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Saberes necessários à ação: caminhos e rotas Alcenir Soares dos Reis Alberth Sant’Ana da Silva Rogério Luís Massensini Introdução Em razão da necessidade de identificar e buscar a informação que nos é necessária bem como entender os direitos e deveres como cidadãos, elementos discutidos no texto “Informação e cidadania: conceitos e saberes necessários à ação” constante do livro no qual este material se encarta, considerou-se relevante revisitar os aspectos discutidos, a partir do registro legal – o direito à informação e à cidadania – conforme consta na Constituição Brasileira e, a partir desses elementos, nomear a combinação dessas referências como cidadania informacional. Assim, em face dessa perspectiva indicam-se os dispositivos legais disciplinadores dos direitos à informação e à cidadania, de forma que, a partir de duas realidades emblemáticas – a obtenção de informação para saúde, a partir da experiência de mães com filhos com paralisia cerebral e a dimensão de informação e de suas potencialidades, a partir da formação pelos telecentros, conforme se realiza no Centro Vocacional Tecnológico Henfil – possa se apresentar as alternativas e os caminhos para o exercício de ação cidadã. Diante dessa perspectiva e com base nos dispositivos legais relativos à informação e à cidadania, formula-se a seguir o que se compreende como cidadania informacional. Assim, vejamos: Cidadania informacional: É um processo social que se efetiva no âmbito das práticas sociais e que exige a atuação do individuo como sujeito, e requer, para sua efetividade, que esse atue de forma plena no exercício de sua cidadania, de forma que, no curso de suas ações, seja capaz de apreender e confrontar as distintas informações que circulam no âmbito da vida social e possa exercer, de

Saberes necessários à ação: caminhos e rotas · telecentros, conforme se realiza no Centro Vocacional Tecnológico Henfil – possa se apresentar as alternativas e os caminhos

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Page 1: Saberes necessários à ação: caminhos e rotas · telecentros, conforme se realiza no Centro Vocacional Tecnológico Henfil – possa se apresentar as alternativas e os caminhos

Saberes necessários à ação: caminhos e rotas

Alcenir Soares dos Reis

Alberth Sant’Ana da Silva

Rogério Luís Massensini

Introdução

Em razão da necessidade de identificar e buscar a informação que nos é necessária bem

como entender os direitos e deveres como cidadãos, elementos discutidos no texto “Informação e

cidadania: conceitos e saberes necessários à ação” constante do livro no qual este material se

encarta, considerou-se relevante revisitar os aspectos discutidos, a partir do registro legal – o

direito à informação e à cidadania – conforme consta na Constituição Brasileira e, a partir desses

elementos, nomear a combinação dessas referências como cidadania informacional.

Assim, em face dessa perspectiva indicam-se os dispositivos legais disciplinadores dos

direitos à informação e à cidadania, de forma que, a partir de duas realidades emblemáticas – a

obtenção de informação para saúde, a partir da experiência de mães com filhos com paralisia

cerebral e a dimensão de informação e de suas potencialidades, a partir da formação pelos

telecentros, conforme se realiza no Centro Vocacional Tecnológico Henfil – possa se apresentar as

alternativas e os caminhos para o exercício de ação cidadã.

Diante dessa perspectiva e com base nos dispositivos legais relativos à informação e à

cidadania, formula-se a seguir o que se compreende como cidadania informacional.

Assim, vejamos:

Cidadania informacional: É um processo social que se efetiva no âmbito das práticas sociais e que

exige a atuação do individuo como sujeito, e requer, para sua efetividade, que esse atue de forma

plena no exercício de sua cidadania, de forma que, no curso de suas ações, seja capaz de apreender

e confrontar as distintas informações que circulam no âmbito da vida social e possa exercer, de

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forma crítica, uma participação autônoma nos diferentes espaços em que se encontra inserido

(REIS, 20061).

Assim, em decorrência dos aspectos acima indicados, aponta-se a seguir as alternativas

para obtenção de informação em relação à saúde bem como no que se refere ao processo

informacional propiciados no âmbito dos telecentros.

Informação, paralisia cerebral e solidariedade em rede: as experiências

maternas em perspectiva

Conforme apontado anteriormente por Reis (2006) e em face do resultado da dissertação

intitulada “Informação, paralisia cerebral e solidariedade em rede: as experiências maternas em

perspectiva” desenvolvida pelos autores Silva e Reis(2009)2 ficou patente que a informação, na

realidade das mães com filhos com paralisia cerebral, exerce uma importante contribuição e papel

no contexto de suas vidas. A pesquisa revelou a centralidade de atuação das mães na busca pelo

entendimento do “problema de saúde” de suas crianças e se esforçam, de forma significativa, para

obterem orientações e alternativas capazes de amenizar ou de solucionar essa questão.

Nesse sentido, podemos nomear a mobilização dessas mulheres – mães pela busca de

conhecimento como um percurso informacional, que se efetiva conforme as seguintes etapas: 1)

conscientização do diagnóstico da criança; 2) investimento em programas de reabilitação nas

instituições especializadas; 3) assimilação e interiorização da condição de saúde do filho; 4)

aceitação e superação das dificuldades.

