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LENÇÓIS PAULISTA - SP - SÁBADO, 27 DE OUTUBRO DE 2012 - EDIÇÃO Nº 57 - ANO 2 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Máxima: 27C° Minina: 20C° TEMPO E TEMPERATURA Máxima: 35C° Minina: 21C° Máxima: 35C° Minina: 22C° TEMPO E TEMPERATURA HOJE AMANHÃ Fonte: Climatempo Fotos: Billy Mao NA FOUR AMANHÃ Venha aprender muitas técnicas fotográficas em um ambiente agradável e com uma ótima estrutura para te receber bem. Vagas limitadas! http://www.flickr.com/photos/billymao/ 3263 1740 APOIO 3263-3432 3263-3432 ADEUS, DONA NOÊMIA! Café na Câmara Os bastidores da próxima presidência da Câmara e um projeto da prefeitura que pede dinheiro para que o HNSP pague 13º de funcionários. Página 3 A Força Tática da Polícia Militar prendeu, na quinta- -feira, dia 25, um acusado de diversos furtos na cidade e com a prisão em flagrante acredita ter elucidado a au- toria de uma onda de furtos a estabelecimentos que pos- suem portas de vidro blindex. Na casa do acusado (que não teve o nome divulgado), foram encontradas diversas peças de roupa, computador, Ipad, semijóias, entre outros artigos. O patrulhamento começou depois da denúncia de uma comerciante, que possui uma loja de artigos evangélicos no centro da cidade. A loja teve a porta de blindex arrombada na noite de quarta-feira, dia 24, e diversos produtos foram levados do local. “Fizemos buscas e no Jar- dim Cruzeiro, ao abordar o rapaz, ele tentou esconder duas peças de roupa femi- nina. O rapaz foi conduzido até a loja onde a proprietária reconheceu que haviam sido furtadas do local”, contou o sargento Nicolini. Na casa do acusado, com autorização de sua esposa, os policiais encontraram um computador, furtado recente- mente de uma igreja evangéli- ca; um aparelho de Toca CD e várias camisetas furtados da loja de produtos evangélicos, e semi-jóias também furtadas de outra loja do centro. O rapaz já havia sido preso por furto e um problema físi- co, que faz com que ele man- que, o identificou como sendo autor de outras invasões a uma padaria, que possuía câmeras de segurança, e a um pet shop, ambos localizados em bairros próximos a sua residência. O acusado confes- sou os crimes e foi preso em flagrante. Página 6 Uma disputa pela represen- tação de duas categorias de trabalhadores, por pouco não gerou um conflito entre sindi- calistas, na quinta-feira, dia 25. Cerca de 100 associados ao Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Urbanos e de Passageiro fi- zeram uma manifestação em frente à sede do Sindicato Rural e uma assembleia, con- vocada por edital público, que debateria assuntos relaciona- dos aos trabalhadores rurais não foi realizada. Segundo o diretor do Sindi- cato dos Condutores de Veícu- los, José Pintor, trabalhadores que não são representados pelo Sindicato Rural foram convocados. “Eles não têm legitimidade para representar esse pessoal. Nós representa- mos essas categorias há mais de 20 anos. Essa é uma prática antissindical”, afirmou Pintor. O diretor Financeiro da Fe- deração dos Trabalhadores em Transporte do Estado de São Paulo, José Biazon, informou que a disputa pelas duas ca- tegorias ocorre devido à falta de regulamentação da Justiça. “Nós não conseguimos re- gulamentar, mas a categoria continua sendo representada por nós. Isso já aconteceu em Tarumã, uma tentativa de invasão na nossa base e aqui está acontecendo a mesma coisa”, acusou. A falta de regulamentação, segundo Biazzon, ocorre devi- do ao lobby do setor patronal, já que o trabalhador rural tem salário bem inferior ao dos motoristas. O assessor sindical do Sin- dicato Rural, Joel Rodrigues da Silva, explicou que a pro- posta era reunir trabalhado- res do setor canavieiro para expor perdas trabalhistas que a categoria teria sofrido nos últimos cinco anos. “Como está havendo conflito de in- teresses, sabendo de antemão que eles iriam se manifestar com pessoas não ligadas ao sindicato, para preservar os trabalhadores, a diretoria e os funcionários, decidimos não fazer a assembleia. Nós recebemos ameaças. Se ti- véssemos aberto eles teriam quebrado a sede”, afirmou. Em seu entendimento, os trabalhadores do setor rural, mesmo tratoristas e operado- res de máquinas devem ser representados pelo Sindicato Rural. “Eles são rurícolas, devem ser representados pelo Sindicato Rural”, avaliou o assessor. O presidente do Sindicato Rural Amável Coelho Vaz não foi localizado para falar sobre o assunto. Após a manifestação, um motorista procurou a Delega- cia de Polícia para registrar uma queixa, já que teria sido agredido pelos manifestantes. “Eles vieram para cima de mim, me derrubaram no chão e machucaram minha cabeça”, contou Jair Jeatti Borges. Preso ladrão “manco”, autor de diversos furtos Desmistificada morte do fundador de Lençóis O paradeiro de um dos mais importantes funda- dores de Lençóis Paulista, o capitão José Theodoro de Souza, foi, em todos os relatos históricos, uma incógnita. Não para seu bisneto, Antonio Renato Martins, filho do Coronel Joaquim Anselmo Mar- tins, que recebeu a equipe de reportagem do Jornal Sabadão, em Bauru, onde reside atualmente, para contar parte da história de nomes fundamentais para o surgimento e desenvolvi- mento de Lençóis Paulista. Também falou do distrito de Alfredo Guedes, local que devido à estação ferro- viária, foi tão movimentado quanto o centro de Lençóis Paulista é atualmente, no século passado, idos de 1920. O motivo de tanta gente reunida em um dis- trito tão pequeno, segundo Renato, era o escoamento do café produzido na re - gião. Seu relato aponta o local onde seu bisavô foi sepultado, na região de Aparecidinha, contrarian- do historiadores que dão o local como desconhecido, e ainda expõe como era seu pai, duas vezes prefeito e três vezes vereador de Lençóis Paulista. Página 5 Depois de vários anos vendo a história contar uma versão errônea sobre seu bisavô, filho do ex-prefeito Cel. Joaquim A. Marns revela a verdade Sindicatos disputam por tratoristas e operadores CAPIVARA | Com extensa ficha criminal, rapaz foi detido com produtos de furto

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Jornal semanal

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LENÇÓIS PAULISTA - SP - SÁBADO, 27 DE OUTUBRO DE 2012 - EDIÇÃO Nº 57 - ANO 2 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

HOJE

Máxima: 27C°Minina: 20C°

TEMPO ETEMPERATURA

Máxima: 35C°Minina: 21C°

Máxima: 35C°Minina: 22C°

TEMPO ETEMPERATURA

HOJE AMANHÃ

Fonte: Climatempo

Fotos: Billy Mao

NA FOURAMANHÃ

Venha aprender muitas técnicas fotográficas em um ambiente agradável e com uma ótima estrutura para te receber bem.Vagas limitadas!

http://www.flickr.com/photos/billymao/

3263 1740

APOIO

3263-3432

3263-3432ADEUS, DONA NOÊMIA!

Café na CâmaraOs bastidores da próxima presidência da Câmara e um projeto da prefeitura que pede dinheiro para que o HNSP pague 13º de funcionários. Página 3

A Força Tática da Polícia Militar prendeu, na quinta--feira, dia 25, um acusado de diversos furtos na cidade e com a prisão em flagrante acredita ter elucidado a au-toria de uma onda de furtos a estabelecimentos que pos-suem portas de vidro blindex. Na casa do acusado (que não teve o nome divulgado), foram encontradas diversas peças de roupa, computador, Ipad, semijóias, entre outros artigos.

O patrulhamento começou depois da denúncia de uma comerciante, que possui uma loja de artigos evangélicos no centro da cidade. A loja teve a porta de blindex arrombada na noite de quarta-feira, dia 24, e diversos produtos foram levados do local.

“Fizemos buscas e no Jar-dim Cruzeiro, ao abordar o rapaz, ele tentou esconder duas peças de roupa femi-

nina. O rapaz foi conduzido até a loja onde a proprietária reconheceu que haviam sido furtadas do local”, contou o sargento Nicolini.

Na casa do acusado, com autorização de sua esposa, os policiais encontraram um computador, furtado recente-mente de uma igreja evangéli-ca; um aparelho de Toca CD e várias camisetas furtados da loja de produtos evangélicos, e semi-jóias também furtadas de outra loja do centro.

O rapaz já havia sido preso por furto e um problema físi-co, que faz com que ele man-que, o identificou como sendo autor de outras invasões a uma padaria, que possuía câmeras de segurança, e a um pet shop, ambos localizados em bairros próximos a sua residência. O acusado confes-sou os crimes e foi preso em flagrante. Página 6

Uma disputa pela represen-tação de duas categorias de trabalhadores, por pouco não gerou um conflito entre sindi-calistas, na quinta-feira, dia 25. Cerca de 100 associados ao Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Urbanos e de Passageiro fi-zeram uma manifestação em frente à sede do Sindicato Rural e uma assembleia, con-vocada por edital público, que debateria assuntos relaciona-dos aos trabalhadores rurais não foi realizada.

Segundo o diretor do Sindi-cato dos Condutores de Veícu-los, José Pintor, trabalhadores que não são representados pelo Sindicato Rural foram convocados. “Eles não têm legitimidade para representar esse pessoal. Nós representa-mos essas categorias há mais de 20 anos. Essa é uma prática antissindical”, afirmou Pintor.

O diretor Financeiro da Fe-deração dos Trabalhadores em Transporte do Estado de São Paulo, José Biazon, informou que a disputa pelas duas ca-tegorias ocorre devido à falta de regulamentação da Justiça. “Nós não conseguimos re-gulamentar, mas a categoria continua sendo representada por nós. Isso já aconteceu em Tarumã, uma tentativa de invasão na nossa base e aqui está acontecendo a mesma coisa”, acusou.

