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CAPA, PROJETO GRÁFICO DE MIOLO E ILUSTRAÇÕES

Bruna Assis Brasil

PRODUÇÃO GRÁFICA

Marcelo Xavier

REVISÃO

Ana Julia CuryEduardo CarneiroBruno Fiuza

DIAGRAMAÇÃO

Trio Studio

IMPRESSÃO

Lis Gráfi ca

CIP-Brasil. Catalogação na FonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

T636b Torero, José Roberto

Branca de neve e as sete versões / José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pi-menta ; ilustrações: Bruna Assis Brasil. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2011.

il.color. 53p. ISBN 978-85-7962-082-9 1. Literatura infantojuvenil brasileira. I. Pimenta, Marcus Aurelius. II. Brasil, Bruna Assis. III. Título.

11-2799. CDD: 028.5 CDU: 087.5

04

Era uma vez um reino muito distante. Neste reino, nasceu uma princesa de pele muito branquinha. Seu pai, o Rei, quando a pegou no colo, disse:

— Preciso encontrar um nome perfeito para essa menina. Um nome que mostre como ela é branquinha. Acho que seu nome pode ser... Clara de Ovo! Não, não, ovo não tem um cheiro muito bom, preciso pensar num nome melhor. Deixe-me ver..., deixe-me ver... Lua Alva! Sim, Lua Alva é bonito. Mas não, talvez não. O pessoal pode pôr o apelido de Lunática na minha menina, e isso não é bom para uma princesa. Tenho que pensar mais um pouco... são tantas as possibilidades, tudo tem sempre tantas possibilidades... Ah, já sei! Branca de Neve! Sim, esse nome é bem bonito. Seu nome será Branca de Neve!

E a menina, que quase se chamou Clara de Ovo e Lua Alva, fi cou com o nome de Branca de Neve.

05

Infelizmente, pouco tempo depois a mãe de Branca de Neve morreu.

Felizmente, o Rei logo se casou de novo, e com uma mulher muito bela.

Infelizmente, essa mulher muito bela também era má e vaidosa.

Felizmente, por causa do Rei, a Madrasta não podia fazer nada de ruim para Branca de Neve.

Infelizmente, um dia o Rei também morreu, e aí a Madrasta passou a tratar Branca de Neve muito mal, obrigando-a a se vestir com roupas velhas e a fazer todo o trabalho de casa (o que é muita coisa, ainda mais se a sua casa é um castelo).

O pior é que a Madrasta, além deser malvada, era uma feiticeira. Sabia

fazer encantos e poções. E ela tinha até um espelho mágico.

06

Todos os dias, a Madrasta consultava este espelho, perguntando:

— Espelho, espelho meu, existe alguém no mundo mais bela do que eu?

E o espelho respondia:

— Não, majestade, ninguém é mais bela do que vós.

Porém, Branca de Neve ia crescendo e a cada dia fi cava mais bonita, até que, certa manhã, acordou mais bela que a Madrasta.

Neste dia, a Madrasta foi até o seu espelho mágico e perguntou:

— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?

07

E agora? O que você acha que acontece? Se você quer que o espelho minta, vá para a p. 08. Se você quer que ele diga a verdade, vá para a p. 10.

08

O espelho, prevendo que a Madrasta fi caria chateada se ele dissesse que Branca de Neve era a mais bela, e poderia até quebrá--lo, achou que seria melhor mentir, e respondeu assim:

— Não, majestade, ninguém é mais bela do que vós.

O espelho continuou mentindo todos os dias, mesmo quando a Madrasta já era muito velha e feia. Mas ela continuou acreditando em suas palavras, porque tem gente que acredita em qualquer mentira, desde que seja a seu favor.

Quanto a Branca de Neve, ela continuou vestindo trapos e limpando todo o castelo até o fi m dos seus dias, o que é um fi nal bem triste.

09

Se você quer chegar ao fi -nal feliz, volte para a p. 07 e escolha o outro caminho.

E o espelho respondeu:

— Vós sois muito bela, mas Branca de Neve agora é mais bela do que vós.

Aquilo deixou a madrasta com muita raiva. Ela quebrou vasos, jogou potes no chão e por pouco não atirou um sapato no espelho.

Quando conseguiu se acalmar um pouco, chamou o Caçador do castelo e disse:

— Caçador, tenho uma missão para você. Quero que leve Branca de Neve até o meio da fl oresta e então...

mate-a!

10