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Aplicação do Business Intelligence no Comércio Exterior Alexandre Guandalini Universidade Anhembi Morumbi Pós-Graduação em Gestão da Informação Orientador(a): Profa. Ms. RESUMO Devido a necessidade da organização de dados e informações das empresas, surge em meados de 1980 o Business Intelligence, ou BI, a fim de ajudar de uma forma inteligente na captação de dados e compilação em um único local, assim facilitando o trabalho e desenvolvimento das organizações, otimizando o tempo e consequentemente, atualizando da forma necessária os programas e sistemas, melhorando a performance das empresas, aumentando a competitividade no mercado. A aplicação do BI, principalmente em empresas no ramo de Comércio Internacional, foi primordial para a garantia de um bom lugar na preferência dos clientes e análise de mercado. PALAVRAS-CHAVE Business Intelligence; Informação; Dados; Inteligência de Negócios INTRODUÇÃO A utilização do Business Intelligence, apesar de parecer bem recente, seu conceito é utilizado há milênios, por fenícios e egípcios, por exemplo, pois eles analisam as possibilidades fornecidas pela natureza, como as chuvas, as secas, comportamento do mar, etc, para assim decidir o que era melhor para os povos. O termo Business Intelligence foi ratificado nos anos 80, porém foi criado em 1865 por Richard Millar Devens em

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Aplicação do Business Intelligence no Comércio Exterior

Alexandre GuandaliniUniversidade Anhembi Morumbi

Pós-Graduação em Gestão da InformaçãoOrientador(a): Profa. Ms.

RESUMO

Devido a necessidade da organização de dados e informações das empresas, surge em meados de 1980 o Business Intelligence, ou BI, a fim de ajudar de uma forma inteligente na captação de dados e compilação em um único local, assim facilitando o trabalho e desenvolvimento das organizações, otimizando o tempo e consequentemente, atualizando da forma necessária os programas e sistemas, melhorando a performance das empresas, aumentando a competitividade no mercado. A aplicação do BI, principalmente em empresas no ramo de Comércio Internacional, foi primordial para a garantia de um bom lugar na preferência dos clientes e análise de mercado.

PALAVRAS-CHAVE

Business Intelligence; Informação; Dados; Inteligência de Negócios

INTRODUÇÃO

A utilização do Business Intelligence, apesar de parecer bem recente, seu conceito é

utilizado há milênios, por fenícios e egípcios, por exemplo, pois eles analisam as

possibilidades fornecidas pela natureza, como as chuvas, as secas, comportamento do

mar, etc, para assim decidir o que era melhor para os povos.

O termo Business Intelligence foi ratificado nos anos 80, porém foi criado em 1865 por

Richard Millar Devens em “Cyclopaedia of Commercial and Business Anecdotes”,

sendo utilizado para descrever como um bancário lucrou baseando-se em informações

recuperadas do ambiente, antes da concorrência.

O BI mantém o mesmo conceito desde o início, pois desde sempre é necessário que o

mundo se organize e analise as situações, para que os recursos se adaptem a maiores

produções, mantendo a agilidade e qualidade. A necessidade de satisfazer o

cliente/população, em todos os aspectos, fez com que o BI fosse aplicado com mais

propriedade, e estudado mais a fundo, criando nas empresas o setor específico para esse

tipo de trabalho.

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O processo de Business Intelligence é, por meio de captação de dados, responsável por

adquirir informações de qualquer sistema e gravar em um banco de dados especialmente

modelado para o negócio. Com essa modelagem, conhecida como Modelagem

Dimensional, é possível trabalhar com um alto volume de dados sem a perda da

performance.

Fonte: Leandro Guimarães (http://knowsolution.com.br/o-que-e-business-intelligence-bi/)

Em outros tempos, antes do conhecimento desenvolvido sobre BI, era comum trabalhar

com tentativa e erro ao promover os negócios; porém, devido ao mercado mais exigente

a cada dia, com a necessidade de conhecer melhor os clientes e atraí-los para si, novas

ações atraem novos negócios. Hoje em dia, com ferramentas para análise de dados,

dados históricos, pesquisa de mercado, há uma contribuição maior para a tomada de

decisões com o foco em resultados. Devido a todos esses dados gerados online, o BI

torna-se uma das ferramentas mais importantes para compreender a geração de

consumidores que trabalha e se ambienta em quase todos os aspectos, tanto como

pessoa física e/ou jurídica, pelo uso da internet.

