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Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira César — São Paulo … · 2017-12-18 · Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira César — São Paulo — SP CEP 05413-909 PABX: (11) 3613

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Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira Csar So Paulo SP CEP 05413-909 PABX: (11) 3613 3000SACJUR: 0800 055 7688 de 2 a 6, das 8:30 s 19:30

E-mail: [email protected]: www.saraivajur.com.br

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PERNAMBUCO/PARABA/R. G. DO NORTE/ALAGOAS

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RIBEIRO PRETO (SO PAULO)

Av. Francisco Junqueira, 1255 Centro Fone: (16) 3610-5843 Fax: (16) 3610-8284 Ribeiro Preto

RIO DE JANEIRO/ESPRITO SANTO

Rua Visconde de Santa Isabel, 113 a 119 Vila Isabel Fone: (21) 2577-9494 Fax: (21) 2577-8867 / 2577-9565 Rio de Janeiro

RIO GRANDE DO SUL

mailto:saraivajur%40editorasaraiva.com.brhttp://www.saraivajur.com.br

Av. A. J. Renner, 231 Farrapos Fone/Fax: (51) 3371-4001 / 3371-1467 / 3371-1567 Porto Alegre

SO PAULO

Av. Antrtica, 92 Barra Funda Fone: PABX (11) 3616-3666 So Paulo

ISBN 978-85-02-18540-1

Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

Gonalves, Marcus Vinicius RiosDireito processual civil esquematizado / Marcus Vinicius Rios Gonalves. 3. ed. rev. e atual. So Paulo: Saraiva, 2013.

Bibliografia.1. Processo civil 2. Processo civil Brasil I. Ttulo.

CDU-347.9

ndices para catlogo sistemtico:

1. Direito processual civil 347.9

2. Processo civil: direito civil 347.9

Diretor editorial Luiz Roberto CuriaGerente de produo editorial Lgia Alves

Editor Jnatas Junqueira de MelloAssistente editorial Sirlene Miranda de SalesProdutora editorial Clarissa Boraschi Maria

Arte, diagramao e reviso Know-how EditorialServios editoriais Camila Artioli Loureiro / Elaine Cristina da Silva

Capa Aero ComunicaoProduo eletrnica Know-how Editorial

Data de fechamento da edio: 7-11-2012

Dvidas?

Acesse: www.saraivajur.com.br

Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da EditoraSaraiva. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

http://www.saraivajur.com.br

HISTRICO DA OBRA 1.a edio: fev./2011; 2.a tir., abr./2011; 3. tir., jun./2011; 4. tir., jul./2011; 5.tir., ago./2011 2.a edio: jan./2012; 2.a tir., maio/2012; 3. tir., jul./2012 3.a edio: dez./2012

s minhas sobrinhas: Jlia, Isabella, Gabriela e Valentina.

AGRADECIMENTOS

Este livro no poderia ter sido redigido sem a colaborao de familiares e amigos, de cujacompanhia tive de me privar por algum tempo, mas que nem por isso deixaram de meincentivar e estimular. Gostaria de dedicar especial agradecimento aos meus pais, CarlosRoberto e Elbe, e aos meus irmos, Victor e Daniela.

Tambm gostaria de agradecer Luciana, pela pacincia, e ao amigo Maurcio Ribeiro,pela ajuda.

Agradeo ainda ao Dr. Pedro Lenza, pelo convite e pelo apoio.

METODOLOGIA ESQUEMATIZADO

Durante o ano de 1999, pensando, naquele primeiro momento, nos alunos que prestariam oexame da OAB, resolvemos criar uma metodologia de estudo que tivesse linguagem fcile, ao mesmo tempo, oferecesse o contedo necessrio preparao para provas e concursos.

O trabalho foi batizado como Direito constitucional esquematizado. Em nosso sentir,surgia ali uma metodologia pioneira, idealizada com base em nossa experincia nomagistrio e buscando, sempre, otimizar a preparao dos alunos.

A metodologia se materializou nos seguintes pilares:

esquematizado: a parte terica apresentada de forma objetiva, dividida em vrios itens e subitens e em pargrafoscurtos. Essa estrutura revolucionria rapidamente ganhou a preferncia dos concurseiros; superatualizado: doutrina, legislao e jurisprudncia em sintonia com as grandes tendncias da atualidade e na linhados concursos pblicos de todo o Pas; linguagem clara: a exposio fcil e direta, a leitura dinmica e estimulante trazem a sensao de que o autor estconversando com o leitor; palavras-chave (keywords): os destaques na cor azul possibilitam a leitura panormica da pgina, facilitando afixao dos principais conceitos. O realce colorido recai sobre os termos que o leitor certamente grifaria com a sua canetamarca-texto; recursos grficos: esquemas, tabelas e grficos favorecem a assimilao e a memorizao dos principais temas; questes resolvidas: ao final de cada captulo, o assunto ilustrado com questes de concursos ou elaboradas pelosprprios autores, o que permite conhecer as matrias mais cobradas e tambm checar o aprendizado.

Depois de muitos anos de aprimoramento, o trabalho passou a atingir tanto os candidatosao Exame de Ordem quanto todos aqueles que enfrentam os concursos em geral, sejam dasreas jurdica ou no jurdica, de nvel superior ou mesmo os de nvel mdio, assim comoos alunos de graduao e demais profissionais.

Ada Pellegrini Grinover, sem dvida, anteviu, naquele tempo, a evoluo doEsquematizado. Segundo a Professora escreveu em 1999, a obra destina-se,declaradamente, aos candidatos s provas de concursos pblicos e aos alunos de graduao,e, por isso mesmo, aps cada captulo, o autor insere questes para aplicao da parteterica. Mas ser til tambm aos operadores do direito mais experientes, como fonte deconsulta rpida e imediata, por oferecer grande nmero de informaes buscadas emdiversos autores, apontando as posies predominantes na doutrina, sem eximir-se de criticaralgumas delas e de trazer sua prpria contribuio. Da leitura amena surge um livro fcil,sem ser reducionista, mas que revela, ao contrrio, um grande poder de sntese, difcil deencontrar mesmo em obras de autores mais maduros, sobretudo no campo do direito.

Atendendo ao apelo de concurseiros de todo o Pas, sempre com o apoio incondicional

da Editora Saraiva, convidamos professores das principais matrias exigidas nos concursospblicos das reas jurdica e no jurdica para compor a Coleo Esquematizado.

Metodologia pioneira, vitoriosa, consagrada, testada e aprovada. Professores com largaexperincia na rea dos concursos pblicos. Estrutura, apoio, profissionalismo e know-howd a Editora Saraiva. Sem dvida, ingredientes indispensveis para o sucesso da nossaempreitada!

Para o Direito Processual Civil, tivemos a honra de contar com o competente trabalho deMarcus Vinicius Rios Gonalves, que soube, com maestria, aplicar a metodologiaesquematizado sua vasta e reconhecida experincia profissional como professorextremamente didtico, juiz de direito h quase 20 anos e autor de consagradas obras.

O autor, desde 1994, tem lecionado Direito Processual Civil no Complexo JurdicoDamsio de Jesus, o que o credencia como um dos maiores e mais respeitados professoresda rea.

O professor Marcus Vinicius, mestre pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo(PUC/SP), autor, entre outros trabalhos, do Novo curso de direito processual civil , bemcomo de Processo de execuo e cautelar (v. 12), Procedimentos especiais (v. 13) e Tutelade interesses difusos e coletivos (v. 26) da vitoriosa Coleo Sinopses Jurdicas da EditoraSaraiva.

O grande desafio, em nossa opinio concretizado com perfeio, foi condensar todo oDireito Processual Civil em um nico volume, cumprindo, assim, o objetivo da coleo.

No temos dvida de que este livro contribuir para encurtar o caminho do ilustre eguerreiro concurseiro na busca do sonho dourado!

Esperamos que a Coleo Esquematizado cumpra o seu papel. Em constante parceria,estamos juntos e aguardamos suas crticas e sugestes.

Sucesso a todos!Pedro Lenza

[email protected]: @pedrolenza

http://www.saraivajur.com.br/colecao_esquematizado/

mailto:pedrolenza%40terra.com.brhttps://twitter.com/pedrolenzahttp://www.saraivajur.com.br/colecao_esquematizado/

NOTA DO AUTOR 3 EDIO

A boa acolhida das edies anteriores animou-me a escrever nova nota, agora para aterceira edio. O sucesso deve ser atribudo menos s qualidades do autor do que generosidade dos leitores, tanto dos estudantes de direito que se valem da obra comoajuda nos concursos que tm de enfrentar quanto dos profissionais da rea, que a tmutilizado em suas atividades prticas.

Essas circunstncias aumentam a responsabilidade do autor, que procura mant-la sempreatualizada; a tarefa espinhosa num pas em que so frequentes as alteraes legislativas ecomuns as mudanas de jurisprudncia.

Desde a edio anterior, no houve grandes alteraes legislativas. Algumas orientaesjurisprudenciais foram cristalizadas em smulas do Superior Tribunal de Justia, jincorporadas ao texto. Tambm foram atualizadas as questes de concurso, com o acrscimode algumas que compuseram as provas de Processo Civil no ltimo ano.

O autor no poderia deixar de registrar o seu agradecimento aos leitores que fizeramsugestes, ou manifestaram interesse ou apreo pela obra. E de manifestar a esperana de queela continue ajudando os operadores do direito, nas rduas tarefas de que se desincumbem.

SUMRIO

LIVRO I

NOES GERAIS

1. INTRODUO1. O processo civil

1.1. Conceito1.2. Processo civil direito pblico ou privado?1.3. Direito material direito processual1.4. Instrumentalidade do processo1.5. O processo civil e os demais ramos do direito

2. Breve histrico do processo civil2.1. Introduo2.2. Direito romano2.3. Perodo medieval2.4. O processo civil moderno2.5. O momento atual e as perspectivas para o futuro2.6. Esquematizao do histrico do processo civil

3. O processo civil no Brasil

2. A LEI PROCESSUAL CIVIL1. Norma jurdica2. Duas categorias de normas: as cogentes e as no cogentes3. Norma processual4. Fontes formais da norma processual civil

4.1. A lei federal como fonte formal do processo civil4.2. Constituio e leis estaduais4.3. Fontes formais acessrias4.4. Smulas vinculantes

5. Fontes no formais do processo5.1. Jurisprudncia

6. Interpretao da lei6.1. Hermenutica jurdica6.2. Mtodos de interpretao6.3. Quadro indicativo dos vrios mtodos de interpretao

7. Lei processual civil no espao8. Lei processual civil no tempo

8.1. Vigncia8.2. A lei processual nova e os processos em curso8.3. Isolamento dos atos processuais8.4. Lei nova que altera competncia

3. PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL1. Introduo2. Princpios gerais do processo civil na Constituio Federal

Princpio do devido processo legal2.2. Princpio do acesso justia2.3. Princpio do contraditrio2.4. Princpio da durao razovel do processo2.5. Princpio da isonomia2.6. Princpio da imparcialidade do juiz (juiz natural)2.7. Princpio do duplo grau de jurisdio2.8. Princpio da publicidade dos atos processuais2.9. Princpio da motivao das decises judiciais

3. Princpios infraconstitucionais do processo civil3.1. Introduo3.2. Princpio dispositivo3.3. Princpio da oralidade3.4. Princpio da persuaso racional (ou livre convencimento motivado

