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Crises do Capitalismo, Estado e Desenvolvimento Regional Santa Cruz do Sul, RS, Brasil, 4 a 6 de setembro de 2013 SALVAGUARDAS SOCIAIS E AMBIENTAIS DO SISTEMA ESTADUAL DE INCENTIVOS A SERVIÇOS AMBIENTAIS: RELATO DA EXPERIÊNCIA NO ACRE Ayri Saraiva Rando 1 Markus Erwin Brose 2 Frank Oliveira Arcos 3 Resumo: O Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais do Acre SISA é considerado inovador e pioneiro por englobar diversos tipos e classes de serviços ambientais, além dos princípios presentes em sua legislação. Um dos seus diferenciais é a questão da implantação das suas salvaguardas socioambientais, as quais correspondem aos padrões sociais e ambientais de REDD+ da Iniciativa Internacional CCBA. A problemática deste artigo é a pequena quantidade de publicações referentes ao processo de implementação de tais padrões, que influencia no acesso às informações deste processo. Portanto, o objetivo geral do mesmo é socializar ao público uma sistematização pertinente ao processo de implementação citado. Para isso, os métodos utilizados são a pesquisa bibliográfica e o levantamento documental. Em relação aos resultados esperados, referem-se à publicação de documentos pertinentes à consulta dos indicadores acrianos e à publicação do manual para monitoramento das salvaguardas no SISA. . Palavras-chave: SISA. Salvaguardas. Padrões Sociais e Ambientais de REDD+. 1. INTRODUÇÃO O uso de instrumentos econômicos na gestão ambiental e na política ambiental, como os mecanismos de Compensações por Serviços Ambientais - CSA, é uma oportunidade de promover a política ambiental mista de comando e controle. O número crescente de iniciativas de CSA e de Pagamentos por Serviços Ambientais PSA demonstra a relevância destas mesmas em busca de sanar parte das externalidades negativas do modo de produção e de consumo da economia capitalista, externalidades estas, representadas pela poluição ambiental e degradação dos serviços ambientais disponíveis. 1 - Engenheiro Ambiental, Mestrando em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente na Universidade Federal do Acre, consultor da CARE Brasil no Acre e analista ambiental da empresa Floresta Desenvolvimento de Projetos / [email protected] 2 - Doutor em Sociologia, foi Diretor da CARE Brasil e atualmente é Diretor Executivo da empresa Floresta Desenvolvimento de Projetos / [email protected] 3 - Professor Assistente do Curso de Geografia da Universidade Federal do Acre, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente MDR/UFAC / [email protected]

SALVAGUARDAS SOCIAIS E AMBIENTAIS DO SISTEMA … · Resumo: O Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais do Acre – SISA é considerado inovador e pioneiro por englobar

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Crises do Capitalismo, Estado e Desenvolvimento Regional

Santa Cruz do Sul, RS, Brasil, 4 a 6 de setembro de 2013

SALVAGUARDAS SOCIAIS E AMBIENTAIS DO SISTEMA ESTADUAL DE INCENTIVOS A SERVIÇOS AMBIENTAIS:

RELATO DA EXPERIÊNCIA NO ACRE

Ayri Saraiva Rando1 Markus Erwin Brose2 Frank Oliveira Arcos3

Resumo: O Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais do Acre – SISA é

considerado inovador e pioneiro por englobar diversos tipos e classes de serviços ambientais, além dos princípios presentes em sua legislação. Um dos seus diferenciais é a questão da implantação das suas salvaguardas socioambientais, as quais correspondem aos padrões sociais e ambientais de REDD+ da Iniciativa Internacional CCBA. A problemática deste artigo é a pequena quantidade de publicações referentes ao processo de implementação de tais padrões, que influencia no acesso às informações deste processo. Portanto, o objetivo geral do mesmo é socializar ao público uma sistematização pertinente ao processo de implementação citado. Para isso, os métodos utilizados são a pesquisa bibliográfica e o levantamento documental. Em relação aos resultados esperados, referem-se à publicação de documentos pertinentes à consulta dos indicadores acrianos e à publicação do manual para monitoramento das salvaguardas no SISA. . Palavras-chave: SISA. Salvaguardas. Padrões Sociais e Ambientais de REDD+.

1. INTRODUÇÃO

O uso de instrumentos econômicos na gestão ambiental e na política ambiental,

como os mecanismos de Compensações por Serviços Ambientais - CSA, é uma

oportunidade de promover a política ambiental mista de comando e controle.

O número crescente de iniciativas de CSA e de Pagamentos por Serviços

Ambientais – PSA demonstra a relevância destas mesmas em busca de sanar parte

das externalidades negativas do modo de produção e de consumo da economia

capitalista, externalidades estas, representadas pela poluição ambiental e degradação

dos serviços ambientais disponíveis.

1 - Engenheiro Ambiental, Mestrando em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente na Universidade Federal do Acre, consultor da CARE Brasil no Acre e analista ambiental da empresa Floresta Desenvolvimento de Projetos / [email protected] 2 - Doutor em Sociologia, foi Diretor da CARE Brasil e atualmente é Diretor Executivo da empresa Floresta Desenvolvimento de Projetos / [email protected] 3 - Professor Assistente do Curso de Geografia da Universidade Federal do Acre, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente – MDR/UFAC / [email protected]

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A Lei No 2.308, de 22 de outubro de 2010 cria o Sistema Estadual de Incentivos

a Serviços Ambientais - SISA, o Programa de Incentivos por Serviços Ambientais - ISA

Carbono e demais Programas de Serviços Ambientais e Produtos Ecossistêmicos do

Estado do Acre .

