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RPPS DO BRASIL 1

RPPS DO BRASIL • 1 - Instituto de Previdência e ... · formado por pessoas gabaritadas no assunto RPPS e que, com certeza, ajudarão a fazer uma revista RPPS do Brasil com mais

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RPPS capa

Revista RPPS do Brasil celebra o primeiro ano de vida lançando projeto inovador

É notória a máxima de que sucesso só vem primeiro que trabalho no dicionário. A história de consolidação da Revista RPPS do Brasil permeia essa seara de plantio e colheita. Idealizada pelas goianas, Ana Paula Vasconcelos – advogada e Iliane Fonseca – jornalista / publicitária, a primeira revista específica de regime próprio nasceu com um propósito nobre: o de difundir e estimular a cultura previdenciária no Brasil todo.

Pautadas pela ética, dedicação, zelo e imparcialidade, as diretoras da RPPS do Brasil e sua equipe, sempre buscaram fazer de cada edição da Revista, um campo fértil para fazer brotar plantas de bons frutos previdenciários. Foram 6 edições elaboradas com carinho, contando com a participação de colunistas prestimosos, amigos, parceiros e anunciantes da hora, aos quais agradecemos pelo estímulo e deferência.

Renovamos nosso compromisso de continuar adubando o solo para que nossa árvore chamada RPPS do Brasil cresça e frutifique a cada dia. Imbuídas desse propósito, a direção da Revista apresenta, nesta edição festiva de aniversário, o projeto de educação previdenciária, que está sendo colocado em prática graças a parceria com a Crédito & Mercado Educação Executiva. Através dessa iniciativa, gestores do Brasil todo vão poder melhorar sua qualificação profissional na área de previdência pública.

Ana Paula Vasconcelos e Iliane Fonseca Diretoras

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“Para nós da CAIXA, falar sobre o 1º ano da Revista RPPS é motivo de muito orgulho, não só pelo fato de sermos os gestores do segmento RPPS na CAIXA, mas também pela admiração que temos aos que fazem da Revista RPPS esse excelente veículo, seja na publicação de entrevistas, no relato de eventos e informações úteis aos que fazem a gestão dos RPPSs, seja inovando na abordagem ao tema e contribuindo no fomento e administração dos RPPSs”, Wilson Bernardes Alves - Gerente Nacional de Previdência da Caixa Econômica Federal

“Parabenizamos toda equipe por esse primeiro ano de dedicação aos Regimes Próprios do nosso país.Desejamos mais sucesso e esperamos, a cada edição, a divulgação de temas relevantes que têm ajudado no desenvolvimento do nosso Instituto Previdenciário”, Josenildo Fonseca – presidente do FUNPREI – Ipojuca/PE

“Parabenizo a Revista RPPS do Brasil pelo seu primeiro ano de vida. O que assistimos foi o nascimento de uma revista séria, feita por pessoas muito sérias, que com muita qualidade buscam disponibilizar aos seus leitores, instrumentos e informações que possam contribuir para uma boa gestão dos RPPSs mantendo-os sempre muito bem informados sobre assuntos relevantes do segmento. Desejo a vocês, Ana Paula Vasconcelos e Iliane Fonseca, e à revista, muitos anos de vida”, Edmir Delfino – Crédito & Mercado

Queridas Iliane e Ana Paula, parabenizo-as pelo primeiro aniversário da RPPS do Brasil, uma mídia que muito vem contribuindo para a difusão da cultura previdenciária no Brasil. Devo destacar o comprometimento e cuidado com o conteúdo das matérias publicadas, que certamente nos faz ficar “antenados” com tudo que acontece no segmento dos RPPSs”, Heliomar Santos - presidente da ANEPREM

Confira alguns depoimentos sobre esse nosso 1º ano de vida:

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EducaçãoFomentando a cultura previdenciária brasileira através da educação

Revista RPPS do Brasil, em parceria com a Crédito & Mercado Educação Executiva, lança um valioso projeto de educação de gestoresÉ com muita satisfação que anunciamos e compartilhamos com nossos assinantes, parceiros e colaboradores a concretização de mais um projeto que reafirma um dos objetivos da Revista RPPS do Brasil enquanto veículo de mídia especializada: a transmissão do conhecimento previdenciário.Assim teremos, nas próximas edições, a publicação de fascículos abordando temas de interesse dos gestores e servidores públicos ligados aos RPPSs. Os temas dos fascículos estarão ligados aos produtos de investimentos previstos na legislação, modificações da própria legislação ou outros aspectos que mereçam destaque e esclarecimentos aos regimes próprios.Estes fascículos, encartados no interior da Revista RPPS do Brasil, serão destacáveis e poderão ser acondicionados em capa própria, que também circulará nas

edições futuras.O primeiro fascículo abordará, em linguagem adequada, os principais aspectos dos FIPs – Fundos de Investimentos em Participações. Nos fascículos seguintes serão abordados temas como a Política de Investimentos para 2013; Os Fundos Imobiliários; Aspectos relevantes da renda variável; Cálculo atuarial para não atuários; Intervenções bancárias (riscos); Estudos de ALM e Fundos de Crédito Privado, dentre outros. Todo o trabalho de elaboração do conteúdo de cada edição do fascículo ficará sob a responsabilidade da equipe Crédito & Mercado Educação Executiva.Seja um novo assinante e desfrute das ações e temas trazidos por este projeto, que tem como objetivo fomentar a cultura previdenciária brasileira através da educação.

Revista RPPS do BrasilA Previdência Pública em suas mãos

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CONSELHO EDITORIALApresentamos nosso Conselho Editorial, formado por pessoas gabaritadas no assunto RPPS e que, com certeza, ajudarão a fazer uma revista RPPS do Brasil com mais qualidade editorial.

Benedito Claudio Passos é formado em Matemática e Atuária, mestre em Engenharia de Produção da COPPE e pesquisador em Previdência Social pelo Núcleo Atuarial de Previdência da COPPE/UFRJ

Claudinei Constantino Portugal é funcionário público municipal,bacharel em Direito, presidente do INPAS (Instituto de Previdênciae Assistência Social dos Servidores Públicos do Município de Petrópolis/RJ), presidente da AEPREMERJ (Associação das Entidades de Previdência dos Municípios do Rio de Janeiro).

Fábio Luis Cibinello é presidente do Instituto Municipal de Previdência de Cambé/PR e preside a Associação Paranaense das Entidades Previdenciárias do Estado e dos Municípios - APEPREV.

Gilberson Soares Apolinário, bacharel em Economia, pós-graduado em

Gestão Pública, gestor de Cambuci/RJ e certificado pela ANBIMA CPA 10

e CPA 20.

Heliomar Santos, advogado, formado pela UFRJ, curso de extensão em

Previdência Pública e Privada pela UERJ, pós-graduado em

Administração Pública pela CIPAD/FGV, mestrando em Administração Pública na modalidade profissional

EBAPE/FGV e presidente da ANEPREM.

Lucimar Antonio Teixeira Roxo é mestre em Economia pela Universidade

do Vale do Rio dos Sinos. Gestor de Investimentos do Fundo Municipal

de Previdência de Cachoeirinha/RS. Aderente à linha de pesquisa sobre

“Gestão e Investimentos” - projeto em construção para o doutoramento, é consultor para assuntos de gestão e

processos.

Sandra Maria Garcia de Oliveira, graduada em Pedagogia, Filosofia,

e cursando o 4º ano de Direito. Funcionária pública no Rio Grande

do Norte, escritora, faz parte da diretoria da ANEPREM.

Viviane Santos Carvalho, advogada, pós-graduada em Direito Público pela Universidade Gama Filho, Procuradora do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Duque de Caxias/RJ e consultora da Fundação Getúlio Vargas na área de RPPS, participando de projetos de criação, implantação e reestruturação de RPPS em diversos Estados.

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Olá Leitor,A Revista RPPS do Brasil está comemorando o primeiro ano de existência e tem a honra de apresentar-lhe uma edição recheada de informações importantes para quem vive da temática regime próprio. Nossos colunistas apresentam temas interessantíssimos e importantes no processo de construção da cultura previdenciária. Na coluna que mostra o RPPS em ação no Brasil todo, muitas novidades. Temos entrevistas especiais como a do secretário Leonardo Rolim e de Nancy Abadia, representando o Ministério da Previdência Social. Também trouxemos uma matéria especial sobre a “dança das cadeiras” nos Institutos de RPPS em virtude do ano eleitoral; outra sobre a Portaria 170, que tantas polêmicas têm provocado; a cobertura completa do Seminário Capixaba e um Raio X mostrando como o Espírito Santo cuida do regime próprio.Nas páginas verdes, uma entrevista com a advogada Magadar Rosalia sobre os aspectos da aposentadoria do servidor público brasileiro, além de muito mais. Ótima leitura!

EXPEDIENTE

Direção: Ana Paula Vasconcelos e Iliane Fonseca - Comercial: Revista RPPS do Brasil - 64 3442 6963 / 8133 1707 (Iliane) / 9232 2335 (Ana Paula) - Reportagem: Maysa Abrão / Iliane Fonseca e Ana Paula Vasconcelos - Secretária: Joana D’arc - Design Gráfico: Waleska Costa (64 3442 6635) - Fotografia: Revista RPPS do Brasil - Assessoria Jurídica: Baden Powell & Mourão Advogados - Jornalista Responsável: Iliane Fonseca MTE/RP 2729/GO - Impressão: Gráfica Brasil - Distribuição própria para os RPPSs do Brasil - Editada por RPPS BRASIL PUBLICAÇÕES E EVENTOS - CNPJ: 13.399.934/0001-90

Colaboraram na edição, como colunistas: Luís Arnaud, Heliomar Santos, Paulo Arthur Vieira e Benedito Claúdio Passos, Fábio Zambitte e Maurício Pedrosa

* Os artigos assinados expressam, especificamente, a opinião de seus autores.

CONTATO:64 – 3442 6963 / 8133 1707 / 9232 2335 - R. Nossa Senhora de Fátima, 585 N. Senhora de Fátima – Catalão – Goiás - CEP: 75.709-180 Site: www.revistarppsdobrasil.com.br - E-mails: [email protected] [email protected]

EDITORIAL

Ana Paula Vasconcelos e Iliane Fonseca

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08 - ENTREVISTAA opinião de Magadar Rosalia sobre aposentadoria no serviço público

24 - EVENTOO sucesso do 6º Seminário Capixaba de Previdência

37 - RANKINGOs melhores produtos do mercado

41 - OPINIÃOA influência da “dança de cadeiras” de gestores em virtude das eleições

ÍNDICE 08

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RPPS DO BRASIL • 8Lucimar Roxo quer ver seu projeto adotado no Brasil todo

RPPS ENTREVISTA Magadar Rosalia

A advogada Magadar Rosalia aborda aspectos da atualidade dos benefícios previdenciários durante

o Seminário Capixaba de RPPS

Na sua participação no Seminário, o que a senhora trouxe de novo para essa discussão?Sempre que tenho oportunidade faço questão de discutir os aspectos práticos que contextualizam a atualidade dos benefícios previdenciários, ou seja, o que está sucedendo nos regimes próprios na aplicação dos dispositivos constitucionais relativos a aposentadoria, tanto na regra da Constituição Art. 40, como das emendas constitucionais. Então, trago aspectos que suscitam dúvidas, que

são polêmicos, cuja interpretação é polêmica e que já tem sido aclarada ou pelos Tribunais de Contas, pela jurisprudência, ou pela nossa prática no serviço público, buscando evidenciar qual o entendimento que nós damos sobre a matéria. Nesse contexto, esclarecemos dúvidas na aplicação das emendas e acho que muito pouco existe, doutrinariamente falando, para sistematizar tudo isso em um só bloco. Recebo muitas consultas de pessoas com dúvida, então faço um resumo de tudo isso e coloco o que a platéia

realmente espera ouvir, porque as dúvidas são sempre as mesmas.

Na sua experiência como advogada, principalmente atuando dentro da previdência do servidor público, quais são as dúvidas mais recorrentes?As mais frequentes são relativas à aposentadoria por invalidez. Entendimento esse, muitas vezes equivocado. Não é raro ouvirmos assistente social falando em eventos como o Estado aplica o dispositivo constitucional. Acho uma maneira

A palestrante Magadar leva orientaçãoaos gestores do Brasil todo

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equivocada, pois no processo acaba aposentando pessoas com capacidade laborativa, porque ela não implementa outro instrumento que também existe no regime geral e que o Município e o Estado têm condições melhores de aplicar, através do processo de readaptação. Isso gera um ônus muito grande porque você coloca em indisponibilidade, remunerada, uma pessoa jovem, que apresenta na verdade condições de continuar laborando.Cito um caso dado como exemplo por uma assistente social durante o Seminário Capixaba. Ela disse que no Estado do Espírito Santo concede-se aposentadoria, por exemplo, a um professor com 33 anos, que apresenta problema de voz, não podendo dar aulas, e daí ele é colocado na aposentadoria. Quer dizer, esse ser humano vai ficar no mínimo uns 40 anos aposentado e ele contribuiu, às vezes dez anos, ou menos que isso. Então, ao meu entender, o Estado está equivocado sobre dois aspectos, isso não é uma crítica ao Espírito Santo, estou dizendo ao Estado de uma maneira geral, ele está equivocado porque não capacita esse servidor, não dá instrumentos da utilização da voz e a medicina está aí e existem inúmeros cursos de utilização da voz para não vir a ter problemas. O Estado não faz isso e se faz é carente e insuficiente. E de outro lado, aposenta uma pessoa que tem capacidade laborativa para, por exemplo, se está com problema de voz, exercer uma atividade dentro da escola como coordenação pedagógica ou noutra área similar que não seja necessário o uso contínuo da voz. Então, como que se aposenta uma pessoa jovem apenas porque estava com problema de voz? Lamentavelmente, essa é uma realidade nacional e é preciso fazer alguma coisa. Isso tem que mudar.