A importância do Business Intelligence nesse novo cenário é manter uma empresa, por

exemplo, de aplicação, atualizada, fazendo a mesma alcançar resultados expressivos e

maximizar seus negócios. Esse efeito tem-se devido a análise de seus dados

diferenciada pela aplicação do BI e, por esse motivo, tornou eficaz a colaboração para

com a empresa.

O BI é um conjunto, literalmente, do negócio, da gestão do negócio e da tecnologia de

informação.

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Fonte: https://www.oficinadanet.com.br/post/13153-o-que-e-business-intelligence

O termo em si refere-se ao processo de coleta, organização, análise compartilhamento e

monitoramento das informações. Num primeiro momento, as fontes de informação são

coletadas na empresa. Após essa coleta, em segunda estância, coletam-se as

informações sobre a necessidade dos consumidores, o processo de decisão dos clientes,

a pressão corporativa, as condições industriais, econômicas e tecnológicas, e tendências

culturais.

Na década de 1970 começaram a surgir novos sistemas de armazenamento de

informações, devido aos grandes avanços tecnológicos da época. A fim de garantir a

consistência de dados, mantendo-os seguros e fornecer meio de acessos aos bancos de

dados, foram criados alguns sistemas ao longo do tempo. Nesse contexto surgiram os

sistemas SGBD e DASD.

Os SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados, ou DBMS – DataBase

Managment System) é um conjunto de softwares, onde o cliente consegue gerenciar o

acesso as informações, manipular e inserir no sistema através de uma interface de

executa os comandos em linguagem SQL (Structured Query Language).

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Fonte: Gustavo Furtado de Oliveira Alves em O que é um SGBD

O SGBD nada mais é que um caminho de acesso para os bancos de dados. Existem

vários tipos de SGBD, como o Oracle, o MySQL, etc.

Agora o DASD (Direct Acess Storage Device ou Dispositivo de Armazenamento de

Acesso Direto ) é um termo geral para dispositivos magnéticos de armazenamento

Fonte: IBM

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A partir dos anos 1980, quando o termo identificado do BI foi designado para essa área

de organização, manutenção e coleta de Dados, houve uma grande revolução nos termos

utilizados, até então conhecidos. No final da década, as empresas ainda contavam

apenas com centros de informações e processamento de dados, onde, por mais que

tivessem as informações armazenadas, havia dificuldades tecnológicas e a

disponibilidade dos dados eram bem baixas. Foi nessa época em que a tecnologia de

informação se desenvolveu a tal ponto, que começaram a criar softwares para fornecer

informações mais precisas, assim surgindo o Data Warehouse, entre os anos de 1992 e

1993.

No ano de 1996 o Business Intelligence se disseminou como um Sistema de Informação

Executiva, desenvolvido pelo MIT (Massachussets Intitute Tecnology) na década de 70,

mas era um processo de difícil manuseio.

A partir dos anos 2000, o BI foi se aprimorando, tornando-se um dos principais

componentes de aplicação dentro do setor de tecnologia de informação em uma

empresa. Seu papel é altamente reconhecido no ambiente corporativo, dada a

importância de manter transparente e ao mesmo tempo segura e organizada, com fácil

acesso, as informações de uma companhia.

Conforme Bassetto, Cavalcante e Lousada (2015), inovar é uma necessidade recorrente

nos ambientes organizacionais, que impacta em sua capacidade de agir tanto interna

como externamente. Ainda de acordo com os autores, nota-se que as organizações

inovadoras são mais produtivas e competitivas, pois têm conhecimento sobre o valor da

informação, que influenciam diretamente no desempenho e ressaltam a importância da

informação e da rede de conhecimentos.

O início do processo de Business Intelligence é com a coleta de dados com um processo

chamado Data Warehousing, onde literalmente é feita a coleta e armazenagem dos

dados para futura utilização, fazendo a integração dos dados de uma ou mais fontes,

criando uma central de dados – o Data Warehouse. Com essa imensidão de informação,

é feito o Data Mining, onde é aplicada a “mineração” dos dados, explorando grandes

quantidades de informações, verificando a consistência, detectando relacionamento,

subconjuntos a serem mapeados, filtrando assim informações privilegiadas. As análises

(Analytics) geram relatórios (reporting) detalhados dessas minerações, fazendo o

esclarecimento do cenário examinado. Nessa sequência, aplica-se a Reengenharia de

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Processos de Negócios (BPR ou Business Process Reengineering), uma estratégia de

gestão de negócios para análise e desenho do fluxo de trabalho, visando a reestruturação

organizacional. E por fim, aplica-se o Benchmarking, onde é buscado, através de

melhorias práticas, um melhor desempenho com o propósito de maximizá-lo.