Vejamos, assim, os pontos centrais que estão presentes em cada uma dessas etapas:

• Conscientização do diagnóstico da criança: Independente das circunstâncias nas quais

pode ocorrer a paralisia cerebral (pré, peri, ou pós-natal), as mulheres-mães, a fim de

compreenderem as causas que explicam esse diagnóstico, procuram informações e esclarecimentos

principalmente com os especialistas da área da saúde.

1 REIS, Alcenir Soares. Ação bibliotecária da ECI no Vale do Jequitinhonha: uma proposta de cidadania informacional. PROEX/UFMG. 2006. 2 SILVA, Alberth Sant´Ana Costa da. Informação, paralisia cerebral e solidariedade em rede: as experiências maternas em perspectiva. Orientadora: Alcenir Soares Reis. 2009. 192 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

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• Investimento em programas de reabilitação nas instituições especializadas: A obtenção das

informações e dos esclarecimentos conduz as mães a um processo de entendimento de que a

condição de saúde apresentada pelas crianças poderá requerer um acompanhamento contínuo de

profissionais de diversas áreas como: neurologia; pediatria; ortopedia; fisioterapia; terapia

ocupacional; fonoaudiologia; nutrição, dentre outras.

• Assimilação e interiorização da condição de saúde do filho: A dimensão de assimilação e

de interiorização da condição de saúde dos filhos é certamente construída pelas interações

estabelecidas entre as mães, a equipe técnica e também por intermédio das trocas de experiências e

de vivências entre as próprias mães que se encontram nos espaços e horários de atendimentos

institucionais.

• Aceitação e superação das dificuldades: Encontra-se presente na situação vivenciada pelas

mães um processo de frustração pela perda do filho idealizado e um posicionamento que revela

um amor incondicional. Assim, essas mães são capazes de superar esta realidade e vivenciam uma

aceitação que promove o reconhecimento das deficiências oriundas da paralisia cerebral.

Cabe enfatizar, no percurso informacional apresentado, um significativo processo de

aprendizagem, por parte das mães, que está presente em todas as etapas. Dessa forma, elas vão

construindo uma habilidade de “driblar” os obstáculos presentes nas diferentes situações: a falta

de assistência do companheiro/pai da criança; a escassez de recursos financeiros; as barreiras

arquitetônicas; a inexistência de acessibilidade aos transportes coletivos públicos; o preconceito e a

discriminação da sociedade e dos próprios membros da família. No âmbito desta realidade a

informação se constituiu como um instrumento fundamental no processo de conscientização da

condição de saúde do filho. Mediante a informação, as mães puderam assimilar as múltiplas

dimensões que o diagnóstico de paralisia cerebral provoca na vida da criança em seu contexto

familiar e social, e aprenderam como superar as adversidades e adotar mecanismos e alternativas

que promovam a maximização das potencialidades e das habilidades inerentes dos filhos.

Em razão desse processo de construção de conhecimento a informação promoveu uma

transformação social na vida dessas mulheres que empreenderam diferentes e múltiplas ações e,

portanto, efetivaram uma batalha diária e intransigente pela promoção, defesa e garantia dos

direitos de cidadania dos seus filhos.

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Em razão desta experiência e tendo em vista o contexto de Belo Horizonte, incluindo a

região metropolitana, apresentam-se algumas informações utilitárias que poderão auxiliar na

solução de questões presentes no cotidiano de outras mulheres em situação similar, na defesa de

direitos de cidadania de seus filhos.

Sendo assim, apresentaremos essas informações dentro da perspectiva dos serviços e dos

programas desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, pela Secretaria

do Estado de Desenvolvimento Social e por algumas instituições e Organizações Não

Governamentais (ONGs) voltadas para a atenção da criança com paralisia cerebral.

Assim, vejamos:

A – Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte organiza os serviços de saúde em nove

distritos sanitários que correspondem às administrações regionais da Prefeitura de Belo Horizonte.

Esses Distritos Sanitários têm definido o espaço geográfico, populacional e administrativo de sua

abrangência e cada Distrito é composto de unidades básicas (centros de saúde), unidades

secundárias (como as Policlínicas e os Centros de Referência em Saúde Mental, por exemplo),

unidades de urgência/emergência (Unidades de Pronto Atendimento - UPAs), além da rede

hospitalar pública e contratada. Os centros de saúde, por sua vez, possuem área de abrangência

definida e estão divididos por regionais.3

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, as pessoas com

deficiência e as que precisam de tratamento de reabilitação - como fisioterapia, fonoaudiologia e

terapia ocupacional - contam com três serviços públicos de reabilitação na capital, a saber: Centro

de Reabilitação (CREAB) da Unidade de Referência Secundária Sagrada Família, Serviço de

Reabilitação da Unidade de Referência Secundária (URS) Padre Eustáquio e Centro Geral de

Pediatria (CGP).

