Saliva e Cárie - 2002

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    CAPACIDADE TAMPO DA SALIVA

    FRENTE A DIVERSOS ESTMULOS

    GUSTATIVOS

    SALIVA BUFFERING CAPACITY AGAINST DIFFERENT GUSTATIVE STIMULI

    SUZELYADASSALIBAMOIMAZ

    CLAADASSALIBAGARBIN

    ALCIARAALICEDEALMEIDAAGUIAR

    MAURCIOBACARINSILVA

    Professora doutora coordenadora da ps-graduao em Odontologia

    Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Araatuba/Unesp

    Professora assistente doutora de Odontologia Legal e Social da Faculdade

    de Odontologia de Araatuba/Unesp

    Doutoranda em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de

    Odontologia de Araatuba/Unesp

    Aluno de graduao/estagirio da Faculdade de Odontologia de

    Araatuba/Unesp

    RESUMOA saliva importante na preveno da crie. Entre suas fun-es, destaca-se a capacidade tampo. Este trabalho verificoua capacidade tampo salivar frente aos seguintes estmulos: 1.gua (controle); 2. chiclete com acar; 3. chiclete diet; 4. cho-colate; 5. chocolate diet; 6. coca-cola; 7. coca-cola light; 8. leode calndula; 9. leite; 10. suco de laranja; 11. suco de laranjaadoado. Quatro indivduos submeteram-se s seguintes eta-pas: escovao; aps dez min., bochecho com 20 ml de gua;

    coleta da saliva por dois min. Em seguida, mascou 2, comnova coleta de saliva. O mesmo procedimento foi repetido comas substncias 3 a 11, sendo que, a cada um deles, novaescovao era realizada, aguardando-se um perodo de dezmin. entre cada teste. Foi utilizado um bochecho com guacomo controle final. De cada amostra salivar, obteve-se comoresultado a capacidade tampo testada frente a cada subs-tncia. Com parmetros que classificam essa capacidade emtimo (!5,6), regular (entre 4,5 e 5,5), ruim (< 4,5), obte-ve-se: timo para chicletes, chocolates e leite; regular para coca-colas, leo de calndula e sucos de laranja; e ruim para gua.Conclui-se que a capacidade tampo salivar sofre maior in-terferncia de estmulos gustativos do que da acidez dos ali-mentos.UNITERMOS:CAPACIDADETAMPO DIETACARIOGNICA GUSTAO.

    SUMMARYSaliva is important in dental caries prevention. The mostimportant function is its buffer capacity which was testedin this s tudy using the following stimuli: 1. water (control);2. regular chewing gum; 3. sugarless chewing gum; 4. cho-colate; 5. sugarless chocolate; 6. coke; 7. diet coke; 8.calendula o il; 9. milk; 10. orange juice and 11. sweetenedorange juice. Four individuals were submitted to: usualtooth brushing; after a ten min. waiting period, mouth

    rinsing with 20 ml water; saliva collection for two min.Gum 2 was chewed and the saliva sample was collected.The same procedure was performed with the numbered 3to 11 tested substances. Teeth brushing followed everysubstance. A final mouth rinsing was used as a control.The buffering capacity of the saliva samples against thedifferent substances was measured: good (!5,6), regular(!4,5 and !5,5) and poor (< 4,5). The results: a goodbuffering activity for both chewing gums, chocolates andmilk; regular for both cokes, the calendula oil and bothorange juices and poor for water only. The conclusion isthat the saliva buffering capacity may be influenced moreby the gustative stimuli than by the acidity of the differentsubstances.UNITERMS:SALIVABUFFERCAPACITY DIET GUSTATIVE.

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    INTRODUOA crie uma doena multifatorial e exis-

    te um inter-relacionamento complexo entrefatores do hospedeiro, placa bacteriana sobreo dente, dieta e flor durante certo tempo.Todos os acares da dieta (sacarose, glicose,frutose e lactose) so utilizados no metabo-lismo energtico da placa bacteriana e o ami-do pode ser usado, aps seu desdobramentoat maltose, pelas amilases salivares ebacterianas. Carboidratos podem ser fermen-tados diretamente ou a partir de sua acumu-lao na placa sob a forma de polissacardeosintra ou extra-celulares. A queda no pH pro-duz desmineralizao dentria, enquanto opH quase neutro de uma placa desprovida decarboidratos promove um perodo de repou-

    so, ou mesmo de remineralizao, da superf-cie dentria. Se os ataques de cidos tornam-se muito freqentes ou tm duraodemasiadamente longa em comparao comos perodos de remineralizao, o produto fi-nal uma leso cariosa.

