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ASHANTI
BOBANGI
LUNDA
ARADA
BAMBARA
BENIN
KONGO
NDONGO
MBUNDUOVIMBUNDU
MAKUA
YORUBA
LOANGO
��BOBANGI
Ilha de GORÉ Ouidah
Cabinda
Luanda
Tombuctu
ZANZIBAR
Bassorah
Zabïd
Aden SOCOTRA
Açúcar, café, algodão, tabaco
Pacotilha, armas
Tráfico transatlântico
Tráfico transaariano
Tráfico em direcção ao Oceano Indico
Porto negreiro europeu ou americano
Grande porto do tráfico em Africa
Centro de distribuição
Zona de razias
Zona de importação de escravos
Fonte de abastecimento do comércio transatlântico de escravos
Porcentagem de escravos deportados
Costa dos escravos
Murzuq
Ouargla Trípoli
Palermo
Roma
VenezaGénova
Istambul
Alexandria
CalabarElmina
Mombassa
Cartagena
Nagazaki
Goa
Carachi
Málaca
Cantão MacauMexico
Pernambuco
Rio de Janeiro
Montevideo
Buenos AiresValparaíso
Bahía
Veracruz Sto-Domingo
Assouan
QuelimaneTamatave
Lagos
Accra
MADAGASCAR MAURÍCIAS
Arquipélago de Cabo-Verde
Arquipélago das Canárias
Arquipélago dos Açores
Ilha Robben
REUNIÃO(Bourbon)
O C E A N O
I N D Í C O
O C E A N O
A T L Â N T I C O
10%
40%
40%
10%
PORTO RICO
CUBA
JAMAICA
Nantes
BristolLondres
LiverpoolAmsterdão
Copenhaga
Roterdão
Bordeaux
Lisboa
Charleston
EQUADOR
POPULAÇÃO DE AFRICA Número de deportados do
séc. VIII a meados do séc. XIX, todos os tipos de tráfico reunidos :24 milhões no mínimo
População total em meados do séc. XIX : 100 milhões
Estimativas do que poderia ter sido a população em meados do séc. XIX : 200 milhões
Empó
rios M
ulçumanos
Sevilha
BE
NIN
GH
AN
A
BENIN e GANA são os nomes contemporâneos, diferentes da denominação na época do tráfico.
* Personalidades históricas que lutaram contra a escravatura, foram escravos ou descendentes de escravos (San Benedito, Puskin)
Caraíbas
400 000
7000
0
SENEGÂMBIAGoré
Pernambuco
Bahía
550
000
100 000
100 000
3000
0
� � Caraíbas
1 700 000
1 30000
0
SENEGÂMBIA
GHANAReino do
CONGO
Goré
Pernambuco
Bahía
Jamestown
700
000
100 000
100 000
GUADALUPE REVOLTA DE 1656
� � � �
7 000 000CARAÍBAS
VIRGÍNIA
Sto-DOMINGO1791
Rio de Janeiro
Bahía
Goré
Buenos-AiresMontevideo
700000
GUINÉ Conacry
ANGOLA
Reino doCONGO
Calabar
Cabinda
OuidahElmina
Zanzibar
400 000Luanda
GUADALUPE1737
000002
� �
1 900 000
600000
900 000
407 000
MARROCOS
CARAÍBASGUINÉ Conacry
ANGOLA
Reino do CONGO
Calabar
Inhambane
Cabinda ZanzibarKilwa
IboLuanda
Ouidah
Lourenço-Marques
ABOLIÇÃO *NO BRASIL
REVOLTAS (1807 e 1835)
BAHÍA
DINAMARCA 1792HOLANDA 1815INGLATERRA 1807FRANÇA 1815PORTUGAL 1830
1888
1807
Sto-Domingo
Rio de Janeiro
Goré
Buenos-AiresMontevideo
Elmina
ABOLIÇÃO *NOS EUA
ABOLIÇÃO *NA EUROPA
1 900 000
* Data oficial da abolição
©U
NE
SC
O 2
000
Deportados nos séculos XV e XVI Século XVII Século XVIII Século XIX
A ROTADOS ESCRAVOS F. DOUGLASS*
P. ROBESON*TOUSSAINTLOUVERTURE*
W. E. DU BOIS* A. DUMAS*
SCHOELCHER*
São BENEDITO*Il Moro
A. S. PUSKIN*
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Otráfico negreiro encarna a fusão dramática dahistória com a geografia. Esta tragédia que
durou cerca de quatro séculos, é uma das maiores"empresas de desumanisação" da história dahumanidade. Ela constitui uma das primeiras for-mas de mundialisação. Empresa económica ecomercial, o sistema esclavagista dela resultante,uniu várias regiões e continentes: a Europa, aAfrica, o Oceano Indico, as Caraíbas e asAméricas. Ela baseou-se numa ideologia, aconstrução intelectual do desprezo pelo homemnegro para justificar a venda de seres humamos -neste caso, o negro africano - como um bemmóvel, tal como o definia o seu quadro jurídico,nomeadamente, O Código Negro.
A história desta tragédia ocultada, as suascausas profundas, as suas modalidades e as suasconsequências ainda devem ser escritas. Trata-se,precisamente, do principal objectivo atribuido pelosEstados Membros da UNESCO ao projecto A Rota dos Escravos. Os desafios deste projectosão a verdade histórica, os direitos do homem e odesenvolvimento. A noção de "rota" significa, antesde mais, pôr em destaque os itinerários desuma-nos, ou seja, as trajectórias do comércio triangular.É neste sentido que se recorre à geografia comosuporte para melhor compreensão da história. Com efeito, este mapa do comércio triangular, nãosómente sustenta esta primeira forma de mundialisação, mas elucida, através das suas trajectórias, as motivações e os objectivos do sis-tema esclavagista.
Este mapa do tráfico negreiro é tão sómenteo primeiro esboço, baseado nos dados disponíveissobre o comércio triangular e a escravatura. Assimsendo, esta obra será gradualmente complementa-da à medida em que as redes temáticas de inves-tigação estabelecidas pela UNESCO revelarem,através da exploração dos arquivos e da tradiçãooral, as camadas profundas do “iceberg”. Nessaaltura, poder-se-á compreender que o tráficonegreiro ilustra a matéria invível das relações entrea Africa, a Europa, o Oceano Indico, as Américas eas Caraíbas.
Doudou DièneDirector da Divisão do Diálogo Intercultural