3 Para conferir a relação dos Centros de Saúde por Regional, endereço e localização acessar o link:

http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=e

nderecos&tax=16053&lang=pt_BR&pg=6300&taxp=0&

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A divisão dos atendimentos por regional está representada na FIG. 1 que está abaixo:

FIG. 1: Relação de atendimento por regionais

É importante esclarecer que o paciente que tiver indicação médica para o tratamento de

reabilitação deve comparecer a um dos centros conveniados que atende na regional de sua

residência, com encaminhamento médico

Segue abaixo os endereços dessas unidades que se

atendimento em reabilitação, concessão de bolsas de ostomia

meios auxiliares de locomoção, cadeira de rodas e próteses au

serviços prestados.5

4 Ostomia é um procedimento cirúrgicoaparelho respiratório, urinário, ou outro qualquer, e a abertura de um orifício externo, por onde o tubo será ligado. 5Para conhecer a relação de bairros por rutilitaria-1/bairros-relacao-por-regionais

tos por regional está representada na FIG. 1 que está abaixo:

FIG. 1: Relação de atendimento por regionais

É importante esclarecer que o paciente que tiver indicação médica para o tratamento de

reabilitação deve comparecer a um dos centros conveniados que atende na regional de sua

residência, com encaminhamento médico - público ou particular - para a marcação d

Segue abaixo os endereços dessas unidades que se constituem como referências para o

atendimento em reabilitação, concessão de bolsas de ostomia4, órteses e próteses ortopédicas,

meios auxiliares de locomoção, cadeira de rodas e próteses auditivas e regulação assistencial dos

procedimento cirúrgico que consiste na desconexão de algum trecho do tubo digestivo, do aparelho respiratório, urinário, ou outro qualquer, e a abertura de um orifício externo, por onde o tubo será

Para conhecer a relação de bairros por regional acesse o link: http://ajudabeaga.objectis.net/informacaoregionais

tos por regional está representada na FIG. 1 que está abaixo:

É importante esclarecer que o paciente que tiver indicação médica para o tratamento de

reabilitação deve comparecer a um dos centros conveniados que atende na regional de sua

para a marcação da consulta.

constituem como referências para o

, órteses e próteses ortopédicas,

ditivas e regulação assistencial dos

na desconexão de algum trecho do tubo digestivo, do aparelho respiratório, urinário, ou outro qualquer, e a abertura de um orifício externo, por onde o tubo será

ectis.net/informacao-

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• O CREAB Sagrada Família atende às Regionais Leste, Nordeste e Venda Nova. Endereço:

Rua Joaquim Felício 141, Sagrada Família. Telefone: 3277-7620

• O CGR atende às Regionais Barreiro, Centro-Sul, Pampulha e Norte. Endereço: Rua

Domingos Vieira, 463, Santa Efigênia. Telefone: 3277-9841

• A URS Padre Eustáquio atende às Regionais Noroeste e Oeste. Endereço: Rua Padre

Eustáquio, 1951, Padre Eustáquio. Telefone: 3277-7113

Programa de atenção à pessoa com deficiência

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), através da Coordenadoria de

Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência (CASPD), tem como objetivo formular, implantar,

avaliar e acompanhar as políticas públicas de saúde destinadas à prevenção de deficiências e à

promoção da saúde da pessoa com deficiência, buscando oferecer assistência integral ao paciente,

bem como melhorias na qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS-MG).6

B – Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social

A Secretaria do Estado do Desenvolvimento Social (SEDESE) realiza as seguintes ações e

programas voltados para as pessoas com deficiência:

• Realização de palestras relacionadas à temática da deficiência;7

• Orientação e informações sobre direitos e benefícios para pessoas com deficiência;8

• Cadastramento de empresas e pessoas físicas interessadas na contratação de pessoas com

deficiência;9

6Para obter mais informações acesse o link: http://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/programa-de-atencao-ao-deficiente 7 http://www.social.mg.gov.br/index.php/palestras-caade.html 8 http://www.social.mg.gov.br/index.php/orientacao-e-informacoes-sobre-direitos-e-beneficios-para-pessoas-com-deficiencia.html

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• Encaminhamento para processo de pagamento do seguro-desemprego para pessoas com

deficiência;10

• Intermediação de mão de obra para pessoas com deficiência que recebem o Benefício de

Prestação Continuada;11

• Membros de famílias que recebem o Bolsa Família;12

• Em situação de dependência de outras pessoas;13

• Em situação de abandono.14

Na SEDESE há uma Coordenadoria Especial de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência

– CAADE - que tem como finalidades incentivar, apoiar, monitorar e avaliar ações das diferentes

políticas públicas estaduais, bem como, no âmbito da SEDESE, coordenar e executar essas

políticas, visando o atendimento das necessidades de pessoas com deficiência. 15

A SEDESE também Coordena o Programa de Atendimento Especializado – UAE que foi

criado pela Resolução nº 004/1996, tendo sido alterada pela Resolução nº 69/2003 da Secretaria

de Estado de Desenvolvimento Social – SEDESE.