Em relação à aposentadoria voluntária, que foi bastante pontuda na sua palestra, quais são as principais dificuldades do ponto de vista de avaliar esse pedido, em sua opinião?Acho que não há muito problema na voluntária, existe apenas, às vezes, a comprovação do tempo de contribuição; o servidor traz outros tempos de serviço, extra municipal, extra estadual e de empresa privada, mas ele não

tem ainda a certidão, ele trabalhou, mas não tem a comprovação desse trabalho, o INSS se recusa a certificar e ele tem que entrar com a ação, que demora anos. Acho que a dificuldade maior é relativa ao próprio servidor de certificar os tempos que ele tem ao longo de uma vida de trabalho.

Em relação à questão da previdência complementar, como a senhora analisa essa questão?Vejo com alguma restrição, porque na verdade, embora prevista constitucionalmente, primeiro, o benefício ao qual o servidor irá fazer jus não é um benefício definido; Então, na verdade, o servidor vai aportar recursos, ele e a administração para a qual ele trabalha, e ele vai usufruir desse aporte de recursos na medida em que eles durarem, ou seja, quando ele se aposentar vai receber enquanto durar. Se ele ficar um tempo mais velho, é o que eu entendo, ele não vai fazer jus, vai ficar com o benefício do limite do regime geral. Então, aquela garantia do servidor se aposentar com integralidade, não tem essa garantia de que ele, durante toda a vida, vai ter a mesma situação econômica que tinha enquanto era servidor ativo. E há algumas discussões que quando o limite do regime geral muda durante a vida funcional da pessoa, porque a pessoa pode entrar, por exemplo, no limite, então ela só recolheria sobre aquele limite, mas aí ela vai passando, vai progredindo na carreira e esse limite pode ser alterado e ela vai ficar fora, como ela faz? Digo isso em algumas discussões, porque acho que só os regulamentos é que vão esclarecer. Por enquanto, a legislação é uma legislação genérica, porque eu conheço a da União e a do Estado de São Paulo e aí o regulamento é que vai especificar todas essas situações. Então, só quando esses regulamentos estiverem editados é que vamos poder dar uma avaliação melhor sobre essa questão, mas em princípio é isso, o servidor realmente não tem garantia de que ele vai, pelo resto da vida, manter aquilo que ele ganhava. Sabemos que, como o recurso não é definido, somente a contribuição não garante, até porque depende do mercado e das aplicações que serão feitas, não existindo nenhuma garantia de sustentabilidade.

A palestrante Magadar leva orientaçãoaos gestores do Brasil todo

A advogada Magadar é procuradora municipal em São Paulo, aposentada, formada em Direito na Faculdade Largo São Francisco. Exerceu a advocacia como advogada do Estado de São Paulo. Apaixonada pelo trabalho que realiza dentro da área pública da previdência, ministra palestras pelo Brasil todo, sempre orientando e suscitando discussões para melhoria do sistema do RPPS. Cidadã consciente, acredita que seu trabalho ajuda na formação de cidadãos melhores, imbuídos dos seus direitos e deveres. “Gosto muito de ensinar, de orientar, me sinto realizada com esse trabalho, que para mim é uma missão. E sempre que posso digo que a pessoa que se aposenta tem de fazer alguma coisa. Não digo continuar trabalhando, mas deve fazer algo pelo qual sinta paixão, porque a paixão pela vida tem que existir sempre, desde a juventude até a morte.

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RPPS artigo

O Ministério da Previdência Social, através da Portaria MPS nº 170, de 25/04/2012, deu mais um passo importante no sentido de promover e incentivar a governança corporativa nos RPPSs. Ao instituir a obrigatoriedade da implementação do Comitê de Investimentos pelo ente federativo, criou o ambiente necessário para que os dirigentes possam discutir o tema internamente. Aqui, pretende-se contribuir para que o RPPS examine a matéria e reflita, cada qual com suas peculiaridades, sobre a melhor forma de pô-lo em prática.Conforme disposto no Art. 3º-A, §1º, é de responsabilidade indelegável do chefe do Executivo, através de ato normativo, criar o Comitê de Investimentos e estabelecer sua estrutura, composição e funcionamento. A este conjunto de regras, consolidado num único instrumento, dá-se o nome de Regimento Interno, que deverá conter, minimamente:Estrutura: bases necessárias para que o Comitê tome corpo, momento em que se definirá sua finalidade e amplitude de atuação.Composição: definição dos membros que farão parte do Comitê, seus

por Luís Arnaud*

deveres e responsabilidades perante o grupo. Deve-se ter o cuidado de compor o Comitê com representantes dos diversos órgãos do Instituto (Executivo, Deliberativo e Fiscal), dando assim um caráter deliberativo às matérias a serem tratadas na ordem do dia. É imprescindível a presença do responsável técnico pela gestão dos recursos, inclusive como membro nato do Comitê, ou seja, sem a sua presença a reunião não deve ser instalada. Isto porque sua reconhecida qualificação técnica e suas atribuições e responsabilidades especificadas em Lei o coloca nesta condição. Dentro da estrutura organizacional do Instituto, o Comitê deve estar posicionado de forma independente, não se submetendo a nenhum órgão, objetivando justamente a imparcialidade de suas decisões. Caso contrário, ele nascerá enfraquecido e seu caráter deliberativo perderá força.Funcionamento: definição das regras gerais de instalação e organização das reuniões do Comitê tais como: responsabilidades e competências, convocação, quorum de instalação e deliberação, periodicidade das reuniões, registros das deliberações.De acordo com o Art. 3º-A, as decisões

deverão ser registradas em ata. Sugere-se, neste sentido, a nomeação de um secretário, função esta que poderá ser exercida por um de seus membros, ou por outra pessoa presente na reunião para este exclusivo fim. Na ata deverá constar: a) data da reunião; b) membros presentes; c) matéria constante da ordem do dia; d) resumo de todas as discussões levadas a efeito; e) deliberações tomadas. Deverão constar, como anexos, documentos apresentados na reunião que embasaram as deliberações. A ata, bem como seus anexos, deverá ser assinada por todos os membros presentes, além do secretário. Após receber uma numeração sequencial, deverá ser arquivada e armazenada por pessoa e/ou departamento designado no Regimento Interno.O parágrafo 2º do Art. 3º estabelece que a implantação do Comitê é facultativa aos RPPSs cujo patrimônio não supere o valor de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais). Entretanto, por se tratar de órgão colegiado imprescindível para os Institutos que almejam uma gestão eficiente e eficaz dos recursos, recomenda-se a implantação independente do limite estabelecido.

Comitê de InvestimentosUma visão prática sobre o assunto

* Luís Arnaud Vasques de Araújo

Contabilista e advogado. Atuou por mais de 28 anos na gestão de planos de aposentadoria de entidade fechada de previdência complementar. É certificado pelo ICSS – Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade

Social, com ênfase em investimentos. É consultor da Crédito & Mercado Consultoria em Investimentos.

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Comitê de Investimentos

* Luís Arnaud Vasques de Araújo

A LEI TURA CUI DADOSA DO PROSPECTO E DO REGULAMENTO DO

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A S S E T M A N A G E M E N T

Junho 2012

objetivo

Auferir ganhos por meio da locação e arrendamento dos imóveis quevenham a fazer parte do patrimônio do fundo por meio da aquisição dedireitos reais além dos ganhos decorrentes da compra e venda deterrenos, imóveis e/ou cessão de direitos reais (CRIs), cotas de outrosFundos Imobiliários e ações de SPEs.

Público Alvo

As cotas de emissão do fundo são destinadas a investidores qualificados, exigindoa aplicação mínima inicial no valor de R$ 1.000.000 (hum milhão de reais).

2° eMissão

O fundo encontra-se atualmente em captação de 150.000 (cento ecinquenta mil) cotas, ao valor unitário de 1.373,90, totalizando um volumefinanceiro de aproximadamente R$ 206.000.000.

negociAção

As cotas podem ser negociadas na BM&FBOVESPA sob o código AQLL11B.

investiMentos

O fundo realiza investimentos em áreas que ofereçam condições ideaispara exploração comercial de empreendimentos imobiliários voltadospara operações logísticas e industriais, e outros ativos conforme definidoem sua política de investimentos.

Os imóveis adquiridos pelo fundo apresentam potencial de valorização de longo prazo, localizados estratégicamente próximos a grandes centrosurbanos, inseridos em importantes polos industriais e logísticos, com acesso as principais rodovias. Os imóveis devem ser locados para inquilinos queofereçam baixo risco de crédito, através de contratos de longo prazo (operação de Buit-to-Suit).

gAlPÕes

Prevista para março de 2013 a finalização da construção do 1° galpão em um imóvel com aproximadamente 12.000 m2 localizado no Distrito Industrialde Taubaté a cerca 700 metros da Rodovia Presidente Dutra. Trata-se de uma região com um parque industrial diversificado e moderno, além de estrutura logística (portos, ferrovias e aeroportos).

terrenos

O fundo possui os terrenos abaixo onde serão desenvolvidos Condomínios Logísticos para abrigar diversas empresas nacionais e multinacionais, de pequeno, médio e grande porte.

Portfolio iMobiliário

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Evolução do Patrimônio

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Rentabilidade do Fundo

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AquillA Asset MAnAgeMent ltdA.Av. Marechal Camara, 160 / sala 1118, Centro - CEP 20020-907, Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Tel.: (55 21) 2240-3636 - Fax: (55 21) 2240-3636 - [email protected] - www.aquillaasset.com.br

As informações contidas nesse material são de caráter exclusivamente informativo, não representado oferta ou publicidade. Fundos de Investimento não contam com Garantia do Administrador do Fundo, doGestor da Carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito - FGC. Ao Investidor é recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e do Regulamento do Fundo. Verifique atributação aplicável. a rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.

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RPPS entrevista

Durante sua palestra no 6º Seminário Capixaba, o Senhor debateu com outros gestores diversos aspectos relacionados a Portaria MPS 170. Qual a sua avaliação dessa Portaria?Inicialmente, vejo como um avanço as questões que foram trazidas pela Portaria MPS 170 no que refere a obrigatoriedade do cadastramento, da criação do Comitê de Investimento e do formulário da aplicação e resgate. No entanto, a Portaria trouxe algumas dúvidas quanto a sua eficácia, uma vez que sua redação diverge da pretensão do próprio Ministério de Previdencia. Tendo em vista que aos gestores cabe a execução da legislação, essa Portaria carece de esclarecimentos ou novas normativas que possam elucidar essas divergências de opinião.

A que tipo de divergência o Senhor se refere?Uma delas se refere ao comitê de investimento. Pela Portaria cabe ao ente federativo, portanto, ao Município ou ao Estado a constituição do comitê. Porém, o Ministério da Previdência entende que essa constituição pode ser feita pela própria Unidade Gestora. Alguns gestores comentaram que com a entrada em vigor dessa Portaria o RPPS pode perder a autonomia na tomada de decisões das aplicações financeiras.

Qual sua opinião sobre isso? Várias são as realidades existentes neste Brasil. Vejo que essa possível ingerência pode ocorrer sim, pois ao atribuir ao ente federativo a responsabilidade pela constituição do Comitê de Investimento

este pode determinar a condução da política de investimento do RPPS por meio da indicação dos membros desse Comitê.

Em sua opinião, como o Tribunal de Contas irá fazer a leitura da referida Portaria?Difícil prever essa leitura, pois o Tribunal analisa textualmente a legislação e não sua intenção. Acredito que irá considerar válida a criação do Comitê de Investimento somente se for instituído pelo ente federativo, na forma definida pela Portaria MPS 170/2012.

Em sua opinião, caberia, por exemplo, uma sugestão ao Ministério de um novo texto por parte das associações que representam os RPPS?Certamente que haverá necessidade de uma discussão maior, de um debate mais aprofundado sobre essa questão. Enquanto integrante de uma Associação Nacional, farei esse diálogo com o Ministério da Previdência e com outras entidades para amadurecermos essas interpretações. Outro ponto que precisa ser revisto é quanto a necessidade de realizarmos um credenciamento e não somente um cadastramento como traz a Portaria, pois o cadastramento das instituições financeiras, administradoras e gestoras de recursos, não passa de um mero registro de dados dessas instituições, ao passo que o credenciamento permite uma percepção da qualidade da gestão das instituições financeiras. O credenciamento também é importante porque pressupõe a publicidade na contratação da prestação do serviço de uma instituição financeira em gestão de

recursos de terceiros. Apesar de esse princípio ser explícito à Administração Pública, não é o que percebemos nas aplicações financeiras. Se não há publicidade, os demais princípios - impessoalidade, moralidade e igualdade - não são cumpridos.

Fala-se muito dos aspectos positivos que os Comitês de Investimentos podem trazer para o Regime Próprio. O Senhor também considera importante o Comitê?O Comitê tem uma grande importância dentro do regime próprio, tendo em vista as discussões realizadas sobre as movimentações financeiras, o que só é possível por meio do conhecimento do cenário econômico, da visão de mercado, da política econômica, enfim uma gestão ativa. Apesar de sua importância para a gestão financeira do RPPS, na Portaria o Comitê foi definido como um órgão auxiliar, o que considero um equívoco, pois não foi dado a esse Comitê os atributos suficientes para que suas decisões fossem deliberativas.

Existe uma estrutura definida para esse Comite? Não. No entanto, entendemos que esse comitê deva ser composto por no mínimo três membros que tenham um conhecimento na área de economia ou finanças, seja por meio de um curso superior de administração, econômica, atuária etc ou uma certificação profissional. Também sou favorável que esse Comitê seja remunerado, já que serão novas atribuições e responsabilidades que os seus membros passarão a ter.

As entrelinhas da Portaria MPS170/12

Portaria editada recentemente pelo Ministério da Previdência suscita discussões pelo Brasil. Entrevistamos Herickson Rubim, tesoureiro da ANEPREM e diretor administrativo e financeiro do IPAMV, um dos

palestrantes no 6° Seminário Capixaba de Previdência. Confira.

Herickson Rubim Rangel, diretor administrativo e financeiro do IPAMV / Vitória

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RPPS artigo por Heliomar Santos*

Gestão pública no contexto brasileiro e o Orçamento Público

A gestão pública brasileira ao longo da história tem se mostrado ineficiente para atender as necessidades da população. As decisões políticas que possibilitam a geração de emprego e renda, preocupação dominante nas ações do governo, têm se mostrado muito dependente da situação econômica do País. O que define as previsões para a elaboração da Lei Orçamentária Anual. No século XX tivemos alguns momentos marcantes. Nos anos 30, com Getúlio Vargas, a reforma trabalhista. Com JK, esta mais evidente, com ações destacadas para o desenvolvimento. No período do governo militar, embora sob a vigência da lei do orçamento, não se tem muita informação sobre o resultado da arrecadação de alguns setores como, por exemplo, o da previdência, e de que forma foram utilizados os seus recursos. Todavia devemos reconhecer que os investimentos utilizados em infraestrutura contribuíram para o desenvolvimento do Brasil.

