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PPGGeo-GCN/CFH RUGOSIDADES LUSO-AÇORIANAS E SUAS RESSIGNIFICAÇÕES NA VIDA URBANA DO LITORAL CATARINENSE, BRASIL. Ewerton Vieira Machado PPGGeo/GCN – CFH/UFSC, Brasil [email protected] INTRODUÇÃO As rugosidades (marcas) deixadas por etapas do processo de formação socioespacial brasileiro têm nas influências luso-açorianas bases marcantes em paisagens locais / regionais, no litoral do Estado de Santa Catarina. São indicadores que se transveste de atualizações, para coexistirem com os novos traços culturais (simulacros) de uma urbanização dita “plurais” e, desse modo, (re)valorizados em diferentes pedaços de cidades (ruas, praças, localidades, etc.) ou de tradições imateriais, como novas possibilidades de negócios, decorrentes ou associadas às atividades turísticas, para além de sol e mar. A partir da Cidade de Florianópolis estão destacados alguns elementos analisados por este estudo, onde se procura desvendar dimensões da totalidade globalizante da produção do espaço, ressignificadas pelas possibilidades de diferentes escalas de objetos e ações em usos no território. As considerações aqui pontuadas compreendem características que dão identidades em localidades do litoral catarinense, onde a inserção do lugar e a sua região como Florianópolis se destacam no espaço nacional e global, engendrando nexos de “modernização/modernidades”, via rearranjos de produção incorporados no território. Os exemplos catarinenses no Brasil revelam, tentativas de viabilização daquelas atividades turísticas no mercado nacional ou para consumidores do Mercosul, sempre numa possível articulação com outros meios de consumos afins, capazes de desencadear relações em escala global, como por exemplo, a partir de Portugal. OBJETIVOS: Este estudo é parte integrante de atividades acadêmicas na UFSC (Brasil), com as seguintes intenções: 1. Analisar, na contemporaneidade catarinense e Florianopolitana em particular, aspectos da ressignificação do caráter Luso-açoriano na formação socioespacial, pelos usos do território; 2. Avaliar o papel dessas marcas Luso-açorianas (rugosidades), sob “contextos” e ou “pretextos” de atividades urbano-turísticas ou vice-versa; 3. Discutir, dimensões pedagógicas de identidades Luso-açorianas de comunidades sob urbanização turística, assim como, em processos formais de ensino-aprendizagem. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS: Com base e aprofundamentos sobre o conceito de “território usado” e outros afins na sua aplicação ao reconhecimento de dinâmicas do espaço geográfico enquanto “espaços híbridos” (SANTOS, 1996), assim como aproximações as ideias de “culturas híbridas” (CANCLINI, 2011), as atividades deste estudo vêm se realizadas por: 1. Explorações bibliográficas acadêmicas e ou afins, assim como de material publicitário mediático oficial; 2. Levantamentos iconográficos em localidades (estudos do meio); 3. Realização de visitas em comunidades com usos de estratégias e entrevistas com sujeitos sociais envolvidos em processos de pesquisas e afins; 4. Discussões produzidas para orientações em trabalhos acadêmicos; 5. Mapeamentos estatísticos e cartográficos de dados e ou informações coletados; 6. Produção de sínteses discursivas em atividades pedagógicas, relatoriais e outras documentais. CONSIDERAÇÕES À GUISA DE CONCLUSÃO: Das ideias aqui esboçadas as discussões suscitam: 1. Necessidade de aprofundamentos acerca das abordagens sobre o Lugar, enquanto produção de Cidades em Dinâmicas Urbano-regionais contemporâneas, onde atividades turísticas sejam animadoras de usos do território; 2. Desconstruir discursos publicitários e ou pedagógicos que são disseminados entre aqueles da produção espacial, a partir de veiculações sobre “vocações turísticas” para um Lugar e ou a sua Região; 3. Chamar atenção para importância de bases culturais, como as Luso-açorianas na formação sócioespacial do litoral catarinenses, reconhecendo influências do papel contemporâneo das modernizações sem apologias aos apelos dos simulacros de “modernismos” inerentes aos consumos pelos tentáculos da globalização; 4. Difundir ideias e debates acerca de possibilidades acadêmicas e ou em escolas básicas, fomentando o espírito da “açordescendência” como foco gerador de aprendizagens integradas e atuações comunitárias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CAMPOS, Nazareno José de (2009). Açorianos do litoral catarinense – da invisibilidade à mercantilização da cultura. In: Revista ARQUIPÉLAGO, Ponta Delgada, 177-201. CANCLINI, Nestor Garcia (2011). Culturas Híbridas – estratégias para entrar e sair da modernidade, 4ª. ed.. São Paulo, Edusp. FLORES, Maria Bernadete (s/d). A invenção da açorianidade – Ponto de Vista. In: Ô Catarina nº 19, 4. LEAL, João (2007). Cultura e Identidade Açoriana – o movimento açorianista em Santa Catarina. Florianópolis, Insular. MACHADO, Ewerton Vieira (2000). Florianópolis - um lugar em tempo de Globalização. São Paulo, PPGH / DG / FFLCH – USP (Tese). SANTOS, Milton (1996). A natureza do espaço. Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo, Hucitec. S. Francisco do Sul Itajaí Florianópolis Laguna Principais lugares Luso-açorianos no litoral catarinense . 01 02 Rugosidades urbano-turísticas de Florianópolis: 01 – Ribeirão da Ilha 02 – Santo Antônio de Lisboa Apelo identitário às origens Apelos identitários gastronômicos Apelo identitário em marketing comercial Apelos identitários à tradição em negócios e consumos localidades urbano-turísticos

