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SABRINA LERIN

ÁCIDO ABSCÍSICO EM TRÊS CULTIVARES DE VIDEIRA

LAGES

2014

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciência Agrárias da

Universidade do Estado de Santa Catarina,

Centro de Ciências Agroveterinárias,

como requisito parcial para obtenção do grau

de Mestre em Produção Vegetal.

Orientadora: Aike Anneliese Kretzschmar

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L614a

Lerin, Sabrina

Ácido abscísico em três cultivares de videira /

Sabrina Lerin. – Lages, 2014.

102 p. : il. ; 21 cm

Orientadora: Aike Anneliese Kretzschmar

Bibliografia: p. 73-93

Dissertação (mestrado) – Universidade do

Estado de

Santa Catarina, Centro de Ciências

Agroveterinárias, Programa de Pós-Graduação em

Produção Vegetal, Lages, 2014.

1. Vitis spp. 2. Antocianinas. 3. Coloração.

4. ABA.

I. Lerin, Sabrina. II. Kretzschmar, Aike

Anneliese. III. Universidade do Estado de Santa

Catarina. Programa de Pós-Graduação em Produção

Vegetal. IV. Título

CDD: 634.8 – 20.ed.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Setorial do

CAV/ UDESC

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SABRINA LERIN

ÁCIDO ABSCÍSICO EM TRÊS CULTIVARES DE VIDEIRA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência

Agrárias da Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de

Ciências Agroveterinárias, como requisito parcial para obtenção do grau

de Mestre em Produção Vegetal.

Banca Examinadora

Orientadora: ______________________________________________

Profª. Drª. Aike Anneliese Kretzschmar

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Co-orientador: ____________________________________________

Prof. Dr. Leo Rufato

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Membro Externo: _________________________________________

Prof. Dr. Alessandro Jefferson Sato

Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná -

UNICENTRO

Lages, 17 de fevereiro de 2014.

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Aos vitivinicultores, profissionais ligados à área e simpatizantes:

“Escolhe um trabalho de que gostes,

e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.”

Confúcio

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família pelo amor e incentivo para que eu

seguisse meus sonhos.

Agradeço meus colegas e amigos que ajudaram diretamente

na execução e avaliação dos experimentos, em especial ao Antonio

Felippe Fagherazzi, André Emmel Mario e Ricardo Allebrandt.

Agradeço aos meus colegas e amigos do grupo da fruticultura

do CAV pela amizade, parceria e aprendizados.

Agradeço a minha orientadora professora Aike Anneliese

Kretzschmar e meu co-orientador professor Leo Rufato pela paciência e

ensinamentos.

Agradeço à empresa Sumitomo Chemical do Brasil pela

concessão do ácido abscísico e pelo apoio financeiro ao projeto de

pesquisa.

Agradeço à empresa Miolo Wine Group, a Cooperativa

Vinícola Nova Aliança por cederem os vinhedos para a realização dos

experimentos.

Agradeço à UDESC-CAV pelo ensino gratuito e de qualidade.

Agradeço à CAPES pela bolsa de estudos para a realização do

mestrado.

Agradeço à todos que ajudaram na caminhada.

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RESUMO

LERIN, Sabrina. Ácido Abscísico em Três Cultivares de Videira.

2014. 102p. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal – Área:

Fisiologia e Manejo de Plantas) Universidade do Estado de Santa

Catarina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, Lages,

2014.

As condições climáticas são muito importantes no cultivo da videira,

influenciando diretamente nas fases fenológicas da planta. No Sul do

Brasil, em alguns anos, tem se registrado chuvas freqüentes e em

excesso no período de maturação, bem como baixa amplitude térmica,

prejudicando a qualidade das uvas produzidas, as quais apresentam

pouca coloração. Reguladores de crescimento têm sido utilizados em

várias regiões vitícolas do mundo, a fim de superar os problemas de

produção e minimizar os problemas causados por situações climáticas

desfavoráveis, proporcionando uvas com maior qualidade. O ácido

abscísico dentre outras funções é responsável pelo acúmulo de

pigmentos, e é um destes reguladores de crescimento que vem sendo

estudado e avaliado em muitas cultivares de uvas e regiões a fim de

esclarecer como o ABA atua e seus efeitos na planta. Assim, o objetivo

do presente trabalho foi avaliar a aplicação exógena de diferentes doses

de ácido abscísico nas cultivares ‘Cabernet Sauvignon’, ‘Isabel’ e

‘Rubi’ nos municípios de Bento Gonçalves, Pinto Bandeira, Vacaria e

Santana do Livramento no estado do Rio Grande do Sul. Os resultados

obtidos na safra de 2012/2013 comprovam que a aplicação de ácido

abscísico aumenta o teor de antocianinas, polifenóis e a intensidade de

cor nas cascas das uvas e também no vinho e suco produzidos.

Palavras-chave: Vitis spp., antocianinas, coloração, ABA.

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ABSTRACT

LERIN, Sabrina. Abscisic Acid in Three Cultivars of Grapevine.

2014. 102p. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal – Área:

Fisiologia e Manejo de Plantas) Universidade do Estado de Santa

Catarina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, Lages,

2014.

The climate is very important for grapevine cultivation, directly

influencing the phenological stages of the plant. In recent years, south

Brazil has recorded frequent and excessive rains and low temperature

range during the maturation period of the vineyards. These conditions

have negatively affected the quality of the grape berries, which have led

to a lower coloration of red grapes and wine. Growth regulators have

been used in various wine-growing regions of the world in order to

overcome the problems of production and minimize problems caused by

unfavorable weather conditions, providing higher quality grapes. The

abscisic acid among other duties is responsible for the accumulation of

pigments in the skin of grape berries, and is one of growth regulators

that has been studied and reported in many cultivars of grapes and

regions in order to clarify how the ABA operates and its effects on the

plant. The objective of this study was to evaluate the exogenous

application of different doses of abscisic acid on 'Cabernet Sauvignon',

'Isabel' and 'Ruby' cultivars produced in Rio Grande do Sul State. The

results for the 2012/2013 season show that the application of abscisic

acid increases the content of anthocyanins, total polyphenols and colour

intensity in the skin of grape berries and in the wine and grape juice

produced.

Key-words: Vitis spp., anthocyanins, coloring, ABA.

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LISTA DE FIGURAS

Capítulo 1

Figura 1 – Polifenóis totais nas cascas da cultivar Cabernet Sauvignon

submetida a diferentes doses de ácido abscísico. Bento Gonçalves,

2013........................................................................................................38

Figura 2 – Diâmetro de bagas na cultivar Cabernet Sauvignon submetida

a diferentes doses de ácido abscísico. Bento Gonçalves, 2013..............39

Figura 3 – Polifenóis totais presentes no vinho da cultivar Cabernet

Sauvignon submetida a diferentes doses de ácido abscísico. Bento

Gonçalves, 2013.....................................................................................40

Figura 4 – Intensidade de cor no vinho da cultivar Cabernet Sauvignon

submetida a diferentes doses de ácido abscísico. Bento Gonçalves,

2013........................................................................................................41

Figura 5 – Potencial hidrogeônico (pH) do mosto da cv. Cabernet

Sauvignon submetida a diferentes doses de ABA. Vacaria, 2013.........42

Figura 6 – Polifenóis totais nas cascas da cultivar Cabernet Sauvignon

submetida a diferentes doses de ácido abscísico. Santana do Livramento,

2013........................................................................................................45

Figura 7 – Antocianinas na cultivar Cabernet Sauvignon submetida a

diferentes doses de ácido abscísico. Santana do Livramento, 2013.......46

Figura 8 – Intensidade da cor nas cascas da cv. Cabernet Sauvignon

submetida a diferentes doses de ABA. Santana do Livramento,

2013........................................................................................................46

Figura 9 – Massa de bagas da cultivar Cabernet Sauvignon submetida a

diferentes doses de ácido abscísico. Santana do Livramento, 2013.......47

Capítulo 2

Figura 1 – Antocianinas nas cascas da cultivar Isabel submetida a

diferentes doses de ácido abscísico. Pinto Bandeira, 2013....................58

Figura 2 – Diâmetro de bagas da cultivar Isabel submetida a diferentes

doses de ácido abscísico. Pinto Bandeira, 2013.....................................58 Figura 3 - Polifenóis totais presentes no suco da cv. Isabel submetida a

diferentes doses de ABA. Pinto Bandeira, 2013...................................59

Figura 4 – Antocianinas presentes no suco da cv. Isabel submetida a

diferentes doses de ABA. Pinto Bandeira, 2013....................................60

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LISTA DE TABELAS

Capítulo 1

Tabela 1 – Massa de bagas (M), sólidos solúveis (SS), acidez total (AT),

pH, antocianinas (A), intensidade da cor das bagas (IC) da cultivar

Cabernet Sauvignon tratada com diferentes doses de ácido abscísico.

Bento Gonçalves, 2013...........................................................................39

Tabela 2 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Bento Gonçalves, safra

2012/2013...............................................................................................42

Tabela 3 – Antocianinas presentes nas cascas (AC), polifenóis totais nas

cascas (PTC - equivalentes de ácido gálico) e intensidade de cor das

cascas (ICC) e antocianinas no vinho (AV), polifenóis totais no vinho

(PTV - equivalentes de ácido gálico) e intensidade de cor do vinho

(ICV) da cultivar Cabernet Sauvignon tratada com diferentes doses de

ácido abscísico. Vacaria, 2013...............................................................43

Tabela 4 – Massa (M), diâmetro de bagas (D), sólidos solúveis (SS) e

acidez total (AT) da cultivar Cabernet Sauvignon tratada com diferentes

doses de ácido abscísico. Vacaria, 2013................................................44

Tabela 5 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Vacaria, safra

2012/2013...............................................................................................44

Tabela 6 – Sólidos solúveis (SS), acidez total (AT), pH e diâmetro de

bagas (D) da cultivar Cabernet Sauvignon submetida à diferentes doses

de ácido abscísico. Santana do Livramento, 2013..................................48

Tabela 7 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Santana do Livramento,

safra 2012/2013......................................................................................48

Capítulo 2

Tabela 1 – Massa de bagas (M), sólidos solúveis (SS), acidez total (AT),

pH, polifenóis totais nas cascas (PTC - equivalentes de ácido gálico),

intensidade da cor nas cascas (ICC) e do suco (ICS) da cultivar Isabel

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tratada com diferentes doses de ácido abscísico. Pinto Bandeira,

2013........................................................................................................60

Tabela 2 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Pinto Bandeira, safra

2012/2013...............................................................................................61

Capítulo 3

Tabela 1 – Tratamentos com diferentes doses de ácido abscísico e

épocas de aplicação na cultivar Rubi para Bento Gonçalves, 2013.......68

Tabela 2 – Polifenóis totais (PT - equivalentes de ácido gálico),

antocianinas (A - malvidina-3-glucoside) e coloração das bagas (L, C e

h°) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas de ácido

abscísico e uma aplicação de Ethrel. Bento Gonçalves, 2013................70

Tabela 3 – Massa (M) e diâmetro de bagas (D), sólidos solúveis (SS) e

acidez total (AT) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas

de ácido abscísico e uma aplicação de Ethrel. Bento Gonçalves,

2013........................................................................................................71

Tabela 4 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Bento Gonçalves, safra

2012/2013...............................................................................................71

Tabela 5 – Polifenóis totais (PT - equivalentes de ácido gálico),

antocianinas (A - malvidina-3-glucoside) e coloração das bagas (L, C e

h°) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas de ácido

abscísico e uma aplicação de Ethrel. Vacaria, 2013...............................72

Tabela 6 – Massa (M) e diâmetro de bagas (D), sólidos solúveis (SS) e

acidez total (AT) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas

de ácido abscísico e uma aplicação de Ethrel. Vacaria, 2013................73

Tabela 7 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Vacaria, safra

2012/2013...............................................................................................74

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABA Ácido Abscísico

A Antocianinas

AT Acidez Total

D Diâmetro

g Gramas

ha Hectare

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBRAVIN Instituto Brasileiro do Vinho

Kg Quilograma

M Massa

mg L-1 Miligramas por litro

meq L-1 Miliequivalentes por litro

mm Milímetros

pH Potencial hidrogeônico

ppm Partes por milhão

PT Polifenóis Totais

SS Sólidos Solúveis

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................ 221 1.1 OBJETIVOS ......................................................................... 24

1.1.1 Objetivo Geral ............................................................ 24 1.1.2 Objetivos Específicos.................................................. 24

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................. 24 2.1 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA VIDEIRA ................. 24 2.2 VARIEDADES DE VIDEIRA AVALIADAS ..................... 26

2.2.1 Cabernet Sauvignon ................................................... 26 2.2.2 Isabel ........................................................................... 26 2.2.3 Rubi ............................................................................. 27

2.3 REGIÕES VITIVINÍCOLAS ESTUDADAS ...................... 27 2.3.1 Bento Gonçalves ......................................................... 28 2.3.2 Pinto Bandeira ............................................................ 28 2.3.3 Vacaria ........................................................................ 29 2.3.4 Santana do Livramento ............................................. 29

2.4 INFLUÊNCIA DO CLIMA NA COMPOSIÇÃO

POLIFENÓLICA DA UVA E SEUS DERIVADOS ....................... 29 2.5 ÁCIDO ABSCÍSICO ............................................................ 31

3 CAPÍTULO 1 - APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO

INCREMENTA A COLORAÇÃO DE VINHOS DA CULTIVAR

CABERNET SAUVIGNON ............................................................... 33 3.1 RESUMO ............................................................................. 33 3.2 INTRODUÇÃO .................................................................... 34 3.3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................. 35 3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................... 38

3.4.1 Bento Gonçalves ......................................................... 38 3.4.2 Vacaria ........................................................................ 42 3.4.3 Santana do Livramento ............................................. 45

3.5 CONCLUSÕES .................................................................... 49 3.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................. 49

4 CAPÍTULO 2 - AUMENTO DA COLORAÇÃO DO SUCO

DA UVA ISABEL COM APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO 54 4.1 RESUMO ............................................................................. 54 4.2 INTRODUÇÃO .................................................................... 54 4.3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................. 55 4.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................... 57 4.5 CONCLUSÕES .................................................................... 62

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4.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................. 62 5 CAPÍTULO 3 - APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO

INCREMENTA A COR DAS BAGAS DA UVA RUBI EM DUAS REGIÕES NO SUL DO BRASIL ...................................................... 66

5.1 RESUMO ............................................................................. 66 5.2 INTRODUÇÃO ................................................................... 66 5.3 MATERIAL E MÉTODOS.................................................. 67 5.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................... 69

5.4.1 Bento Gonçalves ................................................................ 69 5.4.2 Vacaria ............................................................................... 72

5.5 CONCLUSÕES .................................................................... 74 5.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................. 75

6 CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................. 77 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 77

APÊNDICES..........................................................................................99

ANEXOS..............................................................................................102

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21

1 INTRODUÇÃO

A vitivinicultura brasileira está evoluindo e acompanhando as

tendências mundiais, buscando novas tecnologias que introduzam

melhorias na qualidade dos produtos vitícolas, tornando-os competitivos

no cenário nacional e internacional.

