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1 SAGA VENICE VAMPYR FINAL AFFAIR Livro 02 Disponibilização: Soryu Tradução e Revisão Inicial: Silas Fiorella Revisão Final: Soryu

SAGA VENICE VAMPYR FINAL AFFAIR Livro 02 · Embora não fosse um bordel, muitas das mulheres que se juntavam aos homens no clube a procurar prazeres carnais faziam-no por dinheiro

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SAGA VENICE VAMPYR FINAL AFFAIR

Livro 02

Disponibilização: Soryu

Tradução e Revisão Inicial: Silas Fiorella Revisão Final: Soryu

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PARE!

O que você está prestes a ler é um entretenimento de natureza sexual. Se cenas de sexo explícito o ofendem, por favor, apague esse livro do seu computador. Este livro contém cenas de sexo explícito que contrariam alguns tabus e não são para

os fracos de coração.

Ainda aqui?

Então você acha que pode lidar com isso? Bom. Por via das dúvidas, considere-se avisado.

DIVIRTA-SE!

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Venice Vampyr

01- Venice Vampyr – Leitura Final 02- Final Affair – Distribuído

03- Sinful Treasure – Na Revisão

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Resumo

Viola só tem três meses de vida, mas ela se recusa a morrer virgem. Viajando para Veneza, ela busca o homem ideal para que sinta o prazer físico sem causar um grande escândalo para a sua família. Depois disso, ela planeja acabar com sua própria vida, garantindo deixar esse planeta sem dor e com dignidade. Ao visitar um clube noturno de má reputação, encontra, infelizmente, com um homem que poderia ser a pior escolha para seus planos. Dante, um vampiro hedonista, salva Viola de um destino violento. Para impedi-la de procurar novos homens perigosos visando satisfazer seu desejos carnais, ele se oferece para passar uma noite de paixão em seus braços, só para descobrir que ela é virgem. Viola foge do doloroso ato sexual e determinada a acabar com sua vida. Horrorizado, Dante para Viola antes que ela possa se prejudicar e decide dar uma segunda oportunidade para os dois introduzindo-a nos reais prazeres da carne. Com um beijo e um toque de cada vez, até que ela esteja pronta para se doar a Dante uma vez mais. Porém eventos inesperados farão que Dante force sua mão ...

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Comentários da Soryu Aviso – Se você é cardíaco, não gosta de cenas estupidamente quentes, sensuais,

não pode ter emoções forte, Não Leia. Se você não pode conhecer vampiros

bonitos, apaixonados, bem dodatos, sexies como um inferno, que levam as

mocinhas as alturas. Não Espie.

O livro é quente do começo ao fim, carregado de romance, algumas cenas

engraçadas, um final maravilhoso e emocionante, com algumas revelações

interessantes.

A mocinha é aquela virgem que depois que se descobre com o mocinho, quem

manda ver é ela, e bem ele como um bom vampirão dotadão, aceita o que a sua

prometida lhe oferece de bom grado.

Um romance muito gostoso. Uma boa protagonista, um gostosissimo galã. Para

quem precisa de paixão e romance, naquelas noites frias de inverno... É um ótimo

pedido!

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VENICE VAMPYR: FINAL AFFAIR

CAPÍTULO 1

Veneza, Itália – 1800

No início, ela pensou que seu médico havia cometido um erro.

Três meses, o médico lhe dera apenas três meses de vida, sendo

que nos dois últimos ela ficaria confinada à cama e seria muito

doloroso.

Isso não era possível.

Apenas alguns dias antes sua governanta tinha avisado a ela

que, apesar de seu rosto bonito e sua graciosa figura, seu jeito franco

e ideias bizarras poderiam afugentar possíveis pretendentes a marido.

Viola não se importava. Ela imaginava que, se um pretendente não

poderia enfrentá-la, então ela preferia não ser casar. Além disso, ela

tinha apenas vinte e um anos, e mesmo que para alguns ela já tivesse

passado da idade de casar, ela tinha sua vida inteira pela frente. Ao

menos era o que pensava.

Três meses não era uma vida.

No entanto, apesar de seu tumor cerebral, ela ia fazer muito com

esse tempo.

No início, ela pensou que era uma boa ideia procurar outro

especialista para provar que seu médico estava errado. Ela viajou

para a Suíça, saindo de casa na calada da noite e sem um

acompanhante, mas a resposta continuou a mesma: ela estava

morrendo.

É por isso que ela estava em Veneza. Não mais para provar que

o médico estava errado, mas para viver.

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Ela não tinha dito a sua família para onde ia: eles a teriam

parado. Eles teriam chamado-a de inconsequente e escandalosa. Mas

ela não seria impedida. Viola aceitou que morreria, mas havia uma

coisa que ela queria experimentar antes que ela deixasse este mundo.

Ela se recusava a morrer virgem.

Mas ela era também prática: um escândalo não iria ajudar em

nada sua família. Por isso seu sumiço teria de ser encoberto, mas isso

não era problema, pois sua mãe poderia contornar a situação

simplesmente deixando todo mundo saber que Viola estava

hospedada no campo para cuidar de um parente idoso. Muitas

desculpas poderiam ser dadas.

Viola tinha decidido ir onde ninguém a conhecia ou qualquer um

de seus parentes, onde seu comportamento escandaloso não tivesse

repercussões para os pais. Ela enviou-lhes uma carta da Suíça,

dizendo-lhes que o seu estado de saúde piorou e que ela estava

confinada a uma cama de hospital. Ela também disse a eles em

termos inequívocos, que queria ser deixada sozinha e ser lembrada

por quem ela era antes de sua doença ter começado.

Ela ameaçou criar um escândalo em Florença se ela não tivesse

seus desejos respeitados. Sua ameaça serviu para que sua mãe

cumprisse sua vontade e para impedir que seu pai fosse buscá-la.

Além disso, sua mãe estava, provavelmente, feliz por se livrar dela.

Afinal, Viola nunca tinha sido capaz de viver de acordo com as

elevadas expectativas. Ao rejeitar o primeiro - e único - pretendente

que jamais se atreveu a cortejá-la, Viola havia extinguido qualquer

boa vontade que sua mãe nunca tinha sentido por ela.

Viola tinha arranjado para que seus pais recebessem uma carta

em três meses, indicando que sua filha havia falecido pacificamente.

Claro, seria uma mentira, porque ela perderia sua vida muito mais

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cedo. Uma vez que ela tivesse conseguido o que ela tinha vindo

buscar em Veneza.

Uma vez que ela não fosse mais virgem, ela pegaria a pistola que

carregava em sua bolsa e acabaria com sua vida antes que a dor a

debilitasse. Ela não tinha intenção de sofrer uma morte longa e

dolorosa.

Viola alisou com a mão suas saias e endireitou o manto.

Enchendo seus pulmões com uma respiração profunda, ela empurrou

a pesada porta de carvalho e a abriu.

O lugar que ela entrou era um clube de jogos. De acordo com

sua informação, senhores que estavam à procura de companhia

feminina frequentavam o estabelecimento surpreendentemente limpo.

Embora não fosse um bordel, muitas das mulheres que se juntavam

aos homens no clube a procurar prazeres carnais faziam-no por

dinheiro. No entanto, o homem que lhe indicou este clube assegurou-

lhe que em muitas ocasiões mulheres de classes mais altas foram

vistas lá para encontrar o tipo de diversão que seus respeitáveis

maridos não eram capazes de fornecer.

Ela esperava que o homem estivesse falando a verdade. A última

coisa que ela queria fazer era chamar a atenção para si mesma. Já

seria difícil o suficiente aproximar-se de um estranho e convidá-lo a

compartilhar sua cama. Pior seria se não conseguisse alcançar seu

objetivo.

Não era propriamente uma regra, mas considerando o tipo de

coisas depravadas que os homens naquele clube gostavam de fazer,

eles não iam para cama com uma virgem.

O lugar cheirava a cigarros, álcool e perfume. Viola deu uma

respiração superficial e deixou a porta bater atrás dela. Uma cortina

de veludo bordô pesado separava o hall dos quartos principais na

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parte de trás. Música e risos flutuavam para ela. Ela deu um passo

adiante quando uma mão em seu braço segurou-a de volta.

Sua respiração ficou presa em sua garganta quando ela virou a

cabeça para o lado.

—Há uma taxa, Signora. — a mulher no vestido ricamente

bordado disse. Seus seios escapavam sobre seu vestido decotado, e as

bolas grandes em torno de seu pescoço brilhavam à luz das velas.

—Claro. — respondeu Viola e enfiou a mão na bolsa,

recuperando uma moeda. O homem que lhe disse sobre o clube a

havia preparado para isso. Não ajudaria muito ela se comportar como

um inocente, que nunca tinha feito isso antes. Somente levantaria

suspeitas.

A anfitriã pegou a moeda e fez desaparecer nas dobras de seu

vestido.

—Muito bem, então.

Um momento depois, ela abriu a cortina e permitiu Viola entrar.

O quarto era maior do que ela esperava. Na verdade, era tão

grande quanto o salão de baile na casa de seus pais. Nas laterais, as

cabines foram construídas para fornecer uma aparência de

privacidade para quem desejasse, mas no centro havia muitas

chaises1 e sofás já ocupados. Grandes candelabros com velas acesas e

um quarteto de cordas pequeno forneciam um ar agradável ao

ambiente.

Havia muitos empregados se movimentando para abastecer os

convidados com bebidas e, pelo estado em que alguns estavam, ficou

claro que o álcool corria livremente. Os homens descansavam em

sofás, alguns totalmente vestidos e perfeitamente respeitáveis, outros

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com as suas gravatas afrouxadas e seus peitos parcialmente

expostos. As mulheres podiam ser encontradas jogadas sobre os

corpos dos homens nas mais indecentes poses.

Seu informante não havia dito que este lugar não era um

bordel? Viola sentiu o aumento da pulsação. Ela não era nada como

as mulheres que ela viu neste lugar. Elas pareciam despreocupadas

com modéstia ou privacidade. Isto não era o que ela esperava. Talvez

o homem tivesse entendido mal. Ela procurava um lugar para

encontrar alguém com quem compartilhar a cama na privacidade de

um quarto, alguém que a faria experimentar a sensação de sentir o

corpo de um homem junto ao dela.

Isso foi um erro. Viola deu um passo para trás e bateu em algo

sólido atrás dela. Ela girou.

—Ciao, bella2. — o belo estranho cumprimentou-a enquanto

percorria seu corpo com um olhar apreciativo.

Viola engoliu duro, incapaz de responder, o pulso no pescoço

dela batendo tão freneticamente que ela tinha certeza de que sua veia

iria estourar e banhar o homem em seu sangue.

Seu silêncio não pareceu incomodá-lo.

—Vejo que você é nova aqui.— Sua mão veio e traçou ao longo

da costura de seu decote. Viola engasgou com sua ousadia e puxou o

corpo para trás. —Eu sou Salvatore. E ficaria feliz em passar a noite

com você. — Ela respirou firme e deu-lhe um olhar de avaliação. Ele

era um pouco mais alto do que os homens em geral. Bem preparado

em seu terno escuro e gravata na moda, nem mesmo sua mãe teria

alguma objeção caso ele pretendesse cortejá-la. Mas ele não estava

aqui para cortejá-la. Ela também não queria isso dele.

2 “Olá, querida” em italiano.

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Tudo o que ela queria era uma aventura. Era ele o homem certo

para o que ela desejava? Será que aquelas mãos iriam acariciá-la

suavemente e a fariam se sentir como uma mulher de verdade, ou

será que seu toque a deixaria indiferente? Os batimentos frenéticos

no peito dela eram indicação de seu interesse pelo estranho ou

simplesmente ela estava com medo de realmente levar seu plano

adiante?

Ela não podia ter certeza. Mas se ela simplesmente ficasse aqui

sem tomar uma decisão, ela nunca atingiria seu objetivo.

Viola convocou sua coragem e forçou um sorriso em seus lábios,

empurrando para trás as dúvidas crescentes.

—Isso seria encantador.

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CAPÍTULO 2

Dante ficou furioso.

Ele olhou para os hematomas no rosto de Benedetta.

—Quantas vezes eu lhe disse para não ir para esse clube?—

Claro, ela era apenas uma menina que vendia esculturas de seu pai

na rua, e ele estava apenas muito vagamente familiarizado com ela,

mas de alguma forma sentia-se como seu protetor. Ela era pobre e tão

jovem. Cada vez que cruzou com ela na rua se sentiu obrigado a

comprar uma das horríveis figuras esculpidas pelo pai dela.

—Sinto muito. — choramingou a menina, seu lábio cortado

fazendo sua fala arrastada. —Mas as vendas não estão boas este mês.

Nós precisávamos do dinheiro.

—Quem fez isso? — Benedetta desviou o olhar, mas Dante

tomou-lhe o queixo e a fez encarar o brilho do seu olhar. Ela fez uma

careta. —Eu perguntei quem fez isso.

—Salvatore.

—Porra!— Dante passou a mão pelo seu cabelo escuro. —Você

não tem senso de auto-preservação? De todas as pessoas, você teve

que deixar Salvatore tocar em você?— Ele não estava familiarizado

com o homem pessoalmente, mas sabia que não era uma companhia

adequada para Benedetta.

Ela fechou os olhos inchados.

—Ele foi o único disposto a pagar.

—Porra, menina. Se você fosse minha filha, eu te trancaria em

casa para protegê-la da sua própria estupidez. Nenhuma mulher em

sã consciência deixaria Salvatore tocá-la. Porque você acha que ele

estava disposto a pagar por isso? Todo mundo sabe de sua reputação.

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Ele gosta de bater nas mulheres.— Lágrimas correram pelo rosto de

Benedetta. Dante tirou um lenço do bolso e afagou o rosto dela.

—Obrigada.

—Agora, vá para casa. Eu vou comprar todas as esculturas que

você trouxe esta noite.— Dante olhou para o carrinho que ela puxava.

Hoje à noite, as figuras de madeira que ela estava vendendo eram

particularmente feias. Elas se transformariam em lenha em sua casa,

assim como todas as outras antes destas.

Seu rosto se iluminou.

—Oh, muito obrigada, Signore di Santori. Você é tão gentil.

Gentil? Não era um adjetivo que haviam usado para defini-lo

muitas vezes. Nenhum vampiro fazia o tipo gentil, muito menos ele,

mas se Dante odiava uma coisa, eram homens que batiam em

mulheres. Ele amava as mulheres em todas as suas formas,

especialmente quando elas vinham para sua cama. Ele gostava ainda

mais quando podia se alimentar delas.

O sangue de uma mulher era mais rico que o de um homem. E

era ainda mais inebriante quando ele alimentava-se de uma mulher

enquanto ele estava loucamente transando com ela. Na verdade, era a

sua maneira preferida para jantar. Havia algo totalmente selvagem ou

nada civilizado sobre isso. Quando ele atingia esse estágio, não era

muito melhor do que Salvatore - um mero humano - mas ele jamais

chegou ao ponto de ferir as mulheres.

Na verdade, ele vivia para dar-lhes prazer.

Sua mordida era indolor, e seus poderes de sugestão eram

suficientes para apagar qualquer lembrança do que ele fizera. Depois

de uma noite em seus braços, as mulheres das quais ele bebia não se

lembravam do homem apaixonado que as tinha levado ao êxtase ou

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do vampiro sanguinário e insaciável que tinha se fartado em seus

pescoços.

Dante estava furioso quando chegou ao clube onde Salvatore

geralmente passava as noites. Ele chegou preparado para uma luta.

Uma luta real, não aquele onde ele iria usar seus poderes de vampiros

superiores para esmagar o ser humano. Ele ansiava por uma briga

em que ele usaria seus punhos para bater no homem.

Ele empurrou dentro do clube, ignorando as exigências da

recepcionista para pagar a taxa. Ele só iria ficar o tempo suficiente

para encontrar Salvatore e bater-lhe até arrancar seu último suspiro.

Fazê-lo parecer muito pior do que Benedetta estava.

A entrada de Dante e as queixas iradas da recepcionista atrás

dele fizeram várias cabeças girarem em sua direção. Ele ignorou e

ficou verificado o quarto. Não demorou muito para ele perceber

Salvatore em uma das cabines que ladeavam o quarto. E Salvatore

não estava sozinho. Ele já estava trabalhando em sua próxima vítima

inocente.

Dante não tomou conhecimento dos olhares dos outros

convidados e marchou direto para Salvatore, parando apenas um pé

de distância. O homem tinha a mão na saia da mulher e sua cabeça

perto de seu ouvido, sem dúvida, sussurrando doces mentiras para

ela. Dante pigarreou alto.

Sem olhar para cima, Salvatore tentou dispensá-lo.

—Eu estou ocupado.

Dante apertou sua mandíbula.

—Você não irá continuar ocupado por muito mais tempo.— A

mulher virou a cabeça para ele, seus olhos arregalados de medo. Ela

ouviu claramente a ameaça em sua voz. Dante ignorou-a e agarrou o

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pulso de Salvatore, afastando-o das saias da mulher e puxando-o

para cima. Assustado, Salvatore olhou para ele.

—Que diabos?— Os olhos de Salvatore se estreitaram. —

Obtenha sua própria mulher. Essa é minha.

—Eu não estou interessado no seu petisco. Eu estou interessado

em você.

Salvatore tentou lutar e soltar do agarre que Dante tinha em seu

pulso, mas não conseguiu.

—Solte-me, sua bicha, ou eu irei te bater até tirar a merda de

você.

—Você quer dizer da mesma forma que bateu em Benedetta?—

Ao ouvir o nome de Benedetta, um lampejo de medo atravessou seu

rosto. Ele sabia que estava preso, mas continuou com a bravata.

—Não é da sua maldita conta.

—Ela é uma amiga. Então é meu negócio.— Dante puxou seu

próprio pulso para trás e depois direcionou para frente, direto no

rosto de Salvatore, que virou a cabeça para trás no processo.

Suspiros coletivos vieram dos convidados. No fundo, Dante

podia ouvir a voz estridente da recepcionista.

—Senhores, resolvam seus problemas lá fora.— Mas já era tarde

demais para isso. Salvatore tinha se recuperado e agora virava o

punho para Dante, direto em seu queixo.

Dante riu.

—Isso é tudo que você tem?— O ser humano era fraco. Poderia

haver alguma diversão nisso tudo. Não admira que o idiota gostasse

de bater em mulheres, afinal, ele não era páreo para outros homens.

Dante lançou o punho no estômago de Salvatore, fazendo-o

dobrar.

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—Da próxima vez que você decidir bater em uma mulher, é

melhor pensar duas vezes.— Com um gancho3 no queixo de

Salvatore, Dante virou. Antes que ele pudesse ir embora, o homem

saltou-lhe, batendo-o no chão.

Em seu íntimo, Dante se alegrou. Finalmente, o idiota estava

revidando a luta, tornando-a um pouco mais interessante. Virando

seu cotovelo para trás, Dante cravou-lhe nas costelas, então rolou,

tirando Salvatore de suas costas. Em segundos eles estavam trocando

golpes. Dante mal sentiu qualquer dor, mas o ser humano estremeceu

com cada golpe que ele recebeu.

—Pare com isso! Pare de bater nele! —Uma voz de mulher veio

por trás dele.

Segurando sua vítima para baixo com um braço em seu pescoço,

Dante virou para olhar a mulher que estava com Salvatore. Ela estava

sobre ele, os punhos na cintura, uma carranca no rosto.

—Signorina, seria melhor você se manter fora disso.

—Eu não vou deixar você bater em meu acompanhante.

—Bem, você preferiria que ele batesse em você como ele fez com

a última mulher que ele fodeu?— Um rubor tingiu o rosto dela ao

ouvir suas palavras cruas. Dante deu-lhe outro olhar. Agora que ele

examinou-a atentamente, notou algo estranho com ela. Ela não

pertencia a este lugar. Ela não era o tipo de mulher que frequentava

clubes como este. Suas maneiras pareciam refinadas, seu vestido era

discreto, mas, ainda assim, era caro. Seu rosto era fresco e inocente,

o cabelo dela estava preso em um coque apertado na nuca com uma

única fita enquadrando seus traços elegantes.

3 Golpe de boxe onde se acerta o queixo do adversário de baixo para cima.

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Ele inalou seu aroma. Sim, ela cheirava inocência e bondade.

Mas havia algo mais, algo estranho que parecia ofuscar seu perfume

rico. E isso fez com que ele quisesse protegê-la. E mantê-la perto.

Dante tentou sacudir a estranha sensação enquanto seu olhar

permanecia em seu rosto por alguns segundos a mais. A coisa mais

impressionante sobre ela eram os olhos. Eram castanho escuro, como

chocolate, o que seria estranho em qualquer outra mulher, mas

combinava com sua pele de porcelana e os lábios vermelhos, ela

parecia um quadro atraente. O que uma mulher como ela estava

fazendo num inferno como este?

—Você deve ir embora. — ele aconselhou-a e voltou-se para

Salvatore.

Com um último golpe, ele deixou-o inconsciente. Quando ele se

levantou, a dona de casa bloqueou seu caminho.

—Signore, eu não vou tolerar esse tipo de comportamento na

minha...

Dante levantou a mão.

—Eu estou indo embora.

Com passos largos, ele deixou o clube e entrou no ar fresco da

noite.

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CAPÍTULO 3

Viola olhou para a dona da casa.

—Mas você não pode me expulsar. Eu não tive nada a ver com

isso.

A dona da casa pressionou a moeda de volta em sua mão e

apontou para a porta.

—Fora.

Suprimindo as lágrimas de desespero, ela caminhou para fora,

agarrando firmemente em torno de seu manto. Se aquele homem

terrível não houvesse espancado sua companhia e o deixado

inconsciente, ela teria perdido sua virgindade hoje à noite. E agora?

Ela estava de volta onde ela tinha começado. E pior: ela foi banida do

clube. Era o único lugar que ela sabia onde poderia encontrar o que

queria. Onde ela iria agora?

Viola soltou um suspiro frustrado e levantou a cabeça. Seu olhar

caiu sobre o homem que tinha começado a briga. Ele estava parado a

alguns metros dali, arrumando a gravata. Antes que ela pudesse

perder a coragem, ela se aproximou dele.

—Isso foi uma coisa terrível que você fez.

Ele deu-lhe um olhar confuso.

—Você deveria ser grato a mim, não me atormentar.

—Grata? Você me fez ser expulsa do clube.

—Como eu disse, você devia ser grata por isso. Você não

pertence àquele lugar. Você é muito inocente.

A raiva explodiu em Viola.

—Eu não sou um inocente. — ela mentiu. —Eu sou viúva, e eu

estou aqui para encontrar alguns prazeres...— Foi a mesma mentira

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que ela tinha dado a Salvatore, mesmo que ele não houvesse

questionado os seus motivos.

O homem arqueou uma sobrancelha e ergueu um lado da boca,

zombando dela.

—Agora você destruiu minhas chances de estar com um homem

esta noite.