RUGOSIDADES LUSO-AÇORIANAS E SUAS RESSIGNIFICAÇÕES … · ppggeo-gcn/cfh rugosidades luso-aÇorianas e suas ressignificaÇÕes na vida urbana do litoral catarinense, brasil. ewerton

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    RUGOSIDADES LUSO-AÇORIANAS E SUAS RESSIGNIFICAÇÕES

    NA VIDA URBANA DO LITORAL CATARINENSE, BRASIL. Ewerton Vieira Machado

    PPGGeo/GCN – CFH/UFSC, Brasil

    [email protected]

    INTRODUÇÃO

    As rugosidades (marcas) deixadas por etapas do processo de formação socioespacial

    brasileiro têm nas influências luso-açorianas bases marcantes em paisagens locais /

    regionais, no litoral do Estado de Santa Catarina. São indicadores que se transveste de

    atualizações, para coexistirem com os novos traços culturais (simulacros) de uma

    urbanização dita “plurais” e, desse modo, (re)valorizados em diferentes pedaços de cidades

    (ruas, praças, localidades, etc.) ou de tradições imateriais, como novas possibilidades de

    negócios, decorrentes ou associadas às atividades turísticas, para além de sol e mar. A partir

    da Cidade de Florianópolis estão destacados alguns elementos analisados por este estudo,

    onde se procura desvendar dimensões da totalidade globalizante da produção do espaço,

    ressignificadas pelas possibilidades de diferentes escalas de objetos e ações em usos no

    território. As considerações aqui pontuadas compreendem características que dão

    identidades em localidades do litoral catarinense, onde a inserção do lugar e a sua região

    como Florianópolis se destacam no espaço nacional e global, engendrando nexos de

    “modernização/modernidades”, via rearranjos de produção incorporados no território. Os

    exemplos catarinenses no Brasil revelam, tentativas de viabilização daquelas atividades

    turísticas no mercado nacional ou para consumidores do Mercosul, sempre numa possível

    articulação com outros meios de consumos afins, capazes de desencadear relações em

    escala global, como por exemplo, a partir de Portugal.

