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1 Prof. Victor Roberto Saúde do Idoso Demência, para fins diagnósticos, é uma síndrome caracterizada pelo comprometimento de múltiplas funções corticais superiores. Entre os déficits cognitivos incluem-se os da memória, do pensamento, da orientação, da compreensão, da linguagem, do cálculo, da capacidade de aprendizagem, do pensamento abstrato e do julgamento. O comprometimento das funções cognitivas é usualmente acompanhado e, às vezes, antecedido por alterações psicológicas, do comportamento e da personalidade.

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Prof. Victor Roberto

Saúde do Idoso

Demência, para fins diagnósticos, é uma síndrome caracterizada pelo comprometimento de múltiplas funções corticais superiores. Entre os

déficits cognitivos incluem-se os da memória, do pensamento, da orientação, da compreensão, da linguagem, do cálculo, da capacidade de

aprendizagem, do pensamento abstrato e do julgamento. O comprometimento das funções cognitivas é usualmente acompanhado e, às vezes, antecedido por alterações psicológicas, do comportamento e da

personalidade.

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A demência é uma síndrome clínica decorrente de doença ou disfunção cerebral, de natureza crônica e progressiva, na qual ocorre perturbação de múltiplas funções cognitivas, incluindo memória, atenção e

aprendizado, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, linguagem e julgamento.

O comprometimento das funções

cognitivas é comumente acompanhado, e 

ocasionalmente precedido, por deterioração

do controle emocional, comportamento social ou 

motivação.

A demência produz um declínio apreciável no 

funcionamento intelectual que interfere com as atividades diárias.

Entre as pessoas idosas, a demência faz parte do grupo 

das mais importantes doenças que  acarretam 

declínio funcional progressivo e perda gradual 

da autonomia e da independência. 

A incidência e a prevalência das demências aumentam exponencialmente com a idade.

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São causas reversíveis de demência:

• Uso de medicamentos (psicotrópicos e analgésicos narcóticos).• Metabólica (distúrbio hidroeletrolítico, desidratação, insuficiência renal ou hepática e hipoxemia).• Neurológica (hidrocefalia de pressão normal, tumor e hematoma subdural crônico).• Infecciosas (Meningite crônica, AIDS, neuro sífilis).• Colágeno-Vascular (lúpus eritematoso sistêmico, arterite temporal, vasculite reumatóide, sarcoidose epúrpura trombocitopênica trombótica).• Endócrinas (doença tireoidiana, doença paratireoidiana, doença da adrenal e doença da pituitária).• Nutricionais (deficiência de vitamina B12, ácido fólico, tiamina e niacina).• Alcoolismo crônico.• Outras (DPOC, insuficiência cardíaca congestiva e apnéia do sono).

Ano: 2007 Banca: FCC Órgão: MPU Prova: ANALISTA DE SAÚDE – ENFERMAGEM

1. A doença de Alzheimer é um distúrbio progressivo, afetando principalmentea) a transmissão neuromuscular, a coordenação motora e a capacidade intelectual.b) a capacidade intelectual e emocional e a coordenação dos movimentos coreiformes

involuntários.c) os centros cerebrais responsáveis pelo controle e regulação dos movimentos e

bradicinesia.d) a memória, a cognição e a capacidade de autocuidado.e) a bainha de mielina, a capacidade intelectual e a transmissão neuromuscular.

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Doença de Alzheimer (DA)

É uma doença cerebral degenerativa primária, de etiologia pouco conhecida, comaspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. É a mais prevalente entreas diversas causas de demências.

A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória,orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.

Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controlesobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

Doença de Alzheimer (DA)Causa e Fatores de Risco

Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumaslesões cerebrais características dessa doença.• placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente

produzida;• emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau;Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) edas ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.