Dante deu um passo mais perto, seu corpo quase tocando o

dela. Sua voz era baixa quando ele respondeu:

—Agora me ouça mulher. O homem com quem pretendia ficar

hoje à noite bate nas mulheres que ele leva para cama. É parte da

natureza dele. Ele é violento e gosta de ver as mulheres sofrerem. Era

isso que você estava procurando?— Instintivamente, Viola deu um

passo para trás.

Estava o estranho dizendo a verdade? Ele realmente a salvou de

ser espancada? Ela sacudiu o pensamento. Não, os dois homens

provavelmente tinham tido uma briga antes.

—Não importa. Agora eu tenho que ir para outro lugar para

encontrar o que eu preciso.

—Você está louca? Você não ouviu o que eu disse?

—Eu ouvi bem alto e claro. Agora, você poderia me indicar onde

eu poderia encontrar outro lugar como este? Você me deve isso.— Ela

conservou a cabeça erguida e esperou.

O estranho balançou a cabeça.

—Eu não vou fazer tal coisa. Vá para casa e fique feliz porque

você não se machucou hoje à noite.

Ela estreitou os olhos.

—Tudo bem... Talvez alguém possa aconselhar-me.— Viola virou

sobre os calcanhares, mas antes que ela pudesse dar um passo, uma

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mão apertou mais seu braço e puxou-a para trás. Ela virou a cabeça

surpresa com sua ousadia, e apertou sua mandíbula.

—Signore, eu sugiro que você retire sua mão agora.

Ele não deu ouvidos a sua ameaça.

—Você não tem ideia dos perigos lá fora. Uma mulher como você

não deveria estar rondando a noite sozinha.

—Não é problema seu. Então, a menos que você queira ir para a

cama comigo, solte-me.— O momento em que ela lançou sua ameaça

para ele, percebeu que era exatamente o que ela queria. Quando ela o

viu bater em seu acompanhante, ela tinha visto o poder bruto em seu

corpo. Mas também viu que ele tinha se controlado. Ele era muito

mais forte do que ele deixava transparecer.

E os olhos que olhavam para ela agora com descrença eram os

mais sensuais que ela já tinha visto em um homem. Eles eram de um

azul brilhante, que se destacavam em contraste com seu cabelo preto.

Seu rosto tinha ângulos agudos, era mais robusto do que elegante, e

seus ombros pareciam ombreiras em seu casaco. Ele era alto, e o

pensamento de seu toque em lugares íntimos a excitava. Salvatore era

bonito, este homem era lindo.

No entanto, a carranca no rosto sugeriu que ele não tinha

intenção de aceitar a sua oferta. Bem, talvez sua aparência não fosse

atraente para ele. Ela se esforçou para não tomar a sua reação como

uma rejeição. Mas perceber que ela não poderia fazer com que esse

homem tivesse interesse nela causou uma rachadura em sua

armadura cuidadosamente construída.

—Bem, deixe-me ir, então.— ela repetiu, não querendo ouvir a

sua rejeição. Seu rosto tinha dito o suficiente. Viola apontou em seu

braço, tentando persuadi-lo a afrouxar o controle sobre ela, mas ele

não cedeu.

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—Você quer que eu vá para a cama com você? — perguntou ele.

Ela tentou disfarçar a surpresa com sua pergunta. Estaria ele

considerando fazê-lo? Seu batimento cardíaco acelerou.

—Eu sou viúva faz algum tempo e quase esqueci como é o toque

de um homem.

—É isso mesmo?— Sua voz soava como se ele não acreditasse

nela. Sua história não era boa o suficiente? Ela ensaiou muitas vezes,

e Salvatore tinha acreditado.

—Bem, claramente, você não está interessado. Assim, não se

preocupe. Eu tenho certeza que vou encontrar alguém.— Onde e

como ela iria conseguir esta façanha, não estava certa.

—Quem disse que não estou interessado?

Viola olhou para seu rosto e percebeu como ele examinava seu

corpo com os olhos.

Ela estremeceu e molhou os lábios. Sim, este homem mexia com

ela. Por alguma estranha razão, ele se sentia insegura na companhia

de Salvatore. Apesar das coisas doces que Salvatore tinha sussurrado

em seu ouvido, ela não tinha confiança nele. Era diferente com este

homem.

—Há um lugar para baixo neste beco onde podemos ir— sugeriu.

—Qual é seu nome?

—Signora Costa.— Sua garganta estava seca como uma lixa.

—Seu primeiro nome.

Seu cérebro parou de funcionar sob o olhar intenso que ele lhe

deu.

—Por que você quer meu nome de batismo?

—Porque eu gostaria de gritar o seu nome quando eu empurrar

para dentro de você.

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CAPÍTULO 4

Dante atravessou a porta do quarto da simples pousada e,

enquanto a fechava, observou Viola retirar a capa e viu o quanto ela

era bonita. Ele não tinha planejado uma noite de sexo, mas não ia

desperdiçar a oportunidade, não apenas porque a proposta de Viola

fosse inesperada, mas, principalmente, porque a mulher o intrigava.

O que a levara a um clube daquela categoria? Ela parecia muito

refinada, com roupas muito caras para um estabelecimento como

aquele. Francamente, Dante estava extremamente feliz por ter

decidido ir tirar satisfações com Salvatore e tê-la encontrado, porque

quanto mais ele olhava para Viola mais ele queria ser o único a

satisfazer seus desejos secretos. O pensamento de que ela havia saído

para encontrar companhia masculina enviou um forte arrepio

correndo por sua espinha.

Mesmo como uma jovem viúva que sabia sobre os prazeres da

carne, ela não tinha ideia de quais são os perigos que estão à espreita

em lugares como aquele clube. Aos seus olhos, ela ainda era uma

inocente. E ele tinha um fraco para as mulheres inocentes. Assim

como ele sempre tentou proteger Benedetta, uma menina de apenas

quinze anos, ele agora queria proteger esta mulher.

Até certo ponto, de qualquer maneira. Ele não iria machucá-la,

mas enquanto eles estivessem transando, também iria provar o gosto

dela. Apesar do fato de que ele tinha se alimentado no início da noite,

ele nunca recusou a sobremesa. E se o sangue dela fosse tão

intoxicante como o perfume de sua pele, seria uma sobremesa muito

saborosa de fato.

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—Bem... — ela disse, sua voz trêmula assim como os dedos. Ele

sentiu o nervosismo e assumiu que seu falecido marido tinha sido o

único homem que a tinha tocado. Claramente, isso era difícil para ela.

Dante caminhou até ela, jogando o casaco em uma cadeira.

—Deixe-me ajudá-la com o seu vestido.

Viola se retraiu quando ele pôs as mãos em seus ombros.

—Eu posso fazer isso sozinha. — ela gaguejou.

—Mas eu gostaria de fazê-lo, se você me permite.— Ele virou-lhe

o queixo com a mão e mergulhou sua cabeça no pescoço dela. A

respiração dela se misturou com a dele e ele inalou o aroma. —Eu

também gostaria de te beijar.

Ele não esperou pela resposta. Em vez disso pressionou seus

lábios nos dela e empurrou-os abertos. Sem muito barulho, ele varreu

sua língua dentro de sua boca e emitiu sua demanda. A resposta dela

foi tímida. Dante retirou a língua e rosnou a sua desaprovação. A

reação dela não era a de uma mulher que deseja ter sexo, como ela

havia dito. Ele não era do seu agrado? O pensamento de que ela

poderia preferir um amante mais áspero, como Salvatore, fez o

sangue dele ferver.

Ele separou-se de sua boca.

— Porra, beije-me.— Os olhos dela brilhavam com a incerteza. —

Ou você mudou de ideia?— Ele iria deixá-la partir se ela quisesse. Ele

não era o tipo de homem que forçava uma mulher.

O tremor de cabeça foi rápido, mas determinado.

—Não!— Rapidamente, ela prendeu as mãos em volta do pescoço

dele e puxou-o de volta para ela.

—Isso é melhor. — ele elogiou enquanto passava seus braços em

volta dela para trás. —Agora, vamos tentar de novo?

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Viola fechou os olhos preparando-se para o seu ataque. Ele ficou

surpreso. Ela o via como uma espécie de besta áspera? Dante fez uma

pausa por um momento. Ela não sabia nada sobre ele, apenas o que

ela o tinha visto fazer: bater violentamente em outro homem com os

punhos. Foi isso que a assustou?

—Eu não vou te machucar.

Os olhos dela se abriram.

—Eu sei.

Desta vez, quando ele a beijou, ele suavemente pousou seus

lábios contra a boca macia dela e puxou seu lábio superior, em

seguida, passou a língua sobre ele. Lentamente, os lábios dela se

abriram. Dante continuou mordiscando os lábios até que ouviu um

pequeno gemido vindo dela. Agora ele entendeu: ela queria suave e

lento. Era com isso que ela estava acostumada. Ele poderia fazer isso.

Ele acalmou seus lábios.

—Você deveria ter me dito que gostava de gentileza. Porque uma

mulher andando em clubes sombrios tentando encontrar um homem

para o sexo geralmente quer alguma merda frenética.

Viola ofegou e parecia querer protestar, mas ele pressionou um

beijo suave em seus lábios antes de continuar.

—Não importa para mim. Você quer suave e lento, eu vou fazê-lo

dessa maneira. Mas quando você quiser foder forte e rápido, você vai

me deixar saber, não vai?

O aceno de cabeça dela foi quase imperceptível.

Dante explorou o côncavo quente e úmido de sua boca, varreu a

sua língua contra a dela e saboreou seu gosto. Ela era um bocado

deliciosa, e sua resposta suave e comedida apenas alimentava a sua

excitação. Persuadir uma resposta dela seria um desafio, e ele gostava

de um desafio mais do que qualquer outro homem.

25

Quanto mais e mais ele a beijou, mais Viola se despertou em

seus braços. As mãos dela em seu pescoço estavam quentes ao toque

agora, e seu corpo inteiro parecia irradiar calor. Ele congratulou-se e

deslizou sua mão até a pele exposta de seus ombros. Ela tremeu

quando ele acariciou seus dedos contra seu pulso, e ele ouviu seu

batimento cardíaco acelerar. O sangue dela corria através da veia

abaixo das pontas dos dedos, um sentimento que fez seu pau

endurecer em um instante.

Sim, levar para cama essa mulher tímida seria um prazer

inesperado. E, beber o seu sangue doce faria tudo mais agradável.

Dante abaixou a mão e segurou um dos seios, provocando um

suspiro dela. Ele aliviou seus lábios dos dela. Seus olhos cor de

chocolate pareciam ser ainda mais escuros do que antes. E os lábios

dela estavam inchados de seus beijos. Ele gostava bastante da visão.

—Posso ajudá-la a se despir?

********** As palavras dele puxaram-na para fora de seu estado

embriagador de paixão. Nenhum homem jamais a beijou assim. Na

verdade, nenhum homem jamais a beijou em um local diferente de

sua mão ou seu rosto. Isso foi mais do que ela esperava. E ela não

queria parar.

—Eu quero beijar um pouco mais. — ela murmurou e desviou

seu olhar.

—Vamos beijar muito mais, eu prometo a você. Mas, primeiro,

vamos tirar o vestido para que eu possa tocá-la enquanto eu te

beijo.— Os olhos dele pareciam devorá-la. E a rouquidão de sua voz

enfatizava a promessa que ele tinha falado.

—Será que você vai se despir também?

26

Ele riu.

—Gostaria de me ajudar com isso?

O pensamento de despi-lo a excitava. Ela lambeu os lábios em

antecipação. Pelo que ela sentia debaixo de suas mãos quando ela

segurou-o perto dela, Dante era um homem grande, com músculos

fortes e, ainda assim, seu corpo era reconfortante.

—Eu diria que é um sim.— Seu sorriso era quente, e ela sorriu

de volta.

Ele começou a desamarrar o corpete. Desde que ela tinha vindo

a Veneza sem uma empregada, ela escolheu um vestido que ela fosse

capaz de colocar e tirar, sem ajuda de ninguém. No entanto, quando

ela sentiu os dedos dele correrem sobre seu torso enquanto ele

soltava o vestido, ela não se importava que ele a ajudasse. Ela gostava

das formigas que se espalhavam por sua pele a cada toque das mãos

dele. E ele estava apenas tocando-a através de muitas camadas de

suas vestes. Como seria a sensação quando ele tocasse a pele nua?

Quando Dante retirou-lhe o corpete e deixou as saias de seu

vestido caírem no chão em um sussurro, ela se pôs diante dele

usando apenas sua combinação e calçolas. Ela não tinha usado um

espartilho, pois sabia que seria incapaz de amarrá-lo sem ajuda.

Agora ela se sentia exposta, sabendo que ele podia ver através do

tecido fino branco de sua combinação. Instintivamente, ela cruzou os

braços sobre os seios.

—Não... — ele sussurrou — deixe-me vê-los.— Ele pegou os

braços dela e os descruzou. —Você é linda. Você não tem nenhuma

razão para se esconder.

Ele passou a palma da mão em um de seus seios, depois no

outro. O toque a fez sentir como se uma tempestade passasse por ela.

27

—Eu adoro a forma como eles se sentem em minhas mãos.— Ele

apertou-os e o coração dela disparou.

—Oh, Deus.

—É Dante— ele corrigiu. Claro, ela sabia disso. Ele disse a ela o

nome dele no caminho para a pousada. Mas por alguma razão seu

cérebro não estava funcionando quando as mãos dele estavam sobre

ela.

—Dante. — ela sussurrou. —Eu quero despir você também.—

Viola colocou as mãos sobre o peito dele, fazendo-o soltar seus seios.

Lentamente, ela abriu botão após botão, revelando um peito

musculoso com uma leve camada de cabelos escuros que formava

uma trilha estreita em direção ao topo de suas calças. Seus olhos

seguiam o caminho escuro.

—Sim. — ele encorajou-a. —Abra as minhas calças e tire meu

pau para fora. — Ninguém nunca tinha falado essa palavra na frente

dela, mas ela sabia o que significava. Seus olhos se fixaram no

volume escondido sob o tecido. A protuberância era muito grande.

Será que ele usava preenchimento? Ela esperava que sim, porque o

que o contorno rígido das calças sugeria era fisicamente impossível,

ela estava certa.

Viola hesitou, mas Dante simplesmente pegou a mão dela e

colocou a palma sobre a protuberância.

Assustada, ela tentou se afastar, mas ele segurou seu pulso e

forçou-a a apalpar a ereção.

A carne contra a palma da mão era quente e pulsava. Ela nunca

tinha sentido nada tão vibrante. Agora ela tinha a resposta: ele não

usava enchimento.

—Abra os botões.

28

Ela seguiu o seu comando sem pensar. Momentos depois, as

calças estavam abertas. Ela puxou para baixo e tirou-a

completamente. Viola desviou os olhos, mesmo que ela quisesse

muito olhar para ele. Mas o constrangimento tomou conta dela. Ela

nunca tinha visto um homem nu.

—Olhe para mim.— A voz de Dante era calma.

Ela levantou os olhos para encontrar o olhar dele. Mas ele

sacudiu a cabeça.

—Olhe para meu pau. — Ela engoliu em sua declaração ousada.

Como ela poderia simplesmente olhar para ele de uma maneira tão

óbvia?

—Por favor, olhe para meu pau e o tome em suas mãos.— Ela

juntou sua coragem e baixou o olhar para o estômago dele, então

para mais abaixo. No meio do ninho escuro de cachos, seu eixo

permaneceu em pé, ligeiramente curvado para cima, suas veias

escuras pulsando, a cabeça brilhando. Ela sempre pensou que o

corpo de um homem seria feio sem roupas, mas nada poderia estar

mais longe da verdade. Seu pênis rodeado por fortes veias era como

um pedaço de arte esculpida. Bonito, orgulhoso e perfeito.

A mão dela parecia ter vontade própria quando se estendeu e os

dedos passearam pela parte inferior de seu pênis. A pele era tão suave

como a de um bebê, mas quando ela colocou a mão em torno dele, ela

podia sentir o quanto ele era duro. Como um falo esculpido em

mármore.

—Foda. — Dante assobiou.

Na sua maldição, ela o soltou com um suspiro de surpresa.

—Não. Não pare. Eu gosto do jeito que você me toca.

Timidamente, ela o levou em sua mão novamente. Então ela

sentiu as mãos dele sobre ela, abrindo os botões de cima de sua

29

combinação de modo que facilmente deslizou sobre um ombro,

expondo um dos seios à sua visão. Ele inclinou a cabeça para baixo e

lambeu-lhe o mamilo.

Sua mão o soltou enquanto ela tentava lidar com as novas

sensações que a atingiam. A língua dele era quente e úmida, a textura

criava um atrito delicioso em seu seio. O mamilo tinha ficado duro e

estava doendo. Viola jogou a cabeça para trás. Quando o ar frio

soprou contra sua pele, ela percebeu que ele empurrou a combinação

sobre os ombros e deixou-a cair no chão. Então ela sentiu as mãos

em suas calçolas, descendo-as em direção ao chão também. Ela

deveria ter sentido vergonha, mas tudo que ela sentiu foram as mãos

dele queimando sobre a sua pele.

A boca dele estava sugando seu mamilo, puxando-o

profundamente em seu calor. Ele criou uma dor tão forte entre as

pernas dela, onde se sentia um calor e umidade, algo que ela nunca

tinha experimentado antes.

Viola enfiou as mãos nos ombros dele para não balançar, se

pudesse manter o equilíbrio poderia controlar as manifestações de

seu corpo. Dante rosnou e levantou a cabeça de seu peito.

—Não. — ela protestou, querendo mais do que ele estava

oferecendo.

—Shh, meu doce.— Ele levantou-a nos braços e levou-a para a

cama. Quando ele a deitou e se abaixou sobre ela, sentiu a finalidade

de suas ações. Uma onda de pânico a atingiu e ela enrijeceu.

—O que há de errado?— perguntou ele.

Viola abriu os olhos e olhou para ele. Este era o homem que

estava prestes a tirar sua virgindade e torná-la uma mulher antes de

morrer. Ela estava assustada, mas sabia que precisava disso,

30

precisava saber o que significava ser uma mulher. Apesar de seu

medo, ela se forçou a sorrir.

—Nada.

Dante deitou em cima dela, espalhando suas coxas com seu

corpo. Seu membro rígido foi colocado no centro das coxas dela, onde

a dor latejante que não podia descrever foi ficando mais forte.

—Você me deixa tão quente e tão duro. — ele disse, sua

mandíbula apertada como se ele estivesse exercendo uma força sobre

algo ou alguém. —Eu não posso esperar mais.— Então, ela sentiu o

pau grosso na sua entrada pouco antes dele empurrar para dentro

dela.

31

CAPÍTULO 5

Dante sentiu quando a barreira interna se rompeu e congelou

quando ouviu Viola gritar.

—Você é virgem?— Ele apoiou-se nos cotovelos, suavizando o

peso. —Você mentiu para mim.— A fúria percorria o corpo dele. A

mulher debaixo dele não era viúva, mas uma tímida virgem. Não é de

se admirar que ela tenha ficado tão hesitante quando ele a beijou na

primeira vez.

Viola desviou o olhar irritado.

—Você teria feito isso se eu lhe dissesse que eu era virgem?

—Claro que não.— Ele saiu dela com um acesso de raiva. —Eu

não estou no negócio de deflorar inocentes.

—Os outros homens no clube também não, então eu pensei...

—Você sabia que teria que mentir. Eu entendo. Se isso é algum

truque seu para me obrigar a casar com você, então...

Os olhos dela se arregalaram em choque, e ela sentou-se

nervosamente, enquanto puxava o lençol para cima para cobrir-se.

—Como você se atreve a insinuar que eu queria prendê-lo? Não

tenho nenhum interesse em você. Tudo o que eu queria era uma noite

de paixão.— Ela pulou da cama e pegou a combinação do chão.

Ele observou como suas mãos tremiam quando ela começou a se

vestir.

—Viola, pare. O que você está fazendo?

Ela puxou suas calçolas e pegou o vestido.

—Eu estou indo embora.

—E onde você está indo?

—Que importa? Eu consegui o que eu vim buscar. Você fez o que

eu queria que você fizesse. — Ela fungou, e ele suspeitava que ela

32

estava à beira das lágrimas. Caramba, como ele odiava quando as

mulheres choravam.

—Eu não fiz nada ainda. Você acha que fizemos alguma coisa?

Você realmente é uma inocente.— E por alguma estranha razão, ele

gostava de sua inocência. Isso fez seu pau ainda mais galopante.

Viola puxou seu vestido para cima, e ele ficou surpreso com o

quão rápido ela amarrou os cadarços na frente do corpete.

—Eu não sou mais inocente.

Dante pulou da cama, sem se preocupar com a sua nudez.

—Tudo que fiz foi penetrar. Isso não é foder.

—Bem, eu não me importo de saber sobre o resto.— Ela agarrou

seu manto e a bolsinha pequena que ela tinha trazido com ela e

correu para a porta.

Dante ficou congelado. O que aconteceu? Ele desvirginou uma

virgem que tinha pulado fora de sua cama antes mesmo de ter sido

corretamente fodida. Tudo que ela experimentou foi a dor associada

com a invasão de seu canal demasiado apertado. Caramba, apesar de

ter sido rápido ela o agarrou forte. Se ele soubesse, ele iria tê-la

preparado melhor. O que ele estava dizendo? Se ele soubesse, ele

nunca a teria tocado.

Porra do inferno, não era assim que ele queria ser lembrado:

como o homem que a machucou.

Dante amaldiçoou e pegou suas roupas.

********** O momento em que o ar frio da noite bateu em seu corpo

aquecido, Viola sentiu uma dor surda em sua cabeça. Como um

punho fechado, a pressão na cabeça crescendo, empurrando de

33

dentro para fora como um pintinho tentando rachar a casca do ovo

para nascer.

Os eventos tinham sido demais para ela depois de tudo: a

antecipação e nervosismo quando ela entrou pela primeira vez no

clube, o medo e a devastação quando começou a luta entre Dante e

Salvatore, e agora a perda de sua virgindade. Tinha sido doloroso,

mesmo que a dor aguda tenha durado apenas um momento. No

instante em que ele penetrou-a com sua masculinidade, que era

claramente demasiado grande para uma mulher como ela, todas as

sensações deliciosas que os beijos e as carícias dele causaram havia

desaparecido de seu corpo. Se isso era o sexo, então ela já não estava

interessada.

Bem, pelo menos ela não iria morrer virgem. Agora que ela sabia

que tinha experimentado tudo o que ela tinha decidido fazer, ela

sentia-se vazia. Mas em vez de um vazio agradável em sua cabeça, ela

sentiu uma dor latejante. Ela sabia que durante horas ela estaria nos

braços de uma dor excruciante.

Mas ela não permitiria isso. Todos os itens de sua lista foram

cumpridos. Não havia nenhuma razão para ficar. Era melhor acabar

com isso agora.

Viola caminhou até a próxima esquina, onde uma lâmpada de

gás iluminava a rua e parou.

