como sendo uma associação de empresas, ancoradas em uma ICT, que tem como princípio garantir que o conhecimento gerado durante determinado projeto seja transferido e implementado na indústria. Para as empresas participantes, os benefícios são o aumento da competitividade, da capacidade inovadora e do sucesso em investimentos em PD&I. Para o SENAI, o objetivo de integração entre atores não se restringe a esta proposta de Programa. De fato, este posicionamento constitui uma das premissas que justificaram a criação da rede de institutos SENAI, que é servir de elo de ligação entre instituições de pesquisa e o setor produtivo. Esse modelo conceitual pode ser ilustrado com o auxílio da Figura 14.

Figura 14. Posicionamento dos institutos SENAI no ecossistema de inovação.

27

Reforçando este posicionamento, os três eixos de atuação do programa irão promover a integração entre ICT/universidades e as cadeias, tangibilizando a partir das Alianças constituídas:

1. Desenvolvimento de Competências: MBI irá promover e envidar esforços na constituição de alianças perenes a partir das relações na cadeia e entre as cadeias, considerando as suas respectivas montadoras;

2. Hands-on: Aprendendo Fazendo: as soluções implementadas permitirão maior maturidade das empresas que formam a cadeia, possibilitando maior sinergia entre as mesmas;

3. Prova de Conceito para Produtividade: para a resolução dos desafios, os Institutos SENAI de Inovação poderão integrar ICTs, Universidades, Startups, Pequenas e Médias Empresas, desdobrando soluções para as cadeias.

Integração entre Integração entre Integração entre Integração entre Programas PrioritáriosProgramas PrioritáriosProgramas PrioritáriosProgramas Prioritários: BNDES: BNDES: BNDES: BNDES, EMBRAPII e SENAI, EMBRAPII e SENAI, EMBRAPII e SENAI, EMBRAPII e SENAI

Além da integração entre os atores de projetos específicos (ICTs, Empresas, Startups/EBTs) no âmbito desta PPP, estamos propondo uma submissão articulada de Propostas de Programas Prioritários, de maneira integrada e não-concorrentes, pelas seguintes instituições: BNDES, EMBRAPII e SENAI. O objetivo é buscar maximizar o impacto do ROTA 2030 com o encadeamento de instrumentos de apoio que se mostram complementares. Propõe-se, portanto, uma operação articulada dos seguintes programas:

• PPP em “Inovação e Engenharia”, proposto pelo BNDES;

• PPP em “P&D para a cadeia produtiva de mobilidade e logística”, proposto pela EMBRAPII;

• PPP em “Alavancagem de Alianças para o setor Automotivo – Programa A3”, proposto pelo SENAI.

Figura 15. Modelo de atuação articulada de PPPs para o ROTA 2030.

Considerando as linhas de atuação, definidas no § 3º do art. 9º da PORTARIA GM/MECON nº 86/2019, a articulação dos Programas se dará conforme representado na Figura 15. Há o entendimento entre as três instituições de que a linha de atuação em P,D&I (III) é um eixo

28

transversal às demais linhas. Com isso, está sendo proposto que os programas de BNDES, EMBRAPII e SENAI trabalhem de maneira transversal e complementar em todas as linhas definidas pela portaria. A diferenciação e complementaridade entre os programas é realizada, por sua vez, pelo nível de maturidade tecnológica (TRL) dos projetos a serem desenvolvidos. Dessa forma, as propostas foram estruturadas da seguinte forma:

• PPP SENAI: foco principal no aumento da produtividade da cadeia (linha I). Desenvolve projetos de prova de conceito e de maior maturidade tecnológica (TRL 6-9), lançando mão, quando necessário, de elementos de Manufatura Avançada (linha II) e P,D&I (linha III)

• PPP EMBRAPII: foco principal na ampliação do investimento em P,D&I da cadeia produtiva (linha III), na fase pré-competitiva do processo inovativo (TRL 3-6). Desenvolve projetos de inovação pré-competitivo nas linhas II, IV e V

• PPP BNDES: foco principal em projetos de engenharia e infraestrutura nas linhas II, IV e V para cadeia produtiva, com foco em projetos de maior maturidade tecnológica (TRL 6-9) e de grande monta (> R$ 5 milhões)

Figura 16. Eixo de atuação de cada instituição nas PPPs propostas.

Na Figura 16 apresenta-se um quadro resumo com as principais características de cada uma das PPPs que integram o conceito de operação articulada que serão submetidas para apreciação do Conselho Gestor dos Projetos e Programas Prioritários do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística.