Nos anos 80, com a pressão dos credores internacionais pelas reformas do Estado, disseminou o sentimento de reformas administrativas, de setores do governo, como solução para se buscar o equilíbrio financeiro e orçamentário. Não obstante o esforço da administração pública para atender as necessidades da população, é possível perceber a falta de preparação dos gestores, dentre outras variáveis, a de atender às exigências dos órgãos de controle externo, que a cada ano tem exigido mais transparência nas ações do governo. A rigidez da legislação orçamentária, notadamente a lei nº 4.320 de 1964, e a lei 8.666, que define os critérios para a licitação – que são necessárias para conter o ímpeto de alguns gestores inescrupulosos - aprovadas após anos de discussão, tem se mostrado ultrapassadas diante da nossa realidade. A Constituição trouxe inovações que tem possibilitado resultados mais eficientes nas ações, embora ainda haja muito que se fazer para dar mais

celeridade à gestão pública. O orçamento público tem se demonstrado cada vez mais insuficiente para atender a demanda crescente dos serviços. Diante da escassez de recursos, os grandes desafios da gestão pública é torná-la cada vez mais eficiente, tornando-a capaz de produzir resultados que atendam da melhor maneira possível os anseios da população. Para isso é preciso que haja flexibilização da legislação, implementando ações voltadas à capacitação dos gestores, possibilitando um maior entendimento do arcabouço legal, aprimoramento da gestão, dotando a administração de meios que possibilitem buscar alternativas que possam não só melhorar a arrecadação, como também controlar a aplicação dos recursos, conscientizando os agentes públicos que com a administração voltada ao interesse público o papel do Estado estará atendendo a sua finalidade.

* Heliomar Santosé advogado, formado pela UFRJ, curso de extensão em Previdência Pública e Privada pela UERJ, pós-graduado em Administração Pública pela CIPAD/

FGV, mestrando em Administração Pública na modalidade profissional EBAPE/FGV e presidente da ANEPREM

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Macaé/RJ - O MACAEPREV - Instituto de Previdência Social do Município de Macaé/RJ realizou, em parceria com o Banco do Brasil um curso de Educação Previdenciária e Financeira para os servidores aposentados e pensionistas. Para os servidores ativos foram repassadas orientações sobre preparação para aposentadoria. O presidente Cláudio Muniz Lopes Ramalho, informou que já está em funcionamento o contracheque online, bastando ligar para o Instituto e agendar o atendimento para retirada de senha e que está iniciando o atendimento pessoal ao servidor, onde uma vez por semana atende os servidores prestes a se aposentar, esclarecendo dúvidas sobre aposentadoria.

RPPS em ação

Rio Grande do Norte / RN – Assembleia Legislativa aprova projeto que determina envio de informações ao Instituto de Previdência do Estado (IPERN). Só o recadastramento previdenciário efetuado pelo Instituto não tem sido suficiente para coibir, com efetividade e agilidade, as fraudes previdenciárias no RN. Muitas vezes, pessoas já falecidas continuam recebendo da previdência. Para evitar essa ação, o deputado estadual, Walter Alves, deu entrada num Projeto de Lei que obriga os cartórios a informar ao IPERN os óbitos num prazo de dez dias. Na sessão plenária, o Projeto foi aprovado por unanimidade e agora segue para sanção governamental. Como o recadastramento só é feito uma vez por ano, não há como cancelar os benefícios, que, assim, continuam a ser pagos mesmo após a morte do segurado. Na visão de Walter, os cartórios poderão se adequar rapidamente a essa exigência, em virtude da Lei nº 8.212, de 1991, que os obriga a comunicar ao INSS, até o dia dez de cada mês, o registro dos óbitos ocorridos no mês imediatamente anterior.

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Teresina/PI - Em maio, Alberto Monteiro (presidente do IPMT/Teresina-PI), Almeida (diretor financeiro) e Juliana Aguiar (assistente jurídico) fizeram o primeiro contato com o Ministério da Previdência, em especial, com a Coordenação do Departamento de Regimes Próprios para implementação do SRPPS (Siprev/Gestão;CNIS/RPPS e INFORME/CNIS/RPPS).

Aparecida de Goiânia/GO – O prefeito da cidade goiana Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB) e o ministro da previdência, Garibaldi Alves anunciaram benefícios aos servidores públicos de Aparecida. O prefeito assinou convênio com o IPASGO garantindo acesso à saúde de qualidade para os servidores municipais e lançou a pedra fundamental da construção da nova sede do Aparecidaprev. À convite do prefeito, o ministro participou do lançamento da pedra fundamental da sede própria do Instituto.Segundo o presidente do Aparecidaprev, Sebastião Ramoncito, desde 2009 o Instituto aumentou em 129% os benefícios concedidos aos servidores e o patrimônio foi ampliado em 200%. Aumento este que possibilitou a construção da nova sede. “O órgão já concede diversos benefícios além do salário após a aposentadoria, e com a nova sede, que terá uma área de quase 1.200 m², irá propiciar ainda mais benefícios como atendimento médico e odontológico, auditório com mais de 100 lugares para a realização de peças teatrais, shows e reuniões. Tudo pensando no bem estar do servidor”, ressaltou o gestor.

Sinop/MT - TCE constata irregularidades no repasse previdenciário em Sinop. Foi julgada procedente a representação externa em razão da constatação de indícios de irregularidades no repasse ao Previ-Sinop. A representação foi feita em desfavor da Prefeitura, sob gestão do prefeito Juarez Costa, advindas da Unidade de Controle Interno Municipal, apresentada pelo Controlador Geral Rodrigo de Souza Martinelli, em razão da constatação de indícios de irregularidades no repasse ao Instituto de Sinop da contribuição previdenciária patronal, desrespeitando a Reavaliação Atuarial nº 560, que apurou custo mensal de 22,68%, sendo: 11,68% a ser custeado pelo ente público (incluída a taxa de administração) e 11% a ser custeada pelo servidor ativo. O gestor tomou ciência desse estudo atuarial, homologado pelo Decreto Municipal 048/2011, porém, no exercício de 2012, continua repassando apenas 11%. Foi determinado que realize o recolhimento no prazo de 90 dias da diferença patronal de 0,68% de todos os meses do exercício de 2012 já vencidos e não recolhidos.

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Teresina/PI - A capital do Piauí tem a quarta melhor previdência municipal do Brasil, segundo relatório do Ministério da Previdência. O Instituto de Previdência dos Servidores do Município tem um fundo de R$ 250 milhões e, mesmo se não houvesse mais nenhum tipo de repasse, poderia assegurar aposentadorias e benefícios por 30 anos. O IPMT conta com 50 mil beneficiários, sendo cerca de 15 mil segurados e 35 mil dependentes.De acordo com o presidente, a atual gestão adotou três estratégias, seguindo orientação do prefeito: administração participativa e compartilhada; modelo de gestão eficiente e resultados. “Fizemos mudanças em áreas estratégicas e temos alcançado as metas”, afirma, ressaltando que a valorização do servidor é passo importante nesse trabalho. “Estamos integrando os servidores e promovendo sua auto estima”, finaliza o presidente Alberto Júnior.

Rio Grande do Sul / RS - Instituto de Previdência do Estado começa a pagar os primeiros maridos beneficiados por pensão. O Instituto analisou cerca de 300 processos e, destes, 13 foram deferidos por preencherem todos os requisitos constantes na norma que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2012. Os beneficiados começaram a receber os valores retroativos à data de óbito das servidoras, já na folha de pagamento de junho. Para o presidente do Instituto, Valter Morigi, é a concretização de mais um direito. “Com este ato, estamos materializando uma lei que estabelece um direito e também uma equiparação de gênero, uma vez que, até então, somente as viúvas tinham a garantia do benefício. Além disso, o direito também é válido para uniões homoafetivas”, ressaltou. Para ter direito ao benefício, os maridos devem comprovar o vínculo por meio da certidão de casamento ou união estável. A lei estabelece como dependência econômica o valor de um salário mínimo regional, atualmente em R$ 700.

Mato Grosso do Sul / MS – Os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei 099/2012, do Poder Executivo, que dispõe sobre a segregação da massa de segurados do MSPrev (Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul). A proposta tem o objetivo de promover a adequação do Regime Próprio para colocá-lo em consonância com as exigências do Ministério da Previdência. Na prática, a proposta divide os segurados em grupos distintos, que integrarão o Plano Financeiro e o Plano Previdenciário. Enquanto o Plano Previdenciário terá a finalidade de acumulação de recursos para pagamento dos compromissos definidos no plano de benefícios do Regime Próprio de Previdência, o Plano Financeiro não tem esse objetivo de acumulação de recursos, sendo as insuficiências aportadas pelo ente federativo, admitida a constituição de fundo financeiro. A segregação é um dos requisitos para a renovação e emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária.

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RPPS financeiro por Mauricio Pedrosa *

Economiaos novos desafios

Qualquer cidadão um pouco mais atento aos assuntos relativos à nossa economia já está percebendo a grande mudança estrutural pela qual passa nossa política monetária. Ancorada numa expansão de liquidez em escala global sem precedentes, o Banco Central do Brasil vem promovendo sucessivos ajustes em nossa taxa básica de juros em mais um aliado neste esforço mundial de recuperação da economia e retorno ao crescimento.

É neste ambiente de especial conjuntura macroeconômica que investidores institucionais encontram desafios cada dia maiores para alocar suas reservas técnicas. O objetivo é obter retornos associados a risco que ofereçam suporte ao passivo atuarial de seus planos de benefícios. Os novos gestores encontram-se

privados do enorme conforto que seus antecessores desfrutaram, quando a simples aquisição de títulos públicos já fornecia retorno superior às suas metas atuariais.

Neste novo ambiente, os riscos de mercado e de crédito serão objeto de maior análise e obrigarão os gestores a alongar seu horizonte de investimento. Em resumo: O overnight não paga mais a conta como no passado e algo precisa ser feito.

O investimento em bolsa será visto como uma alternativa necessária dentro deste novo paradigma. Acreditamos que a percepção do mercado de renda variável deverá acompanhar o próprio amadurecimento da economia, onde encontraremos investidores cada dia mais conscientes de que somente as

* Mauricio Pedrosa é diretor de renda variável da

Queluz Asset Management

estratégias de longo prazo poderão cumprir com seus objetivos dentro de seus portfólios.

Investidores institucionais deverão investir, como já estão fazendo, em capacitação que os habilite a compreender as diferentes estratégias oferecidas pelo mercado. Particularmente, entendemos a bolsa como um lugar onde são comercializadas as ações de diversos negócios. Alguns têm a nossa admiração e gostamos de nos associar ao resultado dessas empresas ao longo do tempo. Entendemos que a análise das qualidades intrínsecas de um negócio será a principal fonte geradora de retornos superiores aos dos benchmarks, contribuindo de forma expressiva para o resultado dos investidores institucionais.

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RPPS entrevista

Sabe-se da importância da ferramenta SIPREV para o Regime Próprio brasileiro. Como o Senhor vê esse trabalho de implantação e otimização do sistema?Hoje, temos um sistema desenhado, estamos implantando no Brasil inteiro, como eu tenho falado ultimamente, deixou de ser um programa do Ministério da Previdência para ser um programa de governo. É um trabalho em conjunto com o Ministério do Planejamento, a CGU - Controladoria Geral da União, que conheceu o sistema e provavelmente será um parceiro nosso nesse trabalho. Temos visitado os Estados, as capitais e o objetivo é que até o ano que vem, o SIPREV esteja implantado em todos os regimes próprios do Brasil. Estamos priorizando os Estados e as capitais, em um primeiro momento, que são aqueles que têm um volume maior de servidores e também uma melhor estrutura e vamos com calma alcançando os demais municípios.

Quais são as principais dificuldades que o Ministério tem encontrado para fazer realidade esse sistema?A principal dificuldade é a qualidade dos dados. Esse é um problema quase que generalizado. São poucos os regimes próprios que tem dados de ótima qualidade. Quando eu falo dados, estou me referindo a dados cadastrais, financeiros e funcionais. Temos uma conclusão clara de que precisamos apoiar os entes no sentido de melhorar a qualidade dos dados. E também não é só dos aposentados e pensionistas, mas também dos servidores ativos. Nada adianta eu ter bons dados dos aposentados e pensionistas e não ter dos servidores ativos. Pois com isso eu não vou conseguir fazer uma boa avaliação atuarial, não vou conseguir conceder as aposentadorias por sistema, não vou ter dados para identificar as acumulações indevidas, enfim, se não tivermos bons dados, todo o trabalho que estamos fazendo pode vir a ser prejudicado.

Dentro disso, tem o censo

Confira a entrevista que a Revista RPPS do Brasil fez com o Secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo José Rolim

Guimarães, sobre os desafios para se fomentar o fortalecimento do RPPS no Brasil.

previdenciário que tem sido difundido e estimulado pelo Ministério da Previdência. Avalia como positiva essa proposta?O censo previdenciário é o primeiro passo para se fazer essa melhoria da qualidade dos dados. O censo foca nos dados cadastrais, e como isso tem melhores informações dos servidores, dos seus dependentes, do seu egresso no setor público. É o primeiro conjunto de dados, da maior relevância, mas não podemos ficar somente no censo, pois ele traz somente informações cadastrais. Precisamos também de informações funcionais, que na maioria dos casos está em papel, não está no sistema. Você tem todo um trabalho de digitar essas informações, digitalizar em alguns casos, já no caso de dados financeiros, a maioria dos regimes próprios tem os dados de 1994 para cá, que é o necessário para a concessão da aposentadoria, mas nem todos têm. Eu diria que dos três conjuntos de dados, o que está em um nível melhor é o financeiro, mas é caso a caso, pois tem entes que tem dados excelentes e outros que nem tanto. Por isso apoiamos muito para que todos apresentem dados de boa qualidade.