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Doença de Alzheimer (DA)Causa e Fatores de Risco

A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de demência da Doença de Alzheimer (DA). Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos. As mulheres parecem ter risco maior para o desenvolvimento da doença, mas talvez isso aconteça pelo

fato de elas viverem mais do que os homens. Os familiares de pacientes com DA têm risco maior de desenvolver essa doença no futuro, comparados

com indivíduos sem parentes com Alzheimer. Embora a doença não seja considerada hereditária, há casos, principalmente quando a doença tem início

antes dos 65 anos, em que a herança genética é importante. Esses casos correspondem a 10% dospacientes com Doença de Alzheimer.

Outros fatores importantes referem-se ao estilo de vida. São considerados fatores de risco: hipertensão,diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo.

Escolaridade elevada e atividade intelectual intensa estão relacionadas com menor frequência dedemência.

Atenção! Ainda que não esteja claramente demonstrada, estimular os idosos a manter sua mente ativa podeser uma medida profilática.

Doença de Alzheimer (DA)Causa e Fatores de Risco

Outros fatores importantes referem-se ao estilo de vida. São considerados fatoresde risco: hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Esses fatoresrelacionados aos hábitos são considerados modificáveis. Alguns estudos apontamque se eles forem controlados podem retardar o aparecimento da doença.

Escolaridade elevada e atividade intelectual intensa estão relacionadas com menorfrequência de demência.

Ainda que não esteja claramente demonstrada, estimular os idosos a manter suamente ativa pode ser uma medida profilática.

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A Doença de Alzheimer evolui em três estágios

FASE INICIALFASE 

INTERMEDIARIAFASE FINAL

A Doença de Alzheimer evolui em três estágios

Fase inicial: é caracterizada por sintomas vagos e difusos, que se desenvolvem insidiosamente sendo o comprometimento da memória o sintoma mais proeminente e precoce, em especial a memória recente. Com frequência, as pessoas acometidas perdem objetos pessoais (chaves, carteira, óculos) e se esquecem dos alimentos em preparo no fogão. Há desorientação progressiva em relação ao tempo e ao espaço. Em alguns casos podem apresentar perda de concentração, desatenção, perda de iniciativa, retraimento social, abandono dos passatempos, mudanças de humor (depressão) alterações de comportamento (explosões de raiva, ansiedade, irritabilidade e hiperatividade) e mais raramente idéias delirantes.

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FASE INICIAL

LAPSOS NA MEMORIA RECENTE

MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO

SENSO DE DIREÇÃO

ATITUDE MAIS AGRESSIVA QUE O 

NORMAL

DIFICULDADE DE FIXAR NOVAS 

INFORMAÇÕES

TEIMOSIA

A Doença de Alzheimer evolui em três estágios

Fase intermediária: caracteriza-se por deterioração mais acentuada dos déficits dememória e pelo acometimento de outros domínios da cognição, como afasia, agnosia,alterações visuoespaciais e visuoconstrutivas e apraxia. Os distúrbios de linguageminicialmente caracterizados pela dificuldade de nomeação, progridem, com dificuldadena escrita, empobrecimento de vocabulário, parafasias semânticas e fonêmicas,perseverações, perda de conteúdo e dificuldade de compreensão. A capacidade deaprendizado, a memória remota, a capacidade em fazer cálculos, abstrações, resolverproblemas, organizar, planejar e realizar tarefas em etapas são seriamentecomprometidas. O julgamento é alterado, perdendo a noção de riscos. Essas alteraçõeslevam a um progressivo declínio funcional, hierárquico das AVDs. Pode ocorrer aindaagitação, perambulação, agressividade, questionamentos repetitivos, reaçõescatastróficas, distúrbios do sono e a denominada “síndrome do entardecer”, ou seja, aocorrência de confusão mental e alterações de comportamento, geralmente, próximosdo horário do pôr do sol.