Esta política pública possibilita a implantação do mecanismo de Redução das

Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal - REDD+, que é um exemplo de

mecanismo de compensações por serviços ambientais, relativo à absorção, ao fluxo e

ao estoque de carbono, o qual tem grande potencial na Amazônia devido à floresta

tropical existente e ainda conservada em vastas áreas deste bioma.

Conforme GTA et. al. (2010), os mecanismos de REDD+ possuem riscos e

oportunidades, destacando-se entre os riscos de REDD+, a falta de garantias da

participação dos povos indígenas e comunidades tradicionais na construção,

implementação e avaliação de políticas e projetos de REDD+, além da perspectiva de

compensar apenas aqueles que historicamente são responsáveis pelo desmatamento

e não aqueles que vêm conservando as florestas historicamente.

Entretanto, em relação às oportunidades destacam-se: frear o desmatamento e

diminuir as emissões de Gases de Efeito Estufa - GEE a ele associadas; combater o

aquecimento global e a um menor custo; promover incentivos à conservação da

biodiversidade; garantir a proteção aos direitos dos Povos Indígenas e Comunidades

Tradicionais que vivem nestas florestas e dela dependam para sobreviver; melhorar as

condições socioeconômicas dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais,

valorizando seu papel de agentes históricos que tem significativamente contribuído

para a conservação da floresta em pé (GTA et. al, 2010).

As salvaguardas sociais e ambientais de REDD+ surgem justamente para

minimizar os riscos e potencializar as oportunidades deste tipo de mecanismo.

Moss e Nussbaum (2011) destacam que o termo “salvaguardas” refere-se à

necessidade de proteção contra riscos e danos sociais e ambientais. Tal termo é

frequentemente usado para medidas, bem como políticas e procedimentos destinados

a evitar resultados indesejados de ações ou programas. Portanto, a aplicação das

salvaguardas socioambientais pode ser uma política efetiva de gestão de riscos, pois

elas visam garantir que as questões sociais e ambientais sejam avaliadas na tomada

de decisão, apoiam tal avaliação e a redução dos riscos, e fornecem um mecanismo

de consulta e divulgação de informações.

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Os padrões sociais e ambientais de REDD+ da Iniciativa Internacional Climate,

Community, Biodiversity Alliance – CCBA são as salvaguardas do SISA, em

implementação no Acre.

Segundo o guia de implementação destes padrões CCBA, as etapas previstas

incluem publicação de documentos, o que promove o acesso às informações deste

processo e, consequentemente, uma maior participação por parte dos atores

interessados.

Portanto, a problemática em questão neste artigo é a pequena quantidade de

publicações referentes ao processo de implementação dos padrões sociais e

ambientais de REDD+ no Acre, que influencia no acesso às informações deste

processo e pode limitar a participação dos atores interessados em desenhar e

executar projetos no SISA, respeitando as salvaguardas de tal política pública.

Neste sentido, o objetivo geral deste artigo é socializar ao público uma

sistematização do processo em curso.

2. MATERIAL E MÉTODO

Este artigo utiliza-se da pesquisa bibliográfica e do levantamento documental

referente aos relatórios, às apresentações realizadas em eventos, aos resultados de

consultas públicas e às memórias das atividades executadas pelo projeto de testes

dos padrões sociais e ambientais de REDD+ junto ao Programa ISA Carbono e pelo

projeto de institucionalização dos padrões sociais e ambientais de REDD+ no SISA,

executados em parceria do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços

Ambientais do Acre – IMC com a ONG CARE Brasil.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. A POLÍTICA AMBIENTAL E O USO DE INSTRUMENTOS

ECONÔMICOS

Lustosa et al. (2003) definem política ambiental como o conjunto de metas e

instrumentos que buscam a redução dos impactos negativos da ação antrópica sobre

o ambiente. Comentam também que, desde as primeiras manifestações de

degradação ambiental, percebeu-se a necessidade da intervenção estatal no sentido

de mediar e resolver os conflitos daí resultantes. Em linhas gerais, estas

manifestações, no mundo desenvolvido, são apresentadas em três fases:

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- A primeira fase estendeu-se desde o fim do século XIX até o período anterior à

Segunda Guerra Mundial, tendo como forma preferencial de intervenção estatal a

disputa em tribunais, onde as vítimas das externalidades negativas ambientais entram

em juízo contra os agentes poluidores ou devastadores, sendo este um processo

altamente custoso devido ao tempo de resolução dos litígios e devido aos fatores

monetários.

- A passagem progressiva para a segunda fase, inicia-se aproximadamente na década

de 1950, a qual foi denominada política de comando e controle, assumindo duas

características muito definidas: a imposição, pela autoridade ambiental, de padrões de

emissão incidentes sobre a produção final do agente poluidor ou sobre o nível de

utilização de um insumo básico do mesmo; e a determinação da melhor tecnologia

disponível para abatimento da poluição e cumprimento do padrão de emissão.

- Atualmente, os países desenvolvidos encontram-se em uma terceira etapa da política

ambiental, a qual chama-se de política mista de comando e controle. Nesta

modalidade de política ambiental, os padrões de emissão passam a ser instrumentos

de uma política que usa diversas alternativas e possibilidades para o cumprimento de

metas acordadas socialmente. Assim, a adoção dos padrões de qualidade dos corpos

receptores é feita progressivamente em busca do cumprimento das metas de política e

a adoção de instrumentos econômicos é feita em caráter complementar aos padrões

mencionados, induzindo os agentes a combaterem a poluição e a moderarem o uso

dos recursos naturais.

Conforme Santos (2003), a cobrança pelo uso da água trata da aplicação do

princípio poluidor-pagador, ampliando tal princípio para usuário-pagador, dentro do

sistema de gestão de recursos hídricos, o que permite um maior disciplinamento do

uso múltiplo da água.