Abaixo o processo unificado através do BI:

Fonte: https://www.oficinadanet.com.br/post/13153-o-que-e-business-intelligence

O processo de Business Intelligence é realmente eficiente para captar dados e adquirir

informações de forma segura?

Assim que surgiu a implementação do BI, mostra-se que é a forma mais segura e eficaz

na captação de dados e armazenamento de informações desde o seu surgimento. Porém,

a questão é que muitas empresas, apesar dos fatos comprovados com a melhoria das

empresas após a aplicação do BI, não querem investir em tecnologia correta, de acordo

com seu mercado e necessidade. As companhias precisam buscar com mais detalhes

sobre qual tipo de BI deve ser aplicado, a fim de não perder dinheiro e

conseqüentemente mercado para as que estão utilizando desse conhecimento, e muitas

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vezes desenvolvendo dentro do próprio negócio um setor específico para

aprimoramento da tecnologia de informação.

Hoje em dia todo e qualquer tipo de informação é selecionado através da internet, então

não existe meio mais seguro do que a aplicação da inteligência de negócios para

aprimorar e desenvolver a prestação de serviço.

Como citado anteriormente no artigo, o Business Intelligence atualmente é essencial no

mundo corporativo. Como avalia Gordon e Gordon (2016 apud CECI, 2012) as

constantes mudanças nas relações econômicas afetam a administração das organizações,

obrigando-as a buscar outros meios de garantir sua sobrevivência, melhorar o

desempenho empresarial e assim promover o crescimento dentro de um ambiente

altamente competitivo no mercado quando essas mudanças afetam a esfera empresarial,

as empresas repensam sua estrutura e tentam se adaptar às novas exigências do

mercado.

A Tecnologia da Informação ajuda na gestão de maneira eficiente, atuando diretamente

na necessidade de uma melhora na qualidade e disponibilidade das informações e

conhecimentos organizacionais, melhorando os processos internos, assim afetando

diretamente o consumidor final. Vê-se o papel do BI desenvolvido diretamente a partir

da TI. Então se deve ao fato de que “avanços significativos na tecnologia de informação

tornaram-se possível obter, gerir e usar quantidades enormes de informação a um custo

relativamente baixo” (GORDON; GORDON, 2016, p. 05 apud CECI, 2012)

Com todo o contexto histórico do desenvolvimento tecnológico, as empresas viram essa

necessidade de se aprimorar tornar-se cada vez mais exigente com o passar dos anos,

como mostra o exemplo da linha de desenvolvimento até a contextualização do Business

Intelligence:

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Fonte: adaptado de Rasmussen, Goldy e Solly (2002 apud CECI, 2012)

Como exemplo, pode citar as empresas de comércio exterior. Por ser um mercado muito

competitivo, as organizações precisam estar sempre atualizadas, a fim de prestar um

serviço diferenciado aos seus clientes. Uma empresa desse nicho precisa sempre se

desenvolver e ter, de preferência um setor especializado em Tecnologia da Informação,

com um grande foco em Business Intelligence, para coletar e analisar as informações a

sua volta, e estar sempre a frente dos seus concorrentes. Analisando esse mercado, as

empresas de comércio exterior, desde 2012, estão implementando o sistema SAP, para a

melhoria de seu desempenho.

O sistema SAP é um ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistema Integrado de

Gestão Empresarial) e, como um sistema integrado, tem o objetivo de de integrar todos

os dados e processos de uma organização em um único sistema, ou seja, ter todas as

informações da empresa em apenas um sistema.

O SAP é aplicado nas empresas com o objetivo de melhoria, onde as empresas investem

muito dinheiro para obter uma única plataforma de acesso para seus funcionários, para

facilitar a vida dos colaboradores e, diretamente, dos seus clientes. Ainda não são todas

as empresas na área do comex que tem como principal plataforma o SAP, mas as que

não têm planejam um dia implantar esse sistema, visto que, de acordo com toda a

análise feita pelos setores de TI da maioria das empresas, há milhares de motivos para

utilizar o sistema, sendo alguns deles:

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Eliminar processos manuais

Otimizar o fluxo de informações

Otimizar o processo de tomada de decisões

Redução do tempo dos processos gerenciais

Reduzir incertezas do leadtime

Redução da carga de trabalho dos colaboradores

Melhor controle dos processos operacionais

Na atualidade, conforme análise no mercado, o melhor sistema a ser aplicado é o SAP,

apesar do alto investimento, é notável que o retorno positivo é garantido.