Como o Ministério tem apoiado os Institutos, que às vezes tem estrutura pequena? Existe alguma ação nova para ajudar na construção desse sistema de dados?Estamos em fase final de aprovação de um programa em parceira como BID, que vai dar apoio aos Estados e Muncípios, é o PROPREV II, que em um primeiro momento vai ser focado nos Estados e Municípios, mas dentro desse programa já está definido que quando chegarmos na metade da execução dele, iniciaremos o PROPREV III, que será focado nos pequenos Municípios; nessa lógica que eu falei, apoiaremos primeiro os grandes e depois os menores.

E esse sistema ele vai ser

disponibilizado gratuitamente para os Municípios? Como vai funcionar?Vai ser caso a caso, pois como falei tem uns que tem dados de boa qualidade, que não precisa de muito apoio, outros que precisam de mais apoio. Não vai ser um pacote fechado.

E esse programa vai ajudar no trabalho de catalogação dos dados, de digitalização, de fazer mesmo um arquivo qualitativo?Isso mesmo, fazer um arquivo eletrônico, que no futuro possa permitir que as aposentadorias sejam concedidas, como hoje é no INSS, via sistema, em poucos minutos. Que a homologação pelo TCU – Tribunal de Contas da União seja por sistema, seja uma homologação bastante rápida, que a compensação previdenciária se torne mais ágil, tudo via sistema, uma compensação muito mais tranquila, vai viabilizar a compensação previdenciária entre os regimes próprios, além de fazer com que tenhamos avaliações atuariais mais realistas. Hoje, fazemos estimativas, pois como os dados não são bons, estimamos muita coisa. Com dados de boa qualidade, poderemos fazer avaliações que vão refletir melhor a realidade dos regimes próprios.

E o acesso a esse programa, o Ministério vai escolher alguns Institutos, capitais para trabalhar ou o interessado vai entrar em contato?Nós é que temos entrado em contato. Agora, o que vai ser apoiado em cada um, isso vai ser definido junto com o interessado; para cada um, uma realidade. Essa estratégia visa buscarmos, de fato, o equilíbrio financeiro e atuarial dos regimes próprios. Aquela norma que garantia que quem tivesse alíquota de 22% não precisava comprovar o equilíbrio financeiro e atuarial, se extinguiu em 31/12/2011. Então, a partir desse ano para ter o CRP – Certificado e Regularidade Previdenciária, o ente tem

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que comprovar o equilíbrio financeiro e atuarial. E estamos ajudando quem não tem o equilíbrio a encontrar alternativas para obtê-lo. Nós temos trabalhado, por exemplo, com o Mato Grosso, que é um Estado que hoje tem um déficit financeiro de quase 200 milhões por ano, um déficit atuarial de 12 bilhões, e acreditamos que iremos encontrar uma solução que vai zerar esse déficit atuarial e também o financeiro. Esse dinheiro que hoje o Estado e a sociedade aportam para pagar os servidores, poderia ser destinado para outros setores, como saúde, educação. Enfim, o que a sociedade definir como prioridade. Esse trabalho está sendo feito com todos que ainda não tem o equilíbrio.

Dentro desse contexto existe uma estatística do Ministério de quantos municípios estão com déficit?Os municípios eu não terei esse dados agora, mas posso verificar, agora os Estados são dez que não tem o equilíbrio, inclusive já foram notificados.

Em relação ao Consórcio de

Investimentos, por exemplo, lá no Paraná, eles estão fazendo o primeiro embrião, na prática, desse trabalho de investir em conjunto. Como o Ministério avalia essa iniciativa? Estamos muito otimistas com essa ideia, é algo que incentivamos, que se faça investimentos de forma articulada, e investimentos que venham refletir em atividades produtivas, que vá gerar desenvolvimento para a região. Desde que nós assumimos a Secretaria é algo que temos incentivado; nas reuniões do CONAPREV temos estimulado sempre os agentes financeiros a desenvolver produtos com esse viés, produtos voltados para investimentos no setor produtivo, com a rentabilidade compatível com as necessidades dos RPPSs, e que a partir daí se faria investimentos coletivos de vários regimes nesses fundos. Agora mais do que nunca, isso se tornou importante, em função do cenário da redução da taxa Selic, ficará cada vez mais difícil um RPPS manter uma meta atuarial de IPCA + 6% aplicando quase que exclusivamente em título público. O que para uns pode ser um problema, vejo como uma oportunidade, de

diversificar, investir com segurança, com controle, em investimentos produtivos, investimentos que vão dar uma rentabilidade maior, o retorno é mais demorado, mas a lógica de previdência permite isso. Estamos acumulando agora para desembolsar esse recurso daqui a alguns anos. Esse fundos de maior maturação, eles são fundos que são adequados à previdência. Agora, o que tem que ter muito cuidado é para não investir em fundos de má qualidade e é isso que temos orientado sempre, a ter cuidado na hora de escolher onde aplicar, por isso a nossa orientação para que os bancos públicos criem produtos que a gente sabe que vai ter uma gestão mais cuidadosa, que você tem uma instituição grande garantindo a gestão daquele fundo. Já vimos exemplos de fundo que quebraram e causaram prejuízos aos regimes próprios. Essa experiência do Paraná é maravilhosa porque atende todas essas premissas que a gente vem trabalhando. O nosso objetivo maior tem sido isso, de um lado dar melhores instrumentos de gestão e de outro buscar o equilíbrio financeiro e atuarial. Esses dois projetos são os principais nessa linha, junto com a parte legislativa.

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RPPS entrevista

Avaliando a implantação do SRPPS, como está o trabalho?Acho que estamos na melhor fase de implementação, em termos dos compromissos que o Ministério da Previdência Social – MPS - tinha. Eram dois compromissos básicos, o primeiro de definir e desenvolver aplicações, através das quais os Estados e Municípios tivessem condições de construir o seu banco de dados local e exportar para o cadastro nacional. Lembrando sempre que o cadastro nacional é que é a obrigação legal de todos os Estados, Municípios e da União, que é decorrente do artigo 3°, da Lei 10.887 e o segundo é o do Ministério da Previdência informar e compartilhar informação com os Estados e Municípios.

Dentro desse contexto de implantação, como está hoje em nível de Brasil?O MPS está fazendo o seu dever de casa, definindo e colocando para o Dataprev o desenvolvimento das aplicações, e nesse aspecto, temos tido um bom avanço. Estamos homologando uma nova versão do Siprev, que é o banco de dados de nível local dos Estados e Municípios, e essa nova versão contempla outras interfaces que tinham necessidade de serem contempladas, a exemplo de aplicações de funcionalidades voltadas para caracterizar todos os vínculos de um servidor público. Digamos que o servidor público, num mesmo ente federativo, pode ser um médico, um agente administrativo, no mesmo órgão ele pode ter outros vínculos que não estava previsto na funcionalidade anterior porque o sistema era muito voltado apenas para a administração de previdência e não de vínculos. Hoje, é um programa de governo, não é mais um programa só do Ministério da Previdência, dos Estados e Municípios, estamos abrangendo o Ministério do Planejamento que tem que controlar o grande programa de governo, ou seja, melhorar os gastos com a folha pagamento do executivo; portanto, o que precisa ser feito é o cruzamento de dados dos servidores do executivo com

A Revista RPPS do Brasil conversou com Nancy Abadia, coordenadora geral de estudos técnicos, estatísticos e informações gerenciais do Ministério da Previdência,

sobre a evolução no sistema de construção do banco de dados do RPPS.

o cruzamento dos dados dos outros Estados e Municípios para verificação de vínculos em outros entes federativos do servidor que hoje está na ativa na União. Como tivemos essa necessidade, tivemos também que atualizar essas aplicações SRPPS para que abarcasse também essa nova funcionalidade, que é o cruzamento para verificação de duplos vínculos.

Qual é a implicação desse controle na gestão do RPPS?Ajuda muito na gestão do RPPS local, porque quando se tem noção do que se está administrando, você tem condições de fazer uma avaliação atuarial correta, de trabalhar a compensação previdenciária entre os entes federativos. Nesta evolução, hoje temos essa nova versão da aplicação do SIPREV, que é o banco de dados local, já estamos trabalhando o banco de dados nacional e a aplicação de geração de informação, de forma que em 1º de setembro, o ente federativo que tem o seu cadastro, o seu SIPREV já carregado, já pode exportar automaticamente os dados para o cadastro nacional, que é o CNIS-RPPS. Através do cadastro nacional, o Ministério da Previdência, sistematicamente, vai fazer uma série de tratamentos desses dados, fazendo cruzamentos com todos os óbitos registrados dentro da previdência social, com o sistema de benefícios, com dados cadastrais que temos validado dentro da previdência e devolver essas informações para que o Instituto possa fazer um bom gerenciamento da previdência e essa responsabilidade está nas mãos de cada gestor, estadual ou municipal.

Esse sistema de controle de dados vai gerar para o RPPS uma grande tranquilidade em termos de gestão, não é?Será uma tranquilidade que volta no sentido de saber efetivamente o que se está gerenciando, pois passa a contar com uma série histórica, com dados extremamente validados, ele

tem condição de fazer uma avaliação atuarial correta, tem condição de fazer uma concessão automática de benefícios. O módulo de concessão de benefícios vamos incorporar ao SRPPS, e já estamos na fase de definição da ferramenta, sendo que essa definição no novo formato que o MPS está tendo a oportunidade de trabalhar, principalmente pelo grande apoio que o Ministro Garibaldi e o Secretário Leonardo Rolim tem dado, temos conseguido trabalhar assim: as equipes são formadas por pessoas do MPS e técnicos dos Estados e Municípios. Isso significa que além de dar uma agilidade na definição dos novos produtos, temos também a condição de chegar o mais próximo possível da realidade de cada ente federativo.

E fica essa conscientização por parte dos gestores, providenciar essa base de dados local para que em 1º de setembro a máquina comece a funcionar?Lembrando sempre que se tem uma Lei, decorrente dessa Lei vai sair um decreto obrigando a construção desse cadastro nacional, e esse decreto vai se traduzir em uma obrigação que acabará sendo um novo critério para a emissão do CRP. Estamos vendo um grande compromisso dos Estados e Municípios, eles estão construindo a sua estrutura própria, carregando o seu banco de dados local, validando os seus dados, e ainda fazendo o censo previdenciário para melhorar a qualidade desses dados a serem exportados. Todos eles têm publicado decreto, se filiando à construção do SRPPS e se comprometendo a carregar o banco de dados de nível nacional.

O melhor, então, é começar os trabalhos antes da publicação desse decreto?Claro, pois se os trabalhos se iniciam antes da obrigação, pode-se trabalhar com calma, sem prazo apertado, o resultado acaba sendo melhor e ainda o Ministério da Previdência pode

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acompanhar mais de perto, ajudando no que for preciso. Temos como exemplo o Mato Grosso do Sul, que tem trabalhado conosco desde o começo, sendo o piloto desse projeto e avançou bastante, com troca de experiências, onde as equipes técnicas estão sempre em contato direto como MPS, isso expande mais o conhecimento e com certeza melhora os resultados.

Como é feito esse trabalho de treinamento, de orientação?Com os Estados e Municípios treinamos sempre uma equipe que é destacada, os treinamentos e as aplicações são gratuitos, e sempre de forma que nossos instrutores, os técnicos de treinamento da Secretaria de Política de Previdência Social dão o treinamento para uma parte da equipe dos Estados e Municípios. É bom que eles se juntem em grupos e depois eles mesmos se tornam multiplicadores, treinando outros servidores. Os que estão mais

parceiros, como exemplo o Mato Grosso do Sul, Maceió, João Pessoa, esses técnicos eles tem condições, inclusive, de dar treinamento para outros entes federativos, ajudando-nos em outros Estados e Municípios.

Se os gestores quiserem esse treinamento é só entrar em contato com o Ministério da Previdência?Sim, temos uma assessoria institucional, que é representada pela servidora Márcia Paz. Formatamos o treinamento, seja no ente federativo, seja em Brasília/DF, o que for melhor para as duas partes e fazemos o treinamento. Assinamos um termo de compromisso entre as partes, Ministério e Estados ou Municípios, fazemos um bom planejamento, com condições de treinar todo mundo, assim se forma uma obrigação institucional e não de pessoas, de forma que esse banco de dados tem que sempre receber manutenção evolutiva para que possamos ter os dados dos

servidores públicos brasileiros para fazermos qualquer tipo de estudo, e principalmente para que tenhamos condições de, na hora da contratação de um servidor, pesquisar se ele não tem outro vínculo. Não deixar os erros acontecerem para depois correr atrás do prejuízo, para que faça cruzamento com os dados de óbitos. Não só os cadastrados no SISOB, mas qualquer óbito que teve seu registro na previdência social. Faça cruzamento com o sistema de benefícios para ver se as pessoas não estão irregularmente em um ou outro regime, que propicie uma avaliação atuarial com base nos dados reais dos servidores; que se faça a compensação previdenciária entre os entes federativos; que se verifique as questões dos duplos vínculos, para ser regularizada essa situação, e no caso de não ser possível, por qualquer motivo, pelo menos que o gestor tenha consciência dessa situação e que traduza essa questão na avaliação atuarial.