    O equilbrio dos eventos determinadopor um conjunto de fatores, como o conte-do de componentes cariognicos e elementosque protegem contra a crie nos alimentos,padres de ingesto alimentar, quantidade deplaca, quantidade e qualidade da saliva,

    suscetibilidade da superfcie dentria e con-centrao de flor no ambiente.11A saliva um dos mais importantes meios de preven-o que temos contra a crie. Alm de enzimasque facilitam a digesto, a saliva contmanticorpos, que combatem as bactrias, e ou-tras substncias com efeito tampo quereequilibram o pH da boca, evitando adesmineralizao dos dentes.8

    Os tampes salivares de maior importn-cia so o sistema cido carbnico/bicarbonatoe o sistema fosfato. As protenas salivares pos-suem alguma capacidade de tamponar, mas

    somente em pH muito baixo. Num experimen-to em que foi feita a dilise da saliva, verificou-se que, sem a presena de bicarbonato e defosfato, mas apenas de protenas, sua capaci-dade tampo completamente perdida, o quemostra que ela praticamente desconsidera aao das protenas.10A capacidade tampocorrige as mudanas de pH ocorridas com aformao de ons cidos e bsicos, por exem-plo, pela fermentao dos acares.

    O objetivo deste estudo verificar se osestmulos gustativos proporcionados pelos

    alimentos interferem na capacidade tamposalivar.

    MATERIAISEMTODOS

    Este um trabalho piloto e foi desenvol-vido no laboratrio de pesquisa do Ncleode Pesquisa em Sade Coletiva (Nepesco) doDepartamento de Odontologia Infantil e So-cial da Faculdade de Odontologia da Univer-sidade Estadual Paulista Jlio de MesquitaFilho no campus de Araatuba, havendo umaintegrao entre os alunos da ps-graduaoe da graduao do departamento, propician-do intercmbio de conhecimentos entre ossetores.

    Foram separados para o experimento 48tubos de ensaio, sendo cada um deles devida-mente identificado. Em cada tubo de ensaioforam pipetados 3 ml de cido clordrico a0,05M, aps o que eles foram tampados e re-pousaram em uma estante para tubos. Damesma forma, foram identificados 48 bquers.Para a aferio da capacidade tampo da sali-va, utilizou-se a tcnica de Ericsson3modifi-cada pelo aumento da proporo saliva/cidoe a substituio da tira de papel indicador porpH-metro. Este pH-metro foi calibrado pormeio da imerso do eletrodo em duas solu-es Buffer diferentes, com valores conheci-

    dos de pH, segundo as instrues do fabri-cante (Tecnal).

    Trabalhamos com uma amostra de qua-tro indivduos adultos (trs do sexo masculi-no e um do sexo feminino) que se apresenta-ram como voluntrios. Para haver umapadronizao, os quatro se submeteram aescovao dentria e aguardaram dez minu-tos para haver a estabilizao do pH bucal.9

    Cada indivduo fez um bochecho com 20 mlde gua, como controle, e a saliva foi coletadaem bquers individuais por dois minutos. Em

    seguida, cada um mascou um chiclete comacar por dois minutos; desprezado o chi-clete, foi feita nova coleta de saliva, por maisdois minutos, em outros bquers individuali-zados. Finda a coleta, novamente cada indi-vduo se submeteu a escovao normal comcreme dental e aguardou outros dez minutos,sendo este o mtodo usado para conseguirpadronizao, equilibrando a microbiota oral,e tambm para que o pH bucal se estabilizas-se depois desse perodo de espera.

    O mesmo procedimento foi repetido comtodas as outras substncias: chiclete diettico;

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    chocolate; chocolate diettico; coca-cola;coca-cola light; leo de calndula; leite puro;suco de laranja natural; e suco de laranja ado-ado. Ressalta-se aqui que, entre cada teste,houve um perodo de espera de dez minutos

    aps a escovao normal. Nos testes feitoscom cada substncia, foi feito um inquritosobre o sabor da matria provada, procuran-do-se saber se o gosto era agradvel ou no.

    Finalizando o experimento, foi realizadobochecho com gua, como controle final, erecolhida amostra de saliva. Comparando ascondies encontradas no controle final coms do controle inicial e havendo similaridade,acredita-se que houve sucesso na metodologiaescolhida, j que no houve maiores interfe-rncias da remoo de placa efetuada pelas

    diversas escovaes (sendo a espera de dezminutos suficiente para eliminar a interven-o entre os alimentos) nem da ao de com-ponentes do creme dental como o flor eabrasivos base de bicarbonato de sdio sobre os resultados do experimento.