De acordo com a SEDESE, o UAE atende gratuitamente crianças e adolescentes de baixa

renda e com necessidades especiais, que apresentem sequelas de paralisia cerebral com atraso no

desenvolvimento neuropsicomotor e outras síndromes. O atendimento é realizado por 34 clínicas

credenciadas em Belo Horizonte, Contagem, Mateus Leme, Itabirito e Carmo da Mata,

realizando, mensalmente, cerca de 20 mil atendimentos atingindo um público de

aproximadamente duas mil crianças. São oferecidos serviços nas áreas de psicologia, pedagogia,

fonoaudiologia, psicopedagogia, terapia ocupacional e fisioterapia para crianças e adolescentes de

até 21 anos. Esses serviços possibilitam às crianças e adolescentes uma participação mais efetiva e

9 http://www.social.mg.gov.br/index.php/vaga-emprego-deficiente.html 10 http://www.social.mg.gov.br/index.php/seguro-desemprego-pessoas-deficiencia.html 11 http://www.social.mg.gov.br/index.php/cras-subas.html 12 http://www.social.mg.gov.br/index.php/cras-subas.html 13 http://www.social.mg.gov.br/index.php/cras-subas.html 14 http://www.social.mg.gov.br/index.php/sedese-creas.html 15Para conhecer as competências da CAADE acesse o link: http://www.social.mg.gov.br/index.php/caade.html Para obter a estrutura da CAADE acesse o link: http://www.social.mg.gov.br/index.php/caade.html

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potencializada na comunidade, na escola e na família.

O encaminhamento ao programa é feito pelas escolas municipais e estaduais, conselhos

tutelares, juizados e centros de saúde. O credenciamento de clínicas é realizado com divulgação

feita no jornal Minas Gerais e no site da SEDESE. Ressalta-se a importância da UAE, relatada

pelas famílias, como a melhoria na aprendizagem, mudanças positivas no relacionamento familiar

e social, melhoria na fala e no desenvolvimento motor e social.

Veja abaixo a relação das 34 clínicas credenciadas:

# Nome da Clínica Endereço/Contatos

1 AGI – Assistência Grupal

Interdisciplinar LTDA

Rua Zurick,340 – Bairro Calafate - Belo

Horizonte - MG

Contato – 3332-3322

2 AME – Assistência ao Menor e

Especializada LTDA

Rua Maura, 749 – Ipiranga

Belo Horizonte – MG

Contato: 3425 - 4136

3 AMR – Associação Mineira de

Reabilitação

Rua Professor Octaviano Coelho de Magalhães,

11 - Mangabeiras - Belo Horizonte – MG

Contato: 3304-1315 /3273-2454

4 Associação Freiras Filhas de Nossa Senhora

do Monte Calvário (INSTITUTO

SANTA INÊS)

Avenida do Contorno, 9384 – Barro Preto -

Belo Horizonte – MG

Contato: 3045-5245

5 Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais de CARMO DA MATA

Rua Virgílio Silveira, 244 – Centro - Carmo da

Mata – MG

Contato: 31 37 3383 -1022

6 Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais de ITABIRITO

Rua Dr. Eurico Rodrigues, 378 – Praia -

Itabirito – MG

Contato: (31) 3651-2728

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7 Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais de JUATUBA

Rua Rio de Janeiro, 390

Juatuba – MG

Contato: (31) 3535-8891

8 Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais de MATEUS LEME

Rua Evaristo Martins Diniz, 10 – Central -

Mateus Leme - MG

Contato: (31) 3535-1793

9 Associação de Proteção ao Excepcional

(APEX)

Rua Platina, 165 – Prado

Belo Horizonte – MG

Contato: 3291-7101

10 Casinha DENGO DENGO Escola

Especializada LTDA

Avenida Portugal, 2193 - Santa Amélia - Belo

Horizonte - MG

Contato: 3441-8585

11 CENEPSI - Centro Neuropsicopedagogia

infantil LTDA

Rua Rafael Magalhães, 277 - Santo Antônio

Belo Horizonte – MG

Contato: 3344-0555

12 CENAPSI - Centro Assistencial Carlos

Prates LTDA

Rua Corumbá, 224 Carlos Prates

Belo Horizonte - MG

Contato: 3278-1614

13 Centro Educacional da FLORESTA

LTDA

Rua Bernardo Guimarães, 3048 - Barro Preto

Belo Horizonte – MG - Contato: 3292-3749

14 Centro PSICO MEDICO

Rua Manaus, 373 - Santa Efigênia - Belo

Horizonte - MG

Contato: 3241-3410

15 CIAP – Centro Integrado Atendimento

Psico Pedagógico s/c LTDA

Rua Timbiras, 2838 - Barro Preto

Belo Horizonte - MG

Contato: 3335-7246

16

Clínica ANALÍTICA LTDA

Rua dos Otoni, 47- Santa Efigênia - Belo

Horizonte - MG

Contato: 3241 44 41 / 3241-3546

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17 Clínica Médica e Psico-pedagogia