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RPPS atuária por Paulo Arthur e Benedito Passos*

Déficit atuarial dos RPPSsAlíquotas Suplementares

Outra possibilidade prevista na Portaria MPS nº. 403/08 para o equacionamento do déficit atuarial dos RPPSs é a amortização do déficit técnico apurado através do estabelecimento em lei de alíquotas de contribuição suplementares.Estas alíquotas podem ser definidas a partir da aplicação de métodos atuariais de financiamento de sistemas de previdência. Os mais utilizados nos RPPSs são os métodos PUC (Crédito Unitário Projetado), PNI (Prêmio Nivelado Individual), IEN (Idade de Entrada Normal) e o método Agregado.Estes métodos determinam os custos anuais do plano de previdência, que são divididos em dois tipos: Custo Normal e Custo Suplementar.O Custo Normal representa o custo anual atribuído aos serviços prestados pelos atuais segurados do sistema. Em teoria, a acumulação dos custos normais durante toda a vida laboral do segurado constituirá reservas suficientes para custear a totalidade dos seus benefícios.Na prática, ocorrerão diferenças entre o valor necessário para cobrir as obrigações do sistema e os recursos acumulados devido à ocorrência de fatos distintos dos estimados nos cálculos atuariais, como aumentos salariais acima dos previstos, taxa efetiva de mortalidade diferente da estimada ou mudanças na legislação. O Custo Suplementar tem como objetivo

equacionar esta diferença.O financiamento do déficit através deste método consiste na alteração das alíquotas de contribuição de forma que a receita esperada para o próximo exercício seja equivalente ao Custo Normal calculado sob o método de financiamento escolhido, constituindo reservas suficientes para garantir as obrigações previdenciárias.Para o financiamento do Custo Suplementar é estabelecida uma alíquota de contribuição patronal suplementar, tal que o valor da nova contribuição seja suficiente para financiar o Custo Suplementar dentro do prazo legal de 35 anos.Alternativamente, as alíquotas de contribuição suplementares podem ser definidas a partir do fluxo esperado de receitas e despesas do RPPS, sendo respeitado o equilíbrio financeiro do sistema, sem a adoção de um método tradicional de financiamento. Neste caso, as alíquotas suplementares são variáveis, normalmente crescentes, permitindo uma maior flexibilidade na definição das despesas dos patrocinadores.Para garantir o equilíbrio atuarial do sistema é necessário que o valor presente das contribuições suplementares futuras seja, no mínimo, equivalente ao déficit atuarial calculado.

Vantagens:É um método simples de ser implantado, bastando a alteração das alíquotas de contribuição e a criação de uma alíquota suplementar para as patrocinadoras. São métodos internacionalmente reconhecidos e geram efeitos práticos de fácil compreensão para todos.

Desvantagens:Dependendo das características dos segurados, os métodos tradicionais apresentam custos elevados, acima da capacidade de pagamento das patrocinadoras, inviabilizando a implantação do modelo.Além disso, devido às variações naturais das características do RPPS, os custos calculados podem mudar. Portanto, para a manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial é necessária uma revisão anual da legislação de custeio, podendo haver alterações freqüentes das alíquotas de contribuição.Finalmente, o estabelecimento de uma nova alíquota de contribuição representa um novo encargo previdenciário incidente sobre a folha de vencimentos dos ativos, portanto deve ser incluído na apuração da despesa de pessoal para fins de apuração dos limites da LRF.

* Benedito Cláudio Passos é formado em Matemática e Atuária, mestre em Engenharia da Produção

– COPPE e pesquisador em Previdência Social pelo Núcleo Atuarial de Previdência – NAP da COPPE/UFRJ

* Paulo Arthur Vieira é atuário MIBA/MTB 1.521, bacharel em

Ciências Atuariais pela UFRJ e faz avaliações atuariais para RPPS desde 2005

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RPPS jurídico por Fábio Zambitte *

Previdência de servidores públicos municipal e estadual:os limites da regulamentação federal

De acordo com o art. 24, XII da Constituição de 1988, compete à União, Estados e DF legislar concorrentemente sobre previdência social. Os Municípios têm a prerrogativa de instituir regimes próprios com base nos arts. 30, I e 40 da Constituição. Sendo a matéria de competência concorrente, cabe à União estabelecer normas gerais, preservando a autonomia dos demais entes federados (art. 24, § 1º, CF/88).Sobre tais questões, não há dúvida. A controvérsia é quanto ao grau, isto é, em que medida pode a União impor determinadas condutas e limites na organização e criação de regimes próprios de previdência para servidores públicos estaduais e municipais. O federalismo brasileiro, como se sabe, é dotado de características próprias, devido à sua natureza centrífuga, ou seja, oriundo de um país unitário, o qual, artificialmente, criou e atribuiu competências e prerrogativas a entes até então completamente subordinados ao poder central. Outros países formaram uma federação centrípeta, o que implica dizer que eram províncias soberanas ou de elevada autonomia que, após consenso, renunciaram à parte de suas prerrogativas e competências em prol de um poder central.No primeiro caso, que é o brasileiro,

há uma tendência de maior concentração de poder no governo federal. Já no segundo, as províncias tendem a preservar maior parcela de competência. No caso brasileiro, ainda há o impacto do Welfare State, o qual, devido às elevadas atribuições na área protetiva, traz maior controle central, como forma de melhor distribuir esforços e uniformizar a cobertura da população. A federação brasileira, então, acaba por transmitir muitos poderes à União, tanto pela sua formação histórica como pelos objetivos abrangentes da Constituição de 1988. Sem embargo, a tensão entre a autonomia local e a unidade nacional não poderá ser resolvida pela preponderância quase absoluta da segunda. É certo que maior ingerência federal nos RPPSs é justificável, em parte, pela ascendência do interesse nacional na matéria, pois não há razão para parâmetros diferentes na concessão de aposentadorias, por exemplo. Todavia, limites são necessários.Estados e Municípios não são meras descentralizações administrativas, autarquias territoriais, na expressão de Renato Alessi, mas pessoas jurídicas dotadas de autonomia, nos termos da

organização fixada pela Constituição. As ideias tradicionais sobre a organização estatal, no sentido da limitada atuação dos entes federados, deve ser reavaliada dentro do novo regramento constitucional. A Constituição de 1988 é, em âmbito mundial, a mais dirigente em matéria previdenciária – incluindo os RPPSs – e, aliada a uma forte regulamentação federal, pouco sobraria para os demais membros da federação brasileira. Ora, se foi intenção do Poder Constituinte preservar e mesmo incentivar os regimes próprios de previdência, não faria sentido lógico ou jurídico impor restrições severas a tais regimes. Do contrário, seria melhor adotar, de uma vez, a unificação previdenciária no Brasil.Em conclusão, a regulamentação vigente deve ser interpretada em conformidade com a Constituição, o que impõe, de um lado, a redução teleológica de alguns dispositivos, como o art. 15 da Lei nº. 10.887/04, que somente poderia estabelecer determinado critério de correção à União e, por outro lado, a inconstitucionalidade de outros dispositivos, com o art. 5º da Lei nº. 9.717/98, o qual veda aos RPPSs concessão de novos benefícios, mesmo com fundamento atuarial consistente.

* Dr. Fábio Zambitteé Doutor em Direito Público – UERJ; Mestre em Direito Previdenciário – PUC/SP; Prof. da FGV/RJ; Prof. e coordenador de Direito Previdenciário

da EMERJ; Conselheiro Rep. do Governo no Cons. de Recursos da Previdência Social – MPS; Auditor Fiscal da Receita Federal; Prof. de Direito Previdenciário do Centro de Estudos Jurídicos 11 de Agosto – CEJ Fórum/RJ

Déficit atuarial dos RPPSs

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RPPS evento

O Seminário promovido pela Associação Capixaba dos Institutos de Previdência do Espírito Santo – ACIP, com apoio do Ministério da Previdência Social – MPS, da Associação Brasileira de Institutos de Previdência Estaduais e Municipais – ABIPEM, da Associação Nacional de Entidades de Previdência dos Estados e Municípios – ANEPREM, da Prefeitura de Domingos Martins, e com o patrocínio da Caixa Econômica Federal - CEF, Banco do Brasil – BB e Banco do Estado do Espírito Santo – BANESTES aconteceu na Pousada Eco da Floresta, em Domingos Martins, nos dias 24 e 25 de maio de 2012. Num clima agradável, típico de região montanhosa, próprio do povo capixaba, e em meio a muito verde, o presidente da ACIP, José Augusto Ferreira de Carvalho, abriu o evento ressaltando a importância de se preparar os gestores de regime próprio para uma gestão eficaz. Ele lembrou, também, o trabalho desenvolvido no Espírito Santo para fortalecer a consciência previdenciária, tão importante para garantir o futuro dos servidores públicos brasileiros. “Estamos dando a nossa contribuição realizando esse evento, estimulando a discussão sobre as práticas de

gestão, possibilitando a troca de experiências entre os participantes com foco na melhoria do trabalho diário nos institutos. Além disso, estamos oferecendo uma programação com palestras e oficinas tratando de aspectos que impactam diretamente os RPPS’s”, destacou o presidente.A solenidade de abertura contou com a participação de autoridades que pensam e defendem a cultura da previdência no Brasil. José Augusto Carvalho – presidente do Instituto de Previdência de Guarapari e da ACIP, Adeval Irineu Pereira – presidente do Instituto de Previdência de Domingos Martins, o anfitrião do Seminário; Márcia Paes Caldas – analista da coordenação geral de estudos técnicos, estatística e informações gerenciais do Ministério da Previdência Social, Herickson Rubim Rangel – tesoureiro da Associação Nacional de Entidades de Previdência dos Estados e Municípios – ANEPREM, Domingos Augusto Taufner, conselheiro e corregedor geral do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo - TCE/ES; Wilson Bernardes Júnior – gerente nacional de previdência da CEF, Volgano da Rocha Júnior – gerente de negócios/governo

VI Seminário Capixaba de PrevidênciaOs desafios na gestão dos RPPSs foram temáticas do evento realizado pela ACIP

da superintendência estadual do BB e João Comério – coordenador de gestão de recursos de terceiros do BANESTES participaram da abertura do evento. Com cerca de 290 pessoas inscritas de institutos de vários municípios e também do RPPS do Estado, o Seminário tratou de temas como “A atualidade dos benefícios previdenciários” proferida por Magadar Rosária Costa Briguet; Domingos Augusto Taufner e João Luiz Cotta Lovatti do TCE/ES falaram sobre “TCE/ES e as aposentadorias proporcionais”; “Investimentos / Superação da Meta Atuarial” foi o tema abordado por profissionais da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil; “Orientações técnicas do MPS” foi o foco da palestra do representante do Ministério da Previdência, Allex Albert Rodrigues e dentro da programação ainda aconteceram workshops sobre “Perícia Médica com Dora Martins Cypreste”, “Controle interno com Luís Filipe Vellozo de Sá do TCE/ES”, “Plano de contas aplicado ao setor público com Alexsander Binda Alves”, “Modelo de credenciamento e comitê de investimentos com Herickson Rangel”, “SIPREV com Márcia Caldas do Ministério da Previdência” e “Gestão dos RPPS’s / cenários administrativos com o gerente da CEF, Wilson Bernardes”.

Autoridades ligadas ao tema RPPS e gestores capixabas, juntos, pelo fortalecimento do regime no ES

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VI Seminário Capixaba de Previdência

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ACIPUma associação forte e com foco!

RPPS raioX

O presidente da ACIP – Associação Capixaba dos Institutos de Previdência, José Augusto Ferreira de Carvalho, em entrevista à Revista RPPS Brasil, fala como tem sido dirigir esta importante entidade.

Fazendo um breve balanço, como se desenvolve o trabalho à frente da Associação?A Associação, hoje, tem obtido grandes êxitos. Temos uma excelente integração entre os regimes próprios do Estado do Espírito Santo e todos são filiados à ACIP. Aspiramos alcançar um trabalho unificado de gestão e de ajuda mútua, ou seja, os maiores ajudando os menores, os mais experientes ajudando os que estão iniciando, e nenhum instituto aceitar um problema sem apontar uma solução. Sempre que alguém está com dificuldades, buscamos um ao outro e sempre encontramos um case de sucesso, ou seja, ajudamo-nos mutuamente. Isso é muito interessante e acredito ser o que se destaca nos RPPS’s do Espírito Santo, sendo este um diferencial para a ACIP. Sempre coloco que a Associação tem a função educacional. Usamos muito o termo: nivelamento do conhecimento, o qual buscamos a informação e o conhecimento de forma unânime. Hoje, as técnicas e as rotinas de gestão dos RPPS’s, independente do seu tamanho, são praticamente as mesmas; então, colocamos estas ações para que todos tenham acesso no momento certo. A ACIP realiza reuniões da seguinte forma: uma, na primeira sexta-feira do mês e sempre com temáticas. Por exemplo, estamos no momento da construção do plano plurianual, este é o foco atualmente e todos têm a mesma informação, sempre buscamos agilizar um formato que seja bom para todos. Como estamos no momento de construir a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a ACIP se mobiliza para debater as melhores propostas. A política de investimentos é um diferencial no Estado do Espírito Santo coordenada pelo trabalho da ACIP; procuramos que todos tenham o mesmo modelo e com isso, trazemos um consultor externo isento, para que

possa ensinar a desenvolver e a ajustar a política de investimentos, a fim de sanar as barreiras dos institutos, porque aquilo que for problema para um, será problema para todos e aquilo que for solução para um, será para todos.

Quantos municípios estão nessa linha de nivelamento?Temos 35 municípios com RPPS e mais o Estado do Espírito Santo, sendo que, ao todo, no Estado, são 78 municípios e a Associação é uma referência para todos. Sempre trabalhamos em conjunto, na mesma linha de crescimento, raciocínio e isso é muito bom para todos.

Fale-nos um pouco da história da Associação.A ACIP começou em 1996, ficou parada durante um tempo e agora, desde as últimas duas gestões, tomou fôlego e vem trabalhando. Utilizamos as dependências do Instituto de Previdência de Vitória (IPAMV), que é

um instituto grande, o da nossa capital e tem toda estrutura com auditório. É ali que realizamos nossas reuniões, mas estamos trabalhando para termos a sede própria, onde possamos deixar uma referência, uma marca, para que estas ações perpetuem. Acreditamos muito no crescimento dos regimes próprios como um todo.

