4
Sindicato dos Bancários de Campinas e Região - www.bancarioscampinas.org.br - Facebook.com/Bancarioscps - Twitter.com/Bancarioscps - 03/05/2017 - N º 1510 FEDERAÇÃO Bancários SP e MS Greve geral: bancos fechados no Centro de Campinas, Americana e Mogi Guaçu C C onvocada pelas centrais sindi- cais contra as reformas da Pre- vidência Social e trabalhista e con- tra a terceirização, a greve geral rea- lizada no último dia 28 de abril con- tou com expressiva participação dos bancários. No centro de Cam- pinas, mais de 30 agências e de- partamentos de bancos públicos e privados (Banco do Brasil, Caixa Fe- deral, Itaú, Bradesco, Santander e Mercantil do Brasil) permanece- ram fechadas durante todo o dia; em algumas agências, adesão par- cial dos vigilantes. Já nas avenidas João Jorge e Norte-Sul e nos bairros Bonfim, Castelo, Guanabara, Ta- quaral e Sousas a greve ficou restrita aos bancos públicos. No bairro Bonfim, cabe destacar, a paralisação atingiu a agência e prédio do BB, onde estão departamentos como CSO Valores, Gepes, PSO e Escri- tório de Negócios. Na região, a greve geral chegou às agências instaladas no Centro de Americana e Mogi Guaçu. E mais: nos bancos públicos de Paulínia, Nova Odessa, Hortolândia, Suma- ré, Artur Nogueira e Indaiatuba. Ato público, passeata Em Campinas, o transporte pú- blico parou; nenhum ônibus cir- culou (os 11 terminais instalados na cidade permaneceram fechados); bloqueio em trechos das rodovias Santos Dumont, D. Pedro I e Zefe- rino Vaz; escolas e universidades públicas e privadas, fechadas; ser- vidores de quatro agências do INSS também cruzaram os braços e não ocorreu a coleta de lixo. No Centro, além dos bancos, a maioria das lo- jas fechou. No final da manhã, di- rigentes sindicais, trabalhadores, es- tudantes e integrantes de movi- mentos sociais realizaram ato pú- blico no Largo do Rosário e passeata pelo Centro de Campinas. No país, o cenário não foi dife- rente. A greve aconteceu em todos os estados e no Distrito Federal. Se- gundo a CUT, a paralisação nacio- nal contou com a adesão de mais de 35 milhões de pessoas. Como dis- se o cientista político Marco Auré- lio Nogueira, em artigo em seu blog no Estadão Política, no mesmo dia 28, a greve “bagunçou o coro dos contentes, perturbou a “or- dem” e subverteu a “normalidade”, mostrando que o sistema não con- trola tudo”. Para a presidente do Sindicato, Stela, “a unidade viabilizou a gre- ve geral. Os bancários, mais uma vez, mostraram disposição para a luta. Em outras palavras, a classe trabalhadora deu o seu recado. Para impedir a demolição de direitos so- ciais, no entanto, serão necessárias novas jornadas de luta”. Denny Cesare Júlio César Costa Júlio César Costa Denny Cesare

S i n d i c a t o d o s B a n c á r i o s d eC am pinR gã o -w .b crF k ... · Convenção combinado como o art. 473, inciso VII, da CLT, também as-segura o abono nos dias em que

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: S i n d i c a t o d o s B a n c á r i o s d eC am pinR gã o -w .b crF k ... · Convenção combinado como o art. 473, inciso VII, da CLT, também as-segura o abono nos dias em que

Sind ica to dos Bancár ios de Campinas e Reg ião - www.bancar ioscampinas.o rg .b r - Facebook.com/Bancarioscps - Twitter.com/Bancarioscps - 03 /05 /2017 - N º 1 5 1 0

FEDERAÇÃOBancários SP e MS

Greve geral: bancos fechados no Centrode Campinas, Americana e Mogi Guaçu

CConvocada pelas centrais sindi-cais contra as reformas da Pre-

vidência Social e trabalhista e con-tra a terceirização, a greve geral rea-lizada no último dia 28 de abril con-tou com expressiva participaçãodos bancários. No centro de Cam-pinas, mais de 30 agências e de-partamentos de bancos públicos eprivados (Banco do Brasil, Caixa Fe-deral, Itaú, Bradesco, Santander eMercantil do Brasil) permanece-ram fechadas durante todo o dia;em algumas agências, adesão par-cial dos vigilantes. Já nas avenidasJoão Jorge e Norte-Sul e nos bairrosBonfim, Castelo, Guanabara, Ta-quaral e Sousas a greve ficou restrita

aos bancos públicos. No bairroBonfim, cabe destacar, a paralisaçãoatingiu a agência e prédio do BB,onde estão departamentos comoCSO Valores, Gepes, PSO e Escri-tório de Negócios.

