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ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS
HISTOLOGIA GERAL
Tecidos: Epiteliais
Conjuntivos
Musculares
Nervoso
Roteiros HG – Histologia Geral
Francisco Benedito Kuchinski
Júlio Fernandes
ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS DE
CITOLOGIA (Biologia Celular)
HISTOLOGIA GERAL
HISTOLOGIA ESPECIAL
EMBRIOLOGIA GERAL
Francisco Benedito Kuchinski
Júlio Fernandes
ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS DE
CITOLOGIA (Biologia Celular)
Roteiros TH – Técnicas microscópicas
Roteiros CT - Citologia (Célula eucariótica)
Francisco Benedito Kuchinski
Júlio Fernandes
ROTEIRO TH 01 INTERPRETAÇÃO TRIDIMENSIONAL DE CORTES
MACROSCOPICAMENTE
UNIDADES DE MEDIDAS EM MICROSCOPIA.
MATERIAL Pecíolo de mamona, ovos cozidos, limão ou laranja, abacate, faca
bem afiada
TÉCNICA Cortes macroscópicos, em diferentes materiais
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Diferentes tipos de cortes de um mesmo material
PROCEDIMENTO: Faça cortes dos tipos: transversais, oblíquos, longitudinais medianos e
excêntricos e ainda tangenciais. Nos pecíolos de mamonas, faça cortes em diferentes níveis. O
objetivo desses cortes é permitir uma interpretação tridimensional a partir de fatias com duas
dimensões (a espessura é desprezível). O importante, é que, trabalhando com estes pecíolos
macroscópicos, você pode confrontar o seu exercício mental com a realidade desses cortes
(por exemplo, cortes de artérias, veias, ductos de glândulas exócrinas, entre outros órgãos).
Em relação aos demais materiais (limão, ovo cozido, abacate, faça os cortes indicados,
coloque-os uns ao lado dos outros e faça uma boa observação e comparação. Cortes de
limão/laranja sugerem macroscopicamente cortes de porções secretoras ( de adenômeros) das
glândulas exócrinas. Ovos e abacate sugerem cortes de células (cuidado, ninguém está
afirmando que o ovo de galinha e o abacate são células.....). Lembrar ainda que um corte
(secção) num plano mediano, é um corte longitudinal no maior eixo separando o lado direito
do lado esquerdo. Secções (cortes) sagitais / planos sagitais são cortes paralelos ao plano
mediano. Uma secção (corte) vertical produzindo o plano frontal, separa a porção anterior da
posterior, portanto, é um corte vertical em ângulo reto ao plano mediano. Cortes (secções)
transversais ocorrem no menor eixo, com base num ser humano, separa a porção superior da
inferior. Agora, observe um corte transversal de esôfago, órgão tubular oco. Qual será o
aspecto dessa fatia? Será o de uma circunferência, sem dúvida: o contorno corresponderá à
parede do órgão e o interior, à cavidade (luz) delimitada pela parede, pela qual transitam os
alimentos. Observe nesta parede, invaginações de células epiteliais originando ductos de
glândulas. Notar que o corte no esôfago foi transversal e você observará o ducto da glândula
em corte longitudinal (vide figura abaixo). Raciocine sobre os dois cortes observados. Após
cortar os materiais citados e observá-los macroscopicamente, faça sempre interpretações
como são, em três dimensões, os órgãos seccionados e observados no MOC. NOTA:
Unidades de medidas usadas em microscopia: 1 Micrômetro (µm) → 1µ = 0,001mm
(1mm dividido por 1000); 1 Nanômetro (nm) → 1 nm = 0,001 µ (1µm dividido por
1000); 1 Angstron (Å) → 1 Å = 0,1nm (1 nm dividido por 10).
Dividir os círculos abaixo em quatro partes e realizar os esquemas dos cortes em
apenas dois planos e não em três planos (na forma tridimensional).
ROTEIRO TH 02 IDENTIFICAÇÃO DAS PEÇAS DO MICROSCÓPIO
ÓPTICO COMPOSTO (MICROSCÓPIO DE LUZ)
MATERIAL Microscópio Óptico Composto (MOC)
PROCEDIMENTO: identificar no microscópio as peças ópticas, que permitem o exame
de material invisível a olho nu (o limite de visibilidade do olho humano é de 0,2mm ou
200 µm). Para o pleno funcionamento dessas peças ópticas, o MOC dispõe de vários
dispositivos mecânicos. As peças ópticas possuem vidros especiais denominados de
lentes. Essas peças são: oculares; objetivas; condensador e espelho plano-côncavo
(atualmente, substituído pelo sistema iluminador). As peças mecânicas são: tubo ou
canhão (de dimensões compatíveis com as distâncias focais da ocular e das
objetivas); revolver (câmbio das objetivas); braço ou estativo, parafusos macrométrico
e micrométrico de focalização (correção de distâncias focais); sistema Charriot de
mudança na disposição da lâmina sobre a platina (sentidos verticais e horizontais);
platina ou mesa (suporte para a lâmina); diafragma; filtro, parafuso do sistema
condensador (move o condensador, o diafragma e o filtro); base ou pé do MOC.
ROTEIRO TH 03 MANUSEIO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO COMPOSTO
(MICROSCÓPIO DE LUZ).
MATERIAL Microscópio óptico composto (MOC), lâminas, lamínulas, letra
maiúscula F, recortada de jornal, papel de filtro, frasco com água e
pipeta (ou conta gotas). Régua de plástico transparente.
Procedimento: ETAPA DA FOCALIZAÇÃO: 1. Ligar a fonte luminosa (verifique a voltagem
correta); 2. Abaixar a platina utilizando o parafuso macrométrico; 3. Colocar a lâmina já
preparada sobre a platina (coloque sobre uma lâmina, a letra “F” maiúscula, utilize conta gotas
e coloque uma gota de água sobre a letra “F”, a seguir coloque a lamínula sobre a preparação
com ângulo de 45º. Para evitar a formação de bolhas de ar) ; 4. Utilize corretamente o
condensador e o diafragma para obter uma boa iluminação (só no aumento máximo de 1000 X
é que há necessidade de luz total); 5. Focando (olhando) em direção à platina, girar o parafuso
macrométrico para aproximar o material existente na lâmina da objetiva de menor aumento
(4x). 6. Olhe pelas oculares e gire o parafuso macrométrico no sentido contrário até obter a
imagem do material. Após tal procedimento, gire o parafuso micrométrico para obter a
imagem bem nítida do material. Após focalização neste aumento, o que você descobriu?
Consulte o professor para obter a resposta desta descoberta. 7. Para passar do aumento de
40X (ocular de 10 X e objetiva de 4 x) para o aumento de 100 X, gire o revolver para objetiva de
10 X e fazer o uso apenas do parafuso micrométrico. Repita tal procedimento para o aumento
de 400 X (gire o revolver para objetiva de 40 X e fazer o uso apenas do parafuso micrométrico).
Se for necessário, conforme o material, se deve movimentar o sistema Charriot para ajuste do
material a ser observado. O que você constatou nestes aumentos? 8. Para observação com a
objetiva de 100 X (objetiva de imersão), faça o seguinte procedimento: colocar uma gota de
óleo de imersão sobre a lâmina com o material (uma única gota deve ser colocada sobre a
lamínula), a objetiva de 100 X deve ficar posicionada sobre a preparação, girar o parafuso
macrométrico até aproximação da objetiva no óleo de imersão, mover agora apenas o
parafuso micrométrico para ajuste do foco. A lente da objetiva de imersão deve ser limpa logo
após a observação, evitando que o mesmo seque e cause danos a lente da objetiva de
imersão. Atenção: neste exercício prático ainda não será utilizada a objetiva de imersão. Os
objetivos desta aula (deste exercício) são: 1. Treinar o aluno na utilização do microscópio; 2.
Desenvolver a capacidade de observação para a verificação da proporcionalidade entre as
várias estruturas observadas ( quanto maior o aumento, menor o campo de observação.
Entender que aumentar na microscopia é chegar mais próximo do material). As operações de
iluminação, focalização, mudanças de objetivas, correção de iluminação, entre outros
procedimentos, transformam-se numa cadeia rotineira de reflexos, mais ou menos como
ocorre com as operações que resultam na direção de um veículo, neste caso, a sequência dos
trabalhos é de suma importância; assim sendo, oriente cada passo deste trabalho até “adquirir
reflexos”. Evite quebrar lâminas utilizando o MOC, pois, as lentes das objetivas serão
danificadas.
Sobre o Limite de resolução do MOC:
Tem como definição ser a menor distancia entre dois pontos que a objetiva do
microscópio consegue separar.
Calculo do limite de resolução:
LR = k.λ
AN
Onde:
LR = é o limite de resolução
K = é a constante (0,61)
λ = é o comprimento de onda na faixa verde-amarelado da luz branca (0,55); e AN = é
a abertura numérica.
O valor da abertura numérica aparece na objetiva:
Objetiva de 4x possui 0,10 de AN. Onde LR = 0,61x0,55 → LR = 3,35µm
0,10
Objetiva de 10x possui 0,25 de NA. Onde LR = 0,61x0,55 → LR = 1,34µm
0,25
Objetiva de 40x possui 0,65 de NA. Onde LR = 0,61x0,55 → LR = 0,52µm
0,65
Objetiva de 100x possui 1,25 de NA. Onde LR = 0,61x0,55 → LR = 0,27µm
1,25
Quanto maior a objetiva, maior é o valor da abertura numérica e menor o valor
do limite de resolução. Quanto menor o valor do limite de resolução, é com mais
nitidez que a objetiva consegue separar pontos próximos.
ROTEIRO TH 04 MICROMETRIA
MATERIAL Microscópio óptico composto e régua de plástico transparente
TÉCNICA Cortes macroscópicos em diferentes materiais
OBSERVAR A régua nos aumentos de 40X, 100X e 400X
PROCEDIMENTO: para o exercício de MICROMETRIA proceda assim: coloque sob a objetiva,
portanto, na platina, a régua graduada e transparente. Você observará a graduação da régua.