Acompanhamos uma política de estímulo por parte do Ministério da Previdência e de parceiros para a criação de novos RPPS’s. No Espírito Santo, a Associação atua, de alguma forma, incentivando a criação de novos regimes no Estado? Sim, começamos esta tarefa em dezembro de 2005. Construímos uma cartilha, cujo título é: “As vantagens do RPPS frente ao RGPS (Regime Geral de Previdência Social)”, que teve o apoio do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. E, sempre que temos a manifestação de interesse

José Augusto, o dedicado presidente da ACIP

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de implantação do RPPS, sugerimos a demanda para o Banco do Brasil e Caixa Econômica, que possuem profissionais qualificados para ajudar na estruturação do instituto de previdência. Procuramos sensibilizar os municípios capixabas, as câmaras municipais, sindicatos de professores, outros sindicatos de classe mostrando, sobretudo, aos professores, vantagens em ter um regime próprio; por ser possível ter dois vínculos, duas matrículas e duas aposentadorias. Diferente do regime geral, onde o servidor contribui sobre um teto, e por fim da sua vida laboral tem uma aposentadoria apenas. Isso forneceu grande resultado, pois hoje temos seis municípios capixabas em processo de implantação, inclusive, o de Colatina, com quase cinco mil servidores e que já está em sua fase de estudo para iniciar mais um RPPS, e por isso, estamos satisfeitos. Não paramos por ai, temos um acordo firmado com o Tribunal de Contas do Estado, para que assim que tenhamos os resultados das eleições, o Tribunal faça um trabalho com os prefeitos eleitos, visando à importância: do regime próprio, no que

tange a parte econômica e social tanto para o município quanto ao regime. E mais ainda, a questão legalista, porque hoje o artigo 40 disciplina como uma regra, a fomentação e a garantia do regime próprio ao servidor público, de caráter contributivo e solidário; mas, alguns municípios observam isso como exceção, contudo não concordamos, asseguramos que a Constituição traz isso como regra principal. Então, quando passamos para um princípio de legalidade, sempre usamos esse argumento que tem sido forte e o Tribunal também está sendo um grande parceiro entendendo desta forma.

Quer deixar uma mensagem aos associados?Temos algumas dificuldades, cada dia é um novo desafio estar à frente de um RPPS. Porém, isso não é diferente em lugar algum, todo trabalho é composto de desgastes e de muitas alegrias, mas buscamos realizar as ações com carinho, amor e dedicação, isso certamente geram melhores resultados e sempre são maiores que os desgastes. É interessante saber que nosso trabalho

visa garantir o nosso próprio futuro assim como o dos nossos colegas servidores, assegurando uma boa aposentadoria e uma condição digna depois de terem trabalhado tantos anos servindo aos cidadãos. Jamais devemos olhar os servidores públicos como pessoas sem expectativa, que simplesmente esperam a chegada de sua aposentadoria; infelizmente essa é a visão da maioria das pessoas fora do serviço público. Quando fizermos referência ao servidor público, devemos sim, pensar naquela professora que educa nossos filhos, aquele médico plantonista que fica por diversas horas em plantões árduos, naquele bombeiro militar que doa sua vida para salvar alguém, e que acima de tudo, estão ali com o ideal de cuidar bem de todas as pessoas; esse é o servidor público; e é para ele que devemos trabalhar e garantir uma qualidade de vida depois de tantos anos de trabalho. José Augusto Carvalho, o presidente da ACIP, está à frente da Associação desde maio de 2010. É servidor de carreira do município de Guarapari/ES há 30 anos, onde é o gestor do Instituto local desde a sua criação, em janeiro de 2005.

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RPPS do Espírito Santo

RPPS raioX

Um Instituto antigo e atuante

O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo completa 102 anos de existência, mais motivado que nunca. Começou como caixa beneficente, passou por todos os modelos de previdência e de assistência, até que em 2004 foi consolidado como regime único de previdência do Estado de todos os servidores, de todos os poderes, incluindo o Ministério Público e o Tribunal de Contas. Atualmente, conta com 65 mil segurados, sendo aproximadamente 35 mil ativos, 25 mil inativos e 5 mil pensionistas, segundo Gilberto de Sousa Tulli, diretor de investimentos do RPPS.O Instituto é composto por presidência executiva, diretoria técnica, diretoria administrativa e financeira e diretoria de investimentos. Ainda tem uma gerência jurídica e outros setores de apoio, como assessoria de comunicação e núcleo de tecnologia e informação. É uma autarquia independente, bem estruturada e consolidada no Estado e tem boa relação com o governo e com os órgãos de controle. Uma das preocupações da atual diretoria sempre foi administrar os recursos para garantir a aposentaria futura dos

servidores. Para isso, em 2010 foi criada a diretoria de investimentos, que desde então vem gerando bons resultados. Em 2011, enquanto muitos Institutos ficaram aquém da meta atuarial, o RPPS do Estado Capixaba conseguiu superá-la em mais de um ponto percentual. Administrando os recursos através da segregação de massa desde 2004, o Instituto aposta num fundo previdenciária capitalizado, já ultrapassando meio bilhão de reais investidos, segundo informações da diretoria.E o trabalho no Instituto não pára. O próximo projeto é instalar a sede do Instituto num prédio mais amplo e funcional e futuramente reconstruir a sede própria. Do ponto de vista de gestão, o Instituto adquiriu um novo sistema, que está em fase final de implantação e junto com esse sistema de gestão, estão sendo revisados todos os processos administrativos e de concessão de benefícios. “Estamos revisando os fluxos de processos, procurando automatizar todo trabalho operacional, dando assim uma cara nova ao nosso sistema, o que nos possibilitará um controle melhor, e uma prestação de serviço de maior

qualidade aos nossos segurados”, destaca o diretor de investimentos.O Instituto busca o cumprimento da legislação. Em 2009 foi realizado o censo previdenciário, exigido por lei para comprovar a existência do direito ao benefício. E recentemente, foi assinado um acordo com o Ministério da Previdência e o Banco do Brasil para fazer o censo previdenciário completo, utilizando o software gratuito SIPREV Gestão desenvolvido pela Dataprev, em parceria com MPS e MPOG. Dessa vez, serão abrangidos os ativos, inativos e pensionistas de todos os poderes. “Seremos pioneiros no Brasil, fazendo o recadastramento com dados digitalizados. Esse trabalho irá envolver, além de alimentação de banco de dados, com dados pessoais e funcionais dos segurados, um cadastro completo dos documentos digitalizados para importarmos para o novo sistema e começarmos a trabalhar com processos totalmente virtuais. A partir daí, o próprio segurado, pelo portal do segurado, passará a acompanhar seus processos com maior transparência. É um processo complexo, que não será fácil, mas temos confiança de que iremos conseguir”, destaca Gilberto.

Gilberto, diretor de investimentos

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IPREVITARPPS raioX

Um Instituto com gestão participativa

Entrevistamos a Diretoria Executiva do Instituto de Itapemirim / ES, Wilson Marques Paz – Diretor Presidente, a Diretora Previdenciária Alda Maria de Souza – primeira presidente do Instituto e o Diretor Administrativo-Financeiro, José Carlos Rodrigues Coutinho sobre a saúde do IPREVITA. Confira.

Como tem sido o trabalho desta diretoria?Wilson: O IPREVITA começou sua história com a gestão da Alda Maria na presidência, sendo oficialmente criado em 31/12/2001 como autarquia. Estou no terceiro mandato, e a partir de 2012 estamos exclusivamente à disposição do Instituto porque até março desse ano desempenhávamos dupla função, ou seja, na autarquia SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itapemirim) e na gestão do IPREVITA. Hoje, com a dedicação exclusiva no Iprevita, estamos trabalhando para fortalecer o regime próprio do Município, onde estamos desenvolvendo projetos como à capacitação dos nossos conselheiros, pois acreditamos que não basta nomeá-los, mas é preciso oferecer ferramentas para que eles façam uma fiscalização eficiente e consciente, ou seja, com conhecimento. E ainda, com objetivo de nos aproximarmos cada vez mais dos servidores segurados pelo Iprevita, além da elaboração do segundo informativo sobre as ações do Iprevita, estamos também elaborando o manual do servidor aposentável, cuja entrega deverá ocorrer no final do mês de outubro, pois no dia 28 se comemora o dia do Servidor Público.Vale ressaltar, que todos os trabalhos realizados no Instituto, desde a criação até o inicio de março deste ano, foram todos feitos por servidores da municipalidade, de forma voluntária e sem nenhuma remuneração.

Como está a saúde financeira do Instituto?Wilson: Todo o trabalho de investimentos fica sob a responsabilidade do Diretor Administrativo Financeiro, José Carlos Rodrigues Coutinho, certificado pela AMBIMA.

José Carlos: Graças a Deus, muito sadia. Na verdade, o objetivo do IPREVITA e de todos os Institutos é superar a sua meta atuarial, o que conseguimos nos anos de 2010 e 2011. Para o ano de 2012 estamos trabalhando para superá-la, o que é uma tarefa muito difícil nos dias de hoje, pois temos que conseguir rendimentos superiores à meta atuarial, ou seja, o IPCA + 6 %, levando em consideração que a taxa Selic se encontra na casa de 8 % a.a., e ainda com sinais de declínio da

mesma para os próximos meses. O IPREVITA está saudável e hoje estamos com cerca de R$ 33 milhões investidos. Nossa despesa é pequena, pois temos apenas 14 aposentados e 5 pensionistas, com isso estamos capitalizando recursos para o futuro. Vale ressaltar, que começamos do zero, com muita economia desde a primeira gestão do IPREVITA, que tinha a Alda Maria como presidente. Economizamos tudo que foi possível, o que é economizado e arrecadado investimos em fundo de renda fixa e renda variável.

Qual a mensagem para seus munícipes, para os servidores que estão acreditando nesse trabalho da diretoria?Wilson: Deixo uma mensagem de otimismo e peço que continuem acreditando no nosso trabalho, porque o que fazemos é com amor e dedicação para que possamos garantir nosso futuro; quando falo nosso, não é somente da Diretoria Executiva, e sim de todos os servidores públicos do Município de Itapemirim.

Como à senhora se sente vendo, hoje, um Instituto saudável, sendo até referência para o Estado do Espírito Santo?Alda: Feliz, porque sabíamos que depois da emenda 20, a municipalidade teria dificuldade para garantir os proventos de seus futuros aposentados, pois passou a ser tempo de contribuição e não mais tempo de serviço. Nós não contribuíamos para nenhum fundo. Foi com essa mudança que surgiu o IPREVITA. No início, foi um grande desafio, como tudo no começo. No fim de nossa administração, adquirimos o imóvel (sede do Instituto), que hoje, está em final de reforma, adequando a construção às necessidades dos aposentados e pensionistas. Somos uma diretoria onde tudo o que fazemos é em prol de uma previdência saudável e que garanta o nosso futuro.

Os diretores aqui entrevistados são servidores efetivos - concursados -, eleitos e escolhidos pelos servidores segurados do IPREVITA.

Wilson, Alda e José Carlos - IPREVITA

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IPAMVRPPS raioX

Vitória/ES conta com um Instituto atuante e inovador.

Confira a entrevista com a presidente Marta Gagno Intra.

Como a Senhora avalia seu trabalho frente ao Instituto?

Entrei no Instituto em março de 2010. Tarefa difícil, uma vez que, o ex-presidente Domingos Taufner (gestão 2005 a março de 2010) assumia o cargo de Auditor de Contas do Tribunal de Contas, através de concurso público, e deixava uma marca no IPAMV de qualidade e competência em sua gestão. Agradeço, de público, o apoio recebido pelo Domingos, foi fundamental para a transição. Ainda, em 2010 demos início ao novo modelo de planejamento estratégico em parceria com a Secretaria de Planejamento da Prefeitura, aprimorando ainda mais a capacidade de execução das políticas previdenciárias com a criação do Comitê Gestor e as Comissões Temáticas. Criamos o Comitê de Investimento, o acompanhamento mensal ao PE e recebemos em 2010 o segundo lugar do prêmio nacional de “boas práticas de gestão em RPPS” dado pela ANEPREM.Em 2011, demos um salto de qualidade e gestão: Reformulamos o Informativo; criamos a ouvidoria; implantamos a Lei da segregação de massas dos servidores municipais; superamos a meta atuarial em quase 2% e fechamos o ano com chave de ouro recebendo o 1º lugar do prêmio “boas práticas de gestão.”. Mudamos o site do Instituto, o qual ganhou novos links, novidades, estimulando a participação do segurado; fizemos a calçada cidadã e melhoramos a acessibilidade para os aposentados; expandimos o PPSQV - Programa de Promoção e Qualidade de Vida do Servidor oferecendo além de capacitação permanente em cursos, seminários e oficinas, também aulas de yoga, alongamento e ginástica laboral.

Sob a coordenação da Dra Henriqueta Sacramento, ampliamos o PPSQV com uma programação variada de oficinas e palestras para os segurados visando a saúde integral e a qualidade de vida com maior entrosamento e resultados. Outro ponto relevante do Instituto é a importância do Conselho Administrativo e Fiscal que são órgãos colegiados que asseguram a continuidade da gestão do IPAMV, solidários por cuidar das questões referentes a gestão previdência do Município.

Que outras novidades foram desenvolvidas na sua gestão?

Lançamos a Cartilha do IPAMV impressa e online, sobre os direitos previdenciários dos servidores municipais de Vitória os inteirando da necessidade da cultura previdenciária desde o início de sua vida funcional. Em 2012 o IPAMV fez 15 anos de RPPS e iniciou o ano se confraternizando com uma comemoração que contou com a presença do Prefeito, do MPS, do TC, da ANEPREM, da ACIP, dos 03 ex-presidentes do período, dos conselheiros, dos parceiros e dezenas de segurados. Ao longo desses 15 anos, o IPAMV realizou 02 concursos e está executando o terceiro, e hoje, com um quadro de 27 servidores entre efetivos da Instituição e servidores cedidos pela Prefeitura tem sido referência em qualidade e excelência de gestão em RPPS no Estado, elevando o nível de formação de seus servidores e o alto padrão dos serviços e da política previdenciária do Município de Vitória. Outra conquista para os servidores foi a Lei 82.52/2012 que incorporou a gratificação previdenciária à sua remuneração. A cada ano aprimoramos

nossas metas e ampliamos nossos desafios em busca de novas conquistas. Este ano estamos atentos às portarias, às novas orientações e legislações estabelecidas pelo Ministério da Previdência e pelo Tribunal de Contas, à implantação da LAI, do Sistema de Controle Interno, o novo plano de contas, convictos de que esta mudança de paradigma estabelecida em parceriapelos Órgãos orientadores e fiscalizadores trouxe o fortalecimento e o reconhecimento de que há uma nova cultura previdenciária vigente em nosso País. Mais recentemente temos início à parceria do Ministério da Previdência com a Prefeitura de Vitória e o IPAMV com a implantação do SIPREV e do Censo Previdenciário publicando o Decreto nº 15.356/2012 e o Plano de Trabalho visando à constituição de registro integrado das remunerações, proventos e pensões e à melhoria substancial da qualidade dos dados previdenciários do município e doInstituto.Em 15 anos de RPPS o IPAMV cresceu mais de 230% e o fundo financeiro já ultrapassa a casa de 200 milhões, apontando para sua sustentabilidade financeira e atuarial. Este resultado só foi possível porque há compromisso e zelo do ente federado, da equipe dos servidores, do corpo diretivo e seus conselheiros, da parceria dos órgãos orientadores e fiscalizadores, enfim daqueles que acreditam no trabalho desenvolvido com planejamento estratégico, com o envolvimento de todos em busca da excelência da gestão previdenciária e da qualidade dos serviços prestados aos servidores e segurados do Município de Vitória. Muito obrigada!