Born e Talocchi (2002) comentam que o debate sobre instrumentos econômicos

na gestão e na política ambiental relaciona-se ainda às formulações pertinentes aos

princípios do poluidor-pagador, usuário-pagador, ou como formas de compensação

por desenvolvimento industrial ou agropecuário que deixa de ocorrer e não

necessariamente pelo conceito mais amplo de Compensações por Serviços

Ambientais.

Após citações feitas neste capítulo, fica evidente a demanda pelo uso de

instrumentos econômicos nas políticas ambientais brasileiras para implantação de

uma política mista de comando e controle. Neste sentido, os mecanismos de

Compensações por Serviços Ambientais podem cobrir esta lacuna.

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O desenho e a implantação de políticas públicas de compensações por serviços

ambientais é uma oportunidade de promover o uso de instrumentos econômicos na

gestão e na política ambiental e de incentivar formulações de políticas pautadas no

princípio do provedor ou protetor-recebedor que, consequentemente, fomenta uma

política ambiental mista de comando e controle.

3.2. MECANISMOS DE COMPENSAÇÕES POR SERVIÇOS AMBIENTAIS

Born e Talocchi (2002) definem serviços ambientais como a capacidade da

natureza em continuar reproduzindo e mantendo as condições ambientais originais.

Guedes e Seehusen (2011) consideram que os serviços ambientais englobam os

serviços proporcionados ao ser humano tanto por ecossistemas naturais quanto pelos

serviços providos por ecossistemas manejados diretamente pelo homem.

Praticamente todos os mecanismos de CSA e/ou de Pagamentos por Serviços

Ambientais - PSA existentes compreendem serviços ambientais associados a uma das

quatro categorias distintas representadas pela retenção ou captação de carbono;

conservação da biodiversidade; conservação de serviços hídricos e conservação de

beleza cênica (WUNDER et al., 2008).

Os instrumentos de CSA podem ser conceituados como sendo a transferência

de recursos ou benefícios da parte que se beneficia com a provisão destes serviços

para a parte que ajuda a prover e manter os serviços em questão, sendo o princípio

orientador de tal relação o chamado princípio do protetor-recebedor (BORN;

TALOCCHI, 2002), por exemplo, o sobrepreço para madeira certificada ou produtos de

agricultura orgânica.

Embora a ideia esteja muito vinculada à possibilidade de mobilização de

recursos financeiros ou à criação de mercado e livre compra e venda de “direitos”,

levando ao uso frequente da expressão Pagamentos por Serviços Ambientais – PSA e

Mercados de Serviços Ambientais, acredita-se que os instrumentos de CSA podem ir

além da perspectiva de mera ferramenta econômica (BORN; TALOCCHI, 2002).

Segundo Wunder et al. (2008), PSA é uma transação voluntária, na qual um

serviço ambiental bem definido ou um uso da terra que possa assegurar este serviço é

comprado por, pelo menos, um comprador, de, pelo menos, um provedor sob a

condição de que o provedor garanta a provisão deste serviço.

Ortiz (2003) enfatiza a existência de valores associados aos bens ou recursos

ambientais, os quais podem ser valores morais, éticos ou econômicos e menciona que

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todo recurso ambiental tem um valor intrínseco que, por definição, é o valor que lhe é

próprio, interior, inerente ou peculiar. Entretanto, do ponto de vista econômico, o valor

relevante de um recurso ambiental é aquele valor importante para a tomada de

decisão, ou seja, para um economista o valor econômico de um recurso ambiental é a

contribuição do recurso para o bem estar social.

Portanto, a valoração econômica ambiental avalia o valor econômico de um

recurso ambiental por meio da determinação do que é equivalente, em termos de

outros recursos disponíveis na economia, que a sociedade estaria disposta a abrir

mão de maneira a obter uma melhoria de qualidade ou quantidade do recurso

ambiental (ORTIZ, 2003).

Para Wunder et al. (2008), os PSA internacionais são medidas para o

desmatamento evitado REDD. Recursos internacionais que viabilizam REDD

poderiam financiar pagamentos diretos em âmbito local, ficando uma parte aos

governos para reforçar mecanismos de comando e controle com o uso de

instrumentos econômicos, de forma a assegurar a conservação ambiental em áreas

com baixa governança e visando repartição justa de benefícios.

Segundo os mesmos autores, a política ambiental na Amazônia brasileira tem se

apoiado em instrumentos de comando e controle e que os índices de desmatamento

continuam altos apesar da rígida legislação.

Portanto, para Wunder et. al. (2008):

A proposta de PSA traz duas inovações em relação à política de conservação e uso sustentável da floresta amazônica. Primeiramente, os esquemas de PSA têm um alto potencial de se auto fiscalizarem devido à participação ser voluntária e os pagamentos poderem ser reduzidos ou eliminados, caso seja detectado o não cumprimento do contrato por parte do provedor. Segundo, os PSA não diminuem a renda dos provedores de serviços ambientais, pelo contrário, podem resultar em provável aumento de renda destes provedores.

Conforme Santay (2012), algumas experiências de PSA na América Latina

podem ser destacadas, entre as quais: Projeto de Carbono Suruí, Brasil; Corredor de

Conservação Chocó-Darién, Colômbia; Sequestro de Carbono em Comunidades

Indígenas e Rurais em Oaxaca, México; Sequestro de Carbono em Comunidades de

Pobreza Extrema na Serra Gorda, México; Fundo Ambiental para a Proteção das

Bacias e Água, Equador; Experiências em Acordos Recíprocos Ambientais da Bolívia -

o caso da Água, Bolívia.