4. Questes

LIVRO II

INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL

1. INTRODUO

2. JURISDIO CIVIL1. Introduo2. Conceito3. Jurisdio, legislao e administrao4. Caractersticas essenciais da jurisdio5. Espcies de jurisdio

5.1. Jurisdio contenciosa e voluntria5.2. Classificao da jurisdio quanto ao objeto5.3. Classificao da jurisdio quanto ao tipo de rgo que a exerce5.4. Classificao da jurisdio quanto hierarquia

6. Jurisdio e competncia

3. DA COMPETNCIA1. Introduo2. Competncia internacional (jurisdio de outros Estados)

2.1. Sentena estrangeira2.2. O que pode e o que no pode ser julgado pela justia brasileira

3. Competncia interna3.1. Introduo3.2. Noes sobre a estrutura do Poder Judicirio

3.3. Quadro esquemtico da estrutura do Poder Judicirio3.4. Algumas premissas para a compreenso das regras de competncia interna3.5. Conceito de foro e juzo3.6. A competncia de foro e juzo3.7. Competncia absoluta e relativa3.8. A perpetuao de competncia3.9. Critrios para a fixao de competncia3.10. Como identificar se uma regra de competncia absoluta ou relativa?3.11. Esquema dos critrios para apurao de competncia3.12. Um exemplo de como apurar a competncia3.13. Regras gerais para a apurao de competncia3.14. Competncia da Justia Federal3.15. A apurao do foro competente3.16. Alguns exemplos de competncia funcional3.17. Esquema resumido das regras de competncia de foro3.18. Competncia de juzo breves consideraes3.19. A competncia nos Juizados Especiais Cveis

4. A modificao de competncia4.1. Prorrogao de competncia4.2. Derrogao4.3. Conexo4.4. Continncia

5. Preveno6. Conflito de competncia

6.1. Procedimento do conflito7. Questes

4. DA AO1. Introduo2. Direito material e direito de ao3. O direito de ao

3.1. Introduo3.2. Natureza3.3. A ao e os demais institutos fundamentais do processo civil (jurisdio, exceo e processo)3.4. As duas acepes de ao3.5. O direito de ao condicionado3.6. Os elementos da ao3.7. Classificao das aes

4. Questes

5. O DIREITO DE DEFESA (EXCEO)1. Introduo

1.1. As vrias acepes em que a palavra exceo pode ser tomada1.2. Esquema das vrias acepes do termo exceo

6. O PROCESSO1. Introduo2. Processo e procedimento3. Instrumentalidade do processo

4. Diversos tipos de processo5. O processo ecltico6. Processo e ao7. Pressupostos processuais

7.1. Pressupostos processuais, condies da ao e mrito7.2. Pressupostos processuais como matria de ordem pblica7.3. Pressupostos processuais de existncia e validade

8. Questes

LIVRO III

OS SUJEITOS DO PROCESSO

1. DAS PARTES E SEUS PROCURADORES1. Introduo2. Capacidade de ser parte3. Capacidade processual

3.1. Representao e assistncia4. Curador especial

4.1. Curador especial dos incapazes4.2. Curador especial do ru preso4.3. Curador especial do ru citado fictamente4.4. Curador especial em favor do idoso4.5. Poderes do curador especial4.6. Curador especial em execuo4.7. Curador especial na ao monitria4.8. Exerccio da funo de curador especial4.9. Se no nomeado o curador especial pode haver nulidade

5. Integrao da capacidade processual das pessoas casadas5.1. Introduo5.2. Aes que versam sobre direito real imobilirio5.3. Outorga uxria ou marital5.4. O polo ativo das aes que versem sobre direito real imobilirio5.5. O polo passivo das aes que versem sobre direito real imobilirio5.6. Outorga uxria e unio estvel5.7. Forma da outorga uxria5.8. A recusa da outorga e a possibilidade de suprimento5.9. Esquema da capacidade processual das pessoas casadas nas aes que versem direito real sobre bens imveis

6. Regularizao da capacidade processual e da representao processual7. Dos deveres das partes e seus procuradores

7.1. Introduo7.2. Dos deveres7.3. Dos deveres das partes quanto s despesas processuais7.4. Multas7.5. Honorrios advocatcios

8. Dos procuradores9. Da substituio das partes e dos procuradores

9.1. Da alienao da coisa ou do direito litigioso9.2. A sucesso em caso de morte

9.3. Substituio de procuradores10. Questes

2. DO LITISCONSRCIO1. Introduo2. Justificativa3. Litisconsrcio multitudinrio

3.1. Requisitos para que haja o desmembramento3.2. Questes prticas sobre o desmembramento3.3. O desmembramento requerido pelo ru3.4. Recurso em caso de desmembramento

4. Classificao do litisconsrcio4.1. Litisconsrcio necessrio4.2. Litisconsrcio facultativo4.3. Litisconsrcio unitrio4.4. Litisconsrcio simples4.5. Das diversas combinaes possveis

5. Momento de formao do litisconsrcio6. Problemas relacionados ao litisconsrcio necessrio

6.1. Introduo6.2. Das consequncias da ausncia, no processo, de um litisconsorte necessrio6.3. A formao do litisconsrcio necessrio

7. O regime do litisconsrcio7.1. Regime no litisconsrcio simples7.2. Litisconsrcio unitrio7.3. Esquema do regime do litisconsrcio

8. Os litisconsortes com procuradores diferentes9. Questes

3. DA INTERVENO DE TERCEIROS1. Introduo2. Interveno de terceiros voluntria e provocada3. Quando o terceiro transforma-se em parte4. Interveno de terceiros e a ampliao dos limites objetivos da lide5. A interveno de terceiros no cria um novo processo6. Tipos de processo que admitem interveno de terceiros7. Das diversas formas de interveno

7.1. Assistncia7.2. Da oposio7.3. Nomeao autoria7.4. Denunciao da lide7.5. Chamamento ao processo

8. Panorama geral das diversas espcies de interveno9. Questes

4. DA INTERVENO DO MINISTRIO PBLICO DO PROCESSO CIVIL1. Introduo2. O Ministrio Pblico como parte

2.1. O Ministrio Pblico como parte e os honorrios advocatcios

3. O Ministrio Pblico como fiscal da lei3.1. Consequncias da falta de interveno do Ministrio Pblico como fiscal da lei

4. Aspectos processuais da interveno do Ministrio Pblico5. Procedimento da interveno ministerial6. Questes

5. DO JUIZ1. Introduo2. Impedimento do juiz3. Suspeio4. Poderes e deveres do juiz

4.1. A vedao ao non liquet4.2. Excepcionalmente admite-se julgamento por equidade4.3. A necessidade de respeitar os limites da lide (o princpio da demanda)4.4. Outros poderes e deveres

5. Responsabilidade do juiz6. Questes

6. AUXILIARES DA JUSTIA1. Introduo2. Quem so?

LIVRO IV

DOS ATOS PROCESSUAIS

1. NATUREZA E ESPCIES1. Introduo2. Conceito de ato processual3. Omisses processualmente relevantes4. Classificao dos atos processuais

4.1. Atos das partes4.2. Atos do juiz

2. FORMA E REQUISITOS1. Forma dos atos processuais

1.1. O processo eletrnico1.2. Comunicao eletrnica dos atos processuais

2. Requisitos dos atos processuais2.1. Requisitos gerais quanto ao modo dos atos processuais2.2. Requisitos gerais quanto ao lugar2.3. Requisitos gerais quanto ao tempo2.4. Precluso

3. Esquema dos atos processuais quanto aos requisitos4. Invalidade do ato processual

4.1. Atos meramente irregulares4.2. Nulidades processuais4.3. Nulidades absolutas ou relativas4.4. Como distinguir entre nulidade absoluta e relativa?4.5. As nulidades e a instrumentalidade das formas

4.6. O efeito expansivo das nulidades4.7. Regularizao do processo4.8. Os atos processuais inexistentes4.9. Esquema geral das invalidades do processo

3. DA COMUNICAO DOS ATOS PROCESSUAIS1. Introduo2. Carta rogatria3. Carta de ordem4. Carta precatria5. Citaes e intimaes

4. DISTRIBUIO E REGISTRO1. Introduo2. Hipteses de distribuio por dependncia

LIVRO V

FORMAO, SUSPENSO E EXTINO DO PROCESSO CIVIL

1. FORMAO DO PROCESSO1. A propositura da demanda iniciativa da parte2. O impulso oficial

2. SUSPENSO DO PROCESSO1. Introduo

1.1. Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou procurador1.2. Conveno das partes1.3. Oposio de exceo ritual de incompetncia do juzo e suspeio ou impedimento do juiz1.4. Sentena de mrito que depende do julgamento de um outro processo, ou da verificao de fato, ou da produo de

certa prova, requisitada a outro juzo, ou ainda do julgamento de questo de estado objeto de declarao incidente1.5. Fora maior1.6. Demais casos previstos em lei

3. EXTINO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO1. Introduo2. Extino do processo sem resoluo de mrito

2.1. Quando o juiz indeferir a petio inicial2.2. Quando fique parado por mais de um ano por negligncia das partes2.3. Quando, por no promover os atos e diligncias que lhe compete, o autor abandonar a causa por mais de trinta dias2.4. Quando se verificar a ausncia de pressupostos de constituio e desenvolvimento vlido e regular do processo2.5. Quando o juiz acolher a alegao de perempo, litispendncia e coisa julgada2.6. Quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica, a legitimidade das partes e o

interesse processual2.7. Quando houver conveno de arbitragem2.8. Quando houver desistncia da ao2.9. Quando a ao for considerada intransmissvel por disposio legal2.10. Quando ocorrer confuso entre autor e ru2.11. Nos demais casos prescritos em lei

3. Consequncias da extino do processo sem julgamento de mrito3.1. A reiterao de aes

3.2. A cessao da litispendncia3.3. A interrupo da prescrio

4. Da resoluo de mrito4.1. Introduo4.2. Quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor4.3. Quando o ru reconhecer a procedncia do pedido4.4. Quando as partes transigirem4.5. Quando o juiz pronunciar a decadncia ou a prescrio4.6. Quando o autor renunciar ao direito em que se funda a ao

5. Questes

LIVRO VI

DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO

1. DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINRIO1. Introduo

2. FASE POSTULATRIA1. Petio inicial

1.1. Introduo1.2. Requisitos da petio inicial1.3. Pedido1.4. Indeferimento da inicial1.5. O juzo de admissibilidade positivo

2. Resposta do ru2.1. Introduo2.2. As variadas formas de resposta2.3. Prazo de resposta no procedimento ordinrio2.4. Da contestao2.5. Excees rituais2.6. Reconveno2.7. Ao declaratria incidental2.8. Impugnao ao valor da causa

3. Revelia3.1. Introduo3.2. Revelia e contumcia3.3. Efeitos da revelia

4. Questes

3. FASE ORDINATRIA1. Introduo2. A revelia e o julgamento antecipado da lide3. A ao declaratria incidental4. Rplica5. Regularizao6. Especificao de provas7. Julgamento conforme o estado do processo

7.1. Extino do processo7.2. Julgamento antecipado do mrito

7.3. Audincia preliminar

4. FASE INSTRUTRIA1. Introduo2. Natureza jurdica das provas3. Classificao das provas4. Objeto da prova5. Fatos que no precisam ser comprovados6. Presunes e indcios

6.1. Presunes simples ou hominis7. Prova de fato negativo8. O juiz e a produo da prova9. nus da prova

9.1. A prova como nus9.2. nus da prova aspecto subjetivo e objetivo9.3. Distribuio do nus da prova9.4. Inverso do nus da prova