Na região, a greve geral chegouàs agências instaladas no Centro deAmericana e Mogi Guaçu. E mais:nos bancos públicos de Paulínia,Nova Odessa, Hortolândia, Suma-ré, Artur Nogueira e Indaiatuba.

Ato público, passeataEm Campinas, o transporte pú-

blico parou; nenhum ônibus cir-culou (os 11 terminais instalados nacidade permaneceram fechados);bloqueio em trechos das rodovias

Santos Dumont, D. Pedro I e Zefe-rino Vaz; escolas e universidadespúblicas e privadas, fechadas; ser-vidores de quatro agências do INSStambém cruzaram os braços e nãoocorreu a coleta de lixo. No Centro,além dos bancos, a maioria das lo-jas fechou. No final da manhã, di-rigentes sindicais, trabalhadores, es-tudantes e integrantes de movi-mentos sociais realizaram ato pú-blico no Largo do Rosário e passeatapelo Centro de Campinas.

No país, o cenário não foi dife-rente. A greve aconteceu em todosos estados e no Distrito Federal. Se-gundo a CUT, a paralisação nacio-nal contou com a adesão de mais de

35 milhões de pessoas. Como dis-se o cientista político Marco Auré-lio Nogueira, em artigo em seublog no Estadão Política, no mesmodia 28, a greve “bagunçou o corodos contentes, perturbou a “or-dem” e subverteu a “normalidade”,mostrando que o sistema não con-trola tudo”.

Para a presidente do Sindicato,Stela, “a unidade viabilizou a gre-ve geral. Os bancários, mais umavez, mostraram disposição para aluta. Em outras palavras, a classetrabalhadora deu o seu recado. Paraimpedir a demolição de direitos so-ciais, no entanto, serão necessáriasnovas jornadas de luta”.

Denny Cesare

Júlio César Costa

Júlio César Costa

Denny Cesare

Page 2: S i n d i c a t o d o s B a n c á r i o s d eC am pinR gã o -w .b crF k ... · Convenção combinado como o art. 473, inciso VII, da CLT, também as-segura o abono nos dias em que

EXPE DI EN TE - O BAN CÁR IO - PUB LI CAÇÃO DO SIN DI- CA TO DOS BANCÁR I OS DE CAM PI NAS E RE GI ÃOPRES I DENTE: ANA STELA ALVES DE LIMAJORNALISTA RESPONSÁVEL: JAI RO GI MEN EZ(MTB 13.683)DIR E TO R DE IM PREN SA: LOURIVAL RODRIGUESIM PRESS ÃO: GRÁ FI CA SANTA EDWIGESSEDE: RUA FER REI RA PEN TEA DO, 460, CENTRO.FONE.: (19) 3731-2688 - FAX: (19) 3234-5602CLUBE: (19) 3251-3718SUB SE DES: AMER I CANA: (19) 3406-7869

AM PARO: (19) 3807-6164MO GI GUA ÇU: (19) 3841-3993 SJB VIS TA: (19) 3622-3514

IN TER NET: WWW.BANCARIOSCAMPINAS.ORG.BR

E-MAIL: [email protected] RA GEM: 10.000 EX EM PLA RESFILIADO À FEEB SP-MS E CONTRAF-CUT

2 O BANCÁRIO EDIÇÃO Nº 1510

CC A I X AA I X A FF E D E R A LE D E R A L

ConvêniosUptime: escola de inglêsUnidades em Americana,Campinas, Itatiba, Paulínia,São João da Boa Vista e Va-linhos.Desconto de 20% a 35% nosmateriais didáticos. Descontode até 52% nas mensalidades.Mais informações: www.upti-me.com.brColégio Genius. Rua MogiMirim, 1283, Jardim NovoCampos Elíseos, Campinas.Desconto de 30% na primeiramensalidade e 10% nas de-mais. Fone: (19) 3267-0357.Colégio Doctus. Rua Alvesdo Banho, 565, São Bernardo,Campinas. Desconto de 30%na matrícula e mensalidades.Fone: (19) 3579-4501.Fit Academia. Rua 14 de de-zembro, 483, Cambuí, Cam-pinas. Desconto de 100% nataxa de adesão, Fone: (19)3254-0933.Psicóloga Maíra de AlmeidaSantos Reis. Avenida Dr. Car-los Grimaldi, 498, Jardim Con-ceição, Campinas. Descontode 20% em cada sessão.Fone: (19) 3206-0076.JB Projetos e Treinamentosem TI. Rua Heitor ErnestoSartori, 574, Santa Genebra,Campinas. Desconto de 25%.Fone: (19) 9740-54707.