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Há várias iniciativas referentes a mecanismos de CSA no Brasil, entre elas:

Programa Bolsa Floresta do Estado do Amazonas; Redução das Emissões do

Desmatamento e da Degradação (REDD) no Mato Grosso; Lei Chico Mendes do

Estado do Acre (Lei No 1.277, de 13/01/99); Imposto Ecológico sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços, chamado de ICMS Ecológico; e o Programa Produtor de Água

da Agência Nacional de Águas – ANA (HERCOWITZ et al., 2009).

Em relação aos programas brasileiros centrados em carbono, Pagiola et al.

(2012) enfatizam o Programa Carbono Seguro na microbacia do ribeirão dos Macacos,

localizada entre os municípios de Lorena e Guaratinguetá, no estado de São Paulo; o

Programa do Corredor Ecológico Monte Pascoal – Pau Brasil na região da bacia do rio

Caraíva e seu entorno, no extremo sul da Bahia; o Projeto de Conservação e Uso

Sustentável da Biodiversidade do Noroeste do Mato Grosso; o Sistemas de Créditos

de Conservação dos Corredores Ecológicos Chapecó e Timbó, localizados na região

oeste e no planalto norte, respectivamente, do estado de Santa Catarina; e o Projeto

Piloto de REDD no município de Cotriguaçu, estado do Mato Grosso.

O Programa Bolsa Floresta do Estado do Amazonas, o Programa Produtores de

Água do Espírito Santo, o Programa Bolsa Verde de Minas Gerais, e o Programa

Piloto Mina d’Água de São Paulo são programas estaduais de PSA no Brasil

(PAGIOLA et. al., 2012).

Considerando a quantidade de experiências desenvolvidas e em

desenvolvimento no mundo, percebe-se a relevância do uso dos mecanismos de

compensações por serviços ambientais como instrumento econômico na gestão e na

política ambiental de diversos estados e países, que frisa a implantação de políticas

ambientais mistas de comando e controle na tentativa de sanar parte dos problemas e

impactos ambientais.

No Acre, a Lei Estadual No 2.308, de 22 de outubro de 2010, cria o Sistema

Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais do Acre - SISA, o Programa de

Incentivos a Serviços Ambientais Carbono do Acre – Programa ISA Carbono e demais

Programas de Serviços Ambientais e Produtos Ecossistêmicos do Estado do Acre.

O SISA inclui princípios e possui uma arquitetura institucional que possibilita ao

estado criar elos com mercados emergentes de serviços ambientais (IPAM, 2012).

O diferencial do estado do Acre é a sua jurisdição aprovada, pertinente ao SISA,

a qual aborda um sistema geral que engloba vários tipos e diversas classes de

serviços ambientais, sendo o Programa ISA Carbono, que inclui a possibilidade de

projetos e planos de REDD+, o que encontra-se em estágio mais avançado. Outro

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diferencial do Programa ISA Carbono e do SISA é o processo de implementação das

salvaguardas sociais e ambientais de REDD+, que corresponde ao processo de

implantação dos padrões sociais e ambientais de REDD+ da Iniciativa Internacional

CCBA.

3.3. SISTEMA ESTADUAL DE INCENTIVOS A SERVIÇOS AMBIENTAIS DO ACRE

Conforme a lei do SISA, o objetivo deste sistema é fomentar a manutenção e a

ampliação da oferta dos seguintes serviços e produtos ecossistêmicos: o sequestro, a

conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a diminuição do fluxo de

carbono; a conservação da beleza cênica natural; a conservação da

sociobiodiversidade; a conservação das águas e dos serviços hídricos; a regulação do

clima; a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico; e a

conservação do solo.

A Lei No 2.308/2010 cria também o Programa ISA Carbono, que é vinculado à

redução de emissões de gases de efeito estufa oriunda de desmatamento e

degradação, ao fluxo de carbono, ao manejo florestal sustentável e à conservação,

manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal (REDD+). Este programa

tem como objetivo geral promover a redução progressiva, consistente e de longo prazo

das emissões de gases de efeito estufa com vistas ao alcance da meta voluntária

estadual de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal.

IPAM (2012) ressalta que o Programa ISA Carbono está sendo desenhado para

promover a redução de emissões baseado em um sistema de compensação que paga

pelo desempenho do estado, indo da regulamentação de sistemas “Cap-and-Trade”

entre estados às iniciativas de larga escala com o setor privado.

Segundo IPAM (2012):

Ao invés de um mercado global de carbono unificado, que parecia ser uma possibilidade real antes de Copenhague, vários tipos de mercados de carbono estão sendo desenvolvidos, sendo o impacto destes mercados, no longo prazo, dependente da compatibilidade e conexão entre eles. Estas conexões estão sendo desenvolvidas em diversos níveis. Um dos mercados mais proeminentes é resultado da política climática da Califórnia. Esta política, denominada AB32, prevê que entidades reguladas possam atingir uma parte de suas reduções de emissões de GEE usando créditos internacionais de carbono, os quais poderiam ser disponibilizados pelo Programa ISA Carbono do Acre.

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No Brasil, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro também têm políticas

climáticas que demandam créditos de carbono, os primeiros acordos com Acre foram

assinados em início de 2013. Outras políticas climáticas, como as da Austrália, Nova

Zelândia, Coreia do Sul e China estão criando demanda por créditos de carbono

florestal. A demanda por reduções de emissões decorrentes de programas de REDD+

também pode emergir fora dos mercados regulados. Alguns acordos liderados pela

Noruega, de “pagamento por desempenho”, já foram estabelecidos com Brasil (U$1

bilhão para Fundo Amazônia), Indonésia (U$1 bilhão) e Guiana (U$0,25 bilhão).