A vitivinicultura se destaca como uma das principais

atividades agrícolas no Rio Grande do Sul, especialmente na Serra

Gaúcha, na Serra Sudeste e na Região da Campanha. Com algumas

exceções de grandes áreas e empresas, o cultivo da videira está

diretamente relacionado com a agricultura familiar, devido à

colonização alemã e italiana, sendo esta última, por questões culturais,

responsável pela maior parte da produção vitícola na Serra Gaúcha

(IBRAVIN, 2013).

Inúmeras são as dificuldades na produção de uvas de mesa,

sucos e vinhos de qualidade, levando-se em consideração, a diversidade

e peculiaridades de cada região produtora, principalmente as relaciona-

das com fatores ambientais, suas interações com o sistema de produção

e a obtenção de produtos finais de alta qualidade. Independentemente da

finalidade e destino da produção de uvas, a cor é um dos principais

parâmetros de qualidade de acordo com a Instrução Normativa N° 1 de

1° de fevereiro de 2012, do Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento e também é um dos fatores para a escolha dos

consumidores no momento da compra, pois, uvas de mesa e vinhos

tintos com coloração mais exuberante são mais atrativos.

As uvas de mesa ganharam espaço na mesa do consumidor

brasileiro, devido à variedade e qualidade dos frutos oferecidos

(BARROS; BOTEON, 2002). A qualidade dos frutos, composta pela

apresentação (formato, aroma e coloração) influencia diretamente no

valor cobrado nas gôndolas e também na percepção dos consumidores

no momento da escolha do produto para comprar ou não (PEPPI et al.

2006).

A cor de um vinho proporciona o primeiro impacto sobre o

consumidor, despertando nesse o desejo de consumir ou rejeitar o

produto. Ela compõe um dos principais indicadores da qualidade de

vinhos, além de colaborar para alcançar as melhores classificações e

efetivamente os maiores preços, relacionando-se diretamente com a

qualidade da matéria-prima. Atualmente, o preço de um vinho não

decorre apenas do grau alcoólico, mas também da intensidade de sua

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22

cor, daí o grande interesse no conhecimento e possibilidade de controle

dos fatores que afetam sua coloração (ESPARZA et al. 2006).

Acredita-se que a cor é um fator psicofísico: “psico” porque é

um atributo que cada indivíduo percebe conforme suas referências

pessoais, e “físico” por ser uma caracterização da luz (MELÉNDEZ et

al. 2001). A cor é o primeiro atributo sensorial que se observa no vinho,

condicionando as análises sensoriais posteriores (RIVAS et al. 2006), a

partir disso verifica-se sua grande importância, pois atributos como

tonalidade e intensidade da cor são indicadores de possíveis defeitos e

qualidades presentes no vinho (CABRITA; SILVA; LAUREANO,

2003).

A cor do vinho e do suco de uva é causa da presença de

compostos fenólicos presentes nas uvas, os quais são dissolvidos

durante o esmagamento, a maceração e a fermentação apresentando

alterações durante o envelhecimento (MELÉNDEZ et al. 2001). A cor

varia com as características das uvas, com as técnicas de vinificação e

com as numerosas reações que têm lugar durante o armazenamento dos

vinhos, as quais causam as alterações organolépticas. Muitas dessas

modificações são inevitáveis, devido à reatividade dos compostos

fenólicos principalmente durante o primeiro ano (BIRSE, 2007).

Em enologia considera-se que apenas de boas uvas é possível

fazer bons vinhos. O conceito de uva boa compreende aquela uva rica

em polifenóis totais, ou seja, em substâncias responsáveis por todas as

diferenças entre vinhos brancos e tintos, principalmente cor e sabor.

Estas substâncias também interferem na estabilidade do vinho durante

seu envelhecimento (PENTER, 2006).

Assim, o desenvolvimento das uvas, desde os primeiros

estádios fenológicos até a maturação, e consequentemente sua qualidade

é fortemente influenciado pelas condições climáticas, como por

exemplo, temperatura e umidade do ar, precipitação pluviométrica e

radiação solar (CHEVET; LECOCQ; VISSER, 2011; CAFFARRA;

ECCEL, 2011; FIORILLO et al. 2012; MARIANI, 2012). Segundo

Fregoni (2005) e Cozzolino et al. (2010), baixas temperaturas noturnas

são determinantes no processo de coloração e aromas.

Temperaturas elevadas durante a maturação estão relacionadas

com a inibição da biossíntese de antocianinas e consequente diminuição da coloração das uvas. Diversos são os trabalhos que relacionam a

temperatura incidente nas bagas com a qualidade das uvas (MORI et al.

2007; TARARA et al. 2008; COZZOLINO et al. 2010; JOGAIAH, et al.

2012). Além deste fator, dosséis densos e sistemas de condução que

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23 causam excessivo sombreamento dos cachos causam a redução da cor

das bagas (MOTA et al. 2011; CHAVES, 2005), assim, o manejo do

dossel vegetativo pode influenciar na composição do mosto da uva e nas

características sensoriais do vinho (MIELE; RIZZON, 2013).

Assim, em função oscilação das características climáticas,

principalmente da temperatura, e da utilização de sistemas de condução

que reduzem a insolação, aumentaram e tornaram-se frequentes os

problemas de redução da coloração de bagas em uvas de mesa e também

viníferas, e consequentemente problemas com a inadequada coloração

de vinhos tintos (FIDELIBUS; PEPPI, 2006).

No entanto, a cor das uvas é um indicativo preponderante do

teor de antocianinas, e atualmente, toda a divulgação sobre os efeitos

benéficos do consumo de uva, suco e vinho à saúde, principalmente

uvas, sucos e vinhos tintos, está baseada justamente na presença de

compostos fenólicos e antioxidantes em sua composição. Assim sendo, é

necessário estabelecer a busca por alternativas que promovam um

acúmulo maior desses compostos, como por exemplo, o uso de

reguladores de crescimento.

Como alternativas para a deficiência em coloração os

produtores aplicam ethephon, no entanto, este regulador de crescimento

reduz a firmeza do fruto (JENSEN et al. 1982; SZYJEWICZ et al.

1984) e seu uso está sendo restringido em alguns países, por ser um

produto tóxico ao homem e ao meio ambiente.

Uma outra opção viável é o ácido abscísico, um hormônio

vegetal pertencente à classe dos sesquiterpenóides (NAMBARA,

MARION-POLL, 2005). Várias pesquisas ressaltam que a aplicação de

ABA induz ao acúmulo de antocianinas nas cascas das bagas (DURING

et al. 1978; KATAOKA et al. 1982, LURIE, et al. 2010), altera a

coloração e a firmeza de bananas (JIANG et al. 2000), favorece o

acúmulo de açúcar na polpa de caqui (NAKANO et al. 1997) e a

maturação de azeitonas (CONTRERAS, LAGOS, 2012).

Estudos devem ser realizados, a fim de oferecer ao produtor a

opção de escolher a técnica agronômica de manejo mais adequada a sua

condição, de forma consciente e baseada em dados concretos de

pesquisa, de forma a agregar mais qualidade e valor ao produto final.

Embasado nesta premissa foi desenvolvido o presente trabalho, o qual visou obter novas informações sobre o uso de ácido

abscísico na melhoria da coloração e qualidade das uvas, em três

cultivares viníferas.

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24

A redação foi dividida inicialmente em revisão de literatura

(referencial teórico), seguida de três capítulos, que detalham os

resultados da aplicação exógena de ácido abscísico para cada uma das

três cultivares de uva avaliadas.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Avaliar o efeito da aplicação exógena de ácido abscísico

sobre a coloração das bagas, acúmulo de compostos fenólicos, e

características físico-químicas das bagas das cultivares de uva Isabel,

Rubi e Cabernet Sauvignon.

1.1.2 Objetivos Específicos

Avaliar o efeito da aplicação exógena de ácido abscísico

sobre o acúmulo de compostos fenólicos e grau de coloração das cascas

de uvas das cultivares Isabel, Rubi e Cabernet Sauvignon;

Avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de ácido

abscísico sobre as características físico-químicas de bagas das cultivares

Isabel, Rubi e Cabernet Sauvignon;

Avaliar a coloração e composição fenólica de vinhos

elaborados a partir da cultivar Cabernet Sauvignon, submetida a

aplicação exógena de diferentes doses de ácido abscísico;

Avaliar a coloração e composição fenólica de sucos

elaborados a partir da cultivar Isabel, submetida a aplicação exógena de

diferentes doses de ácido abscísico.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA VIDEIRA

Com vinhedos situados desde o extremo Sul, no Rio Grande

do Sul (paralelo 31°S) até regiões próximas à Linha do Equador

(paralelo 5°S) no Rio Grande do Norte e Ceará, na Região Nordeste do

país, a viticultura no Brasil ocupa atualmente 81 mil hectares (MAPA,

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25 2014), abrangendo diferentes climas e potencialidades de cultivo

(GIOVANINNI, 2008).

Entretanto, duas regiões se destacam: o Rio Grande do Sul,

responsável por 90% da produção brasileira de uvas e os pólos de frutas

para mesa de Petrolina em Pernambuco e Juazeiro na Bahia, situados no

Submédio do Vale do São Francisco, responsáveis por 95% das

exportações nacionais de uvas finas de mesa (MAPA, 2014).

O Rio Grande do Sul na safra de 2013 processou 611 milhões

de kg, sendo 537 de uvas americanas e híbridas e 73 de uvas viníferas,

segundo o Cadastro Vinícola (2014). No ano de 2012, empresas gaúchas

comercializaram 18 milhões de litros de vinhos finos e 205 milhões de

litros de vinhos de mesa ou comuns, mesmo período em que

comercializaram 33 milhões de kg de suco de uva no mercado interno.

Em 2013, foram elaborados cerca de 371 milhões de litros só no Rio

Grande do Sul (CADASTRO VINÍCOLA, 2014).

Segundos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, em 2012, o Rio Grande do Sul produziu 840.251 toneladas

de uvas em uma área plantada de 50.180 hectares (IBGE, 2014).

De acordo com Costa et al. (2012) a viticultura tem mostrado

condições de gerar renda, de manter os produtores no campo, de dar

emprego aos seus filhos e de proporcionar condições econômicas para a

manutenção das famílias em pequenas propriedades e está em contínua

transformação, agregando novas variedades e tecnologias. Trata-se de

uma atividade importante para a sustentabilidade da pequena

propriedade no Brasil, que tem se tornado igualmente relevante no que

se refere ao desenvolvimento de algumas regiões, com a geração de

empregos em grandes empreendimentos, que produzem uvas de mesa e

uvas para processamento, podendo relacionar-se ao turismo (MELLO,

2013).

A importância econômica e social da vitivinicultura advém do

número de empregos gerados diretamente no cultivo, das divisas

provenientes da exportação da uva de mesa, ou indiretamente, através

do negócio do enoturismo que se encontra associado à cultura. Além

disso, cabe ressaltar que a videira é cultivada por diferentes estratos de

produtores englobando significativa parcela de agricultores de base

familiar, sendo fundamental para a fixação destes no campo (IBRAVIN, 2013).

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26

2.2 VARIEDADES DE VIDEIRA AVALIADAS

2.2.1 Cabernet Sauvignon

É uma cultivar vinífera clássica, pois é cultivada em todas as

regiões vitícolas do mundo (Vitis vinifera L.). Proveniente da região de

Bordeaux, na França, a Cabernet Sauvignon é resultado de um bem

sucedido cruzamento natural entre a cultivar Cabernet Franc (Cabernet)

com a cultivar Sauvignon Blanc (Sauvignon) cultivada com êxito em

muitas regiões vitícolas (LAROUSSE DO VINHO, 2007).

Com o aumento da produção de vinhos varietais tornou-se a

vinífera tinta mais importante e com maior área cultivada do Estado do

Rio Grande do Sul. É uma cultivar muito vigorosa e medianamente

produtiva. Em vinhedos bem conduzidos obtêm-se uvas aptas à

elaboração de vinhos típicos, que podem evoluir em qualidade com

alguns anos de envelhecimento (KUHN, 2003; GUERRA et al. 2009).

O vinho de ‘Cabernet Sauvignon’ é mundialmente reputado

pelo seu caráter varietal, com intensa coloração, riqueza em taninos e

complexidade de aroma e buquê (GUERRA et al. 2009). Evolui com o

envelhecimento, atingindo sua máxima qualidade desde dois a três anos

até cerca de vinte anos em determinadas safras do Médoc, localidade

situada na cidade de Bordeaux na França, por exemplo. (CAMARGO,

2003).