A falta de regulamentação, segundo Biazzon, ocorre devi-

do ao lobby do setor patronal, já que o trabalhador rural tem salário bem inferior ao dos motoristas.

O assessor sindical do Sin-dicato Rural, Joel Rodrigues da Silva, explicou que a pro-posta era reunir trabalhado-res do setor canavieiro para expor perdas trabalhistas que a categoria teria sofrido nos últimos cinco anos. “Como está havendo conflito de in-teresses, sabendo de antemão que eles iriam se manifestar com pessoas não ligadas ao sindicato, para preservar os trabalhadores, a diretoria e os funcionários, decidimos não fazer a assembleia. Nós recebemos ameaças. Se ti-véssemos aberto eles teriam quebrado a sede”, afirmou.

Em seu entendimento, os trabalhadores do setor rural, mesmo tratoristas e operado-res de máquinas devem ser representados pelo Sindicato Rural. “Eles são rurícolas, devem ser representados pelo Sindicato Rural”, avaliou o assessor.

O presidente do Sindicato Rural Amável Coelho Vaz não foi localizado para falar sobre o assunto.

Após a manifestação, um motorista procurou a Delega-cia de Polícia para registrar uma queixa, já que teria sido agredido pelos manifestantes. “Eles vieram para cima de mim, me derrubaram no chão e machucaram minha cabeça”, contou Jair Jeatti Borges.

Preso ladrão “manco”, autor de diversos furtos

Desmistificada morte do fundador de Lençóis

O paradeiro de um dos mais importantes funda-dores de Lençóis Paulista, o capitão José Theodoro de Souza, foi, em todos os relatos históricos, uma incógnita. Não para seu bisneto, Antonio Renato Martins, filho do Coronel Joaquim Anselmo Mar-

tins, que recebeu a equipe de reportagem do Jornal Sabadão, em Bauru, onde reside atualmente, para contar parte da história de nomes fundamentais para o surgimento e desenvolvi-mento de Lençóis Paulista. Também falou do distrito de Alfredo Guedes, local

que devido à estação ferro-viária, foi tão movimentado quanto o centro de Lençóis Paulista é atualmente, no século passado, idos de 1920. O motivo de tanta gente reunida em um dis-trito tão pequeno, segundo Renato, era o escoamento do café produzido na re-

gião. Seu relato aponta o local onde seu bisavô foi sepultado, na região de Aparecidinha, contrarian-do historiadores que dão o local como desconhecido, e ainda expõe como era seu pai, duas vezes prefeito e três vezes vereador de Lençóis Paulista. Página 5

Depois de vários anos vendo a história contar uma versão errônea sobre seu bisavô, filho do ex-prefeito Cel. Joaquim A. Martins revela a verdade

Sindicatos disputam por tratoristas e operadores

CAPIVARA | Com extensa ficha criminal, rapaz foi detido com produtos de furto

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FALE CONOSCODiagramação e fotografia

Billy Mao

ReportagensTânia Morbi

(MTB 52.193) e Billy Mao(MTB 39650)

Tiragem3.000 exemplares

Artigos assinados não exprimem a

opinião do jornal e são de responsa-bilidade de seus

autores

Jornalista ResponsávelTânia Morbi

(MTB 52.193)

EXPEDIENTE CNPJ: 14.647.331./0001-22

IE: 416.050.229.111

Redação e administração Lençóis PaulistaAv. José Antonio Lorenzetti, 537–

Telefone – (14) [email protected]

[email protected]ão de Pautas: 9104.6460

LENÇÓIS PAULISTA, 27 DE OUTUBRO DE 2012OPINIÃO2

EDITORIAL ANTENADO... para pensar

B a t e P a p o

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/www.taioquecancioneiro.blogspot.com.br/

BILLY MAO

Bons amigos!

Verdades históricas

STEPHEN KANITZ

A origem da corrupção

EDGAR FLEXA RIBEIRO

Quem foi eleito com o voto que eu dei?

“...E quando morre a gente fica chorando. E quando nasce a gente sorri.

Mas, quem nasce chora, e quem morre, sorri“

KARNAK

O Brasil não é um país intrinsecamente cor-rupto. Não existe nos genes brasileiros nada que nos predisponha à corrupção, algo herdado, por exemplo, de desterrados portugueses.

A Austrália que foi colônia penal do impé-rio britânico, não possui índices de corrupção superiores aos de outras nações, pelo contrá-rio. Nós brasileiros não somos nem mais nem menos corruptos que os japoneses, que a cada par de anos têm um ministro que renuncia diante de denúncias de corrupção.

Somos, sim, um país onde a corrupção, pública e privada, é detectada somente quando chega a milhões de dólares e por-que um irmão, um genro, um jornalista ou alguém botou a boca no trombone, não por um processo sistemático de auditoria. As nações com menor índice de corrupção são as que têm o maior número de auditores e fiscais formados e treinados. A Dinamarca e a Holanda possuem 100 auditores por 100.000 habitantes. Nos países efetiva-mente auditados, a corrupção é detectada no nascedouro ou quando ainda é pequena. O Brasil, país com um dos mais elevados índices de corrupção, segundo o World Eco-nomic Forum, tem somente oito auditores por 100.000 habitantes, 12.800 auditores no total. Se quisermos os mesmos níveis de lisura da Dinamarca e da Holanda precisa-remos formar e treinar 160.000 auditores.

Simples. Uma das maiores universidades do Brasil possui hoje 62 professores de Eco-nomia, mas só um de auditoria. Um único professor para formar os milhares de fiscais,

auditores internos, auditores externos, con-selheiros de tribunais de contas, fiscais do Banco Central, fiscais da CVM e analistas de controles internos que o Brasil precisa para combater a corrupção.

A principal função do auditor inclusive nem é a de fiscalizar depois do fato con-sumado, mas a de criar controles internos para que a fraude e a corrupção não possam sequer ser praticadas. Durante os anos de ditadura, quando a liberdade de imprensa e a auditoria não eram prioridade, as verbas da educação foram redirecionadas para outros cursos. Como consequência, aqui temos doze economistas formados para cada auditor, enquanto nos Estados Unidos exis-tem doze auditores para cada economista formado. Para eliminar a corrupção teremos de redirecionar rapidamente as verbas de volta ao seu devido destino, para que seja-mos uma nação que não precise depender de dedos duros ou genros que botam a boca no trombone, e sim de profissionais competen-tes com uma ética profissional elaborada.

Países avançados colocam seus audito-res num pedestal de respeitabilidade e de reconhecimento público que garante a sua honestidade. Na Inglaterra, instituíram o Chartered Accountant. Nos Estados Unidos eles têm o Certified Public Accountant. Uma mãe inglesa e americana sonha com um filho médico, advogado ou contador público. No Brasil, o contador público foi substituído pelo engenheiro.

Bons salários e valorização social são

os requisitos básicos para todo sistema funcionar, mas no Brasil estamos pagando e falando mal de nossos fiscais e auditores existentes e nem ao menos treinamos nossos futuros auditores. Nos últimos nove anos, os salários de nossos auditores públicos e fiscais têm sido congelados e seus quadros, reduzidos - uma das razões do crescimento da corrupção. Como o custo da auditoria é muito grande para ser pago pelo cidadão individualmente, essa é uma das poucas funções próprias do estado moderno. Tanto a auditoria como a fiscalização, que vai dos alimentos e segurança de aviões até os direitos do consumidor e os direitos autorais.

O capitalismo remunera quem trabalha e ganha, mas não consegue remunerar quem impede o outro de ganhar roubando. Há quem diga que não é papel do Estado pro-duzir petróleo, mas ninguém discute que é sua função fiscalizar e punir quem mistura água ao álcool. Não serão intervenções cirúrgicas (leia-se CPIs), nem remédios potentes (leia-se códigos de ética), que irão resolver o problema da corrupção no Brasil. Precisamos da vigilância de um po-deroso sistema imunológico que combata a infecção no nascedouro, como acontece nos países considerados honestos e auditados. Portanto, o Brasil não é um país corrupto. É apenas um país pouco auditado.

Stephen Kanitz é consultor de empresas e conferencista, Mestre em Administração de Empresas pela Harvard University

Agora que aqui no Rio já acabou, posso fazer a pergunta cuja resposta o eleitor bra-sileiro não está autorizado a conhecer: quem foi eleito com o voto que eu dei?

Só sei – só me permitem saber - que não foi necessariamente aquele em quem votei.

Posso ter votado em um amigo de lon-ga data, cuja competência e honestidade conheço e por quem respondo. Se ele foi eleito não sei se meu voto serviu para elegê-lo ou a um outro. Se ele não foi eleito, é pior...

Meu voto, processado numa espécie de liquidificador da vontade política do eleitor, pode ter sido utilizado para eleger outro can-didato, que não conheço. Ou até conheço, mas no qual jamais votaria.

E mais: digamos que tenha dado um voto “ideológico”, por convicção política, a alguém de um determinado partido, cujas propostas coincidem com meu pensamento. Mas graças a certas “alianças” eleitorais meu voto pode ter sido desviado para outro partido, com propostas com as quais nem concordo, nem aprovo.

O mais curioso é que escolhemos um

prefeito para gerenciar o município, mas aqueles que elegemos para expressar nossas ideias e nossos propósitos - para nos repre-sentar, enfim – são os vereadores.

E não sabemos onde nosso voto foi parar.Dentro de dois anos vamos ter mais

eleições. Para Presidente da República e Governadores, para os poderes executivos da federação e dos estados. Para Senadores, que representarão os diferentes estados que compõem a federação.

Como com os prefeitos, saberemos se o candidato em quem votamos foi ou não eleito Presidente, Governador, Senador.