10. Hierarquia das provas11. Provas ilcitas

11.1. A gravao e a interceptao telefnica12. Meios de prova13. Da prova documental

13.1. Introduo13.2. Conceito de documento13.3. Classificao dos documentos13.4. Exibio de documento ou coisa13.5. Fora probante dos documentos13.6. Eficcia das reprodues13.7. O incidente de falsidade documental13.8. Produo da prova documental

14. Prova pericial14.1. Introduo14.2. Espcies de percia14.3. Admissibilidade da prova pericial14.4. O perito

15. Inspeo judicial15.1. Introduo15.2. Procedimento

16. Prova testemunhal16.1. Introduo16.2. Admissibilidade e valor da prova testemunhal16.3. A testemunha

17. Depoimento pessoal17.1. Introduo17.2. Quem pode requer-lo e prest-lo17.3. Pena de confisso17.4. Procedimento

18. Interrogatrio das partes

18.1. Introduo18.2. Procedimento

19. Confisso19.1. Introduo19.2. Espcies de confisso19.3. Eficcia da confisso19.4. Perda de eficcia da confisso19.5. Indivisibilidade da confisso

20. Audincia de instruo e julgamento20.1. Introduo20.2. Procedimento da audincia de instruo e julgamento20.3. Adiamento da audincia

21. Questes

5. FASE DECISRIA1. Sentena

1.1. Introduo1.2. A conceituao atual de sentena1.3. Espcies de sentena1.4. Requisitos essenciais da sentena1.5. As sentenas meramente terminativas1.6. As sentenas de improcedncia de plano1.7. Oportunidades em que a sentena poder ser proferida1.8. Defeitos da sentena1.9. Possibilidade de correo da sentena1.10. Efeitos da sentena1.11. A sentena que condena declarao de uma emisso de vontade1.12. Sentena condicional?1.13. Os captulos da sentena1.14. A sentena e os fatos supervenientes1.15. Efeitos secundrios da sentena

2. Coisa julgada2.1. Introduo2.2. A coisa julgada no efeito da sentena2.3. As formas de manifestao da coisa julgada2.4. Os tipos de sentena (ou acrdo) que se revestem da autoridade da coisa julgada2.5. Limites objetivos da coisa julgada2.6. Limites subjetivos da coisa julgada2.7. Mecanismos pelos quais se pode afastar a coisa julgada2.8. Relativizao da coisa julgada

3. Da ao rescisria3.1. Introduo3.2. Outros mecanismos de impugnao das sentenas transitadas em julgado3.3. Outras situaes em que no cabe a rescisria3.4. Ao rescisria contra deciso interlocutria?3.5. Juzo rescindente e juzo rescisrio3.6. Natureza jurdica da ao rescisria3.7. Requisitos de admissibilidade

3.8. Hipteses de cabimento (CPC, art. 485)3.9. Procedimento da ao rescisria3.10. Prazo

4. Questes

6. PROCEDIMENTO SUMRIO1. Introduo2. Hipteses de admissibilidade

2.1. O valor da causa (art. 275, I, do CPC)2.2. O procedimento sumrio em razo da matria2.3. Procedimento2.4. Panorama das principais diferenas entre o procedimento sumrio e o ordinrio

LIVRO VII

DOS RECURSOS

1. TEORIA GERAL1. Introduo2. Conceito3. Caractersticas dos recursos

3.1. Interposio na mesma relao processual3.2. A aptido para retardar ou impedir a precluso ou a coisa julgada3.3. Correo de erros de forma ou de contedo3.4. Impossibilidade, em regra, de inovao3.5. O sistema de interposio3.6. A deciso do rgo ad quem em regra substitui a do a quo3.7. O no conhecimento do recurso e o trnsito em julgado

4. Atos processuais sujeitos a recurso5. Juzo de admissibilidade e juzo de mrito dos recursos6. Requisitos de admissibilidade dos recursos

6.1. Requisitos de admissibilidade intrnsecos6.2. Requisitos extrnsecos6.3. Inexistncia de smula impeditiva de recurso

7. Modo de interposio dos recursos o recurso principal e o adesivo7.1. Processamento do recurso adesivo

8. Princpios fundamentais do direito recursal8.1. Introduo8.2. Princpio da taxatividade8.3. Princpio da singularidade ou da unirrecorribilidade8.4. Princpio da fungibilidade dos recursos8.5. Princpio da proibio da reformatio in pejus

9. Efeitos dos recursos9.1. Introduo9.2. Efeito devolutivo9.3. Efeito suspensivo9.4. Efeito translativo9.5. Efeito expansivo9.6. Efeito regressivo

2. DOS RECURSOS EM ESPCIE1. Apelao

1.1. Conceito1.2. Requisitos de admissibilidade1.3. Efeitos da apelao1.4. Possibilidade de inovar na apelao1.5. Processamento da apelao

2. Agravo2.1. Introduo2.2. Cabimento2.3. Espcies

3. Embargos infringentes3.1. Introduo3.2. Cabimento3.3. Processamento3.4. Efeitos

4. Embargos de declarao4.1. Introduo4.2. Cabimento4.3. Requisitos de admissibilidade4.4. Processamento dos embargos4.5. Efeitos dos embargos de declarao4.6. Embargos de declarao com efeito modificativo

5. Recurso ordinrio5.1. Introduo5.2. Cabimento5.3. Processamento

6. Recurso extraordinrio e recurso especial6.1. Introduo6.2. Requisitos comuns de admissibilidade do recurso extraordinrio e especial6.3. Procedimento de interposio e admisso do RE e do REsp6.4. Recurso especial6.5. Recurso extraordinrio

7. Embargos de divergncia em recurso especial e em recurso extraordinrio7.1. Introduo7.2. Processamento

8. Questes

LIVRO VIII

DA EXECUO CIVIL

1. DA EXECUO EM GERAL1. Introduo2. Como localizar, no CPC, os dispositivos que tratam da execuo civil3. O que execuo?4. Instrumentos da sano executiva5. Espcies de execuo

5.1. Execuo mediata e imediata

5.2. Execuo especfica5.3. Execuo por ttulo judicial ou extrajudicial5.4. Execuo definitiva ou provisria

6. Princpios gerais da execuo6.1. Princpio da autonomia6.2. Princpio da patrimonialidade6.3. Princpio do exato adimplemento6.4. Princpio da disponibilidade do processo pelo credor6.5. Princpio da utilidade6.6. Princpio da menor onerosidade6.7. Princpio do contraditrio

7. Atos executivos8. Competncia para a execuo civil

8.1. Competncia para processar o cumprimento de sentena8.2. Competncia para a execuo de ttulo extrajudicial

9. Das partes na execuo9.1. Legitimidade ativa9.2. Legitimidade passiva9.3. Litisconsrcio na execuo9.4. Interveno de terceiros

10. Dos requisitos necessrios para a execuo10.1. Do inadimplemento do devedor10.2. Ttulo executivo

11. Da responsabilidade patrimonial11.1. Obrigao e responsabilidade11.2. Bens sujeitos execuo11.3. Bens no sujeitos execuo11.4. Responsabilidade patrimonial de terceiros

2. LIQUIDAO DE SENTENA1. Introduo2. Das diversas espcies de liquidao3. Fase de liquidao4. Legitimidade para a liquidao5. Natureza da liquidao6. Liquidao provisria7. Vedao de sentena ilquida8. Sentena parte lquida, parte ilquida9. Clculo do contador10. Liquidao por arbitramento11. Liquidao por artigos12. A liquidao julgada por deciso interlocutria13. Liquidao de sentena genrica em ao civil pblica14. Liquidaes no curso da fase de execuo

3. EXECUO ESPECFICA1. Introduo2. Providncias que assegurem resultado prtico equivalente

3. Converso em perdas e danos4. Mecanismos para compelir o devedor a cumprir a obrigao

4.1. A multa

4. PROCEDIMENTO DAS DIVERSAS ESPCIES DE EXECUO

5. EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL1. Execuo tradicional2. Aspectos comuns a todas as espcies de execuo por ttulo extrajudicial

2.1. Petio inicial2.2. Citao do executado2.3. Efeitos da citao vlida

3. Processo de execuo para entrega de coisa certa4. Processo de execuo para entrega de coisa incerta5. Processo de execuo de obrigao de fazer e no fazer

5.1. Execuo das obrigaes de fazer fungveis (procedimento)6. Execuo por quantia certa contra devedor solvente

6.1. Introduo6.2. Petio inicial6.3. Despacho inicial6.4. Citao6.5. O arresto6.6. Curador especial6.7. Do pagamento6.8. Da penhora e do depsito6.9. Da avaliao de bens6.10. Intimao do executado6.11. Outras intimaes6.12. Expropriao

7. Da defesa do devedor nas execues fundadas em ttulo extrajudicial7.1. Introduo7.2. Dos embargos de devedor7.3. Embargos de segunda fase7.4. Outras formas de defesa

6. O CUMPRIMENTO DE SENTENA (EXECUO FUNDADA EM TTULO JUDICIAL)1. Introduo2. Evoluo da execuo fundada em ttulo judicial3. Cumprimento das sentenas condenatrias em obrigao de fazer, no fazer ou entregar coisa4. Cumprimento de sentena condenatria ao pagamento de quantia certa contra devedor solvente procedimento5. O incio da execuo

5.1. O prazo para pagamento voluntrio5.2. A multa5.3. A iniciativa do credor

6. O arquivamento por inrcia7. Prescrio intercorrente8. Honorrios advocatcios na fase executiva9. Mandado de penhora de avaliao10. Intimao da penhora

11. Da defesa do executado em juzo11.1. Introduo11.2. Impugnao

12. Peculiaridades do cumprimento de sentena condenatria por ato ilcito13. Execuo de sentena penal condenatria, sentena arbitral e sentena estrangeira14. Execuo por quantia certa contra a Fazenda Pblica

14.1. Impossibilidade de penhora de bens14.2. A citao e a possibilidade de oposio de embargos prazo14.3. A no oposio dos embargos14.4. Os embargos14.5. O precatrio

15. Execuo de penso alimentcia15.1. Execuo de alimentos pelo procedimento tradicional15.2. Execuo especial de alimentos

16. Execuo por quantia certa contra devedor insolvente16.1. Introduo16.2. Procedimento as duas fases

17. A reforma da execuo e o direito intertemporal

7. DA SUSPENSO E EXTINO DAS EXECUES1. Da suspenso do processo de execuo2. Extino da execuo3. A sentena de extino4. Questes

LIVRO IX

DA TUTELA ANTECIPADA E DA TUTELA CAUTELAR

1. DA TUTELA ANTECIPADA1. Introduo2. A tutela antecipada e a efetividade do processo3. Conceito4. Satisfatividade e carter provisrio5. Tutela antecipada e cautelar6. Requisitos para a concesso da tutela antecipada

6.1. Requerimento do autor6.2. Prova inequvoca da verossimilhana da alegao6.3. Perigo de dano irreparvel ou de difcil reparao6.4. O abuso do direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do ru6.5. A no irreversibilidade dos efeitos do provimento6.6. A tutela antecipada em caso de incontrovrsia6.7. A tutela antecipada nas obrigaes de fazer ou no fazer (art. 461, 3, do CPC) e de entrega de coisa (art. 461-A,