Ela soltou o arco de sua pequena bolsa e abriu-a. Além de um

lenço, algumas moedas e suas pílulas, o único outro item que havia

era a pistola que tinha tomado da biblioteca de seu pai. Ela observou-

o muitas vezes enquanto ele a limpava e a carregava. Ela teve o

cuidado de dispará-la, quando estava na Suíça, para se certificar de

que estava funcionando.

34

Seus dedos de repente sentiam-se gelados quando ela puxou a

arma de sua bolsa. Ela reconheceu seus movimentos lentos como um

sintoma de sua covardia. Ela era uma covarde por tirar sua própria

vida, mas também era uma covarde por hesitar em colocar a pistola

em sua têmpora.

Ela se forçou a controlar o tremor em suas mãos. Tinha que ser

feito. Ela não iria ficar de braços cruzados, esperando por sua morte,

quando não havia mais nada que queria da vida, quando tudo que ia

acontecer de agora em diante seria doloroso. Não haveria mais

alegrias em seu caminho.

Viola deu um sorriso triste, lembrando os poucos momentos de

felicidade pura e completa que ela sentiu quando Dante a beijou.

Aqueles eram os minutos que ela queria lembrar-se na hora da sua

morte, não a dor que veio em seguida ou as palavras feias que ele

tinha atirado nela.

Um soluço minúsculo rasgou de seu peito quando ela levantou a

arma para a cabeça e fechou os olhos. Ela engatilhou a pistola, e o

som ecoou no beco, ricocheteando nas paredes de pedra para contar

ao mundo que ela estava indo embora. Seu dedo no gatilho tremia,

mas ela respirou fundo uma vez e, em seguida, novamente.

Lágrimas atravessaram as pálpebras fechadas e escorreram pelo

seu rosto. Ela apertou o dedo indicador e sentiu algo impactante em

seu corpo no momento que o tiro ecoou.

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CAPÍTULO 6

O tiro ecoou na rua quando Dante se jogou em direção a Viola e,

simultaneamente, puxou a pistola da mão dela. Eles caíram na rua de

paralelepípedos, Dante em cima dela. Ele imediatamente levantou,

mas ela não se moveu.

Suas narinas sensíveis pegaram o cheiro do sangue dela

imediatamente.

—Não! — Ele gritou. Ele tinha vindo tarde demais. Quando ele a

viu de pé ali, debaixo do lampião de gás, ele hesitou em se aproximar

dela. Ele não sabia o que dizer a ela. Tarde demais ele tinha visto a

pistola em sua mão. Somente quando ela levantou o objeto em

direção à própria fronte ele reagiu e começou a correr.

Dante olhou para o ferimento na cabeça de Viola, afastando a

fome de seu sangue, ao mesmo tempo. Ele deveria ter vergonha de si

mesmo. Mesmo agora, com o sangue escorrendo de sua cabeça, ele

não queria nada mais do que prová-la. Ele balançou o pensamento

fora como um cão abanando a cauda.

Hesitante, ele alisou a mão sobre o ferimento, enxugando o

sangue, com medo do que ele poderia encontrar. Mas os dedos não

encontrar uma ferida aberta. Pelo contrário, tudo o que ele sentia era

uma abrasão. Ela estava sangrando levemente. Ele abaixou a cabeça

mais perto, percorrendo seus olhos sobre a ferida. O lampião de gás

fornecia um pouco de luz; sua visão noturna superior compensou

pelo resto.

Não houve furo. A bala havia atingido de raspão nela, e,

provavelmente, a maneira violenta com que ele derrubou-a no chão a

fez desmaiar. Dante apertou a mão contra o peito dela para sentir os

batimentos cardíacos, mesmo que ele pudesse ouvi-los, mas ele

36

precisava tranquilizar-se. Instintivamente, sua mão se moveu,

apertando um seio. Ele puxou-a longe dela.

Pelos deuses, ele era tão depravado por acariciar uma mulher

inconsciente e ferida. Seu estômago roncou, o cheiro do sangue doce

dela agredia os sentidos dele. Desde que ela sangrava, ainda que

ligeiramente, de seu ferimento na cabeça, ele não seria capaz de se

concentrar em qualquer outra coisa. Ele aproximou seus lábios da

ferida e lambeu por cima com um golpe único de sua língua,

obrigando-se a recuar imediatamente.

Sua saliva fecharia a ferida, curando a pele, mas ele não tomou

conhecimento do mesmo. Ele estava muito distraído pelo gosto dela

na sua língua. Seu sangue era doce e rico como ele esperava, mas

havia outro gosto nele, e ele não pôde determinar o que era.

Era um gosto estranho, assim como o cheiro dela tinha lhe

parecido estranho quando ele o inalou no clube. Dante balançou a

cabeça. Sua mente estava confusa, provavelmente, seus sentidos

estavam abalados pelos acontecimentos.

Viola havia tentado se matar por causa do que ele tinha feito

para ela.

Ele tinha se comportado como um cafajeste? Talvez ele não fosse

melhor do que Salvatore. Pelo menos as feridas que Salvatore deixava

sobre as mulheres eram visíveis e se curavam com o tempo, mas as

feridas que ele tinha colocado sobre essa mulher inocente eram

internas. Ele não tinha visto o quanto ele a tinha machucado. Mas ele

a machucou, tanto que ela foi buscar consolo com a morte.

O conhecimento bateu-lhe no estômago. Ela tentou dar um fim à

própria vida alguns minutos depois que deixou sua cama, minutos

depois que ele acusou-a de mentir e tentar prendê-lo. Minutos depois

de ter estado dentro dela e fisicamente machucá-la. Ela queria deixar

37

este mundo com o equívoco de que o sexo era uma coisa terrível, que

só causava dor às mulheres. E que ele era um amante terrível.

Esse conhecimento especial atingiu seu ego.

Nenhuma mulher com quem havia estado tinha tentado se

matar, pelo menos ele esperava que não. Ele sempre procurou se

certificar de que as mulheres se divertiram enquanto eram fodidas.

Francamente, era mais divertido para ele se o fizessem. Mas Viola...

ele a tinha decepcionado tanto que ela não desejava continuar a viver.

O que deveria fazer? Mais do que apenas um amante ruim se ela

morresse ele seria cúmplice de sua morte. E isso era uma coisa que

ele não queria ser.

Sim, ele tinha matado, mas apenas quem tinha ameaçado sua

vida ou a de seus companheiros vampiros. Ele nunca matou um

inocente, e ele não estava prestes a começar agora. Ele precisava

convencer a mulher que ainda estava inconsciente sobre as pedras

que a vida valia à pena viver. E que valia à pena fazer sexo.

Novamente e novamente e novamente.

Decidindo o que tinha que fazer, ele colocou a pistola no bolso

do casaco e pegou Viola em seus braços. Mal sentiu o peso dela nos

quinze minutos que levou para chegar à sua casa.

As luzes estavam acesas quando ele entrou e, através da porta

aberta da sala, vozes e risos chegaram até ele.

—Dante?— Seu irmão Raphael gritou para ele.

—Agora não.— Dante dirigiu-se para as escadas, mas seu irmão

já estava na porta e encontrou-o no hall.

—Há rumores de que você teve uma briga no...— Seu irmão o

interrompeu. —Você tinha que trazer para casa o jantar? Pensei que

tínhamos discutido...

Dante girou e encarou o irmão.

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—Ela não é o jantar.— Ele ficou surpreso com o tom defensivo

na sua própria voz.

—Sinto o cheiro de sangue.

—Ela está ferida.

Atrás dele, Isabella surgiu.

—O que está acontecendo?— Sua cunhada parecia tão

encantadora como sempre. Dante notou como Raphael imediatamente

pegou a mão dela na sua.

Pombinhos, Dante resmungou internamente.

—Nada. Estou apenas ajudando uma mulher ferida.

Ao ouvir a frase, Isabella levantou uma sobrancelha. Parecia que

sua nova cunhada já havia descoberto que ele não era o tipo bom

samaritano.

—Desde quando você está tão caridoso, Dante?— Seu irmão

zombou.

Dante respirou fundo.

—Preciso lembrar que esta é a minha casa também, e que não

devo satisfações sobre o que eu faço?

—Certo. No entanto, eu gostaria de me certificar da segurança

da garota enquanto ela está em nossa casa.

A paciência de Dante havia se esgotado.

—Bem, bem, olhe só para o meu irmão, de repente tornou-se

alguém responsável. Sem ofensa, Isabella, mas parece que seu marido

esqueceu como ele era antes de se casar com você. Lembro-me que...

—Seja como for, as coisas mudaram.— Raphael levou a mão de

Isabella para os lábios e beijou-lhe os dedos. —Nós concordamos que

não iríamos expor para Isabella os aspectos mais cruéis da nossa

espécie. E isso inclui trazer seres humanos inocentes para nossa casa

e...

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Dante deu um passo mais perto.

—E o quê?— Então ele olhou para o rosto de Viola, que foi

embalada no peito dele. —Ela não sofrerá nenhum dano. Se você quer

saber, ela tentou tirar a própria vida hoje à noite.

—Oh, não. Pobre menina! — Isabella ofegou em choque

—O que aconteceu?— Raphael perguntou, sua voz cheia de

compaixão agora.

Dante fechou os olhos, lutando consigo mesmo sobre o quanto

deveria dizer a seu irmão.

—Ela era virgem. Mas ela mentiu para mim e me disse que ela

era uma viúva procurando alguma... diversão carnal.— Ele olhou

para o rosto de Isabella, imaginando o quanto mais ele deveria dizer.

A mulher de seu irmão apenas ouvia com a respiração suspensa. —

Não era...bem, não foi agradável para ela. Ela tentou se matar dez

minutos depois. Tive a sorte de impedi-la. A bala atingiu de raspão

sua testa.

Por um momento, ninguém falou. O silêncio na sala era

ensurdecedor.

Ele esperou por uma observação sarcástica de seu irmão, mas

ela não veio.

—O que, sem comentários?— Dante questionou.

—É melhor você levá-la para cima. Vou informar aos

empregados para que o ajudem a cuidar dela. Eu estou supondo que

ela não sabe o que você é?— A voz de Raphael foi calma e serena.

Dante balançou a cabeça.

—Não. É ruim o suficiente ela pensar que o sexo é uma coisa

terrível. Como você acha que ela vai reagir se descobrir que um de

nossa espécie teve a sua virgindade?— Ele olhou para o rosto de Viola

40

e puxou-a mais apertada junto ao seu corpo. Ela parecia tão frágil e

ele se sentia como um animal que a atacou.

E ele queria fazê-lo novamente.

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CAPÍTULO 7

Viola sentiu como se estivesse em um casulo morno e se

aconchegou mais profundamente na suavidade. Ela não esperava que

a vida após a morte fosse tão suave e quente. Na verdade, ela pensava

que seu ato desesperado de cometer suicídio a levaria para o inferno.

Mas isso não se parecia como o inferno. Não havia cheiro de enxofre.

Em vez disso, ela podia sentir um cheiro persistente de colônia – uma

colônia masculina - e um pouco de fumaça de um fogo que ardia nas

proximidades. Era estranho.

Ela abriu os olhos e tentou reconhecer onde estava. O choque a

fez sentar-se.

Ela estava em uma grande cama com dossel, no meio de um

quarto de dormir ricamente decorado - um quarto de dormir muito

masculino.

—Ah, você está finalmente acordada.

Viola girou a cabeça em direção à voz masculina e congelou.

Dante. Ele levantou-se da poltrona em que estava sentado perto da

lareira e começou a caminhar em direção à cama. Ela pegou o lençol e

o apertou contra seu corpo, percebendo de imediato que ela só usava

uma combinação.

—Eu tive que deixá-la mais confortável. — Seu tom era

tranquilo, e até mesmo seus olhos pareciam sinceros.

—Onde estou?— Ela empurrou a pergunta, segurando seu

pânico. Ele a tinha raptado? O que aconteceu? Ela se lembrava

claramente de pressionar a arma contra sua têmpora e puxar o

gatilho.

Dante chegou à cama e sentou-se na borda. Viola olhou-o

desconfiada.

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—Você está na minha casa. Eu não sabia onde você morava,

então eu a trouxe aqui.— Instintivamente, a mão dela foi para a testa.

Ela sentiu uma pequena ferida, mas nada a mais. Os olhos dele

seguiram-lhe a mão. —A bala atingiu de raspão sua testa. Eu

consegui puxar a arma da sua mão.— O coração dela batia forte no

conhecimento de que ele sabia o que ela tinha feito e que ele a

impediu de ser bem sucedida.

—Como você se atreveu?

—Desculpe-me?— A testa dele enrugou com a confusão.

—Você me ouviu. Como você se atreveu a me parar? Foi a minha

escolha. — Ela dirigiu-lhe um olhar furioso.

—Escolha?— Ele se levantou de repente. —Você não sabia o que

estava fazendo. Você não pode simplesmente matar-se sobre algo tão

trivial.

—Trivial?

—Sim, trivial. A primeira experiência sexual de uma mulher nem

sempre é agradável. Você não sabia disso?

Ele pensou que ela queria se matar porque a tinha machucado

quando ele a penetrou? Ela teve que lidar com dor mais intensa em

sua vida do que a dor daquele momento, que durou apenas alguns

segundos. Quão egoísta ele era?

—Seu cafajeste pomposo e arrogante! Isto não tem nada a ver

com você.

Dante olhou para ela.

—Tem tudo a ver comigo. Não há necessidade de mentir para

mim. Na verdade, seria melhor para todos os envolvidos se você me

dissesse a verdade. Você não é, obviamente, uma viúva. Eu acho que

nós já estabelecemos isso.

43

Viola não gostou de seu tom de comando e decidiu não fazer isto

fácil para ele.

Talvez ele pensasse que poderia comandar outras mulheres ao

redor, mas ela não.

—Eu poderia muito bem ter sido casada e ainda ser virgem se...

De repente, ele estava na cama segurando o queixo dela com o

polegar e o indicador.

—Você não sabe mentir. Então pare, ou eu vou ter que fazer isso

para calar sua boca.— Ele pressionou um beijo em seus lábios, um

beijo tão breve que ela mal desfrutou da sensação.

—Eu não lhe dei permissão para me beijar!— ela protestou e

empurrou-o, deixando cair o lençol no processo.

—Você deu-me permissão para fazer um monte de coisas mais

do que isso.— Ele sorriu e baixou o olhar para seus seios.

Com um movimento brusco, ela se cobriu com o lençol.

—Vá, sente-se naquela cadeira ali. — Ela queria que ele ficasse o

mais longe possível. Quando ele estava tão perto com o seu perfume

masculino envolto em torno dela, ela não conseguia pensar com

clareza. Ela queria puxá-lo para a cama com ela e pedir-lhe para

beijá-la novamente do jeito que ele tinha feito antes de pressionar sua

masculinidade enorme contra ela.

O olhar que ele deu a ela só poderia ser descrito como avaliativo.

— Se você deseja assim. — Dante deixou-se cair na poltrona e

olhou para ela.

—Agora, se você me disser onde minhas roupas e minha bolsa e

pistola estão, eu poderei me arrumar e partir.

—Você não vai fazer tal coisa.

Viola estreitou os olhos.

—Você está me mantendo em cativeiro?

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—É para sua própria segurança. Quanto à sua pistola: você deve

estar louca para pensar que eu simplesmente a devolveria depois que

você tentou se matar com ela. Não, jovem, você ficará aqui até que eu

possa ter certeza que você não vai tentar novamente.

Ela inalou bruscamente.

—Isso não é problema seu. Minha vida é minha, e eu vou fazer

com ela o que quiser.

—Não se eu puder ajudá-la. — retrucou Dante enquanto

levantava-se. Ele parecia um tigre enjaulado quando ele se aproximou

da cama de novo. Instintivamente, ela recuou para o outro lado da

cama.

—Você não pode fazer isso.

—Eu posso fazer muito mais do que isso. Para começar, eu vou

lhe mostrar que o sexo pode ser tão prazeroso para uma mulher como

é para um homem. E quando você entender isso, você não terá

qualquer motivo para tentar se matar novamente.

Viola simplesmente olhou para ele. Ele não podia estar falando

sério. O homem tinha um sentido completamente exagerado de

egocentrismo que não permitiria que seu carcomido cérebro

entendesse que ele não era a razão pela qual ela desejava deixar este

mundo. E, claro, ela não lhe diria a verdade. Não era da conta dele.

Além disso, não queria piedade de ninguém. Quanto a ele provar a ela

que o sexo era prazeroso para as mulheres...

—Como você vai fazer isso?

Às vezes ela desejava que seu cérebro fosse mais rápido do que

sua língua, porque claramente ela tinha falado demais novamente. A

julgar por seu sorriso maroto, ele estava gostando da situação.

—Muito devagar e suavemente.— O olhar que ele lançou ao

longo do corpo dela a fez tremer.

45

Deus lhe ajudasse se ele falava sério.

—Você não pode...

—Fazer isso— ele terminou a frase e pulou em cima da cama de

quatro. —Eu não teria tanta certeza se eu fosse você.

Um segundo depois, Dante estava escarranchado sobre os

quadris dela e a pressionava de volta para os travesseiros, o rosto a

poucos centímetros dela. O corpo de Viola aqueceu e seu pulso

acelerou.

Saber como ela tinha reagido aos seus beijos e seu toque antes

tornou impossível para ela afastá-lo. Ela se sentiu paralisada.

Os dedos dele acariciaram suavemente o rosto dela.

—Como nós dois sabemos, eu sou mais forte que você. Então,

poupe seu fôlego para quando você encontrar-se ofegante pelo

orgasmo. Mas agora, eu vou mandar os empregados prepararem um

banho para você. E quando você estiver pronta, eu vou esperar você

lá embaixo para uma refeição.

Seu instinto de luta não a tinha deixado ainda. Se ele pensou

que ela foi facilmente intimidada ele ainda não sabia como ela era

teimosa.

—Eu não vou fazer tal coisa.

—Tudo bem, então eu mesmo vou dar um banho em você.

O choque a atravessou.

—Você não faria isso...— A voz dela falhou. Ele faria. —Tudo

bem.

—Agora sim, está sendo uma boa menina.

Aquilo foi um elogio ou ele estava zombando dela?

Quando ele pulou da cama, ela deveria ter se sentido aliviada,

mas seu corpo instantaneamente protestou pela perda do calor.

Ele caminhou até a porta.

46

—E se você demorar muito com o seu banho, porque você está

tentando me evitar, vou pessoalmente retirá-la da banheira e enxugá-

la.— Quando ele bateu a porta atrás dele, Viola atirou-lhe um

travesseiro.

—Você não é tão irresistível quanto você pensa!— ela murmurou

baixinho e podia jurar que ele ouviu e riu enquanto descia as

escadas. No entanto, não havia nenhuma maneira que ele pudesse

ouvi-la através da porta fechada.

47

CAPÍTULO 8

—Você está louco?— Raphael grunhiu.

Dante deu de ombros e chutou o pé contra a grade da lareira,

fazendo com que as brasas e o fogo chiassem em resposta.

—O que você quer que eu faça? Deixe-a solta para tentar se

matar novamente? Eu não vou fazer isso.

—Você é surpreendentemente protetor com essa garota. Nem

parece ser você mesmo. Tem certeza de que está bem?— O sorriso

insolente de Raphael não fez nada para acalmar o temperamento de

Dante.

—Olha quem fala. Você se tornou muito suave desde que você se

casou.

—Você sabe que eu posso ouvi-lo, Dante, não é?— A voz de

Isabella veio do sofá.

—Eu estava apenas tentando fazer com que o seu marido largue

do meu pé, minha querida.

—Então ele não iria questionar suas ações?— Perguntou ela.

—Eu sou meu próprio mestre. O que eu faço não é da sua conta

ou do seu marido.

—O que dizer da menina?— Raphael interveio e tomou assento

ao lado de sua esposa.

—Eu prometo que nenhum mal acontecerá a ela. Eu não sou um

canalha completo.

—Eu ainda não estou certa sobre isso.— a voz de Viola veio da

porta.

Dante levantou do seu assento e girou. Ela entrou na sala,

usando o vestido que ela tinha usado antes, o mesmo que ele despiu

do corpo dela muitas horas atrás. A memória dele ainda estava fresca

48

e fez seu pulso acelerar. Ele socou-se mentalmente para controlar a

própria reação.

—Eu já teria partido, mas parece que alguém fechou a porta

acidentalmente, e não consigo encontrar uma maneira de abri-la.—

Ela virou-se para Raphael, que também havia se levantado. —Talvez

você possa me ajudar com isso? Meus pais devem estar preocupados

que eu ainda não tenha retornado.

Seu sorriso era doce, mas Dante sabia que Viola estava tentando

cativá-los. E ele não iria se apaixonar por ela.

—Raphael di Santori— seu irmão se apresentou. —Dante é meu

irmão.— Então Raphael virou para sua esposa que tinha se

posicionado a seu lado. —Minha esposa Isabella.

—Prazer. Viola Costa. Lamento ter incomodado vocês. Se você

puder abrir a porta, por favor, eu gostaria de voltar às minhas

acomodações.— Ela deu outro sorriso doce e virou seu corpo em

direção à porta.

Suas últimas palavras ecoaram pela cabeça de Dante. Ela queria

voltar para suas acomodações, e não sua casa. Ohh. Ele fez uma

aposta.

—Se você me permite, Viola, eu gostaria de acompanhá-la ao seu

hotel para se certificar de que você está segura. Onde está

hospedada?

—O Aristo...— Ela fechou a boca rapidamente, mas Dante tinha

ouvido o suficiente.

—Assim como eu pensava. Você não vai para a casa de seus

pais. Eu arriscaria um palpite de que seus pais não têm ideia de onde

você está.— Quando as bochechas dela mudaram de cor, Dante sabia

que ele estava certo. —Bem, bem. Nesse caso, me desculpe, minha

jovem, mas eu sinto que é meu dever mantê-la aqui sob a minha

49

supervisão, onde nenhum mal pode vir até você. Entretanto, eu ficarei

feliz em fazer contato com seus pais para que eles possam vir buscá-

la.

Viola estreitou os olhos.

—Isso não será necessário. Eu vou encontrar meu próprio

caminho para casa.

—Não, não. Eu insisto. Uma vez que seus pais cheguem, eu vou

estar mais do que feliz em libertá-la.— Ele voltou para a sua poltrona.

—Eu acho que isso é o mínimo que podemos fazer como venezianos

hospitaleiros que somos, você não acha isso, Raphael?— Pela

primeira vez, seu irmão concordou, embora com uma careta no rosto.

—Eu tenho medo que seria imprudente permitir que uma jovem sem

um acompanhante deixe a nossa casa. Se você me der o nome de

seus pais e endereço, eu pessoalmente enviarei um mensageiro e

torná-los-ei conscientes do seu paradeiro, senhorita Costa.

Viola bufou e deu alguns passos em direção a Dante. Ela era

uma fugitiva e não tinha intenção de ser encontrada. Ainda bem,

porque ele queria que ela ficasse aqui com ele. Até que, bem...até que

ele estivesse satisfeito do gosto dela.