Na microscopia óptica utiliza-se como unidade de medida, “micrômetros”. Sabe-se que um
milímetro dividido por 1.000 é igual a 1µm (um micrométrico é a milésima parte do milímetro,
portanto, em 1mm há 1.000 µm, em meio milímetro há 500 µm). Quando você muda para a
objetiva de 10x, o aumento será de 100x e no campo observa-se apenas 1,5mm, logo, 1.500
µm. Caso haja, por exemplo, uma célula arredondada ocupando todo o campo do microscópio,
seu diâmetro será igual a 1.500 µm. Assim, você conclui que ao mudar para o aumento de
400x, o campo foi reduzido em quatro vezes (o aumento era de 100x, você mudou para 400x)
e a imagem observada será outra: no aumento de 100 X, a célula hipotética era observada,
agora, no aumento de 400 X apenas o seu núcleo será visto em sua totalidade. Qual será sua
conclusão sobre o tamanho deste núcleo? Resposta: no aumento de 100x, o campo é igual a
1.500 µm, no aumento de 400x o campo foi reduzido em quatro vezes, logo, a divisão 1.500
µm por quatro será igual a 375 µm, portanto, esse será o diâmetro do núcleo. Faça os cálculos
em micrômetros para saber qual será o campo num aumento de 40x como também no
aumento de 400X e 1.000X.
ROTEIRO TH 05 Observação de células epiteliais e manuseio do MOC
MATERIAL Espátula de madeira, lâmina, lamínula, corante azul de
metileno ou violeta de genciana, pipeta (ou conta-gotas),
papel de filtro.
TÉCNICA Técnica da dissociação da mucosa oral (bucal)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Células epiteliais vistas de frente, de perfil, isoladas e
aglomeradas. Em todas as células, é possível identificar o
núcleo como uma esfera corada em azul escuro e de
posição central. O citoplasma aparece corado em azul
claro e com a presença de minúsculas granulações. Caso
formem bolhas de ar, estas serão observadas com
margens pretas.
PROCEDIMENTO: com a espátula, raspe suavemente a mucosa que reveste a bochecha, na
cavidade oral. Espalhe o material sobre o centro da lâmina e acrescente uma gota do corante.
Segure uma lamínula com o polegar e o indicador da mão direita, de tal maneira que o ângulo
que contém o material seja de 45º. Deixe a lamínula cair sobre o material, largando-a
bruscamente. Enxugue o excesso de corante com o papel de filtro.
.
ROTEIRO TH 06 Observação da cromatina sexual em células femininas
MATERIAL Espátula de madeira, lâmina, lamínula, corante orceína
acética pipeta (ou conta-gotas), papel de filtro.
TÉCNICA Dissociação de células femininas da mucosa oral (bucal)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Cromatina sexual em 40 até 70% dos núcleos, geralmente
na periferia interna da membrana do núcleo
PROCEDIMENTO: raspe a mucosa oral com a espátula de madeira e coloque o material no
centro da lâmina. Pingue rapidamente uma ou duas gotas de orceína acética sobre o material
coletado. Deixe corar por uns 10 minutos. Coloque então a lamínula conforme orientação
dada, utilize dois pedaços de papel filtro grosso (entre a lâmina e a lamínula) e pressione forte
a lamínula coberta com o papel de filtro com o polegar. Tome cuidado para não deslocá-la
lateralmente. Observação: células femininas normais possuem cariótipo representado por 44A
+ XX enquanto em células normais masculinas essa representação é: 44A + XY.
ROTEIRO TH 07 Observação de células sanguíneas anucleadas e
nucleadas (diferentes formas de núcleo) e de
fragmentos celulares (plaquetas). Prática facultativa.
MATERIAL Microscópio, lâminas, lanceta, algodão, álcool 70%,
corante Leishman. (Opção para a Técnica do Panótico),
papel de filtro, caixa de descarte, cuba para descarte de
lâminas e óleo de imersão.
TÉCNICA Esfregaço de sangue periférico segundo Leishman.
Técnica do Panótico.
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos
brancos / leucócitos polimorfonucleados (neutrófilos,
eosinófilos e basófilos) e mononucelados (linfócitos e
monócitos). Plaquetas (trombócitos). Em neutrófilos de
células femininas é possível (A=1.000X) observar a
cromatina sexual (baqueta)
PROCEDIMENTO: 1. Faça assepsia digital na polpa do dedo mínimo da mão esquerda do
“doador” com solução de álcool 70%). Com a lanceta, pique (perfure) a polpa interna da
falange do dedo mínimo, espere sangrar (presença da hemorragia), utilize, se possível a
segunda gota de sangue, colocando-a na extremidade da lâmina. Faça com uma segunda
lâmina, o procedimento do esfregaço. Ao levar a segunda lâmina até a gota de sangue, por
capilaridade, o sangue escorre na borda desta lâmina (entre a bordo apical da lâmina de
esfregaço e a primeira lâmina, a que você colocou a gota. Faça o esfregaço da direita para a
esquerda e com movimento normal (nem rápido, nem lento demais), conforme esquemas
abaixo. Não volte com a lâmina. Faça o preparo de duas lâminas. Deixe o sangue distendido
secar. A coloração deverá seguir os seguintes passos: 1. A lâmina deve ficar (permanecer) num
suporte numa cuba ou na pia. 2. Cobrir o esfregaço com o corante Leishman por cinco
minutos ( o álcool do corante é o fixador e o eosinato cora estruturas básicas, como o
citoplasma e o azul de metileno cora estruturas ácidas como o núcleo. 3. Gotejar água
destilada sem tirar o corante, com uso da pipeta e/ou conta gotas por sete minutos. 4.
Escorrer e lavar com água destilada; 5. Deixar o esfregaço secar ao ar ambiente. 6. Após
secagem da lâmina, observe-a no aumento de 1000 X utilizando óleo de imersão (não use
lamínula). 7. Observe glóbulos vermelhos em maior número e glóbulos brancos, em roxo e em
menor número. Nota: Técnica de esfregaço (extensão) para sangue periférico, segundo
Leishman (é a mistura de “ROMANOWSKY = eosina + azul de azul de metileno + azur de
metileno, que é o azul de metileno oxidado. Na técnica de PANÓTICO para esfregaço de
sangue, são três os corantes utilizados: corante I – solução de triarilmetano 0,1% ( tempo de
10 segundos); corante II – solução de xantenos 0,1% (tempo de 8 segundos) e corante III,
solução de tiazinas 0,1% (tempo de 5 segundos). Após essas passagens pelos corantes, é só
deixar secar e observar as células sanguíneas.
ROTEIRO TH 08 Observação de células epiteliais (células do fígado ou
hepáticas ou hepatócitos) e manuseio do MOC
MATERIAL Microscópio, lâmina de fígado previamente preparada e
do acervo da Instituição, óleo de imersão.
TÉCNICA Técnica da Hematoxilina e Eosina (H&E)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Células hepáticas mononucleadas e binucleadas. Núcleo,
nucléolo e grânulos de cromatina. Esquematizar apenas
duas ou três células no aumento de 400X ou de 1.000X.
PROCEDIMENTO: Conforme aulas anteriores, inicie a observação manuseando corretamente
o microscópio. Após colocar a lâmina na platina, observe nos aumentos de 40 X, 100 X e 400 X.
Identifique os núcleos em roxo e como estruturas arredondadas. No seu interior é possível
identificar o nucléolo e os grânulos de cromatina (DNA + proteína histona). O citoplasma
encontra-se corado em róseo pela ação da eosina, pois, trata-se de uma estrutura alcalina
(base), portanto, possui afinidade pelo corante ácido (eosina). O corante hematoxilina é
quimicamente base (alcalino), logo, evidencia estruturas celulares de natureza química ácida,
como o núcleo. Pode-se afirmar que o núcleo apresenta basofilia celular enquanto o
citoplasma eosinofilia (acidofilia) celular. Com aumento de 1.000 X (utilize apenas uma gota de
óleo de imersão) faça o esquema de dois cordões de células hepáticas com seus detalhes.
ROTEIRO TH 09 Identificação de componentes celulares com o uso do
mesmo material (fígado), corado por técnicas
diferentes.
MATERIAL Microscópio e lâminas de fígado
TÉCNICA Técnicas: H&E – Hematoxilina e Eosina
H +PAS – Hematoxilina e Ácido Periódico + reativo de
Schiff
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Células hepáticas com aumento de 400 X pela técnica do
H&E e pela técnica do H+PAS (núcleo e glicogênio).
PROCEDIMENTO: Sempre inicie suas observações utilizando o menor aumento do MOC, isto
é, utilize de início a objetiva que aumenta 4 X, logo o aumento inicial será de 40 X. Mude de
objetiva, utilize agora a que aumenta 10x. Neste aumento de 100 X você ao observar a lâmina
corada por H&E identificará o núcleo em roxo e o citoplasma na coloração róseo. Algumas
células do fígado (células hepáticas ou hepatócitos) são binucleadas (apresentam dois
núcleos). Utilize também o aumento de 400 X, você observará grânulos de cromatina e
nucléolo bem evidente no núcleo dos hepatócitos. Faça o mesmo procedimento com a lâmina
corada por H + PAS, utilizando os mesmos aumentos. Você não observará o núcleo tão
evidente, porém, constata que a coloração do citoplasma é diferente, pois, não foi utilizada a
eosina, que cora o citoplasma. Na coloração do H+PAS, há grânulos de coloração vermelho
magenta, os quais correspondem ao glicogênio evidenciado pelo PAS, daí, a utilização da
afirmação PAS+. O principal objetivo deste exercício é o de fazer você perceber que um dado
método de coloração é usado para mostrar certos pormenores das células; já outros métodos
podem não ter a mesma finalidade. Atenção: você não deve memorizar cores, mas sim as
estruturas das células e dos tecidos. Na lâmina corada pelo H&E, as áreas claras (transparentes
no citoplasma) correspondem a imagem negativa do glicogênio.
ROTEIRO TH 10 Ação enzimática da catalase e fatores que atuam na
ação enzimática (temperatura e pH).
MATERIAL Batata inglesa, fígado de boi, lâminas de barbear ou
estilete, água oxigenada, vinagre, fonte de calor, tubos de
ensaio, pinça de madeira, suporte e pegadores de tubos
de ensaio.