2.2.2 Isabel

A ‘Isabel’ é uma das principais cultivares de Vitis labrusca L.,

originária do Sul dos Estados Unidos, de onde foi difundida para outras

regiões. Caracteriza-se por ser rústica e fértil, proporcionando colheitas

abundantes com poucas intervenções de manejo em comparação à

cultivares viníferas e a regiões de cultivo, possuindo altos valores de

sólidos solúveis (MASCARENHAS et al. 2010). Pode ser consumida

como uva de mesa, utilizada na elaboração de vinhos brancos, rosados e

tintos de mesa, que são vinhos comuns, os quais, muitas vezes, são

utilizados para a destilação ou para a elaboração de vinagre. Destaca-se

pelo suco de boa qualidade, que é a base do suco brasileiro para exportação e como matéria-prima para a fabricação de doces e geleias

(ROMBALDI et al. 2004).

Apesar de destacar-se pela sua alta produtividade e pelo

grande potencial de acúmulo de açúcar (SATO et al. 2009), os produtos

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27 elaborados com uvas da cultivar Isabel precisam ser cortados com vinho

ou suco de cultivares tintórias para que atinjam a intensidade de

coloração que o mercado exige (MAIA, CAMARGO, 2005), visto que a

‘Isabel’ em alguns locais possui problemas de coloração deficiente.

2.2.3 Rubi

A cultivar de mesa Rubi (Vitis vinifera L.) surgiu de uma

mutação somática constatada em pomar comercial de uva 'Itália' do Sr.

Kotaro Okuyama, em 1972, no município de Santa Mariana, Estado do

Paraná. As cultivares tem características de cacho e bagas semelhantes,

no entanto, a diferença entre as cultivares é a coloração avermelhada da

cultivar Rubi (KISHINO; ROBERTO, 2007). Possui boa aceitação pelo

mercado consumidor, tanto nacional quanto internacional, apresentando

bom tamanho de bagas, boa resistência ao transporte e ao

armazenamento.

No entanto, para que a cultivar apresente uma boa coloração,

tanto em tonalidade quanto em uniformidade, o período de maturação

deve ocorrer em períodos com amplitude térmica, ou seja, com

temperaturas quentes durante o dia e frias durante a noite

(NACHTIGAL, CAMARGO, 2005, PEPPI et al. 2006). São comuns

problemas com coloração deficiente na cultivar Rubi em vinhedos muito

vigorosos e com carga excessiva de frutos, como também a baixa

incidência de luz pode causar deficiência da coloração das bagas

(KISHINO; ROBERTO, 2007).

2.3 REGIÕES VITIVINÍCOLAS ESTUDADAS

De acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho, o IBRAVIN

(2014), a produção de uvas no Rio Grande do Sul é uma atividade

consolidada, de significativa importância socioeconômica, responsável

por cerca de 90% da produção nacional das uvas, vinhos e derivados. A

produção de vinhos no Rio Grande do Sul está distribuída nas seguintes

regiões: Alto Uruguai, Campos de Cima da Serra, Serra Gaúcha, Serra

do Sudeste, Região Central e Região da Campanha. A Encosta Superior do Nordeste, mais conhecida como Serra

Gaúcha abrange alguns dos principais municípios produtores de vinhos

finos, vinhos de mesa e suco de uva, como por exemplo, Bento

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28

Gonçalves, Garibaldi, Caxias do Sul, Farroupilha, Pinto Bandeira,

Flores da Cunha e Monte Belo do Sul.

A Região dos Campos de Cima da Serra caracteriza-se pela

produção de vinhos finos e pode ser representada principalmente pelos

municípios de Vacaria, Muitos Capões e Monte Alegre dos Campos.

Localizada na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai,

a Região da Campanha é uma nova promissora região vitícola para

produção de uvas viníferas, representada pelos municípios de Santana

do Livramento, Bagé e Dom Pedrito.

2.3.1 Bento Gonçalves

Localizado na Serra Gaúcha, o município de Bento Gonçalves

(29°10'S e 51°31'O) pertence a Mesorregião do Nordeste Rio-

Grandense, no estado do Rio Grande do Sul. Possui seu relevo é

bastante acidentado uma altitude média de 690 metros, atingindo seu

ponto mais alto a 720 metros acima do nível do mar. O clima da cidade

é classificado como subtropical de altitude, com temperaturas médias

mínimas de 8°C e médias máximas de 17°C, com uma precipitação

pluviométrica média anual de 1.500 milímetros.

Conhecida como "capital brasileira do vinho", Bento

Gonçalves se configura como a maior produtora de uva do Rio Grande

do Sul, e o maior produtor de vinhos e derivados de uva do Brasil,

destacando-se no cenário internacional (BENTO GONÇALVES, 2014).

2.3.2 Pinto Bandeira

Assim como Bento Gonçalves, Pinto Bandeira (29°5’S e

51°27’O) pertence à Mesorregião do Nordeste Rio-Grandense e devido

à tradição dos imigrantes italianos que colonizaram o município, Pinto

Bandeira destaca-se como produtor de uvas e frutas, como o pêssego. Os

diferentes microclimas proporcionados pelo relevo acidentado e

montanhoso de Pinto Bandeira em conjunto com particulares

características de solo, com a utilização de adequadas técnicas de

manejo fizeram com que a cidade desponta-se na produção de vinhos

finos e de espumantes, tendo importantes empreendimentos vinícolas

instalados no município (ASPROVINHO, 2014).

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29 2.3.3 Vacaria

O município de Vacaria localiza-se à latitude de 28º 30’ S e à

longitude de 50º 56' O, estando a uma altitude de 971 metros, com clima

subtropical (ou temperado), de verões amenos, com temperatura

máxima média 25°C e mínima média 15°C. No inverno a temperatura

máxima média está em torno de 16°C e a mínima média em torno de

7°C (PREFEITURA DE VACARIA, 2014).

2.3.4 Santana do Livramento

Santana do Livramento localiza-se a latitude 30º 53’ S e a

longitude 55º 31' O, em uma altitude de 208 metros, fazendo parte da

Região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Mais recentemente,

vem ampliando a produção frutífera, destacando-se como uma das

principais regiões em expansão na viticultura, em especial na produção

de vinhos tintos elaborados como, por exemplo, a partir da cultivar

Cabernet Sauvignon (BRUNETTO et al. 2007).

2.4 INFLUÊNCIA DO CLIMA NA COMPOSIÇÃO POLIFENÓLICA

DA UVA E SEUS DERIVADOS

Pesquisas demonstram que as respostas da produtividade

agrícola em relação às alterações climáticas variam muito, dependendo

da espécie, da cultivar, propriedades do solo, pragas e agentes

patogênicos e suas interações (BEYRUTH, 2008), como por exemplo, o

aumento da temperatura, a distribuição e frequência das chuvas podem

trazer impactos na produção de uva e na qualidade do vinho (JONES;

GOODRICH, 2008).

Segundo Blouin e Guimberteau (2004), a temperatura, a

intensidade luminosa e a precipitação interferem diretamente no cultivo

da videira, influenciando no crescimento e no desenvolvimento da

planta, e consequentemente, na produtividade e qualidade final da uva,

como por exemplo, em sua composição fenólica.

Em algumas regiões devido à oscilação de temperatura, é comum haver problemas com coloração inadequada das bagas de uva

principalmente em cultivares de mesa (FIDELIBUS; PEPPI, 2006). De

acordo com Winkler et al. (1974), as uvas produzidas em regiões

quentes podem apresentar menor coloração em comparação as

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30

cultivadas em regiões mais frias, porque altas temperaturas inibem a

acumulação de antocianinas nas bagas das uvas (SPAYD et al. 2002).

A coloração avermelhada atrativa das uvas se deve em sua

maior parte à presença de antocianinas nas cascas das bagas (MAZZA,

1995), compostos importantes para a elaboração de vinhos tintos de

qualidade, sendo esta concentração influenciada pela amplitude térmica

(HIRATSUKA et al. 2001; LACAMPAGNE et al. 2010, ANANGA et

al. 2013).

As antocianinas são classificadas quimicamente como

flavonóides, sendo os principais pigmentos naturais responsáveis pela

coloração rosa, laranja, vermelha, violeta e azul de certos vegetais,

frutas, pétalas de flores e em folhas (McGHIE et al. 2006, JING e

GIUSTI, 2007). Embora tenha um grande valor como corantes naturais

de alimentos, as antocianinas são pouco estáveis, pois alguns

tratamentos de conservação e armazenamento de alimentos podem levar

à degradação das antocianinas.

De acordo com Francis (1989), os principais fatores que

influenciam a estabilidade das antocianinas são a estrutura química, o

pH, a temperatura, a luz, a presença de oxigênio, a degradação

enzimática e as interações entre os componentes dos alimentos, tais

como ácido ascórbico, íons metálicos e açúcares. Segundo Março e

Poppi (2008) as antocianinas quando expostas ao um meio

extremamente ácido (pH entre 1 e 2) apresentam coloração intensamente

avermelhada devido ao predomínio da forma cátion flavílico (AH+). No

entanto com aumento do pH (acima de 6) as antocianinas perdem a cor e

se tornam praticamente incolores, devido à predominância da forma

pseudobase carbinol.

Segundo Conde et al. (2007) as antocianinas são responsáveis

pela cor de vinhos tintos e estão localizadas nas paredes espessas de

células hipodérmicas das cascas das uvas. Estes compostos têm sua

estrutura formada por antocianidinas ligadas covalentemente em uma ou

mais moléculas de açúcar (TAIZ; ZEIGER, 2004). A estrutura mais

comum de antocianinas encontradas em Vitis vinifera é a malvidina-3-

glucoside, e a concentração dos monoglicosídeos de malvidina nos

vinhos tintos das variedades Vitis vinifera varia muito com a idade dos

vinhos e das cepas das quais os vinhos provêm (KENNEDY et al. 2006).

A deficiência em cor (uvas pouco vermelhas ou levemente

rosodas) reduz substancialmente o valor econômico das uvas de mesa e

prejudica também a elaboração de vinhos tintos. Estudos demonstram

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31 que, práticas culturais como a remoção de folhas para a entrada de mais

luz e desbaste de ramos e cachos, reduzindo a carga da planta podem

aumentar a qualidade da cultivar ‘Flame Seedless’, mas essas práticas

são insuficientes para remediar os problemas de coloração

(DOKOOZLIAN; HIRSCHFELT, 1995).

Para melhorar a coloração das bagas os produtores geralmente

aplicam ethephon, mas as concentrações necessárias para incrementar a

cor reduzem a firmeza de fruto, porque a biossíntese de antocianinas

inicia-se junto com o amolecimento das bagas (JENSEN et al. 1982;

SZYJEWICZ et al. 1984; CHERVIN et al. 2004; PEPPI et al. 2007).

O acúmulo de antocianinas acontece na última fase fisiológica

de desenvolvimento da baga caracterizada pelo amolecimento do

pericarpo, expansão celular, aumento de diâmetro e pela mudança de cor

(OLLAT et al. 2002, CONDE et al. 2007) ou ‘veraison’, e parece estar

parcialmente regulado pelo ácido abscísico (HIRATSUKA et al. 2001;

LACAMPAGNE et al. 2010; BAN et al. 2003; OWEN et al. 2009),

sendo que as aplicações exógenas desse hormônio, além de aumentar as

concentrações de antocianinas nas cascas das uvas (PEPPI et al. 2006),

também antecipam o desenvolvimento da coloração em comparação à

uvas não tratadas (HIRATSUKA et al. 2001; PEPPI et al. 2006).

De acordo com Mori et al. (2005b) e Yamane et al. (2006) a

expressão dos genes responsáveis pela biossíntese de antocianinas é

induzida por baixas temperaturas e suprimida por altas temperaturas.

Assim, o efeito supressivo das altas temperaturas na acumulação de

antocianinas pode ser uma consequência da redução da concentração de

ABA nas cascas, segundo estudos feitos por Lee et al. (1979) e Tomana

et al. (1979). Outros trabalhos associam ABA e os efeitos climáticos na

maturação das bagas e na acumulação de antocianinas, como por

exemplo, a temperatura (MORI et al. 2005, KOSHITA et al. 2007), a luz

(JEONG et al. 2004), e a tensão de água (ANTOLÍN et al. 2006, STOLL

et al. 2000).

2.5 ÁCIDO ABSCÍSICO

O ácido abscísico foi descoberto em 1965 e desde então suas propriedades químicas, bioquímicas e fisiológicas tem sido estudadas

(ZEEVART, 1999). O ABA é um hormônio vegetal que regula diversos

processos no ciclo das plantas. Está envolvido nas respostas a estresses

ambientais, tais como a baixa disponibilidade de água, baixas

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32

temperaturas e alta salinidade. Também desempenha uma importante

função no desenvolvimento e germinação das sementes e gemas. Sob

condições ambientais favoráveis, o ABA regula o grau de abertura dos

estômatos e reduz a perda de água por transpiração (KERBAUY, 2004,

TAIZ, ZIEGER, 2004) e também é responsável pelo acúmulo de

pigmentos e reservas (FELLNER et al. 2001, SEO et al. 2006).

Presente em todas as células vivas do vegetal, o ABA pode ser

encontrado desde o ápice caulinar até a coifa. Como ocorre com outros

hormônios, a concentração endógena de ácido abscísico é geralmente

bastante baixa e determinada pelo balanço dinâmico entre biossíntese e

degradação. Esses processos, por sua vez, são regulados pela fase de

desenvolvimento da planta, por fatores ambientais e pela interação com

outros hormônios vegetais. Entretanto, uma elevação na concentração

endógena de ABA é observada em tecidos vegetais submetidos a

estresses ambientais. O ácido abscísico é facilmente transportado pelo

floema, xilema e células parenquimáticas, havendo intercâmbio entre

folhas adultas, folhas jovens e raízes (KERBAUY, 2004, TAIZ,

ZIEGER, 2004).