Também no caso de deputados federais e estaduais - representantes diretos de nossa vontade – saberemos quem elegemos, mas não saberemos quais os outros candidatos que nosso voto elegeu.

Eis onde brota a maior parte de todas as encrencas, do “mensalão” e demais banda-lheiras à delirante ocupação de cargos em comissão por uma malta de apaniguados e incompetentes, e a consequente desorgani-zação do serviço público.

Embalados na irresponsabilidade, anô-

nimos perante o eleitorado, sem ter que responder pelo que fazem, nossos “repre-sentantes” permitem-se tranquilamente tudo isso que vemos acontecer.

E nós não temos como influir para cor-rigir.

Eles, que nos representam, se vendem, nomeiam os cabos eleitorais, servem-se à vontade, trabalham três dias por semana, chantageiam os poderes executivos e vivem à tripa forra.

E nós somos obrigados a votar!Contudo, ao que parece, começa uma

reação: o aumento dos votos nulos para vere-ador. Talvez seja efeito do horário eleitoral. Ou alguém é levado a eleger com seu voto uma daquelas figuras?

Vamos anular. Ou, se é para ficar como está, que o voto seja facultativo.

Ser obrigado a votar, assim, nessas con-dições, é que não dá mais.

Edgar Flexa Ribeiro é educador, radia-lista e presidente da Associação Brasileira de Educação

Antes de conhecer pessoalmente o senhor Nelson Faillace, o conhecia através da Rádio Difusora, pelas suas “Crônicas do Meio dia” e através do jornal Tribuna Lençoense, confesso que não me simpatizava muito com aquele carioca, mesmo depois de conhecê-lo pessoal-mente, quando com uma máquina fotográfica Zenit, russa, pediu para que eu fizesse umas fo-tografias em uma prova de tambor, na Facilpa. A máquina tinha um problema de refração do espelho e produzia um efeito ruim nas fotos. Eu não conhecia o Nelsinho.

Bom, o tempo passou e já adulto voltamos a nos falar quando fui trabalhar na Tribuna. Aprendi a gostar do ‘seo’ Nelson e certamente, ele aprendeu a gostar ainda mais de fotografia. Essa proximidade me levou a frequentar sua casa e foram inúmeras vezes que estive lá. Me recordo que durante um almoço, sua mãe Noêmia, muito simples, me perguntou se eu era amigo do Nelson. Eu disse que sim e ela me confidenciou: “Sempre tivemos bons amigos. O Nelson sempre presou por bons amigos. Ter amigos verdadeiros é a melhor coisa que uma pessoa possa ter”. Nesse dia dona Noêmia tinha 100 anos. Um século de batalhas, de vida e ale-grias, como o próprio Nelson descreveu em seu livro ‘Crônicas Lençoenses’, na página 313.

“Delicada nuvem de boas vindas, benfazeja. Mulher forte, pequenina, verdadeira. Brancos cabelos, alma menina também assim tão bran-ca. Conselheira, acolhedora. Das montanhas fluminenses, dos riachos, das cascatas. Primei-ras braçadas nas águas frias, menina arteira, ousados mergulhos. Ali se formou, ali se criou, entre roupas, corredeiras e correrias, risos e alegrias.” - Descance em paz dona Noêmia!

Uma matéria exclusiva publicada na edição de hoje do Jornal Sabadão mexe com os primórdios da criação da cidade de Lençóis Paulista. O filho do ex-prefeito Coronel Joaquim Anselmo Martins questiona a história sobre seu bisavô e apresenta informações que contradizem sobre o que se re-gistrou a respeito de sua morte e sepultamento.

O Jornal Sabadão novamente se posiciona de ma-neira própria sobre os assuntos que envolvem a cidade e seu povo, sempre com liberdade e atuali-dade. O leitor pode se questionar sobre esse último ponto, mas o jornal acredita que muito do que co-nhecemos de nossa história, principalmente como brasileiros, pode e deve ser questionado, desde que de maneira séria, respeitosa e embasada.

Durante muitos anos, mesmo nos bancos esco-lares, os brasileiros foram levados a acreditar em trechos da história que nem sempre condiziam com a verdade. A geração de alunos que ingres-sou nos bancos escolares imediatamente após o fim da Ditadura, hoje amadurecida, sabe o quan-to a verdade sobre a independência do país, por exemplo, foi romanceada e exposta, ainda sob os resquícios ditatoriais, de forma que pudesse criar o sentimento de paixão nacional ao preço de distorções daquilo que de fato ocorreu.

A verdade só tem valor, quando seu preço é pago por moeda cunhada pelo questionamento, pela crítica e pela confirmação da dúvida.

Nesse caso, o relato oral de um integrante da fa-mília de José Theodoro de Souza, avô de Joaquim Anselmo Martins, tem peso suficiente para que o debate se torne possível.

Quanto as certezas que uma população, seja de qual cidade for, tem a respeito de seus antecessores, sempre é possível encontrar dados que possam con-tribuir com a mudança de direção, com o aprimora-mento do cotidiano e com a tomada de posição para que novos caminhos sejam construídos.

Assim, o relato de Antonio Renato Martins represen-ta um legado para a verdadeira história dessa cidade, e por isso merece ainda mais cuidado e zelo, além do que uma matéria jornalística possa expressar. Mas, com a opção de publicá-lo, o Jornal Sabadão reforça seu compromisso de representar a população lenço-ense, contribuindo com o debate atual, mas também com a construção e valorização de sua história.

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HOJE 3LENÇÓIS PAULISTA, 27 DE OUTUBRO DE 2012

ESPORTE Café na CâmaraPRESENÇA - Cerca de 20 jovens do Projeto Líderes, patrocina-do pelo Grupo Lwart, estiveram na Câmara, na segunda-feira acompanhando os trabalhos dos vereadores.

OLHO VIVO 2 - Esses são os jovens de uma nova geração. Não estão acostumados com o funcionamento e o desenrolar das coisas no Legislativo, nem com a forma perpetrada de fazer política. Uma coisa é certa: é necessária a presença de mais jovens na galeria da Câmara para que, devagar, o cenário mude.

CERIMÔNIA - Nardeli da Silva, (PSC), fez uma explanação sobre como é o funcionamento da Casa para os visitantes mirins.

SUMIU - Dos mais de 100 candi-datos a vereador que concorrem na eleição de 2012, apenas quatro compareceram para ver os traba-lhos da Casa de Leis. Dos eleitos, estavam na seção do dia 22, André Sasso e José Santana, o Dodô. Ambos do PSDB. Dos não eleitos, estavam na Câmara, Luizinho do Açougue e Sandro do Lanche, os dois do PSC.

EU HEIN! - Com o grande número de candidatos, era de se esperar que mais ex-candidatos compare-cessem às sessões, mas não é bem assim. É só em período de eleição que muitos pensam em mudar algo.

PASSEIO - O deputado Arnaldo Jardim esteve na segunda-feira vi-sitando seus companheiros de par-tido e amigos de Lençóis Paulista. O encontro foi na pizzaria Prâmio. Arnaldo foi recepcionado pelo atual vice-prefeito Luiz Carlos Trecenti, pelo futuro vice, Antonio Marise e pelos vereadores Manezinho e Júnior Ticianelli.

CALMARIA - Com a proximidade do final de ano o cenário político parece calmo. Na verdade, nos bastidores tudo está em ebulição.

VOLTA - Existe uma frente de vereadores eleitos que propõe ser oposição à administração do PSDB. Informações dão conta de que o jornalista Alcimir do Carmo poderá ser o assessor de imprensa da Casa, caso a oposição leve a presidência.

REVIRA - Caso a base da prefeita Izabel fique com o comando da Casa, a assessoria poderá ficar com alguém ligado à coordenação da campanha de reeleição do PSDB.

SEM CAIXA - Deu entrada na Câ-mara projeto de lei que autoriza a prefeitura a repassar R$ 200 mil ao hospital Nossa Senhora da Pieda-de. O projeto deve estar na pauta de votações da sessão do dia 29.

SEM CAIXA 2 - O dinheiro extra deve ser utilizado no pagamento do 13° salário dos funcionários, obrigação trabalhista que o hospital estaria sem condições de cumprir, por não ter dinheiro em caixa.

TROCO? - A dificuldade financeira enfrentada pela instituição tem sido motivo de embates entre vereado-res e sua diretoria, que recente-mente divulgou ter um déficit anual de R$ 800 mil. Uma das ações para buscar recursos, a ampliação dos atendimentos oftalmológicos, segundo informações, teria sido frustrada e o resultado não deve render ao caixa da entidade a quantia esperada. Na justificativa do projeto, a prefeitura reconhece as dificuldades financeiras do HNSP e destaca o repasse extra como importante para “viabilizar sua sustentabilidade”.

Tânia Morbi

Como parte do projeto Time São Paulo Paralímpi-co, o atleta PCD Yohansson Nascimento, duas vezes me-dalhistas nas Paralimpíadas de Londres, este ano, esteve em Lençóis Paulista na quarta--feira, dia 24, para apresentar uma palestra para jovens estu-dantes da cidade.

O atleta foi medalhista de ouro nos jogos Paralimpicos, de Londres 2012, nos 200m rasos T46 (para atletas biam-putados acima do cotovelo ou abaixo do joelho), com direito a recorde mundial, com o tempo de 22s05. Também foi prata nos 400 m, na mesma categoria. Yohansson nasceu em Maceió, sem as duas mãos, iniciou no atletismo em 2005, com 17 anos e hoje detém os recordes mundiais nas provas de 100 e 400m.

Em Lençóis, foi recepcio-nado na Câmara dos Verea-dores, por uma plateia entu-siasmada, que lotou o plenário do recinto.

