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Informativo Especial 37º Congresso #3 Salvador (BA) Janeiro de 2018 O 37º Congresso do ANDES- -SN aprovou nessa quinta e sexta-feira (25 e 26) diver- sas resoluções das polícas sociais e do plano geral de lutas do Sindicato Nacional para 2018, com o objevo de instrumentalizar a luta da categoria docente. Comissão contra repressão Os delegados aprovaram a cons- tuição de uma comissão do ANDES-SN para acompanhar as denúncias de casos de perseguições, cerceamento da liberdade acadêmica e criminaliza- ções de caráter políco promovidos nos úlmos tempos. Greve dos servidores Os docentes também aprovaram a construção, no ANDES-SN, junto às endades do serviço público e espaços de organização dos servidores, de uma greve dos servidores públicos no primeiro semestre deste ano. Foi rea- firmada ainda a necessidade de uma Greve Geral, a ser construída junto às centrais sindicais e movimentos sociais em plenárias, contra as reformas e por nenhum direito a menos. Políca Sindical O Congresso deliberou também uma série de resoluções que incluem a luta contra o Programa de Desligamen- to Voluntário (PDV) de servidores fede- rais, estaduais e municipais; contra a MP 805/17, que entre outras medidas, ANDES-SN arcula diversas frentes de lutas para 2018 altera a contribuição previdenciária dos servidores públicos federais de 11% para 14%, e os projetos semelhantes aplicados nas esferas estaduais e mu- nicipais; contra o Projeto de Lei 116/17 (complementar), que estabelece regras para demissão de servidores públicos; entre outros. O ANDES-SN realizará, conforme aprovado, um novo curso de formação políca e sindical durante o ano de 2018 com o tema “Universidade, trabalho e movimento docente”. Comissão da Verdade Dentre as deliberações, foi aprovada a realização de um seminário nacional, no 1° semestre de 2018, para debater connuidades e permanências da di- tadura na universidade e sociedade. Ciência e Tecnologia Dentre as ações deliberadas sobre Ciência e Tecnologia (C&T), os delegados aprovaram a construção da unidade de ação com outros movimentos pela recuperação e ampliação do orçamento do complexo público de C&T e contra os retrocessos em curso, incluindo o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e fortalecer o Movimento pela Ciência e Tecnologia Pública (MCTP). A defesa da Dedicação Exclusiva como regime de trabalho preferencial, constante no vencimento básico, e a intensificação do debate sobre o sistema da Capes permanecem como centrais na pauta do plano geral de lutas do ANDES-SN. Para este úlmo tema, foi aprovada a organização de seminá- rios que debatam sua relação com a pesquisa, extensão e pós-graduação, entre outros. Fórum Social Mundial Os docentes decidiram ainda pela parcipação, do ANDES-SN, no Fórum Social Mundial 2018, na Universidade Federal da Bahia, de 13 a 17 de março de 2018, com a- vidades dos grupos de trabalho de Polícas Educacionais (GTPE) e de Ciência e Tecnologia (GTC&T), com o lançamento da Frente Nacional em Defesa das IES Públicas da Bahia, na capital soteropolitana. Seguridade Social e Aposentadoria Foi aprovada a intensificação da luta contra a Proposta de Emenda Constucional 287/2016 e a luta pela construção de uma nova greve geral, tendo em vista a votação da PEC, que deve voltar à pauta do Congresso Nacional, em fevereiro. Serão encaminhadas ações tam- bém no campo jurídico contra a propaganda enganosa do governo federal sobre o déficit da Previdên- cia, contra o fornecimento de dados pessoais, ao sistema financeiro, pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Foi reafirmada a luta histórica do sindi- Greve Geral, III Encontro Nacional de Educação, Conape, Fórum Social Mundial

Salvador (BA) ANDES-SN articula diversas frentes de lutas ...portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-inf-1605227349.pdf · Constitucional 287/2016 e a luta pela construção de

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Informativo Especial37º Congresso #3

Salvador (BA)Janeiro de 2018

O 37º Congresso do ANDES--SN aprovou nessa quinta e sexta-feira (25 e 26) diver-sas resoluções das políticas

sociais e do plano geral de lutas do Sindicato Nacional para 2018, com o objetivo de instrumentalizar a luta da categoria docente.