A influência do ácido abscísico (ABA) na germinação de

sementes, no fechamento de estômatos e na inibição do crescimento é

bem conhecida (ZEEVAART; CREELMAN, 1988). Entretanto, o ABA

também tem sido associado ao processo fisiológico de maturação de

uvas, incluindo a acumulação de antocianinas nas cascas das bagas

(DURING et al. 1978; KATAOKA et al. 1982, LURIE, et al. 2010).

Estudos demonstram que aplicações exógenas de ácido

abscísico e ácido 2-cloroetil fosfônico (ETHEFOM), por exemplo,

antecipam a época de colheita e aumentam as concentrações de

antocianinas e proantocianinas nas cascas das uvas, melhorando

consideravelmente sua coloração, proporcionando maior uniformidade e

qualidade (CANTÍN et al. 2007; LACAMPAGNE et al. 2010;

DELGADO et al. 2004). Gagné et al. (2006) e Gardin et al. (2012)

observaram aumento na quantidade de antocianinas com a aplicação de

ABA na cultivar Cabernet Sauvignon.

A concentração e o número de aplicações de ABA não são as

mesmas para todas as cultivares de uva (PEPPI et al. 2006, 2008), e a

base fisiológica para essas diferenças ainda não é conhecida. No passado, a formulação comercial de ABA utilizada era extremamente

cara, mas, recentemente, métodos de baixo custo tornaram possível sua

utilização pelos viticultores (PEPPI et al. 2007).

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33 3 CAPÍTULO 1 - APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO

INCREMENTA A COLORAÇÃO DE UVAS E VINHOS DA

CULTIVAR CABERNET SAUVIGNON

3.1 RESUMO

O vinho é uma bebida com grande complexidade química, a qual está

em contínua evolução, compondo enigmas que constituem um

verdadeiro desafio para a comunidade científica, empresas e

consumidores. Os principais atributos sensoriais do vinho, como cor,

sabor e aroma resultam da presença de inúmeros compostos orgânicos

provenientes da uva e das suas transformações químicas que ocorrem

durante a sua elaboração e envelhecimento. Os polifenóis são os

principais compostos responsáveis por estas características, sendo a cor

um dos principais indicadores de qualidade de vinhos, além de colaborar

para alcançar as melhores classificações e efetivamente os maiores

preços, relacionando-se diretamente com a qualidade da matéria-prima.

Entretanto, em safras com condições climáticas inadequadas,

principalmente em relação à temperatura, há variação na coloração das

bagas das uvas da cultivar Cabernet Sauvignon com efeitos negativos

também sobre o vinho produzido, entretanto, a aplicação de ABA pode

suprir a carência de coloração e melhorar a composição fenólica das

uvas. Com isso, o objetivo do trabalho foi avaliar a aplicação exógena

de diferentes doses de ácido abscísico sobre a composição fenólica,

características químicas e físicas dos cachos da cultivar Cabernet

Sauvignon nos municípios gaúchos de Bento Gonçalves, Vacaria e

Santana do Livramento. O delineamento experimental adotado para os

três municípios foi de blocos ao acaso com cinco repetições. Foram

aplicados cinco doses de ácido abscísico (ABA) (0; 200; 400; 600 e 800

ppm) uma única vez em veraison. Após a colheita, foram realizadas as

avaliações das características físicas, químicas e dos compostos

fenólicos presentes nas cascas e no vinho. A aplicação exógena de ácido

abscísico proporcionou resultados positivos nas três regiões avaliadas,

incrementando a coloração, o teor de antocianinas e a quantidade de

polifenóis.

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34

3.2 INTRODUÇÃO

Na vitivinicultura os polifenóis desempenham um papel

fundamental, sobretudo para a indústria do vinho, pois são os principais

responsáveis pela coloração dos vinhos e a quantidade desses compostos

influenciam diretamente na qualidade do vinho. A cor de um vinho é a

primeira característica sensorial analisada e conduz o restante da

avaliação, cativando ou não a quem degusta, dessa forma, esse

parâmetro também influencia os consumidores no momento da compra,

além de outros fatores (RIVAS et al. 2006).

A cultivar Cabernet Sauvignon é originária da região de

Bordeaux, na França, difundindo-se para a maioria das regiões vitícolas

do mundo, tornando-se a cultivar vinífera mais plantada no Brasil. É

reconhecida mundialmente como uma das variedades mais renomadas

para produção de vinhos finos, por seu caráter varietal, intensa

coloração e riqueza em taninos e complexidade de aroma e buquê

(GUERRA et al. 2009).

Modificações climáticas, como aumento da temperatura do ar,

e a modificação da frequência e distribuição de chuvas podem trazer

impactos na produção de uva e na qualidade de seus derivados (JONES;

GOODRICH, 2008).

Na Serra Gaúcha há uma série histórica pluviométrica com

tendência ao excesso de chuvas no período de maturação e colheita

WESTPHALEN; MALUF, 2000; CHAVARRIA et al. 2010).

Regiões com pouca amplitude térmica na época de maturação

apresentam problemas de coloração na elaboração dos vinhos. Santana

do Livramento e Vacaria estão se destacando como regiões produtoras

recentes de vinhos finos, com características bem diferenciadas das

demais regiões.

A cultivar Cabernet Sauvignon apresenta problemas de

maturação em certos anos em detrimento de baixas temperaturas e altos

índices de precipitação no final do ciclo, prejudicando a qualidade da

uva e consequentemente a elaboração de vinhos. Em diversos países são empregados reguladores de

crescimento para melhorar as características dos cachos e das bagas da

videira. Koyama et al. (2010) relatam que o ácido abscísico estimula o aumento da coloração in vitro de ‘Cabernet Sauvignon’.

Na fase de maturação das uvas, como demonstram estudos

feitos por Cantín et al. (2007) e Lacampagne et al. (2010) aplicações

externas de ácido abscísico e ethefon (ácido 2-cloroetil fosfônico) por

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35 exemplo, antecipam a época de colheita e aumentam as concentrações

de antocianinas das cascas das uvas, melhorando notadamente sua

coloração, acarretando em uvas com maturação mais uniforme e de

melhor qualidade.

Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a

aplicação exógena de diferentes doses de ácido abscísico aplicados na

cultivar Cabernet Sauvignon sob as características físico-químicas e

composição fenólica da uva e do vinho nos municípios de Bento

Gonçalves, Vacaria e Santana do Livramento no Rio Grande do Sul.

3.3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na safra 2012-2013 em três

regiões no Estado do Rio Grande do Sul, com a cultivar Cabernet

Sauvignon, (Vitis vinifera L).

O primeiro vinhedo, localizado na Região da Serra Gaúcha,

no município de Bento Gonçalves, foi implantado em 2003, no

espaçamento de 1,0 x 2,5 m, com uma densidade de 4.000 plantas por

hectare. O segundo vinhedo, implantado em 2003, está localizado na

Região dos Campos de Cima da Serra, no município de Vacaria, com

espaçamento de 1,5 x 2,70 m, totalizando 2.178 plantas por hectare e o

terceiro vinhedo localizado na Região da Campanha, no município de

Santana do Livramento foi implantado em 2007 e conta com uma

densidade de 3.571 plantas por hectare no espaçamento de 1,0 x 2,8 m.

O delineamento experimental adotado nas três regiões foi de

blocos ao acaso com cinco repetições e cinco plantas por parcela. Antes

da realização da aplicação foi realizada desfolha e a aplicação de ABA

foi feita diretamente nos cachos.

Os tratamentos consistiram em cinco concentrações de ácido

abscísico (0; 200; 400; 600 e 800 ppm) aplicados uma única vez, na

virada de cor (veraison) quando 50% ou mais das bagas do cachos

estavam mudando de coloração.

Para as três regiões estudadas seguiu-se a mesma metodologia

de avaliação, onde, no momento da colheita (aproximadamente 60 dias

após a aplicação), foram realizadas as avaliações das características

físicas das bagas e químicas do mosto das uvas, e a partir das cascas, foi avaliada a composição fenólica. Para tanto, foram coletadas amostras de

100 bagas por parcela, aleatoriamente de diferentes posições dos cachos.

Para avaliação de massa das bagas foi efetuado o peso de 100

bagas de cada repetição com auxílio de balança de precisão e para

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36

diâmetro das bagas foram utilizadas 20 bagas de cada repetição com

auxilio de paquímetro.

A concentração de sólidos solúveis (oBrix) foi determinada

por refratometria, com refratômetro portátil digital de bancada, modelo

RTD-45, marca Digital Refractometer, com correção de temperatura

para 20 ºC.

A acidez total foi determinada através de uma amostra 5 mL

de mosto, diluída em 5 mL de água destilada, sendo realizada a titulação

com solução de NaOH a 0,1 N. A determinação do potencial

hidrogeônico (pH) foi realizada a 25ºC em potenciômetro marca Imbrac,

calibrado com soluções padrão de pH 4,00 e 7,00.

Para extração dos compostos para análise de polifenóis e

antocianinas foram pesados 40 g de casca de uva e adicionados 16 mL

de metanol a 50%, colocando-se em estufa a 30 ºC, por 24 horas,

retirando-se o sobrenadante após esse período. A seguir as cascas

passaram por extração fria, adicionando-se 16 mL de metanol a 50%,

armazenadas em refrigerador a -3 ºC, por 24 horas. Após esse período, o

sobrenadante foi novamente coletado e misturado com o extraído

anteriormente. O extrato foi mantido em geladeira até o momento da

análise.

A concentração de antocianinas extraíveis foi estimada

segundo a metodologia proposta por Ribéreau-Gayon; Stonestreet

(1965) apud Ribéreau-Gayon et al. (1998), método químico baseado na

propriedade característica das antocianinas, as quais variam sua cor de

acordo com o pH. O método que mensura a diferença da densidade

óptica na absorbância da onda de 520 nm (D.O.520), Δd’ = d’1 - d’2, em

uma cubeta de quartzo de 10,01 mm de percurso óptico.

Este método prevê a preparação das amostras para leitura em

espectrofotômetro d’1 e d’2. A primeira amostra (d’1), é composta por 1

mL de solução extrato, 1 mL de etanol, 0,1% HCl e 10 mL de HCl 2%

(pH = 0,8). A segunda (d’2) contém 1 mL de solução extrato, 1 mL de

etanol 0,1% HCl e 10 mL de solução tampão [pH = 3,5 (303,5 mL de

fosfato dissódico 0,2M + 696,5 mL de ácido cítrico 0,1M)]. Mediante a

fórmula AE (mg L-1) = 388*Δd’, obtém-se a quantidade de antocianinas

facilmente extraíveis em miligrama por litro.

A determinação dos polifenóis totais foi realizada pelo método descrito por Singleton e Rossi (1965) utilizando o reagente

Folin-Ciocalteau, e as concentrações foram determinadas utilizando-se

uma curva de calibração com ácido gálico (mg L-1 de mosto).

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37

A microvinificação foi realizada nas dependências do prédio

da Agronomia CAV-UDESC, no Núcleo de Tecnologia de Alimentos –

NUTA 2, laboratório destinado a análises físico-químicas e na cantina

que está anexa ao prédio.

A uva após a colheita e transporte foi acondicionada em

câmara fria por no mínimo três horas, para que as uvas atingissem em

torno de 10 a 12°C. Posteriormente foram retiradas bagas podres,

verdes, murchas ou furadas por vespas e feita a pesagem das caixas.

Após a pesagem, os cachos foram desengaçados e esmagados com

auxílio de desengaçadeira mecânica e durante este processo foi

adicionado metabissulfito de potássio dissolvido em água mineral.

Depois do desengace as uvas foram acondicionadas em

tanques fermentadores com controle de temperatura e foi realizada a

adição de enzima e de leveduras. Para auxiliar no processo de

fermentação também foi adicionado nutriente dissolvido em água

mineral. A fermentação foi acompanhada por meio da medição da

densidade à 20°C duas vezes ao dia, momento em que também foi

realizada a remontagem das bagas nos tanques.

Após sete dias de fermentação em contato com as cascas foi

realizada a descuba para garrafões de aproximadamente 30 litros,

retirando-se as bagas do contato com o mosto, com auxílio de sacos de

nylon.

Após este processo, foram aguardados 30 dias para a

realização da primeira trasfega, ou seja, a retirada das borras do vinho e

mais 45 dias após a primeira trasfega para a realização da segunda

trasfega. Os vinhos ficaram armazenados em processo de fermentação

malolática e a terceira trasfega foi realiza após o final do inverno.

Decorrida a estabilização foi realizado o engarrafamento

manual, rotulagem e armazenamento em adega, com as garrafas em

posição horizontal, e ao abrigo da luz. Depois foram realizadas as

análises químicas de cor, antocianinas e polifenóis.

As variáveis analisadas foram submetidas à análise de

regressão polinomial em função das diferentes doses de ácido abscísico

aplicadas.

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38

3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.4.1 Bento Gonçalves

De acordo com os dados da figura 1, verifica-se que houve

incremento linear para a quantidade de polifenóis totais nas cascas em

22% com a dose de 800 ppm de ácido abscísico, concordando com os

resultados obtidos por Gardin et al. (2012) com a mesma cultivar em

Videira – Santa Catarina.