Nestes acordos, o dinheiro é disponibilizado conforme a redução do desmatamento é

comprovada (IPAM, 2012).

Ainda de acordo com IPAM (2012), o Estado do Acre tem potencial de ser o

primeiro a oferecer créditos de REDD+ para estes mercados emergentes pagos por

desempenho e para os mercados voluntários de carbono. Algumas das inovações

institucionais e estruturas legais necessárias para a criação de um programa

jurisdicional de REDD+ já foram feitas. Enfatiza-se também que o Acre é um dos

integrantes de um memorando de entendimento com o Estado da Califórnia (assim

como Chiapas, no México) para ser um dos primeiros estados a participar no sistema

de “Cap-and-Trade” daquele estado. (IPAM, 2012).

3.4. REDUÇÃO DAS EMISSÕES DO DESMATAMENTO E DA DEGRADAÇÃO FLORESTAL, DE CONSERVAÇÃO, DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL E DE AUMENTO DOS ESTOQUES DE CARBONO - REDD+

De acordo com Parker et al. (2009), a ideia básica da Redução de Emissões por

Desmatamento e Degradação (REDD) é simples: os países que estão dispostos e em

condições de reduzir as emissões por desmatamento deveriam ser recompensados

financeiramente por fazê-lo. As abordagens anteriores para conter o desmatamento

global até agora não tiveram sucesso e mecanismos de REDD podem oferecer um

novo marco referencial para permitir que os países com altos índices de

desmatamento rompam esta tendência histórica.

Cenamo et al. (2010) comentam que o mecanismo inicialmente chamado de

RED passou por processos de construção e inclusão de outras atividades em seu

escopo. Em 2005, quando o mecanismo foi proposto, incluía apenas desmatamento

(RED), e conforme a inclusão destas outras atividades, a sigla foi modificando-se de

tal maneira:

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- RED, significa Redução de Emissões do Desmatamento;

- REDD, significa Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal;

- REDD+, significa Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal,

o papel da conservação, o manejo florestal sustentável e o aumento dos estoques de

carbono.

Atualmente, utiliza-se REDD+ para definir qualquer atividade que esteja

contemplada dentro do escopo previsto no mecanismo (CENAMO et al., 2010).

As ações, iniciativas, projetos e programas de REDD+ devem servir para

potencializar as oportunidades e reduzir os riscos existentes, salvaguardando

aspectos socioambientais, tais como a garantia do direito dos povos indígenas,

populações tradicionais e comunidades locais; a participação dos mesmos no

desenho, implantação e avaliação; o consentimento livre, prévio e informado destes

atores; os critérios para repartição justa e equitativa de benefícios; a transparência nos

processos; e outros.

3.5. SALVAGUARDAS SOCIOAMBIENTAIS PARA MECANISMOS DE REDD+

De acordo com Bonfante et al. (2010), na Conferência das Partes - COP-15 em

Copenhagen, em dezembro de 2009, começaram as discussões sobre salvaguardas

socioambientais de REDD+. O texto produzido nesta conferência enfatizou a

importância de envolvimento de múltiplos atores da sociedade civil na discussão sobre

REDD+, destacando que este tema não pode ficar restrito às discussões

internacionais, mas precisa ser levado para uma discussão nacional ou subnacional,

envolvendo governos, setor privado, sociedade civil e, em especial, povos indígenas e

comunidades tradicionais.

Bonfante et al. (2010) destacam que as salvaguardas socioambientais brasileiras

de REDD+ foram organizadas em princípios e critérios para facilitar a discussão em

temáticas específicas e relevantes para REDD+.

Um padrão voluntário internacional para salvaguardas socioambientais de

REDD+ também está em desenvolvimento por meio de um processo envolvendo

diversos atores, o qual é secretariado pela ONG CARE Internacional e pela CCBAEste

padrão é denominado Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ da Iniciativa

Internacional (REDD+ Social and Environmental Standard – REDD+ SES, na sigla em

inglês) e pretende que seja usado por políticas e programas governamentais nos seus

diferentes níveis (MOSS; NUSSBAUM, 2011).

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3.6. PADRÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS DE REDD+ DA INICIATIVA INTERNACIONAL

A iniciativa CCBA e CARE reconhece a crescente consciência a respeito da

necessidade de salvaguardas socioambientais efetivas, procurando definir e

consolidar o apoio para um nível mais elevado de desempenho social e ambiental do

Programa ISA Carbono do Acre.

É relevante ressaltar a relação entre salvaguardas socioambientais e os padrões

sociais e ambientais da Iniciativa Internacional, sendo as salvaguardas equivalentes às

diretrizes gerais ou à definição de critérios mínimos a serem identificados, respeitados

e reconhecidos em relação a aspectos sociais e ambientais relevantes em iniciativas

de REDD+ e/ou em iniciativas de CSA. Já, os padrões vão além da definição de

critérios mínimos ao chegar na definição de indicadores e da estratégia de

Monitoramento, Relatoria e Verificação – MRV, sendo assim, uma ferramenta de

avaliação, demonstração e comunicação do desempenho social e ambiental de

programas e políticas públicas (RANDO, 2013b).

Segundo REDD+ SES (2010):

Os padrões sociais e ambientais em questão integram um conjunto de princípios, critérios e indicadores (PCI) e processo de monitoramento, relatoria e verificação (MRV). Estes padrões são uma ferramenta para avaliar, demonstrar e comunicar um processo transparente, inclusivo e equitativo; os benefícios sociais e ambientais; e o respeito aos direitos dos Povos Indígenas e das comunidades locais.

