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NOVO FINANCIAMENTO NA RETA FINAL página 3 AGORA TEM AULA NO HOSPITAL... página 5 MÉDICO DA CLÍNICA DE OLHOS SCBH CRIA DISPOSITIVO INÉDITO PARA CIRURGIA DE CATARATA página 7 INFORMATIVO DO GRUPO SANTA CASA BH Nº 279 MARÇO DE 2015

Santa Casa Notícias - Edição 279 - Março de 2015

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Page 1: Santa Casa Notícias - Edição 279 - Março de 2015

NOVO FINANCIAMENTO NA RETA FINAL • página 3

AGORA TEM AULA NO HOSPITAL... • página 5

MÉDICO DA CLÍNICA DE OLHOS SCBH CRIA DISPOSITIVO INÉDITO PARA CIRURGIA DE CATARATA • página 7

INFORMATIVO DO GRUPO SANTA CASA BH • Nº 279 • MARÇO DE 2015

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SANTA CASA NOTÍCIAS | MARÇO DE 20152

EXPEDIENTE

Conselho da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte

.ProvedorSaulo Levindo Coelho

1º Secretário[ Vago ]

2º SecretárioRoberto Otto Augusto de Lima

Agostinho Patrus Filho, Carlos Batista Alves de Souza, Jamerson Rodrigues Marques, Jésus Trindade Barreto Júnior, João Batista do Couto, José Ângelo Lima Duarte, José Fernando Aparecido de Oliveira, José Luiz Magalhães, Laura Medioli, Luiz Fellipe de Lima Vieira, Maria Regina Calsolari, Maurício Brandi Aleixo, Newton Paiva Ferreira Filho, Olguinha Géo Leite Soares, Oswaldo Fortini Levindo Coelho, Reynaldo Arthur Ramos Ferreira, Saulo Converso Lara.

Conselho FiscalAmilcar Viana Martins, Carlos Ediber Richard Carvalhais, Christiano Renault, Delson de Miranda Tolentino, João Afonso Baeta da Costa Machado.

Secretária da IrmandadeAbadia Nunes do Nascimento

Diretor ClínicoFlávio Mendonça Andrade da Silva

Vice-Diretor ClínicoKleber Costa Castro Pires

Comitê Executivo Operacional

Superintendente-geralPorfírio Marcos Rocha Andrade

Superintendente de Assistência à SaúdeGuilherme Gonçalves Riccio

Superintendente de Planejamento, Finanças e Rec. HumanosGonçalo de Abreu Barbosa

Santa Casa Notícias

Registrado no Cartório de Pessoas Jurídicas de Belo Horizonte sob o número 911, Livro B, em 10.08.1991

Av. Francisco Sales, 1111 - Santa Efigênia - BH - CEP 30150-22131) [email protected]

Editor: Manoel Hygino dos Santos (MG 00582 JP)Jornalistas: Almir Gomes | Angelina Zanandrez I Mariana BrancoEstagiário: Eduardo ConstantinoRevisão: Rodrigo Almeida (5.817/MG)Projeto gráfico: G30 MKT & COM Impressão: TCS Sol. Gráficas e Editora | Tiragem: 4000 exemplares

Assessor de Comunicação Institucional - Grupo Santa Casa BHRodrigo Almeida

O conteúdo deste informativo pode ser republicado por outros veículos de comunicação desde que citada a fonte: Santa Casa Notícias - Grupo Santa Casa BH.

Prezado(a) amigo(a),

Estamos ultrapassando o primeiro trimestre do ano, um tempo de intenso trabalho para servir milhares de pessoas que precisam e recorrem à nossa assistência. Cumprimos a nossa filosofia de atuação com o mesmo entusiasmo com que os pioneiros, em 1899, assumiram a responsabilidade de zelar pela saúde dos mineiros em sua nova Capital. A população de Belo Horizonte cresceu desde a sua fundação. Aumentou o volume de tra-balho, surgiram novas tecnologias e medica-mentos, os orçamentos alcançaram valores enormes, mas jamais desanimaram os que estão à frente da instituição com seus propó-

sitos originais, inspirados e exercidos segun-do a lição cristã.