Figura 1 – Polifenóis totais nas cascas da cultivar Cabernet Sauvignon

submetida a diferentes doses de ácido abscísico. Bento Gonçalves, 2013.

y = 0,7336*x + 1640

R² = 0,8033

1250

1500

1750

2000

2250

2500

0 200 400 600 800

Po

life

is T

ota

is (m

g L

-1

eq

uiv

ale

nte

s d

e á

cid

o g

áli

co

)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Balint e Reynolds, (2013) em trabalho realizado com

‘Cabernet Sauvignon’ em Ontario no Canadá, observaram incremento

da quantidade de antocianinas e compostos fenólicos totais em uvas

tratadas com 150 e 300 mg/L de ácido abscísico.

Apesar de não ser um parâmetro desejável para cultivares de

uva para vinho, o aumento do tamanho da baga teve um comportamento

linear crescente (figura 2), porém este aumento não refletiu em

diminuição dos polifenóis, pelo contrário mesmo aumentando o

tamanho da baga, houve um aumento linear positivo dos polifenóis.

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39 Figura 2 – Diâmetro de bagas na cultivar Cabernet Sauvignon submetida

a diferentes doses de ácido abscísico. Bento Gonçalves, 2013.

y = 0,001*x + 13,11

R² = 0,911

12,8

13,0

13,2

13,4

13,6

13,8

14,0

14,2

0 200 400 600 800

Diâ

metr

o (m

m)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Para as demais características físico-químicas das bagas e do

mosto, a aplicação de diferentes doses de ácido abscísico não interferiu

significativamente como pode ser constatado na tabela 1.

Tabela 1 – Massa de bagas (M), sólidos solúveis (SS), acidez total (AT),

pH, antocianinas (A), intensidade da cor das bagas (IC) da cultivar

Cabernet Sauvignon tratada com diferentes doses de ácido abscísico.

Bento Gonçalves, 2013.

Dose

(ppm)

M

(g)

SS

(°Brix)

AT

(meqL-1)

pH A

(mg L-1)

IC

0 151,6* 19,42* 83,4* 3,40* 805,6* 9,2*

200 160,3 19,56 90,2 3,41 805,3 9,2

400 145,3 19,72 85,1 3,48 757,1 8,8

600 163,4 19,64 89,4 3,47 971,6 11,1

800 158,1 19,58 87,7 3,48 883,9 9,1

CV(%) 6,1 0,2 3,8 0,6 9,16 12,8

*Valores não significativos. Fonte: Sabrina Lerin

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40

Na figura 3, observa-se que para o vinho a quantidade de

polifenóis totais apresentou resposta semelhante à obtida nas bagas da

uva, havendo um incremento linear de 17% com a dose de 800ppm de

ácido abscísico.

Deis et al. (2011) observaram também que a aplicação

exógena de ácido abscísico aumenta significativamente o conteúdo de

compostos fenólicos das uvas e do vinho produzido da ‘Cabernet

Sauvignon’ em Mendoza, Argentina.

Figura 3 – Polifenóis totais presentes no vinho da cultivar Cabernet

Sauvignon submetida a diferentes doses de ácido abscísico. Bento

Gonçalves, 2013.

y = 0,0247*x + 100,6

R² = 0,8773

95

100

105

110

115

120

125

0 200 400 600 800

Po

life

is T

ota

is (m

g L

-1

eq

uiv

ale

nte

s d

e á

cid

o g

áli

co

)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

O aumento da quantidade de polifenóis observado com o

aumento das doses de ácido abscísico aplicadas na cultivar Cabernet

Sauvignon em Bento Gonçalves revela o potencial de qualidade que

poderá ser acrescido ao vinho, pois os polifenóis são os principais

compostos responsáveis pelo aroma, sabor e coloração dos vinhos tintos

de acordo com Kennedy, (2008).

A intensidade da cor do vinho de Cabernet Sauvignon de

Bento Gonçalves aumentou em 17% com a dose de 800 ppm e em 24%

com a dose de 600 ppm de ácido abscísico em comparação com a

testemunha, conforme pode ser observado na figura 4.

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41 Figura 4 – Intensidade de cor no vinho da cultivar Cabernet Sauvignon

submetida a diferentes doses de ácido abscísico. Bento Gonçalves, 2013.

y = 0,0013*x + 4,8815

R² = 0,7684

4,50

4,70

4,90

5,10

5,30

5,50

5,70

5,90

0 200 400 600 800

Inte

nsi

da

de d

e C

or

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

O aumento da intensidade de cor (Figura 4) e da quantidade

de polifenóis (Figura 3) observado no vinho condiz com os resultados

observados por Anderson et al. (2008) que avaliaram o efeito da

aplicação de ABA nas cultivares Cabernet Sauvignon e Merlot sobre as

bagas e o vinho produzido, obtendo resultados semelhantes, como

aumento da coloração e do conteúdo de polifenóis.

O efeito das mudanças climáticas sobre a produção e os

atributos de qualidade estão entre as preocupações dos vitivinicultores e

demais agricultores (WHITE et al. 2006). Embora que, ainda haja

debates sobre a influência antropogênica sobre o clima, há claramente

registros de condições extremas ou anormais para determinados

períodos (CHUINE et al. 2004; MANN et al. 2009) que podem ter

implicações sobre o cultivo da videira e a qualidade dos vinhos.

As melhores safras para a viticultura na Serra Gaúcha

ocorrem em anos com menor precipitação e maior insolação,

possibilitando melhores condições de maturação às uvas (PEDRO

JÚNIOR, 2006).

Na tabela 2 são apresentadas as condições climáticas durante

o período de realização do experimento e observa-se que houve

diminuição da temperatura e aumento da precipitação no mês de março.

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42

Tabela 2 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Bento Gonçalves, safra

2012/2013.

Meses T° Máx. T° Mín. P. P. (mm)

Outubro/12

Novembro/12

23,7

26,4

14,6

15,2

163,2

24,1

Dezembro/12 28,4 18,1 229,6

Janeiro/13 26,5 15,9 114,1

Fevereiro/13 26,5 17,2 108,5

Março/13 22,9 14,6 191,8

Média 25,7 15,9 138,5

Fonte: Estação Agroclimatológica de Bento Gonçalves instalada na

Embrapa Uva e Vinho, RS – (Lat. 29° 09’S, Lon. 51° 31’W e alt. 640

m).

3.4.2 Vacaria

Observa-se na figura 5, comportamento linear positivo para a

variável pH, concordando com os resultados obtidos por Balint e

Reynolds, (2013) com a mesma cultivar.

Figura 5 – Potencial hidrogeônico (pH) do mosto da cv. Cabernet

Sauvignon submetida a diferentes doses de ABA. Vacaria, 2013.

y = 0,0001x *+ 2,9545

R² = 0,804

2,94

2,96

2,98

3,00

3,02

3,04

3,06

3,08

0 200 400 600 800

pH

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

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43

O aumento de índice de pH no mosto verificado na figura 5,

contribui para a manutenção das antocianinas, responsáveis pela

coloração vermelha dos vinhos tintos (Ribéreau-Gayon et al. 2006).

Martín et al. (2005) em trabalho realizado com a cultivar

Verdejo, avaliaram a aplicação de 800 ppm de ácido abscísico em três

épocas: quando a baga estava em tamanho de ervilha, no veraison e na

maturação verificando que todos os tratamentos aumentatam os valores

de pH do mosto.

Na tabela 3 pode-se constatar que as aplicações de diferentes

doses de ABA não influenciaram de modo significativo na quantidade

de antocianinas, polifenóis totais e intensidade da cor das bagas e do

vinho da ‘Cabernet Sauvignon’ avaliada em Vacaria.

Tabela 3 – Antocianinas presentes nas cascas (AC), polifenóis totais nas

cascas (PTC - equivalentes de ácido gálico) e intensidade de cor das

cascas (ICC) e antocianinas no vinho (AV), polifenóis totais no vinho

(PTV - equivalentes de ácido gálico) e intensidade de cor do vinho

(ICV) da cultivar Cabernet Sauvignon tratada com diferentes doses de

ácido abscísico. Vacaria, 2013.

Dose

ppm

AC

meqL-1

PTC

mg.L-1

ICC AV

meqL-1

PTV

mg.L-1

ICV

0 1234* 2168* 10,7* 281* 157* 7,2*

200 1287 2230 10,9 345 182 8,7

400 1277 2089 10,4 404 185 9,2

600 1479 2500 12,9 350 204 9,9

800 1578 2566 13,6 373 178 9,6

CV(%) 4,65 6,19 6,48 11,2 8,4 6,27

*Valores não significativos. Fonte: Sabrina Lerin

Na tabela 4 observam-se as demais variáveis físico-químicas

analisadas que não apresentaram diferença significativa para as

diferentes doses de ácido abscísico aplicadas na cultivar Cabernet

Sauvignon em Vacaria.

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44

Tabela 4 – Massa (M), diâmetro de bagas (D), sólidos solúveis (SS) e

acidez total (AT) da cultivar Cabernet Sauvignon tratada com diferentes

doses de ácido abscísico. Vacaria, 2013.

Dose

(ppm)

M

(g)

D

(mm)

SS

(°Brix)

AT

(meq L-1)

0 156,49* 13,03* 21,55* 135,28*

200 153,53 13,39 21,58 134,68

400 154,25 13,39 21,33 170,28

600 153,38 13,40 21,25 165,55

800 156,00 13,35 21,53 166,07

CV(%) 0,5 0,57 0,6 8,0

*Valores não significativos. Fonte: Sabrina Lerin

Na tabela 5 são apresentadas as condições climáticas para o

município de Vacaria durante o período de desenvolvimento do

experimento, onde se pode verificar a diminuição da temperatura e alta

precipitação pluviométrica durante o mês de março, coincidindo com a

época da colheita da uva.

Tabela 5 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Vacaria, safra

2012/2013.

Meses T° Máx. T° Mín. P. P. (mm)

Outubro/12

Novembro/12

17,3

19

16,1

17,5

142

74

Dezembro/12 21,3 20 177,4

Janeiro/13 19,3 17,9 107,4

Fevereiro/13 19,8 18,5 147,4

Março/13 17,1 16 150,6

Média 18,9 17,6 133,13

Fonte: Estação Metereológica Automática de Vacaria, INMET – (Lat.

28° 30’ S, Lon. 50° 52’ W e alt. 986 m).

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45 3.4.3 Santana do Livramento

Verifica-se que houve incremento linear para a quantidade de

polifenóis totais presentes nas cascas em 9% com a aplicação da dose de

800 ppm de ácido abscísico, conforme constata-se na figura 6.

Os resultados obtidos concordam com trabalhos realizados por

Balint e Reynolds (2013) e Deis et al. (2011) que também verificaram

incremento de polifenóis na cultivar Cabernet Sauvignon com a

aplicação exógena de ácido abscísico.

Figura 6 – Polifenóis totais presentes nas cascas da cultivar Cabernet

Sauvignon submetida à aplicação de diferentes doses de ABA. Santana

do Livramento, 2013.

.

y = 0,1385*x + 1078,2

R² = 0,8943

1060

1080

1100

1120

1140

1160

1180

1200

0 200 400 600 800

Po

life

is T

ota

is (m

g L

-1

eq

uiv

ale

nte

s d

e á

cid

o g

áli

co

)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Para a quantidade de antocianinas presentes nas cascas houve

um aumento de 30% com a dose de 800 ppm de ácido abscísico,

conforme pode ser observado na figura 7.

Xi et al, (2013) em trabalho conduzido com a cultivar Yan73

(Vitis vinifera), uma das cultivares mais tintórias cultivadas na China,

verificaram que a aplicação de 200 mg/L durante o veraison

proporcionou os maiores conteúdos de compostos fenólicos,

antocianinas e também a maior capacidade antioxidante nos vinhos

elaborados a partir de tratamentos com ácido abscísico em comparação

com a testemunha.

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46

Figura 7 – Antocianinas na cultivar Cabernet Sauvignon submetida a

diferentes doses de ácido abscísico. Santana do Livramento, 2013.

y = 0,1128*x + 340

R² = 0,7743

300

320

340

360

380

400

420

440

460

0 200 400 600 800

An

tocia

nin

as

(mg

L-1

ma

lvid

ina

-3-g

luco

sid

e)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Para a intensidade da cor (figura 8) das cascas também houve

um incremento de 17% com a aplicação da dose de 800 ppm de ácido

abscísico.

Figura 8 – Intensidade da cor nas cascas da cv. Cabernet Sauvignon

submetida a diferentes doses de ABA. Santana do Livramento, 2013.

y = 0,0013*x + 6,92

R² = 0,83256,6

6,8

7,0

7,2

7,4

7,6

7,8

8,0

8,2

0 200 400 600 800

Inte

nsi

da

de d

e C

or

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

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47

Observa-se na figura 9, que a aplicação de ácido abscísico

também proporcionou um aumento da massa das bagas conforme se

aumentaram as doses de ácido abscísico.

Figura 9 – Massa de bagas da cultivar Cabernet Sauvignon submetida a

diferentes doses de ácido abscísico. Santana do Livramento, 2013.

y = 0,0055**x + 147,85

R² = 0,9381

147

148

149

150

151

152

153

0 200 400 600 800

Ma

ssa

(g

)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Resultados semelhantes foram observados por Balint e

Reynolds (2013) com a aplicação exógena de ABA nas concentrações

de 150 e 300 mg.L-1 proporcionaram aumento de massa da bagas na

cultivar Cabernet Sauvignon, em Ontario no Canadá.

Jayalakshmi et al. (2012) também observaram incremento de

massa em folhas de Malva sylvestris L. submetidas à tratamento com

ácido abscísico.

Para as demais características físico-químicas das bagas a

aplicação exógena de diferentes doses de ácido abscísico não interferiu

de forma significativa conforme pode ser observado na tabela 6.

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48

Tabela 6 – Sólidos solúveis (SS), acidez total (AT), pH e diâmetro de

bagas da cultivar Cabernet Sauvignon submetida à diferentes doses de

ácido abscísico. Santana do Livramento, 2013.