    De cada amostra de saliva, pipetou-se 1ml no tubo de ensaio contendo 3 ml de HCl(0,05M), que em seguida foi tampado e agi-tado por um minuto num vibrador mecnico.Na seqncia, o tubo ficou na estante por dezminutos destampado, a fim de ser eliminadoo gs carbnico liberado na agitao mecni-ca. S ento o pH da amostra salivar foi me-dido no pH-metro e a capacidade tampo dasaliva, registrada. Os dados obtidos foramanotados, tabulados e dispostos em grficospara serem analisados segundo os parmetrosde avaliao ilustrados na tabela abaixo, clas-sificando-se a capacidade tampo como ti-ma, regular e ruim.

    QUADRO1. PARMETROSPARAAVALIAO, THYSTRUP, 1995.

    Capacidade Tampo (pH final) Classificao

    Igual ou maior de 5,6 timo

    entre 4,5 - 5,5 Regular

    Menor que 4,5 Ruim

    RESULTADOSPara esse experimento, tomamos o cui-

    dado de escolher diferentes categorias de ali-mentos (aucarados, cidos e gordurosos) a fimde verificar as mais variadas reaes do efeitotampo da saliva diante de estmulos gustativosdiversos. Alm disso, procuramos nos certifi-

    car de quo influente poderia ser a presenaou no do acar nesses resultados. Os valoresmdios da capacidade tampo da saliva (grfi-co 1) mostram as reaes salivares proporcio-nadas pelas substncias testadas. As influn-

    cias do estmulo gustativo so exibidas nogrfico 2 (perguntou-se aos voluntrios se sa-borearam, se saborearam s um pouco, se nogostaram ou se foram indiferentes s substn-cias experimentadas). A tabela 1 exibe a clas-sificao da capacidade tampo.3

    TABELA1. CLASSIFICAO DA CAPACIDADE TAMPO DAS SUBSTNCIAS EXPERIMENTADAS NAPESQUISAPILOTO. NEPESCO-ARAATUBA, 1999.

    Classificaoda Capacidade Mdia da Capacidade Tampo(pH) das SubstnciasTampo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    tima 6,13 7,18 6,51 6,39 5,76

    Regular 5,2 5,9 5,4 5,26 5,17

    Ruim 4,34 4,26

    Substncias: 1. gua; 2. chiclete; 3. chiclete diettico; 4. chocolate; 5. chocolate diettico; 6.coca-cola; 7. coca-cola light; 8. leo de calndula; 9. leite; 10. suco de laranja natural; 11.suco de laranja adoado; 12. gua.

    GRFICO1. MDIADACAPACIDADETAMPODOSVOLUNTRIOS, DAPESQUISAPILOTO, FRENTEAOSDIVERSOSESTMULOSGUSTATIVOS. NEPESCO - ARAATUBA, 1999.

    Substncias experimentadas: 1. gua; 2. chiclete; 3. chiclete diettico; 4. chocolate; 5.chocolate diettico; 6. coca-cola; 7. coca-cola ligh; 8. leo de calndula; 9. leite; 10. suco delaranja natural; 11. suco de laranja adoado; 12. gua.

    Substncias experimentadas:1. gua; 2. chiclete; 3. chiclete diettico; 4. chocolate; 5.chocolate diettico; 6. coca-cola; 7. coca-cola ligh; 8. leo de calndula; 9. leite; 10. suco delaranja natural; 11. suco de laranja adoado; 12. gua.

    GRFICO2. ESTMULOSGUSTATIVOSX NMERODEVOLUNTRIOS, DAPESQUISA-PILOTO. NEPESCO- ARAATUBA, 1999.

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    DISCUSSOSegundo os parmetros de avaliao,

    no controle inicial, a maioria dos volunt-rios teve a capacidade tampo inicial ruimpara a gua. Todos os indivduos mostra-ram-se indiferentes ao sabor da gua tantono controle inicial quanto no controle fi-nal. No final, a mdia da capacidade tam-po inicial foi ruim, novamente, mostran-do que o poder tampo estava inalteradomesmo aps a ingesto de diversos alimen-tos e as escovaes dentrias, mostrandoque os intervalos utilizados na metodologiaforam vlidos (tab. 1). Anteriormente, ve-rificou-se que, aps dois a quatro minutosde bochecho com solues de sacarose ouglicose, o pH baixava de 6,5 para 5 e len-tamente atingia o pH original, o que acon-tecia aps 40 minutos.12 Outros estudos, emque foram usados a telemetria e um ele-trodo miniatura de vidro (sensor de pH),obtiveram medidas contnuas e diretas dopH da placa interproximal in situ nainterface dente/placa, revelando que a pre-sena do cido pode permanecer por mui-to mais tempo e o pH pode cair ainda mais,comprovando o poder acidognico da pla-ca.5 O tampo salivar atua gradativamentequando colocada na placa uma baixa con-

    centrao de sacarose, percebendo-se ini-cialmente uma queda do pH que, aps umcurto perodo, volta a subir.10 Os efeitos lo-cais da dieta no metabolismo da placa e,particularmente, na produo de cido soconsiderados bem mais relevantes para acrie do que os efeitos sistmicos na com-posio salivar ou no desenvolvimento dodente.11