A caravana que o acompa-nhou foi formada por Vanilton Senatore, assessor técnico da Secretaria Estadual dos Direi-tos da Pessoa com Deficiên-cia; Edinéia Remolli Padilha Botero, que representou a dirigente regional de ensino; Michele Quirilo Obeid, de-

Câmara lota para ver atleta paraolímpicoYohansson Nascimento, que con-quistou ouro e prata, nas Paralimpía-das de Londres, falou sobre força de vontade e superação a estudantes lençoenses

legada regional da Secretaria de Esporte, Lazer e Cultura, e Rosângela Aparecida de Paiva, da equipe curricular de Educação Física, da coor-denadoria de gestão de Edu-cação Básica. Todos foram recebidos pela prefeita Izabel Lorenzetti e pelo diretor de esportes José Lenci Neto.

Também participaram do encontro atletas e dirigentes da Adefilp (Associação dos Deficientes Físicos de Lençóis Paulista).

Antes da palestra aos jo-vens, Yohansson falou de sua satisfação em compartilhar suas conquistas. “É importan-te para incentivar as pessoas deficientes a sair de casa e incentivar o esporte para-olímpico. Nossa conquista deve servir de exemplo para todas as pessoas, para que saiam de casa e façam algum esporte”, afirmou, ressaltando o apoio que, segundo ele, foi fundamental para as conquis-tas durante as Paralimpíadas. “Foi um orgulho muito gran-de poder contar com toda a estrutura que a Caixa (Eco-nômica Federal) e o governo do Estado nos deram para que pudéssemos chegar a Londres em condições de disputar o ouro nos 200 m e conseguir a prata nos 400m. Fiquei muito feliz de representar Alagoas e o Brasil. A conquista só me

dá mais vontade de treinar para trazer mais medalhas de outras competições”, afirmou.

O professor Vanilton Se-natore, que antecedeu Yo-hansson em sua apresentação, destacou a importância do incentivo à Educação Física nas escolas para fortalecer a inclusão de pessoas com deficiência. “Com esse pro-jeto, a Secretaria possibilita trazer para dentro do Estado exemplos de grandes atletas para ressaltar a inclusão social de pessoas com deficiência física, que começa na escola, onde o esporte deve ser valo-rizado para a inclusão social. É um exemplo de como é pos-sível fazer um mundo melhor,

respeitando a diversidade”, ressaltou.

Além de Lençóis, o atleta esteve em Marília, depois de passar na terça-feira, dia 23, por Penápolis e Lins.

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Defici-ência apoia o projeto Time São Paulo Paralímpico, criado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Além de prestar ajuda ao es-porte paraolímpico brasileiro, o projeto é visto como instru-mento para a disseminação da importância da atividade física, do lazer e do esporte para as pessoas com deficiência em seu processo de inclusão social, melhora da autoestima, saúde e qualidade de vida.

No último domingo, dia 21, atletas da Associação Zanchin de Karatê participaram da 8ª Etapa da ACAK (Associação das Cooperativas e Associa-ções de Karatê), realizada em Piracicaba.

Mais de 400 caratecas par-ticiparam do evento, entre eles estavam Natália Broazulato, integrante da seleção brasi-leira que na semana passada, em Athenas (Grécia), con-quistou a medalha de prata no World Cup de Karate de sua categoria. Além dela, marcou presença Renata Trevizan que também faz parte das seleções paulista e brasileira. Ele traz no currículo diversos títulos internacionais e regionais. Muitos outros caratecas e árbi-tros consagrados participaram do encontro.

Representando Lençóis Paulista, a Associação Zan-chin que é dirigida pelo pro-

Atletas da Zanchin divulgam nome de Lençóis

fessor de educação física e mestre de Karatê Raphael Blanco se apresentou com Gabriela de Almeida Flores, duas vezes campeã paulista (2010 e 2011) e campeã bra-sileira em 2011 em Campina Grande (Paraíba). Segundo

o professor, Gabi venceu a final conseguindo derrubar a sua adversária e golpeá-la com eficiência, mas o árbitro entendeu que as suas ações foram faltosas e ignorando a posição dos seus quatro auxi-liares que outorgavam ponto

à Gabi, deu a vitória para a sua oponente. Outro destaque foi Bruno Bolonha, vice--campeão paulista em 2011 e vice-campeão brasileiro 2012 também na Paraíba, que venceu as suas quatro lutas e conquistou a medalha de ouro na competição de domingo passado. Participaram ainda Josiane Rodrigues, campeã paulista deste ano, Ana Flá-via Lopes que conquistou a medalha de bronze e Arthur Sant’Anna, sendo que esses últimos tiveram a primeira experiência em competições intermunicipais.

A equipe agora se prepara para disputar os Jogos Abertos do Interior, nos dias 14 e 15 de novembro, em Bauru, onde os atletas Larissa Angélico, Leonardo Cardoso, Josiane Rodrigues, Fernando Toledo e Raphael Blanco representarão Lençóis Paulista.

[email protected] - 3263.1740Chute na canela - pelo leitor

TATU | Moradores do Jardim América estão há tempos reclamando dos buracos que se formam na Rua Lafayette Miller Leal. Com as chuvas de verão, os buracos vão aumentando de tamanho e quantidade. Muita gente usa aquele trajeto para acessar o Distrito Empresarial, aumentando o fluxo de veículos.

RODA PRESA | Idosa empurra carrinho com materiais recicláveis, se des-viando de um bueiro onde deveria ser o espaço reservado para pedestres. Assim como em várias calçadas pela cidade, no local da foto, o bueiro forma um degrau, colocando em risco de acidente quem se atreve passar por ali.

O livro “Quem foi”, uma ini-ciativa da professora Doutora Terezinha Santaroza Zanlochi, em parceria com o Jornal Bom Dia, de Bauru, e coordenadoria de extensão da Universidade do Sagrado Coração reúne relatos orais que recuperam personagens conhecidos e anônimos da região.

Lançado no dia 19 des-te mês, nele estão reunidos artigos sobre a história de vários personagens de Bauru e região, desde políticos a pessoas simples. 21 alunos de diferentes cursos de graduação e pós-graduação participaram do projeto da USC, durante os anos de 2010 e 2011. Entre os coautores estão três professo-res lençoenses, Laura Laís de Oliveira Castro, Paulo Jorge Rodrigues e Renan Giovanetti Françoso (foto), que pesqui-saram e contaram a história de pessoas simples e de perso-nagens conhecidos da política regional. Os coautores salien-tam que a narrativa oficial, voltada a grandes personagens e heróis, deu lugar aos relatos orais, historias familiares, cotidianas e inusitadas, à pes-quisa de personagens simples, até então desprezados.

Renan afirma que o proje-to ‘Quem foi?’ trouxe muita satisfação. “Pois trouxe uma imensa contribuição ao meu conhecimento de história local, ao estudo biográfico de pessoas que de tal maneira ajudaram a construir um local agradável para se viver”, afirma.

De acordo com Paulo Jorge, o projeto serviu para que to-

“Quem foi?” privilegia relatos orais e une heróis e anônimos

VENCEDORES| Com bom desempenho, equipe se prepara para Jogos Regionais

OURO| O atleta Yohansson passa pelos estudantes, sob aplausos e homenagens

Foto: Billy Mao

Foto: Divulgação

Foto:Divulgação

dos pudessem conhecer mais sobre a historia regional. “Foi um resgate de personagens históricos, alguns poucos lembrados pela historiografia oficial, mas que, no entanto, foram fundamentais para o desenvolvimento sócio-eco-nômico-cultural da região”.

Entre os personagens len-çoenses abordados no livro estão Alberto Giovanetti, Ale-xandre Chitto, Carlos Alberto Baptistella, Enio Giovanetti, Horácio Moretto, José Garrido, José Simioni, Mestra Amélia, Orígenes Lessa, entre outros.

A escolha dos personagens, segundo Laura Castro, foi feita pelos próprios alunos integrantes do projeto. “Bus-cou-se abranger personagens diversos, visando aproximar as pessoas dos agentes históri-cos, superando a história obje-tiva e tradicional incluindo os pobres, as mulheres, e outros para entendermos nossa cida-de e região”, explica.

O livro pode ser adquirido no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NUPHIS), da USC.

Dois auditores do Ministério da Saúde estiveram em Lençóis Paulista esta semana, durante três dias

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LENÇÓIS PAULISTA, 27 DE OUTUBRO DE 2012GERAL4

ACONTECE ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Tânia Morbi

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EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Tânia Morbi

Nessa semana, o diretor regional do SESI, Clóvis Aparecido Cavenaghi Perei-ra confirmou que as aulas na escola irão começar no final do mês de janeiro de 2013. Assim, as inscrições para o ensino regular fundamental e médio poderão ser feitas entre os dias 5 a 20 de no-vembro. No mês de agosto, o Sabadão antecipou, em uma entrevista exclusiva com Pe-reira, as dificuldades na obra que poderiam levar ao atraso na entrega do prédio da es-cola. Embora o cronograma de obras esteja atrasado - o prédio deveria ser entregue no último dia 4 - o início do primeiro ano letivo foi ga-rantido pelo diretor regional.

Durante entrevista coleti-va, na segunda-feira, dia 22, a prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) recebeu em seu ga-binete o diretor regional e o diretor da unidade do SENAI-de Lençóis Everson De Aro Capobianco, juntamente com o vice-prefeito Luiz Carlos Trecenti, que segundo ela, teve participação fundamen-tal para que a cidade recebes-se a escola. “Foi determinante a atuação do Luiz Carlos desde o princípio desse pro-cesso para que essa escola fosse realidade em Lençóis, pelos relacionamentos dele

Confirmado início de aulas da escola do Sesi em janeiro de 2013Inscrições estarão abertas entre os dias 5 e 20 de novembro, com priori-dade para estudantes que tenham pais trabalhando na indústria

como empresário local, com o doutor Paulo Skaf (presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo), ou seja, uma parte que sem ela a gente não teria possibilidade de ter a escola. A doação do terreno também foi feita pela família dele”, disse a prefeita.

