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Adar I / Adar II 5774 1
PURIM SAMEACH!
QUANTO CUSTA MANTER SEU CARRO?
2 Adar I / Adar II 5774
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Adar I / Adar II 5774 3
4 Adar I / Adar II 5774
Adar I / Adar II 5774 5
Futuramente, com a vinda do Mashiach, os Neviim, (Profetas) e Ketuvim (escrituras) não se-rão mais lidos em público (vide Midrash, Rambam e Lêchem Mishnê), com exceção da Meguilat Ester. Vemos que há algo de muito especial na Meguilat Ester!
Existem outros fatos curiosos na Meguilá.
Não consta o nome de D’us nela. Nossos sábios
dizem que a palavra “hamêlech” – o rei – é
uma referência velada ao Todo-Poderoso. Por
que Mordechay, ao escrever a Meguilá, omitiu
o nome de D’us? Outro fato interessante é que,
aparentemente, não existe nenhum milagre
relatado na Meguilá; apenas uma sucessão
de coincidências que inverteram o terrível
decreto de Haman. Qual o sentido, então, do
trecho de “Al Hanissim – Sobre os Milagres”,
acrescentados nas orações de Purim?
Uma visão mais aprofundada da história
de Purim pode abrir uma nova perspectiva no
entendimento de seu significado e responder
a essas perguntas.
Desde a Saída do Egito até a Destruição
do Primeiro Templo, D’us governou Seu povo
de forma revelada – pelos milagres realizados
na saída do Egito, no deserto e durante a con-
quista da Terra de Israel. No Templo Sagrado
também ocorriam constantemente dez mila-
gres. Os judeus que iam visitar o Templo três
vezes por ano na época das festas, podiam
constatar a influência Divina na condução do
mundo.
Depois da destruição do Templo, D’us pas-
sou a governar o mundo de uma forma ocul-
ta, raramente realizando milagres. Assim,
a constatação da Onipotência e Providência
Divinas ficou mais difícil de ser comprovada.
A Meguilá representa esta época. De-
monstra que, apesar de D’us não se mostrar
abertamente, continua guiando o mundo e
protegendo o Povo de Israel. Por isso o Seu
nome não é citado claramente na Meguilá,
ressaltando a forma oculta com que guiou
aqueles fatos.
Uma pequena alegoria ilustra bem este
conceito:
“Um rei possuía um único filho que amava
muito, mas que era rebelde. Sem outra alter-
nativa, o rei expulsou-o do palácio até que
ele corrigisse sua conduta. Então, repentina-
mente o príncipe se viu numa floresta escura
e perigosa.
“Apesar do medo, o príncipe começou a
perceber que sempre que algum grande pe-
rigo o ameaçava, algo imprevisto ocorria sal-
vando sua vida. Após várias destas misterio-
sas coincidências, o príncipe chegou à conclu-
são que aquilo não podia ser obra do acaso.
Certamente o rei ordenara que seus soldados
protegessem-no. Esta constatação alegrou o
príncipe imensamente, pois significava que
seu pai ainda o amava e não o abandonara.”
As incríveis coincidências na história de
Purim não poderiam ser consideradas como
simples acaso. Nossos sábios perceberam a
mão Divina em todos os acontecimentos e
que, apesar da terrível destruição do Templo,
D’us continuava protegendo o Povo de Israel.
Mais do que isso, os fatos que fizeram com
que o terrível decreto revertesse contra seus
inimigos, deveriam ser reconhecidos e co-
memorados como um grande milagre pelos
judeus.
Esta conduta oculta de D’us permanece
até nossos dias. Futuramente, quando o go-
verno de D’us voltará a acontecer de forma
revelada, a Meguilá será um símbolo da nos-
sa época, lembrando-nos de que D’us esteve
sempre ao nosso lado. É por isso que ela não
será revogada.
A Meguilá nos ensina a encarar os acon-
tecimentos do mundo de uma forma singular.
Mesmo quando tudo nos parece escuro e sem
respostas, precisamos ter em mente que é a
mão Divina que guia tudo o que acontece.
Este sentimento de que “ên ôd mileva-
dô” – “não há outro além Dele” – de que não
existe acaso e que D’us está sempre ao nosso
lado protegendo-nos, é motivo de uma alegria
imensa. Esta é a verdadeira alegria de Purim!
Editorial
6 Adar I / Adar II 5774
14
49 22Psicologia “Dissonância Cognitiva”.
Nesta Edição
8Comemorando IUm Detalhe da Meguilá.
45Datas & DadosDatas e horários judaicos, parashiyot e haftarot para os meses de adar I e adar II.
A revista Nascente é um órgão bimestral de divulgação da
Congregação Mekor Haim.
Rua São Vicente de Paulo, 276 CEP 01229-010 - São Paulo - SP Tel.: 11 3822-1416 / 3660-0400
Fax: 11 3660-0404 e-mail: [email protected]
supervisão: Rabino Isaac Dichi
diretor de redação: Saul Menaged
colaboraram nesta edição: Ivo e Geni Koschland
e Silvia Boklis
projeto gráfico e editoração: Equipe Nascente
editora: Maguen Avraham
tiragem: 11.500 exemplares
O conteúdo dos anúncios e os conceitos emitidos nos artigos
assinados são de inteira responsa bilidade de seus autores, não representando,
necessariamente, a opinião da diretoria da Congregação Mekor Haim ou
de seus associados.
Os produtos e estabelecimentos casher anunciados não são de responsabilidade da Revista Nascente. Cabe aos leitores indagar
sobre a supervisão rabínica.
a Nascente contém termos sagrados. Por favor, trate-a com respeito.
Expediente
Nº 130
Capa:
Purim Sameach!
Comemorando II, pág. 14.
Comemorando II “Leis e Costumes de Purim”.
De Criança para Criança“Achados e Perdidos”.Chayim Walder
Adar I / Adar II 5774 1
PURIM SAMEACH!
QUANTO CUSTA MANTER SEU CARRO?
40AconteceuSeminário Mekor Haim.
Adar I / Adar II 5774 7
44Mussar“A Alegria de Purim”.Rabino Zvi Miller
17
19Pensando Bem I “Aconcágua”.
40Histórias do Tanach“A Conquista da Terra de Israel”.
21Pensando Bem II“Pensamentos”.
28Variedades“Quanto Custa Manter um Carro?”.
54Infantil“A Dança do Urso”.
Dinheiro em Xeque “Gripe Suína”. A lei judaica sobre casos monetários polêmicos do dia a dia.
Nossa GenteAcontecimentos que foram destaques na comunidade.
30
39Visão Judaica“O Poder Não Está nas Mãos dos Homens”.Rabino I. Dichi
8 Adar I / Adar II 5774
Um Detalhe da Meguilá
Todo ano, em Purim, Rav Chayim Wolo-djiner tinha o hábito de encher seus
bolsos com moedas para caridade.Costumava andar pelas ruas e dar dinheiro para
qualquer um que pedisse, sem perguntar nada. Isso
está de acordo com o ensinamento do Shulchan Aru-
ch (Orach Chayim 694:3), o código de leis judaicas:
“Qualquer um que lhe estender a mão em Purim,
dê-lhe algo”.
Num determinado Purim, um homem se aproxi-
mou do rabino e falou:
– Se eu lhe contasse ‘a gut vort’, um bonito pen-
samento, sobre Meguilat Ester, que lemos em Pu-
rim, o senhor me daria uma quantidade maior de
dinheiro?”
Rav Chayim sorriu e concordou. O homem, en-
tão, começou sua explicação:
– O Midrash declara (Yalcut Shim’oni Ester,
1057) que o Profeta Eliyáhu apareceu diante de
Mordechay e revelou-lhe a seguinte mensagem: “É
possível que D’us atenda as preces de Seu povo e
que possam se salvar, pois o decreto de Haman para
aniquilar os judeus não foi “assinado com sangue”,
mas com o “anel real”, de cerâmica. Isto implica que
um decreto assinado com sangue é irrevogável, mas
outro, “carimbado com o anel real”, ainda pode ser
reavaliado. Minha pergunta é a seguinte: Onde isso
está indicado na Meguilá?
Rav Chayim ficou perplexo. Depois de pensar
por alguns minutos, respondeu:
– Eu não sei. Por favor, diga-me onde está in-
dicado!
Então o homem respondeu:
– Existe um ensinamento de que quando consta
a palavra “hamêlech” – o rei – na Meguilá, é pos-
sível interpretá-la como se referindo ao “Rei dos
Reis”, o Todo-Poderoso. Daí, na Meguilá 3:9, consta
a seguinte declaração de Haman: “Im al hamêlech
tov, yicatev leabedam – Se agradar ao rei, decrete-
-se por escrito (no livro real) que eles (os judeus)
sejam destruídos”. Neste versículo, a palavra “le-
abedam” – destruídos – pode ser lida em hebraico
como duas palavras: “lô bedam”, que significa “não
com sangue”. Assim, o versículo adquire um novo
significado: “Se agradar ao Todo-Poderoso, decrete-
-se por escrito (no livro real), mas não com sangue.”
Rav Chayim ficou muito admirado com o bri-
lhantismo daquele pensamento.
Quando Rav Chayim se encontrou com seu rebe,
o Gaon de Vilna, contou-lhe o que aprendera do
desconhecido. O Gaon ouviu e logo sorriu, dizen-
do: “Você sabe quem lhe deu esta explicação? Não
foi ninguém senão aquele que a revelou ao próprio
Mordechay – Eliyáhu Hanavi!”
Do livro “Around the Maggid’s Table”
Rabino Paysach J. Krohn
Comemorando I
QUANTO CUSTA MANTER UM CARRO?
Variedades
Todos sabemos que custa caro manter um automóvel. Mas muitos não imaginam que, na ponta do lápis, os custos com um carro podem revelar uma grande e desagradável... “SURPRESA!” A Nascente fez as contas dos gastos anuais com um automóvel, levando em consideração suposições de uso um pouco abaixo das médias constatadas na prática.Caso a sua utilização do automóvel esteja acima da média, certamente sua “surpresa!” será maior!...
SuposiçõesNão foram considerados gastos com:
franquias para consertos de colisões, revisões em concessionárias, instalações e trocas de acessórios, financiamento do automóvel, es-tacionamento no local de trabalho, motoristas particulares, serviço de lacração, custos com despachantes, borracheiros, polimentos, ence-ramentos, renovação da carteira de motorista, chaveiros, guinchos e taxa da Controlar.
Valor do automóvel - Foi calculado o custo anual para manter um automóvel no valor apro-ximado de R$30.000,00. Neste valor podem ser encontrados, por exemplo, os seguintes au-tomóveis: Zafira Expression 2.0 ano 2008, Idea Adventure 1.8 ano 2008, Vectra 2.0 ano 2009, Fox 1.0 ano 2010, Saveiro 1.6 ano 2011, Fiesta 1.6 ano 2012 e Fox 1.0 ano 2013.
A consideração de alguns gastos foi bastante conservadora. Dependendo do perfil do dono do carro, estes gastos podem ser muito mais altos.
Os GastosConsumo de gasolina - Considerando um
automóvel que roda 12.000Km/ano com um desempenho de 10Km/l de gasolina, ao custo de R$3,00 por litro de gasolina, o custo anual com o combustível é de R$3.600,00.
Troca de óleo e filtros - A cada 10.000KM. R$150,00 por ano.
Troca de pneus, alinhamento e balanceamen-to - Considerando troca de 4 pneus, alinhamento e balanceamento a cada 50.000Km rodados, pneus que custam R$270,00 cada e R$50,00 de alinhamento e balanceamento, o custo anual é de R$270,00.
IPVA - O valor do IPVA gira em torno de 4% do valor venal. No caso, R$1.200,00.
DPVAT - O valor do seguro obrigatório DPVAT para a classe de seguro 1 (particular) está em torno de R$100,00.
Licenciamento - R$80,00.Seguro particular - Em geral, o valor do
seguro é em torno de 5% do valor do veículo. No caso, R$1.500,00.
Manutenção - Trocas eventuais de peças, como pastilhas, disco de freio, velas, embrea-gem: R$500 por ano.
Depreciação - Em geral, o carro perde 10% de seu valor por ano. Esse dinheiro é uma “despesa”, pois você terá que colocar a mesma quantia na aquisição de um modelo parecido no futuro. R$3.000,00.
Multas - Considerando três infrações leves (R$53,20) e duas médias (R$85,13) em um ano: R$330,00. Veja alguns valores de multas cobradas por infrações de trânsito no quadro em destaque.
Lavagens - Considerando uma lavagem com-pleta no valor de R$30,00 a cada dois meses: R$180,00 por ano.
Estacionamentos avulsos e valet service - Não há como escapar dos serviços de mano-bristas em festas e restaurantes, bem como de estacionamentos avulsos em algumas regiões da cidade. R$20,00 por semana. R$1.000,00 por ano.
Zona Azul - Duas horas por semana – R$6,00. R$300,00 por ano.
Garagem do prédio - Mesmo que você não pague nada para deixar seu carro estacionado na garagem de sua casa, deve considerar este esta-cionamento como uma despesa. Se não deixasse o seu carro na garagem, poderia estar alugando seu espaço para um vizinho. Além disso, o custo da garagem está incluído no aluguel do seu apar-tamento ou já foi pago na aquisição do aparta-mento. R$250,00 por mês. R$3.000,00 por ano.
Pedágios - R$20,00 por mês. R$240,00 por ano.
Surpresa!Somando todos os gastos com um carro que
vale R$30.000,00, o total é de R$15.450,00 por ano. Um valor que representa 51,5% do valor do próprio carro!
Portanto, neste caso, o dono do automóvel deve reservar R$1.287,50 de seu salário mensal para gastar com seu custoso bem.