Dia Mundial em Memória dasVítimas de Acidentes no Trabalho

CC riado pela Organização Inter-nacional do Trabalho (OIT) em

2003, o Dia Mundial em Memóriadas Vítimas de Acidentes e DoençasRelacionadas ao Trabalho (28 deabril) homenageia os trabalhadoresmortos, acidentados ou adoecidosem virtude do trabalho e visa cons-cientizar a sociedade da importân-cia da prevenção de acidentes edoenças ocupacionais. A data lem-bra os 78 trabalhadores mortos du-rante explosão de uma mina, no es-tado da Virgínia (Estados Unidos),no dia 28 de abril de 1969.

No Brasil, o número de aciden-tes e doenças do trabalho caiu em2014 em comparação com 2013, se-gundo dados divulgados pelo Mi-nistério da Previdência Social. Em

2014 a Previdência registrou 704mil acidentes de trabalho, 3% a me-nos que em 2013, porém isso nãosignifica necessariamente que osacidentes ou adoecimentos estão di-minuindo. A diferença é devida assubnotificações; ou seja, quando obenefício ou afastamento concedi-do pelo INSS não vincula a doen-ça ou acidente com o trabalho.

Metas abusivasEm relação à categoria bancária,

o número de adoecimentos portranstorno mental cresce a cada anoem decorrência das metas abusivase do assédio moral. Os sindicatosbuscam discutir o problema com osBancos, mas sem avanço até o mo-mento. Uma conquista da categoria,vale destacar, é o Programa de De-

senvolvimento Organizacional paraMelhoria Contínua das Relaçõesde Trabalho (cláusula 59ª da Con-venção Coletiva de Trabalho), quebusca reduzir as causas de adoeci-mento dos bancários.

Para a diretora de Assuntos deSaúde do Sindicato, Deborah Ne-grão de Campos, a classe trabalha-dora vive um momento de “inten-sos ataques aos direitos sociais,seja via reforma trabalhista ou coma nova lei da terceirização, quepermite a contratação de trabalha-dores terceirizados para todos os se-tores das empresas, inclusive da ati-vidade-fim. Resultado: precarização,insegurança no ambiente de traba-lho; aumento do risco de acidentes.Triste”.

Chapa Nossa Luta vence eleição na Apcef

AAchapa 1, Nossa Luta (Resistir eAvançar) venceu a eleição para

diretoria e Conselho Deliberativo daApcef São Paulo. Encabeçada peloatual presidente, Kardec de JesusBezerra, e apoiada pela diretoria doSindicato, a chapa 1 recebeu 3.197votos; a chapa 2, Oposição Unifi-

cada, 2.162 votos. Foram registrados123 votos em branco e 245 nulos. Oresultado foi divulgado no últimodia 27; a eleição ocorreu no dia 19de abril.

Os diretores do Sindicato, Car-los Augusto Silva (Pipoca) e Mar-celo Lopes de Lima foram reeleitos.

Pipoca será o novo Diretor de Inte-rior; atualmente é diretor Jurídico;Marcelo vai permanecer titular doConselho Deliberativo. Entre aspropostas, a chapa 1 defende aCaixa 100% pública; o fortaleci-mento do Saúde Caixa e defesa daFuncef. Fonte: Contraf-CUT

CC A I X AA I X A FF E D E R A LE D E R A L

Diretora do Sindicato toma posse noConselho de Usuários do Saúde Caixa

AAdiretora de Assuntos Sociais doSindicato, Lilian Minchin, to-

mou posse no Conselho de Usuáriosdo Saúde Caixa no último dia 21 demarço, em Brasília. Integrante daChapa 2, Movimento pela Saúde, adiretora Lilian foi reeleita suplenteem janeiro deste ano; a Chapa 2 re-cebeu 7.569 votos.

Criado em 2003, o Conselho deUsuários tem como papel dar maistransparência e acompanhar a ges-tão financeira e administrativa doplano de saúde da Caixa Federal;não tem caráter deliberativo. Écomposto de forma paritária porcinco integrantes titulares eleitospelos participantes e por cinco in-dicados pela Caixa Federal, além de

seus respectivos suplentes. O man-dato é de 36 meses.