3)6.8. Tipos de processo em que cabe a antecipao de tutela6.9. Momento para a concesso da tutela antecipada6.10. Possibilidade de revogao e modificao6.11. Recurso cabvel6.12. Fungibilidade entre tutela cautelar e antecipada

6.13. Tutelas antecipadas contra a Fazenda Pblica6.14. A efetivao das tutelas antecipadas

2. DA TUTELA CAUTELAR1. Introduo2. A tutela cautelar como uma das espcies de tutela de urgncia3. Em que consiste a tutela cautelar?4. Cautelares satisfativas?5. Processo cautelar e medidas cautelares6. possvel obter tutela cautelar fora do processo cautelar?7. As liminares

7.1. A pouca utilidade da expresso liminar no sistema atual8. Caractersticas da tutela cautelar

8.1. Acessoriedade8.2. Autonomia8.3. Urgncia8.4. Sumariedade da cognio8.5. Provisoriedade8.6. Revogabilidade e perda de eficcia8.7. Inexistncia de coisa julgada material8.8. Impossibilidade de reiterao, quando h cessao de eficcia8.9. Fungibilidade

9. Eficcia da tutela cautelar9.1. Perda de eficcia quando no ajuizada a ao principal no prazo de trinta dias9.2. Perda de eficcia por falta de execuo dentro de trinta dias9.3. Perda de eficcia quando o juiz declara extinto o processo principal, com ou sem julgamento de mrito

10. Poder geral de cautela10.1. O poder geral de cautela d ao juiz poderes para conceder tutelas cautelares de ofcio?10.2. Momentos em que pode haver o exerccio do poder geral de cautela

11. O processo cautelar condies da ao e mrito11.1. Fumus boni juris11.2. Periculum in mora

12. Procedimento do processo cautelar disposies gerais12.1. Introduo12.2. Processo cautelar preparatrio e incidente12.3. A relao processual autnoma12.4. Competncia12.5. Petio inicial12.6. A liminar12.7. Interveno de terceiros12.8. Citao12.9. Resposta do ru12.10. Sentena12.11. Recursos12.12. Coisa julgada12.13. A cauo12.14. Responsabilidade civil do requerente12.15. Tutela cautelar contra a Fazenda Pblica

3. DOS PROCEDIMENTOS CAUTELARES ESPECFICOS1. Introduo2. Arresto

2.1. Introduo2.2. Requisitos2.3. Bens que podem ser arrestados2.4. Procedimento

3. Sequestro3.1. Introduo3.2. Requisitos3.3. Procedimento

4. Busca e apreenso4.1. Introduo4.2. Procedimento

5. Da exibio5.1. Introduo5.2. Cabimento5.3. Procedimento

6. Produo antecipada de provas6.1. Introduo6.2. Tipos de provas que podem ser antecipadas6.3. Procedimento

7. Dos alimentos provisionais7.1. Introduo7.2. Alimentos provisionais no se confundem com provisrios7.3. Hipteses de cabimento7.4. Procedimento

8. Do atentado8.1. Introduo8.2. Requisitos8.3. Procedimento do atentado

9. Questes

LIVRO X

DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

1. DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIO CONTENCIOSA1. Introduo2. Por que alguns procedimentos so especiais e outros no?3. Os vrios tipos de procedimentos especiais4. Uma seleo dos processos de procedimentos especiais de jurisdio contenciosa5. Da consignao em pagamento

5.1. Introduo5.2. Dois tipos de ao de consignao5.3. Quais os bens que podem ser consignados?5.4. At quando possvel requerer a consignao em pagamento?5.5. possvel, em aes de consignao, discutir a validade de clusulas contratuais?5.6. Procedimento

6. Da ao de depsito6.1. Introduo6.2. Depsito judicial desnecessidade de ao6.3. A priso civil do depositrio infiel6.4. Procedimento

7. Da ao de prestao de contas7.1. Introduo7.2. Alguns exemplos de relaes das quais resulta a obrigao de prestar contas7.3. Natureza dplice7.4. A ao de exigir contas e a de prest-las7.5. Da ao de exigir contas7.6. Da ao de dar contas7.7. Forma pela qual as contas devem ser prestadas, tanto na ao de exigir como na de dar contas7.8. Prestao de contas por dependncia

8. Aes possessrias8.1. Introduo8.2. Peculiaridades das aes possessrias8.3. Procedimento das aes possessrias

9. Ao de nunciao de obra nova9.1. Introduo9.2. Natureza9.3. Nunciao de obra nova e dano infecto9.4. Hipteses de cabimento9.5. Procedimento

10. Ao de usucapio de imveis10.1. Introduo10.2. Procedimento especial?10.3. Competncia10.4. Natureza10.5. Legitimados ativos10.6. Legitimados passivos10.7. Intimaes necessrias10.8. Procedimento

11. Do inventrio e da partilha11.1. Introduo11.2. Casos em que o inventrio pode ser feito por escritura pblica, dispensando-se o inventrio judicial11.3. Inventrio11.4. Inventrio e partilha11.5. Procedimento do inventrio11.6. Da partilha11.7. Inventrio conjunto11.8. Arrolamento11.9. Arrolamento sumrio

12. Dos embargos de terceiro12.1. Introduo12.2. Requisitos especficos de admissibilidade12.3. Casos especiais de embargos de terceiro

12.4. Procedimento13. Da arbitragem

13.1. Introduo13.2. O que arbitragem?13.3. A utilidade da arbitragem13.4. Limites da arbitragem13.5. Constitucionalidade da arbitragem13.6. Espcies de arbitragem13.7. Da conveno de arbitragem e seus efeitos13.8. Os rbitros13.9. O procedimento arbitral13.10. Sentena arbitral

14. Procedimento monitrio14.1. Introduo14.2. Espcies de procedimento monitrio14.3. Facultatividade do procedimento monitrio14.4. Natureza da ao monitria14.5. Requisitos14.6. Ao monitria contra a Fazenda Pblica?14.7. Procedimento

15. Juizados Especiais Cveis15.1. Introduo15.2. Fundamento constitucional e legal15.3. Natureza15.4. Princpios15.5. Competncia15.6. Litisconsrcio e interveno de terceiros15.7. O advogado no juizado especial cvel15.8. Do juiz, dos conciliadores e dos juzes leigos15.9. Procedimento

2. DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIO VOLUNTRIA1. Introduo2. Natureza3. Distines entre jurisdio voluntria e contenciosa4. Caractersticas da jurisdio voluntria5. Regras gerais do procedimento

5.1. Legitimidade5.2. Petio inicial e citao5.3. Interveno do Ministrio Pblico5.4. Resposta5.5. Instruo e sentena5.6. Recursos

6. Pedidos que obedecem ao procedimento examinado nos itens anteriores (5.1 a 5.6)7. Dois procedimentos especficos de jurisdio voluntria

7.1. Separao consensual8. Questes

REFERNCIAS

LIVRO I

NOES GERAIS

INTRODUO

1. O PROCESSO CIVILUma introduo que vise dar uma noo geral do Processo Civil no pode esquecer as

origens dessa cincia. Aqueles que esto familiarizados com seus institutos muitos delesaltamente abstratos esquecem-se, muitas vezes, de que o processo surgiu, antes de tudo,porque ao Estado, em determinada poca da evoluo histrica, foi atribudo o poder-deverde solucionar os conflitos de interesses. Essa observao necessria, porque aquele quequer lidar adequadamente com a cincia do processo no pode jamais perder de vista essafinalidade, sob pena de transform-la em um amontoado de abstraes, nas quais osestudiosos perdem-se em questes de somenos.

O risco de dissociao entre a cincia do direito e a sua finalidade ltima no recente.Erasmo de Rotterdam, no incio do sculo XVI, j observava, com fina ironia: Osjurisconsultos... rolam assiduamente a rocha de Ssifo, amontoando textos de leis sobre umassunto sem a mnima importncia. Acumulando glosa sobre glosa, opinio sobre opinio,do a impresso de que sua cincia a mais difcil de todas[1].

A cincia do processo no pode perder de vista que o ser humano, naturalmente gregrio,envolve-se, com frequncia, em conflito de interesses. Dir-se-ia que isso faz parte de suaessncia, tanto que no h notcia de tempos passados, nem esperana de tempos vindouros,em que conflitos no se manifestem, e perturbem a sociedade.

O Estado incumbido de zelar pela paz social edita normas, estabelecendo quais osdireitos de cada um. Se todos respeitassem estritamente os direitos alheios, e observassem osseus deveres, tais como estabelecidos na legislao, no haveria conflitos e o processo seriadesnecessrio. Mas as coisas no so assim, por vrios motivos. Nem sempre as regras soclaras; nem sempre so adequadas e, sobretudo, nem sempre so suficientes para reprimirimpulsos humanos profundamente enraizados, que, cedo ou tarde, se manifestam. comumque o mais forte queira tomar do mais fraco; que o que no trabalhou queira arrebanhar ofruto do esforo alheio; que o mais esperto queira ludibriar o mais ingnuo.

Com isso, aquelas regras de conduta, previstas em abstrato pelo legislador, para regularsituaes genricas, so violadas, e surge o conflito de interesses.

A rigor, esse conflito no , ainda, um fenmeno processual, mas sociolgico. Pode ser queos envolvidos entrem em acordo, ou que um deles renuncie ao que acha ser seu. Mas podeocorrer que no se chegue a uma soluo. Se assim for, qualquer dos interessados poderrecorrer ao Estado-juiz para que d uma soluo imparcial (porque proferida por algumno envolvido no conflito) e dotada de fora coercitiva. Quando o envolvido no conflito

procura o Judicirio, o processo tem incio, e nesse ponto que intervm a cincia doprocesso, cujo fim perscrutar os mecanismos por meio dos quais o Estado-juiz intervir nasoluo dos conflitos a ele levados. Sem a possibilidade do processo e do recurso aoJudicirio prevaleceria a fora. Parafraseando Rousseau, convenhamos, pois, que a forano faz o direito e que no se obrigado a obedecer seno a poderes legtimos[2].

Eis o momento de formular o conceito do Processo Civil.

1.1. ConceitoO Processo Civil o ramo do direito que contm as regras e os princpios que tratam da

jurisdio civil, isto , da aplicao da lei aos casos concretos, para a soluo dos conflitosde interesses pelo Estado-juiz.

O conflito entre sujeitos condio necessria, mas no suficiente para que incidam asnormas de processo, s aplicveis quando se recorre ao Poder Judicirio apresentando-se-lhe uma pretenso. Portanto, s quando h conflito posto em juzo.

PROCESSO CIVIL: conflito de interesses + pretenso levada ao Estado-juizIsso fundamental para que no se confunda a relao entre as pessoas, nas suas vivncias

intersubjetivas das quais podem resultar eventuais conflitos, com a que se estabelece com ainstaurao do processo. Nesta, h um sujeito que no figurava na relao anterior: o juiz,cuja funo ser a de aplicar a lei ao caso concreto, na busca da pacificao social. S secompreende o processo civil como ramo autnomo do direito quando se faz a distino entreas relaes dos envolvidos em conflitos no levados a juzo, com as daqueles que solevados. As primeiras so lineares, as segundas triangulares.