Já o vice-prefeito ressaltou o apoio recebido do presiden-te da Fiesp e a importância da doação do prédio do SENAI para a Federação, como parte da negociação que confirmou a construção da escola. “Foi palavra com palavra. Eu prometi e cumpri o que tinha que cumpri, e agora então, a promessa dele também está sendo cumprida com deter-minação, que é a entrega da escola até o final do nosso mandato”, explicou Luis Carlos.

Inicialmente, a nova es-cola irá atender cerca de 350 estudantes, em classes com no máximo 32 alunos, no regime de período integral. Além de 12 classes, a escola terá biblioteca, laboratórios diversos (informática, quími-ca, biologia, física e outros), quadra esportiva e outras dependências, inclusive ad-ministrativas, distribuídas em uma área total de 24,6 mil metros quadrados, sendo aproximadamente 10 mil de área construída. O prédio também tem recursos susten-

táveis e deve reutilizar a água da chuva para a conservação de mais de 10 mil metros qua-drados de paisagismo.

Segundo Pereira, dos nove anos do ensino fundamental, do primeiro ao sétimo ano os alunos terão aulas em período integral, divididos em turnos de aula e atividades físicas, culturais, musicais e reforço escolar, entre outras, no ho-rário inverso.

De acordo com o padrão SESI, têm prioridade de ma-trículas alunos que sejam filhos de trabalhadores da indústria, que são chamados de beneficiários. Caso as ins-crições disponíveis não sejam preenchidas pelos alunos beneficiários, as vagas serão sorteadas para alunos que não têm pais ou responsáveis trabalhando na indústria.

A taxa escolar será cobrada apenas de estudantes cuja renda familiar per capita ul-trapasse R$ 622. Acima desse valor, as taxas variam de acordo com o nível escolar.

Para o ensino fundamental, até o nono ano, o valor é de R$

1.420,00 anuais, para alunos beneficiários, e R$ 2.022,70 para quem não tem ligação com a indústria. Nos dois casos o valor é dividido em nove parcelas, com pequena taxa de matrícula. A anuali-dade do ensino médio é de R$ 2.330,80 para beneficiários e R$ 2.795,00 para não benefi-ciários. Nos dois casos já está inclusa a alimentação, mas não o material didático, que é cobrado de forma parcelada, de acordo com a necessidade da família. (ver Box)

Todas as inscrições são feitas pela internet no ende-reço www.sesisp.org.br. Mas, os interessados já podem procurar por informações em um atendimento especial criado na unidade da escola do SENAI. Após a abertura das inscrições, no mesmo local, também haverá com-putadores e orientadores à disposição dos interessados.

A partir do primeiro ano de funcionamento da escola, os alunos do ensino médio matriculados automatica-mente passarão a frequentar

aulas integradas, através dos cursos profissionalizantes no Senai, para que quando com-pletarem o antigo colegial já tenham também uma forma-ção técnica, que poderá ser de automação, eletroeletrô-nica, manutenção mecânica e instrumentação, assegurou o diretor do Senai.

O corpo docente da nova escola deverá ser composto por professores transferidos ou que tenham possibilidade

de extensão de jornada. “Te-mos professores do Sesi que moram aqui e dão aulas em Igaraçu do Tietê, Botucatu, Bauru e Agudos”, afirmou Pereira, que não descartou a necessidade de contrata-ção de outros professores que passarão por processo seletivo. As equipes adminis-trativas e de apoio também serão selecionadas. Ao todo a escola deverá ter cerca de 50 funcionários.

Aproximadamente 120 pes-soas participaram da ação de voluntariado em prol da comunidade, realizada em Lençóis Paulista, no dia 23, envolvimento que corres-pondeu às expectativas dos organizadores da ação desen-volvida pelo Grupo Lwart. “A comunidade lençoense é reconhecida pelo seu espírito de solidariedade e voluntaria-do. Prova disso é o resultado da ação Dia de Fazer o Bem”, divulgaram os coordenadores.

No último domingo, mais de 100 pessoas entre colabo-radores da empresa, familiares e outros voluntários participa-ram das atividades do Dia de Fazer o Bem, ação social que é realizada há seis anos e busca estimular o voluntariado para a construção de uma socieda-de melhor.

Entre as atividades reali-zadas foram arrecadados e doados à Rede de Combate ao Câncer 3.760 litros de leite doados em prol, sendo que o Grupo Lwart contribuiu com 40% das doações; cerca de 90 idosos foram beneficiados

Ação social arrecada leite e retirauma tonelada de lixo de córrego

durante as atividades de en-tretenimento no “Lar Nossa Senhora dos Desamparados”; uma tonelada de lixo foi reco-lhido das margens do Córrego da Prata, na ação de conscien-tização ambiental (foto), e 80 crianças foram beneficiadas na Festa das Crianças, pro-movida na Vila da Prata, com o apoio dos jovens do Projeto Formação de Líderes.

Segundo a coordenadora de Projetos Sociais do Grupo Lwart, Danieli Roza, após alguns anos da promoção do Dia do Bem Fazer em Lençóis Paulista, é possível perceber que o comprometimento dos voluntários cresce a cada ano. “Entendemos que a vontade de Fazer o Bem não está vin-culada a uma data ou ação da empresa, e sim em dedicar o

seu próprio tempo a uma ação de cidadania”, ressalta.

Há 37 anos o Grupo Lwart desenvolve ações sociais jun-to às comunidades. Para os organizadores, o Dia de Fazer o Bem é um exemplo real de como a união de esforços, talento e solidariedade tem uma força transformadora na comunidade e na motivação para a cidadania.

NOVA| Luiz Carlos, Izabel, Clóvis e Everson, durante anúncio do primeiro ano letivo do Sesi

Foto:Billy Mao

Fotos: Divulgação

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GERAL LENÇÓIS PAULISTA, 27 DE OUTUBRO DE 2012 5

ALFREDO GREDES E A HISTÓRIA LENÇOENSE

Billy Mao

Billy Mao

O distrito de Alfredo Gue-des, através de sua estação ferroviária, foi tão movi-mentado quanto o centro de Lençóis Paulista é atual-mente. Claro, considerando as devidas proporções. Isso no século passado, idos de 1920. O motivo de tanta gente reunida em um distrito tão pequeno era o escoamento do café produzido na região. Fartura, Farturinha, Bocai-na, Paiol Velho, toda região produzia cereais e café, muito café. Nesse cenário total-mente rural, nasceu, em 19 de outubro de 1934, Antonio Renato Martins. Bisneto do Capitão José Theodoro de Souza e filho do Coronel Jo-aquim Anselmo Martins.

Em Bauru, onde reside atualmente, Renato recebeu a equipe de reportagem do Jornal Sabadão para contar parte da história de nomes fundamentais para o surgi-mento e desenvolvimento de Lençóis Paulista.

Logo nos primeiros relatos Antonio Renato Martins, hoje com 78 anos, completados há poucos dias, desmistifica uma lenda que envolve a morte de seu bisavô, o Capitão Theo-doro de Souza. Conta que, diferentemente do que vários historiadores escreveram, uns de forma fantasiosa, seu bisa-vô, considerado um dos gran-des bandeirantes paulistas foi enterrado em Aparecidinha de São Manoel, contrarian-do histórias de que não se saberia a localização de seu sepultamento. Renato conta também que seu bisavô The-odoro era muito desgarrado e trocava lotes de terra com coisas supérfluas como facas, espingardas, cavalos, coisas de baixo valor na época, o que o levou a ficar somente com as terras que compunham a Fartura e Bocaina.

Coronel Joaquim Ansel-mo Martins herdou de seu avô, filho de Theodoro, parte dessas terras que iam desde a Areia Branca, região de Paranhos, até as margens do Rio Claro. Terra que foi se desmembrando com o tem-po, à medida que a família ia

crescendo, mas que estão em posse de seus descendeste, até hoje. “Meu pai nasceu na Fartura, no dia 21 de abril de 1872. Aquela área era toda do José Theodoro de Souza, meu bisavô. Quando ele veio de Pouso Alegre, em Minas Ge-rais, lugar que tinha também um distrito chamado Estivo. De lá ele veio direto para Lençóis, com seus primos, os Pereira. Naquele tempo não se comprava área, a terra era ‘apossada’. A área ia do Guedes até o Rio Claro. Eram mais de seis mil alqueires”, conta Renato Martins.

O Bandeirante paulista

Renato também conta a história que seu bisavô, na metade do século XIX, teria parado em Botucatu para conversar com um amigo, Capitão Tito Correia de Mello, que já vivia na região há algum tempo e ouviu do amigo que não existiam mais terras devolutas na região. “Podendo ser encontradas somente para além da serra de Botucatu, rumo ao vale do Paranapanema”, teria conta-do. Capitão Tito teria então explicado a José Theodoro de Souza que, em virtude da lei nº 601, de 18 de setem-bro de 1850, não era mais possível apossar-se de terras devolutas, como sempre fora feito no Brasil.

Quando José Theodoro de Souza chegou por essas bandas na década de 1850, deveria acreditar que as terras depois de Botucatu seriam fér-teis, fosse diferente, não teria enfrentado todas as adversida-des que enfrentou para chegar até o centro-oeste paulista, aponta o bisneto. “Todos plan-tavam café, a terra sempre foi boa. Naquela época não havia a estrada de ferro e estação foi criada para o escoamento da produção”, diz Renato.

Um dos fundadores de Lençóis Paulista, José Theo-doro de Souza, nasceu no Rio de Janeiro, filho legítimo de José Ignácio de Souza Teixei-ra e de Magdalena de Serpa. Ainda criança, seus pais se transferiram para Pouso Ale-gre, estado de Minas Gerais,

onde aos 24 anos, em 1838, se casou com Maria José, fi-lha de Izabel Claudina de Je-sus, natural de Pouso Alegre.