TÉCNICA Experimento laboratorial
OBSERVAR Efeito do pH e da temperatura
PROCEDIMENTO: o trabalho deverá ser realizado em equipes. Cada equipe deverá cortar
com auxílio da lâmina de barbear ou estilete, fragmentos de batata e de fígado com
aproximadamente 1 cm de aresta. Coloque em tubo de ensaio, 3 cm3 de água oxigenada (tubo
controle). Coloque em outro tubo de ensaio, 3 cm3 de água oxigenada, adicionando um pedaço
de fígado; verifique o efeito. Constate o oxigênio desprendendo-se. No terceiro tubo de
ensaio, coloque a mesma quantidade de água oxigenada mais um pedaço de batata; verifique
o efeito. Conclusão: pela ação da enzima catalase, a água oxigenada desdobra-se em água e
oxigênio. Coloque agora no tubo controle pedaços de fígado e num outro tubo 3 cm3 de água
oxigenada e de vinagre. Observe e compare o que ocorreu (efeito do pH). Num outro tubo de
ensaio, coloque água de torneira e um pedaço de fígado e leve a fervura por alguns minutos. A
seguir, o pedaço de fígado deve ser colocado em outro tubo de ensaio, com 3 c m3 de água
oxigenada. Oberve o efeito (efeito temperatura). Responda em equipe: Qual é o efeito do
vinagre sobre a ação enzimática; por que, com o fígado cozido, não houve reação enzimática?
O que é pH? Nota: a catalase é uma enzima que fica localizada no interior dos peroxissomos.
RESPOSTAS:
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ROTEIRO CT 01 Membrana impregnada por sais de prata
MATERIAL Mesotélio nitratato (Epitélio simples pavimentoso)
TÉCNICA Impregnação Argêntica – AgNO3
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 100 X e 400 X observe contornos irregulares
delimitando espaços claros. Esses contornos são depósitos de
sais de prata que se precipitam sobre a membrana plasmática,
enquanto os espaços claros correspondem ao meio intracelular
não evidenciado pela técnica.
Observação: a membrana plasmática é imperceptível na microscopia óptica, possui espessura
de 7,5 até 10 nm (ou 60 até 100 angstroms). Na microscopia eletrônica é vista como duas
camadas escuras e separadas por um espaço claro entre elas. Ao nível molecular apresenta-se
na forma de bicamada lipídica com proteínas suspensas (mosaico fluido). Há também nesta
membrana moléculas de colesterol. As proteínas globulares aí presentes são classificadas em
proteínas integrais e periféricas. As proteínas integrais criam canais por onde transitam outras
moléculas, canais estes que podem ser seletivos e que são portadores de poros (aqui ocorre a
passagem de água sem resistência). As proteínas globulares formam outras proteínas que são
denominadas de periféricas, presentes tanto externamente como internamente na membrana
plasmática. As periféricas internas apresentam limitações de movimentos, pois, encontram-se
ligadas ao citoesqueleto celular, já as periféricas externas ligam-se aos lipídios (glicolipídios) e
aos açúcares (glicoproteínas). As glicoproteínas formam o glicocálix, o qual possui duas
categorias de moléculas: uma de adesão celular (CAMs) e outra atuando como receptor de
membrana. Um receptor de membrana pode ser, portanto, uma glicoproteína e/ou uma
proteína simplesmente integral. Os receptores de membrana são importantes, pois, realizam o
reconhecimento celular (entre as células) – sinalização celular (resposta imune mediada por
células – linfócito do tipo T), também auxilia microrganismos a reconhecerem às células alvo. A
sinalização química também relaciona-se com os receptores. Este tipo de sinalização ocorre na
ação dos hormônios, dos neurotransmissores e dos ligantes, tipo de mensageiro químico que
pode alterar o metabolismo celular. Alguns ligantes são enzimas.
ROTEIRO CT 02 Especializações da membrana plasmática: cílios,
flagelos, microvilos (borda estriada ou em escova) e
estereocílios.
MATERIAL Vias respiratórias e tuba uterina/oviduto (cílios);
Espermatozóide e organismos patogênicos (flagelo); Intestino
delgado: duodeno e jejuno-íleo (microvilos ou microvilosidades);
Epidídimo (estereocílios); epiderme (tonofibrilas /
tonofilamentos)
TÉCNICA H&E, Azul de Metileno (espermatozóides) e Azul de
Toluidina para tonofilamentos
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com 400 X, cílios, flagelos, microvilos e estereocílios.
Observação: Cílios e flagelos são extensões da membrana plasmática. São móveis
e com funções diferentes. Os cílios movimentam partículas, bactérias, muco e o oócito
fecundado enquanto o flagelo aderido à célula realiza sua movimentação. Cílios
possuem de comprimento 10 µm enquanto o flagelo de 60 µm. Ambos relacionam-se
com o citoesqueleto, apresentam nove pares de microtúbulos que rodeiam um par
central. Originam-se de um par de centríolos, os corpúsculos basais, de localização
periférica na célula. Crescem a partir destes corpúsculos. Microvilosidades são
projeções da membrana plasmática para o lúmen do órgão. Cada célula absortiva
intestinal apresenta em média três mil microvilosidades. A função é de absorção,
tamanho médio: comprimento 1 µm e diâmetro 0,1 µm. Os estereocílios são microvilos
longos e ramificados do epitélio pseudo estratificado colunar estereociliado deste
ducto extratesticular que é o ducto epididimário. Os tonofilamentos no MOC são
prolongamentos celulares localizados nos desmossomos (são de queratina e com
função de adesão celular).
ROTEIRO CT 03 Permeabilidade da membrana plasmática
MATERIAL Microscópio, lâminas, lamínulas, pipetas e soluções hipo e
hipertônicas de sacarose e de cloreto de sódio, água
destilada e epiderme da planta Tradescantia sp ou Rhoeo
discolor
TÉCNICA Ruptura, destacando a epiderme inferior da folha (será
rasgada)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumentos de 40 X e de 100 X as modificações que
ocorrem na célula em meios hipo e hipertônico.
Observação: A membrana plasmática é semipermeável. A planta utilizada possui o
pigmento antociana (roxo) dentro dos vacúolos das células epidérmicas, cuja cor
auxilia na observação do experimento (de plasmólise). Em meio hipertônico a água sai
da célula, do vacúolo (plasmólise) e é caracterizado pela menor “quantidade” de
antociana no vacúolo, já em meio hipotônico, a água entra na célula, no vacúolo
(deplasmólise) e é caracterizado pela maior “quantidade” deste pigmento no vacúolo.
Tal experimento pode ser realizado com glóbulos vermelhos (hemácias), cuja
morfologia em meio isotônico é a de um disco bicôncavo e em meio hipertônico, de
forma crenada. É interessante aplicar os conhecimentos teóricos do transporte passivo
(difusão simples, difusão facilitada e osmose) e do transporte ativo.
ROTEIRO CT 04 Basofilia Celular (Retículo Endoplasmático Granular
ou Rugoso – REG ou RER) e Inclusão de Proteínas
MATERIAL Pâncreas
TÉCNICAS Gallocianina e H&E
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 400 X, por Gallocianina, basofilia celular
(REG) no polo basal das células acinosas pancreáticas,
núcleo e nucléolo e por H&E: basofilia celular, núcleo,
nucléolo e inclusão de zimogênio (proteína) no polo apical.
PROCEDIMENTO: Observe inicialmente a lâmina corada por H&E, no menor aumento,
verificando o aspecto geral do órgão: lóbulos pancreáticos separados por tecido conjuntivo
com vasos, nervos e ductos excretores. O pâncreas é uma glândula mista com funções
exócrina (produz o suco pancreático) e endócrina (produz hormônios). O que nos interessa no
momento é a porção exócrina, constituída por células epiteliais acinosas serosas, secretoras de
proteínas. Essas células são basófilas devido à predominância do REG, os núcleos são
arredondados com nucléolo bem visível. Essa basofilia é caracterizada pela coloração azulada,
a qual se encontra localizada no polo basal da célula acinosa. No polo oposto, no apical, ocorre
uma coloração avermelhada (eosinofilia e/ou acidofilia celular) que caracteriza a presença da
inclusão da proteína que constitui o suco pancreático (zimógeno ou zimogênio). O Retículo
endoplasmático (RE) que possui ribossomos é REG ou RER e o que não possui é o REAgranular
ou Liso – REAg ou REL. São funções do RE: transporte e armazenamento de materiais, síntese
de lipídios, de carboidratos e de proteínas pelos ribossomos do REG. Os ribossomos são
partículas de 20 até 30 nm constituídos por quatro tipos de RNAr e por oitenta proteínas. Há
tipos diferentes de ribossomos em células procariontes, cloroplastos, mitocôndrias e de células
eucariontes. Ribossomos unidos por uma molécula de RNAm constituem polirribossomos. No
REG ou RER ocorrem os polirribossomos, os quais conferem a basofilia celular para este tipo de
RE. Os ribossomos são os locais onde ocorre a síntese de proteínas.
ROTEIRO CT 05 Complexo de Golgi
MATERIAL Epidídimo
TÉCNICA Impregnação Argêntica – AgNO3 (Técnica de Aoyama)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 400 X, Complexo de Golgi visto no MOC
por técnica Citoquímica.
PROCEDIMENTO: O epidídimo é um ducto genital extratesticular e se constitui num único
“tubo” enovelado (enrolado) cujo comprimento total pode superar 5 metros. A parede deste
tubo possui os tecidos epitelial, conjuntivo e muscular do tipo liso. Na luz ou lúmen do túbulo
epididimário estão localizados os espermatozóides que foram produzidos nos testículos. As
secções nos ductos apresentam-se circulares, elípticas ou com outras formas. As células
epiteliais constituintes destes ductos apresentam os estereocílios, os quais estão voltados para
o lúmen do tubo, local da existência dos espermatozóides. Estas células epiteliais que
revestem internamente o ducto epidimário apresentam grande desenvolvimento do Complexo
de Golgi, o qual se caracteriza na microscopia eletrônica como uma rede tubos ou sacos
achatados, empilhados uns sobre os outros com função de armazenamento e embalagem de
material a ser secretado para o citoplasma ou para o meio extracelular. O Complexo de Golgi
também origina as organelas denominadas de lisossomos. No MOC, o Complexo de Golgi será
observado na forma de precipitações escuras (pretas) no polo apical, tendo logo abaixo o
núcleo de coloração cinza azulada.