BARREIRO LTDA

Rua Hoffman, 654 A – Teixeira Dias - Belo

Horizonte - MG

Contato: 3381-1152

18 Clinica TRATE Centro de Especialidades

LTDA

Avenida João César de Oliveira, 1007 Sala 05

Eldorado – Contagem – MG

Contato:3395-2702/ 3395-3971

19 CONSULTÓRIO de Avaliação Bio Psico

Social LTDA

Rua Felisberta Francisca de Carvalho, 659

Glória

Contagem - MG

Contato:3352- 2944

20 CPA – Clínica de Psicologia Aplicada

LTDA

Rua Teodoro de Abreu, 132 - Nova Suíça, Belo

Horizonte – MG

Contato: 3371-6199

21 CPI – Clínica de Psicologia Infantil

LTDA

Rua dos Guajajaras, 1067 A Barro Preto, Belo

Horizonte – MG

Contato:3292-3484

22 CTP – Centro de Tratamento Preventivo

LTDA

Rua Niquelina, 691 – Santa Efigênia

Belo Horizonte – MG

Contato: 3484-6679

23 EQUIPE de Assistência Psico Pediátrica

LTDA

Rua Ouro Preto, 595 - Barro Preto - Belo

Horizonte - MG

Contato: 3295-5422

24 EXTRATIVIDADE – Centro Pedagógico

LTDA

Avenida Amazonas, 2904 Loja 608 – Prado -

Belo Horizonte – MG

Contato: 3334-2322

25 FONO – Centro Médico psicológico de

Diagnóstico e Tratamento LTDA

Avenida dos Andradas, 2278 – S. 201/ 202 -

Santa Efigênia - Belo Horizonte – MG

Contato: 3241-6826 / 3214-0572

26 Instituto de Aconselhamento e

Psicoterapia INACOP

Rua dos Guajajaras, 1607 A - Barro Preto - Belo

Horizonte – MG - Contato: 3335-8393

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27 Instituto de Aplicação Bio-Psicológica

INAPLIC LTDA

Rua Pouso Alegre, 2758 – Horto

Belo Horizonte – MG

Contato: 3461-4111

28 Instituto de Atendimento Bio-Psico

Pedagógico LTDA – IABPP

Rua Junquilhos, 553 – Bairro Nova Suissa -

Belo Horizonte – MG - Contato: 3373 - 3333

29 Instituto Presidente ROOSEVELT

Avenida Montese, 195 – Itapoá

Belo Horizonte – MG

CEP: 31.710-100 –

Contato: 3495-4622

30 Instituto WALT DISNEY LTDA

Rua Manaus, 373 - Santa Efigênia - Belo

Horizonte – MG

Contato: 3241-4851

31

PSICLINICA Clínica de Psicologia LTDA

Rua Rio Grande do Norte, 337 – Funcionários -

Belo Horizonte – MG - Contato: 3222-4082

32 SINTONIA – Centro de Atendimento a

Criança e ao Adolescente LTDA

Avenida Bernardo Monteiro, 95 – Floresta -

Belo Horizonte – MG

Contato: 3222-2010

33 VIVÊNCIA LTDA

Rua Uberaba, 370 – Salas 806/807 - Belo

Horizonte – MG

Contato: 3335-9819

34 VIVER Clínica de Psicologia LTDA

Rua Etiene de Castro, 60 A – Serra - Belo

Horizonte – MG-

Contato: 3281-4523

Outras instituições de atendimento na área de reabilitação infantil:

• Sarah Belo Horizonte

Endereço: Avenida Amazonas, 5953 – Gameleira.

Telefone: (31) 3379-2600

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Site: http://www.sarah.br/paginas/atendimento/po/index.htm

• Ambulatório Bias Fortes/Universidade Federal de Minas Gerais

Endereço: Alameda Álvaro Celso, 175 - Santa Efigênia. Telefone:

(31) 3409-9525

Alguns sites interessantes de Organizações Não Governamentais (ONGs):

CEDIPOD - O Portal da Cidadania da Pessoa com Deficiência

Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência - Rui Bianchi do

Nascimento. Tem como proposta de trabalho a criação de material informativo para as entidades

de pessoas com deficiência e para a sociedade.

Site: http://www.cedipod.org.br/

Rede Saci

A Rede SACI atua como facilitadora da comunicação e da difusão de informações sobre

deficiência, visando estimular a inclusão social e digital, a melhoria da qualidade de vida e o

exercício da cidadania das pessoas com deficiência.