Dose

(ppm)

SS

(°Brix)

AT

(meq L-1)

pH D

(mm)

0 18,44* 86,13* 3,54* 12,93*

200 18,12 90,17 3,46 12,82

400 18,28 89,06 3,54 13,10

600 18,26 87,68 3,48 12,88

800 18,60 85,72 3,52 13,13

CV(%) 0,5 1,2 1,3 1,0

*Valores não significativos. Fonte: Sabrina Lerin

Devido à um problema na vinificação das uvas de Cabernet

Sauvignon do município de Santana do Livramento não existem dados

sobre a aplicação de ácido abscísico e seus efeitos no vinho.

As condições climáticas da cidade de Santana do Livramento

durante o período de realização do experimento são apresentadas na

tabela 7 e pode-se observar a diminuição da temperatura e menor

quantidade de chuva para o mês de março.

Tabela 7 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P.P. (precipitação pluviométrica total). Santana do Livramento,

safra 2012/2013.

Meses T° Máx. T° Mín. P. P. (mm)

Outubro/12

Novembro/12

18,5

22,1

17,6

20,8

270,4

60,8

Dezembro/12 23,7 22,5 215,6

Janeiro/13 22,4 21,2 160,2

Fevereiro/13 22,5 21,3 108,8

Março/13 19,5 18,3 83

Média 21,4 20,2 149,8

Fonte: Estação Metereológica Automática de Santana do Livramento,

INMET – (Lat. 30° 50’ S, Lon. 55° 36’ W e alt. 328 m).

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49

Os resultados apresentados concordam com o trabalho de

Ferrandino e Lovisolo, (2013), no qual os autores destacam que o ácido

abscísico é uma ferramenta de controle de estresses abióticos e é

responsável por aumentar a qualidade das uvas.

3.5 CONCLUSÕES

A aplicação exógena de ácido abscísico promove melhoria na

composição fenólica das bagas e dos vinhos, aumentando a

concentração de antocianinas, polifenóis e a intensidade de cor nas

cascas da ‘Cabernet Sauvignon’ nos três locais avaliados.

O incremento da intensidade da cor, teor de antocianinas e de

polifenóis totais proporcionado pela aplicação exógena de ácido

abscísico é transferido também para o vinho da cultivar Cabernet

Sauvignon, agregando maior qualidade ao vinho produzido.

A aplicação exógena de ABA não altera as características

físico-químicas das bagas da cultivar Cabernet Sauvignon.

3.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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54

4 CAPÍTULO 2 - AUMENTO DA COLORAÇÃO DO SUCO DA

UVA ISABEL COM APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO

4.1 RESUMO

Os sucos elaborados a partir de uvas americanas agregam um grande

valor para os produtores e possui grandes vantagens sobre o vinho, uma

vez que isento de álcool e possuindo a mesmas propriedades

nutracêuticas, o suco pode ser consumido a qualquer momento por

pessoas de qualquer faixa etária. A cultivar Isabel é a principal dentre as

cultivares utilizadas para a elaboração de suco de uva, contudo,

apresenta baixa coloração e rendimento no processo de beneficiamento

da uva, com a finalidade de produzir suco. Assim, o objetivo do trabalho

foi avaliar os efeitos da aplicação de ácido abscísico na composição

fenólica das bagas e suco da cultivar Isabel. O experimento foi realizado

no Estado do Rio Grande do Sul, no município de Pinto Bandeira, com a

cultivar Isabel, da espécie Vitis labrusca. O delineamento experimental

adotado foi de blocos ao acaso com cinco repetições. Foram aplicados

cinco doses de ácido abscísico (0; 200; 400; 600 e 800 ppm) uma única

vez em veraison. Após a colheita, foram realizadas as avaliações das

características físicas, químicas e dos compostos fenólicos presentes nas

cascas e no suco integral. A aplicação de ácido abscísico proporciona

aumento dos doses de polifenóis, antocianinas e intensidade de cor na

uva Isabel e no suco produzido, incrementando linearmente em até 70%

as antocianinas, 119% os polifenóis, 61% a intensidade de cor do suco

produzido a partir de uvas Isabel.

4.2 INTRODUÇÃO

Entre as principais cultivares de uvas para processamento

produzidas no Brasil estão ‘Isabel’, ‘Concord’ e ‘Bordô’ (SATO et al.

2008), no entanto, com o avanço do melhoramento genético, outras

cultivares para processamento foram lançadas, como por exemplo, BRS

Rúbea, BRS Cora, BRS Violeta e BRS Carmem (CAMARGO et al.

2010).

Camargo et al. (2010), destacam que apesar de ser a cultivar mais plantada nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a

‘Isabel’ apresenta o problema de baixa coloração do suco, o que

proporciona baixo rendimento industrial na elaboração de suco

concentrado de uva.

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55

Os sucos elaborados com uvas americanas estão se destacando

como produto de grande valor agregado para os produtores, com

grandes vantagens competitivas sobre o vinho por possuir as mesmas

propriedades nutracêuticas. Além disso, o suco pode ser consumido por

pessoas de todas as faixas etárias, a qualquer momento, pois não contém

álcool.

Continuamente o corpo humano está exposto aos radicais

livres, responsáveis pela patogenicidade de inúmeras doenças, como por

exemplo, câncer, doenças cardiovasculares e diabetes (COOPER et al.

2004; DEMBINSKA-KIEC et al. 2008), entretanto o consumo regular

de alimentos que contém naturalmente compostos antioxidantes é uma

forma de prevenir os riscos de muitas doenças causadas pelos radicais

livres (YOUNG, WOODSIDE, 2001).

Segundo Iacopini et al. (2008), a uva é uma das frutas com a

maior concentração de antioxidantes e compostos fenólicos. Devido a

presença desses compostos, pesquisas relatam os benefícios da uva e do

suco de uva (DÁVALOS et al. 2005; ZERN et al. 2005; MULLEN et

al. 2007; FREDERIKSEN et al. 2007).

Uma grande gama de atividades biológicas dos compostos

fenólicos já foram relatadas, como por exemplo, anticarcinogênico,

antialérgico, anti-inflamatório, bem como, a atividade antioxidante

(CATTERALL, et al. 2000; TERRA et al. 2007).

As antocianinas fazem parte da composição das bagas de uva

e além de serem responsáveis pela coloração, apresentam importantes

efeitos para saúde (PASCUAL-TERESA, SANCHEZ-BALLESTA,

2008). Na incessante busca pela saúde e bem estar, os consumidores

procuram alimentos que lhes tragam benefícios, como por exemplo,

alimentos com propriedades antioxidantes, ricos em compostos

fenólicos e antocianinas (GUILFORD, PEZZUTO, 2011), assim, o suco

de uva representa uma excelente alternativa.

Neste contexto, o presente trabalho objetivou avaliar a

aplicação exógena de diferentes doses de ácido abscísico, em aplicação

única na cultivar Isabel, e seus efeitos na coloração das bagas e no suco

de uva integral.

4.3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na safra 2012-2013, no Estado do

Rio Grande do Sul, na Serra Gaúcha, importante pólo produtor de uvas,

vinhos e sucos, no município de Pinto Bandeira (latitude 29º 08’,

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56

longitude 51º 26’ e 700 metros de altitude). O vinhedo utilizado foi

implantado em 1999, com a cultivar Isabel, da espécie Vitis labrusca. Na área experimental o delineamento adotado foi de blocos ao

acaso com cinco repetições. Antes da realização da aplicação foi

realizada desfolha e a aplicação de ABA foi feita diretamente nos

cachos. Foram aplicados cinco doses de ácido abscísico (0; 200; 400;

600 e 800 ppm) uma única vez, na virada de cor (veraison) quando 50%

das bagas ou mais estavam rosadas.

No momento da colheita, foram realizadas as avaliações das

características físicas das bagas e químicas do mosto das uvas, e a partir

das cascas, foi avaliada a composição fenólica. Para tanto, foram

coletadas amostras de 100 bagas por parcela, aleatoriamente de

diferentes posições dos cachos. Para avaliação de massa das bagas foi

efetuado o peso de 100 bagas de cada repetição com auxílio de balança

de precisão e para diâmetro das bagas foram utilizadas 20 bagas de cada

repetição, com auxilio de paquímetro.

A concentração de sólidos solúveis (oBrix) foi determinada

por refratometria, com refratômetro portátil digital de bancada, modelo

RTD-45, marca Digital Refractometer. A acidez total (% ácido málico)

foi determinada através de uma amostra 5 mL de mosto, diluída em 5

mL de água destilada, sendo realizada a titulação com solução de NaOH

a 0,1 N. A determinação do potencial hidrogeônico (pH) foi realizada a

25ºC em potenciômetro marca Imbrac, calibrado com soluções padrão

de pH 4,00 e 7,00.

Para extração dos compostos para análise de polifenóis e

antocianinas foram pesadas 40 g de casca de uva e adicionados 16 mL

de metanol a 50%, colocando-se em estufa a 30 ºC, por 24 horas,

retirando-se o sobrenadante após esse período. A seguir as cascas

passaram por extração fria, adicionando-se 16 mL de metanol a 50%,

armazenadas em refrigerador a -3 ºC, por 24 horas. Após esse período, o

sobrenadante foi novamente coletado e misturado com o extraído

anteriormente. O extrato foi mantido em geladeira até o momento da

análise.

A concentração de antocianinas extraíveis foi estimada

segundo a metodologia proposta por Ribéreau-Gayon; Stonestreet

(1965) apud Ribéreau-Gayon et al. (1998), método químico baseado na propriedade característica das antocianinas, as quais variam sua cor de

acordo com o pH. O método que mensura a diferença da densidade

óptica na absorbância da onda de 520 nm (D.O.520), Δd’ = d’1 - d’2, em

uma cubeta de quartzo de 10,01 mm de percurso óptico. Este método

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57 prevê a preparação das amostras para leitura em espectrofotômetro d’1 e

d’2. A primeira amostra (d’1), é composta por 1 mL de solução extrato, 1

mL de etanol, 0,1% HCl e 10 mL de HCl 2% (pH = 0,8). A segunda

(d’2) contém 1 mL de solução extrato, 1 mL de etanol 0,1% HCl e 10

mL de solução tampão [pH = 3,5 (303,5 mL de fosfato dissódico 0,2M

+ 696,5 mL de ácido cítrico 0,1M)]. Mediante a fórmula AE (mg L-1) =

388*Δd’, obtém-se a quantidade de antocianinas facilmente extraíveis

em miligrama por litro. A determinação dos polifenóis totais foi

realizada pelo método descrito por Singleton e Rossi (1965), utilizando

o reagente Folin-Ciocalteau, e as concentrações foram determinadas

utilizando-se uma curva de calibração com ácido gálico (mg L-1 de

mosto).

Para elaboração do suco de uva integral da cultivar Isabel,

após a colheita da uva foi realizada a separação das bagas e da ráquis e

em concomitante seleção das bagas sadias. O suco de uva integral,

apresentado na sua concentração e composição natural, límpido ou

turvo, sem adição de açúcar, foi elaborado à partir de três quilogramas

de uva por repetição. Foi utilizada uma panela extratora de suco à vapor

e manualmente realizando-se o engarrafamento e rotulagem das garrafas

que após foram encaminhadas para análise de cor, antocianinas e

polifenóis.

As variáveis analisadas foram submetidas à análise de

regressão polinomial em função das diferentes doses de ácido abscísico

aplicadas.

4.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pode-se observar na figura 1, que houve incremento linear de

antocianinas, de 80% com a dose de 800ppm de ABA e de 48% com a

dose de 600 ppm de ABA, demonstrando que o ácido abscísico induz o

aumento da pigmentação das bagas pelo aumento da concentração de

antocianinas.

Hiratsuka et al. (2001) em trabalho realizado in vitro com a

cultivar Olympia (Vitis labruscana Bailey) também observaram o

aumento da biossíntese de antocianinas com a aplicação exógena de

ABA. Os resultados obtidos concordam com os dados observados por Shandhu et al. (2011), que avaliaram a aplicação de ácido abscísico

durante o veraison e após o veraison, nas cultivares ‘Nobles’ e

‘Alachua’ (Vitis rotundifolia), obtendo que o tratamento com ácido

abscísico aumentou o conteúdo de polifenóis e antocianinas.

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58

Figura 1 – Antocianinas nas cascas da cultivar Isabel submetida a

diferentes doses de ácido abscísico. Pinto Bandeira,

2013.

y = 0,3353*x + 303,28

R² = 0,8605200

300

400

500

600

700

0 200 400 600 800

An

tocia

nin

as

(mg

L-1

ma

lvid

ina

-3-g

luco

sid

e)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Verifica-se comportamento polinomial para o diâmetro das

bagas na medida em que aumentam-se as doses de ácido abscísico

aplicadas, conforme pode ser observado na figura 2.

Figura 2 – Diâmetro das bagas da cultivar Isabel submetida a diferentes

doses de ácido abscísico. Pinto Bandeira, 2013.

y = -3E-06x2 + 0,002x + 16,51

R² = 0,989

16,4

16,6

16,8

17

17,2

17,4

0 200 400 600 800

Diâ

met

ro d

e b

aga

s (c

m)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

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59

Os resultados para o suco de uva foram semelhantes aos

observados nas análises das cascas das bagas, com incremento linear

positivo para polifenóis (Figura 3).

Na figura 3, verifica-se que a manutenção de 95% a mais de

polifenóis no suco que a testemunha com a dose 800 ppm de ABA e de

119% com a dose de 600 ppm de ácido abscísico.