ROTEIRO CT 06 Observação de Lisossomos (de suas enzimas
hidrolíticas)
MATERIAL Rim
TÉCNICAS Gomori (Fosfatase alcalina) e Hölt (Fosfatase ácida)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 400 X enzimas presentes nos
lisossomos
PROCEDIMENTO: Os rins são órgãos responsáveis pela homeostasia do organismo, filtram o
sangue produzindo a urina e também produzem hormônios. Apresentam quando seccionados
uma porção central (região medular) mais clara e outra mais externa (região cortical) menos
clara. As técnicas utilizadas são citoquímicas / histoquímicas. A enzima fosfatase alcalina por
Gomori será observada no interior das células renais da porção mais externa (cortical) na
coloração preta, trata-se de coloração específica (seletiva) para tal tipo de enzima, porém,
células renais e seus respectivos núcleos serão palidamente observados. Já a enzima fosfatase
ácida por Hölt também será observada na região cortical, na forma de grânulo castanho escuro
e não serão perceptíveis demais componentes celulares, pois, trata-se também de corante
seletivo. No microscópio eletrônico de transmissão os lisossomos são observados como
vesículas elétron densas. São funções dos lisossomos: digestão de materiais absorvidos e
autólise. NOTA: os peroxissomos são vesículas que também armazenam enzimas (peroxidases
e catalases) e abundantes nas células hepáticas e renais. A enzima peroxidase realiza oxidação
de compostos orgânicos e de radicais livres produzindo o peróxido de hidrogênio enquanto a
catalase realiza a redução deste peróxido (água oxigenada) em água mais oxigênio.
Provavelmente, os peroxissomos se originam quando se dividem em suas metades.
ROTEIRO CT 07 Mitocôndrias
MATERIAL Fígado
TÉCNICA Impregnação argêntica – AgNO3 (Técnica de Polak)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 400 X e/ou 1.000 X o estroma hepático
(citoplasma amarelado) com grânulos de coloração
castanho escuro (são as mitocôndrias)
PROCEDIMENTO: A técnica em uso é citoquímica / histoquímica, ela não objetiva aspectos
morfológicos como os lóbulos hepáticos, portanto, é do tipo seletiva. Consulte os roteiros TH
08 e TH 09. Com pequeno e médio aumento se constata a presença de um estroma amarelado,
pois, não é perceptível a observação poliédrica das células hepáticas (elas perdem seu
contorno devido à técnica). Caso utilize o aumento máximo, pingue uma gota de óleo de
imersão. Com o aumento de 400 X já é possível a observação de minúsculas partículas coradas
em castanho escuto. Cada uma dessas partículas corresponde a uma mitocôndria vista no
MOC. Podem aparecer pequenas esferas (esférulas) as quais correspondem aos núcleos de
células hepáticas e mesmo à hemácias (glóbulos vermelhos). Na microscopia eletrônica de
transmissão as mitocôndrias estruturalmente apresentam duas membranas, uma externa lisa
e outra interna com as cristas para aumentar a área de superfície, além da matriz mitocondrial.
Podem ter várias formas e sua função é a produção do trifosfato de adenosina (ATP) da
respiração celular.
ROTEIRO CT 08 Inclusão de lipídios (imagem negativa)
MATERIAL Pele (hipoderme)
TÉCNICA H&E
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
No aumento de 400 X células adiposas (adipócitos ou
lipócitos) que formam o tecido adiposo.
PROCEDIMENTO: Após explicações dadas pelo professor, observe cuidadosamente a lâmina
macroscopicamente, visando sua colocação correta na platina (ou mesa do MOC), para que o
tecido epitelial (epiderme) da pele fique posicionado em primeiro plano. Para tanto, a porção
mais clara na lâmina corresponde à hipoderme e a mais corada à epiderme e derme, portanto,
a colocação da lâmina na platina deve ser feita com a porção mais corada voltada para o aluno,
logo, a porção mais clara ficará oposta ao aluno. Com o menor aumento (40 X) faça uma
observação global do material (pele) e localize a hipoderme. Movimente o sistema Charriot e
posicione a hipoderme para ser observada em outros aumentos (100 X e 400 X). Nestas células
adiposas, à medida que ocorre o armazenamento de gordura, ocorre o deslocamento do
citoplasma e do núcleo para a periferia da célula. O núcleo inclusive fica achatado. O
citoplasma será observado em róseo e o núcleo em roxo. Fios róseos (eosinófilos) mais
espessos correspondem às fibras colágenas. Devido ao uso de álcool e xilol na técnica do H&E
(materiais que são incluídos em parafina), a gordura foi dissolvida e removida no curso da
preparação da lâmina, daí, a denominação de imagem negativa de lipídios (de gordura). Nota:
quando o material for fixado pelo método de congelação e tratado com corante específico, por
exemplo, o SUDAM III, a base de ácido ósmico, a gordura permanece na célula adiposa e é
revelada no MOC na coloração castanho. As inclusões localizam-se em vesículas, em vacúolos
e/ou na forma de gotas lipídicas. A função geral das inclusões é representada por: estocagem
de material produzido e/ou absorvido pela célula e transporte de substâncias.
ROTEIRO CT 09 Inclusão de melanina (inclusão endógena)
MATERIAL Pele fina
TÉCNICA H&E
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
No aumento de 400 X, grânulos de melanina no interior
de melanócitos como também no interior de seus
prolongamentos e nas células epidérmicas
PROCEDIMENTO: A melanina é um pigmento marrom escuro, produzido pelas células
denominadas de melanócitos (são células epiteliais) que se localizam na epiderme, na coróide
do globo ocular e nas papilas dos folículos pilosos. Nesta lâmina a melanina pode ser
observada tanto na epiderme como nas papilas dos folículos. Focalize a lâmina, com aumento
de 40X localize a epiderme e posteriormente papilas de folículos pilosos. Passe para aumento
de 100 X e posteriormente para aumento de 400 X e observe na epiderme e/ou em alguma
papila grânulos de melanina que aparecem bem escuros (marrom amarelado). A melanina
possui função protetora contra os raios UV. Também é responsável pela coloração da pele com
o pigmento caroteno. Além destes dois fatores que agem na coloração da pele há outros como
a quantidade de capilares sanguíneos. A síntese da melanina é dependente da enzima
tirosinase produzida no REG, a qual é enviada ao Golgi e deste para o citoplasma em vesículas
denominadas de melanossomos I. Uma vez presente no citoplasma o aminoácido tirosina,
sofre ação da enzima tirosinase. Tirosina + tirosinase constituem os melanossomos dos tipos II
e III. A inexistência da tirosinase no melanossomo III já caracteriza o grânulo de melanina. Os
grânulos se localizam nos prolongamentos dos melanócitos e no interior das células
epidérmicas denominadas de queratinócitos. Lisossomos dos queratinócitos destroem tais
grânulos. No albinismo não ocorre a síntese da melanina, por estar ausente a enzima tirosinase
(fator hereditário) ou pela incapacidade de absorção do aminoácido tirosina pelo melanócito.
A deficiência na produção do hormônio cortisol pela glândula endócrina supra renal causa a
produção excessiva do hormônio ACTH pela glândula hipófise, promovendo maior produção
de melanina.
ROTEIRO CT 10 Inclusão de Bilirrubina (inclusão exógena)
MATERIAL Fígado e/ou Fígado com esteatose hepática
TÉCNICA H&E
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 400 X inclusão de bilirrubina na
coloração amarelo alaranjado dentro e fora das células.
PROCEDIMENTO: A bilirrubina é um pigmento resultante da degradação da proteína
hemoglobina (Hb) pelos macrófagos do baço. Glóbulos vermelhos (eritrócitos ou
hemácias)apresentam no seu interior a Hb. A Hb é um proteína conjugada com ferro com
funções no transporte de oxigênio e de dióxido de carbono. As hemácias possuem vida média
de 90 até 120 dias. A destruição (processo denominado de hemocaterese) destas células
ocorre no órgão baço. Esse pigmento cai na corrente sanguínea e é capturado pelos
hepatócitos (célula do fígado) e é utilizado para a fabricação por parte destas células, da bile,
tipo de secreção ácida que será armazena na vesícula biliar (atenção: quem produz a bile é o
fígado e não a vesícula biliar). Quando da presença de problemas hepáticos, como na
esteatose, hepatites entre outras, essa bilirrubina se acumula no fígado e também em outras
partes do organismo (caso da icterícia, caracterizado pelo aumento de bilirrubina lipossolúvel
no organismo). Especificamente, a bilirrubina é insolúvel em água, porém, no REG dos
hepatócitos ocorre a síntese da enzima glucoronil transferase a qual promove a conjugação da
bilirrubina com glucuronato de bilirrubina no REAg ou REL, formando assim um composto
solúvel em água, que será excretado, caso contrário, ocorre o seu aumento promovendo a
icterícia. Muitas são as causas da icterícia (desde a incapacidade dos hepatócitos de
absorverem a bilirrubina lipossolúvel, ausência de enzima, não excreção para o canalículo biliar
do glucoronato, cálculos biliares e até tumores hepáticos).
ROTEIRO CT 11 Pigmento corado – Hemossiderina (Ferro iônico)
MATERIAL Baço
TÉCNICA H&E + Pearls
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 400 X o pigmento hemossiderina em
azul no interior de macrófagos no órgão linfoide baço.