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FASE INTERMEDIARIA

PERDA DE MEMÓRIA INTENSIFICA

REPETIÇÃO DE INFORMAÇÕES

ESTRANHAMENTO

ALTERNANCIA DE LÚCIDEZ E CONFUSÃO

ESTRESSE PSICOLOGICO

AGRASSIVIDADE

DEPENDENCIA FÍSICA

VOCABULÁRIO

A Doença de Alzheimer evolui em três estágios

Fase avançada ou estágio terminal: todas as funções cognitivas estão gravementecomprometidas com dificuldade para reconhecer pessoas e espaços familiares. Tornam-se totalmente dependentes para as AVD. Acentuam-se as alterações de linguagem,podendo ocorrer drástica redução da fluência levando o paciente a comunicarem-sepor meio de ecolalias, vocalizações inarticuladas, sons incompreensíveis e jargõessemânticos, até alcançarem o mutismo. Na fase final, geralmente, estão acamados eincontinentes e normalmente acabam falecendo por alguma complicação da síndromeda imobilidade.

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FASE FINAL

DEPENDENCIA FISICA TOTAL

NÃO ANDA E QUASE NÃO 

FALA

NÃO RECONHECE NINGUEM

NÃO RECONHECE A SI MESMO

APARECIMENTO DE INFECÇÕES 

DEGLUTIÇÃO PREJUDICADA

MOBILIDADE PREJUDICADA

LPP

Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP

2. O comprometimento da memória na Doença de Alzheimera) é abrupto.b) ocorre nas fases mais tardias.c) caracteriza-se por preservação da memória remota durante toda a

evolução da doença.d) afeta os processos de aprendizado e evocação.e) é reversível com o uso de rivastigmina.

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Doença de Alzheimer (DA)Diagnóstico

A certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do examemicroscópico do tecido cerebral do doente após seu falecimento.

Na prática, o diagnóstico da Doença de Alzheimer é clínico, isto é,depende da avaliação feita por um médico, que irá definir, a partirde exames e da história do paciente, qual a principal hipótese paraa causa da demência.

Exames de sangue e de imagem, como tomografia ou,preferencialmente, ressonância magnética do crânio, devem serrealizados para excluir a possibilidade de outras doenças.

Uma novidade nas pesquisas científicas é a análise debiomarcadores de beta-amiloide (das placas senis) e de proteínatau (dos emaranhados neurofibrilares) que estão sendo estudadospara auxiliar no diagnóstico preciso da Doença de Alzheimer.

Os marcadores biológicos que passam a fazer parte da investigação clínica são o beta-amiloide e a proteína fosfo-tau.

A proteína beta-amiloide, como se sabe, é acumulada nas placas senis, um dos marcospatológicos da doença. Essa proteína é produzida normalmente no cérebro e há evidênciasde que quantidades muito pequenas dela são necessárias para manter os neurônios viáveis.O problema na DA é que sua produção aumenta muito e moléculas acumulam-se comooligômeros, levando à alteração nas sinapses, o primeiro passo para a série de eventos queleva à perda de neurônios e aos sintomas da doença.

Normalmente, a beta-amiloide é eliminada pelo liquor, mas na DA sua acumulação nocérebro faz com que sua concentração no liquor caia. Simultaneamente, ocorre fosforilaçãoda proteína tau, que forma os emaranhados neurofibrilares dentro dos neurônios, que éoutra alteração patológica conhecida da DA. Com a morte neuronal, a fosfo-tau é eliminadapelo liquor, aumentando sua concentração.

Dessa forma, na DA ocorre diminuição da concentração de beta-amiloide e aumento daconcentração de fosfo-tau no liquor.

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Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TJ-PE

3. São biomarcadores liquóricos da doença de Alzheimer:a) proteínas beta-amiloide diminuída, tau total aumentada e a tau hiperfosforilada

aumentada.b) proteínas beta-amiloide aumentada, tau total aumentada e tau hiperfosforilada

aumentada.c) proteínas beta-amiloide aumentada, tau total diminuída e a tau hiperfosforilada

diminuída.d) proteínas beta-amiloide normal, tau total aumentada e a tau hiperfosforilada

aumentada.e) proteínas beta-amiloide diminuída, tau total diminuída e a tau hiperfosforilada

diminuída.

Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: MÉDICO PSIQUIATRA

4. Em relação à Doença de Alzheimer, assinale a alternativa correta.a) A Doença de Alzheimer tem progressão rápida e a sobrevida, desde o diagnóstico, é de

cerca de 6 meses.b) As medicações Inibidoras das Colinesterases evoluíram em demasia e, hoje, podemos dizer

que têm potencial de cura para a Doença de Alzheimer.c) A prevalência da Doença de Alzheimer aumenta progressivamente até os 65 anos. A partir

dessa idade, começa a cair e a prevalência aos 80 anos se assemelha à prevalência aos 20 anos.d) O funcionamento social nos pacientes com Doença de Alzheimer não tem alteração

significativa, mesmo nos casos com doença mais avançada.e) A Doença de Alzheimer é a principal causa de declínio cognitivo em adultos, sobretudo

idosos, representando mais da metade dos casos de demência.

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Doença de Alzheimer (DA)Tratamento

Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os avanços damedicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e umaqualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença.

Os objetivos dos tratamentos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou,ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lentada doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária pormais tempo. Os tratamentos indicados podem ser divididos em farmacológico e nãofarmacológico.

Doença de Alzheimer (DA)Tratamento Farmacológico

Na Doença de Alzheimer, acredita-se que parte dos sintomas decorra de alterações em umasubstância presente no cérebro chamada de acetilcolina, que se encontra reduzida empacientes com a doença. Um modo possível de tratar a doença é utilizar medicações queinibam a degradação dessa substância.

As medicações que atuam na acetilcolina, e que estão aprovadas para uso no Brasil noscasos de demências leve e moderada, são a rivastigmina, a donepezila e a galantamina(conhecidas como inibidores da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos).

Os efeitos positivos, que visam à melhoria ou à estabilização, foram demonstrados para acognição, o comportamento e a funcionalidade. A resposta ao tratamento é individual emuito variada.

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Doença de Alzheimer (DA)Tratamento Farmacológico

Os sintomas comportamentais e psicológicos podem ser tratados com medicaçõesespecíficas e controladas.

As evidências, até o momento, são de ineficácia do tratamento com ginkgo biloba,selegilina, vitamina E, Ômega 3, redutores da homocisteína, estrogênio, anti-inflamatórios e estatina. Sendo assim, o uso dessas substâncias e medicações, comfim específico de tratamento para a demência, não é recomendado.

Doença de Alzheimer (DA)Tratamento Farmacológico

Há evidências científicas que indicam que atividades de estimulação cognitiva, social efísica beneficiam a manutenção de habilidades preservadas e favorecem a funcionalidade.

A qualidade e a quantidade de estímulos devem ser monitoradas e avaliadas a partir daresposta dos pacientes. É de fundamental importância para a adesão às propostas queessas atividades sejam agradáveis e compatíveis com as capacidades dos pacientes.

O intuito dos tratamentos não farmacológicos não é fazer com que a pessoa comdemência volte a funcionar como antes da instalação da doença, mas que funcione omelhor possível a partir de novos e evolutivos parâmetros.

O treinamento das funções cognitivas como atenção, memória, linguagem, orientação e autilização de estratégias compensatórias são muito úteis para investimento em qualidadede vida e para estimulação cognitiva.

As intervenções oferecidas podem ser de três áreas diversas: estimulação cognitiva,social e física.

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Ano: 2015 Banca: BIO-RIO Órgão: SPDM Prova: ENFERMEIRO

5. A Doença de Alzheimer é uma das várias formas de demência que acomete apessoa em processo de envelhecimento. É uma doença neurodegenerativa quepossui sinais e sintomas variados em seus diferentes estágios. Os cuidados apessoa com Alzheimer deve ser planejado tendo em vista que a família e oscuidadores precisam estar bem orientados e preparados para melhor atendê-la,em domicílio. Nesse sentido, o modelo dialógico de educação em saúde visa,EXCETO:a) a construção coletiva do conhecimento.b) o desenvolvimento de uma visão crítica e reflexiva da realidade.c) ensinar a família e cuidadores a não incorporar os saberes sócio-familiares no

cuidado, pois a educação em saúde deve valorizar o conhecimento técnicocientífico na assistência a este tipo de paciente.d) a conversação aberta e franca entre as pessoas envolvidas na assistência.e) a promoção participativa da família e dos cuidadores no processo de cuidar.

Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRT – 6ª REGIÃO Prova: ANALISTA JUDICIARIO

6. Dentre os fatores de risco para a doença de Alzheimer, o que contribuide forma mais significativa éa) a história familiar de demência.b) a história familiar de doença de Parkinson.c) a história familiar de síndrome de Down.d) o hipotireoidismo.e) a depressão.

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DEMENCIA VASCULAR

• A demência vascular não é uma doença, mas sim, um grupo heterogêneo desíndromes com vários mecanismos vasculares e mudanças cerebrais relacionados adiferentes causas e manifestações clínicas.

• É o segundo tipo mais prevalente de demência.

• O termo demência vascular tem conotações amplas, referindo-se a qualquerdemência causada por doença cerebrovascular.

• É comumente utilizado para descrever os efeitos de grandes lesõestromboembólicas, mas possui outras etiologias.

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DEMENCIA VASCULAR

• O quadro clínico clássico é caracterizado por início abrupto, relacionado a umacidente vascular cerebral ou a um ataque isquêmico transitório, com deterioraçãoseletiva, podendo haver estabilidade, melhora ou piora progressivas, cursogradualmente deteriorante, geralmente, de caráter flutuante ou com deterioraçãoem degraus.

• A ocorrência de sinais e/ou sintomas neurológicos focais contribui de maneiraimportante para o diagnóstico de demência vascular.

• A apresentação clínica da demência vascular assemelha-se a alguns aspectos dadoença de Alzheimer, sendo sinais de estabelecimento abrupto, deterioração poretapas, evolução flutuante e labilidade funcional bem mais frequentes na demênciavascular.

DEMENCIA VASCULAR

• O diagnóstico precoce da demência vascular e a identificação dos fatores de riscospermitem a elaboração de estratégias preventivas, que podem retardar e/oumelhorar a evolução da pessoa, ou até mesmo prevenir a instalação da doença.

• A prevenção de novos eventos cerebrovasculares é a única medidacomprovadamente eficaz, para promover estabilização e talvez regressão dasalterações cognitivas e comportamentais nessas pessoas.

• Na demência vascular, o diagnóstico é feito com base no quadro clínico e emexames complementares de neuroimagem, com auxílio de escalas específicas. Aocorrência de sinais e/ou sintomas neurológicos focais, contribuem de maneiraimportante para o diagnóstico de demência vascular.

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DEMENCIA VASCULAR X DOENÇA DE ALZHEIMER (DA)

O diagnóstico diferencial entre demência vascular e doença de Alzheimer pode ser difícil, sendo comum a coexistência das duas afecções.

Geralmente, as pessoas com problemas vasculares apresentam déficits mais intensos em testes de movimentos repetitivos e dependentes de velocidade motora e de

mecanismos corticais e subcorticais.

Já as pessoas com Alzheimer têm pior desempenho em teste de memória verbal e repetição de linguagem.

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DEMENCIAS DOS CORPÚSCULOS DE LEWY

Tríade clássica

1. Flutuação na cognição2. Alucinações visuais recorrentes bem formadas (p.ex., a descrição de

uma pessoa, produto da alucinação, com detalhes)3. Parkinsonismo precoce (rigidez, acinesia e fácies amímica)

DEMENCIA FRONTOTEMPORAL: DOENÇA DE PICK

Início pré-senil (a partir de 45 anos), apresenta mudanças na personalidade e nocomportamento e/ou alteração da linguagem como características iniciais bemmarcantes.

É comum alterações do comportamento sexual, com desinibição, jocosidade ehipersexualidade, além de hiperoralidade, hiperfeira com ganho de peso e obsessãoem tocar objetos.

O comprometimento da memória é geralmente mais tardio.

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REABALITAÇÃO COGNITIVA E GRUPO DE APIO FAMILIAR

A demência no meio familiar provoca diversas mudanças, entre elas: sócioeconômicas,rompimento da inter-relação do paciente com o familiar, influência a instalação dadoença, contribui para a piora ou agravamento da doença, altera a dinâmica familiardevido a perda da autonomia e independência do pacientes, ou seja, acontecemalterações biopsicossociais tanto no paciente como no cuidador/familiar.