Figura 3 – Polifenóis totais presentes no suco da cv. Isabel submetida a

diferentes doses de ABA. Pinto Bandeira, 2013.

y = 1,4606*x + 1064,6

R² = 0,8415

500

1000

1500

2000

2500

0 200 400 600 800

Po

life

is T

ota

is (m

g L

-1

eq

uiv

ale

nte

s d

e á

cid

o g

áli

co

)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Observa-se que o teor de polifenóis totais atinge um ponto

máximo de concentração com a aplicação da dose de 600 ppm de ABA

(Figura 3), no entanto, a quantidade de antocianinas apresenta tendência

de aumento além da dose de 800 ppm de ABA (Figura 4).

Com isso, doses além de 800 ppm de ácido abscísico podem

ser testadas a fim de se obter a concentração ideal que propicie o

máximo de teor de antocianinas.

Conforme figura 4, verifica-se que para o teor de antocianinas

houve incremento linear positivo no suco de uva integral da cultivar

Isabel com manutenção no suco de 70% para 800 ppm e de 50% para a

dose de 600 ppm de ácido abscísico.

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60

Figura 4 – Antocianinas presentes no suco da cv. Isabel submetida a

diferentes doses de ABA. Pinto Bandeira, 2013.

y = 0,1471*x + 203,04

R² = 0,9183

150

200

250

300

350

0 200 400 600 800

An

tocia

nin

as

(mg

L-1

ma

lvid

ina

-3-g

luco

sid

e)

Doses de ABA (ppm)

Fonte: Sabrina Lerin

Na tabela 1, nas demais variáveis analisadas não foram

detectadas diferenças significativas entre os tratamentos. Shandhu et al.

(2011) verificou que a aplicação de ácido abscísico não alterou a massa

das bagas, a quantidade de sólidos solúveis e o potencial hidrogeônico

do mosto (pH) nas cultivares ‘Noble’ e ‘Alachua’ em experimento

conduzido na Flórida, Estados Unidos..

Tabela 1 – Massa de bagas (M), sólidos solúveis (SS), acidez total (AT),

pH, polifenóis totais nas cascas (PTC - equivalentes de ácido gálico),

intensidade da cor nas cascas (ICC) e do suco (ICS) da cultivar Isabel

tratada com diferentes doses de ácido abscísico. Pinto Bandeira, 2013.

Dose

ppm

M

g

SS

°Brix

AT

meqL-1

pH PTC

mg.L-1

ICC ICS

0 310,6* 14,5* 19,6* 3,74* 853,6* 5,6* 4,7*

200 315,1 14,7 22,2 3,88 926,9 6,4 6,9

400 321,8 15,2 21,4 3,74 796,0 5,8 6,6

600 310,1 14,7 27,4 3,55 886,9 6,9 7,0

800 310,1 14,9 20,7 3,74 1057,4 7,9 7,6

CV(%) 1,5 1,7 14,6 3,9 8,8 7,8 10,3

*Valores não significativos. Fonte: Sabrina Lerin

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61

Os resultados positivos obtidos nas cascas com a aplicação de

ABA se repetiram no suco, pois houve aumento da quantidade de

polifenóis totais (Figura 3) e aumento na quantidade de antocianinas

(Figura 4) e na intensidade de cor, como pode ser observado na tabela 1.

O incremento de cor no suco integral de ‘Isabel’ foi de 61%

em comparação à testemunha com a dose de 800 ppm de ácido

abscísico, enquanto o incremento da quantidade de polifenóis totais foi

de 23% na mesma dose.

Na tabela 2 são apresentadas as condições climáticas durante

o período de realização do experimento para o município de Pinto

Bandeira, podendo-se verificar a alta quantidade de chuva para os meses

de fevereiro e março, bem como a diminuição da temperatura em março.

Tabela 2 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P.P. (precipitação pluviométrica total). Pinto Bandeira, safra

2012/2013.

Meses T° Máx. T° Mín. P. P. (mm)

Outubro/12

Novembro/12

23

25,8

13,4

13,7

183,8

35,2

Dezembro/12 22 21 213,6

Janeiro/13 20,2 19 106,6

Fevereiro/13 20,5 19,5 159,2

Março/13 17,6 16,8 180,2

Média 21,5 17,2 146,4

Fonte: Estação Metereológica Automática Don Giovanni, Pinto

Bandeira, RS – (Lat. 29° 08’S, Lon. 51° 26’W e alt. 713 m).

As melhores safras para a viticultura na Serra Gaúcha ocorrem

em anos com menor precipitação e maior incidência de radiação,

possibilitando melhores condições de maturação às uvas (PEDRO

JÚNIOR, 2006).

Mandelli, (1998) relata que durante o período de maturação,

dias ensolarados e com baixa precipitação são imprescindíveis para a

obtenção de uvas sadias e com equilibrada relação açúcar/acidez,

características essenciais para que se possam elaborar bons vinhos.

Essas mesmas condições também são necessárias para elaborar sucos de

boa qualidade.

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62

4.5 CONCLUSÕES

A aplicação exógena de ácido abscísico proporciona aumento

dos doses de polifenóis, antocianinas e intensidade de cor na uva Isabel

e no suco produzido a partir desta cultivar.

A aplicação exógena de ABA não altera as características

físico-químicas das bagas da uva ‘Isabel’. A aplicação exógena de ácido

abscísico proporciona um aumento dos doses de polifenóis, antocianinas

e intensidade de cor, tanto na uva ‘Isabel’ como suco produzido a partir

desta cultivar.

A aplicação exógena de ABA não altera as características

físico-químicas das bagas da uva ‘Isabel’.

O suco de uva é indicado para todas as pessoas que procuram

uma fonte de antioxidantes na alimentação.

4.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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66

5 CAPÍTULO 3 - APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO

INCREMENTA A COR DAS BAGAS DA UVA RUBI EM

DUAS REGIÕES NO SUL DO BRASIL

5.1 RESUMO

A coloração inadequada de uvas vermelhas é um problema que

prejudica a comercialização das uvas de mesa, pois este aspecto visual

deprecia seu valor. As antocianinas são responsáveis pela coloração

vermelha e seus teores na baga são influenciados pela amplitude térmica

da região produtora. O presente trabalho teve por objetivo avaliar

diferentes doses de ácido abscísico aplicados na cultivar Rubi em duas

regiões. O experimento foi realizado no Estado do Rio Grande do Sul,

no município de Vacaria, na região dos Campos de Cima da Serra e em

Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, com a espécie Vitis vinifera, cultivar

Rubi. O delineamento experimental adotado foi esquema fatorial (dose e

três épocas de aplicações). Foram testados cinco doses de ácido

abscísico (0; 200; 400; 600 e 800 ppm), e um tratamento com Ethrel

(400 ppm) na virada de cor. Foi testado também o nível de 400 ppm de

ABA em diferentes épocas de aplicação (na virada de cor, aos 15 dias

antes da colheita e na virada de cor + 15 dias antes da colheita). No

momento da colheita, foram realizadas as avaliações das características

físicas, químicas e dos compostos fenólicos presentes nas cascas. A

aplicação de ácido abscísico com a dose de 400 ppm na cultivar Rubi

elevou a quantidade de antocianinas em 88% e a intensidade de cor em

67% para a região de Bento Gonçalves, já para a região de Vacaria a

dose de 800 ppm elevou em 97% o teor de antocianinas e em 41% a

concentração de polifenóis.

5.2 INTRODUÇÃO

As modificações climáticas, especialmente o aumento da

temperatura, e a mudança da frequência e distribuição das precipitações

pluviométricas podem trazer impactos na produção de uvas e seus

derivados, interferindo na área de cultivo e nas variedades cultivadas

(JONES; GOODRICH, 2008) e influenciando a o conteúdo de constituintes como sólidos solúveis, ácidos orgânicos e compostos

fenólicos (FERRER-GALLEGO et al. 2010).

Os consumidores no momento da compra são influenciados

por muitos fatores, desde a qualidade do produto apresentado, suas

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67 características organolépticas, valor de mercado, entre outros. Um

aspecto muito importante é a coloração do fruto, como por exemplo, das

uvas de mesa, que se tornam mais atrativas ao consumidor pela sua

coloração.

A ‘Rubi’ é uma cultivar de uva de mesa rosada, que muitas

vezes não consegue atingir a coloração adequada, principalmente em

regiões de clima quente, atingindo um tom rosado claro, pouco atrativo

aos consumidores. Os produtores geralmente aplicam ethephon para

melhorar a cor, mas os resultados são irregulares.

O produto comercial Ethephon muito usado para melhorar a

cor das bagas da videira, está sendo restringido na Europa devido à

toxidade ao homem e ao meio ambiente, e desta forma o produtor está

ficando sem alternativas para produzir uma uva competitiva em termos

de coloração.

Assim, o presente trabalho tem por objetivo avaliar diferentes

doses de ácido abscísico aplicados na cultivar Rubi em Bento Gonçalves

e em Vacaria e seus efeitos na coloração das bagas.

5.3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no Estado do Rio Grande do Sul,

no município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha e no município de

Vacaria, nos Campos de Cima da Serra com a espécie Vitis vinifera

(cultivar Rubi).

O delineamento experimental adotado nos dois locais foi de

blocos ao acaso com oito tratamentos. Antes da realização da aplicação

foi realizada desfolha e a aplicação de ABA foi feita diretamente nos

cachos.

Foram testados cinco doses de ácido abscísico (0; 200; 400;

600 e 800 ppm), e um tratamento com Ethrel (400 ppm) na virada de

cor, quando 50% das bagas ou mais estavam rosadas.

A dose de 400 ppm de ABA também foi testada em diferentes

épocas de aplicação (uma aplicação na virada de cor, uma aplicação aos

15 dias antes da colheita e uma aplicação na virada de cor seguida de

outra aplicação aos 15 dias antes da colheita), conforme tabela 1.

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68

Tabela 1 – Tratamentos com diferentes doses de ácido abscísico e

épocas de aplicação na cultivar Rubi para Bento Gonçalves, 2013.

Trat. Doses de ABA (ppm) Épocas de aplicação

1 0 Virada de cor

2 200 Virada de cor

3 400 Virada de cor

4

5

6

400

600

400 + 400

15 dias antes da colheita

Virada de cor

Virada de cor + 15 DAC

7

8

800

400 (Ethrel)

Virada de cor

Virada de cor

DAC: dias antes da colheita. Fonte: Sabrina Lerin

No momento da colheita, (aproximadamente 45 dias após a

primeira aplicação) foram realizadas as avaliações das características

físicas das bagas e químicas do mosto das uvas, e a partir das cascas, foi

avaliada a composição fenólica. Para tanto, foram coletadas amostras de

100 bagas por parcela, aleatoriamente de diferentes posições dos cachos.

Para avaliação de massa das bagas foi efetuado o peso de 100

bagas de cada repetição com auxílio de balança de precisão e para

diâmetro das bagas foram utilizadas 20 bagas de cada repetição medidas

com auxílio de uma régua.

A concentração de sólidos solúveis (oBrix) foi determinada

por refratometria, com refratômetro portátil digital de bancada, modelo

RTD-45, marca Digital Refractometer, com correção de temperatura

para 20 ºC. A acidez total (% ácido málico) foi determinada através de

uma amostra 5 mL de mosto, diluída em 5 mL de água destilada, sendo

realizada a titulação com solução de NaOH a 0,1 N.

A coloração das bagas foi determinada com auxílio de um

colorímetro Minolta, modelo CR 400 e os valores foram expressos em

L*C*h°, em que L* representa o brilho (luminosidade) de uma

superfície (L*= 100 = branco; L*= 0 = preto), C* (Chroma) representa a

pureza (intensidade) da cor vermelha e h° representa a tonalidade da cor

vermelha (0° = vermelho, 90° = amarelo).

Para extração dos compostos para análise de polifenóis e

antocianinas foram pesados 40 g de casca de uva e adicionados 16 mL

de metanol a 50%, colocando-se em estufa a 30 ºC, por 24 horas,

retirando-se o sobrenadante após esse período.

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69

A seguir as cascas passaram por extração fria, adicionando-se

16 mL de metanol a 50%, armazenadas em refrigerador a -3 ºC, por 24

horas. Após esse período, o sobrenadante foi novamente coletado e

misturado com o extraído anteriormente. O extrato foi mantido em

geladeira até o momento da análise.

A concentração de antocianinas extraíveis foi estimada

segundo a metodologia proposta por Ribéreau-Gayon; Stonestreet

(1965) apud Ribéreau-Gayon et al. (1998), método químico baseado na

propriedade característica das antocianinas, as quais variam sua cor de

acordo com o pH. O método que mensura a diferença da densidade

óptica na absorbância da onda de 520 nm (D.O.520), Δd’ = d’1 - d’2, em

uma cubeta de quartzo de 10,01 mm de percurso óptico. Este método

prevê a preparação das amostras para leitura em espectrofotômetro d’1 e

d’2. A primeira amostra (d’1), é composta por 1 mL de solução extrato, 1

mL de etanol, 0,1% HCl e 10 mL de HCl 2% (pH = 0,8). A segunda

(d’2) contém 1 mL de solução extrato, 1 mL de etanol 0,1% HCl e 10

mL de solução tampão [pH = 3,5 (303,5 mL de fosfato dissódico 0,2M

+ 696,5 mL de ácido cítrico 0,1M)]. Mediante a fórmula AE (mg L-1) =

388*Δd’, obtém-se a quantidade de antocianinas facilmente extraíveis

em miligrama por litro.

A determinação dos polifenóis totais foi realizada pelo

método descrito por Singleton e Rossi (1965) utilizando o reagente

Folin-Ciocalteau, e as concentrações foram determinadas utilizando-se

uma curva de calibração com ácido gálico (mg L-1 de mosto).

Para análise das diferentes doses e épocas de aplicação as

variáveis foram submetidas à análise de variância pelo Teste de Tukey à

5% de probabilidade.

5.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.4.1 Bento Gonçalves

Na tabela 2 são apresentadas as variáveis de coloração das

bagas. Observa-se que não houve diferença significativa entre os

tratamentos para a concentração de polifenóis totais e antocianinas.