PROCEDIMENTO: O baço é o maior órgão linfoide do organismo, possui morfologia
semelhante a uma língua e se encontra do lado esquerdo do abdome e fica interposto na
circulação sanguínea e é responsável pelo processo de destruição das hemácias
(hemocaterese), pela produção de linfócitos (tipo de glóbulo branco / leucócito) e pela
filtração da linfa. Seu maior constituinte é o tipo celular denominado de linfócito, os quais se
reúnem e constituem nódulos ou folículos linfoides. Estes nódulos em conjunto formam a
polpa branca do baço sendo que as demais estruturas deste órgão constituem a polpa
vermelha. Portanto, o baço apresenta função linfática e hematológica. No menor aumento (40
X) identifique estruturas arredondas (nódulos linfáticos); com o aumento de 100 X já é
possível observar enorme quantidade de núcleos de linfócitos (pontos roxos com nucléolo e
cromatina), bem mais visíveis no aumento de 400 X. Neste mesmo aumento é possível
diferenciar pontos roxos que são os núcleos dos linfócitos e áreas de coloração roxa com azul
claro, as quais correspondem aos macrófagos contendo o ferro iônico (hemossiderina)
revelado pelo corante Pearls na coloração azul claro. O baço externamente possui uma
cápsula fibrosa representada por fibras colágenas (proteína) e por fibras musculares lisas. Essa
cápsula envia septos para o interior do órgão nos quais há vasos sanguíneos, nervos e tecidos
muscular liso. É importante saber neste momento que quando ocorre contrações desta
musculatura lisa o sangue é expulso do interior do baço de volta à circulação, portanto, o baço
também é um órgão armazenador de sangue.
ROTEIRO CT 12 Inclusão de Carboidrato (inclusão do polissacarídeo
glicogênio)
MATERIAL Fígado
TÉCNICA Hematoxilina + Ácido Periódio com Reativo de Schiff (H+PAS)
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
No aumento de 400 X, células hepáticas, núcleos destas
células e glicogênio na coloração vermelho magenta.
PROCEDIMENTO: Com o aumento menor (40X e 100 X) faça uma observação geral do material
e escolha uma boa área para observação com aumento de 400 X. Os hepatócitos formam
cordões celulares, procure observar grânulos de coloração vermelho magenta (púrpura) os
quais correspondem ao glicogênio (tipo de polissacarídeo) no interior dos hepatócitos, além do
núcleo, nucléolo e da cromatina. Um carboidrato é constituído por carbono, hidrogênio e
oxigênio (CHO), com hidrogênio e oxigênio na mesma proporção que a água – dois para um. A
fórmula molecular da água é H2O e do açúcar glicose que é um carboidrato é C6H12O6. São
moléculas usadas para energia, armazenamento de energia entre outras estruturas celulares.
Monossacarídeos apresentam de três a sete átomos de carbono em uma cadeia ou anel. A
glicose possui seis carbonos, logo é um açúcar hexose e ribose e a desoxirribose,
respectivamente do RNA e do DNA possuem cinco carbonos, portanto, são pentoses. Nas
frutas ocorre o açúcar frutose com a mesma fórmula molecular da glicose, porém, possui a
disposição dos átomos diferentemente na molécula. Quando dois monossacarídeos se unem
formam um dissacarídeo e liberam água, tal reação química se denomina síntese por
desidratação. Exemplo clássico é a formação da sacarose a partir da união de uma glicose com
uma frutose. Nas células ocorrem reações similares de sínteses visando a construção de
moléculas para à vida celular, processo que é denominado de anabolismo. Quimicamente, a
sacarose quando decomposta na água em monossacarídeos, afirma-se que a reação é de
hidrólise. Nas células também ocorrem reações de decomposição visando a liberação de
energia contida nas ligações entre os átomos. A decomposição dos nutrientes provenientes
dos alimentos e o catabolismo. Polissacarídeos são combinações de muitos monossacarídeos
com liberação de água. Os polissacarídeos apresentam função estrutural e de armazenamento
de energia. O glicogênio armazena combustível nos tecidos do corpo (fígado, músculos).
ROTEIRO CT 13 Célula caliciforme (tipo de célula epitelial glandular) e
muco
MATERIAL Traquéia
TÉCNICA H&E
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
No aumento de 400 X células caliciformes da mucosa
traqueal contendo muco
PROCEDIMENTO: Geralmente a lâmina que contém a traqueia possui também o órgão
esôfago. Observe macroscopicamente para diferenciar um órgão do outro. Na traqueia,
macroscopicamente, é possível observar um semianel em azul (é a cartilagem hialina deste
órgão). O lúmen (a luz) da traqueia por onde circula o ar é arredondado, ocorrendo o oposto
no lúmen do esôfago (este órgão possui paredes colabadas / aderidas). Vide roteiro CT – 02. As
células caliciformes são encontradas nas vias respiratórias, exceto nos pulmões; no intestino
delgado e grosso como também na tuba uterina / oviduto. São células secretoras de muco
(glicoproteínas) com alta taxa de polissacarídeos, logo, dão reação PAS positiva (PAS+). Pela
técnica do H&E são reveladas na coloração bem clara e intercaladas com células ciliadas de
revestimento. Já na técnica de tricrômico de Masson com aldeído fucsina, são células com
tonalidades de roxo e as de revestimento com os cílios se apresentam na coloração
avermelhada. A morfologia destas células é a de um cálice, daí a sua denominação. O muco
localiza-se superficialmente e logo abaixo deste fica o núcleo alongado e roxo. O microscópio
eletrônico revelou que o polo basal desta célula é bem estreito e contém REG e mitocôndrias,
mais acima, deste polo se localiza o núcleo achatado também envolto por RER e por
mitocôndrias. No polo apical localiza-se o Complexo de Golgi que libera os grânulos de
secreção para o meio externo. Cerca de 50% ou mais do volume desta célula é representado
pelos grânulos de secreção com glicoproteínas. A síntese de proteínas ocorre na base da
célula, local do REG. Monossacarídeos são acrescentados às proteínas tanto no RE como no
Golgi. O muco ao ser secretado (eliminado da célula) é bem hidratado (tipo de secreção
viscosa, elástica e lubrificante). É bom não confundir células caliciformes produtoras de muco
com outras células epiteliais que não são caliciformes e produzem muco, como células das
glândulas do exócrinas do esôfago, do colo uterino (muco cervical) e da mucosa gástrica.
ROTEIRO CT 14 Observação de miofibrilas em fibras musculares.
Citoesqueleto celular (miofilamentos de actina e
miosina).
MATERIAL Língua
TÉCNICA Hematoxilina Férrica – HF
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 1.000 X miofibrilas contraídas e
relaxadas
PROCEDIMENTO: Após explicações dadas pelo professor, observe no menor aumento (40 X) a
lâmina de língua seccionada transversalmente e corada por HF. Externamente, a língua
apresenta tecido epitelial de revestimento, tendo logo abaixo uma pequena área clara de
tecido conjuntivo. O maior volume da língua é representado por tecido muscular estriado
esquelético, tipo de músculo de contração voluntária. Neste mesmo aumento, é possível
diferenciar a porção dorsal da língua, a qual apresenta diversas elevações, as papilas linguais.
Também é possível observar tubos seccionados de forma transversal, oblíqua, longitudinal e
até oblíqua, são vasos sanguíneos. Com o aumento médio de 100 X, procure diferenciar feixes
de fibras musculares seccionadas longitudinalmente e transversalmente. Neste aumento,
posicione-se com ajuda do sistema Charriot nos feixes longitudinais e passe para o aumento de
400 X. Obverve agora os núcleos com nucléolo e cromatina (pontos escuros) que se
posicionam externamente na célula muscular estriada esquelética que é alongada, daí a sua
denominação de fibra muscular. Também neste aumento já é possível detectar estriações
claras (bandas I) e escuras (bandas A) ao longo das miofibrilas no interior da fibra muscular.
Passe para o aumento de 1.000 X e utilize o óleo de imersão. Oberve com este aumento que
há miofibrilas contraídas e outras relaxadas. Na banda I só ocorre o filamento fino de actina
enquanto na banda A existe miofilamentos de actina e de miosina. Na miofibrila contraída não
se observa a faixa ou banda H da banda A, esta só ocorre na miofibrila relaxada ou em
repouso.
ROTEIRO CT 15 Núcleo interfásico e Citoplasma
MATERIAL Fígado
TÉCNICA H&E
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 1.000 X, núcleo, nucléolo, grânulos de
cromatina
PROCEDIMENTO: Inicie corretamente o manuseio do microscópio. Utilize óleo de imersão e
identifique núcleos interfásicos em células hepáticas (hepatócitos). A célula hepática por ser
muito versátil pode ser mono e binucleada. O núcleo ou os núcleos são esféricos e roxos, de
localização central, nesta célula de forma poliédrica. O núcleo foi evidenciado pela
Hematoxilina e o citoplasma pela Eosina, em róseo. O núcleo é o coordenador geral da célula,
possui todas as informações genéticas para o correto funcionamento metabólico como
atividades de síntese de proteínas - transcrição do DNA e da reprodução celular - replicação
do DNA (estágio S). Possui uma dupla membrana com lamelas interna e externa, esta última
contínua como REG ou RER. Há poros nesta membrana a qual também é denominada de
envoltório e possui função se separar o núcleo do citoplasma, permitindo também a entrada e
saída de moléculas do núcleo. Num núcleo interfásico há cromatina (eucromatina e
heterocromatina) a qual é constituída por DNA e por proteínas histonas. Quando ocorrer a
condensação da cromatina constituem-se os cromossomos, porém, o núcleo já não é mais
interfásico é mitótico (a célula se encontra em reprodução – mitose / meiose). O núcleo
interfásico há estágios metabólicos distintos, caracterizados pelos estágios G1, S e G2. O DNA
regula a síntese de proteínas entre outras atividades metabólicas (estágio G1). O nucléolo
geralmente é único, porém há células com dois ou mais nucléolos. Contém muito RNAr e
proteínas e são os responsáveis pela origem dos RNAs dos tipos ribossômico (que forma os
ribossomos) – RNAr e RNA transportador – RNAt. O RNA mensageiro – RNAm forma-se a partir
do DNA pelo processo de transcrição (estágio G1). O citoplasma é um fluído com eletrólitos,
nutrientes de diferentes categorias químicas, aminoácidos, proteínas, enzimas e contém
diferentes tipos de organelas citoplasmáticas, inclusive o núcleo, inclusões e pigmentos. Há
pesquisadores que diferenciam no citoplasma uma porção denominada de citosol, a qual é
formada pelo fluido descrito, pelas inclusões e pelo citoesqueleto de proteínas.