Site: http://www.saci.org.br/

Inclusão digital no Centro Vocacional Tecnológico Henfil: uma leitura sob a

ótica do capitalismo informacional

Apresenta-se a seguir, de maneira sucinta, as atividades e caminho realizados por aqueles

que buscam se preparar, nos telecentros, para o mercado de trabalho, a partir da análise realizada

em pesquisa de campo publicada por Massensini e Reis (2010). Apresenta-se o trajeto realizado

por muitos, como oportunidade de se desenvolverem para o mercado de trabalho e para a vida. E,

ainda, as atividades praticadas nos telecentros enquanto espaços oportunos para a construção de

novos conhecimentos e a realização de novas conexões para a rede social, que se mostra

importante na vida dessas pessoas que buscam transformar as suas vidas. Percebe-se nesse

movimento o papel do Estado enquanto espaço de políticas públicas que sejam capazes de

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promover a oportunidade de transformação e os resultados dos telecentros, que são frutos dessas

políticas. Há a participação da sociedade civil por meio dos telecentros disponibilizados pelas

ONG’S que também realizam um papel importante nesse processo de inclusão do sujeito. Na era

da informação, muitos são os sites públicos e privados que disponibilizam informações utilitárias

aos cidadãos e que auxiliam na solução de problemas do dia a dia. Afinal, as informações sociais

utilitaristas têm o conhecimento, as habilidades e as ações conscientes como essenciais para uma

carreira sólida no mercado de trabalho.

Preparação para o mercado de trabalho em telecentros: inclusão digital

Nós somos produtores de informações sociais capazes de transformar nossas vidas e

construir soluções para problemas surgem no cotidiano devido à complexidade que é a vida. Mas,

por vezes, o não acesso a essas informações sociais fazem das pessoas, nas cidades, indivíduos

marginalizados.

Assim, o acesso à educação é imprescindível nesse processo de construção da cidadania,

pois se defende que é a partir da sua promoção que o indivíduo se faz sujeito e constrói a

qualidade de cidadão por meio dos direitos civis, políticos e sociais, combatendo a desigualdade

social16.

Esses direitos estão presentes na Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988,

em que no Título I – Dos Princípios Fundamentais, Art. 1° [...], constitui-se em Estado democrático

de direito e tem como fundamentos: II – a cidadania (1988, p.5).

Quanto ao acesso à informação, no Título II – Dos direitos e garantias fundamentais,

Capítulo I – Dos direitos e deveres individuais e coletivos, Art. 5° [...]: XIV – é assegurado a todos o

acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XXXIII

- todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse

coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas

cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (1988, p.5-6).

E, referente aos direitos sociais, no Título II – Dos direitos e garantias fundamentais,

Capítulo II – Dos direitos sociais, Art. 6° São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a

16 Ver modelos educacionais como o Science, Technology, Society & Environment – STSE (Disponível em: <http://webspace.oise.utoronto.ca/~benczela/STSEEd.html>, acessado em: 05 de dezembro de 2010) entre outros que valorizam o desenvolvimento educacional para refletir na promoção da cidadania.

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moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência

aos desamparados, na forma desta Constituição (1988, p.7).

Desse modo, percebe-se que a Constituição do Brasil17 profere sobre os direitos

necessários a construção da cidadania, promovendo, em seu tempo e espaço, condições para se

realizar a inclusão do indivíduo marginalizado.

O ato de estar informado sobre os seus direitos e deveres presentes na Constituição de

1988 faz do indivíduo um sujeito participativo e consciente de suas ações.

No entanto, muitos ainda são os indivíduos que não podem ser considerados sujeitos

letrados, aptos para lidar com a informação disponível, inclusive em formato digital na internet18.

Esses se encontram a margem do processo político social, pois são iletrados informacionais.

A dificuldade posta àqueles que se encontram inaptos para lidar com as informações

disponíveis, mas não acessíveis por falta de determinados conhecimentos necessários ao processo

de buscar, acessar e tratar as informações emperra o desenvolvimento da qualidade de cidadão.

Assim, o letramento informacional corresponde aos termos informação e cidadania, uma vez que

trata do processo de ensino-aprendizagem, posto como pré-requisito aos direitos civis, políticos e

sociais, na cidadania e, também, da informação presente nas redes sociais.

Os exemplos são diversos para situações as quais estão expostos os indivíduos iletrados

informacionais. Afinal, vive-se a promoção da Sociedade da Informação, onde a transição de

muitos serviços públicos para o espaço digital, que exige o letramento informacional do

indivíduo, para buscar determinadas informações no ciberespaço, demonstra a marginalização

desse indivíduo.

Pensar o indivíduo em preparação para o mercado de trabalho por meio dos telecentros de

inclusão digital é visualizar os conflitos presentes nas vidas das pessoas que necessitam de

informação na construção da cidadania plena, para combater a desigualdade social.

Informação e cidadania são termos que se complementam na estrutura social, onde ambos

dizem respeito à qualidade de cidadão, em que o sujeito está no gozo de seus direitos civis,

políticos e sociais.

17 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm 18 Ver vídeos e o Guia para Uso Responsável da Internet desenvolvido pelo Comitê de Democratização da Internet – CDI (Disponível em: <http://www.internetresponsavel.com.br/criancas/videos.php>, acessado em: 05 de dezembro de 2010).

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Para tanto, o sujeito na qualidade de cidadão precisa ter acesso à educação, à saúde, à

moradia, à alimentação, ao emprego, ao transporte, entre outros serviços básicos a uma vida

digna, como também possuir acesso à informação que é enxergada, na atual sociedade, como pré-

requisito para o estado de cidadão pleno.

Faz-se necessário, portanto, a promoção de sistemas públicos de formação que

desenvolvam o letramento informacional e a manutenção da qualidade de cidadão.