—Você, você...— A pele dela brilhava, e seu peito adorável subia

a cada respiração que ela tomou. Com seu dedo indicador, ela

espetou-o no peito. —Você, você...

—As palavras lhe fogem, minha querida?— Dante pegou o dedo

e levou-o aos lábios, dando-lhe um beijo macio. —Agora, que tal um

pouco de comida? Todas essas mentiras devem ter feito você ficar com

fome.

Viola bufou mais uma vez e se afastou. Dante não poderia deixar

de rir. Ela estava muito determinada a teimar com ele. Porra, ele

gostava disso em uma mulher.

50

Isabella colocou a mão no braço de Viola.

—Venha, senhorita Costa. O cozinheiro preparou uma agradável

refeição para nós. Vamos deixar os homens com sua conversa.

**********

Viola não tinha escolha. Ela não podia permitir que Dante ou

seu irmão entrassem em contato com seus pais. Se o fizessem, seus

pais a arrastariam de volta para sua casa, apesar de sua ameaça de

causar um escândalo. No momento em que eles chegassem em

Florença muito tempo teria passado, e sua saúde teria se deteriorado

bastante para ela não ter forças para executar sua ameaça. E seus

pais sabiam disso. Não, ela não podia arriscar que uma mensagem

fosse enviada a eles. Era melhor deixá-los acreditar que ela estava na

Suíça.

Ela deveria ter pensado melhor antes de responder ao

questionamento de Dante, ele imediatamente percebeu a mentira dela

quando admitiu que estava hospedada em um hotel. Ele tinha feito de

propósito.

Ela teria que elaborar uma estratégia para ganhar de volta um

pouco de terreno, mas, primeiro, ela precisava comer. Ela sentia

fome. Seu estômago roncou com o pensamento sobre comida.

—Você deve estar morrendo de fome— disse Isabella e apontou

para uma cadeira em frente dela em uma grande mesa de jantar.

Viola sentou-se e dobrou o guardanapo sobre seu colo.

—Eu não sei por que. Eu já jantei.

—Hoje não. Você dormiu por quase 20 horas depois que Dante a

trouxe.

Assustada, Viola olhou para ela.

51

—Eu estou aqui desde ontem?

—Você estava inconsciente quando Dante colocou-a na cama.

Ouso dizer, ele estava muito preocupado com você. Isso não é comum

nele.— Havia uma expressão perplexa no rosto de Isabella. Ela era

uma mulher belíssima com a pele de seda, com olhos verdes

hipnotizantes e cabelo escuro longo que estava preso no alto da

cabeça em um coque frouxo.

—Ele não tem motivos para se preocupar comigo. Eu sou

perfeitamente capaz de cuidar de mim mesma.

—Uma vez que você levantou esse assunto, por que tentou se

matar?

Viola apertou sua mandíbula. Ela não esperava que a mulher

abordasse o assunto de forma tão brusca.

—Ninguém nesta casa parece ter qualquer tato.

Isabella fez um movimento de mão desconsiderando o

comentário.

—Ah, bem. Culpe o meu marido e seu irmão. O comportamento

deles tende a passar para os outros. Somos uma família muito

incomum para dizer o mínimo.

—Será que Dante tem o hábito de sequestrar mulheres

inocentes?— Ela enrugado seu nariz e levantou o queixo. Se a dona

da casa não podia manter-se agradável, por que ela iria? Ela era

apenas uma prisioneira, não uma convidada.

—Tudo o que você quer saber sobre o Dante, eu tenho certeza

que ele ficará feliz em lhe dizer. Eu não sou a pessoa indicada para

fazer isso.— Então, ela mudou de assunto. —Você gosta de faisão?

Viola mastigou a carne divinamente deliciosa completamente e

engoliu.

—Razoável.

52

—Eu vou pedir ao cozinheiro para preparar algo diferente

amanhã se você não gosta de aves.

—Eu já terei partido até amanhã, por isso não se incomode.—

Eles não podiam vigiá-la a cada segundo do dia e da noite. Ela iria

escapar na primeira oportunidade. Mas, até lá, ela tomou outro garfo

cheio de carne. Não havia nenhuma razão para passar fome.

—Fazendo planos sem mim, Viola?— Dante encostou-se na

porta.

Como ele conseguiu se aproximar tão silenciosamente assim?

Ela não demonstrou o quanto estava assustada com o aparecimento

repentino dele, ao invés, ela deu outra mordida na carne.

—Bem, termine sua refeição, meu doce, vamos sair. Vejo você na

entrada do hall em cinco minutos.

Ela girou a cabeça em sua direção, mas ele já tinha deixado a

sala. O que diabos ele estava planejando?

53

CAPÍTULO 9

Dante esperou por Viola, sua longa capa preta pendurada nos

ombros, a capa da moça em suas mãos. Ele precisava sair de casa. Se

ele ficasse sob o olhar atento de seu irmão e sua cunhada por mais

tempo, nunca chegaria a beijar a menina e iniciar a sua educação nas

artes carnais.

Era hora de lembrá-la do que tinham feito na noite anterior, não

quando ele a penetrou sem muita preparação, mas quando eles

tinham se beijado. Se não estava enganado, ela gostou bastante de

ser beijada.

Ele pegou o cheiro dela antes mesmo que ela saísse da sala de

jantar. Assim como o sangue dela havia provado diferente quando ele

a lambeu, o cheiro dela também tinha algo estranho. Algo que o fez

querer protegê-la. Ele não entendia o seu sentimento. Afinal, ele era

um mulherengo auto-proclamado, cujo único interesse residia em

fornicar e beber sangue até que sentisse o mesmo tipo de efeito de

alguns medicamentos produzidos pelos humanos.

Quando ele pôs os olhos em Viola resolutamente se arrastando

para o hall, o seu instinto protetor em relação a ela aumentou ainda

mais. A aura que ele sentiu ao redor dela parecia frágil em contraste

com sua língua afiada que ela insistia em usar contra ele tão

facilmente. Não que ele se importasse. Ele adoraria duelar com aquela

língua todo o dia, ou noite.

Dante limpou a garganta e empurrou seus pensamentos de volta

para as trevas de sua mente devassa.

—Aí está você. — disse quando ela surgiu na sua frente.

—Aonde vamos?— Sua voz estava cheia de desconfiança.

54

Ele deu um passo em direção a ela e colocou o manto sobre seus

ombros, amarrando a fita em sua garganta. Então, inclinou a cabeça

para sussurrar em seu ouvido.

—Explorar. — Antes que ela pudesse protestar, ele carregou-a

para a noite. Minutos depois, ele contratou uma gôndola e um

gondoleiro que lhe prometeu um bom passeio pelos canais e um olhar

discreto na outra direção quando necessário.

Dante ajudou Viola na gôndola e sentou-se confortavelmente ao

lado dela no banco acolchoado. Ela era uma coisa delicada, mas as

proporções gigantescas dele asseguraram que não havia um

centímetro de espaço entre eles.

Com o gondoleiro empurrando eles navegaram pelo canal, Dante

fez-se confortável e deslizou o braço em volta dos ombros de Viola

para pressioná-la mais perto dele.

—Signore. — ela protestou.

Ele baixou a cabeça para a dela.

—Por favor, me chame de Dante. Eu odiaria que você gritasse

“Signore” quando você estiver gozando em meus braços. Agora,

aproveite o passeio.— Ela não respondeu, e ele não esperava que ela o

fizesse. Por enquanto, tudo o que ele queria era que ela apreciasse o

passeio. Considerando que ela admitiu estar hospedada em um hotel,

então não era nativa de Veneza. Isso havia lhe dado a ideia de levá-la

em uma excursão ao longo dos pitorescos canais. Mesmo à noite, ela

seria capaz de ver muitas das belas mansões e formosos palácios da

cidade.

À medida que ele começou a apontar os edifícios e contar

anedotas sobre alguns dos habitantes, sentiu-a relaxar ao lado dele.

Pelo canto do olho, ele notou como ela olhou para muitas das casas

com espanto, a boca aberta de admiração óbvia. Muitas estavam

55

iluminadas por dentro por lustres enormes, dando a Dante e Viola

vislumbres do seu interior.

—Lindo. — ela sussurrou.

Dante estava satisfeito consigo mesmo. Viola parecia desfrutar

do passeio de gôndola. Fazia parte do seu plano para mostrar a ela

que a vida valia a pena, que havia beleza e emoção ao seu redor.

Quando de repente ela estremeceu ao lado dele, ele a puxou

para mais perto.

—Frio? — Ela balançou a cabeça, e ele estendeu a mão para as

mãos dela. Elas eram como gelo. Ele amaldiçoou a si mesmo. Só

porque ele não sentia o frio tão severamente como um ser humano

não significa que ele poderia esquecer o bem-estar dela. —Sinto

muito, Viola.— Ele abriu sua própria capa.

—Não, você vai ficar com frio, então. — ela protestou.

—Não, eu não vou. Venha.— Antes que ela pudesse protestar,

ele levantou-se, tomou-a nos braços e sentou-se novamente com ela

em seu colo, fechando o seu manto sobre os dois.

—Mas...

Ele matou seu protesto, pressionando-a mais perto de seu peito,

mantendo seus próprios braços dentro de sua capa, longe de olhares

indiscretos.

—Desta forma, nós dois vamos estar aquecidos.

—É só por isso?— Ela inclinou a cabeça erguida em desafio.

—Há uma segunda razão.

—E qual seria?

—Você gostou quando eu beijei você na noite passada? — Ela

deixou cair as pálpebras em sua pergunta, mas não disse nada. —

Você quer que eu te beije de novo?

56

Um aceno de cabeça quase imperceptível foi a resposta.

Excitação percorreu todo o corpo de Dante. Ele não havia se

enganado sobre os sentimentos dela na noite anterior. Ele teria outra

chance.

—Então, levante a cabeça e ofereça-me seus lábios.

Ela fez exatamente isso. Mas, em vez de roubar um beijo

apaixonado e exigente, ele empurrou de volta a sua fome para ela e

apenas levemente roçou os lábios contra os dela. Eles estavam quase

tão gelados quanto as mãos dela. Ele mordiscou-os, acariciando-os

com a sua língua quente na tentativa de aquecê-la.

**********

Viola fechou os olhos e saboreou o toque suave. Dante estava

diferente da noite anterior, menos urgente, menos exigente. Mais

suave, muito mais suave. No entanto, totalmente intoxicante. Ela

respirava seu aroma rico, uma mistura de perfume almiscarado - o

mesmo que ela cheirou em sua cama - e um cheiro profundo de terra

e couro.

Os lábios de Dante estavam pressionados suavemente contra os

dela, apenas tocando de leve. Um gemido frustrado escapou dela. Ela

queria que ele a beijasse da maneira como ele a beijou na noite

anterior.

—Algo errado?— ele sussurrou contra seus lábios.

—Não. — Ela não poderia dizer-lhe o que ela queria. Em vez

disso, segurou com as mãos a camisa dele e puxou, forçando-o a

colocar mais calor por trás do beijo. Ele não entendeu quando ela

disse que estava frio? Será que ele achava que aquele beijo tímido iria

aquecê-la?

57

Quando ela apertou os lábios contra a boca dele, um gemido

assustado veio de sua garganta. De repente, ele inclinou a cabeça e

empurrou contra seus lábios, solicitando a entrada com a língua. Em

um suspiro aliviado, ela abriu os lábios e congratulou-se com ele.

A mão dela cavou em sua camisa para segurá-lo perto para que

ele não parasse tão cedo. Em segundos, o beijo dele tinha se

transformado de inocente a exigente. Instantaneamente, ela sentiu o

calor subir por sua barriga e ondulações percorrem seu corpo,

atingindo todas as suas células. Ela relaxou e derreteu-se contra a

boca e língua dele, abrindo-se, assim ele poderia explorá-la mais

completamente. Todo o tempo as mãos dela o acariciavam através de

sua camisa. Ela ficou maravilhada com a dureza de seu peito

musculoso e o calor que seu corpo irradiava. Ela queria absorver tudo

isso e aconchegar-se em seu calor e proximidade.

Quando a mão dela subiu ao lado de seu torso e atingiu a parte

inferior de seu peito, ela suspirou em sua boca. Mas ele não parou.

Pelo contrário, ele aumentou a demanda no seu beijo, fazendo-a

esquecer de onde ela estava.

A mão dele segurou seu seio e deu-lhe um aperto suave. Ela

gritou e se afastou de sua boca.

—Não, aqui não. As pessoas podem ver.

—Ninguém pode ver o que estou fazendo sob o manto. — ele

assegurou-lhe e tomou sua boca novamente, sufocando seu protesto

seguinte. Como se para sublinhar a sua declaração, ele puxou o

corpete e conseguiu libertar os seios, deixando o tecido enrolado sob

eles, sustentando-os como uma prateleira em que seus seios

descansavam à espera do que ele quisesse fazer.

—Dante!— Ela tentou dizer-lhe que não era decente, mas ele a

beijou novamente. Com cada beijo, ela era menos capaz de resistir a

58

ele. Seu corpo parecia derreter mais e mais a cada segundo que ele

exercia essa doce tortura sobre ela.

Quando a mão dele deslizou sobre um seio e roçou-lhe o

mamilo, um raio disparou por seu núcleo, deixando-a molhada e

fazendo crescer uma dor desconhecida em todo seu caminho. Viola se

contorcia sob seu toque, tentando acalmar o desejo e a dor.

—Calma, meu doce. — ele balbuciou e mordiscou beijos ao longo

do seu pescoço, enquanto seus dedos brincavam com a carne nua,

transformando o mamilo em um pico rígido. —Eu vou te dar o que

você quer.

Como ele poderia saber o que ela queria, quando ela mesma não

sabia? Tudo que sabia era que não queria que ele parasse de tocá-la.

Então, quando a mão dele deixou seu seio e abaixou para a cintura,

ela protestou.

—Não. Por favor. Eu quero...— A mão dele apertou-lhe a coxa, o

calor inundando através dela fazendo-a esquecer os seus

pensamentos.

—Eu sei o que você quer.

Será que ele sabia? Ela esperava que sim, porque ela estava

pegando fogo. Suas entranhas doíam, o lugar entre as pernas

latejando com necessidade desesperada. Seu coração batia

freneticamente, e seus pulmões queimavam enquanto ela ofegava.

Um momento depois, ela prendeu a respiração. A mão de Dante

viajou para baixo de sua perna e deslizou sob suas saias. O pânico

tomava conta dela.

—O que você está fazendo?

—Fazendo você se sentir bem.— Ele mordiscou sua orelha,

mordendo-a levemente. A dor distraiu-a do movimento da sua mão,

mas só por um momento.

59

Quando os dedos dele de repente atingiram o ápice de suas

coxas e encontraram o túnel embaixo de suas calçolas, ela engasgou

com sua ousadia.

—Dante. — ela sussurrou, menos em sinal de protesto e mais

em estímulo, pois seus dedos haviam atingido a umidade que escorria

dela. Ela ficou tensa quando sentiu que ele sondava a sua abertura,

com medo da penetração que a tinha ferido na noite anterior. Ela

congelou, esperando pela dor, mas nada aconteceu. Ele acalmou os

dedos.

—Shh. — Dante soprou em seu ouvido. —Eu não vou entrar em

você. Eu só quero sentir a sua umidade e acariciá-la.

Lentamente, Viola relaxou contra a mão dele. Emoções

conflitantes enchiam sua mente. Ela deveria afastá-lo, não deveria

deixá-lo ter tal intimidade. No entanto, na noite anterior ela tinha lhe

permitido muito mais do que isso. Ela não tinha forças para resistir a

ele, porque, tal como na noite anterior quando ele a beijou, ela queria

mais do que ele estava fazendo agora.

E não foi para isso que ela tinha vindo a Veneza? Para

experimentar os prazeres da carne? A perda de sua virgindade na

noite anterior tinha sido desagradável, mas o que Dante estava

fazendo com os dedos agora se sentia mais do que agradável. A

carícia de seus dedos contra sua carne íntima aumentava ainda mais

o calor em seu corpo e fazia seu coração bater em um ritmo frenético.

—Você gosta disso?— A voz rouca de Dante desencadeou outra

onda de calor em seu corpo.

Antes que ela pudesse se conter, ela admitiu:

—Sim.

—Eu também gosto. Você é tão lisa, tão suave. E ainda...— Ele

passou o dedo coberto de orvalho mais acima, longe de suas dobras,

60

em um ponto logo abaixo os cachos. —Ainda há isto.— Ele esfregou

contra a carne sensível, fazendo-a prender o ar. —Sim, eu acho que

eu encontrei exatamente o que você precisa.

Quando ele girou o dedo em volta do botão de carne, que era

mais sensível do que qualquer outra parte do corpo dela, ele latejava

ainda mais duro do que anteriormente. Sentia que mais umidade

escorria de seu núcleo. A cabeça dela caiu para trás contra o ombro

dele, e ela soltou um suspiro irregular.

—Tão sensível. — elogiou e continuou sua doce tortura. Ela se

sentiu desossada em seus braços. Suas coxas espalharam-se mais

para lhe permitir um melhor acesso a este lugar especial. Seu rugido

lhe disse que ele aprovou sua ação.

Como se para agradecê-la por isso, sua carícia se tornou mais

urgente, a pressão mais forte.

Alguma coisa estava acontecendo. O corpo dela ficou tenso,

tanto por medo quanto por expectativa. Ela não sabia o que esperar.

Viola só sabia de uma coisa.

—Não pare!— ela gritou.

Segundos depois, seu corpo entrou em erupção. A tensão se

dividiu em ondas e mais ondas de prazer desconhecido, fluindo

através de seu corpo. Atrás de seus olhos, ela viu uma explosão de luz

branca tão intensa que ela pensou que iria morrer. Este era o seu fim.

61

CAPÍTULO 10

Pela segunda noite consecutiva Dante entrou em sua casa

carregando Viola. Mas, ao contrário da noite anterior quando ela

estava inconsciente, desta vez ela estava apenas dormindo. Depois

que ele a fez chegar ao clímax na gôndola, ela tinha desmoronado

contra seu peito e adormecido. E tudo o que ele podia fazer era sorrir

quando ele olhou para seu rosto pacífico. Esta foi a primeira vez que

ele tinha visto ela completamente à vontade e relaxada. E ele gostou

da visão. Muito.

Suas orelhas se animaram quando ouviu a voz de seu irmão.

Mas desta vez, ele sabia que não seria perturbado, porque a voz de

Raphael veio de seu quarto. E sua esposa estava com ele. Dante

abençoou o fato de que os dois pombinhos não conseguiam manter

suas mãos longes um do outro. Para as próximas horas, eles não

iriam interferir com seus planos.

Ele calmamente carregou Viola para seu quarto, onde a deitou

em sua cama.

De alguma forma, a imagem parecia certa: seu vestido azul

escuro contrastava com o lençol de linho branco, e seu cabelo longo e

escuro se espalhava em volta da cabeça como uma auréola. Dante

balançou a cabeça. Ele estava ficando sentimental. O fato de ela

querer se matar logo depois que ela saiu de sua cama havia

quebrado-lhe o ego. Ele não a deixaria sair de sua presença até que

seu ego fosse restaurado de novo e tão forte quanto antes: para que

ele pudesse reerguer um muro de pedra em torno de seu coração.

Quando ele começou a despi-la, suas mãos se aproveitaram para

sentir as curvas exuberantes, tocando, acariciando, apalpando tudo o

que ela tinha para oferecer. Depois do que ela permitiu que ele fizesse

62

na gôndola, ele sabia que não podia haver nada de errado nele.

Quando ela finalmente estava deitada em sua cama completamente

nua, ele se despojou de suas vestes e se juntou a ela.

O fogo na lareira ardia com brilho e proporcionou um ambiente

confortável.

Ele instruiu um servo para que mantivesse o seu quarto sempre

bem aquecido. Ele queria que ela ficasse confortável sem o benefício

de colchas grossas. Porque o que ele tinha em mente seria mais

prazeroso se fosse feito deitado em cima delas.

—Viola. — ele sussurrou para ela e plantou pequenos beijos ao

longo de sua boca.

Finalmente, ela se mexeu, abrindo as pálpebras em pequenas

frestas.

—Hmm?

—Sua lição nos prazeres da carne ainda não acabou.— Era justo

dar-lhe um aviso. Então ele deslizou seu corpo e colocou as mãos nas

coxas dela, empurrando-as. Instalou-se no espaço que ele tinha

criado para si mesmo.

Viola empinou.

—O quê...? — De repente, completamente acordada, de olhos

arregalados, ela olhou para ele em choque. —Onde estão minhas

roupas?— Ela tentou se cobrir com as mãos, mas ele empurrou-as.

—Se você pode lembrar, eu já vi tudo antes. Então, não há

necessidade de se cobrir. Agora se deite e desfrute.

A boca dela se abriu, então bateu novamente fechada, os olhos

dela encarando os dele por um longo momento. Ele não podia dizer o

que ela estava pensando, mas algo estava acontecendo na cabeça

dela. Quando ela finalmente deitou-se, ele afundou a boca em seu

sexo.

63

Ele inalou profundamente, querendo beber dos sabores

persuasivos de seu corpo. Os cachos dela fizeram cócegas na sua

boca, então ele mudou para baixo até seus lábios alinharem-se com a

fenda úmida. Se ela ainda estava molhada do prazer que ele lhe

proporcionou na gôndola, ou se ela tinha ficado excitada de novo

porque estava nua diante dele, ele não poderia dizer. Mas ela estava

molhada, seu mel escorrendo de sua vagina.

Dante sentiu seus músculos tensos como se ela tivesse medo

que ele fosse machucá-la. Mas ele não tinha intenção de fazê-lo. Tudo

que ele queria era dar-lhe prazer, apenas para restaurar o seu ego, é

claro, ele disse a si mesmo.

Ele estendeu sua língua e rodou contra as dobras úmidas do

sexo feminino, separando-as no processo. Seus sucos abundantes

correram por sua língua, acendendo suas papilas gustativas e

deixando o seu corpo em chamas. Ela tinha gosto de uma manhã de

primavera, doce e inocente.

—Oh!— Sua ofegante exclamação lhe agradou, e o fato de que

ela relaxou os músculos ao mesmo tempo, foi a confirmação de que

ela queria que ele continuasse. Não que ele teria parado neste

momento. A restauração do seu ego era muito importante. E, além

disso, lamber sua boceta deliciosa o fez tão duro como uma tábua e

mais vigoroso do que uma brisa da manhã.

Viola era um petisco mais do que delicioso, que não tinha noção

do efeito que causava sobre ele, e ele não iria lhe contar. Não, ele

nunca quis dar a uma mulher qualquer tipo de poder sobre ele. Muito

provavelmente, a reação dele para ela era apenas temporária de

qualquer maneira. A única razão pela qual ele se sentia ligado a ela

era porque ela tinha machucado seu ego e o fez necessitar de sua

64

aprovação. Uma vez que esta questão fosse tratada, ela não

representaria nenhuma tentação para ele.