Fazendo a análise baseado na metodologia de pesquisa bibliográfica, historicamente,

como vários segmentos, o mercado de tecnologia cria novos nomes para temas já

existentes, como é o caso do BI. A sigla de Business Intelligence é uma nova forma

nomenclatura para Sistemas de Apoio à Decisão (SAD), baseado em fatos, ou Executive

Information System (EIS), que existem a bastante tempo, porém com um grande

impedimento: o alto custo das ferramentas.

Com toda a evolução tecnológica, os sistemas obsoletos de gestão estão dando lugar aos

novos que são desenvolvidos, pois conforme a demanda no mercado, os novos players,

mais exigentes, obriga o desenvolvimento de novos projetos e, pela competitividade no

nicho de tecnologia de informação, acaba barateando o custo dos sistemas. Como citado

por Mylius, a escolha da solução de BI não deve se basear em tecnologia e sim de

acordo com a necessidade de cada usuário.

A qualidade das informações na solução de BI, conforme Mylius, depende da

alimentação (imput) e da administração dos dados.

É função da organização responsável por desenvolver e administrar centralizadamente estratégias, procedimentos, práticas e planos capazes de fornecer dados corporativos necessários, quando necessários, revestidos de integridade, privacidade, documentação e compartilhamento. (BARBIERI apud MYLIUS, p. 15)

A utilização do Business Intelligence permite a utilização de indicadores de

desempenho (Key Performance Indicator), onde podem ser usados modelos prontos ou,

dependendo do segmento da empresa, pode ser utilizado um modelo previamente

preparado para se adequar a necessidade desta, ou podem ser utilizadas planilhas,

conforme a exigência do cliente.

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A plataforma de BI permite ao usuário analisar, interpretar e transformar a base de

dados para apoiar os processos de tomada de decisão, e como cada área – por exemplo

financeira, vendas, etc – tem uma exigência, os profissionais que desenvolvem as

plataformas são bem diferenciados.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Conforme os artigos e textos analisados, o Business Intelligence é muito mais antigo do

que sua própria denominação, sendo aplicado exponencialmente antes mesmo do termo

desenvolvido. O BI foi desenvolvido a fim de facilitar a vida das organizações, uma vez

que devido aos avanços tecnológicos, o teor de informações aumentou e, conforme

aumento, houve uma necessidade maior de se organizar, armazenar e ainda facilitar o

acesso a tantos dados, que antes eram limitados a uma quantidade de pessoas, sendo

após um determinado período, expandido para um maior grupo de pessoas, geralmente

desenvolvendo um setor/departamento específico para este tipo de trabalho.

Para os autores analisados do tema, há um consenso: a inteligência de negócios é uma

ferramenta que auxilia na tomada de decisões (PERUCHI e ARAUJO JÚNIOR, 2012

apud LUCAS, CAFÉ e VIEIRA, 2016). E ainda mais detalhado por Lucas et al. (2016),

Business Intelligence ou Inteligência de Negócios é o conjunto de ferramentas e

aplicativos que permitem o acesso interativo, a tomada de decisões, análise e

manipulação das informações corporativas.

Ainda conforme os autores, a importância do BI, não só para grandes organizações, mas

para empresas de pequeno e médio porte, é essencial, visto que não é necessário um alto

investimento – pois o investimento será de acordo com o tamanho da empresa -, então

as companhias podem ser desenvolvidas conforme sua necessidade e espaço no

mercado, sistemas utilizados, entre outros. Um outro fator importante mostrado é o

gerenciamento de riscos, análise de dados certos e errados com grau comparativo e

análise comercial para captação de clientes, através de mídias sociais e históricos na

internet.

Como o ambiente de negócios está cada vez mais competitivo, ter a informação certa

não é o suficiente. A pressão do mercado obriga as empresas a serem cada vez mais

inovadoras na maneira de conduzir suas operações. O processo para a rápida tomada de

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decisões, sejam elas estratégicas, táticas ou operacionais, considerando dados oportunos

e relevantes, transformando-os em informação e conhecimento com a ajuda de recursos

computacionais, formam o Business Intelligence, conforme artigo de Saito e Horita

(2015).