Comissão contra repressãoOs delegados aprovaram a consti-

tuição de uma comissão do ANDES-SN para acompanhar as denúncias de casos de perseguições, cerceamento da liberdade acadêmica e criminaliza-ções de caráter político promovidos nos últimos tempos.

Greve dos servidoresOs docentes também aprovaram

a construção, no ANDES-SN, junto às entidades do serviço público e espaços de organização dos servidores, de uma greve dos servidores públicos no primeiro semestre deste ano. Foi rea-firmada ainda a necessidade de uma Greve Geral, a ser construída junto às centrais sindicais e movimentos sociais em plenárias, contra as reformas e por nenhum direito a menos.

Política SindicalO Congresso deliberou também

uma série de resoluções que incluem a luta contra o Programa de Desligamen-to Voluntário (PDV) de servidores fede-rais, estaduais e municipais; contra a MP 805/17, que entre outras medidas,

ANDES-SN articula diversas frentes de lutas para 2018

altera a contribuição previdenciária dos servidores públicos federais de 11% para 14%, e os projetos semelhantes aplicados nas esferas estaduais e mu-nicipais; contra o Projeto de Lei 116/17 (complementar), que estabelece regras para demissão de servidores públicos; entre outros.

O ANDES-SN realizará, conforme aprovado, um novo curso de formação política e sindical durante o ano de 2018 com o tema “Universidade, trabalho e movimento docente”.

Comissão da VerdadeDentre as deliberações, foi aprovada

a realização de um seminário nacional, no 1° semestre de 2018, para debater continuidades e permanências da di-tadura na universidade e sociedade.

Ciência e TecnologiaDentre as ações deliberadas sobre

Ciência e Tecnologia (C&T), os delegados aprovaram a construção da unidade de ação com outros movimentos pela recuperação e ampliação do orçamento do complexo público de C&T e contra os retrocessos em curso, incluindo o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e fortalecer o Movimento pela Ciência e Tecnologia Pública (MCTP).

A defesa da Dedicação Exclusiva como regime de trabalho preferencial, constante no vencimento básico, e a intensificação do debate sobre o sistema da Capes permanecem como centrais

na pauta do plano geral de lutas do ANDES-SN. Para este último tema, foi aprovada a organização de seminá-rios que debatam sua relação com a pesquisa, extensão e pós-graduação, entre outros.

Fórum Social MundialOs docentes decidiram ainda

pela participação, do ANDES-SN, no Fórum Social Mundial 2018, na Universidade Federal da Bahia, de 13 a 17 de março de 2018, com ati-vidades dos grupos de trabalho de Políticas Educacionais (GTPE) e de Ciência e Tecnologia (GTC&T), com o lançamento da Frente Nacional em Defesa das IES Públicas da Bahia, na capital soteropolitana.

Seguridade Social e Aposentadoria Foi aprovada a intensificação da

luta contra a Proposta de Emenda Constitucional 287/2016 e a luta pela construção de uma nova greve geral, tendo em vista a votação da PEC, que deve voltar à pauta do Congresso Nacional, em fevereiro.