Segundo REDD+ SES (2010), nos níveis de princípios e critérios, os padrões

são genéricos, ou seja, os mesmos em todos os países. No nível de indicador e da

estratégia de Monitoramento, Relatoria e Verificação (MRV), há um processo para

interpretação específica para países a fim de desenvolver um conjunto de indicadores

adaptados para o contexto particular dos países. Os objetivos da implementação de

tais padrões são: ajudar os governos a desenvolver apoio nacional e

internacionalmente para seus programas, possibilitando, por exemplo, acesso

preferencial a recursos; estimular a melhoria do desempenho social e ambiental de

REDD+ e outros programas de carbono florestal em países e estados; desenvolver

maior apoio global para uma ação efetiva e equitativa.

A primeira versão dos Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ é de primeiro de

junho de 2010, engloba 8 princípios e 34 critérios, além de propor 98 indicadores

(REDD+ SES, 2010).

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Já, a segunda versão dos Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ é de 10 de

setembro de 2012, engloba 7 princípios e 28 critérios, e propõe 64 indicadores

(REDD+ SES, 2012).

Ressalta-se que o princípio 6 desta última versão é pertinente à participação

plena e eficaz dos titulares de direitos e atores relevantes em Programas de REDD+,

sendo que tal participação está diretamente relacionada com o acesso às informações

sobre REDD+, que, por sua vez, pode ser facilitado com a disponibilização e a

publicação técnica e/ou científica de artigos, como este. Com o intuito de divulgar e

disponibilizar informações a respeito do processo de implementação destes padrões, e

compartilhar a avançada e inovadora jurisdição de REDD+ do SISA, no que tange às

salvaguardas sociais e ambientais.

3.7. IMPLANTAÇÃO DOS PADRÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS DE REDD+ DA INICIATIVA INTERNACIONAL NO SISA

No Acre, a implantação ocorre por meio da execução de dois projetos

denominados projeto de testes dos padrões sociais e ambientais de REDD+ junto ao

Programa ISA Carbono e projeto de institucionalização dos padrões sociais e

ambientais de REDD+ no SISA, em execução através da parceria do Governo do

Estado do Acre com a CARE Brasil.

Observa-se que, baseando-se nas experiências dos países pilotos na

implementação destes padrões, ou seja, com as lições aprendidas e recomendações

feitas pelas equipes de 5 territórios (Acre-Brasil, Equador, Indonésia, Nepal e

Tanzânia) que começaram a testar os padrões mencionados, foi elaborado pela

Iniciativa Internacional um guia para implementação destes padrões nos países,

estados ou provinciais, o qual define tal implementação em dez etapas.

Conforme REDD+ SES (2012), estas etapas são:

1ª) Reuniões e oficinas para conscientização e capacitação;

2ª) Estabelecimento da equipe facilitadora;

3ª) Criação do Comitê Local de Padrões;

4ª) Desenvolvimento de um plano para o processo todo;

5ª) Desenvolvimento das minutas dos indicadores específicos para países;

6ª) Organização de consultas sobre tais indicadores;

7ª) Construção de um plano de monitoramento destes indicadores;

8ª) Desenvolvimento de um relatório preliminar de avaliação do desempenho;

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9ª) Organização da revisão do relatório preliminar de avaliação do desempenho pelos

atores;

10ª) Publicação do relatório de avaliação do desempenho.

3.7.1. Projeto de Testes dos Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ junto ao Programa ISA Carbono

Este projeto foi executado no período de julho de 2010 até fevereiro de 2012. A

equipe de facilitação foi composta inicialmente pela Secretaria de Estado de Meio

Ambiente do Acre – SEMA e pela CARE Brasil e, posteriormente, foi composta pelo –

IMC e pela CARE Brasil.

As principais atividades executadas no projeto de testes dos REDD+ SES junto

ao Programa ISA Carbono, por eixo estratégico do projeto e por etapa do guia para

implementação dos REDD+ SES, encontram-se abaixo no Quadro 1.

Quadro 1 – Atividades realizadas durante o projeto de testes dos REDD+ SES junto ao Programa ISA Carbono do Acre

Eixo Estratégico do Projeto

Etapa do Guia para implementação dos REDD+ SES

Atividade

Estruturação da Equipe de Execução

Governança / Estabelecimento da Equipe Facilitadora

Formação da equipe de facilitação

Intercâmbio e Aprendizagem das

Iniciativas

Conscientização e Capacitação

Participação na oficina de intercâmbio e aprendizagem nos Estados Unidos

Participação na oficina de intercâmbio e aprendizagem no Equador

Participação na oficina de intercâmbio e aprendizagem no Acre, Brasil

Formação do Comitê Local de

Padrões

Governança / Formação do

Comitê Local de Padrões

Participação em reunião do coletivo dos 3 Conselhos Estaduais para integração

Reuniões setoriais preparatórias para o processo eleitoral da sociedade civil e para o processo de seleção dos órgãos representantes do Governo do Acre na CEVA, que exerce o papel de Comitê Local de Padrões

Participação em reunião do coletivo dos 3 Conselhos para eleição dos membros representantes da sociedade civil organizada na CEVA

Início do funcionamento da CEVA

Desenvolvimento de Indicadores e

Estratégias de MRV

Interpretação/ Desenvolvimento de

Minutas de Indicadores

Proposta preliminar dos indicadores acrianos

Proposta de indicadores acrianos separados por normas complementares a serem criadas

Classificação dos indicadores acrianos

Avaliação / Preparação de

Plano de

Primeira versão do plano de monitoramento dos indicadores acrianos com verificadores e fontes de verificação

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Monitoramento Segunda versão do plano de monitoramento dos indicadores acrianos com verificadores e fontes de verificação