COM
BUST
ÍVEL
Combustível -
Depreciação -
Garagem do prédio -
Seguro -
IPVA -
Estacionamentos -
Manutenção -
Multas -
Zona Azul -
Pneus -
Pedágios -
Lavagens -
Óleo e filtros -
DPVAT -
Licenciamento -
R$3.600,00
R$3.000,00
R$3.000,00
R$1.500,00
R$1.200,00
R$1.000,00
R$500,00
R$330,00
R$300,00
R$270,00
R$240,00
R$180,00
R$150,00
R$100,00
R$80,00
R$300,00
R$250,00
R$250,00
R$125,00
R$100,00
R$83,33
R$41,67
R$27,50
R$25,00
R$22,50
R$20,00
R$15,00
R$12,50
R$8,33
R$6,67
R$10,00
R$8,33
R$8,33
R$4,17
R$3,33
R$2,78
R$1,39
R$0,92
R$0,83
R$0,75
R$0,67
R$0,50
R$0,42
R$0,28
R$0,22
Por ano Por mês Por dia
R$15.450,00 R$1.287,50 R$42,92TOTAL -
Gastos com seu automóvelDE
PREC
IAÇÃ
O
GARA
GEM
SEGU
RO
IPVA
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CION
AMEN
TOS
MAN
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Reflita!Comprar um automóvel deve ser uma decisão
pensada cuidadosamente e avaliada em seus míni-mos detalhes. Não deixe de fazer as contas antes de comprar ou trocar de carro. Um breve momento de irracionalidade, ou emoção desmedida no momento da aquisição, pode se tornar um drama por muito tempo.
É inegável que o carro traz muitos benefícios, além de conforto e praticidade para muitos que dependem dele para trabalhar. Mas será que você precisa do último modelo? Ou daquele que tem um motor bastante potente – e que consome muito também? Ou ainda daquele que é mais bonito que o do seu vizinho? E será que seu padrão de vida comporta gastos com um automóvel luxuoso? Cuidado, pois status custa caro! É um dinheiro que pode fazer falta no final de cada mês.
Muitos consumidores, animados com a pos-sibilidade de comprar um modelo mais avançado, acabam se esquecendo que os gastos fatalmen-te serão maiores em termos de seguro, IPVA e manutenção. Diante disso, é preciso planejar bem os gastos para não acabar comprometendo mais do que se pode com o carro.
A maioria das pessoas não percebe o tamanho da conta gerada por um automóvel, pois nunca calculou o custo mensal de todas as despesas envolvidas. Agora que você já tem os números, reflita!
•Carro sem placa ou sem licenciamento.•Circular na contramão.•Cruzar com farol vermelho.•Dirigir com a carteira já vencida há mais de 30 dias.•Retorno em local proibido.•Ultrapassar pela contramão em linha dupla ou contínua.
•Deixar de sinalizar manobra de mudança de direção.•Deixar de sinalizar mudança de faixa.•Deixar de usar o limpador de pára-brisa na chuva.•Dirigir em marcha à ré (salvo em pequenas manobras).•Estacionar em calçada, canteiro, gramado ou jardim.•Estacionar em fila dupla.•Estacionar sobre viaduto, ponte ou dentro de túnel.•Fazer a conversão em local proibido por sinalização.•Não usar cinto de segurança.•Ultrapassar pelo acostamento.•Velocidade excessiva (menos de 20% acima da máxima nas rodovias ou 50% nas ruas).
INFRAÇÕES GRAVÍSSIMASR$574,61 MAIS 7 PONTOS NA CNH
•Velocidade excessiva (20% acima da máxima nas rodovias ou 50% nas ruas).•Circular sobre as calçadas, canteiros e acostamento.
•Desrespeitar o rodízio.•Dirigir com fones de ouvido ou aparelho celular.•Dirigir com o braço para fora da janela.•Estacionar nas esquinas a menos de 5 metros.•Jogar objetos ou lixo na via.•Parar na rua ou na estrada por falta de combustível.
•Estacionar longe da calçada (entre 50cm e 1m).•Trafegar pela faixa exclusiva de ônibus.•Ultrapassar veículo que integre cortejo fúnebre.•Usar buzina insistentemente entre as 22h00m e 6h00m.•Usar farol alto em vias com poste de iluminação.
INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS R$191,54 MAIS 7 PONTOS NA CNH
INFRAÇÕES GRAVES R$127,69 MAIS 5 PONTOS NA CNH
INFRAÇÕES MÉDIASR$85,13 MAIS 4 PONTOS NA CNH
INFRAÇÕES LEVESR$ 53,20 MAIS 3 PONTOS NA CNH
Adar I / Adar II 5774 13
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14 Adar I / Adar II 5774
Leis e Costumes de Purim
Purim é celebrado anualmente no dia 14 do mês de adar – ou adar II, quando houver – para comemorar a salvação dos judeus
da conspiração de Haman, conforme relatado na “Meguilat Ester”. Essa conspiração aconteceu há 2365 anos, no ano 3.409 do
calendário judaico, antes da reconstrução do Templo Sagrado.Neste ano, as comemorações se iniciam na quinta-feira, dia 13 de março, com o Jejum de Ester. Purim será comemorado no sába-
do à noite e no domingo, dias 15 e 16 de março. O dia 15 de adar, segunda-feira, é denominado “Shushan Purim”.
As leis que dizem respeito à festa de Purim foram prescritas pelos sábios da Grande Assembléia – Anshê Kenêsset Haguedolá.
Comemorando II
Adar I / Adar II 5774 15
Comemorando II
A Meguilat Ester
Em Purim deve-se ouvir a leitura
da Meguilat Ester, na qual consta a
história de Purim, duas vezes. A pri-
meira vez na noite de Purim – este ano
sábado, 15 de março. A segunda leitu-
ra da Meguilá é realizada na manhã
seguinte, 16 de março, após a oração
de Shachrit. Quem não ouvir a leitura
de manhã deverá cumprir esta mitsvá
ao longo do dia. Este é o motivo princi-
pal da celebração, conforme nos con-
ta a própria Meguilá (9:28): “E esses
dias serão recordados e celebrados
de geração em geração, de família em
família, de província em província, de
cidade em cidade.”
Há algumas cidades que realizam
a leitura da Meguilá no dia 15 de adar
e não no dia 14. São as cidades que
estavam cercadas por muralhas na
época de Yehoshua bin Nun – mes-
mo que hoje não mais estejam. Isso
acontece em lembrança àqueles que
em Shushan Habirá (a capital do Im-
pério Medo-Persa) não descansaram
até esse dia (15 de adar). É por essa
razão que em Jerusalém, por exemplo,
festeja-se Purim no dia 15 de adar.
Antes da leitura da Meguilá é ne-
cessário desenrolá-la totalmente. Isso
por causa da passagem da Meguilá:
“...por todos os ditos desta ‘carta’”. Já
que o normal ao ler uma carta é abri-
-la totalmente antes de começar a ler,
assim devemos proceder em relação à
Meguilat Ester.
Antes e depois de proceder à leitu-
ra da Meguilá, em um rolo de pergami-
nho escrito à mão, o chazan profere as
berachot. Os demais presentes devem
prestar atenção às berachot respon-
dendo amen. É necessário ter inten-
ção de que as berachot valham tam-
bém para eles e, depois, acompanhar
atentamente a leitura em seus rolos
de pergaminho ou em seus livros. Ao
ouvir a berachá de “Shehecheyánu”,
deve-se pensar também nas demais
mitsvot do dia.
Deve-se observar o máximo de si-
lêncio durante a leitura da Meguilá,
já que é necessário escutar todas as
palavras, e é proibido conversar até o
final da última berachá.
Tanto homens como mulheres de-
vem ouvir a leitura da Meguilat Ester.
Mishlôach Manot
É o envio de alimentos. No dia
de Purim, entre o nascer e o pôr do
Sol, devemos enviar pelo menos dois
alimentos a um amigo, símbolo da ir-
mandade e amizade entre os judeus.
Não é necessário que os alimentos
sejam de berachot diferentes.
Os alimentos devem ser de consu-
mo imediato e conter, no mínimo, 28g
(sólidos) ou 86ml (líquidos).
Um homem deve enviar mishlôach
manot para outro homem e uma mu-
lher para outra mulher – de preferên-
cia por intermédio de um mensageiro.
Matanot Laevyonim
Em Purim lembramo-nos dos po-
bres e necessitados com mais genero-
sidade que em outros dias, oferecen-
do-lhes presentes e donativos; é o que
chamamos de “matanot laevyonim”
– presentes aos necessitados.
Os presentes devem ser dados a
pelo menos duas pessoas diferentes
e é melhor dar dinheiro ou comida já
16 Adar I / Adar II 5774
preparada. Essa mitsvá é ainda mais
importante que mishlôach manot e
Seudat Purim. Rambam – Maimônides
– diz que não existe maior felicidade
que a de alegrar o coração dos pobres.
De uma forma geral, durante a
festa de Purim devemos ser caridosos
com o próximo e aumentar nossos atos
de tsedacá.
Não se deve fazer nenhuma distin-
ção entre os pobres. Em Purim deve-
-se dar as “matanot” a quem deseje
recebê-las.
É obrigatório que os mais pobres
também dêem presentes a seus seme-
lhantes, mesmo se eles próprios de-
pendem da caridade. Esse sentimento
de igualdade se manifesta por inter-
médio da felicidade que sentimos na
festa de Purim. Quando Haman, o Per-
verso, planejou aniquilar os judeus e
saquear suas riquezas, ricos e pobres
sentiram-se igualmente atingidos. A
riqueza não era um meio de salvação e
todos sentiam-se pobres. Experimen-
tavam o que era a humilhação, o temor
constante pela morte e a opressão.
O que se distingue em Purim é a
fraternidade reinante entre os yehu-
dim, que celebram essa festa da salva-
ção com a mesma alegria e felicidade.
Em Purim o pobre recebe mais ca-
ridade do que de costume e é tratado
com mais bondade e cuidado. Ainda
que o dinheiro seja algo tão material,
capaz até de corromper alguns indiví-
duos, em Purim demonstramos quão
útil ele pode ser se empregado cor-
retamente. Nessa festa, uma pessoa
pode demonstrar muito amor, carinho
e objetividade por meio dos mishlôach
manot e matanot laevyonim.
Seudat Purim
Seudat Purim é a refeição festiva
que fazemos no dia de Purim, entre o
nascer e o pôr do Sol. Nesta refeição
não deve faltar carne e vinho.
Normalmente, costuma-se iniciar
a Seudat Purim no final do dia, esten-
dendo-se noite adentro.
A palavra “festividade” é a chave
de toda a história de Purim. A Rainha
Vashti foi condenada à morte em uma
festividade e a derrota de Haman tam-
bém resultou de uma festividade.
A “festividade”, portanto, é uma
das facetas importantes na celebração
de Purim. Festejar Purim é uma mitsvá
tão significativa como a de acender as
velas de Chanucá.
As comemorações de Purim nos en-
sinam ainda a seguinte lição: além da
oração e do jejum – com o que se acre-
dita geralmente estar servindo a D’us
– podemos também servir ao Criador
com “simchá” – alegria. Os alimentos
e as bebidas habituais também podem
ser elevados a um nível especial.
Machatsit Hashêkel
Na época do Templo, todos os ho-
mens com idade entre 20 e 60 anos do-
avam, uma vez por ano, meio shêkel,
que era destinado para a compra dos
corbanot (oferendas, sacrifícios) públi-
cos. Esta quantia era recolhida desde
o princípio do mês de adar.
Em nossos dias, costuma-se dar
aos pobres três moedas no valor –
cada uma – de meio shêkel, ou três ve-
zes o valor de meia unidade da moeda
circulante no país, ou o valor de meio
shêkel da Torá (aproximadamente
10g de prata) em recordação ao meio
shêkel que era doado na época do Tem-
plo. Também em memória a que Ha-
man quis comprar, de Achashverosh,
todo o Povo de Israel por 10.000 moe-
das de prata para aniquilá-los. Nossa
tsedacá é a resposta para a maldade
de Haman.
Parashat Zachor
No Shabat anterior a Purim lê-se,
nas sinagogas, os versículos do livro de
Devarim (25:17-19) nos quais se relata
o preceito bíblico de lembrar (zachor
= lembra) o ódio do povo de Amalec
para com o nosso povo: “Recorda do
que te fez Amalec no caminho, quan-
do saías do Egito... quando estavas
cansado e debilitado. Mas quando o
Eterno teu D’us te fizer descansar de
todos os teus inimigos na terra que te
deu por herança, apagarás a memória
de Amalec de debaixo dos Céus, não te
esquecerás.”
Este ano o Shabat anterior a Purim
cai no dia 15 de março.
Jejum de Ester
Tal qual nos relata a Meguilat Es-
ter, no dia em que o Povo de Israel de-
veria ser aniquilado pelos seus inimi-
gos, isto é, no dia 13 do mês de adar, os
judeus conseguiram sua salvação ven-
cendo o adversário. O dia 13 de adar
foi declarado, então, como sendo um
dia de jejum, em memória da petição
que a Rainha Ester fez ao povo, para
que jejuassem e suplicassem a D’us
pela anulação da malvada sentença
de Haman.
Este ano, o dia 13 de adar II cai no
Shabat, dia 15 de março. Neste caso,
o jejum é antecipado para a quinta-
-feira, dia 13 de março. Na cidade de
São Paulo, o jejum deve ser realizado
das 04h55m às 18h55m.
Apesar da vitória, jejuamos para
que a cada ano, através das gerações,
recordemos que nossos inimigos con-
tinuam à nossa espreita. Apesar de
termos vencido naquela ocasião, não
temos assegurada a vitória em com-
bates vindouros.