ROTEIRO CT 16 Técnica de esmagamento de meristema apical de
raiz de cebola – Allium cepa
MATERIAL Cebola, béquer (Becker), papel alumínio, água, pinça,
gilete, vidro relógio, placa de Petri, tubo de ensaio, bico
de Bunsen.
TÉCNICA Orceína acética
DESENVOLVIMENTO
DA TÉCNICA
O trabalho deverá ser efetuado em equipe no laboratório
de Citologia da USJT.
PROCEDIMENTO: Selecionar uma cebola globosa (por aluno), aparar suas raízes e colocá-la
na boca do béquer com água (as pontas das raízes não devem mergulhar na água), o béquer
deve ser revestido com papel alumínio (promover artificialmente um ambiente para o
geotropismo positivo). Após alguns dias (3 ou 4 dias), cortamos algumas pontas das raízes
novas (0,5 cm) da extremidade livre. Para esta espécie de planta, o melhor momento para os
cortes é por volta 1:30 hora ou então às 22:00 horas (nestes horários, a atividade mitótica
atinge os mais altos índices e/ou entre 16 /17 horas). Pode-se cortar também em outros
horários. A seguir, mergulhamos as raízes cortadas, utilizando uma pinça ou pincel num tubo
de ensaio, com 2 a 3 ml do corante orceína acética a 5%, levamos o tubo de ensaio ao bico de
Bunsen até ferver (2 a 3 minutos). Despejamos o material numa placa de Petri e com a pinça
ou pincel conduzimos as raízes (2 ou 3 raízes) para cada lâmina. Pingamos sobre cada raiz uma
gota de orceína acética fria e deixamos em repouso durante 5 minutos. Colocamos uma
lamínula sobre o material e, com o uso de papel de filtro, pressionamos a lamínula com
cuidado para esmagar a raiz. Com este método, o meristema apical da raiz de cebola sofre
dissociação das células e os cromossomos são intensamente corados, mantendo-se na posição
esperada para cada fase da mitose e também da interfase. NOTA IMPORTANTE: convém
lembrar que tal técnica refere-se a mitose em células vegetais e há diferenças com a mitose de
células animais. A mitose em células animais pode ser observada em tecidos embrionários
e/ou no extrato germinativo da epiderme, utilizando fragmentos destes tecidos, fixados em
Carnou, ou Bouin ou em líquido de Zenker, a coloração pode ser feita com hematoxilina férrica
de Régaud.
A preparação pela técnica de esmagamento de meristema apical de raiz de cebola (Allum
cepa) pode ser observada consultando o site: http://www.biologia.seed.pr.gov.br
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/
ROTEIRO CT 17 Figuras de Mitose e/ou Ciclo celular mitótico
MATERIAL Raiz de Cebola
TÉCNICA Hematoxilina Férrica
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
No aumento de 400 X e/ou 1.000 X com óleo de imersão,
núcleo interfásico e fases: prófase, metáfase, anáfase e
telófase.
PROCEDIMENTO: Observe, no meristema primário apical, algumas células, procurando
reconhecer as diversas fases da mitose. Para facilitar a observação, utilize aumento de 100 X
e/ou 400 x. Na mitose a célula se divide ativamente. Uma única célula origina duas células
filhas idênticas à célula mãe. Essas células filhas apresentam o mesmo potencial da célula mãe
para se duplicarem e assim continuar replicando / duplicando o DNA. A mitose possui quatro
fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Denomina-se citocinese, a divisão do citoplasma
que ocorre no final da telófase. A prófase se caracteriza pela condensação da cromatina
originando os cromossomos (são formados por duas cromátides idênticas unidas pelo
centrômero ou cinetócoro). A membrana do núcleo deixa de existir como também o nucleólo.
Na metáfase os cromossomos se encontram no centro do fuso mitótico. Ao se separarem de
forma uniforme, constituem a placa metafásica. O centrômero de cada cromossomo se
encontra ligado a uma única fibra do fuso mitótico (essa fibra é um microtúbulo /
citoesqueleto). No início da anáfase, os centrômeros separam-se e cada cromátide (molécula
de DNA) torna-se cromossomo. Essa separação é atribuída às fibras do fuso. A morfologia
cromossômica desta fase lembra letras V com disposição horizontal. Na anáfase a célula torna-
se mais alongada. Esse processo de separação das cromátides é muito importante. Na telófase,
os cromossomos adquirem novamente aspecto de grânulos de cromatina. Surge novamente a
membrana do núcleo e os nucléolos. Microfilamentos citoplasmáticos formam um tipo de anel
o qual promove a citocinese. O controle de mitose é feita por proteínas reguladoras e
específicas denominadas de ciclinas e ciclinas dependentes de cinases (CDKs). O volume (a
porcentagem) de ciclinas é variável a cada ciclo mitótico, deixando de existir totalmente no
final da mitose (na telófase). Já as CDKs quando ativadas proporcionam uma série de reações
enzimáticas as quais promovem a mitose.
ROTEIRO CT 18 Morfologia cromossômica (Cromossomos metafásicos)
MATERIAL Xérox de cariótipo com cromossomos metafásicos
PROCEDIMENTO: Identifique no cariótipo normal dado diferentes tipos de cromossomos
metafásicos: cromossomos metacêntricos, submetacêntricos e acrocêntricos. A posição do
centrômero é fundamental para a identificação. Observação: cada braço cromossômico
observado corresponde a uma cromátide, a qual por sua vez é uma molécula de DNA. A
montagem do cariótipo entre outros estudos pertinentes aos cromossomos serão realizados
pela disciplina de Genética e Citogenética. No espaço abaixo faça esquema dos três diferentes
tipos de cromossomos metafásicos.
ROTEIRO CT 19 Montagem de células com base na microscopia
eletrônica de transmissão ( MET)
MATERIAL Esquemas (desenhos) de imagens das organelas
citoplasmáticas obtidas da MET, cola, papel A-4, lápis
preto.
TÉCNICA Reconstrução de células a partir de modelos básicos
OBJETIVO Caracterizar a função celular através da análise ultra
estrutural.
PROCEDIMENTO: Realizar a montagem no espaço abaixo de apenas de uma das células
citadas a seguir (consulte a bibliografia recomendada): célula secretora de proteínas; célula
secretora de glicoproteínas; célula secretora de esteroides e célula transportadora de íons.
ROTEIRO CT 20 Necrose
MATERIAL Baço
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Com aumento de 400 X, necrose celular
PROCEDIMENTO: Inicie sua observação com aumento de 40 X, passe para aumento de 100 X
e posteriormente para 400x. Células em processo de necrose se caracterizam por
apresentarem núcleo picnótico (volume reduzido, hipercorado devido à cromatina condensada
e com distribuição irregular aderida na lamela interna da membrana do núcleo (cariorréxis ou
cariorrexe), células anucleadas, pois após a carorrexe a cromatina sofre dissolução.
Posteriormente ocorre a morfosfase (alterações citoplasmáticas): surgem grânulos e espaços
irregulares, citoplasma opaco e posteriormente eosinófilo e perda do contato com células
vizinhas. O processo da necrose ocorre devido a um processo de agressão no protoplasma. É
um tipo de morte celular / tecidual que não é fisiológico, ocorre como afirmado devido a um
processo de lesão, o qual promove a lise celular com liberação de conteúdos citoplasmáticos e
do núcleo, desencadeando um processo inflamatório. Não é uma morte fisiológica como
ocorre no processo da apoptose, mas sim um tipo de morte celular que mantém contato com
células vivas. Necrose pode ter as seguintes causas: a) física (ação mecânica, temperatura,
radiações), b) química (álcool, fenóis, detergentes, medicamentos entre muitas outras) e c)
biológicas (vírus, bactérias, fungos, parasitas).
No processo da apoptose ocorre nas células uma diminuição do volume celular (ficam
atrofiadas; presença de citoplasma bem eosinófilo (devido a agregação das organelas
citoplasmáticas e da atrofia celular), cromatina periférica no núcleo, núcleo denso e/ou
fragmentado. Apoptose é uma morte programa geneticamente pela célula e é dependente da
enzima caspase. Trata-se de fenômeno comum nos organismos pluricelulares. Tal processo
pode ocorrer durante o desenvolvimento embrionário e fetal como também na vida pós natal
(infância, adolescência e adulta), portanto, são mortes celulares programadas, fisiológicas,
dirigida por genes. Não ocorre processo de autólise nem de inflamação, porém, há gasto de
energético (de ATP). Suas causas relacionam-se com: manutenção da homestasia, regulações
celulares e teciduais e ainda estímulos patológicos como lesões no DNA (devido a estímulos de
radiação, químicos e virais), portanto, a apoptose pode ocorrer por estímulos normais
(fisiológicos) e patológicos.
ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS
HISTOLOGIA GERAL
Tecidos: Epiteliais
Conjuntivos
Musculares
Nervoso
Roteiros HG – Histologia Geral
Francisco Benedito Kuchinski
Júlio Fernandes
I - TECIDO EPITELIAL (TE)
ROTEIRO HG 01 TE - EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO SIMPLES
MATERIAL Mesentério Nitratado (mesotélio) e/ou rim (A)
Rim (túbulos renais) e/ou tireoide (tiroide) (B)
Vesícula biliar e/ou intestino / estômago (C)
TÉCNICA Impregnação Argêntica (Nitrato de prata) e/ou H&E (A)
Hematoxilina e Eosina para (B) e (C)
LÂMINAS (A):________ (B):_______ (C):_______
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Epitélios simples dos tipos: pavimentoso (A), cúbico (B) e
colunar ou cilíndrico/prismático (C) utilizando aumentos de 40 X
100 X e 400 X.
PROCEDIMENTO: (A) - observe a lâmina macroscopicamente e focalize a lâmina de
rim inicialmente com os aumentos de 40X e de 100X. Você verificará que o rim é
formado por duas porções distintas até o olho nu: uma externa (camada cortical, mais
corada) e outra interna (camada medular, menos corada). Localize a camada cortical
e, nesta, observe ao MOC a cápsula de Bowman, que tem seu aspecto
aproximadamente circular, circundando o glomérulo renal. Identifique o folheto parietal
desta cápsula, constituído por epitélio simples pavimentoso. Observando, ainda a
camada cortical, localize núcleos arredondados de túbulos renais. Estes núcleos
pertencem às células epiteliais que estão constituindo o epitélio simples cúbico do
túbulo contorcido proximal (B). Na porção medular do rim observe núcleos achatados
do epitélio simples pavimentoso, da porção delgada da alça de Henle descendente
(A). Este tipo de epitélio apresenta células com citoplasma delgado e núcleo saliente
na porção mediana das células. Utilizando o aumento de 400X esquematize o folheto
parietal da cápsula de Bowman. No mesotélio nitratado, é evidenciado o depósito de
prata metálica sobre as membranas na coloração escura, portanto, não se observa a
membrana plasmática, mas sim a prata. O citoplasma das células do epitélio simples
cúbico é bem eosinófilo. (C) – Todos os órgãos citados apresentam parede
constituída por camadas (túnicas) denominadas de mucosa, submucosa, muscular e
serosa. Localize a revestimento interno de um destes órgãos com o menor aumento.