    OBJETIVOS:

    Este estudo é parte integrante de atividades acadêmicas na UFSC (Brasil), com as seguintes

    intenções:

    1. Analisar, na contemporaneidade catarinense e Florianopolitana em particular, aspectos da

    ressignificação do caráter Luso-açoriano na formação socioespacial, pelos usos do território;

    2. Avaliar o papel dessas marcas Luso-açorianas (rugosidades), sob “contextos” e ou

    “pretextos” de atividades urbano-turísticas ou vice-versa;

    3. Discutir, dimensões pedagógicas de identidades Luso-açorianas de comunidades sob

    urbanização turística, assim como, em processos formais de ensino-aprendizagem.

    ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

    Com base e aprofundamentos sobre o conceito de “território usado” e outros afins na

    sua aplicação ao reconhecimento de dinâmicas do espaço geográfico enquanto

    “espaços híbridos” (SANTOS, 1996), assim como aproximações as ideias de “culturas

    híbridas” (CANCLINI, 2011), as atividades deste estudo vêm se realizadas por:

    1. Explorações bibliográficas acadêmicas e ou afins, assim como de material publicitário

    mediático oficial;

    2. Levantamentos iconográficos em localidades (estudos do meio);

    3. Realização de visitas em comunidades com usos de estratégias e entrevistas com

    sujeitos sociais envolvidos em processos de pesquisas e afins;

    4. Discussões produzidas para orientações em trabalhos acadêmicos;

    5. Mapeamentos estatísticos e cartográficos de dados e ou informações coletados;

    6. Produção de sínteses discursivas em atividades pedagógicas, relatoriais e outras

    documentais.

    CONSIDERAÇÕES À GUISA DE CONCLUSÃO:

    Das ideias aqui esboçadas as discussões suscitam:

    1. Necessidade de aprofundamentos acerca das abordagens sobre o Lugar, enquanto

    produção de Cidades em Dinâmicas Urbano-regionais contemporâneas, onde atividades

    turísticas sejam animadoras de usos do território;

    2. Desconstruir discursos publicitários e ou pedagógicos que são disseminados entre

    aqueles da produção espacial, a partir de veiculações sobre “vocações turísticas” para

    um Lugar e ou a sua Região;

    3. Chamar atenção para importância de bases culturais, como as Luso-açorianas na

    formação sócioespacial do litoral catarinenses, reconhecendo influências do papel

    contemporâneo das modernizações sem apologias aos apelos dos simulacros de

    “modernismos” inerentes aos consumos pelos tentáculos da globalização;

    4. Difundir ideias e debates acerca de possibilidades acadêmicas e ou em escolas

    básicas, fomentando o espírito da “açordescendência” como foco gerador de

    aprendizagens integradas e atuações comunitárias.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CAMPOS, Nazareno José de (2009). Açorianos do litoral catarinense – da invisibilidade à

    mercantilização da cultura. In: Revista ARQUIPÉLAGO, Ponta Delgada, 177-201.

    CANCLINI, Nestor Garcia (2011). Culturas Híbridas – estratégias para entrar e sair da modernidade, 4ª.

    ed.. São Paulo, Edusp.

    FLORES, Maria Bernadete (s/d). A invenção da açorianidade – Ponto de Vista. In: Ô Catarina nº 19, 4.

    LEAL, João (2007). Cultura e Identidade Açoriana – o movimento açorianista em Santa Catarina.

    Florianópolis, Insular.

    MACHADO, Ewerton Vieira (2000). Florianópolis - um lugar em tempo de Globalização. São Paulo,

    PPGH / DG / FFLCH – USP (Tese).

    SANTOS, Milton (1996). A natureza do espaço. Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo,

    Hucitec.

    S. Francisco do Sul

    Itajaí

    Florianópolis

    Laguna

    Principais lugares Luso-açorianos

    no litoral catarinense .

    01

    02

    Rugosidades urbano-turísticas de Florianópolis:

    01 – Ribeirão da Ilha

    02 – Santo Antônio de Lisboa

    Apelo identitário às origens

    Apelos identitários gastronômicos

    Apelo identitário em

    marketing comercial

    Apelos identitários à tradição em negócios

    e consumos localidades urbano-turísticos

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