Marta Gagno, presidente do Instituto de Vitória

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IPAMV Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Guarapari / ES – IPG

RPPS raioX

Conheça a história deste Instituto

Criado em janeiro de 2005, o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Guarapari / ES – IPG é uma Autarquia, que tem como finalidade prover os recursos para garantir: a concessão, o pagamento e a manutenção dos benefícios de aposentadoria e pensão aos segurados vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS.

Com uma organização administrativa composta de: Conselho Municipal de Previdência – CMP e Diretoria Executiva, o IPG conta com dois fundos, sendo um permanente chamado de Fundo Previdenciário Capitalizado, garantindo benefícios aos servidores concursados ingressos a partir de 29 de dezembro de 2005; e o outro de caráter temporário chamado de Fundo Previdenciário Financeiro, garantindo ao atual grupo de servidores ativos, inativos e pensionistas, os benefícios previdenciários de aposentadorias e pensão. O Município, além de transferir as contribuições patronais, realiza também aportes para pagamento das atuais folhas de pagamento dos servidores inativos e pensionistas integrantes do Fundo Financeiro, visando uma reserva financeira para compromissos futuros.

Distribuição da população segurada em dezembro/2011:

Os benefícios de aposentadoria em dezembro/2011 estão assim distribuídos:

Desde dezembro de 2011, o Conselho Municipal de Previdência aprovou a Política de Investimento do IPG para o exercício de 2012, que consiste em alocar os recursos financeiros em aplicações que apresentem o menor risco, a maior liquidez e a melhor rentabilidade possível. Nesse sentido, a alocação dos recursos será mantida, em sua maioria, em fundos de renda fixa (90%), sendo somente, 10% destinado a renda variável. Naquele mês, o IPG tinha em sua carteira o montante de R$ 43.341.962,40. A carteira do IPG, gerida por instituições financeiras públicas, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, obteve em 2011 uma rentabilidade de 14,12%, bem superior a meta atuarial (INPC + 6% a.a.), que foi de 12,44%.Esse resultado para o presidente do Instituto, José Augusto Ferreira de Carvalho, é fruto da dedicação de uma equipe. “Dedicamos-nos a zelar pela vida do nosso servidor público, ativo ou inativo, com responsabilidade e transparência, cuidando para que no futuro os servidores públicos de Guarapari possam desfrutar de um descanso tranquilo”, salienta o gestor.

Augusto Carvalho, presidente do IPG

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Palavra de Conselheiro

RPPS especial

Domingos Augusto Taufner, representante do Tribunal de Contas do Espírito Santo, aborda aspectos de interesse do RPPS

Como o Tribunal de Contas do Espírito Santo está analisando as questões relacionadas a aposentadorias proporcionais?

Recentemente, o Tribunal editou uma Resolução, a 236, abordando esse assunto. Isso aconteceu porque desde 2008 havia uma polêmica no Tribunal de Contas do nosso Estado sobre a questão de aposentadorias proporcionais, que são aquelas em que a pessoa se aposenta com proventos proporcionais ao tempo de contribuição (exemplo: caso uma mulher se aposente com 15 anos de contribuição, receberia 50% dos seus proventos). São proporcionais as aposentadorias: por idade, compulsória e nas por invalidez não provenientes de acidente de trabalho, nem de doença grave. Até 2007, o Tribunal seguia, na hora de analisar as aposentadorias proporcionais, a mesma posição do

Ministério da Previdência que, em suas orientações normativas, prevê o seguinte: primeiro calcula-se a média das 80% maiores remunerações do período contributivo e compara-se com a última remuneração no cargo efetivo, prevalecendo o valor menor e sobre este é aplicado o percentual referente ao período contribuído em relação ao período integral em que deveria haver contribuição. O Tribunal, de 2008 para cá, passou a entender que seria primeiro calculada a média e antes de comparar com a última remuneração o valor dessa média era proporcionalizado, sendo a referida comparação feita depois, o que em alguns casos resultava em valores de proventos maiores. Isso desnaturou totalmente a ideia de aposentadoria proporcional, criou-se uma polêmica entre o Tribunal de Contas e os Institutos de Previdência. Alguns foram até ao poder judiciário, mais de 500

processos ficaram parados por causa disso, aqui no Espírito Santo. Em alguns outros Estados, esse aspecto também levou muitos casos aos Tribunais. Recentemente, o Tribunal do Espírito Santo, com nova composição de conselheiros, voltou ao entendimento anterior em consonância com o Ministério da Previdência social. Isso foi facilitado pela Emenda Constitucional Nº 70, que manteve a proporcionalidade das aposentadorias, mas não tem mais cálculos da média. Com a nova Resolução, estamos reconhecendo as instruções do Ministério e os Institutos poderão seguir exatamente o que o Ministério da Previdência coloca na questão de aposentadoria proporcional, que o Tribunal fará o registro da aposentadoria.

O Senhor já foi gestor de Instituto e agora está em uma posição

Domingos, o conselheiro com alma de gestor

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diferenciada. Acredita que em função da sua experiência como gestor pode levar para o Tribunal outra interpretação em relação aos aspectos do Regime Próprio e isso servir de exemplo para o Brasil?

Durante cinco anos fui presidente do IPAMV (Instituto de Previdência Assistência dos Servidores do Município de Vitória) e há dois anos estou no Tribunal, primeiro como procurador de contas, um cargo que obtive em concurso público, e desde dezembro do ano passado como conselheiro. Sem dúvida nenhuma estou buscando levar a experiência toda que tive para facilitar o nosso trabalho no Tribunal e também, na medida do possível, continuar no processo de orientação para os gestores de RPPS.

O senhor esteve no Tocantins no encontro dos Tribunais de Conta. Percebe-se que, salvo algumas excessões, os Tribunais de Conta encontram dificuldade de entendimento em relação a questões ligadas ao regime próprio. Qual a sua opinião quanto a esse aspecto?

Existe sim a dificuldade, mas luzes estão se acendendo. O próprio evento do Tocantins, que para mim foi histórico, abordou essa questão, inclusive através de uma palestra que proferi. Os RPPSs são novos, foram constituídos a partir de 1998 com a Emenda nº 20, e de lá para cá está acontecendo um processo de aceitação. Está evoluindo nos Tribunais essa compreensão, mas temos que evoluir muito, o Poder Judiciário, o Ministério Público, juntos, numa mesma direção para o bem da sociedade brasileira. Estamos vivendo um processo de aprendizado.

Falando um pouco do evento do Tocantins, onde o senhor foi um dos palestrantes, qual o balanço desse evento?

Inédito no Brasil, avaliei-o como muito bom, uma vez que teve falas sobre fiscalização no Ministério da Previdência, fiscalização dos Tribunais de contas, eu abordei as posições dos gestores, as dificuldades que os gestores têm e o que eles precisam saber, sobre a necessidade da capacitação dos gestores, a importância deles acompanharem os processos nos Tribunais e o seu funcionamento.

Na verdade, os gestores tem medo do Tribunal, ou seja, o Tribunal é visto como um “fantasma” que assusta, no geral, os gestores. O senhor acha que é isso mesmo, ou que falta uma aproximação entre as partes?

Falta aproximação. Em alguns Tribunais falta modernização e isso não acontece somente em relação a gestores de previdência, mas com gestores como um todo. É importante os gestores entenderem, conhecerem o regimento interno do Tribunal de Contas, conhecer como funcionam as sessões, os processos, enfim, acompanhar o trabalho mais de perto.

Qual mensagem o Senhor deixa para nossos leitores?

O Espírito Santo, através da Associação Capixaba de Institutos de Previdência, tem se mostrado muito eficiente nas reuniões, congressos, e tem preparado bem os gestores. De todos os setores da administração pública, dos quais fiz parte, percebo que a previdência no Espírito Santo é muito organizada porque estive lá dentro e acompanhei a realidade. Os eventos, as preparações, os cursos sobre benefícios previdenciários, aplicações financeiras, benefícios, tudo isso tem contribuído muito para a melhoria da qualidade da nossa previdência, e fico feliz por isso.

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Augusto Carvalho e Lailson - Diferencial

Confira o registro feito pela Revista RPPS do Brasil no VI Seminário Capixaba de Previdência, nos dias 14 e 25 de março, na Pousada Eco da Floresta, em Domingos Martins/ES. Confira mais fotos no www.revistarppsdobrasil.com.br em Galeria de Fotos.

RPPS social

Adeval (RPPS Domingos Martins), Marilza (BB) e Turin (BB)

Cacilda, Amorim - presidente do IPS e Zeides - IPS Serra Kelli, Márcia e Liane (IPAJM)

Sebastião (FAPSPMG de Guaçu), Assos (IPREVA de Margem Alta) e Cristina (Prefeitura de Alegre) Cleonice, Gesiani, Doris e Giovana - IPAJM

Augusto, Márcia (MPS), Terezinha (MPS) e Gisela (Vila Velha) Gilberto (IPAJM), Marilza, Raphael e Turin (Banco do Brasil)

Ilka, Gustavo, Raquel, Fabiana, Lais e Francisco (IPC-Cariacica)

Dejandira e Humberto Coelho (Caixa Econômica Federal)

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RPPS DO BRASIL • 35Dejandira e Humberto Coelho (Caixa Econômica Federal) José Luiz, Katya, Augusto Carvalho, e João Comério (Banestes) Nelcilene, Geanne, Kátia e Janne (IPAMV)

Tatiana, Beatrice, Alberto, Zenilda e Erica (IPAJM) Willer (Banco Rural), Antônio Carlos (Banco Rural) e José Luiz (Banestes)

Paulo Roberto, Sarah e Flavia - IPACI - Cachoeiro de Itapemirim Jorge Luiz, Toninho Siller e Edinho - IPASL de Santa Leopoldina

Luis Filipe Vellozo de Sá, Coordenador do Núcleo de Controle Interno do TCE-ES

Diogo, Magadar, Tatiana e Arlete (IPAJM)Daniela, Débora, Josefinne e Gorete - IPAJM

A fisioterapeuta, Tereza, realizou alongamento com o público Vinicius, Lisete, Paula, Márcia, Graciela

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Roberto Rizzi, Antônio Carlos,Augusto Carvalho, Roberto Luciano e Wilson Bernardes (Gerente Nacional de Previdência CEF)

Em pé: Teresinha Moura (MPS), Wilson Paz (IPREVITA), Carlos Jorge (IPASPEC), Lenir Bertoni(IPAMV), Augusto Carvalho (IPG), Herickon Rangel (IPAMV), Adeval Pereira

(IPASDM)e Heloisa Barcellos (IPAMV) Sentada: Márcia Caldas (MPS), Magdar Preiguet (ABIPEM), Ilca Barcelos (IPC), Marta Intra(IPAMV) Tatiana Prezotti (IPAMV)

Silvia, Sandra, Cacilda, Zeides, Júnior, Alessandro e Denice - IPS Serra

Equipe IPREVITA

Samuel, Luiz, Marcos, Augusto Carvalho, Marilza e Turin (BB)

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RPPS ranking

Confira um levantamento dos melhores fundos para o RPPS no Brasil

A Referência Aliança Gestão e Risco não comercializa, nem distribui quotas de fundos de investimento ou qualquer outro ativo financeiro. As informações contidas nestes rankings são de caráter exclusivamente informativo e não constituem qualquer tipo de aconselhamento de investimentos, não devendo ser utilizadas com esse propósito. Os investidores não devem se basear nas informações aqui contidas sem buscar o aconselhamento profissional. Este material tem caráter meramente informativo e não deve ser considerado uma oferta para compra de cotas de fundos de investimentos. Leia o Prospecto e o Regulamento antes de investir.Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. Fundos de Investimentos não contam com a garantia do Administrador, do Gestor, de qualquer mecanismo de seguro ou Fundo Garantidor de Crédito. As rentabilidades divulgadas não são líquidas de impostos e taxas

de saída e performance.

Os rankings compreendem Fundos de Investimentos selecionados segundo alguns critérios pré-definidos. Nesse sentido, ressalta-se que estes ativos foram classificados de acordo com a categoria de análise de cada ranking, com o Índice Sharpe (expressa a relação retorno/risco, informa se o fundo oferece rentabilidade compatível com o risco a que expõe o investidor). Para FI de renda fixa utilizou-se o critério de PL superior a R$ 50 milhões, nos FI de renda variável esse critério não foi utilizado. Os registros ainda contemplam dados sobre o retorno no mês, 6 meses, 12 meses e 24 meses, além da medida de risco VaR (Value at Risk) do respectivo mês, com intervalo de confiança de 95%. Geração dos relatórios conforme estratificação proposta. Verificação dos dados, inconsistências. Elaboração dos rankings. Revisão analítica.

As informações foram obtidas a partir de fontes privadas ou públicas consideradas confiáveis.