É por isso que a alegria de Purim
não pode ser completa e deve ser pre-
cedida por um dia de jejum, de refle-
xão e de aflição, pois somente por meio
de nossas boas ações e do nosso ar-
rependimento sincero conseguiremos
vencer sempre os nossos inimigos.
Comemorando II
Adar I / Adar II 5774 17
Dinheiro em xeque
Gripe SuínaTodas as dúvidas e divergências monetárias de nossos dias podem ser encontradas em nossos livros sagrados!
Efráyim morava em Jerusalém com sua família. Em
um dia de férias escolares ele passou o dia com seus três filhos num dos parques da região Norte de Israel.
Eles fizeram várias trilhas, passando por rios e
cachoeiras.
Ao entardecer estavam exaustos. Subiram em
um ônibus para voltar para casa.
Para infeliz surpresa de Efráyim, todos os as-
sentos do ônibus já estavam tomados. Sendo assim,
ele e seus filhos teriam que aguentar duas horas de
viagem em pé.
As pessoas que estavam sentadas perceberam a
situação desconfortável de Efráyim, mas ninguém
ofereceu seu lugar.
Ele então teve uma ideia....
Efráyim pegou seu celular e fingiu estar con-
versando com Sará, a sua esposa. No decorrer da
conversa foi aumentando o tom da voz, como se a
ligação estivesse ruim.
Efráyim contou a Sará como havia sido o dia no
parque, o que as crianças fizeram, que chegariam
mais tarde em casa, etc.
Antes de terminar a conversa, Efráyim disse:
– Ah! Já ía me esquecendo de lhe contar algo
importante! É sobre o resultado daquele exame. O
médico disse que é muito provável que eu esteja com
18 Adar I / Adar II 5774
PROPRIEDADES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
Um excelente momento para investir e fazer grandes negócios
imobiliários na Flórida!
a gripe suína! Amanhã de manhã
precisarei passar em consulta nova-
mente!”.
Assim que o ônibus chegou na
parada seguinte, muitos passageiros
saíram, com medo de serem contami-
nados. Com isso, Efráyim pôde sentar
confortavelmente com seus filhos e
desfrutar o restante da viagem de
forma confortável.
Ao chegar em casa, Efráyim ficou
com remorso do que fizera e, na mesma
hora, escreveu uma carta para o Rav
Zilberstein perguntando se havia agido
de forma errada ou não. No caso de sua
atitude ter sido errada, queria saber o
que fazer para corrigir sua falha.
O veredicto
No Talmud – Tratado de Peá –
consta a seguinte passagem: “Todo
aquele que não é aleijado, cego ou pa-
ralítico e age como se fosse, não mor-
re antes de vir a ser como um deles.”
No caso da atitude de Efráyim,
havia um agravante, já que acarretou
uma perda financeira e uma perda de
tempo aos passageiros que desceram
do ônibus. Isso além do susto e da
preocupação que lhes causou.
Portanto, é óbvio que Efráyim fez
algo muito grave, respondeu o Rav
Zilberstein.
Efráyim causou um dano indireto
àqueles passageiros. Em casos como
este, o bêt din – o tribunal judaico –
não tem condições de obrigar o réu a
indenizar os prejudicados.
De qualquer forma, segundo o
“Tribunal Celestial”, Efráyim tem que
reembolsá-los.
Neste caso especificamente, o in-
frator está impossibilitado de reparar
sua falha, já que não tem como encon-
trar os prejudicados. Sendo assim, ele
deve fazer teshuvá – arrepender-se e
decidir não mais cometer este tipo de
pecado – e doar a quantia total das
indenizações para uma instituição de
caridade.
Do semanário “Guefilte-mail”
([email protected]).Traduzido de aula ministrada pelo Rav Hagaon Yitschac Zilberstein Shelita. Os
esclarecimentos dos casos estudados no Shul-chan Aruch Chôshen Mishpat são facilmente mal-entendidos. Qualquer detalhe omitido
ou acrescentado pode alterar a sentença para o outro extremo. Estas respostas não devem
ser utilizadas na prática sem o parecer de um rabino com grande experiência no assunto.
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Adar I / Adar II 5774 19
Pensando bem I
ACONCÁGUA Narrado por Clement Aboulafia
Apesar do frio intenso, um alpinista decidiu es-
calar sozinho o Monte Aconcágua – o pon-to mais alto das Américas – uma perigosa montanha.
Pegou todo o equipamento necessário e
começou a subir.
Sentia cada vez mais frio à medida que
subia a montanha. Mas não desistiu.
Em alguns momentos lhe deu frio na es-
pinha, falta de ar, vontade de voltar... Mas,
mesmo assim, prosseguiu.
Já estava quase escuro, quando, de repen-
te, ele escorregou e começou a cair...
Naqueles poucos segundo, tudo lhe passa
pela mente...
Antes de se espatifar, no entanto, ele sente
um puxão forte na barriga. Sente sua coluna
se deslocar um pouco, mas logo volta ao nor-
mal. Era a corda de suporte que o mantinha
suspenso no ar!
A noite estava chegando, fria e assusta-
dora. Uma ventania muito forte no seu rosto
fazia com que a sua respiração ficasse cada
vez mais fraca...
Estava pendurado pela corda que o man-
tinha vivo, mas não conseguia alcançar a
montanha para retomar suas forças e retor-
nar ao solo.
Você cortaria a corda?
20 Adar I / Adar II 5774
Torcia para que a corda se man-
tivesse firme... enquanto suas forças
se esvaíam.
Logo percebeu que, apesar de
vivo, estava perdido...
Sentia que seu fim estava próxi-
mo... As chances de ser encontrado
vivo eram poucas.
Como último recurso, resolve fa-
zer uma breve oração:
– Por favor, D’us, salve minha
vida!
E algo inusitado acontece. O alpi-
nista ouve a voz de D’us respondendo
sua prece:
– Pois bem, querido – diz D’us.
– Agora que você reconhece minha
existência e meu poder, Eu salvarei
sua vida. Mas você precisa pegar sua
faca e cortar esta corda que o sustém!
Mas o alpinista imaginava que
aquela corda era sua salvação. Que
se a cortasse, continuaria a cair e, aí
sim, seria seu fim!
– Corte a corda!... Corte a corda! –
insistia a voz de D’us.
E, em seu desespero, na escuridão
da noite gelada, o alpinista não che-
gou a perceber que estava suspenso a
apenas dois metros do solo.
* * *
Por vezes chegamos a encarar
nossas vidas como uma difícil e fria
escalada em meio a uma escuridão
sem fim. Então recorremos a alguém
que nos ecoa uma voz celestial:
– Mude seu caminho! Reveja
seus princípios! Corte a corda que o
mantém preso a conceitos errados!
Precisamos estar atentos a estas
vozes. Nem sempre a corda que nos
sustém é o melhor amparo para o
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Adar I / Adar II 5774 21
PensamentosMuitos de nós falam duas vezes antes de pensar...
Duas coisas que não se recupera: A pedra depois de atirada.
A palavra depois de proferida.
O pensamento é seu, A palavra é de todos.
A realidade é antagônica à fisiologia: fale alto e ninguém o ouvirá,
fale baixo para ser ouvido por todos!
Com tantas câmeras por aí, quem ainda não acredita nas “câmeras celestiais”?
Pensando bem II
“Quando te habituares com a virtude da modéstia, acanhando-te diante de todas as pessoas, temendo o Criador e o pecado, pairará sobre ti o espírito da Shechiná – a Presença
Divina – e o esplendor de Sua glória no Mundo Vindouro.”Iguêret Haramban
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22 Adar I / Adar II 5774
Psicologia
Apesar de a informação ser “científica” e factual-
mente verdadeira, e de o intelecto poder usá-la e aceitá-la, ela gera uma dissonân-cia cognitiva com uma reação puramente emocional frente à nova informação. Dis-sonância no sentido de “incompatibilidade” e cognitiva no sentido de “conhecimento”.
Este efeito foi descrito pela primeira vez
numa experiência realizada nos Estados Uni-
dos por Leon Festinger e Carl Smith em 1959.
Por causa dessa dissonância, desta incom-
patibilidade, uma informação intelectualmente
verdadeira pode até mesmo afetar fisicamente
um indivíduo.
A informação conflitante poderá ser sim-
plesmente descartada, mesmo se a pessoa que
está rejeitando a verdade é extremamente inte-
ligente – como um mecanismo de defesa do ego.
Leia, a seguir, trechos do melhor capítulo
do livro “A Prova Evidente”, sobre este assunto,
de autoria de Gershon Robinson e Mordechay
Steinman.
Na era moderna, desde os tempos do Ilu-
minismo, muitas pessoas de todas as camadas
sociais dedicaram suas vidas inteiras ao exa-
me da questão de D’us. Por que a questão de o
Universo ser ou não criação de D’us causa tanta
perplexidade? Quando alguém diz “eu não sei”
sobre a existência de D’us, esta resposta é do
“tipo I” ou do “tipo II”? Ou seja, está baseada na
lógica e na razão, na falta de comprovação (tipo
I), ou há indícios suficientes de D’us e a dúvida
resulta da dissonância cognitiva (tipo II)?
A mais conhecida abordagem dos que de-
fendem a existência de D’us é o clássico argu-
mento do “relógio no deserto”, conhecido tam-
bém como “Teoria do Projeto”. O argumento diz:
Adar I / Adar II 5774 23
Quando uma pessoa se depara com uma informação que:• contradiz visões populares que ela tinha como aceitas,• ou que indica que ela estava equivocada,• ou ainda, que é complicada e difícil de lidar, tal informação é encarada como um “ataque” ao seu ego.Em consequência, torna-se imediatamente algo “desconfortável” e até “irritante” para ela.Os psicólogos atribuem o motivo desta irritação a uma “dissonância cognitiva”.
Dissonância Cognitiva
Psicologia
“Se você está andando sozinho num deserto, um
lugar onde lhe disseram que ninguém jamais
pisou, e de repente encontra um relógio, ainda
assim acreditaria que é o primeiro ser inteli-
gente a ter estado ali? Você não concluiria que
alguém havia passado por ali antes?” Por quê?
Porque é um absurdo patente imaginar
que todas as intrincadas peças de um relógio
– engrenagens, cordas, ponteiros, números e
caixa – pudessem simplesmente ter se encai-
xado, levadas pelo vento e reunidas de modo a
formar um mecanismo perfeitamente harmo-
nioso. Ele obviamente foi fabricado por alguém
que sabia a respeito da contagem do tempo e
sobre a engenharia de um instrumento para
esta finalidade. Em outras palavras, o projeto
de algo prova que ele teve um autor inteligente.
Qualquer um que sugerisse, de maneira séria,
que um objeto evidentemente projetado “evo-
luiu”, seria com razão considerado pouco são.
Vamos rever tal argumento recorrendo a
algo mais próximo do dia-a-dia. Na mercearia
da vizinhança, todos os produtos semelhantes
estão expostos ordenadamente em determina-
das prateleiras. As diversas marcas de extrato
de tomate estão em uma prateleira, as de milho
em lata estão em outra, as frutas em conserva
estão numa terceira prateleira, os produtos de
panificação numa quarta, os laticínios numa
quinta, e assim por diante. Certamente, todos
concordam que uma organização desta não
pode surgir por acaso, por uma lufada da sor-
te. Todos sabem que uma ordem e um projeto
destes pode ser criado apenas por uma inteli-
gência. No mundo da natureza, que revela um
projeto ainda maior do que as prateleiras de
uma mercearia, não seria de se esperar que
houvesse também um autor?
24 Adar I / Adar II 5774
O argumento é sólido. Contudo,
ainda assim muitos indivíduos não se
convencem com a “prova” da Teoria do
Projeto. Eles viram as costas sentin-
do que lhes faltam informações para
uma decisão inteligente. A Teoria do
Projeto é um dos muitos argumentos
em favor da existência de D’us. A opi-
nião prevalecente, entretanto, é que a
Teoria do Projeto e as outras não pro-
porcionam dados suficientes. Assim,
o “eu não sei” a respeito da existência
de D’us costuma ser considerado um
“eu não sei” do tipo I. Por outro lado,
talvez a dúvida surja não por causa
da lógica e da razão, mas de um “não
posso suportar isso” irracional e sub-
consciente. Talvez seja uma dúvida do
tipo II.
O argumento clássico do “relógio
no deserto” não consegue oferecer in-
dícios suficientes para dar ao homem
uma apreciação intuitiva de que uma
Inteligência criou o Universo. Se pu-
dermos demonstrar que o argumento
consegue fazer isso, se pudermos mos-
trar que ele é logicamente convincen-
te, poderemos concluir que o fato de a
pessoa não acreditar em D’us é causa-
do apenas pela dissonância cognitiva.
O Projeto Mínimo
Antes de tudo, devemos determi-
nar o nível de planejamento necessá-
rio para que o homem comum reco-
nheça automaticamente que “isso é
um produto da inteligência”. Em ou-
tras palavras, precisamos de um expe-
rimento que determine o nível de com-
plexidade estrutural capaz de levar o
homem comum a concluir de maneira
intuitiva que “tal objeto não surgiu
ao acaso”. Chamaremos este nível de
complexidade de “projeto mínimo”.
Para descobrir o mínimo, teremos
de estabelecer uma situação livre de
fatores capazes de desencadear o
“mecanismo de alerta prévio” do sub-
consciente. Vamos precisar de uma
situação experimental em que haja
certo nível de planejamento e em que
nossos assuntos não estejam sujeitos
a nenhum tipo de pressão pessoal, so-
cial, intelectual, metafísica ou outra
capaz de impedir a observação. Em
outras palavras, necessitamos de um
ambiente controlado, isto é, de uma
situação sem nenhum fator capaz de
interferir no funcionamento normal
da intuição do homem. Por meio de um
gráfico podemos ilustrar com clareza
o que queremos dizer com o termo
“projeto mínimo”.