    A atividade cariognica induzida peloconsumo de certos alimentos pode ser al-terada de vrias formas por outros compo-

    nentes dos alimentos, dependendo das ca-ractersticas individuais. H estudosmostrando que as gorduras reduzem acariogenicidade dos alimentos1 s queno se sabe at que ponto , atuando sim-plesmente como substitutas dos carboi-dratos na dieta ou, ainda, formando, porexemplo, uma barreira protetora no esmal-te. 2 Descobriu-se que alimentos como ochocolate (cacau) podem inibir a crie emanimais; contudo, desconhecem-se suasimplicaes clnicas. Ressalta-se aqui a

    importncia do aconselhamento dietticopor um profissional, induzindo o pacientea uma dieta saudvel e no apenas restri-o de sacarose.6

    A nutrio prpria e adequada tem um

    peso importante na funo da glndula sali-var. H uma relao entre a dieta e a compo-sio salivar, e, no caso de deficinciasnutricionais, ocorre uma alterao na quanti-dade e na qualidade da saliva.13No apenas afalta de alguns nutrientes mas tambm fato-res relevantes como a textura e, muito prova-velmente, o sabor da dieta afetam a funo daglndula salivar.7

    Este estudo mostrou que o efeito tam-po muito pouco estimulado pela gua,que pode ser inspida (a muitas pessoas) ou,

    dependendo da origem, de sabor muito sua-ve, alm de ter o pH neutro. Da entende-se a razo de a capacidade tampo ter sidoruim para gua, com exceo do indivduoque obteve melhores resultados e que pare-ce ter uma resposta do efeito tampo acimada mdia.

    Analisando as mdias obtidas, obser-va-se que: a gua (controle) teve o pior re-sultado, com a capacidade tampo ruim(sem estmulo gustativo). A maioria dos vo-luntrios apreciou o sabor do chiclete nor-

    mal e do diettico, e do chocolate normale do diettico (um pouco menos), que ob-tiveram mdias timas para a capacidadetampo (substncias mastigadas). A maiorparte deles no apreciou a coca-cola e acoca-cola light, o suco de laranja e o sucode laranja adoado, que apresentaram umacapacidade tampo regular (substnciascidas). Quanto s substncias gordurosas,um maior nmero de voluntrios gostoudo leite, que alcanou uma capacidadetampo tima. Entretanto, alguns indiv-

    duos no apreciaram o sabor do leo decalndula, e sua capacidade tampo foi re-gular. Observando os dados dos alimentoscom acar e dietticos, notou-se que apresena de acar pouco interferiu na ca-pacidade tampo, sendo que o elemento demaior interferncia foi o sabor.

    Segundo os relatos de Johnson,7 noapenas a textura, mas tambm o sabordosalimentos pode influenciar a funo das gln-dulas salivares. Segundo os resultados desteexperimento, percebemos que, na maioria

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    das vezes, fortes estmulos gustativos podemincrementar o efeito tampo (principalmen-te quando comparado a um estmulo indife-rente, como a gua) e tambm que um sa-bor agradvel do alimento leva a um

    incremento da capacidade tampo, em rela-o a um sabor menos agradvel.

    CONCLUSOA acidez ou o acar dos diversos ali-

    mentos pouco influenciou os resultados ob-tidos e no impediu a ao da capacidadetampo salivar. Por meio da anlise dos re-sultados obtidos, percebemos que os estmu-los gustativos propiciados pelos alimentos,agradveis ou no, incrementam a capacida-

    de tampo salivar, sendo que o sabor agra-dvel (a quem ingere o alimento) melhora opoder tampo.

    A pior capacidade tampo ocorre quan-do falta estmulo gustativo, quando as pes-soas so indiferentes ou quando elas no sen-tem sabor, como no caso da gua.

    So necessrias outras pesquisas paraaveriguar o papel da dieta na capacidadetampo salivar e relacion-las ao incio e evoluo da crie dentria, j que este foium estudo piloto. preciso, ainda, que a

    amostra seja formada apenas por volunt-rios do sexo masculino, pois a variaohormonal pode influenciar nos estmulosgustativos da mulher.

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