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RPPS evento

A ANEPREM, Associação Nacional de Previdência dos Estados e Municípios, e a ADIMP-MS, Associação Estadual de Institutos Municipais de Previdência do Mato Grosso do Sul, realizam o 12º Congresso Nacional e o 7º Congresso Estadual, respectivamente.Os dois congressos acontecem nos dias 29, 30 e 31 de julho de 2012, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e têm o objetivo de promover o intercâmbio e o aprimoramento técnico-administrativo de servidores estaduais e municipais de Previdência de Regimes Próprios de Previdência - RPPS, gestores, prefeitos e autoridades que atuam no segmento previdenciário. O tema central é “RPPS: Desafios e Oportunidades”.Entre os especialistas que falarão ao público previsto de 800 pessoas, destaque para o presidente da Aneprem, Heliomar Santos, o juiz federal Fábio Souza; o professor e coordenador da especialização em direito tributário da FGV/RJ e professor e coordenador em direito previdenciário da EMERJ Fábio Zambitte; o procurador do Estado do Rio de Janeiro Flávio Martins Rodrigues; o presidente da ADIMP Renato Lima do Nascimento; do Ministério de Previdência social participa Nancy Abadia de Andrade; o presidente do IGEPREV Emmanoel Ferro; a diretora-presidente do IPMC, Walkíria Wiziack Zauith de Pauli; a coordenadora do INSS, Zanita di Marco; o tesoureiro da ANEPREM Herickson Rubim Rangel; o presidente da RIOPREVIDÊNCIA Gustavo de Oliveira Barbosa; o presidente da Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo - SP/PREVCOM e vice-presidente da

ANEPREM Carlos Henrique Flory; o professor e técnico do TCE-PE, Ricardo Souza e representantes de associações estaduais como a Associação das Entidades de Previdência do Rio de Janeiro, a Associação Capixaba e a APEPP, Associação. Estão confirmadas presenças de Leonardo José Rolim Guimarães, secretário de políticas de previdência social do Ministério da Previdência, de Otoni Gonçalves Guimarães, diretor do departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público e do professor e deputado estadual Lauro Davi [PSB/MS], que é mestre em educação e atual presidente do CONIASP- Conselho Nacional das Instituições de Assistência à Saúde do Servidor Público. Dentre as palestras, destaque para os temas: “Como o Brasil venceu a crise”, com o jornalista Sidney Rezende, aposentadorias e pensões, SIPREV – ferramenta de gestão de RPPS, gestão do conhecimento, legislação previdenciária, previdência complementar, posição e qualificação das associações estaduais na implantação de RPPS, a importância dos RPPSs para o servidor, entes confederados, e um curso de formação de conselheiros. Serão debatidos também o novo plano de conta/2013, custo do passivo previdenciário, alternativas de financiamentos, PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, COMPREV - Sistema de Compensação Previdenciária entre o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), boas práticas de gestão o momento especial do evento com a entrega do 3º Prêmio Boas Práticas de Gestão de RPPS.

Inscrições e sorteios:Para estimular a participação, os organizadores do evento estão oferecendo prêmios como 2 pacotes turísticos para Bonito-MS; passagem aérea de ida e volta para Foz do Iguaçu-PR e passagem aérea de ida e volta para Buenos Aires – Argentina. Todos com direito a acompanhante. Confira o regulamento no http://www.aneprem.org.br/images/stories/regulamento-sorteio-premio-aneprem.pdf.

Boas práticas de gestão de RPPSO prêmio Boas Práticas de Gestão de RPPS - 2012 é uma iniciativa da ANEPREM, com apoio do Ministério da Previdência, das Revistas RPPS do Brasil e Investidor Institucional. A finalidade é estimular as unidades gestoras dos RPPSs a desenvolveram boas práticas de gestão que possam otimizar seu desempenho, recuperar e garantir sua confiabilidade para com os seus servidores, segurados, clientes, fornecedores e toda a sociedade.

Patrocínios e apoios:O 12º Congresso é patrocinado pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal,Banco Bradesco,Banco Itaú, Banco BVA, Privatiza, Crédito & Mercado, Áquilla, Referência Aliança Gestão e Risco, ASPPREV e Titans, dentre outros. O evento recebe apoio de ACIP-ES, ADIMP-MS e AEPREMERJ, e apoios institucionais do Ministério da Previdência, da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, da Revista Investidor Institucional, da Revista RPPS do Brasil e do Portal de Notícias SRZD (www.sidneyrezende.com)

Mais informações: www.aneprem.org.br

12º Congresso da ANEPREM e 7º Congresso da ADIMP/MS

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RPPS opinião

A Revista RPPS do Brasil conversou com Wilson Bernardes Alves, Gerente Nacional de Previdência da Caixa Econômica Federal, sobre a situação dos Regimes Próprios de Previdência Social em virtude de o seu gestor, geralmente, ser um nomeado político.

Para Wilson, há risco de descontinuidade na gestão dos Regimes Próprios de Previdência, caso o novo prefeito opte por mudar o gestor do RPPS, especialmente em um momento em que a queda da taxa básica de juros exige maior habilidade na gestão financeira dos recursos. “Todo processo de mudança deve ser encarado como oportunidade para oxigenar atitudes e, consequentemente, de se implementar melhores práticas, razão pela qual o prefeito eleito deve estar atento à qualificação profissional do escolhido, haja vista as exigências do cargo e o calendário das obrigações inerentes à gestão do RPPS”, salienta. Apesar desse risco, destaca o gerente, o que tranquiliza é saber que hoje, na maioria das cidades, os prefeitos têm agido com muito bom senso ao indicar para a gestão dos RPPSs

pessoas com conhecimento técnico na área. “Os prefeitos, em sua maioria, têm tido a percepção de que, para a condução do RPPS, é imprescindível escolher profissionais qualificados e com conhecimentos específicos da área, notadamente em seus aspectos legais e de gestão, de forma a garantir o equilíbrio financeiro e atuarial em percentuais suficientes para a cobertura previdenciária futura dos seus servidores. Por tal razão, é importante que tanto os gestores, como o corpo técnico dos RPPSs, além dos membros dos Conselhos Fiscal, de Administração e Comitê de Investimento, se for o caso, sejam pessoas com conhecimento suficiente para contribuir na boa gestão do RPPS e na escolha dos parceiros”. Wilson chama a atenção para o fato dos gestores de RPPS, bem como servidores públicos que atuam na área, estarem se especializando, se qualificando, de forma a tornarem-se profissionais preparados para o mercado, além de aptos a enfrentar dificuldades que, no cenário atual de queda da taxa básica de juros, torna desafiadora a gestão de seus recursos e o alcance da meta atuarial, por ser necessária a reavaliação

constante dos investimentos, diversificação de carteiras e mesmo a assunção de novos riscos, com vistas a se conseguir o objetivo final, que é o de garantir a aposentadoria futura dos servidores. “Hoje, gestores de RPPS e demais servidores da área, por conta da exigência legal, aliada ao próprio interesse dos mesmos, tem se preocupado em se especializar no assunto previdência, com vistas a garantir não só a boa gestão do RPPS, mas também da sua própria estabilidade e sobrevivência enquanto profissional. Com a qualificação, além de se tornarem aptos a gerir os recursos do RPPS, eles se preparam para o próprio mercado, ávido por pessoas com tais conhecimentos. Exemplo disso é a constatação de que inúmeros gestores de RPPS, Brasil afora, serem oriundos de instituição financeira ou de outros RPPSs, dada a especialidade e o conhecimento exigidos para a gestão dos recursos do Regime Próprio, fato que torna tais profissionais independentes, aptos a decidir pela melhor destinação dos recursos, tendo como objetivo final a garantia da aposentadoria futura dos servidores”.

EleiçãoComo fica oRPPS com adança das cadeiras em virtude das eleições municipais?

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RPPS educação

CPA 10

Há Quanto tempo existe a essa parceria entre o Banco Geração Futuro e a Crédito e Mercado?

A parceria visando a educação executiva existe há 2 anos e já atendeu uma demanda de aproximadamente 450 pessoas, em 13 cursos entre CPA 10, CPA 20 e de Conselheiros.

Qual o objetivo da parceria?

A capacitação dos gestores, que se tornou ainda mais importante com a edição da portaria MPS Nº 170 que impõe a criação de Comitê de Investimentos, cujos membros tendem a se capacitar também.

Tem alcançado o objetivo?

Sulivan Diniz, institucional da Geração Futuro, concedeu uma entrevista à Revista RPPS do Brasil sobre o trabalho que tem sido feito para qualificar os gestores de RPPS.

Sim, pois temos um alto índice de aprovação dos gestores nas provas de certificação da ANBIMA CPA – 10 e CPA – 20. Com isso, atingimos nosso objetivo de capacitá-los para análise de operações mais complexas e também operações com ações em Bolsa de Valores.

Existem outros cursos programados por vocês?

Provavelmente o próximo será de CPA-20 a ser ministrado em São Paulo. Não definimos data ainda, mas estamos trabalhando nossa agenda em conciliação com a das Associações para não coincidir com os congressos. Na média, programamos 6 cursos por ano. Neste ano já fizemos 5, sendo 3 em são Paulo, 1 no Rio de Janeiro e 1 em Santa Catarina.

Poderíamos falar que a parceria também ajuda na captação de clientes novos?

O objetivo principal não é este, contudo não podemos negar que facilita o relacionamento. Nosso objetivo é a capacitação dos mesmos. A capacitação dos gestores de RPPS é de suma importância para nós, em função de trabalharmos com produtos de risco (Renda Variável), que exige uma avaliação técnica desse tipo de produto. Com a capacitação do gestor, este terá mais segurança na tomada de decisão, o que irá auxiliá-lo no cumprimento das metas atuariais.

Confira fotos do curso de CPA 10 realizado em Barretos/SP, no site www.revistarppsdobrasil.com.br

Tiago, Priscila, Sulivan e Caio

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RPPS ação e cidadania

Como surgiu a ideia de desenvolver o projeto “RPPS Brasil Solidário? Em 2011, criamos a RPPS Brasil Consultoria, e o ano foi muito promissor para nossa empresa. Trocamos conhecimentos e aprendemos como auxiliar os gestores na tarefa de administrar a disponibilidade dos recursos e, por que não dizer, a vida de aposentado dos funcionários públicos de cada município. E, se já auxiliamos no bem estar dessa classe chamada de “melhor idade”, porque não começarmos a auxiliar também os jovens que se tornarão o bem mais precioso do Município?Assim surgiu a ideia de que podemos fazer a diferença na vida de crianças que tem um grande potencial nos estudos, mas que, por falta de recursos, podem ter seu futuro comprometido. Para a implementação do projeto, pensamos em fazer algo simples, sem burocracia. Nosso projeto, por ser particular, tem a vantagem de atingir diretamente a unidade que necessita da ajuda, sem intermediários.

Como está o projeto hoje? Quantos Municípios foram beneficiados ou estão sendo beneficiados? Que tipo de ação foi desenvolvida em cada Município?O projeto consiste em retornar para uma criança em idade escolar do município que contrata nossa ferramenta de controle de carteira e ativos financeiros

(chamada OnFinance), 10% do valor mensal, deduzidos os impostos, para o custeio de suas necessidades. Hoje, são R$ 54,00 mensais que ajudam uma família para um café da manhã reforçado, ou mesmo adquirir um tênis que fazia falta para que a criança tivesse uma motivação a mais para os estudos. Temos, no momento, 2 municípios - Caçu/GO, e Cambará do Sul/RS, que se tornaram nossos primeiros parceiros nessa missão. Em janeiro de 2012, o projeto foi divulgado para os 23 municípios clientes e para os novos. Estamos esperando a indicação dos próximos afilhados.

Em Cambará do Sul, nosso município piloto, a gestora Jucélia Wolff, em dois dias conseguiu viabilizar todas as informações e, com a ajuda da secretaria de assistência social, já tínhamos escolhido a linda Priscila Juliane, de 9 anos de idade. A mãe precisou somente abrir uma conta bancária na Caixa Econômica para começar a receber o depósito mensal. Em nossa última viagem a Cambará, conhecemos nossa afilhada. Foi gratificante ver como a vontade da gestora nos possibilitou atingir um sonho, em tão pouco tempo. Seremos eternamente gratos a ela.

Já em Caçu, estamos no terceiro mês

RPPS Brasil SolidárioUm projeto encampado pela RPPS Brasil Consultoria e que serve

de exemplo. Conheça essa experiência.

de ajuda, e também, de acordo com o gestor Iraci, o nosso afilhado Rodolfo Veloso, de 5 anos, tem apresentado melhoras, principalmente na assiduidade nas aulas. Percebemos que estamos atingindo nossos objetivos. Os gestores são nossos parceiros no município e acompanham a evolução dos menores atendidos.

Qual o objetivo desse projeto? Vocês têm uma meta?Nosso objetivo é atingir todos os municípios onde temos contrato. Mais ainda, é conscientizar cada empresário do Brasil que, mesmo recebendo pouco, dá pra fazer a diferença. Hoje em dia fala-se muito em sustentabilidade, ações socialmente responsáveis, muitos querem ter grandes ideias e tentar mudar o mundo. Pensamos que se começarmos a mudar nossa casa, nossos municípios, nosso País, com certeza contribuiremos para a mudança global. Concordamos com o filósofo irlandês Edmund Burke, que disse: “Para o triunfo do mal, só é preciso que homens bons não façam nada”.

O projeto foi idealizado por Achilles de Santana Junior, sócio, responsável técnico da RPPS Brasil Consultoria e quem coordena as ações do “RPPS Brasil Solidário”.

O projeto apadrinha crianças com vistas a um futuro melhor

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RPPS socialA Revista RPPS do Brasil registrou o 46º Congresso Nacional de Previdência da ABIPEM e 10º Congresso Estadual da APEPREV, realizado em Foz do Iguaçú, de 13 a 15 de junho. Confira mais fotos no nosso site: www.revistarppsdobrasil.com.br, em Galeria de Fotos.

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JULHO

30° Encontro de Previdência da APEPREM – 24 e 25 julho em Olimpia/SP

Curso de Capacitação para membros de Comitê de Investimentos – ASSIMPASC – 25 e 26 julho em Florianópolis/SC

12º Congresso Nacional de Previdência da ANEPREM – 29, 30 e 31 de julho em Grande/MS

AGOSTO

6º Congresso da AEPREMERJ - 07,08 e 09 de agosto em Petrópolis/RJ 1º Congresso Goiano de Direito Previdenciário “Previdência: O espelho da justiça social no Brasil” - 16, 17 e 18 de agosto em Goiânia/GO. Maiores informações acesse: www.oabgo.org.br/esa

VI Encontro Temático Jurídico da APEPREM - 20 e 21 de agosto em São Paulo/SP II Encontro de Previdência Própria dos Servidores de Ipojuca - “Democratizando o conhecimento sobre a Previdência do Servidor Público” – 31 de agosto em Porto de Galinhas/PE

SETEMBRO 18º Congresso Regional da Aepremerj - 03 e 04 de setembro - Penedo /Itatiaia/RJ

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