Os brasileiros que acompanham o noticiário dos veículos de comunicação sabem das di-ficuldades imensas que o sistema filantrópi-co de saúde passa para responder à altura às demandas da população. Os custos se elevam incessantemente, mas persiste in-teiramente a decisão assumida de amparar a sociedade em suas carências na área de saúde.

As remunerações insuficientes do Sistema Único de Saúde obrigam dispêndios eleva-dos, não inteiramente cobertos pela tabela oficial. Para não falhar ou faltar àqueles que usam a assistência filantrópica, cuja gran-deza nem sempre é medida e reconhecida, as instituições se veem instigadas a contrair empréstimos no setor financeiro. São finan-ciamentos que minam a solidez dos orça-mentos e frustram o projeto de permanente aprimoramento e ampliação dos serviços a uma comunidade que muito depende desse segmento assistencial.

Somos cidadãos de várias procedências, com formação profissional múltipla, traba-lhando sem parar, nas 24 horas por dia, demonstrando que nosso quinhão de ajuda não se resume a palavras. Somos aqui qua-se 5 mil pessoas identificadas com as mais nobres causas - da saúde e da vida -, des-dobrando-se nas enfermarias, nos leitos ci-rúrgicos, nos laboratórios, nos consultórios, nas áreas administrativas, na enfermagem, no ensino e na pesquisa, buscando minimi-

zar a dor e espantar o indesejado espectro do óbito.

O leitor que nos acompanha nesta edição terá ideia do esforço de diversas clínicas para atender a seus objetivos científicos, so-ciais, educativos e humanos. É a aula para crianças nas próprias enfermarias em que se internam, é o oftalmologista propondo uma nova técnica para tratamento da catarata, é a Avosc oferecendo conjuntamente com nossos profissionais o ‘Curso para Gestan-tes’, é a revitalização do ‘Setor de Nutrição e Dietética’, é a Clínica de Neurologia e Neu-rocirurgia dando continuidade ao seu notável esforço em favor do paciente do Estado e do País.

Para não interrompermos atividades e dar-mos continuação ao nosso planejamento, estamos conseguindo financiamento junto ao poder público, com a Caixa Econômica Federal e o BNDES. Com esse escopo te-mos desenvolvido ingentes diligências, aliás reconhecidas pelas autoridades. Estamos na reta final das negociações. Confiamos que, como resultado desse extenso labor, proxi-mamente contaremos com novos recursos para cumprirmos importantes etapas de nossos propósitos. É a maneira de, juntos, mais uma vez, demonstrarmos nossa solida-riedade e indivisível vontade de ajudar os que precisam. Que venha o segundo trimestre!

Saulo Levindo CoelhoProvedor

Palavra do provedor

DOAÇÕES - FEVEREIRO DE 2015

Receitas (em reais)

Doações - contas da CEMIG 88.630,00

Doações - boleto bancário / c. de crédito 7.120,00

Doações - dinheiro 664,00

Doações - sentenças judiciais 650,00

TOTAL 97.064,00

Fonte: Provedoria da Santa Casa BH

Contribua com a Santa Casa BH.

Faça contato com a Central de Doações pelo telefone (31) 3274.7377.

ESPAÇO LEITOR

Agradeço pelo atendimento dispensado ao meu avô Antônio Augusto de Oliveira e aos meus familiares que o acompanharam no hospital. Ele foi tratado com muito carinho e dedicação pe-las enfermeiras e médicos da Santa Casa BH. Que Deus abençoe cada um dos funcionários da instituição para que continuem tratando bem cada ser humano.

Clariana de Oliveira Reis - Sete Lagoas, MG

A minha filha Aline Fernanda foi muito bem atendida pelos profissionais da Maternidade Hilda Brandão. Estou feliz com a chegada do meu neto, Heitor, que nasceu saudável e forte. Agrade-ço a todos pelo carinho com os dois. Não conhecia o trabalho grandioso da Santa Casa BH. A instituição está de parabéns!