Dados dos arquivos da Igreja de Pouso Alegre con-firmam tanto o nascimento de José Theodoro e seu ca-samento. “Aos 30 de janeiro de 1838, pelas seis horas da tarde ... se receberam em matrimônio José Theodoro de Souza, natural do Rio de Janeiro com Maria José”. Arquivo da igreja de Pouso Alegre . Livros nº 2 e 4, fls 477, casamentos 1838”.

Contradições históricas

José Theodo-ro de Souza, um dos principais fundadores de Lençóis Paulista era homem des-temido e corajo-so, resolveu dei-xar a província de Minas Gerais em busca de novas ter-ras, era analfabeto, o que teria contribuído para que perdesse parte de suas propriedades, se-gundo a história. “Fazendo perder muito das terras con-quistadas deixando-o numa pobreza que acabara falecen-do na miséria, a ponto de não se saber onde se encontra o túmulo do maior pioneiro e latifundiário do Oeste Paulis-ta”, escreveu um historiador santa-cruzense. Segundo Ale-xandre Chitto, José Theodoro morreu esquartejado por ín-dios na região da Alta Pau-lista. Já o historiador Manoel de Castro Villas Boas, em seu livro Pedaços de São Paulo, aponta que José Theodoro teria morrido às margens da “Água das Mortes, atravessa-do por uma flecha homicida”. Mas, na verdade, segundo seu bisneto, Antonio Renato, seu corpo foi enterrado no único cemitério existente na região que ficava em Aparecidinha depois de falecer por morte natural. Uma revelação ex-cepcional para historiadores e estudantes dos bandeirantes.

A revelação de Renato Martins elucida contos fan-tasiosos sobre uma pessoa importante para o surgimento de Lençóis Paulista e outras cidades que ajudou desbra-var. “A família de meu avô vivia toda na Fartura, onde fincou raízes. O que contam sobre não saberem onde ele foi enterrado, foi por falta de informação e um pouco

de fantasia”, completa o bisneto.

Prefeito dos pobres

O Coronel Joaquim Ansel-mo Martins, pai de Antonio Renato, não foi tão aven-tureiro quanto seu bisavô e permaneceu em Lençóis. Aqui, foi vereador e por duas vezes, prefeito. “A política não era como hoje, naquele tempo o prefeito era nomeado e meu pai era muito conheci-do e vivia entre a cidade e o distrito de Alfredo Guedes. Por aquela coisa de ser um homem popular, benfeitor, foi nomeado prefeito”, conta o filho do Coronel.

Segundo Renato, seu pai gostava daquela função, mes-mo não sendo remunerada e pagando todos os gastos que tinha para ir e voltar para Alfredo Guedes. “Tudo que

meu pai fazia, levar gente para tratamento na cidade, ajudar alguns que necessita-vam, tudo isso era feito com dinheiro de seu bolso, não era o governo que pagava não”, diz. Quando Renato relembra do seu pai Coronel, fica emo-cionado e explica que mesmo com um título nobre, o pai sempre foi uma pessoa sim-ples. “Meu pai era um amor de pessoa. As pessoas dificil-mente o chamavam de Coro-nel, sempre chamavam pelo

nome. Em casa era muito atencioso e dava os de-

vidos cuidados com os filhos. Sempre foi muito companhei-ro, presente”, con-ta. O Bar Central ficava onde hoje funciona uma loja de eletrodomés-ticos na Rua 15 de Novembro, no centro de Lençóis Paulista. E era lá

o ponto de encon-tro de parte da so-ciedade política da

cidade, Joaquim An-selmo Martins usava

o local como palanque eleitoral, pois ali estavam

também não só os políticos, mas cidadãos comuns de Lençóis Paulista. “Meu pai chegava e era aquela festa. Ele conhecia todos os fre-quentadores do lugar e não era como hoje que existem mais de cem candidatos para disputar 10 vagas na Câmara, por exemplo”, relembra.

Como não havia gran-de quantidade de veículos como hoje, o trajeto da Fartura, Alfredo Guedes até Lençóis Paulista, pelo antigo estradão, era feito de ‘Jardineira’, ônibus des-confortável, com bancos de madeira que era ofere-cido como transporte pelo empresário Franciscato, que se transformou no atu-al Expresso de Prata. As ‘jardineiras’ daquela época eram movidas a gasogênio, funcionamento semelhante aos trens marias-fumaças. O Coronel Joaquim Anselmo Martins faleceu no dia 28 de fevereiro de 1961 quan-

do Antonio Renato Martins tinha 27 anos.

Aventura no sangue

Tendo herdado de seu bi-savô, o gosto pela aventura, o próprio Antonio Renato também tem muitas histórias para contar. Em 12 de Junho de 1975, foi para o norte do Mato Grosso para pescar com seus amigos no famoso Rio Teles Pires. Ali começava sua aventura, ao conhecer outro grande bandeirante, Ariosto Da Riva. “Quando chegamos ao norte do Mato Grosso, antes de Alta Floresta, não tinha como atravessar o Rio São Manoel, onde havia uma balsa. Só atravessava quem tinha autorização. Isso porque Ariosto Da Riva havia com-prado toda aquela área do Go-verno”. Renato conta que seu grupo tinha autorização, mas o fiscal de Ariosto não liberou a entrada e ainda brincou com o grupo lençoense. “Vocês vão ficar acampados aqui na margem e vamos avisar ‘Seo’ Ariosto, se ele não estiver sa-bendo de nada, a gente mata todos e joga ai no rio”, teria brincado o fiscal, assustando parte do grupo, para a diver-são de Antonio Renato.

Depois desse episódio, Re-nato ganhou grandes amigos no Mato Grosso. Além do fis-cal, Renato conviveu de perto com um dos maiores bandei-rantes do Brasil, Ariosto da Riva. Tido como o último bandeirante brasileiro, Arios-to que era uma pessoa de fácil convivência, ofereceu para a trupe lençoense, lotes de ter-ra na cidade que se abria no meio da Floresta Amazônica, era Alta Floresta. Encantado com o deslumbre da natureza, Renato não titubeou em com-prar um lote, atualmente, ao lado do aeroporto da cidade.

Renato conta ainda que sua maior surpresa foi saber que aquele desbravador de florestas conhecia e havia vivido em Lençóis Paulista. Natural de Agudos, Ariosto foi enfático com Renato Mar-tins em chamá-lo para Alta Floresta. “Conheço demais aquela região da Fartura. A terra vermelha de lá a gente usa como adubo aqui em Alta Floresta”, disse o bandeirante Ariosto, conquistando assim o filho do Coronel Joaquim Anselmo Martins.

Renato comprou seu lote a partir de um mapa que Ariosto lhe mostrava. Naquela oca-sião, fazia frio nas margens do São Manoel. “Haviam me falado que no Mato Grosso não fazia frio e tivemos que acender fogueira dentro da barraca, de tanto frio que fez aquele ano de 1975”, lembra. Na mesma época, as noticias através do rádio confirmavam que em Lençóis, a água havia congelada nas torneiras, con-ta Renato. Com a promessa de que no Mato Grosso não fazia tanto frio, o lençoense se instalou em Alta Floresta, onde viveu por cerca de 30 anos, até se aposentar como funcionário público estadual.

Depois de morar em Bo-rebi durante alguns anos, há dois reside em Bauru com a esposa e filhos, onde guarda lembranças e recordações de uma Lençóis Paulista e de uma região dignas de saudades, mas principalmente, guarda trechos históricos importantes da cidade e da região. (Com Tânia Morbi)

Filho do Cel. Joaquim Anselmo Martinsdesmistifica morte de fundador de LençóisHistoriadores do desbravamento da “Boca do Sertão”, como foi chamado o interior paulista, teriam apontado como desconhecido o paradeiro de José Theodoro de Souza. Bisneto desmistifica a história e conta que Theodoro tinha raízes em Lençóis

LENHA | Antiga ‘Jardineira’ que funciona-va na cidade de Londrina, movida a gasogê-nio, um gás formado a partir da queima de carvão vegetal

FACÃO | Antonio Renato Martins recebeu a equipe do Sadabão em sua casa, em Bauru. Renato falou sobre sua origem em Alfredo Guedes/Fartura e também sobre um erro na história de seu bisavô

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EM BOREBI

Mais uma pessoa foi presa em consequência da ação es-pecial de combate ao tráfico, promovida em Borebi, na semana passada. Na quarta--feira, dia 24, J.T., 20 anos, que estava com a prisão tem-porária decretada por tráfico de drogas se apresentou na delegacia de Lençóis Paulis-ta, onde são concentradas as

Mais um é preso após ação contra tráfico

investigações. Nove pessoas já haviam sido presas no dia 18, depois do trabalho de in-teligência que incluíu a análise de conversas telefônicas entre traficantes e usuários, grava-das com autorização judicial.

Após 60 dias de inves-tigações, a Polícia Civil representou pela prisão tem-porária de 14 pessoas. No

dia da operação, nove foram detidos. No dia 19, L.A.B., 18 anos, foi preso em Borebi.

De acordo com o dele-gado Luiz Cláudio Massa, J.T. procurou a delegacia, acompanhado de seu advo-gado e, depois de prestar depoimento, foi recolhido à Cadeia Pública de Avaí. Ainda faltam dois mandados

a serem cumpridos.A partir de segunda-feira,

dia 29, ao menos 50 usuários, identificados por meio de escutas em conversas com traficantes começarão a ser ouvidos pelo delegado. De-pendendo do envolvimento de cada um, eles poderão responder por associação ao tráfico.

Policiais, viaturas do Samu e Corpo de Bombei-ros foram mobilizados por uma tentativa de suicídio que poderia acabar em uma grande tragédia. O fato ocorreu por volta da 1h de quarta-feira, dia 24, quando uma moradora de 30 anos do Jardim Prima-vera, em Lençóis Paulista, tentou suicídio, deixando o registro do botijão do gás de cozinha aberto, na ten-tativa aparentemente de se intoxicar e explodir a casa onde mora.