Ele tinha as mulheres mais experientes em sua cama - as

mulheres que sabiam das coisas mais surpreendentes sobre como dar

prazer a um homem. E ele nunca disse que não. Viola não era esse

tipo de mulher, e mesmo que ele lhe ensinasse, não havia nenhuma

maneira que ela faria as coisas que ele esperava de uma mulher,

especialmente uma que ele sabia deveria querer algum compromisso.

Um gemido saído dos lábios de Viola chegou aos seus ouvidos, e

ele aumentou a pressão da língua em sua carne macia. Lambendo

seu creme, ele varreu para cima sua língua em direção ao pequeno

botão de carne que ele havia provocado com os dedos anteriormente.

Ele ficou surpreso com a resposta que ela tinha dado ao seu toque e

quão fácil foi encontrar o ritmo certo para que ela chegasse ao clímax

de forma tão violenta. Ele ainda podia sentir os tremores que

percorreram o corpo dela.

E mesmo agora, ele sentiu um arrepio percorrer o seu próprio

corpo com a simples memória disso.

Seu botão estava inchado, muito mais do que tinha estado

anteriormente. Quando ele capturou-o em sua boca e acariciou a

língua sobre ele levemente, ela torceu sob seu poder, sua respiração

vindo superficialmente. Pelo canto dos olhos podia ver suas mãos

agarradas nos lençóis, os nós dos dedos quase brancos da

intensidade com que ela parecia lutar contra as reações do seu corpo.

Ele só fez trabalhar mais. Com uma mão, ele espalhou suas

pernas ainda mais, abrindo-a plenamente. Com um dedo da outra

mão, ele brincou ao longo de sua abertura sem penetrá-la.

65

Os quadris dela balançaram contra ele, como se quisesse forçá-

lo dentro dela. Mas ele não entrou. Ao invés disso, sua língua brigou

com seu botão, que agora estava totalmente duro.

Dante passou entre as pernas, ajustando seu próprio pau que

roçou os lençóis. Ele estava enrolado como uma mola apertada,

pronto para sair a qualquer segundo.

Isso nunca tinha acontecido com ele, mas ele poderia gozar

apenas lambendo sua boceta doce.

Ele empurrou para trás o seu desejo e se concentrou no corpo de

Viola. Novamente, ele puxou o botão de carne em sua boca e chupou.

Viola deixou escapar um gemido alto e rebolou contra ele.

Um segundo depois, seu corpo convulsionou. Ele enfiou o dedo

em seu canal no mesmo instante e sentiu os músculos contraindo em

torno dele quando o orgasmo a levou.

Somente quando o corpo dela acalmou, algo que parecia levar

uma eternidade, ele retirou o dedo e deslizou para cima de seu corpo,

embalando-a nos braços.

—Oh.

Ele rolou-a para o lado dele, olhando para seu rosto corado. Ele

descobriu que gostava da visão mais do que deveria. Mas ele não

tinha esquecido suas próprias necessidades. Na verdade, seu pau

latejava dolorosamente agora. Quando ele passou a mão em torno

dele e começou a bombear, ela deixou cair o seu olhar para ele.

—Sim, olhe-me, meu doce. — Os olhos dela sobre ele excitou-o.

—Veja o que você faz comigo Você me faz tão duro, eu não posso

evitar.

A pressão em suas bolas aumentou, e sua mão, úmida do mel de

Viola, movia-se rapidamente para cima e para baixo em seu pênis,

apertando tão firmemente quanto ele sabia que sua boceta virgem iria

66

apertá-lo. Seu coração começou a bater freneticamente, e sua

respiração tornou-se irregular. Mas a sua respiração não era a única

que enchia o quarto.

A respiração de Viola combinava com a sua própria. A pele dela

brilhava com a umidade que se formou em sua testa e pescoço, os

riachos pequenos de suor começavam a correr para baixo dos seios.

Ele olhou para os seios, enquanto ele continuava bombeando seu

punho. Quando um gemido escapou dela, ele ergueu o olhar e olhou

para seu rosto. A visão quase o fez derramar-se. Ela estava lambendo

os lábios, a língua cor-de-rosa serpenteando para fora como se ela

quisesse saboreá-lo.

—Oh, Deus, Viola.— Seu pênis estremeceu e, um segundo

depois, sua semente foi disparada de seu pênis, explodindo contra

sua barriga e sua própria pele. Uma e outra vez, mais sêmen foi

liberado até que o clímax suavizou e ele desabou sobre suas costas.

67

CAPÍTULO 11

Viola ainda estava hipnotizada depois que Dante limpou sua

semente de ambos e puxou-a contra o peito. Ela nunca tinha visto

um homem tocar-se daquela maneira. E por Deus, ela gostou da

visão. Ele a fez ficar com água na boca, com vontade de prová-lo.

Assim como ele a havia provado. Ela nunca pensou que algo como

isso fosse possível, que um homem pudesse por a boca em uma

mulher da maneira que ele tinha feito.

Mas quando ele tinha feito isso, o cérebro dela tinha desligado, e

tudo o que seu corpo tinha feito era reagir a ele. O conhecimento do

tipo de felicidade absoluta que seu corpo tinha sido capaz de sentir a

fez se alegrar e se desesperar. Agora que ela sabia sobre o verdadeiro

prazer, como poderia ela não se desesperar com o fato de que ela ia

morrer em breve? Ela deu um pequeno suspiro.

O peito de Dante moveu-se debaixo de suas mãos.

—Você não gostou?— Ele enfiou a mão sob o queixo dela e

ergueu-lhe a cabeça para cima. Havia um olhar preocupado no rosto

dele quando encontrou seu olhar com o dela. —Você se sentiu

desconfortável quando eu me toquei?

—Não. — ela protestou imediatamente. Nada poderia estar mais

longe da verdade. Mas como ela poderia dizer-lhe que tinha se

excitado quando ela se sentiu envergonhada por seus próprios

sentimentos depravados? —Eu...

—Você não tem que poupar meus sentimentos. Da próxima vez

eu vou cuidar disso quando estiver sozinho.

E privá-la da visão sensual do seu corpo em êxtase?

—Por que você faria isso? — Disse ela.

Os olhos dele brilharam de surpresa.

68

—Os homens precisam de libertação, assim como...— Ela

colocou o dedo nos lábios para impedi-lo quando percebeu que ele

tinha entendido mal a pergunta.

—Não, por que você quer esconder isso de mim? Você não

gostou que eu estivesse vendo você?

Seus olhos mudaram instantaneamente. As íris marrom escuro

pareciam quase douradas, mas provavelmente foi o brilho do fogo que

fez seus olhos brilharem com tal tonalidade bonita.

—Você gostou de me olhar? — Viola deu um pequeno aceno de

cabeça. —Será que isso excitou você?

Mais do que tudo.

—Sim.

Dante levantou a cabeça e roçou os lábios contra os dela para

um beijo suave.

—Eu adoro quando você me olha. Saber que você me olhava,

enquanto eu me tocava, fez-me tão malditamente duro.— Ele fez uma

pausa e respirou fortemente. —Eu não gozava tão forte há muito

tempo.

Só de pensar no que ele havia feito a fazia sentir-se quente mais

uma vez. Sem pensar, ela baixou a mão e desceu-a pelo peito dele.

Ela sentiu os músculos dele tensos enquanto ela continuou seu

caminho para o sul. Ela parou quando chegou ao ninho de cabelo

encaracolado.

—Por favor. — Dante murmurou contra seus lábios. —Toque-

me. — Viola deslizou a mão ainda mais para baixo e encontrou a

carne dura que ela tinha visto ele tocar mais cedo. E estava tão dura,

tão dura, como quando ele se tocou.

69

Logo depois que ele gozou, sua masculinidade tinha diminuído

de tamanho um pouco, mas agora, apenas minutos depois, ele estava

em pé novamente e duro como o mármore.

Dante soltou uma respiração irregular.

—Viola.

Ela envolveu a mão pequena em torno dele, mas não conseguiu

abraçar todo o grosso eixo.

—Por que está tão duro?

Ele riu.

—Por causa de você.

—O que você quer dizer?— Ela apoiou-se sobre um cotovelo,

continuando a acariciar a ereção. Ela gostava da sensação. Apesar da

sua dureza, a superfície era quase como o veludo, tão macia e suave.

Ele bateu o dedo levemente contra o nariz dela.

—Você está na minha cama, nua como no dia em que nasceu, e

você tem um cheiro tão malditamente atraente que nenhum homem

com qualquer tipo de batimento cardíaco poderia deixar de estar duro

diante dessa visão. Você tem alguma ideia de como é difícil para mim

não afundar-me em você agora e fodê-la tão duro que você iria

desmaiar?

O choque a percorreu, e ela não conseguiu evitar um leve

estremecer. Lembrou-se da dor, quando ele tinha feito isso antes, e

ela não queria uma repetição da mesma.

**********

Dante olhou os olhos dela se arregalarem e percebeu

imediatamente que ele tinha ultrapassado os limites. Ele nunca

deveria ter dito o que sentia. Ela ainda estava com medo de ser

70

penetrada novamente, e ele tinha feito a pior coisa que podia: admitir

que ele queria transar com ela e dirigir seu pau duro em seu corpo

até o fim.

—Oh, droga. — ele amaldiçoou. —Viola, me desculpe. Por favor,

esqueça o que eu disse.— Só agora ele percebeu que ela tinha deixado

cair a mão que segurava seu pau. Mas isso não tinha mais

importância. Ele só não queria que ela tivesse medo dele.

Ela deixou cair o olhar e olhou para longe dele.

—Eu entendo. E por que você não deve conseguir o que você

realmente quer? Você foi um bom professor. Você me mostrou o que

eu queria saber. É justo que eu pague por isso. — A voz dela falhou.

—Pare.

—Não, eu devo isso a você. E eu costumo pagar as minhas

dívidas.— Ela puxou seu corpo para fora do abraço dele e deitou-se

de costas. —Vá em frente. Faça o que você quer fazer.— Dante pulou

da cama e correu para a lareira, longe o suficiente dela para resistir à

tentação.

—Não. Eu não vou fazer isso.

—Mas eu sei que você quer. Você mesmo disse. Eu não me

importo.

Ela não se importava? Ele passou a mão pelo seu cabelo

bagunçado.

—É exatamente isso. Eu não vou foder você só porque você não

se importa. Eu quero transar com você porque você me quer dentro

de você. Porque você me deseja. Não é porque você não se importa.—

Ele cuspiu as palavras, tentando se livrar do gosto amargo que deixou

em sua boca.

Que diabos havia de errado com ele? Ele nunca recusou uma

oferta como essa antes.

71

E seu pau estava duro como nunca. Nem mesmo aquela oferta

fria de sexo tinha sido capaz de fazê-lo esvaziar. No entanto, aqui

estava ele, nu como um bebê e excitado como um marinheiro,

recusando fazer sexo. Alguém deveria cravar-lhe uma estaca por sua

estupidez.

E já que ele finalmente reconheceu o quanto ele era estúpido,

por que diabos ele ainda não a havia mordido? Ele teve muitas

oportunidades para tomar seu sangue, mesmo sem usar qualquer um

dos seus poderes de persuasão. No entanto, ele não tinha feito tal

coisa.

Como um animal de estimação dócil, ele a acariciava e cuidava

das necessidades dela em vez de cuidar da sua própria. Era isso o que

acontecia com os homens quando as mulheres pisavam em seu ego?

Dante fechou as mãos em punhos, querendo chutar alguém. Ele

sentiu apertar o maxilar e percebeu, para seu horror que seu lado

vampiro queria surgir. A coceira que sempre acompanhou o

alongamento de suas presas já estava se espalhando.

Sentindo-se em pânico, ele procurou por suas roupas. Quando

ele perseguiu em direção as suas vestes e pegou-as do chão, ele ouviu

a voz hesitante de Viola da cama.

—Será que fiz algo errado?

Ele não olhou na direção dela, com medo que ele vislumbrasse

seu corpo e sucumbisse à tentação de levá-la da forma mais selvagem

que podia. E então ele estaria mais perdido do que antes. Ela nunca

iria restaurar seu ego se ele a machucasse agora.

—Durma. Volto mais tarde.

Havia ainda várias horas até que a noite acabasse. Depois de

dar instruções aos seus servos para não deixar Viola sair de casa, ele

saiu para caçar. Ele precisava de sangue, e quanto mais, melhor.

72

Somente quando a sua sede de sangue fosse silenciada ele iria se

permitir voltar para casa. Então, ele seria mais capaz de controlar seu

instinto carnal. Porque liberá-los no corpo de Viola somente iria

machucá-la e a impedi-la de perdoá-lo.

Perdoá-lo? Somente quando a palavra passou por sua mente ele

percebeu que a culpa o estava corroendo - culpa, porque ele tinha

levado ela a colocar uma pistola em sua cabeça e puxar o gatilho.

Foi quando ele percebeu que suas ações e seus sentimentos não

tinham nada a ver com o seu ego. Tinha a ver com o fato de que ele

salvou a vida dela - mesmo sendo ele o único responsável por colocá-

la perigo.

Protegê-la era sua missão agora.

73

CAPÍTULO 12

Viola acordou com uma dor de cabeça incrível. Se ela estivesse

sozinha, ela teria gemido de dor, mas ela estava nos braços de Dante.

Ele estava completamente vestido e dormindo. O fogo tinha apagado,

mas as brasas ainda estavam brilhando, fornecendo calor suficiente

para o quarto.

Não querendo alertar Dante sobre sua condição, ela fez o que

sempre fazia para tentar fazer a dor ir embora: ela respirou

profundamente, puxando e soltando o ar, e imaginou-se em um prado

tranquilo. Ela diminuiu a respiração e tentou concentrar-se apenas

na imagem em sua mente, mas desta vez, a imagem não veio. Tudo o

que ela podia ver em sua mente era Dante: a maneira como ele a

tocou na gôndola, o jeito que ele colocou a boca sobre seu sexo e

lambeu-a até que ela gritou de prazer. Dante, Dante, Dante. Como

um canto, o seu nome ecoou em sua cabeça.

Em vez de sua respiração abrandar, ela acelerou. Em vez de seu

corpo cair em um sono tranquilo, onde não existia dor, ela sentiu sua

pele aquecer e seu estômago apertar com a necessidade. A

necessidade de ser tocada. Por Dante.

A dor em sua cabeça foi esquecida. Tudo o que existia agora era

o corpo de Dante perto dela.

Viola apertou a mão dele e puxou-a para seu seio nu. O contato

da pele na pele a acalmava, mas não foi suficiente. Ela precisava que

ele a acariciasse, que provocasse os mamilos do jeito que ele tinha

feito antes. Que apertasse seus seios e fizesse a dor ir embora.

Quando ela colocou sua mão sobre a dele e pressionou o seio,

ele se mexeu. Um murmúrio incoerente saiu dos lábios dele, mas ele

não acordou.

74

Ela suspirou em frustração. Isso não estava funcionando.

Ela olhou para a sua forma descontraída, com o rosto quase

tranquilo e agradável em seu sono. E sua masculinidade - a dureza

que ela sentiu sob seus dedos na noite anterior não parecia estar lá. A

protuberância sob o tecido parecia ser menor. Viola segurou o

membro com a palma da mão e sentiu o calor debaixo. Quando ela

apertou suavemente, Dante, de repente, se mexeu.

Ela levantou os olhos para o rosto dele. Ele tinha um olhar

assustado.

—Bom dia. — ela sussurrou.

—Se você não tirar a mão de sua posição atual, não posso

garantir o que mais vai subir esta manhã.— Ele deu-lhe um olhar

significativo. Mas ao invés de retirar a mão, Viola apertou-o

novamente. Algo nos olhos dele lhe diziam que suas palavras não

eram uma ameaça real.

—E se eu não o fizer?— Brincou ela, de repente muito mais

segura de si mesma, porque, sob sua mão, ela já podia senti-lo

inchar. Parecia que ele não havia mentido na noite anterior: a

presença dela em sua cama o excitava.

—O que você quer?— A voz dele era baixa agora, e ela

reconheceu a excitação em sua voz. A mesma excitação que estava

fazendo a sua masculinidade tornar-se tão dura.

—Mais.

—Você quer mais do que fizemos na noite passada?

—Sim. Mas desta vez...— Ela hesitou, sem saber como expressar

o que queria.

—Desta vez?— Dante a incentivou.

—Eu quero tocar em você também.

—Viola, você vai me matar.

75

Ela não ia ser violenta, ele tinha que saber isso.

—Eu não vou te machucar. Eu vi como você fez isso. Eu posso

fazer...

Ele exalou.

—Não é isso que eu quis dizer. Eu sei que você não vai me

machucar. Mas você vai me fazer perder todo o controle se eu deixar

você me tocar. Você não vê? Como posso mostrar-lhe os prazeres da

carne quando eu não posso me manter sob controle?— Ela não

entendia como isso era diferente de tudo o que ele já tinha feito para

ela.

—Mas eu perco o controle quando você me toca. Não será justo

se eu não conseguir fazer o mesmo.

Dante balançou a cabeça e suspirou.

—Eu acho que não posso argumentar contra isso, posso?

—Isso é um sim?

Emoção a percorreu quando ele balançou a cabeça. Ela iria

começar a tocar seu lindo corpo, bombear seu membro rígido na

palma da mão, e fazê-lo render-se a ela da mesma maneira que ela

rendeu-se em seus braços quando ele a cobriu com suas carícias.

Ela lambeu os lábios em antecipação.

**********

Dante olhou para os lábios entreabertos de Viola e quase sentiu

o coração parar. Ela queria tocá-lo, não porque ele a persuadiu com

seus beijos, mas porque...

Bem, por quê? Por que ela iria querer acariciar o instrumento

que causou a sua dor há duas noites?

76

Mas suas mãos ansiosas que agora abriam as calças e tiraram

seu pênis totalmente ereto fora de suas roupas eram prova suficiente

de que ela queria lhe dar o prazer de seu toque. Era tarde demais

para detê-la. No momento em que ela envolveu a palma da mão macia

em volta dele, ele fechou os olhos e soltou um profundo gemido. Nada

poderia sentir-se melhor do que as mãos dela sobre ele.

—Estou fazendo parecido com o que você fez?— Ela perguntou,

sua voz hesitante.

—Parecido?—Respondeu asperamente, com sua garganta

subitamente seca como uma lixa. —É perfeito. — Depois disso, ele

perdeu a capacidade de falar e só poderia grunhir a sua aprovação em

pequenos gemidos.

Viola tinha um toque mágico. Pelo menos, era assim que Dante

sentia. Sua mão era firme e suave. Forte, porém macia. Ela ergueu o

pênis magistralmente, exercendo a pressão e velocidade certas,

variando os impulsos entre longos e curtos, alternadamente

apertando forte, então, simplesmente, correndo os dedos para cima e

para baixo do seu membro. Ele amava tudo o que ela fazia.

Cada carícia o levava ainda mais em direção à loucura, porque

era isso que ele sentia. Foi uma loucura permitir que ela lhe desse

esse tipo de prazer porque ele sabia que acabaria por levar a uma

coisa: ele mergulharia seu pênis nas dobras macias dela. Que não era

o que ela queria dele. Ela queria lento e suave, acariciando e

chupando, beijando e lambendo. E ele daria isso a ela, mesmo que

tudo no que ele conseguisse pensar enquanto ela acariciava seu pau

dessa forma era em como ele se sentiria se fosse sua boceta apertada

ao redor dele ao invés de suas mãos.

—Oh, Deus, Viola, eu vou gozar!— Ele gritou no momento em

que a pressão em suas bolas aumentou. Em seguida, o corpo dele

77

impulsionou contra ela. Ele lançou sua semente no ar e se espalhou

pela mão dela, bem como em sua camisola e calçolas. Mas ela não o

soltou. Ela continuou bombeando-o até o último de seus espasmos.

Com a última gota de sua força, ele puxou-a contra seu peito e

pressionou um beijo em seu cabelo.

—Obrigado.— Ele apertou-a com força contra ele, não querendo

deixar ir à mulher maravilhosa em seus braços. Ela encaixou-se tão

naturalmente que ele mal conseguia distinguir onde ele terminava e

onde ela começava.

—Eu gostei disso.— A voz de Viola aqueceu seu coração.

—Não tanto quanto eu. — Ele riu e sentiu um largo sorriso

formar-se no rosto dela. Quem disse que as virgens eram inúteis na

cama? Ele descobriu que esta quase virgem era uma estudante muito

melhor do que ele era como tutor.

78

CAPÍTULO 13

—Nós não podemos fazer isso. — Viola protestou e corou.

—Claro que podemos. Eles nem sequer vão saber.— Nos últimos

três dias e noites, Dante mal tinha saído de casa para alimentar-se,

gastando todo seu tempo e desejo insaciável junto a Viola. Agora que

ele apresentou-a às mais diversas sensações luxuriosas que seu corpo

era capaz de sentir, parecia que ela não conseguia prazer suficiente.

Era como se ela estivesse tentando conseguir tudo dele para consolar-

se em “tempos de vacas magras”.

As duas únicas coisas que ele não tinha feito era realmente fodê-

la ou permitir que ela o chupasse. Com o primeiro temia assustá-la, e

se ela fizesse o segundo ele nunca seria capaz de controlar a reação

de seu corpo. Além disso, não havia motivo para ele pensar que ela

ainda queria chupá-lo. No entanto, ela parecia querer saber mais

sobre sexo, então ele decidiu mostrar a ela o que outros casais

faziam. Desde que ela havia ficado excitada vendo-o bombear seu

próprio pau, talvez ela fosse gostar de ver outro casal.

—Venha, eu acho que você pode aproveitar isso. Pode ser muito

excitante ver alguém fazer amor.

Ele percebeu suas bochechas escurecendo ainda mais. Quando

ela tentou abaixar seus cílios para escapar de seu olhar, ele segurou o

queixo dela na palma da mão e levantou seu olhar para ele.

—Eu vou tocar em você enquanto você assiste.

Os lábios dela se separaram e sua língua cor-de-rosa apareceu,

lambendo-os. Ele percebeu como o pulso dela estava acelerado agora.

Em seguida, ela balançou a cabeça lentamente.

—Mas eu quero tocar em você também.— Dante sorriu e beijou

seu nariz bonito.

79

—Espero que sim.— Ele nunca esteve em tão bom humor, não

que ele se lembrasse. De alguma forma a garota conseguia trazer à

tona seu lado mais leve.

Um pouco mais tarde, depois que ele instruiu-a sobre o que

vestir ou não vestir para o momento, ele a tomou pela mão. Com os

pés descalços, eles sorrateiramente entraram em um dos pequenos

vestíbulos que ficava ao lado do quarto de dormir do seu irmão. Anos

atrás, Dante descobriu que o espelho em frente à lareira de Raphael

era translúcido do outro lado, permitindo que qualquer pessoa que

tivesse conhecimento sobre isso o espionasse. Dante tinha descoberto

por acaso, enquanto estava à procura de um livro antigo naquele

quarto. E ele sabia que ninguém mais tinha acesso ao lugar porque

ele mantinha a única chave.

Não que ele espionasse seu irmão com frequência. Ele não se

interessava por isso, no entanto, ele queria fornecer alguma excitação

para Viola em um ambiente seguro.