Maria Aparecida Almeida - Sete Lagoas, MG

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3 MARÇO DE 2015 | SANTA CASA NOTÍCIAS

Representantes da Caixa Econômica Federal foram recebidos na Provedoria, no último dia 20 de março, pelo superintendente de Planejamento, Finanças e Recursos Humanos do GSCBH, Gonçalo Barbosa (na foto, ao centro). Estreitando ainda mais o relaciona-mento entre as duas instituições, o objetivo foi apresentar dados consolidados do Grupo Santa Casa BH, com destaque para os in-dicadores de market share da instituição nos serviços de saúde de Minas Gerais. O encontro também foi útil para promover ajustes de documentações vinculadas ao financiamento junto à CEF/BNDES para o projeto de reestruturação financeira da Santa Casa BH. Pela Caixa Econômica Federal, estiveram presentes o superinten-dente nacional de médias empresas, José Ricardo Veiga; a geren-te executiva, Sarah Galvão; o gerente regional, Marx Fernandes; o gerente geral da agência Santo Agostinho, Flávio Felicíssimo e a gerente de Risco de Crédito (filial MG), Suzana Machado. Do Grupo Santa Casa BH participaram, além de Gonçalo Barbosa, o superin-tendente adjunto de Suporte à Saúde do GSBH, Carlos Eloy, e o gerente financeiro da instituição, Luis Guimarães.

Durante a reunião, Gonçalo Barbosa fez uma ampla exposição so-bre os resultados financeiros do Grupo, as melhorias com a implan-tação do projeto ‘Mil Leitos SUS’ e as dificuldades enfrentadas pe-los hospitais filantrópicos do País. Reforçando a representatividade da Santa Casa BH, o superintendente enfatizou: “foi um encontro produtivo, pois falamos de um complexo hospitalar que agrega vá-rias unidades com indicadores que são referências nacionais. Além de termos um corpo clínico qualificado e sermos referência na for-

mação profissional, o Grupo Santa Casa BH autalmente é impres-cindível para o setor de saúde do Estado”.

Já o superintendente nacional de médias empresas da CEF, José Ricardo Veiga, reconheceu a importância da entidade: “as conquis-tas do PROSUS e da Certidão Negativa de débito (CND) foram va-liosas no cenário da instituição. A Caixa está ainda mais próxima da Santa Casa BH neste momento de estruturação da linha do BNDES Saúde, criando condições ainda melhores para o hospital se manter e até mesmo ampliar seus excelentes serviços, fundamentais para a população mineira”.

FINANCIAMENTO NA RETA FINAL

ALMIR GOMES

POLLYANNA MALINIAK - ALMG

O assessor de Assistência à Saúde do GSCBH, dr. Gláucio Nangino (foto), o secretário executivo da Provedoria da Santa Casa BH, Carlos Renato Couto, e o assessor de Planejamento, Francis-co Coelho, participaram no dia 16 de março de uma audiência da Comissão de Saúde da As-sembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No encontro, que contou também com a presença do secretário municipal de Saúde de Belo Hori-zonte, Fabiano Pimenta, e de representantes do Hospital Luxemburgo e Hospital da Baleia, foram discutidas as dificuldades financeiras que levam ao endividamento de instituições filantrópicas da Capital, o subfinanciamento da tabela do SUS e a gestão da área de saúde no município.

Durante o encontro, dr. Gláucio Nangino apresentou os problemas enfrenta-dos pelos gestores do Grupo Santa Casa BH para a manutenção financeira da Maternidade Hilda Brandão, referência estadual no atendimento de alto risco. Caso a instituição não consiga até o dia 29 de maio os recursos financeiros para adequar sua estrutura - conforme exigências da portaria 1020/2013, do Ministério da Saúde - perderá a habilitação para atender gestantes de alto risco. Prometidas no 2º semestre de 2014 pelo então secretário estadual de Saúde, as verbas para realização das obras ainda não foram repassadas ao GSCBH.

No dia 19, dr. Gláucio Nangino e Francisco Coelho retornaram à ALMG para outra reunião, desta vez com a participação do secretário estadual de Saúde, Fausto Pereira. Na ocasião, o secretário apresentou um relatório com informa-ções do SUS relativos aos últimos 4 meses de 2014. Ele garantiu também que a primeira providência do novo governo é assegurar que até o início do mês de abril os repasses referentes aos serviços SUS, para as instituições de saúde, sejam normalizados.