Serão encaminhadas ações tam-bém no campo jurídico contra a propaganda enganosa do governo federal sobre o déficit da Previdên-cia, contra o fornecimento de dados pessoais, ao sistema financeiro, pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Foi reafirmada a luta histórica do sindi-

Greve Geral, III Encontro Nacional de Educação, Conape, Fórum Social Mundial

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EXPEDIENTEO Informandes é uma publicação do ANDES-SN // site: www.andes.org.br // e-mail: [email protected] // Diretores responsáveis: Cláudio Ribeiro e Luís Eduardo Acosta // Redação: Renata Maffezoli, Bruna Yunes, Liana Coll (Adufpel SSind.).Edição: Renata Maffezoli // Diagramação: Renata Maffezoli // Fotos: Imprensa ANDES-SN e Seções Sindicais

Atendendo a uma necessidade dos pais e mães congres-sistas, o 37º Congresso do ANDES-SN organizou um

espaço de convivência para os pe-quenos. Cerca de 10 crianças passam por ele todos os dias. Lá desenvolvem atividades lúdicas e podem descansar, além de contarem com uma alimen-tação pensada especialmente para o seu desenvolvimento.

Em conversa com os monitores do espaço, a equipe conta que no local as crianças têm vivências, pintura, leitura e hora do conto. Há também um espaço de descanso. Os monitores ressaltam que procuram fazer com que haja uma atividade expressiva para o mundo da criança, para que estejam bem acomodados, enquanto os pais e mães estão no Congresso.

Os seis monitores são estudantes e utilizam suas as áreas de estudo para realizar atividades significativas com as crianças. Para a equipe, as crianças

37º Congresso do ANDES-SN conta com espaço de convivência infantil

estão demonstrando gostar muito do espaço. Além disso, a interação entre todos é ressaltada, apesar de possuírem idades diversas.

Uma das organizadoras do 37º Congresso, a docente Salete Vieira, explica que o local foi pensado para crianças de dois a 12 anos de idade. “As atividades foram planejadas para que a cada dia, a cada turno, as crian-ças tenham atividades diferentes para cada faixa etária. Tudo feito com muito carinho pelos monitores e sob a super-

visão de uma pedagoga”. A recreação funciona em um espaço cedido pelo Departamento de Ciências da Vida.

A realização de espaços infantis nas atividades do ANDES-SN foi uma deli-beração do 34º Congresso, em 2015, quando se expressou a necessidade e importância de viabilizar que pais e mães possam participar dos eventos. Dessa forma, conforme a deliberação, a responsabilidade para com os seus filhos não se torna mais impeditiva para a participação das atividades.

cato pela integralidade e paridade dos docentes aposentados.

O Sindicato Nacional realizará tam-bém uma oficina sobre a Ebserh, com a produção de um dossiê que detalhará a situação dos Hospitais Universitários geridos pela empresa.

Os delegados aprovaram também a luta pela federalização do Hospital São Paulo, vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), gerido atualmente pela SPDM. A proposta aprovada estabelece que o HU, como hospital-escola da universidade, seja público, estatal, sem adesão à Ebserh, e a realização de concurso público pelo RJU para a composição do seu quadro de funcionários e que somente atue no atendimento da população exclusi-vamente pelo SUS.

Política EducacionalPara intensificar a luta contra os

ataques à Educação Pública em todos os níveis, o ANDES-SN continuará em-

penhando esforços políticos e financei-ros para a construção do III Encontro Nacional de Educação (ENE), buscando o fortalecimento e ampliação da Co-nedep, com a realização de encontros regionais e estaduais preparatórios, com participação de expressiva delegação do ANDES-SN.

Os delegados também deliberaram por ampliar as ações de denúncia das práticas de precariedade do trabalho dos docentes que atuam na Educação à Distância (EaD). Foi feita a recomen-dação para o GTPE de promover o estudo e debate sobre a pedagogia da alternância como forma de ingresso dos segmentos da classe trabalhadora no ensino superior.

Também foi deliberarado sobre a continuidade da luta pela revogação da contrarreforma do Ensino Médio e contra a Base Nacional Curricular, entre outros ataques à Educação Pública.