Com o desenvolvimento e aprimoramento do Business Intelligence, a área ganhou

espaço e desenvolve profissionais capacitados para aplicar o conhecimento em diversos

tipos de organizações, de acordo com a necessidade de cada nicho.

O principal objetivo do BI é disponibilizar o acesso interativo aos dados,

disponibilizando aos gestores condições para efetuarem as próprias análises. Analisando

os dados e informações, maximiza as chances da tomada correta de decisão, de acordo

com o negócio, transformando os dados em informações, informações em decisões e

posteriormente em ações. (TURBAN et al. 2010 apud SAITO e HORITA, 2015).

Nota-se que a cada década que passa, o BI fixa na visão dos empreendedores a sua

importância vital para organização dos dados e coleta e análise das informações, tendo

uma tratativa nas empresas, a cada ano que passa mais focada no atendimento e

captação das necessidades dos clientes e, paralelamente, desenvolvendo sistemas cada

vez mais detalhados, a fim de manter as informações seguras, a mineração de dados de

uma forma confiável e a armazenagem segura e de fácil acesso aos que utilizam do BI

diariamente, para o desenvolvimento da empresa.

Dentro do mesmo contexto, os autores concordam com a importância do BI na tomada

de decisões, como ferramenta para armazenar os dados e transformá-los. Fica claro que

o Business Intelligence é uma ferramenta que dará suporte aos gestores (LEME FILHO,

2006 apud SAITO e HORITA, 2015), sendo uma tecnologia fundamental para simular

ambientes da tomada de decisão, juntamente com pessoas capazes de manusear os

sistemas, identificando e criando relações de causa e efeito.

Como Reginato e Nascimento (2007) refletem, a comunicação, juntamente com a

informação, adquirem contornos estratégicos, por seu poder de interferir na tomada de

decisões. Como a informação é um fator no processo relevante no processo decisório,

segue-se o raciocínio na ênfase dada por Moscove, Simkin e Bagranoff (2002, p. 22

apud REGINATO e NASCIMENTO, 2007) que o sucesso ou fracasso da organização

deve-se a forma como a informação é gerenciada e utilizada.

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Para a melhor escolha da solução de BI, Mylius faz o mapeamento das necessidades

conforme abaixo:

Definir os objetivos do negócio

Definir as exigências do negócio

Definir os usuários

Definir as funcionalidades

Definir uma lista inicial de fornecedores

Estabelecer os critérios de tecnologia e do negócio

Selecionar e avaliar um fornecedor

Dessa forma, avaliando esses critérios, a organização pode avaliar qual o melhor

sistema de BI a ser utilizado, aquele que melhor vai suprir as necessidades da empresa.

No decorrer dos anos, o Business Intelligence se demonstrou uma veia crucial para o

entendimento do mercado pelas organizações e no desenvolvimento do relacionamento,

tanto com as informações quanto com os clientes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização do termo Business Intelligence e seu uso de fato são coisas totalmente

diferentes, uma vez que o BI é aplicado desde tempos remotos, mesmo sem o uso da

palavra em si para reconhecimento.

Nota-se a importância do BI e seu desenvolvimento contínuo e aplicado com o passar

dos anos, com a capacitação de profissionais, empenhados para suprir a necessidade das

organizações, cada vez mais exigentes no mercado devido a grande expansão

tecnológica, em meados dos anos 2000.

Desde o princípio, os sistemas criados para a aplicação do Business Intelligence são

utilizados para a coleta e transformação de dados, armazenamento de conhecimento e

informações de forma mais segura e na tomada de decisões de forma mais assertiva.

Antes do conhecimento sobre o BI, as tomadas de decisões no mundo corporativo eram

feitas através das tentativas de acerto e erro, verificando assim todo tipo de informação

em histórico que a empresa tinha, analisando de forma superficial e, baseado nas

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análises, tomava-se decisões importantes. Ou seja, de um jeito raso e sem

confiabilidade, a decisão final em uma organização era tomada.

A partir do desenvolvimento tecnológico no final dos anos 90, onde o termo BI foi

denominado em atitudes antes não nomeadas dessa forma, mas já sendo utilizadas há

muito tempo, nota-se a organização das empresas frente aos novos rumos da tecnologia,

e estas demonstram mais preocupação com esse novo sentido que o mercado está

tomando.