GOVERNO E HOSPITAIS DISCUTEM A SAÚDE EM BH

A Santa Casa BH perdeu em março dois de seus médicos mais prestigiosos. O dr. Oswal-do de Andrade Gualberto, 71 anos de idade, integrava a equi-pe médica da Clínica de Olhos Santa Casa BH e confessava não se ver como profissional fora do ambiente do hospital.

Outra grande perda foi a da dra. Ângela Maria Gomes Fagundes, de 61 anos de idade, nomeada assistente efetiva da instituição em 1982. Formada em 1979, ela sempre trabalhou na Unida-de Pediátrica e era admirada e querida por toda a equipe.

Sobre a dra. Ângela, sua cole-ga dra. Maria da Glória Cruvinel Horta escreveu: “foi uma grande amiga de todos os profissionais da Pediatria. Sempre alegre, disposta a ajudar, interessada e dedicada aos nossos pequenos pacientes. Seu exemplo ficará para sempre na memória de to-dos que tiveram o privilégio de conviver com ela.”

GRANDES PERDAS

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SANTA CASA NOTÍCIAS | MARÇO DE 20154

Para comemorar os 103 anos de fundação do Instituto Geriátrico Afonso Pena (IGAP), no dia 19 de março os alunos do curso de Enfer-magem da Faculdade Universo e do Colégio São Paulo presentearam os idosos com um bolo de aniversário. No dia 27, uma festa animou idosos, seus familiares e funcionários da ins-tituição com direito a bolo, refrige-rante e muita música com apresen-tação do cantor Hélio Adriano.

Fundado em 19 de março de 1912, o Asilo Afonso Pena foi concebido para atender pessoas carentes de Belo Horizonte em um casarão in-dependente à Santa Casa BH. Em 1996, passou a se chamar Instituto Geriátrico Afonso Pena e renovou suas atribuições, mantendo seu ca-ráter filantrópico. Atualmente, ofere-ce moradia e assistência humaniza-da a 25 mulheres e 15 homens que são atendidos por uma equipe mul-tidisciplinar composta por geriatra, enfermeiro, assistente social, fisiote-rapeuta, nutricionista e técnicos em enfermagem.

No dia 26 de março, foi realiza-da a primeira edição de 2015 do “Curso para Gestantes” promovido pela Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc). O encon-tro, que reuniu cerca de 50 mães e seus acompanhantes no Salão Nobre da SCBH, teve o objetivo de preparar as gestantes para o momento do parto e pós-parto, in-cluindo os primeiros cuidados com o bebê. Já os futuros pais aprende-ram como ajudar a mulher durante e após a gestação, fortalecendo os vínculos familiares.

Ministrado por uma equipe multidisciplinar da Santa Casa BH composta por médicos obstetras, pediatras, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, fo-noaudiólogos e nutricionistas, o curso é promovido gratuitamente sempre na última quinta-feira de cada mês. Jéssica Pereira, grávida de 8 meses, agradeceu pela opor-tunidade de aprendizado: “sou mãe de primeira viagem e estou ansiosa pela chegada do Victor Hugo. Adorei o curso e pude tirar muitas dúvidas. Estou me sentindo mais segura para o momento do parto e para recebê-lo em meus braços”.

As mulheres ocupam cada vez mais espaço no mercado de tra-balho e são reconhecidas por desempenhar múltiplos papéis, como cuidar dos filhos, das tare-fas domésticas e se dedicar à ro-tina profissional. No Grupo Santa Casa BH, elas representam 75% do total de funcionários. Ao todo, são cerca de 4.000 mulheres dis-tribuídas pelas 6 unidades do Gru-po.

Em comemoração ao Dia Interna-cional da Mulher - 8 de março - e para valorizar o comprometimento das profissionais, foi realizado sor-teio de uma acesta de produtos gourmet (com vinho tinto seco, massa italiana, temperos e choco-late importados) e de 4 vouchers para jantar oferecidos pelo Bistrô Taberna Livorno. Promovida pela Assessoria de Comunicação Ins-titucional, com apoio do setor de Gestão de Pessoas do GSCBH, a ação foi muito bem recebida pelas mulheres da instituição.

