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SALPINGITE

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Page 1: SALPINGITE

Salpingite

Infecção e inflamação dos tubos que ligam o útero aos ovários, chamados de trompas de falópio e que tem como função no aparelho genital feminino levar o óvulo até o útero.A origem, geralmente, é intravaginal na maioria dos casos, sendo que as glândulas endocervicais fornecem um ambiente satisfatório para os micro-organismos como C. trachomatis e N. gonorrhoeae se multiplicarem antes de se disseminarem no sentido das trompas, produzindo endometrite superficial e endossalpingite.A doença ocorre em mulheres jovens, sexualmente ativas, sendo o resultado de uma infecção transmitida por micro-orgnismos.A salpingite é causada frequentemente por bactérias ou vírus com origem na vagina, colo do útero e útero, que ascendem até as trompas. Algumas das possíveis causas são: doença inflamatória pélvica (DIP), doença que afeta todos os órgãos da pélvis, doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a clamídia ou a gonorréia, procedimentos ginecológicos como laparoscopia, colocação de um DIU (dispositivo intra-uterino), biópsia do endométrio ou curetagem, parto, aborto ou interrupção de gravidez, bactérias que estão normalmente presentes na vagina.As pacientes com DIU são especialmente vulneráveis, porque os filamentos transcervicais ajudam no transporte dos agentes patogênicos. A salpingite raramente ocorre antes da menarca, após a menopausa ou durante a gravidez.A inflamação pode ser aguda, quando é súbita e curta duração ou crônica quando se mantém por um longo período de tempo.É responsável, em cerca de 8% a 18% das mulheres, por situações de infertilidade, sendo esta porcentagem tanto maior quanto maior o número de episódios que a mulher teve.As manifestações clínicas da salpingite variam de acordo com a causa e a gravidade. Incluem: corrimento vaginal abundante e com cheiro característico; dor abdominal; náuseas, vômitos e diarréia; hemorragia menstrual anormal; uretrite com disúria; febre, calafrios; dor lombar com irradiação para membros inferiores.O diagnóstico é baseado nos sintomas e na história clínica. Deve realizar-se um exame pélvico ginecológico para pesquisar dor abdominal, corrimento vaginal e edema. Podem ainda ser pedidos alguns exames complementares como: Uma salpingografia; análises ao sangue (pesquisar presença de infecção) e à urina; exame cultural do exsudado vaginal; laparoscopia diagnóstica.O tratamento deve ser precoce e rápido, de modo a prevenir lesões graves e efeitos a longo prazo. Inclui o uso de antibióticos, analgésicos e repouso. Se os sintomas forem muito intensos a terapêutica pode ter que ser administrada por via endovenosa, em internamento hospitalar.Se a mulher tem um DIU, este deve ser retirado quando se inicia a terapêutica antibiótica. Em alguns casos pode ser necessária uma cirurgia para remover o tecido de fibrose ou a própria trompa. Em casos muito graves pode mesmo ser preciso remover o útero, as trompas e os ovários.

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SINAIS E SINTOMASCorrimento vaginal abundante;Cheiro característico;Dor abdominal;Náuseas, vômitos e diarreia;Hemorragia menstrual anormal;Uretrite;Dor ao urinar;Febre;Dor lombar com irradiação para membros inferiores.Geralmente o diagnóstico é feito pelo médico ginecologista, que baseado nos sintomas e na história clínica, deve realizar exame pélvico ginecológico para pesquisar dor abdominal, corrimento vaginal e edema. Poderá usar alguns exames complementares como: sangue, urina, exame de cultura do exsudado vaginal, salpingografia, laparoscopia diagnóstica. SAIBA MAIS:A salpingite é mais frequente nos países em vias de desenvolvimento.Organismos patológicos mais frequentes responsáveis são a clamídia e a gonorreia.A prevenção nem sempre é possível, realizar sexo com preservativo pode diminuir o risco de desenvolver a salpingite.As pessoas com maior risco são mulheres que têm relações sexuais não protegidas ou que têm múltiplos parceiros sexuais.A doença pode evoluir para a cura sem sequelas, ou curar, mas deixar a infertilidade (por bloqueio das trompas).Pode ainda evoluir para uma situação inflamatória crônica.Embora os sintomas possam predominar em um lado, ambas as trompas estão provavelmente afetadas.A infecção tubária produz um corrimento profuso e leva a uma aglutinação das pregas mucosas, aderências e oclusão tubária.A peritonite por disseminação do exsudato para o peritônio pélvico é comum; os ovários tendem a resistir à infecção, mas podem ser invadidos.Consequências possíveis: dor pélvica crônica, infecções pélvicas de repetição, gravidez ectópica.Consulte seu ginecologista sempre que apresentar algum sintoma.