Com aumento de 400 X observe as células alongadas com núcleos basais. É
importante notar que as células se dispõem numa única camada. A camada mais
interna, em contato com a luz / lúmen é a mucosa, e nestes órgãos possui epitélio
simples colunar. O tecido subjacente ao epitélio é o conjuntivo do tipo frouxo areolar
denominado de lâmina própria ou córion.
ROTEIRO HG 02 TE - EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO ESTRATIFICADOS
MATERIAL Esôfago e/ou Bochecha / Vagina (A)
Pele Grossa (B)
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina para (A) e (B)
LÂMINAS (A):________ (B):_______
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Epitélios estratificados dos tipos: pavimentoso estratificado não
queratinizado (A) e queratinizado (B) utilizando aumentos de 40X
100 X e 400 X.
PROCEDIMENTO: (A) - Localize o epitélio que reveste a mucosa do esôfago e/ou a
mucosa da bochecha. Observe os diferentes tipos de células, caracterizando-as
através de seus núcleos. Notar que somente as células mais superficiais apresentam
núcleos achatados, portanto, são de células pavimentosas e o epitélio é do tipo
estratificado pavimentoso. Represente com aumento de 400 X, um trecho da mucosa
com o epitélio solicitado. O tecido subjacente é o conjuntivo e ambos constituem uma
mucosa. Na vagina, as células epiteliais superficiais sofrem processo de descamação
contínua, daí a denominação de epitélio escamoso. Nota: outras disciplinas darão
ênfase para a Citologia esfoliativa da vagina pelas técnicas de Papanicolau e/ou de
Shorr. (B) – Observe macroscopicamente a lâmina da pele e descubra uma área mais
avermelhada. Está área corresponde à queratina localizada acima das células
epiteliais. Com aumento de 40 X e posteriormente com 100 X e 400 X, esquematize
um trecho deste epitélio, observando também diferentes morfologias de núcleos sendo
que as células mais superficiais possuem núcleos que caracterizam células
pavimentosas. Essas células deste epitélio são denominadas de queratinócitos.
Observe grânulos basófilos no interior destas células (são grânulos de querato hialina).
Tal epitélio se localiza acima do tecido conjuntivo (derme), daí a denominação de
epiderme. Nota: a pele é constituída pela epiderme + derme.
ROTEIRO HG 03 TE - EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO PSEUDO
ESTRATIFICADO E DE TRANSIÇÃO (polimorfo).
EPITÉLIO GLANDULAR – CÉLULA CALICIFORME
MATERIAL Traqueia (A)
Bexiga urinária e/ou ureter (B)
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E para (A) e (B)
LÂMINAS (A):________ (B):_______
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células
caliciformes e epitélio de transição utilizando aumentos de 40 X
100 X e 400 X.
PROCEDIMENTO: (A) Provavelmente, a lâmina utilizada além de possuir a traqueia
também contêm o esôfago, portanto, há dois cortes transversais de estruturas
tubulares nesta lâmina, ao ser observada macroscopicamente (a olho nu). Identifique
na lâmina a estrutura que possui arco azul e luz / lúmen arredondado, é a traqueia. O
outro órgão tubular com luz bem reduzida e estrelada é o esôfago. Na mucosa
traqueal identifique núcleos localizados em diferentes alturas (em níveis diferentes),
embora as porções basais de suas células estão situadas no mesmo plano inferior,
acima da lâmina basal. Este epitélio possui dois tipos celulares, as maiores ciliadas e
com núcleo próximo à superfície e as outras são menores e é denominado de epitélio
respiratório. A célula caliciforme é um exemplo de “glândula” exócrina unicelular,
secreta muco e é encontrada em mucosas como das vias respiratórias, intestinal e da
tuba uterina. A expressão glândula é utilizada para designar estrutura secretora
multicelular. (B) – Observe no aumento de 40 X e de 100 X a mucosa da bexiga
urinária e/ou do ureter e identifique duas ou mais camadas de células com núcleos
arredondados. No aumento de 400 X constate que as células mais superficiais são
grandes e esféricas enquanto às inferiores apresentam forma variável. Trata-se de um
epitélio estratificado com variação conforme o estado da vacuidade da bexiga urinária.
Assim, quando a bexiga se encontra cheia de urina, as células superficiais apresentam
morfologia achatada.
ROTEIRO HG 04 TE - EPITÉLIOS GLANDULARES – EXÓCRINO
MATERIAL Pele Fina (A), Esôfago (B) e Parótida (C)
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E
LÂMINAS (A):________ (B):_______ (C):__________
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Epitélios glandulares: glândulas sudoríparas, sebáceas,
esofágicas e salivar,utilizando aumentos de 40X 100X e 400X.
PROCEDIMENTO: (A) – Na lâmina de pele fina, inicialmente, macroscopicamente e
posteriormente com aumento de 40 X identifique a epiderme, a derme (área mais
avermelhada) e a hipoderme (área mais clara). A epiderme possui o epitélio
estratificado pavimentoso queratinizado (menos espesso do que na pele grossa). Com
esse mesmo aumento e com 100X é possível identificar os folículos pilosos
seccionados em vários planos e cada um é acompanhado da glândula sebácea
presente na derme (tecido conjuntivo). A glândula sebácea é acinosa. Identifique
também aglomerados de “tubos” cortados também em planos diferentes, são as
representações da glândula sudorípara. A glândula sudorípara é tubulosa ou túbulo
glomerular. (B) – Na mucosa do esôfago você deverá rever o epitélio estratificado
pavimentoso e reconhecer a glândula mucosa esofágica com suas porções: ducto
excretor e porção secretora mucosa com células acinosas mucosas. (C) – Na glândula
salivar parótida reconhecer ácinos serosos, células mioepiteliais e ductos excretores
com: epitélio simples cúbico (ducto intercalar); epitélio simples colunar (ducto estriado)
e com epitélio estratificado (ducto excretor). A luz / lúmen do ducto intercalar é a
menor e a do excretor é a maior. Inicie sempre seu trabalho de observação dos
tecidos utilizando a sequência do menor aumento para aumentos de 100X e 400X.
ROTEIRO HG 05 TE - EPITÉLIOS GLANDULARES – ENDÓCRINO
MATERIAL Tireoide (A), Paratireoide e/ou Supra Renal / Adrenal
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E
LÂMINAS (A):________ (B):_______
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Epitélios glandulares: glândula endócrina vesicular ou folicular e
cordonal, utilizando aumentos de 40X 100X e 400X.
PROCEDIMENTO: (A) - Com o menor aumento você deverá reconhecer os folículos
tireoidianos que caracterizam a estrutura vesicular ou folicular deste órgão endócrino,
constituídos por epitélio simples cúbico. Notar a presença no interior destes folículos
do coloide eosinófilo que contém a tireoglobulina (pré-hormônio). Essas células
cúbicas são as foliculares e responsáveis pela produção dos hormônios tireoidianos:
triiodotironina e tiroxina. Entre os folículos há vasos sanguíneos, predominantemente
de capilares, de tecido conjuntivo e de células parafoliculares responsáveis pela
síntese do hormônio tireocalcitonina ou calcitonina. Observe também nos aumentos de
100X e 400X. (B) – As glândulas paratireoides e o córtex das adrenais apresentam
estrutura cordonal. Na paratireoide as células denominadas de principais formam
cordões em diferentes planos, o que dificulta a caracterização perfeita de cordões.
Entre estes cordões há capilares sanguíneos. O hormônio produzido é o paratormônio.
Há células bem eosinófilas denominadas de oxífilas cuja função ainda é desconhecida.
Já o córtex da supra renal possui células com distribuição cordonal distinta
constituindo três zonas, a mais periférica é a glomerulosa, produtora de aldosterona, a
intermediária é a fasciculada que produz andrógenos e glicocorticoides e a mais
interna é a reticulada, responsável também pela produção dos mesmos hormônios
feitos pela fasciculada. A porção central da supra renal é denominada de medula e
sintetiza catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). Focalize a paratireoide ou o
córtex da supra renal nos três aumentos: 40X, 100X e 400 X e esquematize em
apenas um único aumento, diferenciando estrutura endócrina vesicular (folicular) da
cordonal.
II – TECIDO CONJUNTIVO - TC
ROTEIRO HG 06 TC - TECIDO CONJUNTIVO – Elementos do Tecido
Conjuntivo – Células Conjuntivas e Conjuntivos de
Propriedades Especiais
MATERIAL Polpa de dente jovem e/ou Cordão Umbilical (A), mucosas (B), pele e/ou fígado injetados (C), granuloma dental (D), mesentério (E) e hipoderme (F).
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E (A e B); Nankin e Lítio
Carmin (C), H&E (D) e Weigert / azul de toluidina (E)
LÂMINAS (A):___ (B):____ (C):___ (D):___ (E):_____ (F):____
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Célula mesenquimal indiferenciada, fibroblastos, fibras
colágenas, SFA e Tecido conjuntivo mucoso (A); núcleos de
fibroblastos e de fibrócitos, fibras colágenas e SFA (B);
macrófagos e histiócitos (C); plasmócitos, fibras colágenas e
SFA (D); mastócitos e fibras elásticas distendidas (E), utilizando
aumentos de 40X 100X e 400X.