A funcionária da Hotelaria da SCBH, Irenice Martins, que ga-nhou a cesta gourmet, prometeu: “vou preparar um jantar para a mi-nha mãe para comemorarmos em grande estilo o Dia Internacional da Mulher”. As contempladas com os vouchers foram Andrea Olivei-ra Alves (Centro Cirúrgico SCBH), Laise de Alcântara Nascimento (Centro Cirúrgico SCBH), Ma-ria Aparecida Pereira dos Santos (Hotelaria SCBH) e Nayara Xavier Silva (Nutrição Clínica SCBH).

Além dos sorteios, no dia 16 de março as pacientes internadas na Clínica Médica (6º A) da Santa Casa BH foram presenteadas com um tratamento de beleza ofertado pelo Atitude Instituto de Beleza e Bem-estar. Ao todo, 25 pacien-tes e acompanhantes ganharam uma sessão de hidratação facial, cuidados com a pele e as mãos, maquiagem e quick massagem. A atividade teve o objetivo de des-pertar nas mulheres a percepção de que o cuidado com a pele e com o próprio corpo deve acom-panhá-las sempre.

Maria Elizabete da Silva foi uma das pacientes que fez massagem e limpeza de pele: “adorei a expe-riência. A equipe do instituto de beleza foi muito atenciosa conos-co. Sem dúvida, este foi um exce-lente presente pelo nosso dia”.

Tratamento de beleza na ‘Clínica Médica’: homenagem e carinho para pacientes internadas no hospital

Irenice Martins, contemplada com uma cesta gourmet, foi sorteada entre cerca de 4 mil funcionárias do GSCBH

ALMIR GOMES

PARA RECEBER BEM O BEBÊ

103 ANOS DO IGAPSEMANA DA MULHER NO GRUPO SANTA CASA BH

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5 MARÇO DE 2015 | SANTA CASA NOTÍCIAS

No dia 4 de março foi inaugurada na Unidade Pediátrica da SCBH a ‘Classe Santa Casa BH’, espaço de convivência onde são ministradas as aulas do projeto ‘Criança Hospitalizada’ criado pela Secretaria Municipal de Educação. A partir de agora, pacientes de 6 a 12 anos de idade matriculados na rede municipal de ensino passam a receber aten-dimento pedagógico-educacional no próprio hospital.

Estiveram presentes na cerimônia a secretária municipal de Educação, Sueli Baliza, o secretário adjunto de Educa-ção, Afonso Celso Barbosa, o superintendente-geral do Grupo Santa Casa BH, dr. Porfírio Andrade, o secretário executivo da Provedoria da SCBH, Carlos Renato Couto, representantes da Escola Municipal Carlos Gois (instituição parceira do projeto), convidados e funcionários da Secretaria Municipal de Educação e do GSCBH.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Sueli Baliza, o objetivo do projeto ‘Criança Hospitalizada’ é garantir às crianças o direito à educação e a continuidade no processo educativo de qualidade com a atenção da escola e do hospital: “nós queremos que elas se sintam acolhidas e que os pais fiquem tranquilos, pois a educação é um direito delas. Para desenvolver este trabalho, contamos com professores selecionados dentro de um processo sério, com um perfil técnico e psicológico preparado para lidar com o dia a dia de um ambiente hospitalar”.

Para o superintendente-geral do GSCBH, dr. Porfírio Andrade, o projeto vai promover a inclusão social e escolar dos pacientes: “o objetivo é amenizar os períodos de longa permanência no hospital e manter o vínculo do aluno à rea-lidade escolar. A ‘Classe Santa Casa BH’ é o local adequado para essa inte-gração entre crianças e professores e faz parte de um projeto grandioso. Que-remos que os nossos pacientes se sintam cada vez mais felizes e dispostos.”