A Polícia Militar foi acionada ao local, onde encontrou com a morado-ra (que não teve o nome divulgado), em posse de um isqueiro e uma faca. Aparentando estar transtor-nada, a mulher alegava que se alguém tentasse entrar, ela tiraria a própria vida.

Depois de alguns conta-tos com a polícia militar, a mulher desistiu da tentati-va de suicídio e foi enca-minhada para atendimento médico no Pronto Socorro e depois liberada.

Na terça-feira, dia 23, por volta das 18h50, um jovem de 18 anos foi preso em flagrante por tráfico de drogas na Vila Baccili. A Polícia Militar realizava patrulhamento pelo bairro quando avistou três jovens em atitude suspeita em uma viela no final da Rua Pacífi-co Pasquarelli.

Ao perceber a aproxima-ção dos policiais, um dos jovens fugiu pelo matagal, e os outros dois foram revista-dos. Com autorização da tia de um deles, de 18 anos, os policiais efetuaram buscas

Rapaz de 21 anos preso por tráfico

no imóvel onde ele mora e, em seu quarto, dentro de um guarda-roupa encontraram o tijolo de maconha pesando 135 gramas.

Além da droga, a polícia apreendeu na casa um estojo com várias munições, apa-rentemente calibre 22, uma frente de rádio automotivo, um aparelho celular, uma faca e sete dólares.

O rapaz foi conduzido à delegacia, onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e depois de ouvido foi transferido para a cadeia pública de Avaí.

Mulher tenta suicídio com gás de cozinha

Um trio formado por adolescentes é acusado de tentar trocar um cheque roubado em uma agência bancária de Lençóis Pau-lista, na terça-feira, dia 23.

De acordo com infor-mações da Polícia Militar, uma jovem de 21 anos, acompanhada de duas ado-lescentes de 17 e 16 anos teria tentado, em Lençóis, trocar o cheque roubado no último sábado, dia 20, de um supermercado de Macatuba.

Durante averiguação, os policiais encontraram mais três folhas do talão de cheques roubado, uma na bolsa e outras duas es-condidas dentro do guarda--roupa na casa de uma das adolescentes.

As jovens foram enca-minhadas para a delegacia onde, após a elaboração do boletim de ocorrência por Ato Infracional (Uso de Documento Falso) e apreensão de objeto foram ouvidas e liberadas.

Trio de jovens tenta trocar cheque roubado em Lençóis Paulista

Caminhão tomba na Marechal RondonO tombamento de um ca-

minhão na rodovia Marechal

Em um evento que reuniu servidores, vereadores e di-retores da prefeitura foi rei-naugurada na terça-feira, dia 23, a Unidade de Estratégiade Saúde da Família Victório Boso, em Alfredo Guedes. A unidade estava em reforma desde março desse ano, ao custo de R$ 153 mil.

Na primeira reforma da unidade, desde que foi inau-gurada, foram construídas salas de curativo, expurgo e esterilização, em mais de 27,88 metros de área. O pro-jeto incluiu a pintura geral das áreas internas e externas, revi-são das instalações elétricas e hidráulicas, troca de pisos e revestimentos e readequação de consultórios e das salas de exames, vacina, farmácia, odontologia, recepção, sala de espera, copa e inalação.

Durante a inauguração, a família de Victorio Boso foi homenageada. Catarina Mo-relli Boso recebeu um buquê de flores da prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) e coube ao neto do homenageado, Sidney Victório Boso, fazer o discur-so de agradecimento.

A prefeita estava acompa-nhada do atual vice-prefeito Luiz Carlos Trecenti e do

Entregue reforma e ampliaçãode ESF de Alfredo Guedes

vice-prefeito eleito José An-tonio Marise. Sobre a obra, Izabel Lorenzetti ressaltou o fato de ter sido realizada com verbas de várias fontes. No to-tal, foram R$ 100 mil de uma emenda feita pelo deputado Estevão Galvão, a pedido do vereador Gumercindo Ticia-nelli Júnior, ambos do DEM; R$ 26 mil do governo estadu-al, através do Programa Quali Mais, e o restante de recursos da própria prefeitura.

Na reforma, os sanitários também receberam melhorias.

Todo o prédio foi adequado à biossegurança e ergonomia e passou a ser acessível para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, segundo a assessoria da prefeitura.

O diretor de Saúde Marcos Santarém lembrou em seu discurso que, além da unidade de ESF de Alfredo Guedes, também o prédio do bairro Maestro Júlio Ferrari, onde funciona outra equipe está em reforma, e outras duas unidades estão em construção e devem atender cerca de 20 mil pessoas, com cinco equipes de profissionais da ESF. Como parte da ação de melhorar o atendimento de saúde básica, que é de res-ponsabilidade do município, o diretor mencionou as obras da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que também está em construção, mas devido a problemas com as empresas contratadas para executar o serviço, deve ser entregue apenas durante o primeiro semestre de 2013, substituindo o atendimento

de urgência e emergência do Pronto Socorro Municipal.

A equipe do ESF é com-posta por um médico de Saú-de da Família, um cirurgião dentista, uma enfermeira, dois agentes de saúde, três agentes comunitários e um agente de conservação e limpeza. “O esforço é para que a unidade atenda quem tem direito e é o foco prin-cipal do nosso trabalho que é a população do distrito de Alfredo Guedes e dos sítios e fazendas da área rural”, afirmou a prefeita.

A fanfarra da escola Phi-lomena Briquesi Boso fez uma apresentação durante a cerimônia.

A importância da reforma para a autoestima dos funcio-nários também foi destacada pela prefeita. “Que a amplia-ção e as melhorias que hoje entregamos sejam incentivos sempre para um trabalho cada vez melhor. A cidade melho-ra quando o nosso trabalho melhora, quando a nossa de-dicação aumenta”, resumiu.

Rondon (SP 300) causou feri-mentos leves no condutor do

veículo. O acidente, na altura do quilômetro 310, do sentido

capital /interior da rodovia ocorreu por volta das 23h de domingo.

Por motivos que ainda se-rão apurados, o motorista (que não teve o nome divulgado) perdeu o controle do veículo e bateu no barranco. Em cerca de 100 metros antes do local da batida havia várias peças que, aparentemente, seriam do câmbio do veículo. Marcas no asfalto mostravam o local exa-to onde as peças teriam caído.

O caminhão seguia de Americana para Três Lago-as, transportando materiais diversos.

O motorista foi atendido no hospital Nossa Senhora da Piedade e depois liberado.

NOVA | Unidade de Saúde foi inaugurada com cerimônia oficial

Foto:Billy Mao

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POLÍTICALENÇÓIS PAULISTA, 27 DE OUTUBRO DE 2012 7

Mundo Sustentável

CAMINHANDO | Rio Lençóis poderá ter suas águas completa-mente livres de dejetos de esgotos residenciais brevemente

André Trigueiro

O Brasil é um dos países que mais gastam água ao pro-duzir bens de consumo, mas já existem iniciativas bem sucedidas para economizar.

O país precisa de muita água limpa para produzir. A quantidade não é pequena. No setor siderúrgico, por exemplo, para cada tonelada de aço são necessários 15 mil litros de água.

Uma simples calça jeans consome aproximadamente 11 mil litros de água, do plantio de algodão até a confecção. Um quilo de carne bovina, mais de 17 mil litros de água e um cafezinho leva, até chegar na xícara, 140 litros de água.

Como a água limpa se tor-nou um produto cada vez mais escasso e caro, a indústria investe em tecnologia e con-segue reaproveitar o que antes jogava fora. O resultado vai além da economia.

O Canal do Cunha é um dos rios mais poluídos do Brasil. Além do forte mau cheiro e da água escura, no rio não há oxigênio, é um ambiente hos-til à vida, mas é justamente do

Companhias transformam esgoto em água limpaA água de reúso tem características que atendem a necessidade das in-dústrias. A Cedae, no Rio, criou o maior projeto de uso industrial de água tratada de esgoto do mundo

local que sai toda água utiliza-da numa fábrica de produtos químicos na zona norte do Rio de Janeiro.

São 80 milhões de litros de água por mês. O suficiente para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes. O sistema alternativo de tratamento li-vrou a empresa da necessidade de comprar água potável. Em quase dez anos, a economia chegou a R$ 25 milhões. “Basicamente a gente tem uma economia de 30 a 40% na parte financeira”, diz o en-genheiro de produção, Pedro Henrique Lemos.

O que é descartado volta para o rio e nem lembra aquela água suja. “A água é infinita-mente melhor do que o que a gente captou porque dela já foi retirada toda a matéria orgânica, todos os sólidos em suspensão. Apenas ela carreia um pouquinho mais de sal do que a que a gente retirou”, fala o gerente operacional da Haztec, Dalva Santos.

Perto do local, fica uma das maiores estações de tratamen-to de esgoto do Brasil e tam-bém um dos mais inovadores projetos de reúso de água.

Pelo local passam dois mil litros de esgoto tratado por segundo, que seguem para o canal do Fundão e depois para a Baía da Guanabara. É água limpa, transparente, sem chei-ro e inofensiva para o meio ambiente. Mas em breve toda a água terá outro destino. Mais nobre e rentável: o maior pro-jeto de uso industrial de água tratada de esgoto do mundo.

O projeto da Cedae, Com-panhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro, prevê a construção de uma adutora com quase 50 quilômetros de extensão que sai da estação de tratamento de esgoto da Alegria, no Rio de Janeiro,

atravessa a Baía da Guana-bara por debaixo do espelho d’água, até chegar ao Com-plexo Petroquímico, que está sendo construído pela Petro-bras em Itaboraí, na região metropolitana. O contrato já foi assinado e prevê inves-timentos de R$ 1 bilhão. O sistema deve começar a operar em abril de 2015.