Assim, o letramento informacional corresponde aos termos informação e cidadania, uma

vez que trata do processo de ensino-aprendizagem, posto como pré-requisito aos direitos civis,

políticos e sociais, na cidadania e, também, da informação presente nas redes sociais, onde os

indivíduos iletrados ou inaptos para lidar com as informações disponíveis, mas não acessíveis,

sofrem o impacto de uma sociedade capitalista desigual.

Desse modo, a promoção do letramento informacional, principalmente em espaços

públicos, torna-se fundamental para que esses indivíduos iletrados possam participar de um

programa social de inclusão capaz de socializar conhecimentos importantes para a construção da

cidadania.

Nesse contexto, os telecentros apresentam-se como espaços importantes para transformar

a vida das pessoas que neles buscam formação e acesso às informações necessárias no dia a dia,

para a construção da qualidade de cidadão.

Os programas sociais de inclusão digital realizados, em especial, pelo setor público federal,

estadual e municipal têm atingido os diversos espaços sociais, para promoção da inclusão social

daqueles que se encontram principalmente em espaços carentes de serviços públicos. São regiões

que apresentam baixo índice de desenvolvimento humano (IDH).

Atualmente existem 94 programas, de inclusão digital, cadastrados junto ao Observatório

Nacional de Inclusão Digital19, sendo que desses programas 74 são públicos e 25 são sociedade

civil.

O que se pode perceber, a partir da pesquisa realizada no Centro Vocacional Tecnológico

Henfil em Ribeirão das Neves, como telecentro que atende a cidade na Região Metropolitana de

Belo Horizonte, é a inclusão nesse espaço de socialização que procura promover o preparo para o

mercado de trabalho.

19 http://www.onid.org.br/portal/programas/

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No entanto, essas regiões que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano –

IDH, disponível no Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento – PNUD20 o acesso às

informações digitais no Boletim Informativo sobre as eleições, por meio do site do Tribunal

Superior Eleitoral21; informações sobre benefícios previdenciários disponíveis na Agência

Eletrônica da Previdência Social22; sobre Atestado de Antecedentes Criminais, no site da Polícia

Civil de Minas Gerais23; sobre horários de ônibus, disponível no site da BHTRANS24; vagas de

cursos em telecentros, por meio da Lista de Telecentros disponível no site do Observatório

Nacional de Inclusão Digital25 – ONID; entre outros milhares disponíveis e que não são

acessadas por milhares de indivíduos, pois esses estão inaptos a utilizar o espaço digital, onde se

encontram localizadas. Assim, os telecentros podem contribuir para a prática dos direitos civis,

políticos e sociais, como forma de obtenção dos direitos de cidadania.

Os cursos ministrados em telecentros mineiros26, como o Centro Vocacional Tecnológico

Henfil em Ribeirão das Neves27, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, são entendidos

como importantes na preparação para se conquistar um emprego no mercado de trabalho, pois os

cursos de introdução à informática, digitação, internet, como também telemarketing, auxiliar

administrativo e outros aparecem nas exigências básicas para muitas vagas de emprego.

Desse modo, associado à inclusão digital dos usuários há a inclusão social por meio de

outras atividades e cursos que acontecem no telecentro, em Ribeirão das Neves, promovendo um

espaço de socialização dos conhecimentos técnicos e experiências de vida, em que ambos se

tornam de extrema importância na formação desses sujeitos.

A preparação para o mercado de trabalho, como possibilidade de transformação social da

realidade carente a qual convivem os moradores das periferias das regiões metropolitanas,

apresenta-se como oportunidade para muitos, devido à carência de serviços públicos

principalmente nessas áreas.

Serviços públicos gratuitos, ofertados a comunidade carente, são recebidos por esses como

caminhos para se transformar a realidade social individual e coletiva, promovendo conhecimentos

20 http://www.pnud.org.br/atlas/ 21 http://www.tse.gov.br/eje/html/bieje.html 22 http://www.previdenciasocial.gov.br/ 23 https://wwws.pc.mg.gov.br/atestado/solicitarsel.do?evento=x&fwPlc=s 24 http://servicosbhtrans.pbh.gov.br/bhtrans/servicos_eletronicos/transporte_qh.asp 25 http://www.onid.org.br/lista/ 26 http://www.inclusaodigital.mg.gov.br/portal/index.php?sec=2%3e 27 http://www.neves.mg.gov.br/ribeiraodasneves/templates/interna_noticia?id_sessao=8&id_noticia=415

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importantes ao processo de inserção ao mercado de trabalho, o que contribui para o

desenvolvimento do letramento informacional pelos telecentros.

A busca pela formação para o primeiro emprego, incentivado pela família, representada

principalmente pela mãe, apresenta as aspirações profissionais e educativas que esses indivíduos,

marginalizados em municípios como Ribeirão das Neves, tem para transformar a sua realidade

social, deixando para trás histórias de violência doméstica e urbana, drogas entre outras condições

adversas.