Interpretação / Organização de Consultas sobre

Indicadores

Oficina pré-teste

Oficina com produtores rurais e extrativistas

Oficina com lideranças indígenas

3 reuniões setoriais preparatórias: sociedade civil organizada dos 3 conselhos estaduais, representantes governamentais no âmbito federal e estadual e representantes governamentais na esfera municipal

Relatório parcial referente à consulta pública dos indicadores acrianos

Revisão e aprimoramento dos indicadores acrianos, verificadores e fontes de verificação para o plano de monitoramento / 2ª Proposta preliminar dos indicadores acrianos

Organização da oficina de discussão e aprovação da 2ª proposta preliminar dos indicadores acrianos com membros da CEVA

Fonte: Rando (2013a)

Quadro 1 – Atividades realizadas durante o projeto de testes dos REDD+ SES junto ao Programa ISA Carbono do Acre

(conclusão)

Eixo Estratégico do Projeto

Etapa do Guia para implementação dos REDD+ SES

Atividade

Levantamento de Informações

Avaliação / Organização da Coleta de Dados

Levantamento de dados secundários pertinente à coleta de informações sobre o plano de monitoramento

Harmonização dos REDD+ SES com as Salvaguardas Socioambientais

Brasileiras

Conscientização e Capacitação

Quadro comparativo dos REDD+ SES com as salvaguardas socioambientais brasileiras, organizadas e validadas pela sociedade civil

Ação Complementar / Desenvolvimento de Indicadores e

Estratégia de MRV

Interpretação/ Desenvolvimento de

Minutas de Indicadores

Apoio à organização e realização de 2 oficinas sobre gênero e REDD+, pertencentes à pesquisa-ação desenvolvida no Acre sobre este tema

Fonte: Rando (2013a)

Ressalta-se que a publicação da minuta de indicadores acrianos para o

respectivo processo de consulta pública foi feita por meio do Ofício No

18/2011/GAB/IMC, de 27 de julho de 2011, encaminhado às instituições que integram

pelo menos um dos três conselhos estaduais do Acre, às organizações que

participaram de alguma forma da consulta pública referente à fase de desenho do

SISA e aos atores relevantes interessados no tema, de maneira impressa, por e-mail e

disponível na Internet, no sítio do Governo do Acre, durante o período oficial da

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consulta pública em questão, que foi do dia 27 de julho de 2011 até 26 de setembro de

2011. Esta minuta foi denominada proposta preliminar dos indicadores acrianos e foi o

produto levado ao público durante a execução do projeto de testes dos padrões

sociais e ambientais de REDD+ junto ao Programa ISA Carbono do Acre.

O ofício citado continha o convite para participação nesta consulta, o roteiro

básico para tal participação, o formulário para recebimento de contribuições à proposta

de indicadores acrianos, informes gerais sobre o SISA e sobre os padrões sociais e

ambientais de REDD+ da Iniciativa Internacional, além da minuta dos indicadores em

questão.

3.7.2. Projeto de Institucionalização dos Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ no SISA

Tal projeto está em execução desde março de 2012 e encerra-se em junho de

2013. A equipe de facilitação continua a cargo do IMC e da CARE Brasil.

As principais atividades executadas no projeto de institucionalização dos REDD+

SES no SISA, por eixo estratégico do projeto e por etapa do guia para implementação

dos REDD+ SES, encontram-se no Quadro 2 a seguir.

Quadro 2 – Atividades realizadas durante o projeto de institucionalização dos REDD+ SES no SISA

(continua)

Eixo Estratégico do

Projeto

Etapa do Guia para

implementação dos REDD+

SES

Atividade

Intercâmbio e Aprendizagem das Iniciativas

Conscientização e Capacitação

Participação na oficina de intercâmbio e aprendizagem na Tanzânia

Participação na oficina de intercâmbio e aprendizagem na Guatemala

Preparação para participação na oficina de intercâmbio e aprendizagem na Indonésia

Organização e realização de oficina de troca de experiências entre Amazonas e Acre

Fortalecimento Institucional do Departamento

de Monitoramento

do IMC e da CEVA

Governança - Funcionamento do Comitê Local

de Padrões / Conscientização e Capacitação

Organização e realização de oficina para planejamento estratégico do Departamento de Monitoramento do IMC

Organização e realização de oficina para planejamento operacional da CEVA

Evento de apreciação e recebimento de recomendações da CEVA aos indicadores acrianos, verificadores e fontes de verificação do plano de monitoramento, no primeiro semestre de 2012

Participação em reunião do coletivo dos 3 Conselhos para apresentação destes indicadores, verificadores e fontes de verificação

Apoio à organização e realização das reuniões ordinárias

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e extraordinárias da CEVA em 2012 e 2013

Revisão dos indicadores acrianos, verificadores e fontes de verificação, e construção do plano de monitoramento completo, sendo tais indicadores e plano, validados em reunião com a CEVA, em março de 2013

Termo de Cooperação CARE/IMAFLORA/IMC

Encontro de planejamento desta cooperação, envolvendo a Secretaria Executiva e a Coordenação da CEVA

Reunião com CEVA para recebimento de contribuições e validação da proposta da metodologia e dos fluxos de monitoramento para o manual de monitoramento das salvaguardas sociais e ambientais do SISA

8 reuniões para organização da oficina de apresentação e revisão do manual mencionado e realização da mesma

Aplicação dos REDD+ SES

nos Projetos do SISA

Governança, Interpretação,

Avaliação, Conscientização e Capacitação

Elaboração de documento para verificação do cumprimento dos REDD+ SES no desenho do Documento de Concepção do Projeto Purus