Após longo debate sobre a Conape e

como se daria a participação do Sindica-to Nacional e com várias intervenções críticas ao Plano Nacional de Educação (PNE) do governo federal – defendido por algumas das entidades que constro-em a Conape -, foi aprovada “participar, defendendo os princípios e posições do ANDES-SN e organizando interven-ções políticas, via seções sindicais e secretarias regionais e em articulação com demais entidades da Conedep, da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), que acontecerá em 2018. Durante estas participações e intervenções, divulgar os materiais do ANDES-SN; distribuir nota da Conedep expondo o projeto de educação pública defendido por essas entidades; divulgar e convocar os presentes a participarem de todas as etapas do III ENE”. O 37º Con-gresso deliberou ainda pela elaboração de uma nota política crítica à forma de organização da Conape e sua defesa do PNE privatista.

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37º Congresso/2018 3

Maria Lúcia Werneck - Adufrj SSind.

“Eu estou achando o con-gresso bastante organizado. Todos os participantes estão tendo a oportunidade de emitir suas opiniões. Minha expectativa é que, no próxi-mo processo eleitoral, haja uma renovação da diretoria nacional para que a demo-cracia se aprofunde no nosso universo docente”.

Manuela Cordeiro – Sesduf-RR SSind.

“As minhas impressões, até o momento, são as melhores possíveis. Tanto o Regimento quanto os textos de resolu-ção são discutidos, de fato, em conjunto. Assim como as discussões dos grupos de trabalho, que possibilitaram o debate com professores do país inteiro sobre temas que afetam a carreira docente”.

Guinter Tlaija Leipnitz – Sesunipampa SSind.

“É muito importante para nós entender o funcionamen-to do sindicato, a construção pela base e como ele é pau-tado pelo movimento. Leva-remos para a nossa seção, o aprendizado e as dinâmicas do Congresso para fortalecer a nossa luta e participar mais efetivamente nos próximos congressos".

Rosineide Freiras – Asduerj SSind.

“É um espaço importante para encontrarmos professo-res com diferentes referên-cias e leituras sobre a reali-dade do país, da carreira do-cente, e das universidades. Também é importante para conhecer como se estrutura o ANDES-SN e a forma que podemos contribuir para que a luta se fortaleça”.

Antônio Costa Gomes Filho – Adunicentro SSind.

"É bastante interessante a questão do processo demo-crático, com a possibilidade de discussões, independente da corrente partidária, e com a interação com as outras se-ções sindicais. No Congresso, conseguimos alinhar os dis-cursos, pois a análise da con-juntura nacional não é muito diferente nos estados”.

João Huguenin, UFG, oposição à Adufg

"A participação no Congres-so está sendo bem importan-te para mim como professor e cidadão, para reconhecer os processos que configuram a nossa carreira, a condição de trabalho e tudo mais. O fato da minha seção sindical não promover esse tipo de debate nos deixa restrito a algumas informações”.

Henrique Saldanha – Ufba oposição à Apub

“Estou impressionado com o tamanho do Congresso e com a diversidade de opini-ões. Entre muitos debates, aprovamos resoluções im-portantes, como a constru-ção da greve unificada dos servidores públicos federais, estaduais e municipais rumo à greve geral para barrar as contrarreformas”

Celso de Jesus Silva – Aduneb SSind.

“Fazemos parte de uma categoria que tem pautas e discussões sobre um projeto de universidade que são per-tinentes. Por conta da militân-cia pela Aduneb, eu aproveitei parte de minhas férias para me dedicar ao aprofunda-mento de certas questões e o melhor local para isso é o Congresso”.

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37º Congresso/20184

Para organizar, defender e ex-pandir a luta sindical, o ANDES--SN lançou nesta sexta-feira (25), antes da continuação da

Plenária II “Políticas sociais e Plano Geral de Lutas” do 37° Congresso, a campanha de sindicalização “Diversas vozes, uma só luta", que tem como principal objetivo dialogar com os docentes ingressantes, nos últimos anos, nas instituições de ensino su-perior (IES) do país.