Quando o termo Business Intelligence é visto no mercado como uma solução real e

segura para as organizações, começam a surgir profissionais que estudam e se tornam

aptos para o desenvolvimento de novos programas e aperfeiçoamento dos anteriores, a

fim de suprir a necessidade do mercado e ampliar a concorrência entre as empresas. A

aplicabilidade do BI foi aceita da melhor maneira entre as empresas, decididas a

melhorarem seu status perante a tecnologia que se desenvolvia naquela década,

mostrando segurança e confiança aos seus clientes.

Muitas organizações, após a aplicação do BI, com o passar dos anos, criaram um setor

específico para o desenvolvimento da inteligência de negócios, onde o pessoal da

tecnologia de informação da empresa são os responsáveis pelos novos programas e

sistemas desenvolvidos para a empresa. Esses profissionais são responsáveis por novos

sistemas, de acordo com a necessidade da organização. E como citado anteriormente no

artigo, um sistema de BI adequado para uma organização não significa o mais caro ou o

mais complexo, mas sim o que melhor atenda a empresa, com a maior funcionalidade e

que facilite mais a vida de seus colaboradores. Nesse quesito entra o pessoal da

tecnologia da informação, onde vão avaliar qual o melhor plano para a empresa.

A utilização dos sistemas de BI proporciona inúmeros benefícios às empresas, como:

Redução de custos

Melhor atendimento ao cliente

Antecipação dos problemas

Melhor controle das ações

Maior monitoramento da tomada de decisões

Redução de prazos

Obtenção de informações estratégicas

Maior interatividade entre os sistemas

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É consenso entre todos os autores sobre BI que, a partir do uso de ferramentas para

tomada de decisões, houve uma grande melhora na tratativa com o serviço prestado ao

cliente e maior agilidade e assertividade por parte dos colaboradores, assim tendo tempo

de focar em outros temas, como fidelização dos clientes e manutenção dos serviços.

Como os teóricos afirmam, não há data certa para surgimento do Business Intelligence,

mas devido a alta competitividade no ambiente de negócios, o mercado tecnológico viu-

se “obrigado” a formalizar o entendimento sobre os avanços obtidos até então, assim

inovando na maneira de conduzir suas operações, exigindo agilidade por parte das

organizações.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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BELLUZZO, Regina Célia Baptista; FERES, Glória Georges; VALENTIM, Marta Lígia Pomim. REDES DE CONHECIMENTO E COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO – INTERFACES DA GESTÃO, MEDIAÇÃO E USO DA INFORMAÇÃO. 1ª edição. Rio de Janeiro. Interciência, 2015.

CECI, Flavio. BUSINESS INTELLIGENCE. 2ª EDIÇÃO. Palhoça; Unisul/Virtual; 2012.

DASD (direct access storage device) Disponível em <https://searchstorage.techtarget.com/definition/DASD>. Acesso em 03/04 as 18:10

História do Business Intelligence (BI) Disponível em <http://www.smartnx.com.br/historia-do-business-intelligence/>. Acesso em 20/03 as 00:52

Inteligência de negócios e inteligência competitiva na ciência da informação brasileira: contribuições para uma análise terminológica – Business Intelligence and competitive intelligence in brazilian information science> contributions to an analysis terminological. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-99362016000200168&lang=pt> Acesso em 11/05/2018 as 23:30

MYLIUS, Marcos. BUSINESS INTELLIGENCE – MAIS FÁCIL DO QUE VOCÊ IMAGINA. Ebook

O que é Business Intelligence (BI)? Disponível em <http://knowsolution.com.br/o-que-e-business-intelligence-bi/>. Acesso em 19/03/2018 as 23:44

O que é Business Intelligence? Disponível em <https://www.oficinadanet.com.br/post/13153-o-que-e-business-intelligence>. Acesso em 19/03/2018 as 23:50

O que é um SGBD? Disponível em <https://dicasdeprogramacao.com.br/o-que-e-um-sgbd/>. Acesso em 03/04 as 12:30

Um estudo de caso envolvendo Business Intelligence como instrumento de apoio à controladoria – A case study of Business Intelligence as instrument to support controllership . Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772007000300007&lang=pt>. Acesso em 11/05/2018 as 22:38

Business Intelligence como uma ferramenta de gestão - Business Intelligence as a management tool. Disponível em < http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2015/publicado/artigo0196.pdf> Acesso em 12/05/2018 as 13:05