Mas antes de ser bombeada para o Complexo Petroquí-mico, a água ainda vai passar por outro nível de tratamento. “Qualidade excelente com o tratamento terciário, trata-mento biológico, anaeróbico, aeróbico, com membranas, então é um modelo que, com

um pequeno tratamento adi-cional poderia até ser bebido, afirma o presidente da Cedae, Wagner Victer.

O desafio de transformar esgoto tratado em água para as indústrias levou a Sabesp, a Companhia de Águas e Esgo-to de São Paulo, a investir R$ 364 milhões em parceria com a iniciativa privada no projeto Aquapolo. Uma adutora leva-rá, a partir do mês que vem, água tratada de esgoto da estação na capital paulista até o Polo Petroquímico do ABC. Dez indústrias receberão mil litros de água de reúso por se-gundo. Isso seria o suficiente para abastecer uma cidade de

500 mil habitantes.“A água de reúso tem ca-

racterísticas que atendem toda a necessidade das indústrias do Polo Petroquímico. É uma água pura, com muito poucos sais, e que não vai dar proble-ma no produção industrial, na calderaria, é uma água, diria até que em determinados pa-râmetros são mais rigorosos que a água potável”, afirma o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato.

Em 2010 foram vendidos 800 milhões de litros de água de reúso Em 2011, 1,5 bilhão de litros. Para este ano, a previsão é de 1,7 bilhão de litros com um faturamento de R$ 3 milhões.

Na conta dos técnicos da companhia, quanto maior o uso de água tratada de esgoto, menor será a pressão sobre as nascentes e mananciais que abastecem São Paulo. “Nós não temos água suficiente para atender 20 milhões de habitan-tes e o crescimento anual de 200, 250 mil habitantes por ano nos faz buscar soluções cada vez mais distantes e cada vez mais caras.

Portanto, a água de reúso é uma solução que contribui para manter o abastecimento de água potável para 21 mi-lhões de habitantes da Grande São Paulo”, explica Paulo.

Aos poucos, o Brasil vai descobrindo que a despesa com o tratamento de esgo-to, poder virar receita. Um negócio com cara de século 21. ( O Globo)

Billy Mao

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O período pede um pouco mais de ousadia de sua parte para atingir os resultados que pretende no trabalho. Favorável para iniciar projetos em equipe, mas procure escutar os outros, pois pode apren-der também. Cuide de suas atividades de rotina sem desgastar excessivamente as suas energias.

Poderá receber proposta para assumir nova função no trabalho. Não tenha medo e aceite o desafio, você vai se dar bem. Com seu dinheiro, tenha mais cuidado, evite gastos impulsivos ou tomar deci-sões sem pensar. Dê mais atenção a familiares. Com os amigos, fique longe de fofocas e discus-sões.

Contenha a sua impaciência. Não faça nada com pressa. É hora de se aperfeiçoar profis-sionalmente e ampliar os seus conhecimentos, mas cuidado com intrigas para não se indispor com seus superiores. Pessoas mais novas da família poderão precisar de sua ajuda e de seus conselhos.

Seu foco esta semana estará na vida financeira. Observando outras pessoas ou pegando dicas com ela, aprenderá a economizar, pois essa será a melhor forma de adquirir bens de maior valor. No trabalho, defenda suas ideias, mas com suavidade.Evite também se envolver em discussões.

Esta semana seu foco será a sua vida financeira. Procure economizar, pois assim poderá adquirir bens de maior valor. No trabalho, defenda suas ideias, porém, de forma suave. Deixe as preo-cupações familiares em segundo plano e cuide mais de seus próprios interesses. Envolva-se em atividades sociais ou participe de grupos voltados ao conhecimento.

Evite depender de terceiros para conseguir o que quer, acredite em sua capacidade! Boa semana para inovar em sua rotina. Procure fazer atividades diferentes em seu ambiente profissional e só terá a ganhar com isso.Para relaxar, reúna os amigos mais chegados ou faça passeios ao ar livre.

Com sua inteligência e criatividade conseguirá encontrar soluções para os problemas profissio-nais. Acredite mais em seus próprios sonhos e em sua capacidade para alcançá-los com muito e esforço pessoal, mas mantenha seus desejos em sigilo. Em família, não descuide de suas obrigações.

Poderá contar com a ajuda dos seus colegas de trabalho em suas atividades. Aproveite para trocar ideias e informações com eles. Bom momento para se dedicar a esportes de aventura. Dê mais atenção às suas vontades.Pequenas viagens estão favorecidas. Selecione melhor suas amizades.

No trabalho, compartilhe problemas e soluções com os colegas e coloque um fim ao clima de tensão. O momento é favorável para resolver assuntos complicados, expor suas preocupações e dúvidas. Divida o seu tempo entre os seus familiares e suas relações de amizade. Bom dia para agitar sua vida social, sair mais e se divertir.

Fique de olho em suas finanças e não gaste mais do que ganha. Ao contrário, procure eco-nomizar para ter dinheiro num momento de aperto.Atividades desenvolvidas em equipe tem maior chance de sucesso, porém, mantenha a dis-crição quanto as suas ambições e sonhos.

Se está pretendendo comprar algo de maior valor, convém avaliar melhor antes de decidir. Semana favorável para mudar sua forma de agir e encontrar soluções para velhos proble-mas. Não dê ouvidos a pessoas insistentes. Vai ser um bom momento para realinhar suas metas e objetivos.

Cuidado na hora de tomar decisões, a semana não está favorável para confiar apenas na sua intuição, portanto, pense bem antes de agir. No trabalho, mantenha o foco em suas tarefas e evite comentar seus planos aos demais. Entre em contato com os amigos para colocar a conversa em dia e vai se divertir.

FEIJÃO TROPEIRO TRADICIONAL

Receitaspara você!Por Paulo Campanholi [email protected]

INGREDIENTES DA RECEITA ACIMA VOCÊ ENCONTRA NO SUPERMERCADO TUPÃONDE VOCÊ ENCONTRA, ALÉM DE QUALIDADE, O MELHOR PREÇO. CONFIRA!

INGREDIENTES

200 G FEIJÃO JALO COZIDO200 G TOUCINHO PARA TORRESMO200 G LINGÜIÇA FRESCA100 G CEBOLA PICADINHA2 DENTES ALHO AMASSADOQB (QUANTO BASTE) PIMENTA BODE EM CONSERVAQB FARINHA DE MANDIOCA QB SAL 20 G CEBOLINHA

2 UNID. OVO COZIDO (ACOMPANHAMENTO)

COUVE À MINEIRA: ½ MAÇO COUVE MANTEIGA20 ML BANHA OU ÓLEOQB SALQB ALHO PICADINHO

O movimento tropeiro teve início no século XVII com a chegada dos espanhóis e portugueses às Américas. A exploração de minérios na região de Minas Gerais precisava de subsídios, e por uma questão de logística surgiu o movimento formado por tropas imensas encarregadas de transportar gado e matéria-prima às minas e enviar para o litoral o ouro por eles extraído.

Essas tropas atravessavam o país e por onde passavam deixavam rastros da vida que levavam. Os tropeiros fizeram de Sorocaba, além de uma parada para descanso de homens e animais, o principal centro mercador de tropas do Estado de São Paulo.

As condições de vida dos tropeiros não impe-diram que a culinária fosse marcada pela criativi-dade. A carne seca e salgada, como a carne de sol e o charque, era levada no lombo dos animais. A gordura utilizada era a banha de porco, proveniente da fritura do toucinho e guardada em recipientes para que ali ficasse armazenada durante a viagem. Graças ao movimento tropeiro receitas como o afo-gado, o feijão tropeiro, o arroz carreteiro e o arroz com frango (galinhada) ficaram eternizados na história do país e até hoje são preparadas, e muitas vezes incrementadas em versões contemporâneas na cozinha do brasileiro.

Modo de Preparo:1. Cozinhe o feijão com o couro do toucinho até que fique macio sem

desmanchar os grãos. Reserve.2. Para fazer o torresmo pique o toucinho e tempere-o com sal. Frite

em fogo baixo até começar a amarelar. Retire e reserve a gordura.3. Leve a linguiça para fritar em uma panela com um pouco de água

e 1 fio de óleo. Tampe a panela e cozinhe em fogo médio até que a água

seque e no óleo que restou do cozimento a linguiça doure.4. Em 2 colheres de sopa da gordura do toucinho bem quente refo-

gue a cebola, o alho e o feijão sem o caldo. Junte a pimenta e refogue mais um pouco.

5. Adicione a farinha, o torresmo e a cebolinha verde. Ajuste o sal.6. Sirva o feijão tropeiro com rodelas de linguiça, ovo cozido e

couve à mineira.

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LENÇÓIS PAULISTA, 27 DE OUTUBRO DE 2012Sua Imagem8

Fotos: Billy Mao

O evento de reinauguração da unidade de Estratégia Saúde da Família Victório Boso, em Alfredo Guedes, reuniu servidores, vereadores e diretores da prefeitura, na terça-feira, dia 23. Nas fotos, Emerson C. Carrit e o vereador Manezinho; os professores Geraldo e Lini e o empresário Luiz

Carlos Maciel, o Coquinha.

Nas fotos, jovens do Projeto Formação de Líderes, em frente à Câmara Municipal; a galeria da Câ-mara lotada para ouvir a palestra do atleta PDC Yohansson Nascimento, duas vezes medalhistas

nas Paralimpíadas de Londres e uma ciclista aproveitando do Horário de Verão.

Durante visita a Lençóis Paulista, além de congratular com candidatos que concorreram nas últimas eleições, o deputado Arnaldo Jardim aproveitou para saborear uma pizza da

Prâmio, na companhia de empresários, do atual e do futuro vice-prefeito de Lençóis Paulista