Neste gráfico, o eixo horizontal
mostra níveis crescentes de complexi-
dade estrutural. O eixo vertical indica
a porcentagem de pessoas num grupo
hipotético que reconhece que os níveis
no eixo horizontal não poderiam ter
surgido ao acaso. Aqui, apenas o nível
3 seria considerado “projeto mínimo”.
O nível 3 representa a complexidade
estrutural perante a qual 100% dos
participantes concordam que “isso
não poderia ter ocorrido por acaso”.
No nível 2, menos de 75% dos partici-
pantes reagem desta forma e, no nível
1, a porcentagem é ainda menor.
Este gráfico poderia representar
os resultados de uma experiência con-
trolada envolvendo estudantes univer-
sitários e um jogo de cartas. Vamos
100
75
50
25
1 2 3
A
B
C
Tel: (5511) 3167-0440 Celular/nextel 7821-6553
e-mail: [email protected]
Purim Sameach!Purim
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PARABÉNS REVISTA NASCENTE!PARABÉNS REVISTA NASCENTE!Acompanhamos de perto essa
trajetória vitoriosa e desejamos muito sucesso também no futuro!
Psicologia
Purim Sameach
% de pessoas que reagem dizendo “projeto necessário”.
Nível de complexidade estrutural (projeto)
Adar I / Adar II 5774 25
considerar que os níveis l, 2 e 3 cor-
respondem a três diferentes ocasiões,
ou “rodadas”, em que são distribuídas
cartas a mil estudantes. Após cada
“rodada”, pergunta-se a cada estudan-
te: “As cartas que você recebeu foram
embaralhadas aleatoriamente antes
de lhe serem dadas ou alguém as arru-
mou em determinada ordem?”. Na pri-
meira rodada vamos supor que cada
estudante tenha recebido 52 cartas
e todas as cartas de copas e espadas
apareceram em ordem ascendente do
ás ao rei. Dado este nível de complexi-
dade (nível 1), cerca de 35% dos estu-
dantes (ponto A) concluíram: “Alguém
arrumou estas cartas”.
Na segunda rodada, vamos supor
que cada estudante tenha recebido de
novo um maço completo de 52 cartas
e, depois de examiná-las, todos viram
que as cartas de copas, espadas, ou-
ros e paus estavam agrupadas sepa-
radamente e, em cada grupo, as treze
cartas apareciam em ordem ascen-
dente do ás ao rei. Dado este nível de
complexidade (nível 2), quase 75% das
pessoas concluíram: “Alguém arru-
mou estas cartas... Há um autor aqui”.
Na terceira rodada, vamos supor
que os estudantes encontraram o mes-
mo arranjo, mas desta vez havia dois
maços de cartas “arrumadas”, não
apenas um. Dado este nível de com-
plexidade (nível 3), todos os estudan-
tes concordaram: “É necessário haver
um autor”.
Duas objeções costumam ser feitas
a respeito de experiências deste tipo.
Primeiro: não foi testado um número
suficiente de pessoas. Segundo: os par-
ticipantes têm características peculiares
e, portanto, não são representativos de
todas as pessoas. Em outras palavras, os
resultados do experimento com os estu-
dantes e as cartas podem ser questiona-
dos porque havia apenas mil estudantes
e estes constituem um grupo especial,
pouco característico.
Por sorte, uma experiência quali-
ficada estabelecendo o nível de com-
plexidade necessária para provocar a
reação intuitiva “é necessário haver
um autor” já foi concluída em nossa
geração. O ambiente controlado foi a
sala de cinema comum e os sujeitos da
experiência foram os milhões de espec-
tadores que viram o clássico filme cha-
mado “2001, Uma Odisseia no Espaço”.
O Monólito do 2001
O filme começa com sugestões
artísticas refinadas de que o homem
evoluiu a partir do macaco. Um bando
de macacos vive ao lado de um poço
de água, presumivelmente na Terra.
Graças ao extraordinário trabalho do
diretor e do maquiador do filme, a pla-
teia acompanha de perto a sociedade
de macacos. Diferentes relações “in-
terpessoais” são retratadas. É possível
até reconhecer diferenças de caráter
entre um macaco e outro.
Quando a plateia já está familiari-
zada com o primeiro bando de maca-
cos, este sofre o ataque de um segundo
bando, o qual assume o controle do
poço. A plateia acompanha o exílio do
primeiro bando, que encontra uma ca-
verna para se abrigar. Após uma ame-
drontadora noite em claro, os macacos
encontram um estranho objeto, com-
pletamente desconhecido para eles. É
um monólito de 5 metros de altura,
uma rocha negra perfeitamente re-
tangular, com a forma de uma peça
de dominó ou a do Prédio das Nações
Unidas, dotada de ângulos retos e
superfície polida e lisa. Após reunir
coragem suficiente para se aproximar
dele, e depois de bater na superfície
lisa com medo e curiosidade, os ma-
cacos seguem caminho.
Bolsas Térmicas
Psicologia
26 Adar I / Adar II 5774
Depois disso, um dos macacos faz
uma importante descoberta. Enquan-
to brinca despreocupadamente com
um grande osso de um animal morto,
o macaco percebe que este osso pode
ser usado para quebrar outros ossos.
Ele arma seus companheiros com os-
sos e o primeiro bando retoma o poço
de água, expulsando os agressores.
Não há nenhuma explicação a respei-
to do monólito.
De súbito, outra cena é apresenta-
da. Entram em cena naves espaciais,
um exemplo da sofisticada tecnologia
do século XX. Agora os Estados Unidos
já têm uma colônia na Lua. A justapo-
sição de cenas implica que a civiliza-
ção na Terra fez grandes avanços no
longo período desde o primeiro avanço
tecnológico com a descoberta do valor
militar dos ossos.
De repente, a colônia de homens
na Lua deixa de fazer contato com a
Terra. Segundo os rumores, ela teria
sido atingida por uma doença de pro-
porções epidêmicas. Na realidade, os
rumores são um disfarce. O verdadei-
ro motivo para a perda de contato é
uma descoberta na Lua “com poten-
cial tão grande de chocar a sociedade,
que o homem comum não seria capaz
de suportá-la”. Era melhor que os ter-
ráqueos não ficassem sabendo que
os americanos haviam encontrado a
primeira prova objetiva de que a ga-
láxia continha outras formas de vida
inteligente.
Qual é a prova? Escavando a su-
perfície da Lua, exploradores huma-
nos haviam encontrado um monólito
exatamente igual àquele achado pe-
los macacos. Como não havia sido
posto ali pelos terráqueos, tratava-se
da “primeira prova objetiva de uma
inteligência no Universo além da hu-
mana”.
Antes de mais nada, repare que
nenhum personagem do filme faz ob-
jeções à conclusão, baseada na desco-
berta da rocha retangular na Lua, de
que se tratava de uma “prova objetiva
de inteligência no Universo além da
humana”. E nenhum crítico ou analis-
ta contestou a lógica da história, con-
siderando inverossímil a suposição
básica do filme. Por acaso alguém, du-
rante ou depois de ver o filme, criticou
a lógica por trás da conclusão? Não.
Ali no cinema, comendo pipoca, livres
de preconceitos pessoais, sociais, inte-
lectuais ou de outros tipos, as pessoas
concordaram unanimemente que uma
rocha negra com ângulos retos e su-
perfícies lisas é indício conclusivo de
um autor inteligente. No cinema, um
ambiente controlado, não houve inter-
ferência. A dissonância cognitiva esta-
va ausente. Nenhum espectador argu-
mentou: “Talvez a rocha tenha surgido
por acaso...”. Todos tiveram a mesma
reação visceral imediata e intuitiva,
considerando a rocha como indício da
existência de uma inteligência. Não
houve a menor dúvida a respeito.
Ora, o filme 2001 foi visto por mi-
lhões de pessoas de todos os tipos, as-
sim, não se pode argumentar que um
número muito pequeno de pessoas foi
“testado” ou que os participantes do
“experimento” não eram representa-
tivos. Portanto, que nível de complexi-
dade é necessário para que se consi-
dere intuitivamente que algo foi criado
Psicologia
No cinema, comendo pipoca, livres de preconceitos pessoais, todos concordaram que uma rocha negra com ângulos retos e superfícies lisas é indício conclusivo de um autor inteligente.
Adar I / Adar II 5774 27
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de maneira proposital? É necessário
achar um computador na Lua? Não.
Um carro? Não. Um relógio? Não!
Basta uma simples rocha negra. 2001
serve como um experimento científi-
co controlado estabelecendo o “projeto
mínimo” exigido intuitivamente pelo
homem. No cinema, onde não há im-
plicações sérias para a vida da pessoa,
este nível mínimo é bem baixo.
Este mínimo pode ser usado como
ponto de referência para estudarmos
a verdadeira natureza da dúvida em
relação a D’us. Podemos compará-lo
ao nível de projeto que se manifesta no
Universo. Se este é inferior ao que há
na rocha, se está abaixo do mínimo,
seremos obrigados a concluir que tal
argumentação oferece prova insufi-
ciente de que o Universo foi projetado.
O “eu não sei” do homem moderno a
respeito de D’us seria então classifi-
cado como uma expressão tipo I, de
incerteza. A dúvida seria baseada na
lógica e na razão.
Por outro lado, se o projeto no
Universo é superior ao encontrado
na rocha, se é maior do que o míni-
mo, seremos forçados a concluir que
há indícios suficientes de um Mestre
Autor. E, se não fosse por preconceito
pessoal, social e outros, ou, em uma
palavra, pela dissonância, as pesso-
as reconheceriam isto intuitivamen-
te. Neste caso, o “eu não sei” teria de
ser classificado como uma resposta
de tipo II. A dúvida seria baseada no
irracional e no “não consigo suportar
isso” subconsciente.
Conceber a Concepção
Mesmo aqueles que têm apenas
um conhecimento superficial de bio-
logia ou de outras ciências naturais
sabem que o nível de complexidade
da natureza ultrapassa de longe o exi-
bido por um objeto de ângulos retos
e superfície lisa. Vamos pensar um
pouco sobre isto. Um manual de em-
briologia, “From Conception to Birth”
(Da Concepção ao Nascimento) coloca
questões pertinentes sobre o cérebro
humano e o sistema nervoso.
“Como surgiram os bilhões de cé-
lulas que formam este sistema?”, per-
gunta o manual, “e como elas se ligam
umas às outras para formar uma rede
conectando o cérebro aos músculos,
órgãos e glândulas de todo o corpo?
Como é possível que cromossomos mi-
croscópicos, cada um contendo toda
a informação codificada necessária
para produzir e ‘interligar’ um ser
humano inteiro, tenham surgido sem
um criador?”
Seria relativamente fácil de enten-
der se os neurônios estivessem conec-
tados ao cérebro como os aros de uma
roda, mas não é isso o que ocorre. A
maioria destes neurônios está ligada a
inúmeros outros neurônios; estima-se
que, em média, cada neurônio esteja
ligado a outros mil. Isto perfaz um to-
tal de 10 trilhões de conexões. É difícil
imaginar um diagrama completo des-
ta rede. Todos os cabos telefônicos do
mundo seriam apenas uma pequena
fração dela.
Um neurônio, como qualquer ou-
tra célula, contém um núcleo com
cromossomos idênticos aos do óvulo
original fertilizado. Assim, o núcleo
de cada neurônio contém um catálogo
de potencialidades herdadas tanto do
pai como da mãe. De que modo uma
reunião de genes pode dar conta das
variadas conexões entre os neurônios
e o sistema nervoso humano? Ou do
relacionamento entre os neurônios e
os músculos e os órgãos do corpo? Há
apenas cerca de 40 mil genes em to-
dos os cromossomos, aparentemente
insuficientes para trazer instruções
codificadas para a realização de 10
trilhões de conexões.
Mas se cada interconexão não está
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Psicologia
28 Adar I / Adar II 5774
prevista no cromossomo, então de que
modo os neurônios se conectam? Eles
apenas se estendem aleatoriamente
até os outros? Certamente que não,
pois cada um cumpre funções defini-
das e específicas, não aleatórias. As
conexões entre os nervos associados à
audição e entre os que controlam, por
exemplo, os músculos do bíceps, não
seriam lógicas ou eficazes e, acima de
tudo, o sistema nervoso efetivamente
coordena tudo o que a pessoa faz ou
pensa.
O sistema nervoso, afinal, compre-
ende o mais eficiente sistema de cabos
para a transmissão de mensagens que
se conhece. Basicamente, cada fibra
nervosa será recoberta por uma capa
de células protetoras (às vezes 5 mil
por fibra), e cada fibra poderá trans-
portar mensagens a uma velocidade
de 137 metros por segundo, ou 480
quilômetros por hora. A partir destas
células primitivas, visíveis já no déci-
mo oitavo dia da concepção, o embrião
formará mais de 10 mil sensores de
paladar em sua boca.
Cerca de 12 milhões de nervos se
formarão no nariz do bebê para ajudá-
-lo a detectar fragrâncias e odores no
ar. Mais de 100 mil células nervosas
serão devotadas a reagir à Quinta
Sinfonia de Beethoven ou ao bater de
um relógio suíço. O piano tem apenas
240 cordas, mas o ouvido do bebê tem
mais de 240 mil unidades de audição
para detectar as menores variações
no som.
Os olhos do bebê, que começam
a se formar após dezenove dias, têm
mais de 12 milhões de pontos sensí-
veis por centímetro quadrado; a reti-
na, ou a parte do olho sensível a luz,
tem mais de 50 bilhões destes pontos.
O manual de embriologia não men-
ciona a palavra ”D’us”, mas afirma:
“O desenvolvimento do cérebro e
do sistema nervoso e seu domínio da
integração de todos os sistemas per-
manece um dos mais profundos mis-
térios da embriologia.”