1.2. Processo civil direito pblico ou privado?O Direito um s, assim como o poder uno e indivisvel. Mas a cincia do Direito,

influenciada pelos ideais aristotlicos, no se priva de dividi-lo em grupos, subgrupos,ramos, divises. O direito processo civil um dos subgrupos do direito processual, dividoem processo civil e penal, aos quais poder-se-ia acrescentar o processo trabalhista.

clssica a subdiviso entre os ramos do direito pblico e do direito privado. J Ulpiano,no Digesto, formulava a dicotomia: Direito pblico o que corresponde s coisas doEstado; direito privado, o que pertence utilidade das pessoas[3]. Muito se tem criticadoessa classificao, que simplifica demais, porque considera cada ramo do direito um blocohomogneo, como se todas as normas que o compem tivessem idntica natureza. As coisasno funcionam dessa maneira, e nos dias de hoje, as coisas evoluram de forma a expor aindamais a fragilidade da antiga distino. So frequentes as hipteses de publicizao derelaes que sempre foram consideradas privadas, como vem acontecendo, por exemplo, nodireito contratual ou nas relaes de consumo.

Mas, se considerarmos que a insero de um ramo do direito em uma das categorias podeser feita levando em conta a predominncia da natureza pblica ou privada das normas queo compem, ainda se poderia encontrar alguma utilidade na classificao.

Feitas essas consideraes, havemos de concluir que o processo pertence categoria dodireito pblico, tal como o direito constitucional, o administrativo, o tributrio e o penal, emoposio ao direito civil e comercial, que tradicionalmente pertencem ao direito privado. Epertence ao direito pblico porque regula um tipo de relao jurdica no qual o Estadofigura como um dos participantes: os princpios e normas que o compem regem aatividade jurisdicional, e a dos litigantes, frente jurisdio. Novamente se acentua adistino entre a relao formada no processo, e aquela originada do conflito intersubjetivo.A relao civil entre duas pessoas pode ser privada. Mas, quando posta em juzo, forma umanova, de cunho processual, que pertence ao direito pblico.

1.3. Direito material direito processualA lei atribui numerosos direitos aos membros da coletividade. As normas de direito

material so aquelas que indicam quais os direitos de cada um. Por exemplo, a que diz quedeterminadas pessoas tm direito de postular alimentos de outras material: atribui uminteresse primrio ao seu titular. As normas de processo so meramente instrumentais.Pressupe que o titular de um direito material entenda que ele no foi respeitado, e recorraao Judicirio para que o faa valer. O direito material pode ser espontaneamente respeitado,ou pode no ser. Se a vtima quiser faz-lo valer com fora coercitiva, deve recorrer aoEstado, do que resultar a instaurao do processo. Ele no um fim em si mesmo, nem o quealmeja quem ingressou em juzo, mas um meio, um instrumento, para fazer valer o direitodesrespeitado. As normas de direito processual regulamentam o instrumento de que se vale oEstado-juiz para fazer valer os direitos no respeitados dos que a ele recorreram.

DIREITO MATERIAL DIREITO PROCESSUAL

Interesse primrio Interesse secundrio Instrumento para fazer valer o direito materialdesrespeitado

1.4. Instrumentalidade do processoO processo o instrumento da jurisdio, o meio de que se vale o juiz para aplicar a lei

ao caso concreto. No um fim em si, j que ningum deseja a instaurao do processo por sis, mas meio de conseguir um determinado resultado: a prestao jurisdicional, que tutelardeterminado direito, solucionando o conflito.

O processo goza de autonomia em relao ao direito material que nele se discute. Mas noabsoluta: ele no existe dissociado de uma situao material concreta, posta em juzo. Sser efetivo se funcionar como instrumento adequado para a soluo do conflito.

Os esforos dedicados conquista da autonomia do processo civil levaram ao surgimentoda cincia processual, ramo independente do direito. Mas alguns institutos de direitoprocessual s so compreensveis quando examinados luz da relao que deve haver entreo processo e o direito material. o caso, por exemplo, da ao e de suas condies. impossvel examinar a legitimidade ad causam dos litigantes, sem referncia ao direitomaterial alegado.

Decorre da instrumentalidade que o processo no deve ser considerado apenas como algo

tcnico, mas como mecanismo tico-poltico-social de pacificao dos conflitos.E dela deriva, entre outras coisas, a instrumentalidade das formas: a desobedincia a

determinada forma prescrita na lei processual no invalidar o ato que tenha atingido oresultado para o qual foi previsto. Por exemplo: a lei impe determinadas formalidades paraa citao do ru. Ainda que desobedecidas, o ato ser vlido se o ru comparecer a juzo(CPC, art. 214, 1). A finalidade da citao dar cincia ao ru da existncia do processo,e se ele compareceu, porque tomou conhecimento.

O princpio da instrumentalidade das formas foi expressamente consagrado no art. 154, doCPC, que assim estabelece: Os atos e termos processuais no dependem de formadeterminada seno quando a lei expressamente a exigir, reputando-se vlidos os que,realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

1.5. O processo civil e os demais ramos do direitoO poder e o direito so unos e indivisveis. Por isso, conquanto por razes tcnicas e

didticas, a cincia processual os desdobre em numerosos ramos, no h como consider-losisoladamente. O processo civil tem ligaes com todos os demais ramos do direito, comalguns mais intensa, com outros menos.

1.5.1. O processo civil e o direito constitucionalA maior parte dos princpios que rege o processo civil est na Constituio Federal.

Como princpios so diretrizes que devem nortear a aplicao e a interpretao das normas, impossvel estudar e compreender o processo civil sem recorrer Constituio. Aconsagrao desses princpios pela Constituio indica uma tomada de posio: o processono deve restringir-se a um aglomerado de regras tcnicas, mas em um mecanismo poltico etico, cujas diretrizes so dadas pela lei mais alta do Pas. A Constituio traa os princpiosque serviro de norte para a aplicao das normas do processo. Tal a relevncia doarcabouo do processo formulado pela Constituio, que hoje se fala em um DireitoConstitucional Processual, quando se quer referir ao conjunto de princpios e normas denatureza processual civil que se encontra na Constituio; e em Direito ProcessualConstitucional, ao conjunto de normas que regulam a aplicao da jurisdioconstitucional[4].

So exemplos de normas constitucionais que tm relevncia para o processo civil agarantia geral do acesso justia (art. 5, XXXV), da isonomia (art. 5, caput e inc. I) e docontraditrio (art. 5, LV). A Constituio Federal cuida da organizao da justia, dacomposio e atribuies dos rgos incumbidos de aplicar a jurisdio e das garantias dosjuzes (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos).

So normas que regulam a jurisdio constitucional as que tratam do mandado desegurana, do habeas corpus, dos recursos extraordinrio e especial e da ao direta deinconstitucionalidade, entre outras.

1.5.2. Processo civil e processo penalSo subdivises do direito processual. Existe uma teoria geral do processo, que estuda os

princpios e institutos fundamentais da cincia processual, aplicveis ao processo civil, aopenal, ao trabalhista, ao tributrio etc. Os institutos fundamentais (jurisdio, ao, defesa e

processo) e os princpios estruturais (devido processo legal, isonomia, contraditrio) so osmesmos. A diferena maior entre os diversos subgrupos est na pretenso posta em juzo. Najurisdio penal, a pretenso a aplicao da sano penal quele a quem se acusa de terperpetrado um crime ou contraveno penal. A natureza dessa pretenso e as peculiaridadesda sano penal exigem que o processo penal tenha certas particularidades, que odiferenciam do civil. Mas o arcabouo estrutural das duas o mesmo.

1.5.3. Processo civil e direito penalA atribuio ao Estado de, em carter exclusivo, promover a soluo dos conflitos de

interesses, pela aplicao da lei ao caso concreto, tornou ilcita, salvo excees previstas emlei, a autotutela. E para que tal vedao se tornasse efetiva, a lei penal tipificou a conduta,qualificando-a de exerccio arbitrrio das prprias razes; assim, a restaurao de umdireito violado ter de ser feita pela jurisdio civil, sob pena de constituir crime deexerccio arbitrrio, salvo nos raros casos em que se autoriza a autotutela.

1.5.4. Processo civil e direito privadoApesar da autonomia do processo em relao ao direito material, a instrumentalidade o

obriga a plasmar-se s exigncias do direito material. por isso que, s vezes, a leiprocessual cria procedimentos especficos, que se amoldam s peculiaridades do direitomaterial.

Um exame do procedimento da ao de consignao em pagamento, por exemplo, indica apreocupao do legislador em adaptar o processo s necessidades oriundas do direitomaterial. Assim, quando h dvida sobre quem deve legitimamente receber, a lei processuald ao procedimento da consignao uma estrutura adequada para solucionar o conflito, com acitao dos dois potenciais credores que passaro a disputar entre si a legitimidade docrdito.

1.5.5. Processo civil e direto pblicoO processo civil no se presta apenas aplicao, ao caso concreto, do direito privado,

mas tambm do pblico. As contendas entre o particular e a Fazenda Pblica so veiculadasem processos cveis.

2. BREVE HISTRICO DO PROCESSO CIVIL

2.1. IntroduoO estudo do desenvolvimento do processo civil na antiguidade e na poca medieval, aps

as invases brbaras, tem relevncia puramente histrica j que, a rigor, no se podia, ento,falar no processo como cincia autnoma.

O que havia nesse perodo era uma assimilao entre os conceitos de processo e ao,em que no se fazia a distino entre o direito material e o processual. No havia a cinciaautnoma do processo, cujos institutos fundamentais no se distinguiam daqueles do direitomaterial.

O direito processual integrava o material, era como uma espcie de ramo deste. Mas foi apartir dessa raiz romano-germnica que ele evoluiu. Inmeros institutos se desenvolveramnesse perodo, e tornaram-se profundamente teis ao processo, mas sem que tivessem por

matriz uma cincia autnoma. Eram estudados como pertences do direito material.

2.2. Direito romanoPodem-se distinguir trs fases no Direito Processual Civil romano: o perodo das legis

actiones, em que o direito era predominantemente oral, e o direito substancial era criaopretoriana; o perodo formulrio, em que o direito passou a ter uma base escrita, emboracontinuasse em boa parte oral; e o perodo da extraordinria cognitio, em que o direito erapredominantemente escrito, no qual surgiram princpios e regras que tratavam do exerccioda jurisdio e da formao do processo, desde o seu incio at a sentena.

2.3. Perodo medievalO processo ainda no goza de autonomia, e persiste a confuso entre direito material e

ao. Com a queda do imprio e as invases brbaras, o direito altamente desenvolvido dosromanos sofreu o impacto de uma cultura muito inferior, que utilizava mtodoscompletamente diferentes. O sistema processual dos brbaros era fundado em supersties eritos sacramentais, que no se compatibilizavam com o sistema romano. Os invasoresprocuraram impor a sua forma de soluo de conflitos aos vencidos, que no secompatibilizava com o sistema romano. Neste, por exemplo, as provas destinavam-se aformar a convico do juiz, que exercia a funo estatal de dirimir um conflito de interesses.No direito germnico, o papel do juiz era mais reduzido, pois a sua deciso no era dadacom base na prpria convico, mas no resultado mecnico da soma dos valores das provas.Cada uma tinha o seu valor, e aqueles que as apresentassem mais valiosas venceriam ademanda, independentemente da convico do juiz (prova legal e ordlias). O processomedieval foi caracterizado por essa simbiose entre o antigo direito romano e o dos brbaros.