Reunião com a CEVA para recebimento de recomendações e aprovação deste documento

Construção do manual citado, com fluxo de monitoramento específico para projetos (Cooperação CARE/IMAFLORA/IMC)

Proposta de temas para normas complementares

Fonte: Rando (2013a)

Quadro 2 – Atividades realizadas durante o projeto de institucionalização dos REDD+ SES no SISA

(conclusão) Eixo

Estratégico do Projeto

Etapa do Guia para implementação dos

REDD+ SES Atividade

Comunicação do Desenho e da Funcionalidade

do Departamento de

Monitoramento do IMC e da

CEVA

Governança, Interpretação,

Avaliação, Conscientização e

Capacitação

Construção do manual para monitoramento das salvaguardas sociais e ambientais do SISA com fluxo de monitoramento específico para os programas e a política (Cooperação CARE/IMAFLORA/IMC), a ser utilizado pelo Departamento de Monitoramento do IMC e pela CEVA no processo de validação de tal monitoramento

8 reuniões para organização do seminário de apresentação das ações e resultados da CEVA em 2011 e 2012 e realização do seminário em questão

Construção do folder da CEVA com impressão de 2.000 exemplares a serem divulgados

Lançamento do folder da CEVA durante o seminário de apresentação das ações e dos resultados da CEVA em 2011 e 2012

Fonte: Rando (2013a)

Na sequência, apresenta-se um resumo do processo participativo de construção

e validação dos indicadores acrianos e do respectivo plano de monitoramento,

referentes aos padrões sociais e ambientais de REDD+, em implementação no SISA.

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Figura 1 – Fluxograma do processo participativo de construção e validação dos indicadores acrianos e do plano de monitoramento

Fonte: Manual de monitoramento das salvaguardas socioambientais de REDD+ no SISA, Acre,

Brasil (em fase de elaboração)

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Destaca-se que neste projeto de institucionalização dos padrões sociais e

ambientais de REDD+ no SISA, a publicação prevista é a do manual para

monitoramento das salvaguardas sociais e ambientais do SISA, tanto no âmbito do

SISA quanto dos projetos do SISA, a qual deve se concretizar em meados de julho de

2013, com disponibilidade de acesso nos sítios do Governo do Estado do Acre, da

CARE Brasil e do IMAFLORA.

4. RESULTADOS ESPERADOS

Considerando as dez etapas previstas no guia para implementação dos padrões

sociais e ambientais da Iniciativa Internacional nos países, enfatiza-se que a sexta

etapa exige a publicação da minuta dos indicadores e a publicação dos indicadores

aprovados e validados pelo Comitê Local de Padrões, que, no caso do Acre, é a

Comissão Estadual de Verificação e Avaliação - CEVA. As etapas 8, 9 e 10 exigem a

publicação do relatório preliminar de avaliação do desempenho social e ambiental, da

revisão do relatório com comentários respondidos e da publicação do relatório final

deste desempenho, respectivamente. Observa-se que as sete primeiras etapas estão

em fase de conclusão no Acre, faltando apenas a diagramação e publicação do

manual para monitoramento das salvaguardas sociais e ambientais do SISA, tanto no

âmbito dos programas e da política quanto na esfera dos projetos do SISA, o qual

inclui o plano de monitoramento dos indicadores acrianos, aprovado e validado pela

CEVA. A publicação de tal manual está prevista para meados de julho de 2013.

Assim, as publicações relativas aos dois projetos de implementação destes

padrões na política em questão resumem-se ao Ofício No 18/2011/GAB/IMC, que inclui

a publicação da minuta dos indicadores acrianos ou proposta preliminar dos

indicadores acrianos, e a publicação do manual mencionado para meados de julho de

2013, conforme já enunciado.

Mesmo com o encerramento dos dois projetos, ficam faltando as etapas 8, 9 e

10 para cumprimento e seguimento deste guia de implementação, que, como exposto

acima, envolvem mais publicações.

É relevante o fato de que, após a publicação da minuta dos indicadores

acrianos, as discussões, aprimoramento, aprovação e validação destes indicadores e

do seu respectivo plano de monitoramento ocorreu junto à CEVA, ao coletivo dos 3

Conselhos Estaduais e ao Grupo de Trabalho Interinstitucional Indígena – GT

Indígena, que integra oficialmente a CEVA desde 16 de outubro de 2012, conforme

Resolução No 01/2012 da CEVA.

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O fluxograma 1 já apresentado anteriormente explicita bem como foi o processo

participativo de construção e validação dos indicadores acrianos e seu plano de

monitoramento.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração deste artigo atende ao objetivo geral de socializar ao público uma

sistematização pertinente ao processo de implantação dos padrões sociais e

ambientais de REDD+ no Acre, no SISA, antes mesmo da publicação do manual para

monitoramento das salvaguardas desta política pública de incentivos a serviços

ambientais.

Durante a execução dos projetos de testes e de institucionalização de tais

padrões no SISA, mesmo com publicações feitas, o acesso às informações foi

facilitado aos diversos segmentos e setores da sociedade acriana, por meio da CEVA

e do coletivo dos 3 Conselhos Estaduais.

Ao relatar a experiência em pauta, tal artigo atende ao objetivo específico de

socializar a avançada e inovadora jurisdição de REDD+ do SISA, no que tange às

salvaguardas sociais e ambientais.

6. REFERÊNCIAS

ACRE (Estado). Lei No 2.308, de 22 de outubro de 2010, que cria o Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais - SISA, o Programa de Incentivos por Serviços Ambientais - ISA Carbono e demais Programas de Serviços Ambientais e Produtos Ecossistêmicos do Estado do Acre. Diário Oficial do Estado do Acre, de 05 de novembro de 2010.

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