Quando eles entraram na sala, Dante fechou a porta atrás deles

para que eles não fossem perturbados. Ele notou a rápida olhada que

Viola deu aos travesseiros que estavam na plataforma elevada de

madeira que tinha sido construído inicialmente para armazenamento.

Dante providenciou para que a área fosse limpa e espalhou

almofadas suficientes sobre a plataforma para que ambos se

sentissem confortáveis enquanto assistiam Raphael e sua esposa.

Quando Viola abriu a boca para dizer alguma coisa, Dante

colocou o dedo nos lábios dela.

—Shh. Temos que ficar quietos. Meu irmão tem uma audição

excepcionalmente boa. — Todos os vampiros tinham.

Ele a levou em quatro passos para a plataforma e puxou uma

cortina preta na parede em frente a eles. O espelho por trás da cortina

80

era como uma janela para o quarto de Raphael, onde ela podia ver

que ele estava despindo Isabella.

—Oh!— Viola engasgou e afastou-se em constrangimento.

—Eles não podem nos ver.— Dante assegurou-lhe.

Hesitante, ela se virou e olhou através do vidro. Dante não via o

que acontecia no quarto de Raphael. Em vez disso, ele olhava para

Viola. Ele disse a ela para usar apenas um espartilho, meias e ligas, e

um roupão por cima. E o roupão tinha sido apenas para que ninguém

a visse seminua enquanto eles caminhavam pelo corredor.

Ele usava apenas uma túnica com nada por baixo. Nesse

instante o seu pau já estava completamente ereto e ele ainda nem

tinha despido Viola e admirado seu corpo.

Ele iria cuidar disso agora.

Viola se sentou, cruzando as pernas debaixo dela, os olhos

colados à ação no outro quarto. Dante lançou um rápido olhar na

mesma direção e viu como Raphael colocava o corpo nu de Isabel na

cama, enquanto ele ficava sobre ela, nu e duro.

Dante colocou as mãos sobre os ombros de Viola e puxou o

manto. Sem persuasão, ela desfez o cinto. Ele tinha certeza que ela

não sabia o que estava fazendo de tão fascinada com a visão à sua

frente.

Dante despiu-a da túnica. O espartilho que lhe pedira para usar

partia do topo de seus pêlos pubianos e chegava logo abaixo do bojo

de seus seios, apresentando-os como se estivessem em uma bandeja.

Para ele. A cinta-liga preta combinando tinha tiras de renda que

subiam por sua bunda deliciosa e seguravam as meias no lugar.

Ele colocou as mãos nos quadris de Viola e ergueu-a sobre os

joelhos dela para que ele pudesse realmente admirar sua bunda

81

sedutora em forma de coração. Suas mãos deslizaram para acariciá-la

e um gemido suave veio dos lábios dela.

Ele arrastou o seu longo cabelo para um lado, expondo o

pescoço pálido. Sem pressa, ele acariciava os dedos sobre a veia gorda

que pulsava debaixo de sua pele de seda. Os lábios dele ansiavam por

sentir seu gosto e ele os desceu para a carne dela. Ele percebeu que

Viola tremia de satisfação e saber que seu toque a deixava animada o

fez ficar ainda mais duro do que ele já estava.

—Diga-me o que você vê. — Exigiu ele.

—Eu não posso.

Ele beijou o pescoço dela, brevemente puxando a pele macia em

sua boca. Então, ele deslizou a mão até sua bunda tentadora e

acariciou suas nádegas perfeitas. A respiração dela ficou presa na

garganta.

—Por favor, me diga o que você vê. – Ele pediu novamente.

Ele sentiu o coração dela bater freneticamente.

—Ele está abrindo as pernas dela. Amplamente.— A voz dela era

baixa e estava mais rouca do que ele já tinha ouvido.

—Eu quero que você afaste as pernas também. — ordenou.

Ela afastou as pernas. Instantaneamente, o aroma de sua

excitação se tornou mais forte, provocando as narinas dele, da

maneira mais sedutora. Sua mão caiu entre as coxas dela e avançou.

—Ele está no meio das pernas dela, e ele é... ele está entrando

nela. Oh Deus!— Dante deslizou o dedo sobre suas dobras

encharcadas, revestindo os dedos com o creme rico.

Então ele estendeu a mão e circulou sua pérola. Ela gemeu, seu

corpo começou a tremer novamente.

82

—Ele está entrando e saindo, e ela, ela... ela gosta.— Houve uma

certa confusão em sua voz como se Viola não esperasse essa reação

de Isabella ao toque do marido.

Dante puxou a mão da sua pérola e passou a brincar com os

dedos em sua fenda molhada, deslizando ao longo da carne quente

em traços longos e lentos, banhando-se em seu mel.

—Sim, ela gosta do pau duro de seu marido dentro dela,

preenchendo-a, esticando o canal apertado. Será que ela quer mais?

Ela está incentivando-o?— Ele sentiu o aceno de Viola.

—Sim, ela está segurando em seus quadris. Ela está puxando-o

para ela. Ela quer mais. Mais profundo. Mais duro.— Cada palavra

veio suspirada. O corpo de Viola contorcia-se contra a mão de Dante.

—Mais fundo, mais duro. — ela recitava.

Com suas palavras, Dante perdeu o controle. Sem pensar, ele

deslizou seu dedo profundamente no interior dela. Ela rebolava contra

ele como se ela quisesse mais. Ele ouviu um murmúrio —mais

profundo— e obedeceu. Puxando para trás o seu dedo, ele mergulhou

dentro novamente. O canal dela era ainda mais apertado do que ele

esperava e infinitamente mais tentador do que qualquer outra coisa

que já lhe tinha sido oferecido.

Dante penetrou-a de novo e de novo enquanto a outra mão

capturou um seio e beliscou o mamilo que já estava rígido.

Viola gritou e jogou a cabeça para trás.

—Mais. Sim, ela ama o seu pau. — As palavras dela soaram

como se ela estivesse delirando. — Ela quer ser preenchida.

Esticada.— Então ele entendeu. Ela estava fingindo ser outra pessoa

para que ela pudesse exigir o que ela queria.

—Será que ela quer o pau dele dentro dela? — ele perguntou e

prendeu a respiração. Será que ela queria seu pau?

83

Viola ofegava pesadamente. Seu pulso acelerado.

—Ela quer o seu grande pau para enchê-la.

—Ela tem certeza que é isso o que quer? O pau dele dentro dela?

— Dante continuou a foder seu dedo dentro e fora dela, aumentando

seu ritmo, não querendo que ela saísse de seu estado de transe.

Esticando-a para prepará-la para a invasão de seu pênis.

—Sim.

Com essa resposta, Dante empurrou-a para frente e pressionou-

a contra os travesseiros. Então, ele desalojou o dedo de sua boceta e

abriu-lhe as pernas. A visão de sua bunda linda inclinada para cima,

dando-lhe uma visão perfeita de suas dobras brilhantes, quase lhe

roubaram o controle. Ele despiu-se e se estabeleceu entre as coxas

dela, o seu pênis galopante e pronto.

—Agora. — ela sussurrou. —Ela precisa de seu pau agora.

Ele espalhou as pernas dela. Ele não podia esperar mais. Dante

empurrou seu pênis para frente, penetrando naquela caverna úmida

—Mais. —Ela gemeu.

—Tudo. — ele murmurou. —Eu vou te dar tudo.— E então,

lentamente, sem pressa, ele levou-se para dentro dela. Seu canal

esticado, acomodando-o e apertando-o como uma luva, ao mesmo

tempo. Isso era o céu.

Quando ele estava profundamente dentro dela, ela engasgou. Ele

acalmou o seu movimento e observou a reação dela.

Viola virou a cabeça e olhou para ele.

—Dante. — foi tudo o que ela disse, mas o jeito que ela falou,

com um suspiro saindo de seu peito, seus lábios brilhantes, as

bochechas coradas, ele sabia que tudo iria ficar bem. Os olhos dela

confirmaram. O desejo deles era inegável.

—Viola, meu doce.

84

Ele estava enterrado nela, e por alguns segundos agonizantes ele

pensou que ia gozar instantaneamente.

Mas ele não podia permitir isso, porque ele precisava mais do

que apenas uma transa rápida.

Ele precisava olhar nos olhos dela e beijá-la, saber que ela o via,

que ela sabia que era ele quem estava fazendo amor com ela.

Dante puxou a si mesmo de dentro dela, ignorando seu suspiro

desapontado, e rolou-a de costas antes de empurrar de volta dentro

dela.

—Eu preciso te ver. — Não lhe dando qualquer alívio, ele beijou-

lhe os lábios vermelhos e inclinou a cabeça para capturar mais dela.

Ela respondeu-lhe acariciando a língua dele com a sua, convidando-o

para invadir sua boca.

85

CAPÍTULO 14

O beijo de Dante a trouxe de volta à realidade, e pela primeira

vez, a realidade era mais bonita que sua fantasia. Isso não era como a

penetração que ela tinha experimentado com ele na primeira noite em

que ele a tomou na estalagem suja. Nem era como as coisas que

tinham feito ao longo dos últimos três dias: tocar, beijar, acariciar

Isso era tudo e muito mais.

Desta vez, Viola não sentiu dor. Seu corpo aceitou-o, a umidade

que já escorria do canal dela permitiu-lhe a entrada fácil, apesar de

sua grossura impressionante. E ele tinha tomado seu tempo,

avançando lentamente para frente como se estivesse pronto para

puxar de volta a qualquer momento em que ela expressasse qualquer

desconforto. Mas tinha sido perfeito.

A plenitude que ela experimentou e que alcançou todas as suas

terminações nervosas era diferente da maneira como seu corpo se

sentiu quando ele a tocou com a boca e os dedos.

Seu pênis dentro dela a fez se sentir completa. Ela não poderia

descrevê-lo de outra maneira.

E ela queria mais daquela sensação.

Quando Dante cortou o beijo, ela lhe deu um olhar assustado.

—Algo errado?

Ele sorriu, o sorriso mais perverso que ela já tinha visto nele.

—Não. Apenas mantenha seus olhos abertos. Eu quero que você

veja com quem você está fazendo amor.

A insistência na voz dele a surpreendeu e a fez olhar para ele

com olhos diferentes. Havia algo diferente neles? De repente, ele

parecia mais do que apenas um tutor. Agora, ele era simplesmente

86

um homem cujos olhos lhe disseram que ele pretendia tomar seu

próprio prazer sem reservas e fazer o mesmo por ela.

Um arrepio atravessou o corpo dela. Ela não podia parar de

olhá-lo. Quando ela enterrou as mãos nos cabelos dele e puxou-o

para ela para outro beijo, ele começou a empurrar nela em um ritmo

lento e constante. Sua língua explorou-a no mesmo ritmo,

empurrando, então se retirando, imitando a ação de seu eixo.

Com cada movimento, a temperatura do corpo de Viola

aumentava. Sua testa e pescoço estavam suados. Seu coração batia

freneticamente, mais rápido e mais errático do que nunca, como se

estivesse correndo em direção a uma linha de chegada.

Seu útero se contraía e ela estava certa de que o pênis dele o

atingia profundamente a cada estocada. Ela ondulava os quadris,

querendo aumentar a pressão, batendo contra o corpo dele enquanto

ele mergulhava dentro dela. Um surdo gemido veio dos lábios dele

enquanto ele separava as bocas.

—Oh Deus, Viola, você vai roubar meu controle. — Mas ele não

retardou ou facilitou seus movimentos. Em vez disso, eles

aumentaram. Seus quadris giravam um contra o outro, cada vez mais

firmes, fazendo o corpo dela – especialmente seu clitóris - formigar de

excitação. Ela já conhecia os sinais de seu corpo. Dante a tinha

ensinado muito bem.

Ela sabia que a tensão que estava sendo construída em seu

sexo, o calor que percorria seu corpo enquanto ele a enchia e a

estendia, era a mesma sensação que ela sentia quando ele a lambia

ou tocava seu centro de prazer.

—Oh, sim, Dante, sim, por favor, mais.

E ele deu-lhe mais. Montou-a mais duro, levou-a com mais

força, alongou-a ainda mais do que ela pensou que seu corpo era

87

capaz. Com seus lábios, ele fez o mesmo: ele capturou sua boca como

se fosse um conquistador reivindicando um novo continente para si

mesmo. Suas mãos acariciavam onde quer que pudessem alcançar: o

rosto, os seios, o pescoço. Era como se ele não conseguisse o

suficiente dela, como se ele não pudesse deixá-la ir.

O cabelo de Dante estava molhado de suor, riachos de umidade

escorriam de seu pescoço, passando por seu peito, banhando-a,

fazendo seus seios deslizarem contra ele, seus sensíveis mamilos

duros queimavam com o contato. Nada jamais a fez se sentir tão bem.

—Sim, oh, sim. — ele gritou, em seguida, arrastou a boca aberta

pelo pescoço dela e a beijou.

—Você é muito doce. Muito.

Ela sentiu os dentes dele rasparem sua pele, a sensação

diferente a fazendo tremer de tesão. Ela inclinou a cabeça, esperando

que ele repetisse a ação e, novamente, os dentes dele roçaram sua

pele.

**********

Dante mordiscava a pele sensível do pescoço de Viola e sentia o

pulsar da veia. Seu corpo inteiro estava enrolado como uma mola

apertada, gritando para ele beber do sangue dela. E a maneira como

ela inclinou a cabeça para o lado para lhe dar melhor acesso tornava

ainda mais difícil resistir. Mas ele devia resistir.

Se ele bebesse dela, ele teria que usar seus poderes de

persuasão para apagar a mente dela e fazê-la esquecer daquele

momento e isso era a última coisa que ele queria. Ele queria que Viola

lembrasse cada segundo de sua vida amorosa. Ele não queria que

nada fosse esquecido. Durante dias, eles só deram prazer um ao

88

outro através de beijos e carícias. Agora, que finalmente ele estava

profundamente dentro de seu corpo divino, ele não poderia jogar

essas sensações fora em troca de satisfazer sua sede pelo sangue

dela. Ele precisava experimentar o seu primeiro clímax dentro dela, e

ele precisava dela para estar ali com ele, sentindo quando sua

semente fosse derramada dentro dela.

Dante empurrou sua necessidade pelo sangue dela para trás e

beijou seu pescoço, inalando seu perfume inebriante. Seu pau

entrava e saía de seu corpo com movimentos longos e ansiosos,

dirigindo cada vez mais profundo. O canal dela estava tão

deliciosamente apertado, ele jamais esteve em um tão apertado assim

porque ele nunca tinha estado com uma virgem antes. Ela era suave e

quente, e suas respostas eram tão honestas e reais, de todas as

mulheres que já estiveram em sua cama nenhuma outra reagiu

assim. Nenhuma mulher jamais se abriu para ele como Viola fazia.

Como ela estava fazendo agora.

Ele levantou os lábios do pescoço e olhou para ela. Seus olhos

estavam dilatados com paixão, sua pele corada. Ela era a mais bela

visão que ele já contemplou.

—Solte-se para mim. — ele sussurrou contra os lábios e apertou

os quadris contra ela, dirigindo o seu membro mais profundo.

Então, ele tomou os lábios dela e derramou tudo o que tinha e

sentia naquele beijo. Cada gota de paixão, luxúria e carinho que ele

sentia por ela. A mão dele escorregou entre seus corpos em direção ao

seu triângulo de cachos, onde os dedos pressionaram contra sua

pérola. Um gemido saído dos lábios dela disse-lhe que ele tinha

encontrado o ponto certo.

—Sim, goze comigo. Agora.

89

Ele esfregou contra o botão dela e empurrou o seu membro mais

profundamente. Os músculos dela apoderaram-se dele como nunca,

cerrando, em seguida, liberando. Ele sentiu fisicamente as

ondulações que passaram pelo corpo dela e deixou-se ir. Um segundo

depois, ele se juntou a ela em seu orgasmo, disparando fluxos

quentes de sua semente profundamente em sua boceta, que lhe deu

as boas-vindas e o ordenhou até a última gota.

Sem sair de seu corpo quente, ele rolou para o lado, mantendo-a

nos braços, apertando-a com força contra o peito.

—Eu nunca senti uma coisa tão perfeita.— Ele surpreendeu-se

com suas palavras. Ele nunca foi de falar com uma mulher sobre

seus sentimentos.

A respiração dela acariciou seu pescoço, e ele percebeu que

gostava muito da sensação, diferente das outras vezes em que havia

feito sexo, quando ele preferia manter certa distância.

—Eu gostei muito.— As palavras dela aqueceram seu coração. E

as palavras seguintes fizeram o coração dele bater mais rápido. —

Podemos fazer isso de novo?

—Dê-me dez minutos e podemos fazer o que você quiser.— Era

tudo que Dante queria também. Viola debaixo dele, Viola em cima

dele, Viola na frente dele. Viola, Viola. Até que ele estivesse

completamente bêbado em seu cheiro e seu gosto.

90

CAPÍTULO 15

Apesar da noite maravilhosa que tinha tido com Dante, Viola

acordou com dor de cabeça. Não querendo alertá-lo para sua dor, ela

se esgueirou para fora da cama e tomou uma das pílulas de sua

bolsa. O médico as tinha dado para ela, mas disse que não iriam

ajudá-la por muito tempo. Uma vez que a dor se tornasse muito

intensa, as pílulas não teriam mais efeito.

Sabendo que levaria um tempo antes de o medicamento

combater a dor, ela desceu as escadas até a sala vestindo apenas

uma camisola. A casa estava em silêncio. Nem mesmo os funcionários

pareciam estar acordados. Era uma casa estranha, ela teve que

admitir.

Para começar, ninguém se recolhia para dormir até que fosse

bastante tarde da noite, exceto, talvez, Isabella, e nem Raphael nem

Dante deixavam a cama na parte da manhã.

Era também estranho que nunca os dois homens se juntavam a

elas para todas as refeições. Eles sempre pareciam ter outros planos.

Isso não parecia perturbar Isabella, e ela nunca tinha deixado

transparecer que se chateava com o marido por ele não jantar com

ela. No entanto, Isabella sempre demonstrava estar bastante feliz por

ter Viola como companhia no jantar. E, considerando que ela e Dante

praticavam bastante atividade física em grande parte da noite, Viola

sempre estava com fome.

Viola não estava certa sobre o que Dante ou Raphael faziam

para ganhar a vida, mas ambos pareciam ridiculamente ricos. O fato

de eles dividirem a mesma casa parecia ser bastante curioso.

Uma nova onda de dor interrompeu seu processo de pensamento

e a fez ir em direção ao sofá.

91

Ela conseguiu sentar-se antes que a dor a fizesse cair. Ela

fechou os olhos, agradecida que, mesmo durante o dia os servos

mantinham as cortinas das janelas fechadas, permitindo que entrasse

um mínimo de luz na casa. Apesar de ter achado estranho no início,

ela era grata por isso agora, porque a luz parecia fazer suas dores de

cabeça piorar.

Viola se recostou contra os travesseiros e começou um exercício

respiratório, inalando e exalando lentamente. Se pelo ritmo da sua

respiração ou o efeito da pílula que ela tinha engolido, a dor diminuiu

e se acalmou para uma dor surda, que - embora não fosse agradável -

era suportável e a permitiu deixar a mente vagar de volta até Dante.

Ela tevê a sorte de conhecê-lo. Apesar da dor inicial que ele a fez

sentir - que ela percebeu que qualquer homem teria provavelmente

causado - ela não poderia ter encontrado um amante melhor para

apresentá-la aos maravilhosos prazeres que um homem e uma

mulher podiam dar um ao outro. Inicialmente, ela havia ficado

constrangida pela reação do seu corpo para ele, e por tudo que ela

permitiu que ele lhe fizesse. Mas, considerando a sua situação única,

ela empurrou esses pensamentos de lado.

Ela não tinha nada a perder. Nada era importante para ela de

qualquer maneira. Sua reputação não significava nada. Não era como

se ela tivesse uma vida longa pela frente, durante a qual lamentaria a

perda de sua virgindade ou a vida devassa que ela estava vivendo:

compartilhando a casa e a cama de um estranho que, mesmo que ela

vivesse, nunca ia oferecer um compromisso a ela. Não quando ela

tinha sido uma virgem, e certamente não agora, depois de todas as

coisas que ela tinha feito. Ninguém iria querer uma mulher suja como

ela - não para uma esposa de qualquer maneira.

92

Viola balançou a cabeça, tentando empurrar os pensamentos

estúpidos para longe. Ela não devia pensar em casamento e todas as

coisas que isso implicava quando ela sabia que estava fora de seu

alcance. Ela devia ser grata: pelo menos ela conheceu a verdadeira

felicidade nos braços de um homem, um homem tão apaixonado, que

fazia seus joelhos fracos e seu coração vibrar cada vez que ele lançava

aquele olhar lascivo sobre ela que dizia que ele queria comê-la viva.

Por mais alguns dias ela iria agarrar tudo o que ele estava lhe

dando tão livremente, ela absorveria todas as sensações que Dante

despertava nela. Mas ela sabia que não podia durar. Nesse instante

ela já sentia a dor de cabeça crescendo. Talvez o fim estivesse

chegando mais cedo do que o médico esperava. Seu plano para

acabar com sua própria vida enquanto ela ainda era capaz de assumir

o controle de seu próprio corpo não havia mudado. Ela iria por um

fim a tudo quando soubesse que o inevitável estava por vir.

**********

Dante virou-se nos lençóis esticando as mãos para puxar Viola

em seus braços. Mas a cama estava vazia. Ele abriu os olhos, um

flash de decepção acertou-o do nada. Depois de ter experimentado o

sexo mais incrível em sua vida nos braços de Viola, ele queria os

braços ao redor dele de novo. Agora. Instantaneamente. Sua fome por

ela era ainda mais forte do que sua sede por sangue. E considerando

que ele não tinha se alimentado por duas noites e estava faminto,

essa foi uma revelação assustadora para ele.

Ele rolou de costas e simplesmente olhou para o teto. O que

estava acontecendo com ele? Ele nunca foi o tipo de homem que

93

passou noite após noite com a mesma mulher. Ele gostava de

variedade. Ele amava todos os diferentes tipos de mulheres.

Depois da noite passada, ele sabia que seu ego estava

firmemente de volta no lugar, e a culpa que o atormentava por

machucá-la pela primeira vez tinha sido apagada por uma declaração

entusiasmada de Viola que ela queria fazê-lo novamente. E eles

fizeram isso de novo. E mais uma vez. E novamente, até que ele

perdeu a conta. E cada vez, ela olhou para ele com os olhos brilhantes

e sorriu como um gatinho que tinha acabado de descobrir uma tigela

interminável de leite morno.

Seu peito inchou com o pensamento de que ele tinha sido o

único que ia colocar aquele sorriso no rosto bonito. Dante sorriu. Ele

queria fazê-lo novamente, porque ele não se cansava de ver seu

sorriso. Estranhamente, o pensamento não o fez sair correndo para se

esconder como se o sol estivesse prestes a subir. Talvez passar mais

de uma noite com a mesma mulher não fosse tão ruim quanto ele

pensava.