Desse modo, os telecentros tornam-se espaços de formação do sujeito e de

desenvolvimento do letramento informacional, que considera os níveis de acesso à infraestrutura,

ao equipamento, ao treinamento, a capacitação e ao uso crítico da informação, importante

ferramenta que contribui para a produção cultural local, entre outros espaços como o projeto Viva

Rio28.

A busca em promover centros ou pontos de cultura também pode ser visualizada na

Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, por meio do projeto Cultura Digital,

que tem por objetivo principal:

[...] oferecer mecanismos e estímulos para promover a transformação das pessoas em agentes ativos na cadeia de criação, produção e circulação de informação, a partir do uso de novas e velhas tecnologias de comunicação. Aqui a tecnologia é vista como meio – não como um fim em si própria – e, dessa maneira, o que importa de fato são as pessoas, a apropriação, o uso e a inter-relação com o coletivo e a tecnologia do uso do computador (CULTURA, 2010)29.

Afinal, esses espaços de socialização correspondem a centros ou pontos de cultura e

promoção social responsáveis, por vezes, pelo desenvolvimento da comunidade local e, portanto,

importantes para a sociedade como produtores de cultura informacional.

Tais espaços de socialização do conhecimento se propagam pela internet, também, por

meio de sites que disponibilizam artigos, vídeos e outras mídias importantes para o

desenvolvimento da cultura informacional. A seguir, disponibilizamos alguns endereços

eletrônicos, com ideias pertinentes ao debate.

Endereços eletrônicos referentes às políticas de inclusão digital:

• Portal Inclusão Digital

28 http://www.vivario.org.br/ 29 BRASIL. MINISTÉRIO DA CULTURA. Secretaria de Cidadania Cultural. Acesso em 16 de Dez. 2010. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/culturaviva/category/cultura-e-cidadania/cultura-digital/> Ver também sobre software livre em: <http://www.softwarepublico.gov.br/ListaSoftwares>

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Link: http://www.inclusaodigital.gov.br/

• Governo Eletrônico

Link: http://www.governoeletronico.gov.br/

• GESAC

Link: http://www.gesac.gov.br/

• Ministério da Ciência e Tecnologia

Link: http://www.mct.gov.br/

• Software Livre

Link: http://www.softwarelivre.gov.br/

• Comitê Gestor da Internet

Link: http://www.cgi.br/

• Centro de Estudos sobre uso da Tecnologia de Informação e de Comunicação

Link: http://www.cetic.br/

• Ministério das Comunicações

Link: http://www.mc.gov.br/

• Ministério da Cultura

Link: http://www.cultura.gov.br/

Endereços eletrônicos referentes aos telecentros:

• Observatório Nacional da Inclusão Digital

Link: http://www.onid.org.br/

• Inclusão Digital Brasil

Link: http://www.idbrasil.org.br/

• Comitê da Democratização da Internet

Link: http://www.cdi.org.br/

• Associação Nacional da Inclusão Digital

Link: http://www.anid.com.br/

• Centro de Inclusão Digital e Social

Link: http://www.cids.org.br/

• Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital

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Link: http://www.abcid.org.br/

• Ação faça uma família sorrir

Link: http://www.affas.org.br/

• Rede de Informações para o Terceiro Setor

Link: http://www.rits.org.br/

• Coletivo Digital

Link: http://www.coletivodigital.org.br/

Outros endereços eletrônicos:

• Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

Link: http://inclusao.ibict.br/

• Cidade do Conhecimento

Link: http://www.cidade.usp.br/blog/

• Eugênio Trivinho: Alteridade, corpo e morte no cyberspace: Cicatrizes de um hipercrime

na epifania do virtual

Link: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/view/365/296

• Eugênio Trivinho: Introdução à dromocracia cibercultural: contextualização

sociodromológica da violência invisível da técnica e da civilização mediática avançada

Link: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/view/452/379

• Eugênio Trivinho: A condição transpolítica da cibercultura

Link: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/view/1117/824

• Eugênio Trivinho: Comunicação, glocal e cibercultura. Bunkerização da existência no

imaginário mediático contemporâneo

Link: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/fronteiras/article/view/3105/2915

• Eugênio Trivinho: Bunker glocal: Configuração majoritária sutil do imaginário mediático

contemporâneo e militarização imperceptível da vida cotidiana

Link:

http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comunicacaomidiaeconsumo/article/vie

w/6856/6192

• Eugênio Trivinho: Cibercultura, iconocracia e hipertexto

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Link: http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1047

• Eugênio Trivinho: O bunker glocal e seu paradoxo: Dialética operacional entre

"refechamento" e "abertura" na civilização mediática avançada

Link: http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1917/1185

• Christine Bruce: Seven faces of information literacy in higher education

Link: http://sky.fit.qut.edu.au/~bruce/il/faces.jsp

• Christine Bruce: Six frames for information literacy education

Link: http://www.ics.heacademy.ac.uk/italics/vol5-1/pdf/sixframes_final%20_1_.pdf

• Mark Waschauer

Link: http://www.gse.uci.edu/person/warschauer_m/warschauer_m_papers.php

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