Caroline Lima, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN e uma das coordenadoras da campanha, afirmou que a iniciativa partiu após uma pesquisa realizada em diversas instituições federais, estaduais e municipais do país, no final de 2016 e durante o ano de 2017.

“Queríamos saber da nossa base quais motivos para se sindicalizar e o porquê que não é sindicalizado. Com os resultados da pesquisa, percebe-mos a diversidade que compõe a nossa categoria e, a partir disso, montamos

ANDES-SN lança campanha de sindicalizaçãoa campanha”, contou Caroline.

A diversidade da categoria docente é refletida nos materiais. O conjunto das peças publicitárias destaca a im-portância do sindicato na defesa, ao longo de toda sua história, dos direitos dos docentes, da luta contra as opres-sões, o assédio e todos os ataques à classe trabalhadora. “Procure sua seção sin-dical e lute conosco. O ANDES-SN se faz pela base” e “Não tem voz no departamento? O ANDES-SN combate o assédio moral” são alguns dos textos das peças.

Para Caroline, além de organizar a luta, a campanha aproximará ainda mais o Sindicato Nacional da sua base. “Existem professores que ingressaram na carreira nos últimos

anos que sequer conhecem a fundo o ANDES-SN. Ele consegue identificar a seção sindical, mas não consegue visualizar o Sindicato Nacional. Então, percebemos a necessidade de dialogar com a nossa base e de se aproximar dessa categoria para fortalecer a luta do movimento docente”, concluiu.

Durante o 37º Congresso do ANDES--SN, foram lançados os documentários “Narrativas Docentes: memória e resistência negra” e “Narrativas Do-centes: memória e resistência LGBT”. As produções em audiovisual abordam as experiências de docentes militantes nestas temáticas, registrando suas trajetórias, resistências e lutas no combate às opressões vivenciadas dentro e fora das instituições de en-sino às quais estão vinculados.

Conforme explica Caiuá Al-Alam, um dos coordenadores do Grupo de Políticas de Classe para Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversida-de Sexual (GTPCEGDS), as produções buscam visibilizar as trajetórias da militância LGBT e de negros e negras.

“Estes lugares de fala possuem di-ferentes visões sobre a universidade e enfrentaram diferentes lutas nesse período todo. Para nós, é muito impor-

tante porque com os documentários damos dois saltos: monumentalizamos essas pautas que são fundamentais para a luta classista e ao mesmo tem-po registramos esses companheiros e companheiras que construíram o sindicato”, avalia.

Fortalecendo o debatePara Quelli Rocha, da Associação

dos Docentes da UFMT (Adufmat Seção Sindical do ANDES-SN) e uma das entrevistadas para o “Narrativas Docentes: memória resistência LGBT”, a produção demarca um processo de resistência, em uma conjuntura extremamente perversa. “Toda polí-tica pública no Brasil se dá à base de resistência e organização da classe trabalhadora”, afirma. A professora também pontua que o documentário dá voz à memória de parte da catego-ria que constitui o sindicato, e que é parte da classe trabalhadora, a qual

tem orientação sexual, identidade de gênero e tem raça.

Francisco Vitória, da Associação dos Docentes da UFPel (ADUFPel-SSind), entrevistado para o “Narrativas Do-centes: memória e resistência negra” explica a importância de fortalecer os debates e visibilizar a trajetória de re-sistência destes militantes. “Nós temos uma mesma condição profissional, mas não temos uma mesma história. Mesmo dentro dos nossos locais de trabalho a gente ainda sofre discri-minação, somos colocados de lado. Trazendo essa informação para dentro do conjunto movimento, pode ser que as pessoas parem para conversar mais sobre isso. Assim, os debates passam a sair do superficial”, ressalta.

Os documentários lançados no 37º Congresso do ANDES-SN estão disponível no site e nas redes sociais do Sindicato Nacional.

Documentários contam história da militância docente LGBT e étnico-racial