Peppi et al. (2008) observaram que a aplicação de ácido abscísico no

veraison potencializou o acúmulo de antocianinas para a cultivar

Crimson Seedless e também para a cultivar Flame Seedless (PEPPI et al.

2006).

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70

Tabela 2 – Polifenóis totais (PT - equivalentes de ácido gálico),

antocianinas (A - malvidina-3-glucoside) e coloração das bagas (L, C e

h°) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas de ácido

abscísico e uma aplicação de Ethrel. Bento Gonçalves, 2013.

Trat. PT

(mg L-1)

A

(mg L-1)

L C h°

1 121,4 a 2,47 a 34,4 a 6,54 ab 80,3 a

2 136,2 a 3,60 a 33,2 a 6,70 ab 67,8 ab

3 148,2 a 5,82 a 32,0 ab 6,67 ab 57,0 ab

4 146,4 a 3,10 a 31,7 ab 6,22 ab 65,9 ab

5 141,9 a 5,70 a 31,7 ab 7,00 a 45,4 b

6 133,3 a 3,57 a 32,9 ab 7,02 a 54,8 ab

7 116,6 a 4,40 a 32,4 ab 6,44 ab 62,1 ab

8 115,5 a 4,92 a 30,0 b 5,80 b 59,5 ab

CV% 12,5 38,7 4,1 5,8 18,5

*Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas não diferem

entre si, pelo teste de Tukey (p<0,05). Fonte: Sabrina Lerin

Ferrara et al. (2013) observaram que a aplicação de 400 mg/L

de S-ABA proporcionou alterações na coloração com base no ângulo

hue, de 20 para 11-12 (mais vermelho-violeta). Os mesmos autores

afirmam que a aplicação de ABA aumentou a uniformidade da colheita

dos cachos através do aumento da coloração das bagas. Neste trabalho, a

aplicação de 600 ppm de ABA na virada de cor (tratamento 5) e duas

aplicações de 400 ppm de ABA, uma na virada de cor e outra 15antes da

colheita (tratamento 6) , proporcionaram a maior intensidade de cor.

Verifica-se na tabela 2 que a aplicação de 600 ppm de ABA na

virada de cor (tratamento 5) proporcionou a melhor tonalidade de cor

vermelha. Amiri et al. (2010) relatam que para a cultivar ‘Beidaneh

Ghermez’ os tratamentos com ABA proporcionaram maior incremento

da coloração e manutenção da qualidade dos frutos, caracterizando

aparência superior em comparação com o tratamento controle e com o

tratamento com ethephon.

Na tabela 3, pode-se observar as demais variáveis analisadas,

que não foram significativas, concordando com os resultados obtidos

por Ferrara et al. (2013). O maior valor de sólidos solúveis foi obtido no

tratamento com a dose de 800 ppm (tratamento 7) de ácido abscísico

concordando com Amiri et al (2010).

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71 Tabela 3 – Massa (M) e diâmetro de bagas (D), sólidos solúveis (SS) e

acidez total (AT) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas

de ácido abscísico e uma aplicação de Ethrel. Bento Gonçalves, 2013.

Trat. M

(g)

D

(mm)

SS

(°Brix)

AT

(meq L-1)

1 874,0 ab 23,4 a 13,8 ab 53,1 a

2 882,7 ab 23,0 a 13,5 b 52,1 a

3 993,4 ab 23,9 a 14,2 ab 54,1 a

4 899,4 ab 23,7 a 14,7 ab 48,9 a

5 708,3 b 23,3 a 14,1 ab 55,2 a

6 1013,5 ab 23,6 a 14,3 ab 51,1 a

7 1074,9 a 23,6 a 15,0 a 52,3 a

8 942,2 ab 23,0 a 14,8 ab 56,5 a

CV% 16,5 3,2 4,1 8,8

*Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas não diferem

entre si, pelo teste de Tukey (p<0,05). Fonte: Sabrina Lerin

Verificam-se na tabela 4 as condições climáticas durante o

desenvolvimento do experimento para o município de Bento Gonçalves,

observando-se a diminuição da temperatura e a alta precipitação para o

mês de março, mês de pico da colheita da cultivar Rubi na região.

Tabela 4 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Bento Gonçalves, safra

2012/2013.

Meses T° Máx. T° Mín. P. P. (mm)

Outubro/12

Novembro/12

23,7

26,4

14,6

15,2

163,2

24,1

Dezembro/12 28,4 18,1 229,6

Janeiro/13 26,5 15,9 114,1

Fevereiro/13 26,5 17,2 108,5

Março/13 22,9 14,6 191,8

Média 25,7 15,9 138,5

Fonte: Estação Agroclimatológica de Bento Gonçalves instalada na

Embrapa Uva e Vinho, RS – (Lat. 29° 09’S, Lon. 51° 31’W e alt. 640

m).

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72

5.4.2 Vacaria

Pode-se observar na tabela 5 as variáveis referentes a

coloração das bagas. A concentração de polifenóis totais e antocianinas

não diferiu estatisticamente entre os tratamentos.

A maior tonalidade de cor vermelha (ângulo hue) foi obtida

com a aplicação da dose de 800 ppm de ABA na virada de cor

(tratamento 7).

Tabela 5 – Polifenóis totais (PT - equivalentes de ácido gálico),

antocianinas (A - malvidina-3-glucoside) e coloração das bagas (L, C e

h°) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas de ácido

abscísico e uma aplicação de Ethrel. Vacaria, 2013.

Trat. PT

(mg L-1)

A

(mg L-1)

L C h°

1 331,7 a 10,2 a 34,3 a 5,58 a 86,0 a

2 345,0 a 10,5 a 34,4 a 5,56 a 78,1 ab

3 347,3 a 12,1 a 30,8 a 5,54 a 41,4 bc

4 249,9 a 10,2 a 33,8 a 4,85 a 51,6 abc

5 238,6 a 8,6 a 33,3 a 5,22 a 63,7 abc

6 227,3 a 7,1 a 34,5 a 4,82 a 52,7 abc

7 393,2 a 16,9 a 29,2 a 5,53 a 32,8 c

8 245,7 a 10,2 a 32,5 a 4,76 a 54,7 abc

CV% 29,3 52,1 6,7 10,6 29,4

*Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas não diferem

entre si, pelo teste de Tukey (p<0,05). Fonte: Sabrina Lerin

As aplicações na virada de cor de 400 e 800 ppm de ácido

abscísico (tratamentos 3 e 7 respectivamente) proporcionaram os

maiores conteúdos de polifenóis totais e antocianinas.

Amiri et al. (2009) observaram aumento da quantidade de

antocianinas à medida que se aumentavam as doses de ácido abscísico e

de ethephon, no entanto, o mesmo trabalho relata que os tratamentos

com ácido abscísico apresentavam maior firmeza de polpa em relação

ao tratamento controle e ao tratamento com ethephon, concluindo que todas as uvas tratadas com ácido abscísico exibiram melhor qualidade

global em comparação à aquelas que não receberam nenhum tratamento

ou ethephon.

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73

A aplicação de reguladores de crescimento à base de etileno

favorecem a maturação, mas prejudicam a firmeza dos frutos, como

observa-se em trabalho realizado com Litchi chinensis Sonn por Wang

et al. (2007) verificando que a aplicação de ácido abscísico promoveu

significativamente a síntese de antocianinas, enquanto a aplicação de

Ethrel aumentou a coloração do pericarpo, mas também acelerou o

processo de degradação da clorofila, observando-se a diferença entre o

tratamento 7 (800 ppm de ABA) e o tratamento 8 (400 ppm de Ethrel)

ambos na virada de cor.

A aplicação de ácido abscísico e de ethephon não influenciou

significativamente as variáveis físicas, massa e diâmetro de bagas e

sólidos solúveis como pode ser observado na tabela 6.

Tabela 6 – Massa (M) e diâmetro de bagas (D), sólidos solúveis (SS) e

acidez total (AT) da cultivar Rubi tratada com diferentes doses e épocas

de ácido abscísico e uma aplicação de Ethrel. Vacaria, 2013.

Trat. M

(g)

D

(mm)

SS

(°Brix)

AT

(meq L-1)

1 831,3 a 27,4 a 14,4 a 65,4 a

2 864,6 a 28,1 a 13,2 a 51,1 bc

3 854,2 a 26,5 a 14,5 a 59,2 ab

4 1006 a 29,5 a 14,0 a 50,6 bc

5 1002 a 28,9 a 13,5 a 46,8 c

6 985,4 a 28,6 a 13,2 a 47,5 bc

7 818,8 a 26,1 a 14,9 a 54,1abc

8 1004 a 28,7 a 13,9 a 51,1 bc

CV% 16,9 5,4 8,0 9,4

*Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas não diferem

entre si, pelo teste de Tukey (p<0,05). Fonte: Sabrina Lerin

Na tabela 6, observa-se que o menor valor de acidez total foi

observado no tratamento com 600 ppm de ácido abscísico na virada de

cor (tratamento 5), enquanto o maior valor ocorreu na testemunha

(tratamento 1).

Podemos observar na tabela 6 que para este trabalho a aplicação em duas épocas não apresentou os melhores resultados,

entretanto Roberto et al, (2013) em trabalho conduzido com a mesma

cultivar na cidade de Marialva, no Paraná, obtiveram o melhor resultado

com a aplicação de 400 ppm de ABA em duas aplicações, uma 7 dias

antes do início da maturação e 15 dias antes de colheita.

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74

Nas condições estudadas observou-se a os efeitos da aplicação

exógena do ácido abscísico, no entanto, deve-se repetir o experimento

para a confirmação dos resultados.

As condições climáticas durante o período da realização do

experimento são apresentadas na tabela 7, verificando-se que houve

diminuição da temperatura a partir de fevereiro quando se inicia a

colheita e também aumento da quantidade de precipitação

pluviométrica.

Tabela 7 - Condições climáticas durante o período experimental: T°

Máx. (temperatura máxima média), T° Mín. (temperatura mínima

média), P. P. (precipitação pluviométrica total). Vacaria, safra

2012/2013.

Meses T° Máx. T° Mín. P. P. (mm)

Outubro/12

Novembro/12

17,3

19

16,1

17,5

142

74

Dezembro/12 21,3 20 177,4

Janeiro/13 19,3 17,9 107,4

Fevereiro/13 19,8 18,5 147,4

Março/13 17,1 16 150,6

Média 18,9 17,6 133,13

Fonte: Estação Metereológica Automática de Vacaria, INMET – (Lat.

28° 30’ S, Lon. 50° 52’ W e alt. 986 m).

5.5 CONCLUSÕES

A aplicação de ácido abscísico nas doses de 400 e 800 ppm

proporcionam os maiores conteúdos de polifenóis totais e antocianinas.

O ácido abscísico deve ser aplicado no momento da virada de

cor ou antes, para propiciar o melhor resultado.

O ácido abscísico é mais eficiente para a produção de

antocianinas, polifenóis e intensidade de cor, quando comparado ao

Ethrel.

O ácido abscísico pode ser uma ferramenta aos viticultores

que produzem uva de mesa em anos com condições climáticas

desfavoráveis.

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75

5.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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77 6 CONSIDERAÇÕES GERAIS

De acordo com as condições em que foram realizados os

experimentos nas diferentes regiões, pode-se concluir que a aplicação

exógena de ácido abscísico influencia positivamente a qualidade das

uvas das três cultivares estudadas, incrementando a quantidade de

antocianinas, polifenóis totais e a intensidade de cor, conferindo maior

uniformidade da maturação.

A aplicação de ABA não altera significativamente as

características físico-químicas das uvas ‘Cabernet Sauvignon’, ‘Isabel’,

e ‘Rubi’.

Os resultados obtidos a partir dos experimentos permitem

concluir que a utilização de ácido abscísico em anos com condições

climáticas desfavoráveis para a qualidade das uvas pode ser uma

ferramenta possível de ser utilizada pelos viticultores para solucionar

problemas referentes à baixa coloração das bagas de uvas no caso de

uvas destinadas ao consumo in natura e também às uvas destinadas ao

processamento.

O incremento de coloração com a aplicação de ácido abscísico

verificado nas cascas da cultivar Cabernet Sauvignon e na Isabel

transferiu-se também para o vinho e suco (respectivamente) elaborados,

o que significa maior qualidade para a elaboração de vinhos tintos finos

e maior rendimento do processamento da uva ‘Isabel’ pelas indústrias de

sucos.

Tratando-se de apenas um ano de avaliações é importante a

repetição do experimento, para confirmação dos resultados obtidos.

A realização do projeto de pesquisa permitiu um grande

aprendizado com a realização de atividades, superação das dificuldades

com o apoio dos colegas, além de colocar em prática os ensinamentos

adquiridos durante a vida acadêmica e o curso de mestrado.

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78

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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99

APÊNDICES

Apêndice 01 - Cultivar Isabel submetida a tratamento com diferentes

doses de ácido abscísico (A: 0, B: 200, C: 400, D: 600 e E: 800 ppm de

ABA na virada de cor) em Pinto Bandeira, safra 2013. Fonte: Sabrina

Lerin

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100

Apêndice 02 - Cultivar Rubi submetida a tratamento com diferentes

doses e épocas de aplicação de ácido abscísico em Bento Gonçalves, safra 2013. Fonte: Sabrina Lerin

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101

Apêndice 03 - Cultivar Rubi submetida a tratamento com diferentes

doses e épocas de aplicação de ácido abscísico em Vacaria, safra 2013.

Fonte: Sabrina Lerin

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102

ANEXOS

Anexo 01 - Diagrama CIELAB com a sequência de nuances de cores e

orientação do ângulo de nuances (ângulo hue). Fonte: Adaptado de

CHITARRA; CHITARRA, 2005.