O projeto estimula o desenvolvimento educacional dos pacientes, evitando a evasão escolar e permitindo a con-tinuidade do processo de aprendizado. Todas as crianças internadas na unidade poderão participar do projeto. A

princípio, serão atendidas cerca de 40 crianças. Maria Clara, de 8 anos, é aluna da 3º série da Escola Municipal Prefeito Aminthas de Barros e já está estudando com as professoras no próprio hospital. Segundo a mãe da pa-ciente, Adriana Vieira, as aulas são um momento de dis-tração e estão ajudando na sua recuperação: “fico feliz pela oportunidade dada à minha filha. Ela é muito estu-diosa e interessada. Estou emocionada ao ver a dedica-ção e motivação dela durante os atendimentos no leito”.

As aulas são ministradas de segunda a quarta e sexta-feira, das 13 às 17:30 h, por duas professoras. O plane-jamento e atendimento aos alunos são individualizados - a partir da análise do currículo escolar - e podem acon-tecer no espaço de convivência ou no leito, inclusive dentro da UTI quando o estado de saúde da criança per-mitir. Na efetivação do projeto, a Secretaria Municipal de Educação disponibilizou professores e material didático. O espaço de convivência foi adaptado com ajuda de vo-luntários que doaram armários e materiais de apoio.

CRIANÇAS INTERNADAS COMEÇAM A TER AULAS NO HOSPITAL

No dia 16 de março o superintendente-geral do GSCBH, dr. Porfírio Andrade, e o superintendente de Assistência à Saúde, dr. Guilherme Riccio, receberam a visita do deputado federal Leonardo Quintão (na foto, à direita). Na ocasião, Quintão conheceu setores assistenciais da Santa Casa BH e discutiu novas possibilidades de apoio para a instituição. Também presente ao encontro o presidente da Fundação Ezequiel Dias (Funed), dr. Renato Fraga.

Recepcionados na Provedoria, os visitantes estiveram na UTI Adulto, Unidade Pediátrica, Centro de Admissão e Diagnóstico Inicial, Laboratório SCBH e em diversas enfermarias do hospital, ates-tando a qualidade da estrutura oferecida pela Santa Casa BH.

Durante a visita, Quintão surpreendeu-se com a parcela significativa que a Santa Casa BH ocupa na área de saúde de Minas Gerais. O deputado, que manifestou a intenção de participar da angariação de recursos direcionados especificamente à substituição do chamado ‘kit leito’ (cama, mesa de cabeceira e cadeira de acompanhante), nas alas do hospital ainda não revitalizadas, também afir-mou: “sou apenas um deputado, mas com muita vontade de ajudar. Temos que olhar para a área da saúde com zelo. Primeiro, temos que ponderar cada um dos problemas, discutir e melhor avaliar as dificuldades de custeio da instituição. O parlamentar pode ajudar com captação de novos recursos, oferecendo contato e indicações de doadores e investidores, além de fazer parte da intermediação com o governo para novos investimentos vindos do Estado e de Brasília. É também importante ressaltar esses números expressivos que vi aqui hoje. Essa visita foi muito valiosa”.

COM VONTADE DE AJUDAR

Atendimento educacional é feito também no próprio leito da criança internada

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SANTA CASA NOTÍCIAS | MARÇO DE 20156

No dia 13 de março, foi rea-lizado o ‘III Seminário do Centro de Estudos da Clí-nica Neurológica e Neuroci-rúrgica da Santa Casa BH’, que nesta edição homena-geou o neurocirurgião Atos Alves de Sousa (falecido em 2014), um dos mais expres-sivos nomes da medicina de Minas Gerais. O evento reuniu no Salão Nobre da instituição membros do corpo clínico, residentes e convidados para discutir assuntos como aneurismas cerebrais, trombose, mal-formação arteriovenosa cerebral, hemorragia subaracnóide e isquemia cerebral.

Durante o seminário, o superintendente-geral do Grupo Santa Casa BH, dr. Porfírio Andrade, destacou o trabalho primordial da Clínica de Neurologia e Neu-rocirurgia da SCBH: “somos referência na prestação de serviços de neurologia e neurocirurgia de alta complexidade em função da dedicação e da capacidade de toda a equipe. Mas a homenagem feita ao dr. Atos é merecida. O serviço é bem organizado em decorrência da contribuição dele, que deixou um grande legado para todos os que permanecem aqui e perpetuam o seu trabalho.”