Para que tudo isso funcione, o olho
depende de muitas fontes externas.
Por exemplo, precisa de energia, nutri-
ção, oxigênio e lubrificação. Também
a temperatura e pressão dentro da
cabeça devem estar dentro de certos
limites definidos. Numerosos fatores
devem ser absolutamente exatos. Em
suma, não fosse pelo funcionamento
correto de milhares de outros siste-
mas no corpo, o olho não funcionaria
de forma alguma.
Encontra-se um número impres-
sionante de componentes interliga-
dos não apenas no olho, responsável
pela visão, mas também em outras
partes do corpo humano. E assim
como o olho, o sistema empregado
para desempenhar todas as tarefas
Psicologia
Adar I / Adar II 5774 29
vitais da vida dependem do funcio-
namento adequado de incontáveis
componentes. As possibilidades de
falhas são incrivelmente altas. É um
grande milagre uma pessoa levantar
de manhã!
Ninguém negará que a complexi-
dade do corpo humano ultrapassa de
longe o nível mínimo fornecido pelo
monólito negro do filme 2001. Portan-
to, a questão óbvia é a seguinte: se,
quando está no cinema, a intuição da
pessoa lhe diz que uma rocha negra
com ângulos retos e superfície lisa
deve ter sido feita com um propósi-
to, por que a intuição não lhe diz o
mesmo quando olha para um recém-
-nascido ou para uma planta?
Este é, sem a menor dúvida, um
grande exemplo do princípio da dis-
sonância cognitiva. A existência, no
Universo, de criaturas obviamente
projetadas implica um Criador inte-
ligente – uma proposição incômoda
para todos aqueles que fizeram gran-
des “investimentos” em outras coisas.
Aqueles que duvidam ou negam D’us,
afastam-se da verdade só porque a
existência de D’us é subconsciente-
mente incômoda.
Em outras palavras, a dúvida ou a
negação de D’us não se baseia na lógi-
ca, na razão ou na ausência de provas.
Não estamos de fato lidando com um
“eu não sei”, e sim com um “eu não
posso suportar isso”. Por meio desta
camuflagem, os esmagadores indícios
de D’us na natureza são lançados ao
esquecimento a fim de que os investi-
mentos fiquem resguardados.
Prova Empírica
Desse modo, a reação da plateia ao
filme 2001 contradiz aqueles que alegam
ser D’us “uma invenção do homem”, um
apoio imaginário que o homem precisa a
fim de lidar com as dificuldades da vida.
A verdade é bem diferente.
Se a questão for abordada com
objetividade plena, torna-se muito
claro que a natureza fornece provas
indeléveis da existência de D’us. O
nível de projeto em objetos vivos na
natureza é muito mais sofisticado do
que o projeto da rocha do filme 2001
e, como as pessoas reconhecem in-
tuitivamente, até mesmo a rocha não
poderia ter surgido sem a intervenção
da inteligência.
Na sala de cinema, onde não há
implicações para a vida das pesso-
as, elas reconhecem com facilidade
a verdade, pois não há dissonância
emocional que as impeça de ver.
Portanto, fica claro que aqueles que
não acreditam em D’us são os que
sofrem de dissonância cognitiva.
Essas pessoas reconheceriam intui-
tivamente que uma inteligência criou
os seres vivos, mas são impedidas
por bloqueios subconscientes muito
enraizados.
Psicologia
30 Adar I / Adar II 5774
Nossa GenteNascimentos
• Mazal tov pelo berit milá para as famílias: R. Avraham Stiefelman, R. Shalom Benamor, Alberto Serur, Betsalel Sender, David Aboulafia, Daniel Isac, Fabio Knoploch, Gil Segre, Isaac Israel e Ivan Diamandi.
• Mazal tov pelo nascimento da filhinha para as famílias: Alexandre Rabinovitch, Avraham Tzvi Lipceac, Ely Korik, Helio Mann, Samy Roizman e Moshe Frenkel.
No berit milá do filho de David Aboulafia
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Adar I / Adar II 5774 31
Nossa GenteNo berit milá do filho de Isaac Israel
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32 Adar I / Adar II 5774
Nossa Gente
No berit milá do filho de Alberto Serur
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Adar I / Adar II 5774 33
Nossa Gente
No berit milá do filho de David Friedlander
No berit milá do filho do R. Shalom Benamor
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34 Adar I / Adar II 5774
• Mazal tov aos jovens benê mitsvá: Abraham Itzhac Aboulafia, Alberto Dayan, Ariê David Apfelbaum, Beny Cohen, Joseph Hanono, Joseph Shayo, Mauricio Barzilai e Yaacov Alpern.
Bar Mitsvá
No bar mitsvá de Joseph Shayo
No bar mitsvá Abraham Itzhac Aboulafia
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Adar I / Adar II 5774 35
A Maior Livraria Judaica doMundo na palma da sua mão
Isso acabou de se tornar realidade
Adar I / Adar II 5774
Casamentos
• Mazal tov pelos noivados para as famílias: Shechter e Besser (Yossef Chaim e Miriam), Eskinazi e Portnoi (Yaakov e Malka).
• Mazal tov pelos casamentos para as famílias: Susyn e Alfassi (Alexandre e Fortuna), Savetman e Battat (Shniur e Guiga), Kacowicz e Magid (Moishe e Ester Nechama), Silbers-tein e Segal (Yoeli e Miri), Cohen e Carciente (Ovadia Yaacov e Sarah), zzzzSztokfisz e Schwarz (Cassio e Gabriela), Zejger e Markovitch (Shmuli e Malky), Ajzenberg e Millrod (Yossef Shlomo e Ayelet Miriam), Izaak e Lemberger (Avrumele e Reisy), Albilia e Zagury (Elhanan e Yael).
No casamento de Henrique e Anie Gandelman
No noivado de Yaakov Eskinazi e Malka Portnoi
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Adar I / Adar II 5774 37
Nossa Gente
No casamento de Moishe e Ester Nechama Kacowicz
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Adar I / Adar II 5774
Nossa Gente
No casamento de Abir e Natasha Magid
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Adar I / Adar II 5774 39
O Poder Não Está nas Mãos dos HomensO homem não tem poder para mudar o que foi decretado por D’us. A Vontade do Todo-Poderoso, após a Criação, foi que o mundo seguisse de modo natural.
Por ordem do rei Achashverosh, Haman tinha que buscar Mor-
dechay, vesti-lo com roupas imperiais e conduzi-lo pela cidade no cavalo do rei.
Conforme o Midrash Rabá (Meguilat Ester
10:4), Mordechay estava estudando Torá com as
crianças, quando Haman chegou. Preocupado
com as crianças, Mordechay pediu a elas que
fugissem para não serem alvo das maldades
de Haman. Naquele momento, Mordechay não
conhecia as intenções de Haman. As crianças
lhe responderam que, caso Haman quisesse
matá-lo, elas morreriam junto. Mordechay pe-
diu então que elas começassem a rezar.
Quando Haman chegou, perguntou a Mor-
dechay o que estava estudando com as crianças
de Israel. Ele respondeu que estavam estudan-
do sobre a oferenda do ômer que era trazida no
tempo do Bêt Hamicdash, porque aquele dia era
16 de Nissan. Na época do Bêt Hamicdash, na-
quele mesmo dia, oferecia-se o Corban Haômer.
Haman indagou se esta oferenda era de ouro
ou prata. Mordechay respondeu que não era nem
de ouro, nem de prata, nem mesmo de trigo, mas
sim de cevada. Haman perguntou então qual era
seu valor. Mordechay respondeu que era “assirit
haefá” (um décimo de uma efá), que equivale a
aproximadamente um 1,7Kg de cevada.
Haman retrucou que o décimo de efá ven-
ceu os assêret alafim kicar kêssef (dez mil ta-
lentos de prata) que Haman havia oferecido aos
tesouros do rei Achashverosh, quando extermi-
nassem (hayô lô yihyê – que nunca aconteça)
o Povo Judeu.
Nossos sábios disseram (Midrash Rabá
Vayicrá 28:6): “Al tehi mitsvat haômer cala
beenecha – Que não pareça a mitsvá do ômer
pequena perante teus olhos”. Embora a quan-
tidade dessa oferenda seja tão pouca, não de-
vemos menosprezá-la. Ela nos ensina que o ser
humano está impossibilitado de dar algo ao
Todo-Poderoso – pequeno é o homem e pequena
é sua oferenda.
O Rav Moshê Schwab zt”l diz em seu livro,
Maarchê Lev, que o vínculo entre o milagre
de Purim e a oferenda do Ômer é que ambos
aparentam ser algo da natureza. Em Purim, os
acontecimentos aconteceram sem que houvesse
qualquer “milagre explícito”. Ambos demons-
tram também, que o verdadeiro Condutor do
Universo é o Todo-Poderoso e que o homem não
tem poder algum em suas mãos para mudar
alguma situação. Em Purim, no final, ficou evi-
dente que tudo aconteceu exatamente conforme
a vontade de D’us.
A Vontade do Todo-Poderoso, no entanto,
após a Criação, foi que o mundo seguisse de
modo “natural”. D’us não quer que sua inter-
venção nos acontecimentos seja constantemen-
te tão explícita e evidente. Isso diminuiria o
livre arbítrio dos homens. Por isso, D’us criou
as “leis da natureza”. Mas, na realidade, essas
leis naturais estão totalmente sob o controle
Divino.
Prova de que a natureza, tudo e todos são
conduzidos por Ele, é que o valor numérico da
palavra “hateva” – a natureza (hê [5] + tet [9] + bêt [2] + áyin [70] = 86) e da palavra Elokim (álef [1]
+ lámed [30] + hê [5] + yud [10] + mem [40] = 86),
é o mesmo!
Visão judaica
Rabino Isaac Dichi
40 Adar I / Adar II 5774
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A Conquista da Terra de IsraelMoshê Rabênu, o maior líder e profeta do Povo de Israel, foi impedido por D’us de entrar com o povo na Terra Santa. O escolhido para suceder Moshê foi Yehoshua bin Nun, seu principal discípulo.
Histórias do Tanach
Yehoshua, o Novo Líder
Enquanto Moshê liderou o povo, Yehoshua
o acompanhou todo o tempo. Yehoshua recebeu
de seu mestre a transmissão de toda a Torá,
sem perder uma única palavra. O midrash
conta que, quando Moshê subiu no Monte Sinai
para receber a Torá, Yehoshua ficou esperando
na base do monte até que seu mestre voltasse.
Fez isso para não perder as palavras de Moshê
nem mesmo por alguns instantes, o tempo que
duraria a caminhada de volta até o acampa-
mento.
Um dos méritos de Yehoshua para ser esco-
lhido por D’us como o líder do povo, foi o fato
de que ele se preocupava em arrumar a tenda
de estudos, organizando-a para que o povo pu-
desse estudar com facilidade. A sua preocupa-
ção com o bem-estar do povo de Israel e o seu
amor às palavras da Torá não tinham limites.
D’us ordenou que Yehoshua começasse a li-
derar o povo mesmo antes da morte de Moshê,
fortalecendo assim sua posição e a aceitação
do novo líder perante o povo. Moshê Rabênu
pediu que trouxessem roupas especiais para
Yehoshua e, frente a todo o povo, ordenou: “Ve-
nham e escutem as palavras do novo profeta
que nos liderará a partir de hoje!”.
Quando chegou o momento de Moshê dei-
xar este mundo e ocupar seu lugar no Gan
Êden, o Paraíso, D’us ordenou que ele subisse
sozinho no monte de Nevô. Lá, o Todo-Poderoso
mostrou a Moshê a terra de Israel com todos
os seus detalhes. D’us exibiu também para
Moshê tudo o que ocorreria com o Povo de Is-
rael durante todas as gerações, até a época do
Mashiach. Depois disso, sua alma foi tirada de
seu corpo sem nenhum sofrimento.
A Torá relata que Moshê foi sepultado nas
terras de Moav, no vale em frente a Bêt Peor. O
lugar exato onde o maior profeta de Israel foi
enterrado, no entanto, permanece desconheci-
do até nossos dias.
Adar I / Adar II 5774 41
Conta-se que o rei de Moav queria
saber onde estava enterrado Moshê.
Para isso, subiu no monte de Nevô
junto com seus mais importantes mi-
nistros, chegando no lugar onde jul-
gava estar a sepultura. Quando o rei
chegou no alto do monte viu, para seu
espanto, que a sepultura se encontra-
va na base do monte. Todos desceram
para o lugar onde tinham avistado o
túmulo, mas quando chegaram em-
baixo não encontraram nada. Olhan-
do para cima, novamente avistaram
o túmulo no cume do monte. Assim,
o rei e seus ministros continuaram
procurando o túmulo, que sempre
parecia estar em um local diferente.
Moshê Rabênu morreu ao comple-
tar cento e vinte anos, no mesmo dia
em que nasceu, no dia sete de adar.
O povo chorou a sua morte por trinta
dias.
Durante os quarenta anos da tra-
vessia do deserto, o povo de Israel se
alimentava do man, uma comida que
caía diariamente do céu. Este mila-
gre acontecia graças aos méritos de
Moshê. Depois da morte de Moshê o
man parou de cair.
Aharon Hacohen e Miryam Ha-
neviá, os irmãos de Moshê, também
morreram sem entrar na terra de Is-
rael. Os milagres que aconteciam pelo
mérito deles – as nuvens que prote-
giam o povo e a água que saía da pe-
dra – também desapareceram. No en-
tanto, um milagre fez com que o man
ajuntado antes da morte de Moshê
– que antes não podia ser guardado –
durasse todo o tempo que o povo levou
para conquistar a terra de Israel até
que puderam comer de seus frutos.