Talvez seu irmão Raphael estivesse certo por decidir se

estabelecer e se casar com uma boa mulher. Ele parecia feliz, e pelo

que Dante tinha visto brevemente através do espelho na noite

anterior, sua vida sexual certamente era invejável. Ele nunca tinha

pensado nisso antes. Bem, ideias como essas eram prematuras de

qualquer maneira. Talvez sua paixão por Viola rapidamente esfriasse

agora que ele tinha, finalmente, feito amor com ela com tanto

cuidado.

Sim, completamente. E talvez tenha sido exatamente a razão por

que ele a queria de novo agora: o seu corpo tinha ficado com vontade

de sexo e queria mais. Ele tinha quase certeza que esse era o motivo.

Quase.

94

Dante levantou-se e lavou-se rapidamente antes de se vestir e

descer, queimando suas narinas quando ele pegou o cheiro dela. Ele

encontrou Viola na sala, deitada no sofá, de olhos fechados. A subir e

descer suave do peito indicava que ela estava dormindo.

Ele abaixou-se no sofá e a aconchegou em seus braços,

levantando-a para o seu colo. Ela se mexeu, mas ele simplesmente a

inclinou contra seu peito e acariciou a mão sobre as costas dela. Ela

resmungou alguma coisa em seu sono, mas ele não teve coragem de

acordá-la. Ela parecia tão calma e satisfeita. Ele fechou os olhos e

relaxou. Com Viola em seus braços, tudo parecia muito melhor.

95

CAPÍTULO 16

—Vocês dois tem certeza que não querem se juntar a nós?—

Isabella perguntou quando Raphael colocou a capa preta em seus

ombros e entregou-lhe um par de luvas longas.

Seu irmão tinha finalmente percebido que Dante só tinha Viola

em seus pensamentos.

E se ele interpretou os sorrisos ocasionais de Raphael

corretamente, significava que ele ficou satisfeito com o

relacionamento dos dois.

Raphael havia dito no dia anterior:

—Se eu não conhecesse você melhor, eu diria que você está

totalmente apaixonado por ela.

Dante tinha apenas bufado e se recusou a responder à pergunta

implícita de seu irmão.

—Temos certeza.— Dante estava sentado em sua poltrona

favorita em frente à lareira agora, e o que tornou a situação ainda

mais confortável era o fato de que Viola foi aconchegar-se contra ele,

sentada em seu colo. Por que ele iria querer sair quando tinha tudo o

que desejava aqui?

—Divirtam-se. Vou levar Viola para dançar alguma outra

noite.— Quando a porta da frente, finalmente se fechou atrás deles,

ele olhou para as bochechas rosadas de Viola e lábios vermelhos,

morrendo por prová-los.

—Você não quer ir, não é?— Ela balançou seus longos cabelos,

que caiam em cascata sobre os ombros nus. Ela usava um vestido de

corte baixo que ele tinha providenciado para ela. Ela não trouxe

muitas roupas, e o vestido azul que ela tinha usado quando ele a

conheceu tinha começado a tornar-se enrugado e sujo.

96

Além disso, ele gostava de vê-la em peças de vestuário que

revelavam mais de sua pele, diferente do seu próprio vestido.

Eles haviam caído em uma rotina confortável ao longo da

semana passada e, para surpresa de Dante, ele ainda não estava

entediado. Pelo contrário, quanto mais tempo passava com ela, mais

ele desejava sua companhia.

—Eu prefiro estar aqui com você.— Ela fez uma pausa. —

Sozinhos. — No tom sugestivo da voz dela, seu pau estremeceu

ansiosamente. Ele conhecia esse tom rouco e o que ele implicava. E

ele estava mais do que pronto para o que ela tinha em mente.

—Eu sou seu escravo.

Ela riu.

—Você não quis dizer isso.

Dante bateu no nariz dela com o dedo.

—Eu quero dizer isso. Você é a dona do meu corpo e meu c...—

Coração, ele quase deixou escapar. Mesmo em tom de brincadeira, ele

não poderia se permitir dizer algo parecido.

Doce como Viola era, ela não insistiu para que ele completasse a

declaração. Em vez disso, ela deu-lhe um beijo suave nos lábios e

deslizou fora do seu colo.

—Não vá. — ele implorou.

O sorriso dela estava de volta, não apenas em seu rosto, também

em seus olhos.

—Eu não vou a lugar nenhum.— Ela caiu no chão entre as

pernas, empurrando os joelhos dele mais afastados para que ela

pudesse chegar mais perto.

Quando o olhar dela caiu para sua virilha, ele quase engasgou.

Ela nunca o tinha chupado.

97

Ele nunca exigiu isso, nunca pediu apesar de todas as coisas

que tinham feito dentro e fora da cama. De alguma forma, ele sempre

sentiu que não estava preparada para isso. No entanto, ela parecia

pronta agora.

—Você quer fazer isso?

Ela assentiu com a cabeça.

—Aqui?

Outro aceno de cabeça.

—Agora?

Seu pênis cresceu e pressionou contra as calças, desesperado

para ser deixado fora de seus limites. Ele desabotoou o primeiro

botão. Em seguida, a mão dela o parou.

—Deixe-me fazê-lo.

Dante deixou cair a cabeça contra o encosto de sua poltrona e

exalou.

—Por que agora?— Ele sentiu como se ele tivesse morrido e ido

para o céu.

—Eu quero dar-lhe algo que você nunca me pediu.— Ele

acariciou-lhe o rosto com a palma da mão e deslizou o dedo nos

lábios.

—Você sabe que você não tem que fazer isso.— Mas ele queria.

Por Deus, como ele queria sentir os lábios dela em torno de seu pênis.

Viola abriu os demais botões e libertou o seu eixo rígido.

—Você é linda. — Ele falou com uma voz rouca.

A respiração dela sussurrou contra sua pele nua, acariciando-o,

provocando-o. Viu-a embrulhar a mão pequena em torno dele e puxar

suas calças mais para baixo, permitindo-lhe um melhor acesso não

apenas ao seu pênis, mas também suas bolas. Ela o ajudou a puxar o

98

tecido até os tornozelos para que ele pudesse espalhar suas coxas

largas, abrindo-se para ela.

Quando ela se moveu mais perto e se inclinou sobre sua virilha,

ele soltou um gemido.

Ela deu uma risadinha.

—Eu ainda nem sequer comecei.

—Eu sei, meu doce, mas você não tem ideia do que o poder da

sugestão pode fazer a um homem. Se você não me levar em sua boca

linda logo, eu vou gozar, mesmo sem você me tocar.

—Nós não podemos deixar isso acontecer.

Um instante depois de sua resposta murmurada, Dante entrou

no céu. Em vez de uma primeira tentativa de lamber seu pau, como

ele esperava, Viola fechou os lábios em torno dele e deslizou seu

comprimento total, capturando-o dentro de seu calor e umidade.

Gemidos eram lançados contra sua carne sensível, misturando-se aos

seus próprios. A mão dela circulava em torno da base do seu membro

a outra estava firme em sua coxa.

Dante segurou a cabeça dela com as palmas das mãos e firmou-

a suavemente, sem guiá-la.

Ele queria que ela o chupasse como ela desejasse: lento ou

rápido, não importava para ele.

Agora já sabia que não iria durar. Seu corpo estava queimando

como se tivesse sido banhado pelos raios do sol, mas este era um tipo

agradável de fogo. Um fogo que nunca tinha sentido antes. Não o fogo

que destrói, mas o fogo que nutre.

Ele reconheceu que se tratava de Viola, que alimentou o fogo

nele e acendeu a chama: com a língua lambendo para cima e para

baixo o seu membro, os lábios sugando, os dedos se movendo para

cima e para baixo em compasso com a boca. Ela deu-lhe suavidade e

99

calor. Quanto ao desejo que ele sentia por ela? Sabia agora que só

cresceria com o tempo ao invés de diminuir. Ele nunca poderia deixá-

la ir.

—Viola. — ele gritou. —Eu preciso de você.— Não importa quão

jovem ela era ou quão inexperiente. Tudo o que importava era que nos

braços dela ele se sentia completo.

Dante olhou para o rosto dela. Seus olhos estavam fechados

como se ela realmente amasse o que fazia com ele. Ele não podia se

afastar da visão de seu pau desaparecendo entre os lábios vermelhos,

em seguida, reaparecendo quando ela se retirava.

—Eu nunca me senti tão bem.— Para todas as outras mulheres

suas palavras teriam sido faladas como um incentivo para sugá-lo

mais duro, mas tudo que ele quis dizer a Viola era que ela estava

deixando-o de joelhos. Quando ela mudou a mão dela e segurou suas

bolas tão delicadamente quanto podia, ele tomou uma respiração

profunda, sabendo que seria a sua última antes de seu clímax rasgá-

lo ao meio.

—Eu vou gozar. — disse asperamente, tentando sair de sua

boca. Para sua surpresa, ela manteve sua boca firmemente apertada

ao seu redor. Ele explodiu dentro dela e sentiu-a engolir a sua

semente. Nem uma única gota escapou de seus lábios.

Assim que ele recuperou o fôlego, puxou-a para cima e em seu

colo, cobrindo os lábios inchados dela com os seus e mergulhando a

língua em sua boca mostrar o quanto isso significava para ele. Ele

estava sem fôlego quando ele se separou do beijo.

Dante descansou sua testa contra a dela, tentando abrandar os

batimentos acelerados do seu coração, mas não desacelerou. Havia

muitas emoções bombeando em suas veias, muitas descobertas

atingindo-o de uma só vez.

100

—Viola?

—Dante. — Seu nome saiu dos lábios dela como uma carícia.

Tudo o que ele queria dizer desapareceu. Apenas um

pensamento prevaleceu.

—Case-se comigo.

101

CAPÍTULO 17

Viola remexeu-se no colo de Dante, os olhos arregalados em

choque, como se ele tivesse dito algo verdadeiramente assustador.

Sua boca escancarada quando ela deu alguns passos para trás, o

braço estendido como se estivesse tentando afastá-lo. Ela estava?

—Viola. — firmou os pés no chão enquanto ajeitava as calças e

se levantava da cadeira.

—Não, por favor. Eu não acredito... você não pode...

—Dante, você está aí?— Dante girou nos calcanhares em direção

à voz e viu seu amigo Lorenzo entrar na sala. Quando o olhar de

Lorenzo caiu sobre ele e, em seguida, sobre Viola, ele curvou-se

brevemente.

—Eu espero não estar interrompendo nada. — Disse Lorenzo.

Dante podia vê-lo inalar e sabia que ele já teria sentido o cheiro

de sexo no ar. Quando os olhos de Lorenzo brilharam de luxúria,

Dante lançou-lhe um brilho de advertência. A sugestão lasciva que

tinha aparecido claramente nos lábios de seu amigo, morreu

instantaneamente.

Pelo menos um desastre foi evitado, porque ele não poderia

admitir que seu amigo sugerisse que eles compartilhassem Viola. Sim,

ele e Lorenzo tinham compartilhado muitas mulheres - e de todas as

maneiras possivelmente imagináveis – mas não havia nenhuma

maneira no inferno que ele permitiria que outro homem colocasse

suas patas em Viola. Nem mesmo seu melhor amigo.

Dante limpou a garganta. A interrupção de Lorenzo não poderia

ter vindo em pior hora. Inferno, ele havia proposto a Viola algo que ele

pensou que nunca ia fazer até que as palavras tinham realmente

102

derramado de seus lábios. E pelo olhar dela, ela não acreditava que

ele estava falando sério. Mas ele estava.

—Lorenzo, que tal da próxima vez você enviar um bilhete por um

servo dizendo que quer falar comigo ao invés de vir direto e

interromper-me quando estou tratando de assuntos mais

importantes?

Lorenzo se aproximou com um sorriso.

—Se eu fizesse isso, raramente o veria. Onde você esteve toda a

semana? Ninguém viu você.

Dante olhou para Viola, que estava junto à lareira, a sua

expressão em branco. Ele passeou um longo olhar sobre ela.

—Eu estava ocupado com coisas mais importantes. — Os

olhares se encontraram. —Coisas muito mais importantes. — O ar

arrepiou com a tensão entre eles. Cortando o contato com ela, ele

virou a cabeça de volta para o seu amigo, cujo rosto ficou colorido de

surpresa.

—Gostaria de lhe apresentar a senhorita Costa. Viola, este é o

meu amigo Lorenzo.

—Encantado. — Lorenzo respondeu e se inclinou na direção de

Viola.

—Senhor. — respondeu ela educadamente.

—Agora que você já se assegurou que eu estou bem, eu gostaria

de...

Lorenzo ergueu a mão.

—Por mais que eu respeite a sua privacidade, você vai ter que

me ouvir em primeiro lugar. Algo está acontecendo na cidade.

Dante levantou uma sobrancelha.

103

—Acontecendo?— Pela primeira vez ele não estava interessado

em se envolver em qualquer coisa que possa estar acontecendo fora

das quatro paredes do seu quarto.

—Nico veio a mim uma hora atrás. Aparentemente você

enfureceu algum homem que agora está gritando que irá matá-lo de

forma lenta e sangrenta. Alguma coisa sobre você roubar sua mulher.

— Lorenzo desviou o olhar para Viola. —Não é que eu posso culpá-lo.

Dante não tinha que ser um leitor de mentes para saber quem

poderia estar o ameaçando.

—Eu estou supondo que você está se referindo a um homem

chamado Salvatore. — Ele ouviu a respiração pesada de Viola atrás

dele.

—O próprio.

—Ele não é ameaça para mim.

—E para ela?

Dante respirou.

—Viola está sob minha proteção. Ela não vai deixar esta casa

sem mim.

Ele ouviu um suspiro atrás dele e se virou. Os olhos dela

estavam arregalados em descrença.

—Eu ainda sou sua prisioneira? Eu pensei...

—Você a está mantendo em cativeiro? — Lorenzo perguntou

antes que Dante pudesse acalmar as preocupações de Viola.

—Fique fora disso, Lorenzo. E além disso, não é verdade.

—Como você pôde? — A voz dela era baixa, sem fôlego. Lágrimas

não derramadas encheram seus olhos enquanto ela passou por ele

em direção à porta.

Ele não tentou detê-la, mas ele não quis mudar de assunto.

104

—Você não me deu uma resposta ainda, Viola, e eu vou ter essa

resposta. Falaremos quando Lorenzo sair. — Ela não reconheceu suas

palavras e correu para fora da sala. Ele ouviu quando ela subia as

escadas antes de se voltar para seu amigo.

—Uma resposta a quê? —Perguntou Lorenzo.

—Desde quando você se transformou em uma lavadeira

intrometida?

—Desde que você começou se comportar de forma muito

estranha. — Lorenzo respondeu.

—Eu não estou agindo de forma estranha.

—Claro que você está. E eu suspeito que a garota tenha algo a

ver com isso. Desde quando você dá a mínima para o que alguma

prostituta pensa?

Mais rápido que um piscar de olho, Dante pegou Lorenzo pelo

colarinho e arreganhou os dentes.

—Ela não é uma prostituta! Ela é a mulher com quem eu vou me

casar!— A expressão no rosto atordoado de Lorenzo quase compensou

a interrupção rude, quase, mas não completamente. Dante deixou

cair sua mão.

—Você? Primeiro seu irmão, agora você. Que porra há no sangue

que vocês estão bebendo? Porque eu quero ter a certeza de evitar essa

fonte como a peste. Estão todos ficando loucos?

—Asseguro-lhe, estou me sentindo muito bem. Agora se você me

desculpar eu preciso falar com Viola e obter sua resposta.

—Você quer dizer que ela não aceitou você?

—Ainda. — Dante corrigiu com firmeza. Ainda. Porque não

poderia haver qualquer razão para que ela não o quisesse. Eles

passaram uma semana incrível juntos, dando um ao outro prazer

105

indescritível. Por que ela não iria querer continuar com ele? Por que

ela não iria querer a segurança que o casamento lhe daria?

Claro, o fato de que ele era um vampiro seria um ponto contra

ele, mas ela nem sabia sobre isso. Obviamente, essa não poderia ser a

razão para a sua objeção.

—Bem, boa sorte para você. No entanto, eu gostaria de trazer de

volta sua atenção para aquele sujeito Salvatore. Minha sugestão é

cortar o mal pela raiz e cuidar de qualquer ameaça antes que ela

piore.

Dante passou os dedos pelos cabelos e suspirou.

—O que você sugere?

**********

Viola enfiou seu vestido na sacola e puxou o cordão apertado.

Ela não sabia o que Dante fez com sua pistola, mas não importava.

Ela obteria uma nova logo. Tudo que importava agora era sair

daquela casa e ficar longe dele.

Ele queria casar com ela. Como ele pôde fazer isso com ela?

Como ele poderia balançar esse sonho na frente dela quando ela não

poderia segurá-lo, quando ela sabia que estaria morta em poucas

semanas? Ela não podia nem culpá-lo. Afinal, ela manteve suas dores

de cabeça em segredo para ele, certificando-se que ele nunca teria

qualquer razão para acreditar que ela não estava bem.

Case-se comigo. As palavras ecoavam na mente dela, acariciando

seu coração. Ele levou-a para uma nuvem de felicidade temporária

apenas para fazê-la cair em terra logo em seguida. Ele não tinha dito

que a amava, mas estava em seus olhos. Apesar do fato de que o seu

clímax tomou conta dele apenas momentos antes, ela havia

106

reconhecido que a sua proposta de casamento tinha sido genuína.

Não tinha sido apenas o efeito colateral de seu estado de luxúria. Ela

pôde ver a alma dele através de seus olhos.

Um soluço rasgou de seu peito.

Não, ela não podia se perder pensando em uma vida que ela

poderia ter se ela fosse saudável, se ela não estivesse condenada. Isso

somente fariam as coisas mais dolorosas - tanto para ela quanto para

ele. Se ela o deixasse agora, pelo menos ela não iria quebrar seu

coração. Ele ficaria irritado e decepcionado, mas o amor dele por ela

ainda não podia ser profundo o suficiente para danificar o seu

coração. Mas se ela permitisse que ele se casasse com ela, ele iria vê-

la definhar com o passar das próximas semanas.

Ela não queria machucá-lo assim. Ele tinha feito demais por ela.

Ela não iria recompensá-lo fazendo-o passar por momentos tão

dolorosos.

Sua explicação para seu amigo Lorenzo que ela não teria

permissão para sair de casa por conta própria só tinha dado a ela

munição para afastá-lo. Iria tornar mais fácil convencê-lo de que esse

era o motivo pelo qual ela partia. Ele não iria persegui-la se ela o

insultasse afirmando que eles só estavam juntos porque ela não tinha

outra escolha já que era uma prisioneira. Seu orgulho ficaria ferido,

seu ego ferido, pois Dante acreditava - com razão - que ela estava com

ele de espontânea vontade.

Dante pode tê-la mantido como prisioneira na primeira noite, e

talvez até mesmo na segunda, mas depois disso, a escolha de

permanecer fora dela. Eles nunca tinham falado disso, mas ela nunca

o ouviu pronunciar uma palavra para os funcionários ou seu irmão

ou sua cunhada que ela não tinha permissão para sair.

107

Viola lamentava que tudo tivesse que acabar tão cedo. Ela

lançou um último olhar para a cama que eles tinham compartilhado

durante uma semana, e seu corpo instantaneamente lembrou-se do

prazer que ele tinha dado a ela, a ternura com que ele a segurava.

Mesmo agora, seu ventre se contraiu com a necessidade desesperada

do toque dele. De um último beijo. Mas ela não podia arriscar. Se ela

permitisse que ele a beijasse, que a abraçasse, ela nunca iria deixá-lo.

As lágrimas em seus olhos ardiam, mas ela as chorou

silenciosamente. Nenhum som veio de seus lábios quando ela desceu

as escadas, os chinelos nas mãos, para não fazer barulho. Quando ela

chegou ao patamar, ela parou e escutou. Dante e Lorenzo ainda

estavam na sala. A porta estava entreaberta, e ela só podia ouvir as

suas vozes abafadas.

Quieto como um rato de igreja, ela chegou à pesada porta de

carvalho da entrada e colocou a mão sobre o trinco. Viola prendeu a

respiração enquanto ela o empurrou para baixo.

108

CAPÍTULO 18

Dante ouviu o baque do fechamento da porta da frente e atirou-

se de sua poltrona.

Sem sequer olhar para Lorenzo ele correu para fora do escritório

em direção à porta que dava para a rua. Seus olhos instantaneamente

ajustaram-se ao escuro enquanto ele vasculhava o beco mal

iluminado.

Viola mal tinha dobrado a esquina quando ele a capturou nos

braços.

—Não, me deixe ir.

Sua resistência era inútil. Ele não iria deixá-la ir. Ele sabia que

ela tinha sentimentos por ele. Só não sabia quão profundos eles eram,

mas ele podia sentir que ela não era indiferente a ele. Então, por que

ela não queria se casar com ele?

—Eu não posso deixar você ir, Viola.

Ela puxou contra seu aperto, e ele abrandou a pressão para não

machucá-la, mas ele não a soltou.

—Por favor. — ela implorou, com os olhos cheios de lágrimas.

—Eu te amo.— Ele deu um voto de fé ao pronunciar as palavras

seguintes. —E eu sei que você me ama também. Então, por que você

está me deixando?

Ela ergueu o queixo, o olhar colidindo com o dele. Seus lábios

tremiam, mas ela separou-os mesmo assim. Seu hálito doce flutuou

para ele, e ele inalou mais dela.

—Isso nunca vai funcionar. Por favor, me deixe ir.

Ele balançou a cabeça e apertou sua mandíbula. Ela estava

escondendo alguma coisa dele, ele podia senti-lo. O ciúme o invadiu.

—Existe alguém mais?

109

—Não!— Seu protesto foi imediato e veemente. —Por favor,

Dante, se você realmente me ama, então você tem que me deixar ir.

—Por quê? Diga-me por que. — Sua voz ricocheteou nas paredes

dos prédios vizinhos.

Viola baixou a cabeça e os ombros, ao mesmo tempo. Ela se

sentia derrotada.

Sua voz era calma e tranquila quando ela finalmente respondeu.

—Porque eu estou morrendo, Dante. Eu tenho um tumor no

cérebro. Em poucas semanas, estarei morta. É por isso que eu não

posso me casar com você. — Ele afrouxou o controle sobre ela, o

choque de sua revelação enfraqueceu-o. Ela saiu de seu domínio,

afastando seu corpo do dele. Era como se um jato de ar frio o tivesse

batido. Por um instante, sentiu-se tonto e confuso. Mas então o seu

sangue fluiu para seu cérebro, e ele começou a trabalhar

freneticamente.

Agora ele entendeu. O cheiro estranho e o gosto de seu sangue

indicavam a sua doença. Tinha sido a maneira do corpo dela dizer

que ela estava doente. E ele não tinha reconhecido. Mas ele sentiu

que precisava protegê-la, que ela era vulnerável.