Segundo o organizador do evento, dr. Carlos Batista Filho, o dr. Atos era refe-rência mundial no tratamento das doenças vasculares, tema principal do encon-tro: “o seminário foi muito proveitoso, pois contamos com a presença de confe-rencistas renomados e tivemos a oportunidade de debater em profundidade a abordagem clínica e cirúrgica de pacientes vasculares”.

REVITALIZAÇÃO DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO DIETÉTICA

Para a recuperação dos pacientes da Santa Casa BH e do Hospital São Lucas é necessário muito mais do que o aten-dimento assistencial prestado pela equi-pe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas e profissionais de apoio. Diversos setores são fundamentais nes-ta reabilitação, entre eles o Serviço de Nutrição Dietética (SND), que produz as refeições oferecidas aos pacientes e seus acompanhantes.

Com o objetivo de continuar atendendo com qualidade e agilidade, o SND pas-sou por uma revitalização que incluiu a reforma total no sistema de refrigeração (novos compressores, portas, sistemas de alarmes e controle de temperatura), novo piso e canaletas, novo revestimen-to fórmico nas portas, novas telas nas janelas, pintura completa e realização de reparos hidráulicos e elétricos. A reestru-turação otimizou os processos do setor, garantindo a rapidez na distribuição das refeições e no recebimento dos insumos entregues pelos fornecedores, além da adequação às normas e legislações vi-gentes.

Localizado no 13º andar da SCBH, o Serviço de Nutrição Dietética oferece

diariamente cerca de 8.000 refeições (no desjejum, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) para pacientes do hospital e acompanhantes de crianças, idosos e pacientes crônicos. No Hospital São Lucas, que possui 214 leitos, são distribuídas em média 1.010 refeições diárias. Além disso, para os alunos da residência médica e multidisciplinar são servidas diariamente cerca de 210 refei-ções no refeitório do SND.

O Serviço de Nutrição Dietética funcio-na 24 horas por dia e conta com a co-laboração de 118 funcionários. Deste total, 14 cozinheiros, 4 nutricionistas, 8 técnicas de nutrição, 4 acadêmicos de nutrição, 2 auxiliares de almoxarifado e 86 auxiliares de nutrição, responsáveis

pela entrega das refeições. Para avaliar o seu atendimento, o SND realiza men-salmente uma pesquisa de satisfação. Em fevereiro, os itens mais apreciados do cardápio foram: arroz, feijão, polen-ta, quiabo, frango assado, macarrão ao molho vermelho e lombo assado com fa-rofa de frutas. A sobremesa preferida foi doce de amendoim com rapadura.

O paciente Gabriel Pereira, de 9 anos, elegeu seus favoritos: “prefiro arroz, fei-jão e frango assado, além da carne, su-cos e frutas”. Adriana, mãe de Gabriel, fica contente ao ver o filho se alimentan-do bem: “a comida servida aqui é muito gostosa e o Gabriel fica muito satisfeito. Isso é fundamental para a recuperação dele”.

Estão abertas as inscrições dos cur-sos de capacitação de abril oferecidos pela Escola Técnica Santa Casa BH para técnicos em enfermagem, alunos do curso técnico e acadêmicos. Para o dia 11, está programada capacitação sobre “Prevenção e Tratamento de Fe-ridas”. Com duração de 8 horas, o cur-so habilita profissionais para identificar o período cicatricial, tratar as feridas de acordo com os recursos disponíveis e utilizar os tipos de coberturas, suas indicações e contraindicações para o tratamento adequado.

O tema “Diabetes, você sabe como cuidar?” será apresentado no dia 25 de abril. Em 8 horas de aula, os par-ticipantes serão preparados para dife-renciar os tipos de diabetes e as ma-nifestações clínicas mais frequentes. Além disso, terão orientações sobre os cuidados de enfermagem necessários à promoção da saúde do portador de diabetes.

As inscrições podem ser feitas na se-cretaria da Escola Técnica Santa Casa BH - rua Domingos Vieira, 590, Santa Efigênia. Informações pelos telefones (31) 3238.8601 e 3238.8672.