Os Espiões na Casa de Rachav
Antes de atravessar o rio Jordão
e entrar na Terra Santa, Yehoshua
enviou dois espiões para investigar a
cidade de Yerichô, a primeira cidade
que deveria ser conquistada pelo Povo
de Israel.
Os escolhidos para tal função fo-
ram dois grandes tsadikim do povo:
Calev ben Yefunê e Pinechás ben Ela-
zar. Calev já conhecia a Terra de Is-
rael. Quarenta anos antes, junto com
Yehoshua e com outros dez represen-
tantes do povo, ele tinha espionado
Israel. Naquela oportunidade, Calev
e Yehoshua foram os únicos que não
pecaram falando mal da terra, e por
isso foram dos poucos que tiveram o
mérito de assistir à Saída do Egito e à
conquista de Israel.
Pinechás também já havia se
destacado em outra oportunidade.
Em certa ocasião, o rei Balac tentou
várias vezes, junto com o perverso
Bil’ám, amaldiçoar o povo de Israel.
Como todas as tentativas frustraram,
usou as jovens de seu povo para tentar
perverter os rapazes judeus. Com isso
tencionava fazer a ira de D’us se voltar
contra Israel e poder vencê-lo neste
momento de fraqueza espiritual.
Uma pequena parte dos jovens
do povo foi persuadido por essas mu-
lheres e acabaram por adorar suas
idolatrias. D’us enviou, então, uma
peste que matou milhares de pesso-
as. Vendo isso, Pinechás agiu rápida
e corajosamente. Pegou uma lança e
matou Zimri ben Salu, um dos líderes
da tribo de Shim’on, junto com uma
moabita. Este ato pôs fim à peste que
se alastrava e salvou a assimilação do
povo com as moabitas. Pinechás foi
abençoado e santificado por D’us e,
tempos depois, tornou-se cohen gadol,
o sumo sacerdote, na terra de Israel.
A cidade de Yerichô era total-
mente cercada por altas muralhas
intransponíveis para o exército. Este
era o maior trunfo de seus habitantes
Histórias do Tanach
Lembretes Para Quando Estiver na Sinagoga
ZARAPLASTBen Ish Chay, Parashat Vayêshev
ZARAPLASTBen Ish Chay, Parashat Vayêshev
O respeito pelo bêt hakenêsset é uma mitsvá da Torá.
Conversas sobre negócios, mesmo não sendo conversas fúteis, também são proibidas no recinto da sinagoga.
Ao entrar na sinagoga para chamar um amigo, deve-se primeiro ler um capítulo de Tehilim ou estudar Torá.
Não se dorme nem se cochila no bêt hakenêsset.
É proibido entrar por uma porta da sinagoga e sair pela outra para cortar caminho, exceto para realizar uma mitsvá.
É preferível rezar em um bêt hakenêsset onde haja muitas pessoas (berov am) rezando.
42 Adar I / Adar II 5774
contra o iminente ataque de Israel.
Yehoshua mandou que Calev e Pi-
nechás se disfarçassem de simples
comerciantes para que não fossem
reconhecidos pelos habitantes de Ye-
richô como espiões. Calev e Pinechás
fizeram como Yehoshua lhes ordenou
e conseguiram entrar pelos portões
de Yerichô com o cair da noite.
Os dois espiões, disfarçados de
vendedores de panelas, procuraram
logo abrigo na casa de Rachav, que fi-
cava encostada nas muralhas da cida-
de. A casa de Rachav funcionava como
uma espécie de pensão. Lá, Pinechás
e Calev poderiam ouvir as conversas
dos habitantes do local e saber qual
era exatamente a situação da cidade.
Logo, no entanto, o rei de Yeri-
chô, que tinha guardas espalhados
por toda a extensão das muralhas,
ficou sabendo da chegada de dois
estranhos e suspeitou que eram
espiões. Ele imediatamente enviou
guardas para a casa de Rachav com
a missão de capturar os dois supos-
tos espiões.
Quando Rachav percebeu que os
guardas do rei estavam vindo para
sua casa prender os dois homens que
haviam chegado, foi rapidamente avi-
sá-los. Rachav escondeu Calev no só-
tão. Pinechás, no entanto, não preci-
sou ser escondido; D’us tinha lhe dado
o fabuloso poder de ver sem ser visto.
Assim, quando os guardas invadiram
a casa para agarrá-los, Pinechás pode
ouvir toda a discussão entre Rachav e
os homens do rei sem que eles perce-
bessem sua presença.
– Leve-nos até os dois hóspedes
que chegaram hoje em sua casa! – dis-
se o chefe dos guardas. – Nós estamos
certos de que eles são espiões do povo
de Israel!
– Realmente, dois homens vieram
à minha casa hoje, porém eu não sa-
bia de onde eles vinham – respondeu
Rachav parecendo assustada. – Eu
dei comida para eles. Logo depois eles
saíram de minha casa e seguiram seu
caminho. Parece que eles queriam
sair da cidade rapidamente, antes que
os portões se fechassem. Se vocês se
apressarem, talvez ainda consigam
alcançá-los antes que eles voltem para
seu acampamento.
Os soldados do rei acreditaram
nas palavras de Rachav. Agradece-
ram e saíram rapidamente da cidade
seguindo o caminho que “certamente”
os espiões tinham tomado para voltar
a seu acampamento. Depois que os
soldados saíram, o portão foi rapida-
mente fechado, impedindo assim a
entrada e a saída de qualquer pessoa
não autorizada.
Rachav, que já tinha ouvido muito
sobre o povo judeu, era uma mulher
temente a D’us. Ela sabia que os ju-
deus conseguiriam conquistar Yeri-
chô e toda a terra de Israel. Rachav
já tinha resolvido que, junto com sua
família, se uniria ao povo de Israel e
se converteria ao judaísmo. No entan-
to, até então não sabia como fazê-lo.
Sentindo que esta era a sua oportu-
nidade, subiu para o esconderijo dos
espiões e disse:
– Eu sei que vocês são espiões do
povo de Israel e vieram saber qual é a
nossa situação. Pois saibam que todos
os habitantes da terra estão paralisa-
dos pelo medo. Todos ouviram sobre
os grandes milagres que D’us realizou
para vocês na saída do Egito e no de-
serto. Todos sabem também das guer-
ras contra os emorim e seu rei Sichon
e contra o gigante Ôg, rei de Bashan.
Nós sabemos que D’us guerreia por
vocês! O medo tirou de nós toda a for-
ça de guerrear e não existe um único
homem que ainda tenha esperança de
vencer a guerra.
– Eu tenho um único pedido para
vocês – continuou Rachav. – Da mes-
ma forma que eu pratiquei um ato de
bondade com vocês, salvando-os dos
guardas, façam também uma bon-
dade comigo e com minha família.
Quando vocês invadirem a cidade,
protejam-me e a minha família para
que nós possamos nos converter ao
judaísmo e nos juntar a seu povo.
Pinechás e Calev concordaram
com o pedido de Rachav e promete-
ram poupá-la e a sua família. Com-
binaram, então, que antes da inva-
são ela colocaria uma fita vermelha
amarrada na parede externa de sua
casa. Este seria um sinal para o povo
de Israel não atacar aquela casa. Os
espiões acrescentaram que somente
quem estivesse dentro da casa seria
poupado e que a garantia de salvação
só era válida se Rachav guardasse se-
gredo absoluto do combinado.
Depois que seu pedido foi aceito,
Rachav passou a preocupar-se com
a fuga dos espiões da cidade. Como
a casa de Rachav era encostada nas
muralhas de Yerichô, Pinechás e Ca-
lev usaram uma grande corda e pu-
deram sair pelo telhado, alcançando
o lado de fora da cidade. Rachav
aconselhou-os a se esconderem em
uma montanha até que a patrulha
enviada em seu encalço voltasse à
cidade e o perigo de serem captura-
dos passasse.
Os dois tsadikim aceitaram o
conselho de Rachav e, depois de três
dias refugiados nas montanhas, vol-
taram para shitim, onde estava o
acampamento de Benê Yisrael. Lá,
eles relataram as boas notícias para
Yehoshua:
– O medo se espalhou pela terra.
Certamente, com a ajuda de D’us, po-
deremos conquistar toda a terra de
Israel!
A empreitada rumo à gloriosa
conquista de Êrets Yisrael começaria no
dia seguinte.
Histórias do Tanach
Adar I / Adar II 5774 43
Aconteceu
Seminário Mekor HaimEstudos e lazer no seminário de fim-de-semana
coordenado pelo R. Yaakov KassabFotos de Isaac Kakon
44 Adar I / Adar II 5774
Mussar
A Alegria de PurimSeu crescimento pessoal depende dos maravilhosos ensinamentos do mussar
Purimccomemora a salvação milagrosa de todo o
povo judeu do plano maligno de Haman, o ministro persa, que passou um édito real de “matar e destruir todos os judeus, jovens e velhos, crianças e mulheres num só dia”.
Normalmente, quando celebramos um
milagre que salvou nossas vidas, nossa feli-
cidade está centrada no seguinte sentimen-
to: “Estamos vivos!”. Sermos salvos da morte
por intervenção Divina é certamente uma
alegria contagiante. No entanto, há outra
dimensão a se vivenciar num milagre desta
magnitude e que aumenta nossa alegria ex-
ponencialmente.
D’us é o nosso Criador e nos concede a dá-
diva preciosa da vida a cada segundo de nossa
existência. Sob esta perspectiva, em Purim não
apenas comemoramos nosso resgate de um pe-
rigo mortal, mas mais ainda: esta libertação
aumenta a nossa consciência de que o Todo-
-Poderoso quer que vivamos!
Quanto mais refletirmos sobre a surpreen-
dente verdade de que D’us infunde uma alma
viva em nós a cada segundo, mais a nossa ale-
gria se intensificará. Estamos vivos porque o
Todo-Poderoso quer que vivamos! Enxergar o
milagre de Purim por este prisma ajuda-nos a
vivenciar o amor maravilhoso e a bondade que
Ele verte em abundância sobre nós. Além do
mais, a alma que Ele nos concede é sagrada e
muito próxima a Si.
Em Purim celebramos a alegria de termos
sido salvos tanto física quanto espiritualmen-
te. Comemoramos a salvação de nossos corpos
com uma refeição festiva e celebramos a dádiva
espiritual da vida lendo a Meguilá, que narra os
muitos milagres que o Todo-Poderoso realizou
a fim de nos dar esta dádiva maravilhosa!
Baseado nos escritos do Rabino Israel Salanter Lituânia, 1810–1883
Rabino Zvi Miller
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Adar I / Adar II 5774 45
Adar I 1 de Fevereiro de 2014 a 2 de Março de 2014
5774
ROSH CHÔDESHSexta-feira e sábado, dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro.Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se o Halel Bedilug em Shachrit.Acrescenta-se a oração de Mussaf.
BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA
Início (conforme costume sefaradi): quinta-feira, dia 6 de fevereiro, a partir das 22h26m
(em São Paulo no horário de verão).Final: manhã de sexta-feira, 14 de fevereiro,
até as 06h53m (em São Paulo no horário de verão).
PURIM CATAN SHUSHAN PURIM CATAN14 e 15 de adar I.Sexta-feira e sábado, 14 e 15 de fevereiro.Não se recita Tachanun no dia e em Minchá da véspera.Não se recita Tsidcatechá em Minchá de Shabat.
Datas & Dados
46 Adar I / Adar II 5774
Adar II 3 de Março de 2014 a 31 de Março de 2014
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ROSH CHÔDESHDomingo e segunda-feira, dias 2 e 3 de março.Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se o Halel Bedilug em Shachrit.Acrescenta-se a oração de Mussaf.
BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA
Início (conforme costume sefaradi): sábado, dia 8 de março, a partir das 19h09m
(em São Paulo).Final: toda a noite de sábado e madrugada de domingo,
16 de março, até as 04h32m (em São Paulo). TAANIT ESTER JEJUM DE ESTER ANTECIPADOQuinta-feira, 13 de março.Início: 4h55m. Término: 18h55m (em São Paulo).Esta data lembra os dias de jejum e orações solicitados pela Rainha Ester ao povo, quando foi pedir ao Rei Achashverosh que salvasse Benê Yisrael do extermínio, conforme ordenado por Haman, o Perverso.
SHABAT ZACHORDia 15 de março.
Faz-se uma leitura especial, “Parashat Zachor” (Devarim 25:17-19), no maftir da leitura da Torá.
PURIM
Domingo, 16 de março – não se diz Tachanun.Nossos sábios determinaram que a Meguilat Ester seja lida de um rolo de pergaminho no qual o texto é escrito à mão, para lembrar-mos do milagre de Purim, quando D’us nos salvou do extermínio
planejado por Haman durante o Império Medo-Persa. A leitura deve ser efetuada duas vezes: na noite (anterior ao dia) de Purim e de ma-nhã. Além da mitsvá de escutar a leitura da Meguilá, deve-se enviar matanot laevyonim: presentes para pelo menos dois carentes. Outro
preceito é o de enviar pelo menos duas espécies de alimentos prontos para o consumo a um amigo, denominados de mishlôach manot.
A refeição festiva de Purim, na qual não deve faltar carne e vinho, é outro preceito.
Os interessados podem adquirir gratuitamente um exemplar do livro publicado pela Congregação,“Purim – Leis, Comentários e
Meguilat Ester”, na secretaria em horário comercial.
SHUSHAN PURIMSegunda-feira, 17 de março. Não se recita Tachanun.