Quão vulnerável, ele só percebeu agora. Mas ele não permitiria

que ela o afastasse por causa disso.

—Essa é a única razão que você não quer casar comigo? — A

proposta que ele pretendia fazer-lhe exigia que ele tivesse certeza dos

sentimentos dela. Se ela não o amava...

—Não é suficiente? — Ela sussurrou.

Dante penetrou sua alma com os olhos.

—Diga-me a verdade. Você me ama?

Um soluço rompeu da garganta dela, mas Dante conseguiu ouvir

a resposta.

110

—Sim, mais do que eu quero.

Seu coração se alegrou.

—Você está preparada para passar o resto de sua vida comigo?

—Dante, não me torture.

—Responda-me, Viola.

—Sim, eu quero passar minhas últimas semanas com você.

Ele balançou a cabeça.

—Isso não é o que eu quero saber. Estou perguntando sobre a

eternidade.

—Eu não tenho a eternidade, Dante. Você não entende? Eu

estou conformada com isso. Realmente, eu estou. Mas se eu tivesse a

eternidade, não há ninguém nesse mundo com quem eu gostaria de

passá-la além de você.

Dante acenou com a cabeça.

—Isso é tudo que eu precisava saber. — Ela seria sua. Agora que

ele sabia que ela o amava, tudo daria certo. Ele revelaria o que ele

era: um vampiro, uma criatura da noite, uma criatura imortal. E ele

poderia torná-la imortal também a transformando em uma de sua

espécie. Qualquer doença que ela tivesse desapareceria quando ele

drenasse o sangue dela e a alimentasse com o seu. Ela estaria perto

de ser tão indestrutível quanto ele. E ela viveria. E seria sua esposa.

Para sempre.

—Venha, vamos para casa e eu vou falar sobre nossa vida

juntos. Você vai...

—Cuidado, Dante!— O grito de Lorenzo veio de trás dele.

**********

111

As coisas aconteceram rápido demais para os olhos

lacrimejantes de Viola captar tudo.

Lorenzo tinha seguido Dante, mas havia outra sombra também,

que saltou de uma porta que se abriu de repente. Ela o reconheceu

instantaneamente. Salvatore, o homem que a teria levado para cama

se Dante não tivesse interferido.

O luar era suficiente para ela ver que ele estava armado com

uma pistola, uma pistola que estava apontada para Dante agora. Ela

não permitiria isso. Ela aceitava sua própria morte, mas ela não podia

permitir que o homem que amava morresse também. Sem qualquer

outro pensamento, ela pulou na frente de Dante quando um tiro

ecoou.

Ela mal sentiu a dor quando a bala entrou em suas costas. Foi

uma alfinetada simples, uma picada. Talvez isso fosse como a morte

se parecia, toda a dor desapareceu. Seus ouvidos captaram mais

gritos no beco, mais pessoas vieram correndo. Havia sons de luta,

mas tudo que ela sentia era Dante. Seu corpo forte segurando-a.

Sua voz em seu ouvido.

—Oh, Deus, não!

Outras vozes, de Lorenzo.

—Leve-a para a casa. — Muitos passos, pessoas correndo,

muitas vozes ecoando no beco, sua mente não conseguia processar

tudo o que estava acontecendo.

—Estou com ele e ele está morto. — A voz de Raphael soou do

nada. Quando ele tinha voltado do baile?

—...recebeu a bala.— Fragmentos de uma conversa vagavam

para ela.

—Calma, meu amor. — A voz reconfortante de Dante novamente.

112

—...tanto sangue. Ela não vai suportar isso. — ela ouviu a voz

chorosa de Isabella.

Então a voz suave de Raphael, baixa e estável.

—Dante cuidará disso.— Ela sentiu o movimento dos passos de

Dante, enquanto ele a carregava, mas os olhos dela estavam tão

enevoados que ela não conseguia enxergar a face dele.

—Tão frio. — ela murmurou.

—Eu sei, meu amor. Apenas aguente. Tudo vai ficar bem. Eu

prometo a você.— Mas ela ouviu o medo em sua voz, o desespero. A

dor - a dor da qual ela queria poupá-lo.

—Perdoe-me, Dante. — ela conseguiu sussurrar, as poucas

palavras deixando-a sem fôlego.

—Não! Você vai ficar comigo. Você está me ouvindo? — ele

gritou.

—Aqui, no sofá. Você tem que fazer isso agora. — veio a voz de

Raphael.

—Ela não sabe. – disse Dante.

—Você a ama? — Disse Raphael.

—Sim. — Dante disse, sua voz firme e forte.

Então ela sentiu seus lábios nos dela, beijando-a suavemente.

—Eu te amo. Por favor, confie em mim, eu estou fazendo isso

porque eu amo você. — Então os lábios dele vagaram para seu

pescoço.

Sua pele arrepiou. Ela sentiu os dentes dele arranhando a pele

dela, lembrando-lhe da noite em que ele realmente fez amor com ela

pela primeira vez. Ela gemia baixinho.

—Sim. — Gemeu Viola e quando os dentes perfuraram sua pele,

ela sacudiu, mas o corpo forte de Dante segurou-a para baixo.

113

Ela lutou apenas por um segundo antes de entregar-se à

sensação que lhe lembrava sexo - durante o sexo, a penetração inicial

tinha machucado muito, mas só por um momento. Mais tarde, tinha

sido agradável. Assim como agora.

Viola nunca tinha pensado que ela iria experimentar a morte de

forma tão vívida, mas em vez de simplesmente cair no sono, ela

revivia cada momento de seu tempo com Dante. Como uma imagem

em movimento que passava diante dos seus olhos até que tudo ficou

escuro e silencioso. Escuro.

114

CAPÍTULO 19

O gosto do sangue de Viola ainda estava na língua de Dante,

quando ele furou o próprio pulso com suas presas. Ele drenou tanto

do sangue dela até que seu batimento cardíaco caiu para apenas vinte

batidas por minuto. Ela estava inconsciente, mas, ao menos, ainda

estava viva.

Apesar do fato de seu irmão e Isabella estarem na sala, a casa

estava estranhamente calma. Nenhuma palavra havia sido dita desde

que Dante tinha começado o processo. Toda a sua concentração

estava em Viola. Se ele não transferisse seu sangue para ela no

momento preciso, ela morreria.

Seu corpo ficou tenso enquanto esperava que o batimento

cardíaco dela diminuísse ainda mais, enquanto ele revivia toda a cena

no beco de novo e de novo. Ele tinha visto Salvatore uma fração de

segundo antes de Lorenzo alertá-lo. Ele tinha sido indiferente com a

sua própria segurança - tudo o que ele pensava era em manter Viola

fora de perigo. Ele nunca esperava que ela agisse de forma rápida e

fosse protegê-lo contra a agressão de Salvatore. Ela sacrificou sua

vida pela dele, sem nenhuma razão. O tiro que Salvatore disparou não

o teria machucado. Apenas balas de prata podiam matar um vampiro.

O coração de Viola estava batendo mais lento agora.

Já era tempo. Dante ergueu o punho e o colocou contra os lábios

fechados dela.

—Não! — Lorenzo gritou quando ele entrou na sala. —Pare, você

vai matá-la! — Dante girou a cabeça e grunhiu. —A bala é feita de

prata. — Lorenzo estendeu a palma da mão aberta em direção a ele

mostrando um anel.

115

Choque percorreu o corpo de Dante. Ele puxou seu pulso da

boca de Viola. Ele reconheceu o símbolo no anel de ônix preto: uma

cruz cortada por três ondas. O símbolo dos Guardiões das Águas

Santas, o grupo de venezianos ricos cuja missão era erradicar os

vampiros de seu meio. Uma sociedade secreta que ele e seus

companheiros vampiros vinham lutando contra nos últimos anos.

—Eu encontrei o anel quando estava me livrando do corpo de

Salvatore.

—Ele era um Guardião? — Raphael engasgou.

Lorenzo acenou com a cabeça rapidamente. Saber que Salvatore

tinha sido um membro da sociedade secreta poderia trazer-lhes

alguma nova informação em sua busca pelos outros Guardiões.

Mais tarde, quando Viola estivesse fora de perigo eles cuidariam

disso.

—Você tem que retirar a bala antes de transformá-la. — disse

Raphael.

—Ou ela vai morrer. — Dante sussurrou para si mesmo.

Se ele deixasse a bala de prata nela, no momento em que a

transformasse em um vampiro, o metal mortal iria queimar sua carne

a partir do interior e matá-la. Se ela tivesse sido baleada com

qualquer outra coisa seu corpo vampiro iria apenas expulsar o objeto

estranho e curar-se sozinho.

Sozinho.

Dante acariciou a mão sobre o rosto de Viola. Protegendo-o da

bala de Salvatore ela tinha realmente salvo sua vida. Agora ele tinha

que salvar a dela, ou tudo seria em vão.

Ele deu a seu irmão um olhar desesperado.

—Ajude-me.

116

Sem hesitar, Raphael estava ao seu lado, alongando os dedos em

garras afiadas. Dante balançou a cabeça.

—Não, você a segura. Vou tirar a bala eu mesmo. — Ele mudou

Viola e transferiu-a para os braços de Raphael girando-a de costas

para que a ferida aberta ficasse exposta a ele. Uma vez que ela fosse

transformada em vampiro, seu corpo iria se curar em poucos

minutos.

—Rápido. — Raphael instruiu.

Os dedos de Dante já haviam se transformado em garras. Ele

cortou as camadas superiores de pele e músculo, seguindo o caminho

que a bala tinha tomado. Quando ele tocou a bala alojada próximo a

um osso, a prata enviou um raio de dor através dele.

Ele cerrou os dentes e enrolou sua garra, desalojando a prata do

osso. Com um gemido ele puxou a bala do corpo de Viola e a jogou no

chão. A pele dele estava queimada onde tinha entrado em contato

com o metal. Mas ele ignorou a dor.

Não havia tempo para isso. Ele não podia perdê-la.

Tomando-a de Raphael, ele colocou seu pulso sangrando na

boca de Viola e forçou-lhe os lábios a abrirem. O sangue escorreu

enchendo sua boca.

—Engula, Viola. — ele insistiu. —Engula, porra. — Sua boca não

se mexeu. O coração dele se contraiu. Não, ele precisava que ela

vivesse para que ele pudesse viver. Ela era tudo que ele queria.

—Por favor. — sussurrou ele inclinando-se sobre seu rosto, e

uma lágrima solitária desalojou-se de seu olho caindo sobre os lábios

dela. —Não me deixe. — Um murmúrio saiu da garganta dela e Dante

se assustou. Ela engoliu o sangue dele e começou a respirar.

—Viola!

117

As respirações aliviadas de seus companheiros encheram a sala.

Mas tudo que Dante viu foi Viola. Como o peito dela puxava o fôlego.

Como seu rosto ficava rosado. Como sua garganta trabalhava para

engolir o resto do seu sangue.

—Viola, meu amor. — Os olhos dela se abriram, e tudo que ele

poderia fazer era sorrir para ela.

—Dante, Dante oh, você está machucado? Você está sangrando.

— Os olhos de Viola estavam fixos no pulso dele.

Ele balançou a cabeça e riu, cheio de alívio. Ele sabia que os

primeiros pensamentos dela seriam para ele.

—Não, meu amor, eu nunca estive melhor. — Então, ele

abraçou-a apertado junto ao peito. —Eu te amo, Viola, eu te amo

tanto.

—Salvatore. — ela gaguejou. — Será que ele atirou em você?

Dante se afastou apenas o suficiente para que ele pudesse olhar

para seu rosto.

—Você recebeu a bala. Você salvou a minha vida.

Havia uma expressão perplexa no rosto de Viola.

—Mas... eu não entendo. Eu me sinto bem. Na verdade... — Ela

fez uma pausa. —Eu me sinto melhor do que bem. Ele deve ter

errado, embora...Senti quando a bala me atingiu.

Ele lhe deu um beijo suave nos lábios.

—Você recebeu o tiro. Você quase morreu. Eu retirei a bala de

você. Mas, isso não é tudo. — Dante olhou para o irmão. Como ele

deveria dizer a ela o que tinha acontecido? Como ele poderia explicar

a ela o que ele era? O que ela era agora também?

—Diga a ela. — disse Raphael.

Dante engoliu em seco.

—Dizer-me o quê?

118

********** Viola olhou para Dante, que parecia inseguro pela primeira vez

desde que ela o conheceu.

Alguma coisa estava estranha. Enquanto ela poderia jurar que

ela sentiu o impacto da bala e a dor que se seguiu, ela se sentia

melhor do que ela se lembrava em um longo tempo. Ela não estava

cansada, e não havia sequer um indício de sua dor de cabeça de

costume. Nenhum latejar, nenhuma dor surda, nada. Ela se sentia

tão cheia de energia que ela queria correr uma corrida, apenas porque

ela sabia que poderia fazê-lo.

Todos os seus sentidos pareciam mais nítidos também. Sua

visão estava melhor - não que tivesse sido ruim antes, mas agora ela

podia ver o menor pormenor no vestido bordado de Isabella e até

mesmo a filigrana complexa sobre os botões que enfeitavam o colete

de Raphael. Para não falar do seu sentido de olfato. Suas narinas

queimaram quando ela inclinou a cabeça mais na direção de Isabella.

Ela cheirava bem diferente dos três homens na sala.

Ela nunca tinha notado a diferença antes.

—Meu amor. — Com esse termo carinhoso Dante a trouxe de

volta de seus devaneios. —Isso pode parecer estranho à primeira

vista, mas há algo importante que eu tenho que te dizer. — Viola

levantou a mão e segurou o rosto de Dante. O conhecimento de que

ele estava vivo e bem era tudo que ela precisava. Nada mais poderia

ser tão importante.

Dante virou a cabeça e beijou a palma da mão.

—Eu te fiz uma de nós. — As palavras de Dante não faziam

sentido.

—Uma de vocês?

—Sim, você é como eu, Raphael e Lorenzo agora. Imortal.

119

Ela soltou um riso suave.

—Você está brincando.

—Não. Eu te dei meu sangue para que você pudesse viver. Viola,

sou um vampiro.

Em sua afirmação, ela sacudiu a mão e escorregou de seu rosto.

Ela não poderia ter ouvido direito.

—Desculpe, mas você pode dizer isso de novo? Eu acho que não

ouvi.

Dante deu um aceno lento de cabeça.

—Você ouviu direito. Eu sou um vampiro. E a transformei em

um também, caso contrário, você teria morrido. Mesmo se você não

tivesse sido baleada por Salvatore. Sinto muito, mas não houve tempo

para explicar. Eu tinha que agir. Rapidamente.

Viola ouvia suas palavras. Lentamente elas foram entrando em

seu cérebro.

—Você estava se esvaindo. — Continuou Dante. —Eu não

poderia deixá-la morrer. Eu tive que transformá-la imediatamente.

Ela tentou compreender as implicações de suas palavras.

—Você é um vampiro? Imortal?

Ele balançou a cabeça.

—E eu sou um vampiro também? Mas o meu tumor cerebral...

Eu ainda vou morrer.— Um sorriso quente curvou-se em torno dos

lábios de Dante e espalhou-se sobre o rosto inteiro. Esperança

floresceu dentro dela. —Não vou?

—Não. Qualquer doença que você tinha foi erradicada pela

transformação. Você é saudável. O tumor se foi. Você é imortal.

O tumor se foi. Essas foram as únicas palavras que ela

realmente compreendia. Ela viveria. Sua vida não tinha acabado. Ela

120

tinha outra chance. Seu coração encheu-se de alegria, tanto que

poderia estourar.

Lágrimas encheram os olhos dela e caíram por seu rosto.

—Oh, meu Deus.

O rosto de Dante se contorceu como se estivesse com dor.

—Eu sinto muito, Viola. — Ele baixou a cabeça e evitou olhar

para ela. —Perdoe-me.

—Perdoar você? — Ele tinha dado a ela uma nova vida, o maior

presente que ela jamais poderia ter desejado. Ela nunca tinha sido

mais feliz. Ela pegou o queixo dele e o fez olhar para ela.

Havia uma tristeza evidente nos olhos dele. Ele tinha entendido

mal as suas lágrimas.

—Eu gostaria de lhe dar uma resposta à sua pergunta agora.

—A minha pergunta? — Dante indagou confuso.

Ela sorriu e aproximou-se dele.

—Eu quero ser sua esposa. Para a eternidade. — Antes que ela

tivesse terminado de pronunciar a última palavra, os lábios dele

estavam nos dela, beijando-a sem fôlego. Ele só levantou-os o

suficiente para murmurar um sim contra a boca dela antes de invadi-

la com sua língua.

Apenas o barulho de gargantas a fez perceber que eles não

estavam sozinhos.

Dante cortou o beijo e virou a cabeça rapidamente para os

outros na sala.

—Vão embora.

Viola deu uma risadinha.

—Isso foi rude, Dante.

—Eu não me importo. Eu quero fazer amor com você agora.

Raphael deu uma gargalhada.

121

—Da última vez que chequei, você tinha um quarto de dormir,

meu querido irmão. Eu sugiro que você use-o. — Ele hesitou por um

breve segundo antes de continuar. —E, Dante, a sala de

armazenamento vizinha ao meu quarto está fora dos limites de agora

em diante. Procure emoções em outro lugar.

122

CAPÍTULO 20

A porta se fechou com um baque forte que ecoou pela casa

inteira. Dante não se importava com o que os outros poderiam estar

pensando. Ele nem sequer ficou surpreso com o fato de que Raphael

sabia que tinha sido observado enquanto ele e Isabella faziam amor.

Afinal, Viola havia sido bastante vocal, naquela noite, e Raphael

certamente ouviu os sons com a sua audição superior de vampiro.

Mas nada disso importava.

Viola estava viva, e ela aceitou-o apesar do que ele era.

Dante capturou sua futura esposa entre o seu corpo e a porta às

suas costas, pressionando-a contra ele.

—Seu irmão está com raiva de nós?

—Raphael? Dificilmente. Tenho certeza que ele não dá a mínima

pelo fato de ter sido observado.

—Mas não podemos fazê-lo novamente?— Um sorriso perverso

curvou em torno da linda boca de Viola.

Dante apertou seu pau endurecido contra sua barriga macia.

—Não. Mas eu tenho certeza que posso arranjar outras coisas

para nós assistirmos, se quiser. — Seu coração pulou uma batida

quando viu Viola levantar uma sobrancelha. Sua voz ofegante apenas

ressaltou sua emoção.

—Mesmo?

—Qualquer coisa que você quiser meu amor. Mantê-la satisfeita

é a minha missão. — Ele fez com seus dedos mudassem para a forma

de garras. Lentamente, certificando-se que ela visse o que estava

prestes a acontecer, ele colocou suas garras no lugar onde o decote

revelava seus seios exuberantes.

123

Ela inalou, a ação pressionando a carne mais perto de suas

garras afiadas, mas ela não se afastou.

—O que você vai fazer?

Não era uma pergunta, ao contrário, o jeito que ela falou foi um

desafio. Um que ele estava mais que disposto a aceitar. Mais rápido

que o olho de um ser humano poderia processar, ele cortou a frente

de seu corpete, rasgando-o ao meio.

—Você quer dizer o que eu fiz?— Ele corrigiu.

Viola olhou para seu vestido rasgado, então, levantou a cabeça e

olhou para ele, seus olhos brilhando como ouro. Ele sentiu o poder

dentro dela, o poder de um vampiro, e o conhecimento que ela era

sua, que ela seria sua para a eternidade o dominou.

—Deus, você é linda.

Ela levantou a mão. Diante de seus olhos, seus dedos elegantes

transformaram-se em garras. Ela tocou-lhe o pescoço com elas,

acariciou para baixo, onde o botão de cima de sua camisa estava

desfeito.

Com um sorriso malicioso ela cortou a camisa ao meio. E suas

garras continuaram descendo, parando apenas por um momento, em

expectativa.

Dante rosnou a sua aprovação. Ela era sua alma gêmea:

destemida, ousada e insaciável.

Viola cortou o tecido de suas calças, evitando cuidadosamente o

seu comprimento rígido.

Ele respirou fundo quando o ar frio atingiu sua excitação e os

dedos, já sem as garras, enrolaram em torno dele.

—Você é lindo. — ela sussurrou com a voz rouca e cheia de

amor, amor por ele que lhe permitiu enxergar sua alma e deixava

transparecer seus sentimentos por ela.

124

Incapaz de se segurar, Dante rasgou o vestido dela e expôs a sua

nudez para seus olhos famintos.

—Minha, toda minha! — Pressionando-a mais duro contra a

porta, ele capturou suas coxas com as mãos, abriu-as e levantou-a. O

cheiro de sua excitação foi inebriante, esmagador, impossível de

resistir.

Com um gemido profundo, ele posicionou seu pau no seu núcleo

e impulsionou em seu calor, batendo-a contra a porta.

—Sim! — Ela gritou, com os braços pendurados em seu pescoço,

suas pernas em volta dos quadris dele.

Luxúria e desejo percorreram o corpo dele com o conhecimento

de que ele não teria que se segurar mais. Ele impulsionou os quadris

e afundou com mais força. Viola era um vampiro agora, tão forte

como ele era e tão indestrutível quanto. Ele não podia machucá-la.

Agora, ele poderia finalmente mostrar-lhe tudo que sentia: a

ferocidade com que ele a amava, desejava e precisava dela.

Ela era o seu tudo.

—Amanhã — ele empurrou-se nela — você vai ser minha esposa.

— Os olhos dela piscavam de acordo. —Mas hoje, eu vou fazê-la

minha companheira. — Ele levantou a mão em direção ao rosto dela e

esfregou o dedo sobre os seus lábios, empurrando-os para que se

abrissem.

—Quero você. — ela disse sem fôlego. Como se soubesse

exatamente o que ele queria, ela abriu a boca e mostrou os dentes.

—Sim. — ele encorajou-a enquanto seu membro batia cada vez

mais duro contra ela.

As presas dela alongaram-se como se por instinto. Suas íris

eram um tom de ouro puro agora, tal como as dele.

Ele inclinou a cabeça para o lado, oferecendo-lhe o pescoço.

125

—Mais tarde, eu vou levá-la para caçar. — ele disse asperamente

—Mas agora, eu quero que você beba de mim. — Dante sempre se

lembraria do momento exato quando as presas de Viola perfuraram

sua carne pela primeira vez. Foi um momento de felicidade pura e

absoluta, o êxtase. Uma celebração do amor, da paixão, luxúria e

desejo. Quando ela chupou sua essência dentro dela, seu orgasmo

quebrou, derramando sobre ele como um maremoto capaz de encobrir

toda a cidade de Veneza. E com ele veio outra onda, tão poderosa

quanto a sua: o clímax de Viola, os músculos dela apertaram em

torno de seu comprimento, ordenhando-o, exigindo até a última gota

do que ele tinha para dar.

E ele lhe daria tudo o que ele possuía. Sua riqueza, o seu corpo,

e acima de tudo, o seu coração.

Para a eternidade.

—Eternamente. — Viola sussurrou e beijou-o com seus lábios

ensanguentados.

FIM