Entre as alterações mais comuns se destacam: angústia, sentimento de culpa, ira,agressividade, constrangimento, inversão de papéis, doenças orgânicas, entre outras,sendo indispensável o apoio terapêutico para o paciente e o cuidador/familiar.

REABALITAÇÃO COGNITIVA E GRUPO DE APIO FAMILIAR

O objetivo da:• Reabilitação Cognitiva: é recuperar as habilidades, desbloquear as funções cognitivas

comprometidas, estimular a socialização;

• Grupo de apoio familiar: é de conscientizar quanto aos sintomas da demênciafornecendo esclarecimento e discussão de soluções práticas, resgatar a relaçãopaciente/familiar, prevenir doenças dos cuidadores/ familiar (grupo de apoio),redução da interdependência, despertar interesses variados, afetividade, orientaçãopara a realidade, estimular a segurança, preparar para complicações e até óbito entremuitos outros objetivo que por fim auxiliam na melhora da qualidade de vida tantodo paciente como do cuidador/ familiares.

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ATENÇÃO AO CUIDADORLamentavelmente, em muitas pessoas, o transtorno cognitivo não é reversível, e elesprecisarão de cuidados crônicos que permitam sua alimentação e higiene, evitemacidentes e controlem seu comportamento. Se, além disso, o cuidador estimular arealização de atividades físicas e sociais, e se houver treinamento cognitivo, a pessoaidosa poderá enfrentar melhor sua situação.

O tratamento do estresse e depressão do cuidador é de fundamental importância parao tratamento bem-sucedido da pessoa com demência. O cuidador, que na maioria dasvezes é um familiar, também tem de cuidar da organização do dia a dia da pessoa comdemência e do seu tratamento, resolver problemas legais e financeiros, lidar comcomportamentos alterados e se manter calmo e paciente. Por isso, os familiaresprecisam receber apoio e suporte para esse cuidado, para que eles próprios não fiquemdoentes.

Ano: 2017 Banca: CS-UFG Órgão: UFG

7. G., de 58 anos, há quatro anos tem apresentado alterações de comportamento, comsurgimento insidioso e progressão gradual. Tem tido desinibição comportamental,apatia, comportamento perseverante, hiperoralidade, além de um declínio importantena cognição social e nas capacidades executivas. Sua memória está relativamentepreservada. O diagnóstico de G. é transtorno neurodegenerativo devido àa) doença de Parkinson.b) doença com corpos de Lewy.c) doença de Alzheimer.d) degeneração lobar frontotemporal.

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Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT-3ª REGIÃO Prova: ANALISTA JUDICIÁRIO

8. Quadro demencial caracterizado por declínio cognitivo, presença de alucinaçõesvisuais recorrentes, associado a flutuação no estado cognitivo e sinais parkinsonianosextrapiramidais espontâneos, bem como sensibilidade aumentada ao uso deantipsicóticos. Essa descrição é compatível com o diagnóstico de demência:a) vascular.b) de Alzheimer.c) frontotemporal.d) de Pick.e) por corpúsculo de Lewy.

Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: PREFEITURA DE RIO BRANCO – AC

9. Doença neurodegenerativa que acarreta alterações do funcionamentocognitivo, com perda da memória para fatos recentes e comportamentosinadequados, limitando progressivamente o indivíduo na realização dassuas atividades de vida diária, profissional, social e de lazer é a doença de:a) Pick.b) Huntington.c) Alzheimer.d) Parkinson.e) Lewi.

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Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF

10. Em um paciente de 62 anos, com quadro de distúrbio da memóriarecente, de início insidioso e instalação progressiva associada a flutuaçõesdo estado de alerta e atenção, alucinações visuais, instabilidade postural ehipofonia, dentre os citados abaixo, o diagnóstico que melhor seenquadra no caso é a:a) doença de Lewy.b) doença de Alzheimer.c) doença de Parkinson.d) demência frontotemporal.e) demência vascular.