PROCEDIMENTO: Em todos os seis materiais inicie sua observação com o aumento
de 40X, passa para 100 X e posteriormente para 400X. Siga orientação do Professor
para cada uma destas lâminas. As células mesenquimais possuem prolongamentos
citoplasmáticos que se comunicam entre si. O núcleo destas células ocupa posição
central. Observe a grande quantidade de imagem negativa da SFA, caracterizando o
tecido conjuntivo mucoso ou mucóide. Os fios róseos (eosinófilos) são as fibras
colágenas. Identifique a forma do núcleo comparando fibroblasto com fibrócito no
tecido conjuntivo da mucosa dada. Macrófagos são células que apresentam o núcleo
em forma de rim (feijão), pelas técnicas utilizadas, o citoplasma apresenta colorações
distintas, fato devido ao processo de fagocitose do Nankin e do Lítio Carmin. Os
plasmócitos apresentam citoplasma basófilo pela alta proporção de REG ou RER. Os
núcleos destas células se encontram deslocados para a porção basal (são
excêntricos) e com grande quantidade de cromatina, a qual promove uma imagem ao
núcleo de roda de carroça. Neste material há outros tipos de células de defesa como
leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos), os quais serão ainda objeto
de estudo. Os mastócitos apresentam núcleo esférico e central, granulações com
tonalidades diferentes dependendo do tipo de técnica utilizada. Os fios finos
observados são de fibras elásticas. Nota: célula mesenquimal indiferenciada é uma
célula mater, por exemplo, origina fibroblastos, os quais sintetizam o material
extracelular fibrilar e afibrilar e tornam posteriormente fibrócitos. Miofibroblastos são
fibroblastos diferenciados que realizam processos de contração (apresentam no
citoplasma filamentos de actina). Macrófagos e histiócitos são células de defesa. Os
histiócitos são macrófagos fixos como a célula de Kupffer do fígado. Os plasmócitos
são células responsáveis pela produção dos anticorpos (proteínas – imunoglobulinas –
mecanismo de defesa humoral / químico). Mastócitos produzem histamina e heparina.
Células adiposas (lipócitos ou adipócitos) constituem o tecido adiposo unilocular da
hipoderme da pele.
ROTEIRO HG 07 TC - TECIDO CONJUNTIVO – Elementos do Tecido
Conjuntivo – Material Extracelular Fibrilar e Afibrilar.
Tipos de Tecido Conjuntivo propriamente dito
MATERIAL Tendão ou Pele Grossa e/ou Pele Fina (A); Rim ou Fígado (B) Artéria Aorta (C) e Mucosas (do esôfago, do ureter e/ou........)
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E (A); Impregnação Argêntica
(B) e Weigert ou H&E + Aldeído Fucsina
LÂMINAS (A):______ (B):_____ (C):_____ (D):_______
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Fibras conjuntivas: colágenas (A); reticulares (B); e elásticas
(C), utilizando aumentos de 40X 100X e 400X.
PROCEDIMENTO: Fibras conjuntivas colágena, elástica e reticular constituem a
porção fibrilar do material extracelular. Já a Substância Fundamental Amorfa (SFA)
representa a porção afibrilar e não é observada por técnicas rotineiras, sua
observação será sempre realizada na forma de imagem negativa (áreas claras entre
as fibras colágenas e células conjuntivas). No tendão, você perceberá que as fibras
colágenas ocorrem mais ou menos paralelas entre si e se apresentam eosinófilas, na
coloração róseo pela ação do corante eosina. Essas fibras conjuntamente com células
aí existentes mais a SFA constituem o tecido conjuntivo denso modelado. Na pele,
focalize a derme e observe que as fibras colágenas predominam no campo e ocorrem
em direções e planos diferentes, constituindo o tecido conjuntivo denso não modelado.
Utilize aumentos de 100X e de 400X. Tanto no tendão como na derme da pele, há
pontos roxos que correspondem aos núcleos das células conjuntivas, evidenciados
pelo corante hematoxilina. No rim e/ou no fígado, observe no aumento de 400 X fios
pretos entrelaçados entre si e com células renais (no rim) e/ou hepáticas (no fígado).
Esses fios são as fibras reticulares (reticulina evidenciada por sais de prata). A fibra
elástica não é evidenciada pelo corante H&E, sua observação por esta técnica é
realizada na forma de imagem negativa. Para evidenciar fibras elásticas, os corantes
devem ser específicos, como os citados. A coloração das fibras elásticas é púrpura e
sua morfologia é um fio bem fino quando distendidas (esticada) e de um fio tortuoso
quando não sujeita ao processo de alongamento. Nesta lâmina de artéria, as fibras
elásticas observadas na parede deste vaso sanguíneo não se encontram distendidas.
Observe nos três aumentos: 40X, 100X e 400X. Na mucosa do esôfago e/ou do ureter
ou de outro órgão, observe logo abaixo do epitélio, o tecido conjuntivo frouxo sem
predominância de algum de seus elementos (células, fibras e SFA). Neste tecido
conjuntivo que também e denominado de lâmina própria há proporções bem parecidas
destes constituintes. Observe no aumento de 100X e de 400X. Nota: Fibras colágenas
pela técnica de tricrômico de Mallory e/ou Tricrômico de Masson são evidenciadas em
azul, já pela técnica do H&E em róseo (são eosinófilas).
ROTEIRO HG 08 TC - TECIDO CONJUNTIVO DE SUSTENTAÇÃO / DE
SUPORTE – TECIDO CARTILAGINOSO
MATERIAL Traqueia, orelha e disco intervertebral
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E (A); Weigert (B) e H&E (C)
LÂMINAS (A):___ (B):____ (C):___
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Tecido cartilaginoso hialino (A), tecido cartilaginoso elástico (B)
e Tecido cartilaginoso fibroso, utilizando aumentos de 40X
100X e 400X.
PROCEDIMENTO: (A) - A cartilagem hialina é formada pelo tecido cartilaginoso
hialino. Essa cartilagem localiza-se no septo nasal, na traqueia, nos brônquios e nas
superfícies articulares, daí a denominação de cartilagem articular. A cartilagem
elástica é formada pelo tecido cartilaginoso elástico. Essa cartilagem localiza-se na
orelha, na tuba auditiva, na epiglote e na laringe. A cartilagem fibrosa ou
fibrocartilagem localiza-se no disco intervertebral, em algumas áreas que ocorre a
inserção dos ligamentos e tendões nos ossos e na sínfise pubiana. Observar na
traqueia, abaixo da mucosa, o anel de cartilagem hialina com o pericôndrio (local que
ocorre o principal tipo de crescimento, o aposicional) com fibras colágenas, núcleos
de fibroblastos e de fibrócitos, além dos núcleos dos condroblastos na porção interna
do pericôndrio. Mais internamente, na matriz cartilaginosa, ocorre os grupos isógenos
de condrócitos (local que ocorre o crescimento intersticial da cartilagem). A matriz
cartilaginosa é a área basófila entre tais grupos, sendo mais basófila na periferia
destes grupos. Nesta matriz há colágeno do tipo II com ácido hialurônico,
proteoglicanas e glicoproteínas, os quais conferem a basofilia. (B) - A cartilagem
elástica localiza-se abaixo da pele da orelha, seus condrócitos são maiores e há fibras
elásticas na matriz contínuas com o pericôndrio. (C) - A fibrocartilagem sempre está
muito próxima ao tecido conjuntivo denso. A matriz cartilaginosa da fibrocartilagem é
predominantemente eosinófila, sua basofilia fica restrita ao redor dos condrócitos que
se distribuem em fileiras / cordões. Nota: disco intervertebral pode ser observado na
cauda de cão / de rato. Sua localização entre as vértebras é de suma importância,
pois, amortece impactos e protege contra o desgaste ósseo. Siga orientações do
Professor e observe corpos vertebrais, disco intervertebral contendo o núcleo pulposo
(é de fibrocartilagem no indivíduo adulto).
ROTEIRO HG 09 TC - TECIDO CONJUNTIVO DE SUSTENTAÇÃO / DE
SUPORTE – TECIDO ÓSSEO
MATERIAL Osso descalcificado (calota craniana e/ou osso esponjoso de epífises / maxila / mandíbula e diáfises (A); osso desgastado (díploe, processo alveolar, diáfise (B)
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E para (A e B) e desgaste
para (C e D)
LÂMINAS (A):___ (B):____ (C):___ (D):___
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Tecido ósseo esponjoso e compacto descalcificado e
desgastado utilizando aumentos de 40X 100X e 400X.
PROCEDIMENTO: Células ósseas só são observadas pela técnica de
descalcificação, pois, pela técnica de desgaste são observados os locais que estas
células ocupam, denominados de osteoplastos. Pela técnica de descalcificação +
H&E, com o menor aumento, observe no osso esponjoso: trabéculas ósseas com
matriz óssea e osteócito, área do endósteo e do periósteo, medula óssea nas
cavidades medulares e osteoblastos (são células mononucleadas e com citoplasma
basófilo) bem como osteoclastos (são células multinucleadas e com citoplasma
eosinófilo) nas membranas de revestimento ósseo (periósteo e endósteo). Pela técnica
de desgaste, observe no osso esponjoso as cavidades medulares (sem medula óssea)
e trabéculas ósseas com os osteoplastos e canalículos ósseos. No osso compacto por
técnica de desgaste identifique o Sistema de Havers (sistema nutridor) com o canal de
Havers, lamelas ósseas concêntricas, canalículos ósseos. Caso o corte tenha sido do
tipo longitudinal na diáfise, será possível identificar o canal de Volkman.
ROTEIRO HG 10 TC - TECIDO CONJUNTIVO – Osteogêneses
MATERIAL Díploe e Disco Epifisário
TÉCNICA Hematoxilina e Eosina – H&E
LÂMINAS (A):___ (B):____
OBSERVAR E
ESQUEMATIZAR
Processo de ossificação intramembranoso e endocondral nos
aumentos de 40X, 100X e 400X
PROCEDIM