2.4. O processo civil modernoConquanto o surgimento do processo como cincia autnoma seja fruto de uma poca, de

uma evoluo prolongada e permanente, resultado da contribuio de inmeros estudiosos,costuma-se fixar uma data para o seu nascimento. o ano de 1868 (o que o torna um dosramos autnomos mais recentes do direito), quando Oskar von Blow publicou, naAlemanha, a sua Teoria dos pressupostos processuais e das excees dilatrias . Por queessa obra tida como o marco inicial? Porque nela se evidencia, com maior clareza, que oprocesso no podia mais ser confundido com o simples exerccio do direito privado; e quea ao no era o direito material em movimento, ou armado. Do que resulta que a relao quederiva do processo, no se confunde com a relao material que nele se discute. Foi omomento em que o processo ganhou autonomia, em que se deu incio superao dopensamento imanentista, que no distinguia entre a ao e o direito material.

Da, foi um passo para o estabelecimento dos princpios e para a enumerao dos institutosfundamentais, que qualificam uma cincia como tal.

Desde ento, a cincia processual teve um notvel desenvolvimento, em especial a partirdos estudos de grandes juristas alemes (Wach, Degenkolb, Goldschmidt, Rosemberg, Lent eSchwab) e italianos (Chiovenda, Carnelutti, Calamandrei, Liebman e Capeletti).

2.5. O momento atual e as perspectivas para o futuroO processo civil tem, nos dias de hoje, passado por grandes alteraes. A par das teorias e

fundamentos clssicos, assiste-se ao surgimento de novos movimentos e tendncias, cujosinstrumentos prestam-se a atender as necessidades das sociedades contemporneas.

H, hoje em dia, uma priorizao de certos aspectos do processo, para os quais o sistematradicional no dava soluo. Os casos mais evidentes so os relacionados ao acesso justia e lentido dos processos, bem como distribuio dos nus decorrentes da demorana soluo dos conflitos. H ainda a questo da socializao da justia, relacionada ao fatode que muitos conflitos de interesses deixam de ser levados a juzo, seja em virtude do custoque isso demanda, seja porque o interesse no tem lesado direito, pois o dano pulveriza-seentre toda a sociedade (interesses difusos e coletivos).

Entre outros instrumentos que apontam as novas tendncias do processo, podem sermencionados os juizados especiais cveis, cujo objetivo facilitar o acesso justia,tornando consumidores dela pessoas que possivelmente no levariam a juzo seus litgios demenor extenso; as tutelas de urgncia, que servem para reduzir os danos decorrentes dademora do processo; a tutela de interesses difusos e coletivos, atribuda a determinadosentes.

A busca atual e os novos rumos do processo dirigem-se para a universalizao da justia,com facilitao do acesso de todos, melhor distribuio dos nus da demora do processo, e atutela de interesses que, por fragmentados entre os membros da coletividade, no eramadequadamente protegidos.

A isso, deve-se acrescentar a tendncia de constitucionalizao do direito. Oordenamento jurdico composto de normas estabelecidas de forma hierrquica. O topo dapirmide ocupado pela Constituio Federal, e todas as normas infraconstitucionais devemhaurir dela a sua validade. Os princpios fundamentais do processo civil esto naConstituio, e as normas processuais devem ser interpretadas sob a tica constitucionalista,respeitando as diretrizes por ela estabelecidas.

O processo de hoje e do futuro busca os seguintes valores:

FACILITAO DO ACESSO JUSTIA: A lei deve adotar mecanismos que permitamque todos possam levar ao Judicirio os seus conflitos, reduzindo-se a possibilidade dachamada litigiosidade contida, em que a insatisfao no levada a juzo, e permanecelatente. DURAO RAZOVEL DO PROCESSO: A demora na soluo dos conflitos traz nusgravosos quele que ingressa em juzo, o que estimula o adversrio a tentar prolongarindefinidamente o processo. Devem-se buscar mecanismos que repartam esses nus. INSTRUMENTALIDADE: O processo instrumento que deve ser sempre o maisadequado possvel para fazer valer o direito material subjacente. Assim, deve-se buscaramold-lo sempre, de modo a que sirva da melhor forma soluo da questo discutida. TUTELA DE INTERESSES COLETIVOS E DIFUSOS: decorrncia direta daexigncia de garantia de acesso justia. H direitos que esto pulverizados entre osmembros da sociedade, o que traz risco sua proteo, se esta no for atribuda adeterminados entes. UNIVERSALIZAO: Todos os valores aqui mencionados poderiam ser resumidosneste: a busca pela democratizao e universalizao da justia, nica situao em que

o Judicirio cumprir idealmente o seu papel, que o de assegurar a todos a integralproteo de seus direitos. CONSTITUCIONALIZAO DO DIREITO PROCESSUAL: os princpios do processocivil esto, em grande parte, na Constituio, e as normas devem ser interpretadas sob atica constitucional, o que permite falar em um direito constitucional processual. EFETIVIDADE DO PROCESSO: relacionada a todos os princpios anteriores. Oprocesso tem de ser instrumento eficaz de soluo dos conflitos. O consumidor do serviojudicirio deve receb-lo de forma adequada, pronta e eficiente. A tcnica no deve serum fim ltimo, mas estar a servio de uma finalidade, qual seja, a obteno de resultadoque atenda ao que se espera do processo, do ponto de vista tico, poltico e social.

2.6. Esquematizao do histrico do processo civilMOMENTO HISTRICO CARACTERSTICAS MARCANTES

Antiguidade Confuso entre ao e direito

Trs fases: predominantemente oral (legis actiones) Base escrita (perodo formulrio) Escrita (extraordinaria cognitio)

Idade mdia Persiste a confuso entre ao e direito

Invases brbaras (prova legal e ordlias)

Fuso entre direito romano e brbaro

Processo moderno Oskar von Blow, 1868

Autonomia do processo civ il

Distino entre direito material e processual

Criao de princpios e institutos prprios

Processual atual (e novas perspectivas) Universalizao do acesso

Durao razovel do processo

Instrumentalidade das formas

Tutelas diferenciadas

Constitucionalizao do processo civ il

3. O PROCESSO CIVIL NO BRASILDurante o perodo colonial vigoraram no Brasil as Ordenaes Filipinas, editadas em

Portugal, o que se prolongou at mesmo aps a proclamao da independncia.Em 1850 foi editado, junto com o Cdigo Comercial, o Regulamento 737, aplicvel, de

incio, somente s relaes comerciais, e discusses judiciais a ela relacionadas.Posteriormente, no incio da Repblica, a aplicao do Regulamento foi estendida s

questes cveis.A Constituio de 1891, ao atribuir capacidade aos estados federativos de legislar sobre

processo, deu ensejo ao surgimento dos cdigos judicirios estaduais, que regulavam ajustia dos estados.

Somente com a Constituio Federal de 1934 que a competncia para legislar sobreprocesso passou a ser exclusiva da Unio, do que resultou a edio dos dois Cdigos deProcesso Civil que vigoraram no Brasil, o de 1939, e o atual, de 1973.

Nos dois, j estavam bem assentadas as distines entre direito material e processual,embora no atual sejam evidentes as conquistas, sobretudo as relacionadas fase desaneamento, julgamento antecipado da lide, cabimento de recursos e medidas cautelares.

Recentemente, o Cdigo de Processo Civil passou por numerosas alteraes. Optou-se porum sistema gradual de implantao de pequenas reformas, em detrimento de uma nova

codificao. Entre as principais alteraes, destacam-se a que generalizou a possibilidade deconcesso de tutelas antecipadas, a que alterou a execuo civil, a que implantou oprocedimento monitrio e muitas outras, sempre destinadas a dar maior efetividade aoprocesso. Teme-se, no entanto, que a extenso de tais reformas acabe por colocar em perigoa integridade e o carter sistemtico, de que gozava o Cdigo em sua redao originria.

Resumidamente, tem-se:

Fase das Ordenaes Filipinas (vigoraram durante o perodo colonial, e pelo primeiro esegundo Imprios). Regulamento 737 Entrou em vigor em 1850, mas se aplicava to somente s causascomerciais. Somente em 1890 teve sua aplicao estendida s causas cveis. Constituio de 1891. Atribui competncia concorrente aos estados para legislar sobreprocesso civil, o que deu ensejo ao surgimento de Cdigos Judicirios estaduais, emalguns estados da federao, sem prejuzo da existncia de normas federais de processo. Constituio de 1934. Tornou a atribuir Unio a competncia para legislar sobreprocesso. No revogou os Cdigos Judicirios, que permaneceram vigentes at que fosseeditado o Cdigo de Processo Civil, de vigncia nacional. Cdigo de 1939. Vigorou de 01 de janeiro de 1940 a 31 de dezembro de 1973. Emboratenha consagrado numerosas das conquistas feitas, at a poca, pela cincia do ProcessoCivil, pecava pela timidez e falta de tcnica. No entanto, consistiu em um significativoavano em relao ao perodo anterior. Cdigo de 1973. Entrou em vigor em janeiro de 1974, e foi elaborado a partir do projetodo Min. Alfredo Buzaid, ilustre representante da Escola Paulista do Processo Civil, que sedesenvolveu a partir dos estudos realizados por Enrico Tullio Liebman e seus discpulos.Representou enorme avano, pois imprimiu ao Cdigo um carter mais cientfico,adotando os desenvolvimentos mais recentes da tcnica processual. Constituio de 1988. Atribuiu Unio competncia exclusiva para legislar sobredireito processual, concedendo aos estados competncia supletiva sobre procedimentosem matria processual. Consagrou inmeros princpios do processo, dando ensejo aodesenvolvimento do direito processual constitucional. Reformas sucessivas e pontuais da legislao. A busca da maior efetividade do processoe o desenvolvimento de novas tcnicas processuais tm dado ensejo a uma onda dereformas que alteraram, em boa parte, a fisionomia do Cdigo, sem modificar-lhe, noentanto, a estrutura fundamental.

1 Erasmo de Rotterdam, Elogio da loucura, p. 65.2 Rousseau, Do contrato social, Captulo III.3 Ulpiano, Digesto, Livro I, Ttulo I, 2.4 Essa distino entre Direito Processual Constitucional e Direito Constitucional Processual formulada por Nelson Nery

Junior, em Princpios do processo civil na Constituio Federal, p. 15. Mas essa dupla denominao no tem sido usadade modo uniforme pela doutrina, havendo aqueles que a utilizam de forma inversa quela usada pelo processualistamencionado. Essa divergncia no uso das expresses no relevante, se considerarmos os nomes como rtulos que apomosa coisas ou conceitos. Basta, para a compreenso do tema, que se apreenda a existncia, na Constituio Federal, deprincpios ou normas que regem o processo civil infraconstitucional; e normas que regulamentam o processo, relacionado ainstitutos de jurisdio propriamente constitucional. Os primeiros se relacionam influncia da Constituio sobre o processocivil; os segundos, aos mecanismos processuais de efetivao dos institutos constitucionais.

A LEI PROCESSUAL CIVIL

1. NORMA JURDICAVigora entre ns o princpio da supremacia da lei, norma escrita emanada da autoridade

competente.As principais caractersticas da norma jurdica so:

GENERALIDADE, j que ela se aplica a todas as pessoas indistintamente, ou aomenos a uma categoria delas. Da o seu carter abstrato. IMPERATIVIDADE, pois ela impe a todos os destinatrios uma obrigao. Por isso, anorma tem, em regra, carter bilateral: a cada dever imposto corresponde um direito.Exemplo: se impe o dever de no causar dano a algum, obriga aquele que o causar aindenizar a vtima. AUTORIZAMENTO, que consiste na possibilidade de o lesado pela violao normaexigir-lhe o cumprimento, o que distingue as normas legais, das ticas ou religiosas. PERMANNCIA, que significa que a norma vigora e prevalece at sua revogao. EMANAO DA AUTORIDADE COMPETENTE, nos termos impostos pelaConstituio Federal.