Datas & Dados
Adar I / Adar II 5774 47
HORÁRIO DE ACENDER AS VELAS DE SHABAT E YOM TOV EM SÃO PAULO
07 de fevereiro - 19h32m14 de fevereiro - 19h28m21 de fevereiro - 18h22m28 de fevereiro - 18h17m07 de março - 18h10m
14 de março - 18h04m21 de março - 17h57m28 de março - 17h50m04 de abril - 17h43m11 de abril - 17h36m
PARASHAT HASHAVUA 01 de fevereiro - Parashat: Terumá Haftará: Vashem Natan Chochmá Lishlomô08 de fevereiro - Parashat: Tetsavê Haftará: Atá Ven Adam15 de fevereiro - Parashat: Ki Tissá Haftará: Vayishlach Ach’av (sefaradim)22 de fevereiro - Parashat: Vayakhel Haftará: Vayishlach Hamêlech Shelomô (sefaradim)01 de março - Parashat: Pecudê (Shecalim) Haftará: Vayichrot Yehoyadá (sefaradim)08 de março - Parashat: Vayicrá Haftará: Am Zu Yatsárti Li15 de março - Parashat: Tsav (Zachor) Haftará: Vayômer Shemuel el Shaul (sefaradim)22 de março - Parashat: Shemini (Pará) Haftará: Ben Adam Bêt Yisrael (sefaradim)29 de março - Parashat: Tazria (Shabat Hachôdesh) Haftará: Barishon Beechad Lachôdesh (sefaradim)05 de abril - Parashat: Metsorá Haftará: Vearbaá Anashim12 de abril - Parashat: Acharê Mot (Shabat Hagadol) Haftará: Vearevá Lashem (sefaradim)
HORÁRIO DAS TEFILOT Shachrit - De segunda a sexta-feira - 20 min. antes do nascer do Sol (vatikim), 06h20m (Midrash Shelomô Khafif), 06h50m (Zechut Avot) e 07h15m (Ôhel Moshê).Aos sábados - 08h15m (principal), 08h20m (Zechut Avot), 08h40m (infanto-juvenil) e 08h45m (ashkenazim).Aos domingos e feriados - 20 min. antes do nascer do Sol, 07h30m e 08h30m.Minchá - De domingo a quinta - 17h40m e 18h00m.Arvit - De domingo a quinta - 18h20m, 19h00m e 20h00m.
Próximas Comemorações JudaicasTu Bishvat (15/shevat/5774).......................... 16/jan/14.......Sábado
Jejum Taanit Ester (11/adar II /5774) ............13/mar/14........Quinta
Purim (14/adar II /5774) ...............................16/mar/14 ......Domingo
Shushan Purim (15/adar II /5774)..................17/mar/14......Segunda
1ª noite de Pêssach (15/nissan/5774) ...........14/abr/14.......Segunda
2ª noite de Pêssach (16/nissan/5774) ........... .......Quarta15/abr/14
7º dia de Pêssach (21/nissan/5774)...............21/abr/14.......Segunda
8º dia de Pêssach (22/nissan/5774)...............22/abr/14.......Terça
1º dia de Shavuot (6/sivan/5774) ..................4/jun/14.........Quarta
2º dia de Shavuot (7/sivan/5774) ..................5/jun/14 .........Quinta
Jejum 17 de Tamuz (17/tamuz/5774) .............15/jul/14........Terça
Jejum Tish’á Beav (9/av/5774).......................5/ago/14........Terça
1º dia de Rosh Hashaná (1/tishri/5775) .........25/set/14.......Quinta
2º dia de Rosh Hashaná (2/tishri/5775).........26/set/14 .......Sexta
Jejum Tsom Guedalyá (4/tishri/5775)............28/set/14.......Domingo
Yom Kipur (10/tishri/5775).............................4/out/14.........Sábado
1º dia de Sucot (15/tishri/5775) .....................9/out/14 ........Quinta
2º dia de Sucot (16/tishri/5775) .....................10/out/14.......Sexta
Hoshaná Rabá (21/tishri/5775).....................15/out/14 ......Quarta
Shemini Atsêret (22/tishri/5775)....................16/out/14 ......Quinta
Simchat Torá (23/tishri/5775)........................17/set/14........Sexta
Tu Bishvat (15/shevat/5775).........................4/fev/15.......... Quarta
Jejum Assará Betevet (10/tevet/5775)..........1/jan/15............Quinta
1º dia de Chanucá (25/kislev/5775).............16/dez/14 .........Terça
MINCHÁ DE ÊREV SHABAT06 de dezembro - 19h23m13 de dezembro - 19h28m20 de dezembro - 19h32m27 de dezembro - 19h35m03 de janeiro - 19h37m10 de janeiro - 19h39m17 de janeiro - 19h39m24 de janeiro - 19h38m31 de janeiro - 19h35m07 de fevereiro - 19h32m
MINCHÁ DE SHABAT08 de fevereiro - 19h05m15 de fevereiro - 19h00m22 de fevereiro - 18h00m01 de março - 17h55m08 de março - 17h45m15 de março - 17h40m22 de março - 17h35m29 de março - 17h25m05 de abril - 17h20m12 de abril - 17h15m
Datas & Dados
48 Adar I / Adar II 5774
TABELA DE HORÁRIOS •ADAR I / ADAR II 5774Acrescentar 1 hora na vigência do horário de verão
São Paulo
DiaNets
Hachamá (nasc. Sol)
Zeman Tefilin
Alot Hashá-
charChatsot
Sof Zeman Keriat Shemá Sof Zeman Amidá Sof Zem. Mussaf Pêleg Haminchá Shekiá (pôr-
do-sol)
Minchá Guedolá de alot
a tset4:554:564:564:574:584:584:595:005:005:015:02 5:02 5:03 5:03 5:04 5:05 5:05 5:06 5:06 5:07 5:07 5:08 5:09 5:095:105:105:115:115:125:125:135:135:145:145:145:155:155:165:165:175:175:185:185:185:195:195:205:205:205:215:215:225:225:225:235:235:235:245:24
do nets à shekiá
de alot a tset
do nets à shekiá
de alot a tset (72m)
de alot a tset
do nets à shekiá
do nets à shekiá
de alot a tset
4:324:334:344:344:354:364:374:384:394:404:40 4:41 4:42 4:43 4:44 4:44 4:45 4:46 4:47 4:47 4:48 4:49 4:50 4:504:514:524:524:534:544:554:554:564:574:574:584:584:594:595:005:005:015:015:025:025:035:035:035:045:045:055:055:065:065:065:075:075:075:085:08
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Març
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Feve
reir
o
Datas & Dados
Adar I / Adar II 5774 49
“Achados e Perdidos”Chayim Walder
Meu nome é Reuven.Estudo na quarta série e sou um garoto como os outros.A história que quero lhes contar aconteceu durante um longoz período. Na verdade,
durou um ano inteiro.Um dia – é assim que a maioria das histórias começam – eu voltava da escola
quando vi um estojo preto e grosso caído na rua.Fui descuidado. Não tive medo, por algum motivo, de que aquilo fosse alguma coisa
perigosa, e abri-o.Dentro do estojo havia uma máquina fotográfica. Ela possuía um monte de lentes e
botões. Não era uma máquina digital. Era do tipo das máquinas antigas.Cheguei em casa e contei para minha mãe sobre meu achado.Observamos bem a máquina e o estojo, mas não encontramos nenhum nome inscrito
neles. Sentei em meu quarto e tentei encontrar algum sinal de identificação, sem sucesso.Eu queria muito fazer a mitsvá de devolver meu achado para seu dono.De repente, tive uma ideia. Corri para minha mãe e exclamei:– Há um sinal sim! Um bom sinal! Vamos revelar o filme de dentro da máquina e,
analisando as fotografias, saberemos a quem ela pertence.Mamãe concordou que aquela era uma ideia excelente.
De criança para criança
50 Adar I / Adar II 5774
Corri imediatamente para a loja reveladora.Dei o filme e esperei, curioso e tenso, pelos resultados. Depois de uma hora, o atendente me comunicou, com tristeza, que todas as fotos
saíram queimadas, exceto uma. Ele me mostrou a única fotografia que sobrara, na qual se via o seguinte: um enorme sapo, um árabe, um homem estranho que parecia ter fugido da prisão, um bebezinho fofinho, um homem vestido de chassid e mais um homem que eu também não conhecia.
Parece-lhes estranho? Para mim também foi.Observei mais uma vez a foto, virei-a e revirei-a. Meu espanto crescia cada vez
mais. Depois de meia hora de observação, o atendente disse-me impacientemente:– Garoto, estamos fechando e você ainda não pagou!Paguei-lhe pela revelação e corri para casa.Ao chegar em casa fui direto para o meu quarto. Peguei uma lente de aumento e
passei a verificar cuidadosamente a fotografia. Vi, ao fundo da fotografia, uma mesa com docinhos, garrafas e pratos.
– Parece que esta fotografia foi tirada em alguma festa – pensei comigo mesmo.O sapo não era verdadeiro e também não era um boneco de pelúcia – era uma
pessoa fantasiada de sapo. Depois de olhar bem para o rosto do “presidiário”, percebi que era um garoto que desenhara um bigode em seu rosto e vestira pijamas listrados. O árabe com sua “cafia” era outro menino...
Compreendi tudo!Aquela foto devia ter sido tirada em Purim. Todos os garotos da foto estavam fan-
tasiados: um de sapo, outro de prisioneiro e o terceiro, de árabe. Quanto ao chassid, eu não sabia dizer se era “verdadeiro” ou se era uma fantasia. Já o homem e o bebê, eu não tinha dúvidas, eram verdadeiros!
Depois de ter resolvido o mistério daquela fotografia estranha, só sobrou um enig-
Reserve seu espaço na edição de
Pessach
Informações:
3822-1416Desejamos Purim Sameach!
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ma: quem eram as pessoas da foto?Relatei minhas descobertas a minha mãe. Ela ficou surpresa com minha investigação
de detetive e surpreendeu-se com minhas conclusões detalhadas.Depois de olhar para a fotografia, ela disse:– Vamos pendurar cartazes na rua e telefonar para o jornal, pedindo para publica-
rem um aviso na seção de achados e perdidos.Assim fizemos. Mas ninguém telefonou.Os dias foram passando e a máquina fotográfica continuava em nossa casa, inútil.
Mas eu não a esqueci, muito menos da mitsvá que eu tinha de cumprir: hashavat avedá – devolução de um objeto perdido.
Às vezes, ficava observando a fotografia e imaginando como seria possível encontrar as pessoas que nela apareciam. Foi então que tive uma ideia: o dono da máquina, como toda pessoa, deveria ter dezenas de parentes e algumas centenas ou milhares de conhe-cidos.
Resolvi mostrar a fotografia a todos aqueles que eu conhecia. Quem sabe um deles conhecesse alguma pessoa da foto...
Meus parentes não conheciam; tampouco os garotos de minha classe. Comecei a
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mostrar a fotografia para os alunos mais velhos e mais jovens da escola, mas ninguém conhecia.
Durante um ano inteiro, mostrei a fotografia para todos aqueles com quem travava contato: aqueles que vinham em casa, aqueles que eu ia visitar, os rapazes da yeshivá próxima de minha casa, o vendedor de livros, o dono da mercearia, o funcionário do cor-reio. Para minha tristeza, ninguém conhecia as pessoas da foto. Alguns faziam troça da estranha fotografia. Um disse que não tinha amigos presos nem sapos, o segundo apon-tou a espada do árabe e exclamou: “Você está me dando medo!”.
Ninguém conhecia aquelas pessoas. Mas eu não perdi as esperanças. Um dia, bateram à porta. Era um estudante de yeshivá que queria saber onde mo-
rava a família Rachnileviz. Respondemos-lhe imediatamente:– No prédio ao lado.Ele estava quase indo embora, quando me lembrei, de repente, de algo e chamei-o.– Ei, você poderia esperar um minuto?Ele virou-se e esperou. Corri ao meu quarto e trouxe a famosa fotografia.– Por acaso você conhece alguma destas pessoas? – perguntei.O rapaz observou a foto e, para minha surpresa, disse:– Sim, este chassid chama-se Rav Mozes. Ele era professor de meu irmão na
yeshivá.Com as mãos trêmulas, anotei o endereço do rabino e esperei pela minha mãe.
Quando ela chegou, telefonou imediatamente para a casa da família Mozes.– Alô? – disse minha mãe. – Família Mozes?– Sim... – respondeu uma voz feminina.– Vocês por acaso perderam uma máquina fotográfica?– Não – respondeu a voz.Minha mãe pediu desculpas e retornou o telefone ao gancho.– Voltamos à estaca zero – disse ela.– Não pode ser! – eu disse. – O rapaz disse que tinha certeza de que o homem da
fotografia era este Rav Mozes!Decidi, apesar de tudo, ir ao endereço que o rapaz me deu. Depois de vinte minutos
de caminhada, cheguei à casa.Hesitante, bati à porta. Uma mulher apareceu. Provavelmente a mesma que atende-
ra ao telefone.– Sim, garoto, o que deseja?– Eu... bem, o telefonema... minha mãe telefonou a respeito da máquina fotográfica...
– gaguejei.– Mas a máquina não nos pertence – ela disse.– Mesmo assim, gostaria que desse uma olhada nesta foto e me dissesse se conhe-
ce quem está fotografado nela – eu disse, estendendo-lhe a foto.