Para a diretora do Sindicato econselheira Lilian Minchin, “o novoConselho assume num momento degrandes desafios. A decisão da di-reção da Caixa, no final de janeiroúltimo, de impor, de forma unila-

teral, reajustes nos valores dasmensalidades, no percentual decoparticipação e no teto, em totaldesrespeito ao Aditivo à ConvençãoColetiva de Trabalho e ao Conselho,é pura demonstração de autorita-rismo”.

A diretora Lilian destaca aindaas recentes “declarações do presi-dente da Caixa, Gilberto Occhi, deque estaria negociando com o go-verno federal mudanças no planode Saúde da instituição, visando di-minuir o provisionamento das des-pesas. E mais: no último dia 16 demarço, durante reunião no Grupode Trabalho (GT) sobre Saúde, aCaixa propôs mudança no modelode custeio do plano”.

Denny Cesare

Page 3: S i n d i c a t o d o s B a n c á r i o s d eC am pinR gã o -w .b crF k ... · Convenção combinado como o art. 473, inciso VII, da CLT, também as-segura o abono nos dias em que

Ti re suas dúv i dasJur íd ico

Jornada de trabalhoe prova escolar

Pergunta: Sou estudante e terei umaprova obrigatória em dia e hora in-compatíveis com a minha jornadacontratual. O banco pode descontardo meu salário se eu faltar no traba-lho?Resposta: Não. No entanto, é preci-so que alguns requisitos sejam ob-servados para que o dia seja abona-do. A Convenção Coletiva de Traba-lho de 2016/2018 assegura no item “b”da Cláusula 22 que nos dias de pro-va escolar obrigatória o estudante teráabonada sua falta ao serviço e con-siderada como dia de trabalho efeti-vo.Contudo, para que não ocorra o

desconto no salário, o bancário deveavisar previamente a sua ausência aoseu gestor (por escrito) com antece-dência mínima de 48 (quarenta e oito)horas, bem como comprovar pormeio de declaração escrita do esta-belecimento de ensino que a provaobrigatória será em dia e hora in-compatíveis com a sua presença aoserviço.O item “a” da mesma cláusula da

Convenção combinado como o art.473, inciso VII, da CLT, também as-segura o abono nos dias em que obancário “estiver comprovadamenterealizando provas de exame vestibu-lar para ingresso em estabelecimen-to de ensino superior”. Neste caso, acomprovação se fará mediante apre-sentação da respectiva inscrição e docalendário dos referidos exames, pu-blicados pela imprensa ou fornecidospela própria escola.Importante mencionar que para os

funcionários da CEF, a previsão deausência permitida seguem as regrasdisposta na Cláusula 20, itens “j” e “k”do Aditivo à Cnvenção Coletiva de Tra-balho 2016/2018. Embora o direitoseja bem semelhante àqueles ga-rantidos na convenção coletiva geral,há uma única diferença referente àprestação de exame vestibular, si-tuação em que apenas será exigidodo bancário “comunicação escrita àchefia imediata, com antecedênciamínima de 2 (dois) dias úteis”.Lembre-se bancário, na hipótese

do banco descumprir seu direito pre-visto na norma coletiva, denuncie talfato ao sindicato, que serão tomadasas providências administrativas e ju-diciais cabíveis contra o banco.

Pedro Machado, advogado doDepartamento Jurídico do Sindicato

ED I ÇÃO Nº 1510 O BAN CÁR IO 3

Banco do Brasil muda GDP

RReunido com os sindicatos noúltimo dia 11 de abril, o Ban-

co do Brasil apresentou as mudan-ças na Gestão de Desempenho Pro-fissional (GDP), sistema de avalia-ção de funcionários. Os novos pa-râmetros de avaliação individual se-rão aplicados ainda neste semestre.A dirigente sindical Maria do Car-mo Peggau representou a Federaçãodos Bancários de SP e MS na reu-nião.

Em linhas gerais, as metas já pre-sentes na GDP, tiveram seu pesoacrescido em 5% para cada parâ-metro (competências/metas) e oplacar final terá um impacto maioratribuído ao resultado da depen-

dência e carteira, neste último casovinculado ao programa Conexão,antigo Sinergia.