2. DUAS CATEGORIAS DE NORMAS: AS COGENTES E AS NO COGENTESEssa classificao leva em conta a imperatividade da norma, que pode ser:

COGENTE: de ordem pblica, no pode ser derrogada pela vontade do particular.Editada com finalidade de resguardar os interesses da sociedade. NO COGENTE: tambm chamada dispositiva, no contm um comando absoluto,inderrogvel. Sua imperatividade relativa. Subdivide-se em:

PERMISSIVA: quando autoriza o interessado a derrog-la, dispondo da matria daforma como lhe convier. SUPLETIVA: aplicvel na falta de disposio em contrrio das partes.

NORMAS COGENTES NORMAS NO COGENTES

Ordem pblica No so de interesse pblico

Inderrogveis Podem ser derrogadas

Interesse da sociedade Interesse especfico dos litigantes

Podem ser permissivas (permitem expressamente a derrogao) ou supletivas(aplicveis quando no houver conveno contrria)

3. NORMA PROCESSUAL

Trata das relaes entre os que participam do processo, e do modo pelo qual os atosprocessuais sucedem-se no tempo. Em suma, da relao processual (como aquelas relativasaos poderes do juiz, aos nus e direitos das partes) ou do procedimento (como as queregulam a sucesso dos atos na audincia).

Nem sempre fcil distinguir quais so as normas processuais cogentes e quais asdispositivas. Como o processo civil integra o direito pblico, suas normas so quase todascogentes, sendo raras as dispositivas.

Os exemplos mais importantes de normas dispositivas do Cdigo de Processo Civil so:

as que tratam da possibilidade de inverso convencional do nus da prova (CPC, art.333, pargrafo nico); as que permitem a suspenso do processo e da audincia de instruo por conveno; as que estabelecem regras de competncia relativa, que pode ser derrogada peloslitigantes.

4. FONTES FORMAIS DA NORMA PROCESSUAL CIVILA expresso fonte do direito equvoca, pois pode ser empregada em mais de um

significado. Pode indicar o poder de criar normas jurdicas e a maneira pela qual o direitose manifesta[5].

tradicional a distino entre fontes formais e no formais do direito, embora taldistino no seja de grande relevncia prtica. So fontes formais as que expressam odireito positivo, as formas pelas quais ele se manifesta.

A fonte formal por excelncia a lei (fonte formal primria). Alm dela, podem sermencionados a analogia, o costume, os princpios gerais do direito e as smulas do STF, comefeito vinculante (fontes formais acessrias ou indiretas), necessrios porque oordenamento jurdico no pode conter lacunas, cumprindo-lhe fornecer os elementos parasupri-las.

Fonte formal primria:

Lei.Fontes formais acessrias:

Analogia, costume e princpios gerais do direito, erigidos em fonte formal pelo art. 4,da Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro, e art. 126, do CPC. Smula vinculante, editada pelo Supremo Tribunal Federal (art. 103-A, e pargrafos, daConstituio Federal e Lei n. 11.417/2006).

Entre as fontes no formais, destacam-se:

A doutrina. Os precedentes jurisprudenciais (salvo os erigidos em smula vinculante).

As normas processuais civis tm as mesmas fontes que as normas em geral, tanto asprincipais ou diretas quanto as acessrias ou indiretas (CPC, art. 126).

4.1. A lei federal como fonte formal do processo civil

A disciplina do processo civil feita, em regra, por lei federal. Nos termos do art. 22, I,da Constituio Federal, compete Unio legislar sobre o direito processual civil.Todavia, o art. 24, IX da CF, atribui competncia concorrente Unio e aos Estados paralegislar sobre procedimento em matria processual. Os 1, 2 e 3 desse dispositivodeterminam que a Unio editar as normas gerais sobre procedimento, cabendo aos Estadoscompetncia suplementar para editar as de carter no geral. Na ausncia de lei federal, acompetncia estadual plena, podendo o Estado editar normas de cunho geral.

A grande dificuldade que o tema da competncia legislativa sobre regras de processo traz distinguir quais so as regras de processo, e quais as de procedimento, uma vez que a todoprocesso corresponde um procedimento, e todo procedimento diz respeito a um processo.

possvel dizer que, em regra, as normas procedimentais so as que versamexclusivamente sobre a forma pela qual os atos processuais se realizam e se sucedem notempo. Diferem das que tratam das relaes entre os sujeitos do processo, os poderes,faculdades, direitos e nus atribudos a cada um. Mas a qualificao de uma norma comoprocessual ou procedimental pode gerar interminveis discusses.

O CPC uma lei federal ordinria, sendo o repositrio mais importante de normas deprocesso. Mas h inmeros outros diplomas que se relacionam, direta, ou indiretamente, aoprocesso civil, como a Lei do Juizado Especial Cvel; a Lei do Mandado de Segurana; daAo Civil Pblica, de Falncias, do Inquilinato, o Cdigo de Defesa do Consumidor, entreoutros.

4.2. Constituio e leis estaduaisOs Estados, como j ressaltado, tm competncia concorrente para editar normas de

cunho estritamente procedimental, cabendo Unio editar as normas gerais, e aos Estadosas suplementares. No havendo lei federal, a competncia estadual para legislar sobre oassunto ser plena, na forma do art. 24, 3, da CF.

Alm da competncia concorrente, a Constituio Federal atribui aos Estados aincumbncia de organizar sua prpria justia, editando leis de organizao judiciria (art.125, 1), bem como dispor sobre a competncia dos tribunais e sobre a declarao deinconstitucionalidade de leis estaduais e municipais.

4.3. Fontes formais acessriasSo as mesmas das normas em geral, estabelecidas no CPC, art. 126: analogia, costume e

princpios gerais do direito. Servem para suprir as lacunas do ordenamento jurdico,integrando-o.

4.4. Smulas vinculantes

4.4.1. IntroduoForam introduzidas em nosso ordenamento jurdico pela Emenda Constitucional n.

45/2004, depois de intensa polmica. Sua regulamentao, no entanto, s ocorreu com a Lein. 11.417, de 19 de dezembro de 2006, com vacatio legis de trs meses.

Embora de pouca relevncia prtica, a questo de a smula vinculante constituir ou nofonte formal do direito pode ser levantada, porque a jurisprudncia a classifica entre asfontes no formais. Mas, se considerarmos que o art. 103-A da Constituio e a lei que as

regulamentou atribuem expressamente fora vinculante a tais smulas, teremos de concluirque elas foram elevadas a fontes formais.

Podemos defini-las como as editadas pelo STF, com quorum qualificado, que tm porobjeto a validade, a interpretao e a eficcia de normas determinadas e que vinculam asdecises judiciais e os atos administrativos.

4.4.2. Objeto dado pelo art. 2, 1, da Lei n. 11.417/2006: a validade, a interpretao e a eficcia

de normas determinadas, acerca das quais haja, entre rgos judicirios ou entre esses e aadministrao pblica, controvrsia atual que acarrete grave insegurana jurdica erelevante multiplicao de processos sobre idntica questo.

4.4.3. Requisitos

4.4.3.1. Matria constitucional

A smula no pode versar sobre qualquer tema, mas apenas matria constitucional. o quedecorre do art. 102, da Constituio Federal, que atribui ao STF a guarda da Constituio, oque abrange as questes diretamente ligadas a ela ou as referentes ao controle deconstitucionalidade. Em suma, as questes afetas ao julgamento do STF.

4.4.3.2. Reiteradas decises

No possvel que a smula vinculante seja editada aps um nico exame da questocontrovertida. preciso que ela tenha sido objeto de reiteradas decises anteriores.Quantas? A lei valeu-se de um termo vago, deixando certo arbtrio ao julgador, para avaliaro contedo da expresso. Mas reiteradas traz consigo a ideia de numerosas decisesanteriores.

4.4.3.3. Controvrsia atual entre rgos judicirios ou entre esses e administrao pblica

A questo que suscita a edio da smula deve ser atual, isto , deve ainda, suscitardivergncias, afastadas as questes j superadas.

4.4.3.4. Controvrsia que acarrete grave insegurana jurdica e relevante multiplicao deprocessos sobre idntica questo

A smula no pode versar sobre questes de somenos, de importncia pequena ou depequena repercusso. preciso que a questo controvertida acarrete grave inseguranajurdica. Tambm aqui h o uso de palavras vagas, que em regra indicam a inteno dolegislador de atribuir ao julgador o exame no caso concreto. Mas preciso ainda que a

questo acarrete uma multiplicidade de processos envolvendo a mesma questo. Essaparece ser a razo principal da edio das smulas vinculantes: a preocupao com aproliferao de casos repetitivos, cuja multiplicao sobrecarrega o STF. No faz sentidoque a corte mais alta do Pas tenha de julgar milhares de vezes a mesma questo jurdica. Aautorizao constitucional para a edio das smulas vinculantes deve ser compreendidacomo correlata preocupao com a durao razovel do processo.

4.4.4. CompetnciaSomente o STF est autorizado a emitir, revisar ou cancelar o enunciado das smulas

vinculantes.

4.4.5. Legitimados a propor a edio, reviso ou cancelamentoO enunciado da smula vinculante pode ser editado, revisado ou cancelado de ofcio, pelo

STF. Mas tambm a requerimento das pessoas ou entes indicados no art. 3, da Lei n.11.417/2006, que so: O Presidente da Repblica, a Mesa do Senado Federal, a Mesa daCmara dos Deputados, o Procurador-Geral da Repblica, o Conselho Federal da Ordem dosAdvogados do Brasil; o Defensor Pblico-Geral da Unio; partido poltico comrepresentao no Congresso Nacional; Confederao Sindical ou entidade de classe dembito nacional; a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Cmara Legislativa do DistritoFederal; o Governador de Estado ou do Distrito Federal e os Tribunais Superiores, osTribunais de Justia de Estados ou do Distrito Federal e Territrios, os Tribunais RegionaisFederais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e osTribunais Militares.

Esses so os legitimados autnomos, porque o seu requerimento pode ser feitoindependentemente de existncia de qualquer processo em curso, no qual se discuta a questoa ser objeto da smula ou j sumulada.

Mas a lei tambm atribui legitimidade ao Municpio, para que proponha a edio, revisoou cancelamento da smula, incidentalmente, no curso de processo em que seja parte, o queno autoriza a suspenso do processo. Essa a legitimidade incidental.

4.4.6. Procedimento tambm estabelecido pela Lei n. 11.417/2006. Nos processos de edio, reviso ou

cancelamento do enunciado da smula vinculante ser sempre ouvido o Procurador-Geralda Repblica, exceto quando ele prprio tenha sido o autor do requerimento. A deciso sertomada por 2/3 dos membros do Supremo Tribunal Federal, que se reuniro em sessoplenria. Como o STF tem onze ministros, o quorum para aprovao de oito ministros.

O art. 3, 2, da Lei permite que, no curso do procedimento para a edio, reviso oucancelamento do enunciado de smula vinculante, o relator possa admitir, em decisoirrecorrvel, a manifestao de terceiros na questo, nos termos do Regimento Interno doSTF. Trata-se da figura do amicus curiae, que Cssio Scarpinella Bueno define como oterceiro que, tomando a iniciativa de agir, pode fornecer informaes, teses, estudosjurdicos e no jurdicos (cientficos, sociais, econmicos financeiros, por exemplo) que, nasua perspectiva, tm aptido de viabilizar que aquele Tribunal, antes da edio, modificaoou cancelamento da smula, avalie todas as consideraes necessrias para melhor assentar a

sua prpria jurisprudncia[6]. A interveno do terceiro pode ser espontnea, mas podeser tambm provocada. Nada impede que o relator convoque o terceiro para se manifestarsobre a matria controvertida.