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Ela observou a foto e disse:– De fato, este é meu marido. Este “árabe” é meu filho fantasiado. Meu marido
com certeza sabe quem são as outras pessoas. Ele chegará dentro de quinze minutos.Esperei, muito nervoso. Passaram-se dez minutos e aquele chassid apareceu à mi-
nha frente.Sua esposa aproximou-se, mostrou-lhe a fotografa e perguntou:– Você conhece o resto das pessoas da foto?O homem pegou seus óculos e eu fiquei tenso como uma mola.– Sim. Este é o professor de Yossi, o Rav Landman. Fomos visitá-lo em Purim para
levar-lhe mishlôah manot, lembra-se?Entrão a mulher virou para mim e disse:– Espere um pouco, por favor.Ela pegou uma lista telefônica, discou alguns números e então ouvi a seguinte conversa:– Família Landman? Seu marido está em casa?... Sei... Diga-me, vocês perderam uma
máquina fotográfica? Sim? Quando? Em Purim? Ouça, tem um garoto que a encontrou.Ela me chamou ao telefone, mas eu tive vergonha de ir.No dia seguinte, levei a máquina para a família Mozes. Seu filho, David, levou-a ao
professor Landman.De noite, recebi um telefonema. Com palavras emocionadas, o Rav Landman agrade-
ceu-me pelos meus esforços:– Esta máquina de fato vale muito dinheiro, mas seus esforços desmedidos e sua
vontade de cumprir a mitsvá de restituir algo perdido valem como ouro aos meus olhos! Você não imagina a recompensa que receberá dos Céus por ter se ocupado com uma mitsvá durante um ano inteiro!
O Rav Landman agradeceu-me mais uma vez e desligou. Somente então senti a verdadeira felicidade que vem ao se fazer uma mitsvá com muito esforço. Acreditem, não há felicidade maior que esta!
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Infantil
A Dança do UrsoUma das características marcantes do grande sábio, o Rebe Aryê Leib, que ficou conhecido como o Shpoler Zeide, ou o Saba (avô) de Shpole, era sua maneira de dançar. Frequentemente ele dançava de forma extraordinária.O público se aglomerava ao seu redor, cantando, e o rebe dançava numa velocidade incrível, com passos e movimentos precisos. Não era uma dança comum, mas uma das formas do grande tsadic servir ao Todo-Poderoso, e tinha o poder de atrair influências positivas dos Céus para o nosso mundo.
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O grande sábio chas-sídico Rabi Avraham “Hamal’ach” (Mezritch
1741 – Chavastov 1777) era filho do Rabi Dov Ber de Mezritch – o Maguid de Mezritch – que foi o dis-cípulo mais próximo do Báal Shem Tov.
Certa vez, Rabi Avraham presen-
ciou as danças do Shpoler Zeide –
Rabi Aryê Leib (Ucrânia 1725 – 1812)
– e ficou extremamente impressio-
nado com o que viu. Rabi Avraham
ficou observando extasiado cada pas-
so das danças do tsadic e percebeu
logo que aquela não era uma dança
comum. Depois, quando os dois tsa-
dikim puderam conversar a sós, Rabi
Avraham perguntou ao Saba onde ele
havia aprendido aquelas danças ad-
miráveis, que tanto o emocionaram.
“Essas danças”, respondeu o tsa-
dic com um sorriso, “aprendi com
Eliyáhu Hanavi. Vou lhe contar como
isto aconteceu:
“Antes de eu ser reconhecido
como rabino”, começou a contar o
Saba, “eu costumava viajar de cidade
em cidade e de aldeia em aldeia, sem
que ninguém soubesse quem eu era.
“Assim, certa vez, numa de mi-
nhas viagens, fiquei sabendo que um
pobre judeu, em certa aldeia, tinha
sido preso pelo nobre que era o dono
daquelas terras. O judeu arrendava
uma das propriedades do nobre, mas
nos últimos meses não conseguira
pagar o que devia para o senhor. O
senhor das terras, na realidade, não
era uma pessoa muito má, mas seu
secretário de confiança, que cuidava
de seus negócios, este sim era um ho-
mem perverso, que odiava os judeus
com toda sua alma.
“O secretário aproveitou a opor-
tunidade da dívida daqueles meses
para incitar o nobre a prender o
pobre judeu. Depois de muita insis-
tência, ele acabou conseguindo que o
patrão realizasse sua vontade.
“Naquela época, o senhor das
terras era como um rei em suas
propriedades. Ele tinha o direito de
fazer viver ou morrer quem desejas-
se e seus decretos eram cumpridos
à risca. Havia ainda um costume
perverso especial para os judeus que
possuíam dívidas e não as pagavam.
O condenado era preso e trancafiado
num calabouço, uma prisão subter-
rânea úmida e sombria, que possuía
um portão de ferro indevassável.
Havia também um pequeno buraco
no teto da prisão que servia para
“alimentar” o prisioneiro. Somente
uma vez por semana faziam descer,
por meio de uma corda, um pouco de
pão e água que mal eram suficientes
para sustentar uma pessoa por um
dia. Essa era a comida do condenado
durante toda a semana. Lá, o pobre
coitado ficava preso até o dia do ani-
versário do nobre.
“No dia de seu aniversário, o no-
bre preparava uma grande festa para
seus amigos e demais nobres das
redondezas. Durante a festa, o judeu
condenado era trazido para divertir
os convidados. Ele era vestido com
uma pele de urso especialmente con-
feccionada para a ocasião. Qualquer
um que vestisse aquela fantasia real-
mente ficava muito parecido com um
urso. O judeu, fantasiado de urso, era
então trazido para dentro do palácio.
Imediatamente ordenavam que ele
dançasse ao som de várias músicas
que a orquestra ia tocando. Um dos
ajudantes do nobre era convidado
a guiar o “urso” em suas danças. O
ajudante amarrava uma corrente em
volta do pescoço do “urso”, como se
fosse um animal verdadeiro, e come-
çava a dançar. O urso acorrentado
era obrigado a dançar junto com seu
guia de acordo com a música.
Infantil
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“As regras do jogo eram simples,
mas injustas. A sentença do condena-
do era dada conforme sua atuação nas
danças. Se ele conseguisse acompa-
nhar o guia em todas as danças, era
libertado e podia voltar para sua casa.
Se dançasse ainda melhor que o guia,
podia cair sobre ele e atacá-lo como
um urso que vence uma luta. Porém,
se o judeu não conseguisse acompa-
nhar seu guia nas danças, o coitado
era jogado no canil do senhor das ter-
ras, onde os cães ferozes o atacavam e
destroçavam-no sem piedade.
“É claro que o pobre e faminto
judeu, que tinha ficado vários meses
preso a pão e água, muitas vezes mal
conseguia andar, quanto mais dan-
çar com a pesada fantasia e a corren-
te no pescoço! Assim, os convidados
do nobre se divertiam enquanto o
“urso” tentava desesperadamente
dançar para salvar sua vida; uma
tentativa que, invariavelmente, ter-
minava com o judeu desmaiando de
cansaço e fraqueza, sendo jogado
para os cachorros ferozes.
“Nesta oportunidade, quando o
judeu que não pagara suas dívidas
estava preso no calabouço esperando
por sua terrível sentença, o Profeta
Eliyáhu se revelou para mim e man-
dou que eu fosse até aquela aldeia
salvar nosso irmão. Eliyáhu Hanavi
queria que eu secretamente tomasse
o lugar do homem no dia do aniversá-
rio do nobre e dançasse melhor que o
seu ajudante.
“– Mas eu não sei dançar! – argu-
mentei prontamente. – E não conheço
nem mesmo o nome dos ritmos e das
músicas!
“– Não se preocupe – respondeu
Eliyáhu Hanavi. – Eu lhe ensinarei
todas as danças e seus nomes, e você
poderá dançar melhor que qualquer
dançarino da região.
“Assim, conforme havia combina-
do, Eliyáhu Hanavi se revelou várias
vezes para mim e ensinou-me todas
as danças, passo por passo.
“Durante algum tempo, antes do
aniversário do nobre, eu fiquei mo-
rando numa das aldeias próximas de
seu palácio. Para que ninguém des-
confiasse de meus verdadeiros propó-
sitos, empreguei-me como professor
na casa de um dos judeus do local.
Assim, passei a investigar uma ma-
neira de trocar de lugar com o judeu
condenado sem que ninguém desco-
brisse. Numa de minhas incursões
noturnas, descobri que era possível,
através do buraco por onde se pas-
sava a comida do condenado, descer
com uma corda até o fundo do poço.
O grande problema, no entanto, seria
para sair. O buraco era muito estrei-
to, tornando praticamente impossível
subir novamente pelo mesmo cami-
nho. Portanto, eu não conseguiria
trocar de lugar com o preso, poderia
apenas ficar lá junto com ele.
“Na noite do aniversário do se-
nhor eu me esgueirei até o poço onde
o pobre judeu estava e desci com a
ajuda de uma corda. No princípio o
homem se assustou ao ver-me. Mas
depois eu consegui acalmá-lo e expli-
car meu plano.
“– Nós t rocaremos de roupa
– disse-lhe com segurança – e eu
tomarei seu lugar nas danças. Você
deve ficar o mais escondido possível
aqui dentro até que me levem. Com
a ajuda de D’us não perceberão que
somos dois aqui dentro e dará tudo
certo! Além disso, provavelmente
não trancarão o portão de ferro de-
pois que me levarem, pois não há
nenhum motivo para isso. Pouco de-
pois que eu sair, você deverá correr
o mais rápido que puder para sua
casa. Não se preocupe! Com a aju-
da de D’us eu conseguirei vencer o
ajudante do nobre nas danças e você
não será mais incomodado.
“O homem mal tinha forças para
falar, mas agradeceu-me várias vezes
com lágrimas nos olhos. Então nós
trocamos de roupa; eu fiquei vestido
com suas roupas sujas e rasgadas.
Eu trouxera um pouco de comida e
bebida e, assim, o pobre judeu pôde
recuperar um pouco de suas forças.
Infantil
Deseja Purim Sameach!
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“No meio da noite, um dos empre-
gados do senhor, já meio bêbado, foi
buscar o condenado. Ele nem entrou
no calabouço; apenas abriu o portão
de ferro e gritou, entre gargalhadas,
para que o condenado saísse. O judeu
revelou-me que reconhecia, pela voz,
que o empregado era o próprio se-
cretário do senhor das terras, aquele
que havia se esforçado para que o
condenassem. Eu saí pelo portão na
noite escura, escondendo meu rosto
para que o empregado não percebes-
se que eu não era o verdadeiro preso.
Logo que eu cruzei o portão, o ho-
mem jogou em cima de mim a fanta-
sia de urso e vestiu-me com ela. Uma
corrente de ferro foi amarrada em
meu pescoço e eu fui arrastado para
dentro do salão, onde se reuniam o
nobre e seus convidados. Como eu
havia previsto, o portão da prisão
não fora trancado. Assim, o pobre
condenado conseguiu fugir para sua
casa sem que ninguém desse por sua
presença.
“Quando eu entrei no salão, uma
imensa gargalhada explodiu entre
os presentes e todos aplaudiram
com alegria. Os convidados esta-
vam ansiosos pelo início da grande
atração da noite. Formalmente, um
homem leu as regras do jogo e a mi-
nha sentença: Se eu dançasse bem e
conseguisse acompanhar meu guia,
seria libertado. Se pudesse dançar
melhor que ele, poderia pular sobre
ele e atacá-lo, como fazem os ursos
com suas vítimas. Se, no entanto, eu
não conseguisse acompanhá-lo nas
danças, seria jogado aos cachorros, e
eles me ‘ensinariam’ a dançar apro-
priadamente.
“O escolhido para ser meu guia
foi o próprio secretário do senhor das
terras, o mesmo que havia me levado
acorrentado até o palácio. O nobre
deu o sinal para que a orquestra co-
meçasse a tocar e as danças começa-
ram. Primeiramente o guia começou
a dançar sozinho a dança dos cossa-
cos, o famoso “Kasatchok”. Depois,
deram-me o sinal para que eu tam-
bém começasse a dançar, acompa-
nhando seu passos. Esta dança exige
muito equilíbrio e força nas pernas.
Graças às lições do Profeta Eliyáhu,
eu comecei a dançar e acompanhar
meu guia cada vez melhor que ele. O
público começou a aplaudir minha
atuação e o secretário do nobre ficou
apavorado. Ele não podia imaginar
que eu conseguisse acompanhá-lo
nem sequer um passo, quanto mais
dançar melhor do que ele.
“Depois, a orquestra começou a
tocar uma música para dançar Ma-
zurca, uma dança tradicional popu-
lar polonesa, e novamente eu dancei
melhor que meu guia. O homem, que
já estava meio bêbado, começou a
ficar tonto com as voltas da dança e
eu percebi que logo ele cairia. Assim,
continuei rodando e rodando, acom-
panhando o ritmo da música, até que
o perverso secretário caiu por terra.
Imediatamente eu pulei em cima dele
e comecei a atacá-lo e a enforcá-lo
como fazem os ursos.
“Nesse momento, um tumulto
irrompeu entre a platéia. Uns me in-
citavam a acabar logo com a vida do
homem, pois apesar de ser um fato
inédito o ‘urso’ vencer seu guia, esta
era uma das regras do jogo. No en-
tanto, alguns dos amigos do secretá-
rio imploraram para que eu poupasse
sua vida. O nobre, então, decretou
que eu estava livre e deveria voltar
para minha casa para alegrar mi-
nha mulher e meus filhos. Enquanto
os amigos do secretário tentavam
reanimá-lo, eu corri ainda vestido
com a fantasia de urso para a casa do
judeu condenado. Chegando lá, ele,
sua família e eu alegramo-nos muito
e agradecemos a D’us.
“Foi assim que eu aprendi as
danças que tanto impressionaram o
rabino”, disse o Saba de Shpole para
Rabi Avraham, Hamal’ach, encerran-
do seu incrível relato.
“Se é assim” – disse Rabi Avraham
– “suas danças são certamente me-
lhores que minhas orações!”
Infantil
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Leiluy Nishmat
Israel Iossef ben Isser z ’’l
Nathan Halevi ben Mercada z’’l
Nissim ben Emilie z’’l
Shmuel Mizan ben Olga z’’l
Victor Haim ben Ester z’’l
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