Embora não seja o objetivo daavaliação focar somente no resul-tado e na meta individual, os re-presentantes dos funcionários ma-nifestaram preocupação com ascondições de trabalho, que pioramem decorrência do processo dereestruturação. Muitas unidadesde trabalho estão com lotação defuncionários reduzida e será ne-cessário acompanhamento mais deperto da GDP para evitar abusos ediscriminação no processo de ava-liação. Os representantes dos fun-cionários destacaram a necessida-

de de qualificação dos gestorespara o correto uso da ferramenta edo papel deles no desenvolvimen-to dos funcionários.

Os representantes dos funcio-nários apresentaram ponderaçõesquanto ao peso do resultado sermaior, dada à falta de condiçõespara se cumprir o acordo de traba-lho, principalmente nas unidadesde negócios que absorveram servi-ços e clientes de agências fechadaspelo processo de reestruturação. GDP e Conexão: Será marcada umareunião sobre a GDP junto com aapresentação do programa Conexão(Sinergia). A data ainda não foi mar-cada.

28 de abril: bancários na GREVE GERAL

Acima, agência do Bradesco em Americana; abaixo,agência Glicério do Santander em Campinas

Acima, agência do Bradesco em Mogi Guaçu; abaixo, pré-dio do BB no Bonfim, em Campinas

WVídeo Produções

Holofoco

Denny Cesare

Júlio César Costa

Page 4: S i n d i c a t o d o s B a n c á r i o s d eC am pinR gã o -w .b crF k ... · Convenção combinado como o art. 473, inciso VII, da CLT, também as-segura o abono nos dias em que

1º de maio contra as reformasda Previdência e trabalhista

CConvocado pelas centrais sindi-cais CUT, CTB e CSP-Conlutas

e pelo movimento Intersindical, o 1ºde Maio deste ano foi marcada emCampinas com passeata pelo Cen-tro da cidade e ato público no Lar-go da Catedral, no período das 9h às

11h30.Durante as manifestações, diri-

gentes sindicais condenaram as re-formas da Previdência Social e tra-balhista e a precarização do traba-lho escancarada na recente Lei daTerceirização.

Pesquisa realizada pelo Institu-to Datafolha, divulgada no mesmodia 1º pelo jornal Folha de S. Pau-lo, mostra a insatisfação nacionalcontra as reformas. Confira: 71%dos brasileiros são contra a reformada Previdência; 64% acreditam que

a reforma trabalhista privilegiamais os empresários do que os tra-balhadores; 63% pensam o mesmono que se refere à terceirização. ODatafolha entrevistou 2.781 pessoasem 172 municípios nos dias 26 e 27de abril último.

LL E G I S L A Ç Ã OE G I S L A Ç Ã O

Câmara dos deputados rasga CLT ao aprovar reforma trabalhista

AAo aprovarem a reforma traba-lhista proposta pelo governo

Michel Temer e alterada pelo rela-tor Rogério Marinho (PSDB-RN), noúltimo dia 26 de abril, 296 deputa-dos federais simplesmente rasgarama CLT (Consolidação das Leis doTrabalho); 177 votaram contra.

Análise do escritório LBS Ad-vogados, que presta assessoria aoSindicato, destaca que o substitu-tivo ao PL 6787/2016 é a “mais pro-funda e extensa reforma trabalhis-

ta” proposta nos últimos 70 anos.Várias conquistas dos trabalhadoresao longo de sete décadas (a CLT foiaprovada em maio de 1943) foramdescartadas; a reforma modificoumais de 100 pontos da CLT.

MudançasEntre as mudanças aprovadas,

prevalência do negociado sobre o le-gislado; parcelamento de férias;ampliação do contrato por tempoparcial; flexibilização da jornada(trabalho de 12 horas ininterruptas)

e das regras do trabalho temporário;criação do contrato intermitente(trabalho sem dia e horário deter-minado); regulamentação do cha-mado teletrabalho; exclusão dossindicatos nas homologações dedemissões; e fim da contribuição(imposto) sindical.

RetrocessoLevantamento feito pelo site The

Intercept Brasil, divulgado no mes-mo dia 26 de abril pelo jornal El País(versão Brasil), conclui que “entre

os principais interessados nessareforma trabalhista estavam enti-dades que representam bancos, in-dústrias e o setor de transportes”.Para a presidente do Sindicato, Ste-la, “em nome da modernidade, a Câ-mara dos Deputados, na verdade,aprovou medidas regressivas, apos-tou no retrocesso. Para uma reformaampla era necessário debate com asociedade. Faltou democracia”. O PLaprovado segue agora para o Sena-do.

28 de abril, greve geral contra reforma trabalhista 28 de abril, greve geral contra demolição de direitos

Júlio César Costa

Denny Cesare

Júlio César Costa