4.4.4.4. Plano de ExecuçãoPlano de ExecuçãoPlano de ExecuçãoPlano de Execução

4.1.4.1.4.1.4.1. Resultados esperadosResultados esperadosResultados esperadosResultados esperados Além dos resultados diretos gerados pela PPP SENAI, cujas expectavas foram mensuradas nas metas e indicadores de acompanhamento, apresentados abaixo na seção Erro! Fonte de referência não encontrada.. Nossa expectativa é conseguir desenvolver uma cultura de inovação e ambientes que permitam o nascimento de projetos colaborativos (modelo hélice tríplice). E assim, converter

29

ideias em produtos e em ganhos de produtividade para o setor. Isso como fator de impacto preponderante no desenvolvimento de novos mercados, melhoria da competitividade em escala global e geração de empregos mais qualificados. A luz do estudo publicado pelo MCTIC5, uma das fragilidades apontadas no sistema brasileiro se deve ao fato de que grande parcela dos investimentos empresariais é destinada à importação de tecnologia e serviços especializados. Buscando um alinhamento com estratégias nacional, traduzida aqui, no contexto das seguintes publicações:

• Mapa Estratégico da Indústria 2013-20221

• Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-20225

• Plano de CT&I para manufatura avançada no Brasil6 Espera-se que a PPP SENAI tenha a capacidade de produzir externalidades positivas e de maior impacto ao Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, como:

• Aumentar a produtividade do setor; • Elevar o investimento privado em inovação; • Gerar mais benefícios que o incentivo.

4.2.4.2.4.2.4.2. Indicadores e Metas do ProgramaIndicadores e Metas do ProgramaIndicadores e Metas do ProgramaIndicadores e Metas do Programa O Departamento Nacional do SENAI propõe uma periodicidade semestral para acompanhamento da efetividade da PPP, por meio dos indicadores e metas apresentados na Tabela 3, indicadores globais, e Tabela 4, indicadores específicos de cada ação. Será disponibilizado, na mesma periodicidade, ao Comitê Gestor relatórios que permitam o acompanhamento físico e financeiro da PPP, além de acesso ao monitoramento de qualquer ação específica do programa, quando solicitado.

Tabela 3. Indicadores e metas globais da PPP SENAI.

INDICADORES GLOBAIS METAS*

PROGRAMA A³ Alavancagem de

Alianças para o setor Automotivo

Recursos privados alavancados na PPP 75 %

(R$ 30 milhões)

Número de Alianças Constituídas 4

Contrapartida SENAI 7,5 %

(R$ 3 milhões)

5 Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2022. – Brasília: MCTIC, 2016. 6 Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Plano de CT&I para manufatura avançada no Brasil. – Brasília: MCTIC, 2017.

30

Tabela 4. Indicadores e metas específicos relacionadas a cada Ação da PPP SENAI.

AÇÃO INDICADORES ESPECÍFICOS METAS*

1.1 MBI Empresas Participantes Pessoas Formadas Pessoas Impactadas Diretamente

10 50

500

2.1 Avaliação Prontidão 4.0 Número de Avaliações Aplicadas 100

2.2 Lean

2.3 Digitalização Número de aplicações de Lean ou Digitalização atingindo os resultados esperados

50

3.1 Empreendedorismo Industrial / POC Número de Chamadas Startups / EBT envolvidas

5 50

4.3.4.3.4.3.4.3. Cronograma físicoCronograma físicoCronograma físicoCronograma físico----financeirofinanceirofinanceirofinanceiro O cronograma físico da PPP é apresentado na Tabela 5, e terá a duração mínima de quatro anos considerando os prazos das seguintes etapas:

• Captação: prazo para captação do teto de recursos obrigatório para a operação da PPP;

• Empenho: prazo necessário para comprometimento dos recursos captados (contratação de projetos específicos);

• Execução: prazo necessário para termino da execução de todas as ações iniciadas no programa.

As ações do programa foram desenhadas de maneira modular o permite o início da operação em paralelo a etapa de captação

Tabela 5. Cronograma físico da PPP SENAI.

Apesar do desenho da PPP com a temporalidade de quatro anos. O SENAI tem como expectativa, dependendo do atingimento das metas, a renovação da PPP consagrando um modelo de operação contínua ao longo do período de vigência do Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística.

31

O Departamento Nacional do SENAI define um percentual de 5% sobre o valor de recursos para custeio de despesas administrativas da PPP. A destinação dos recursos obrigatórios, contrapartida e alavancagem são apresentados na Tabela 6.

Tabela 6. Quadro de destinação de recursos.

ÍTEM DE DESPESA OBRIGATÓRIOS

(R$)

CONTRAPARTIDA (R$)

ALAVANCAGEM (R$)

Taxa de Administração 2 MILHÕES

Empreendedorismo Industria / POC (Item 3.1)

30 MILHÕES 3 MILHÕES 30 MILHÕES

Demais ações (Itens 1.1, 2.1, 2.2, 2.3 e 3.2)

8 MILHÕES

TOTAL 73 MILHÕES