4.4.7. Efeitos da smulaO enunciado da smula ser publicado no Dirio da Justia e no Dirio Oficial da Unio,

no prazo de dez dias, a contar da sesso que editou, reviu ou cancelou a smula. Desdeento, ela adquire eficcia vinculante. O que isso quer dizer? Que ela vincula o julgamentode todos os rgos do Poder Judicirio e os atos da administrao direta e indireta, emtodas as esferas de poder. S no h vinculao do Poder Legislativo, que pode revogar oumodificar a lei em que a smula se funda. Caso isso ocorra, o STF, de ofcio ou porprovocao, proceder sua reviso ou cancelamento, conforme o caso (art. 5, da Lei n.11.417/2006). E no vincula o prprio STF, que pode, de ofcio, revisar ou cancelar asprprias smulas.

A consequncia fundamental do efeito vinculante que, havendo descumprimento dasmula por rgo do Poder Judicirio ou da administrao pblica, o prejudicado podervaler-se do instrumento da reclamao.

4.4.8. Possibilidade de restrio da eficciaO art. 4 da lei que regulamentou a edio dos enunciados de smula vinculante autoriza o

STF a, por deciso de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos vinculantes oudeterminar que eles s tenham eficcia a partir de outro momento, tendo em vista razesde segurana jurdica ou de excepcional interesse pblico.

4.4.9. ReclamaoCabe contra a deciso judicial ou ato administrativo que contrariar enunciado de

smula vinculante, negar-lhe vigncia ou aplic-lo indevidamente (art. 7, da Lei n.11.417/2006). A reclamao no impede o prejudicado de valer-se dos recursos previstos nalegislao processual, mas tem sobre eles a grande vantagem de ser dirigida diretamente aoSTF que, se a acolher, anular o ato administrativo ou cassar a deciso judicial impugnada,determinado que outra seja proferida, com ou sem a aplicao da smula, conforme o caso(art. 7, 2). Mesmo que a deciso seja de primeira instncia, a reclamao serdiretamente dirigida ao STF, uma vez que a sua natureza no de recurso. A reclamao o mecanismo adequado para tornar eficazes as smulas vinculantes.

O art. 7, 1, da Lei estabelece que contra a omisso ou ato da administrao pblica, ouso da reclamao s ser admitido depois de esgotadas as vias administrativas.

4.4.10. Breve aluso a outras smulas, no vinculantes preciso no haver confuso entre a smula vinculante, e as outras smulas que,

conquanto no tenham essa eficcia, podem ter outro tipo de repercusso sobre o processo,sobretudo no que concerne aos recursos.

Dois exemplos destacam-se:

Smula impeditiva de recurso: Vem tratada no art. 518, 1, do CPC. Todas as smulasdo STF ou do STJ so impeditivas de recurso e tm o condo de impedir o seu

processamento, quando o objetivo for question-las. Quando o juiz profere sentenafundada nessas smulas e h apelao com o intuito de discuti-las, o juiz nem a receber.Elas no obrigam o juiz a julgar em conformidade com o seu enunciado, como fazem assmulas vinculantes; mas se ele o fizer, eventual recurso no ser recebido. Smula que autoriza o relator do recurso a negar-lhe seguimento de plano: todas assmulas do STF e dos tribunais superiores autorizam ao relator do recurso negar-lhe,de plano, seguimento, desde que estejam em confronto com os seus enunciados. Ouento, permitem ao relator, de plano, dar provimento ao recurso, desde que a decisorecorrida esteja em confronto com a smula (CPC, art. 557, caput e 1-A).

5. FONTES NO FORMAIS DO PROCESSOAs fontes no formais so a jurisprudncia e a doutrina. O julgador, ao examinar

controvrsia relacionada a uma determinada norma processual, pode socorrer-se deprecedentes judiciais, ou da opinio dos estudiosos da cincia do processo civil. Interessa-nos, em especial, a jurisprudncia, como fonte no formal do direito.

5.1. JurisprudnciaO nosso ordenamento jurdico, oriundo do sistema romano-germnico, est baseado

fundamentalmente na norma escrita, diferentemente dos pases da common law, em que ajurisprudncia erige-se em verdadeira fonte formal do direito, pois os julgamentos so feitoscom base nos precedentes jurisprudenciais. No nosso sistema, a jurisprudncia no fonteformal do direito. Uma sentena ou uma deciso judicial no podem estar fundadas apenasem jurisprudncia, porque tecnicamente ela no fonte de direito; devem basear-se em lei,ou, no caso de lacuna, nas fontes formais subsidirias. Os precedentes judiciais sero teispara reforar as concluses do julgador. Quanto mais reiteradas so as decises emdeterminado sentido, mais auxiliaro a demonstrar o acerto do julgamento, sobretudo quandoprovierem dos Tribunais Superiores. inequvoca a fora de persuaso que podem ter assmulas (no vinculantes) do STF e do STJ. O julgador no est obrigado a obedec-las, epode decidir em desacordo com elas, j que lhes falta a fora imperativa. Mas, sendo assmulas fruto de decises reiteradas de tais tribunais, a quem compete dar a palavra finalsobre as questes constitucionais ou legais, raro que tal acontea. Alm disso, quandoeditadas pelo STF ou pelos Tribunais Superiores, tero os efeitos indicados no item 4.4.10.

6. INTERPRETAO DA LEIA lei obriga a todos: ningum pode alegar ignorncia para descumpri-la. As normas

jurdicas so gerais e abstratas e cabe ao juiz aplic-las ao caso concreto. Ao realizar essatarefa, o juiz deve partir do texto legal, mas no deve ficar restrito a ele. Antes, devecompreend-lo luz do sistema jurdico, buscando alcanar a finalidade com que a norma foieditada. Alm disso, deve compreender que a norma no existe isolada, mas faz parte de umconjunto maior, de um sistema jurdico global. Para que o juiz possa formular bem a normaconcreta, que regular a questo que lhe submetida, preciso, primeiro, que ele interprete anorma geral e abstrata. No basta que ele se atenha estritamente ao texto da lei, como se anorma abstrata existisse isoladamente e desprovida de um fim.

Cumpre lembrar, por exemplo, que os princpios fundamentais do processo esto na

Constituio Federal, e que toda a legislao processual deve ser interpretada emconsonncia com o que o dispe a Carta Magna.

O art. 5, da Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro, que se aplica tambm aoprocesso, dispe que na aplicao da lei, o juiz atender aos fins sociais a que ela se dirigee s exigncias do bem comum.

6.1. Hermenutica jurdica a cincia que se dedica ao estudo da interpretao das leis. No h peculiaridades

quanto aos diversos mtodos de interpretao em relao s leis processuais civis, s quaisse aplicam os mesmos mtodos vlidos para os demais ramos do direito.

6.2. Mtodos de interpretaoClassificam-se quanto s fontes (ou origem), quanto aos meios e quanto aos resultados.Quanto s fontes, a interpretao pode ser:

Autntica, quando formulada pelo prprio legislador que criou a norma, e que,reconhecendo a dificuldade de sua compreenso, edita outra, que lhe aclara o sentido. Jurisprudencial: a dada pelos tribunais no julgamento reiterado de casos por elejulgados. A reiterao de julgados num ou noutro sentido pode ajudar o julgador a formar asua convico e a interpretar a norma. Doutrinria: dada pelos estudiosos e comentaristas da cincia do direito.Quanto aos meios, a interpretao pode ser:

Gramatical ou literal: o texto da lei examinado em si, do ponto de vista lingustico. Ointrprete examinar cada palavra, o seu suporte lingustico e o seu sentido semntico,procurando extrair do conjunto o significado do enunciado da norma. Costuma constituir oprimeiro passo do processo interpretativo. Sistemtico: O ordenamento jurdico constitudo por um conjunto de diplomas enormas, que deve constituir um todo harmnico. Entre as normas que o compem, h umahierarquia que deve ser respeitada, prevalecendo as constitucionais sobre as demais. Ainterpretao sistemtica aquela que procura examinar a norma no mais internamente,em seu significado intrnseco, mas em sua relao com as demais normas, que integramo diploma em que ela est inserida e as demais que compem o sistema, sobretudo asde hierarquia superior, buscando harmoniz-las e extrair um sentido global, de conjunto. Teleolgica ou finalstica: forma de interpretao que busca alcanar a finalidade paraqual a norma foi editada, dando-lhe uma destinao que atenda obteno do bem comum,e respeite os objetivos sociais a que se destina. Cabe ao intrprete estar atento ao textoconstitucional, no qual so indicadas as finalidades ltimas do Estado, e da ordemjurdica, social e poltica. Histrica: busca interpretar a norma em consonncia com a sua evoluo histrica, oque incluiu o processo legislativo e as discusses que a precederam.

Por fim, quanto aos resultados, a interpretao pode ser:

Extensiva: o intrprete conclui que a norma disse menos do que deveria, e estende asua aplicao para outras situaes, que no aquelas originariamente previstas. Restritiva: atribui norma um alcance menor do que aquele que emanavaoriginariamente do texto. Declarativa: no nem restritiva, nem ampliativa. D norma uma extenso quecoincide exatamente com o seu texto, nem estendendo nem reduzindo a sua aplicao.

6.3. Quadro indicativo dos vrios mtodos de interpretaoMTODOS DE INTERPRETAO

Fontes Meios Resultados

Autntica formulada pelo legislador Gramatical texto literal da lei Extensiva d lei aplicao de maior amplitude

Doutrinria formulada pelos estudiosos e doutores Sistemtica a lei em sua relao com oordenamento

Restritiva d lei aplicao de menor amplitude

Jurisprudencial resultado de decises judiciais Teleolgica a finalidade a ser alcanada pela lei Declarativa d lei interpretao que no amplianem restringe

Histrica o processo legislativo e histrico que aantecedeu

7. LEI PROCESSUAL CIVIL NO ESPAOAs normas de processo civil tm validade e eficcia, em carter exclusivo, sobre todo

o territrio nacional, como estabelece o art. 1, do CPC. Todos os processos que tramitamno Pas devem respeitar as normas do CPC.

Mas, cuidado! No se pode confundir as normas de processo com as de direitomaterial, aplicadas relao jurdica discutida no processo. possvel que, em umprocesso no Brasil, o juiz profira sentena aplicando norma de direito material estrangeiro.Por exemplo, na hiptese do art. 10, da Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro.

Se um estrangeiro falece no Brasil, e o inventrio ajuizado aqui, forosamente serorespeitadas as regras processuais estabelecidas no CPC. Mas as regras de direito materialreferentes sucesso (por exemplo, a ordem de vocao hereditria) sero as do pas deorigem do de cujus, desde que mais favorveis ao cnjuge ou filhos brasileiros. Ou seja, ojuiz conduz a processo na forma determinada pelo CPC, mas na soluo do conflito aplica alei estrangeira. Para tanto, poder exigir o cumprimento do art. 337, que assim estabelece: Aparte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinrio, provar-lhe- oteor, se assim o determinar o juiz.

Quanto aos processos que correm e as sentenas que so proferidas no estrangeiro, a regra a da total ineficcia em