CLÍNICA NEUROLÓGICA E NEUROCIRÚRGICA SCBH CURSOS

Drs. Porfírio Andrade, Guilherme Riccio, Carlos Batista Alves de Souza, Carlos Batista Alves de Souza Filho e Flávio Mendonça

Page 7: Santa Casa Notícias - Edição 279 - Março de 2015

7 MARÇO DE 2015 | SANTA CASA NOTÍCIAS

A proximidade entre a medicina e a tecno-logia tem colaborado para avanços nos tra-tamentos de saúde. Na capital mineira, uma importante inovação na área oftalmológica foi desenvolvida na Clínica de Olhos Santa Casa BH. O médico do Centro de Referên-cia de Catarata e Glaucoma da instituição, dr. Sérgio Canabrava, criou o dispositivo “Cana’s Ring” ou “Anel de Canabrava” para expandir a íris do paciente no procedimento de retirada da catarata. Segundo o médico, este é o primeiro instrumento oftalmológico do mundo feito em impressora 3D.

O “Anel de Canabrava” foi criado especifi-camente para pessoas com ‘pupila peque-na’ que não dilata em função de condições como diabetes, infecção no olho, uveíte, constituição genética ou idade avançada. De acordo com o dr. Sérgio Canabrava, esse grupo específico de pacientes repre-senta em média 5% do total de cirurgias de catarata no País: “a utilização do anel nes-ses casos será útil para dar mais segurança ao cirurgião e trazer melhores resultados no tratamento. Atualmente, as cirurgias de catarata com ‘pupila pequena’ utilizam 4 ganchos retratores para dilatá-la, sendo ne-cessário realizar 4 cortes a mais no olho. O diferencial do novo dispositivo é a sua im-plantação pela mesma incisão utilizada para a retirada da catarata, sem necessidade de novos cortes”.

Outra vantagem do instrumento criado atra-vés de impressão 3D é a redução de custo

da cirurgia de catarata com pupila pequena: o ‘Anel de Canabrava’ custa apenas R$ 30. Se for adotado pelo SUS, o acesso da po-pulação carente ao procedimento será es-tendido e oferecido a um número expressivo de hospitais em todo o País. Ainda no pri-meiro semestre deste ano, dr. Sérgio Cana-brava irá apresentar seu pioneiro projeto em um congresso médico nos Estados Unidos.

Para o coordenador do Centro de Refe-rência de Catarata e Glaucoma da Santa Casa BH, dr. Wagner Duarte Batista, o pro-jeto é pioneiro e tem como principais be-neficiários as pessoas de baixa renda com essa complicação: “a pesquisa está em sin-tonia com a filosofia da instituição de apri-morar e qualificar o atendimento aos usuá-rios do SUS. Nesta fase inicial de testes, 10 pessoas receberão o implante”.

Realizada na Santa Casa BH, a primeira ci-rurgia para o implante do anel foi um suces-so. Otacílio Ferreira da Silva, de 69 anos, se orgulha de ser o primeiro a experimentar o novo instrumento: “o procedimento foi tran-quilo e o meu pós-operatório está melhor do que o esperado. Não senti dor e após 4 dias de cirurgia estava enxergando cerca de 90%. Antes a minha visão era de 10%. Fiquei receoso no começo, mas estou muito satisfeito com o resultado.”

NOVO ANEL PARA CIRURGIA DE CATARATA

Dr. Sérgio Canabrava com o primeiro paciente a receber o dispositivo: novo capítulo na história da cirurgia de catarata

Pincel, tinta guache, papel e muita criativida-de: esses são os itens utilizados por 3 pacien-tes da Unidade de Cuidados Prolongados da Santa Casa BH para expressar os seus sen-timentos. Desde janeiro de 2015, a equipe de Terapia Ocupacional da unidade usa a pintura como recurso terapêutico capaz de reduzir os impactos da internação.

Para o terapeuta ocupacional da Unidade de Cuidados Prolongados, Daniel Júlio de Freitas Oliveira, o trabalho já está fazendo diferença no tratamento dos pacientes: “cada pintura tem o seu significado dentro da proposta tera-pêutica. A arte reflete o estado emocional de-les e permite que liberem suas angústias que, muitas vezes, não podem ser ditas por meio das palavras. Com o início das atividades, eles começaram a se abrir e contar suas histórias e desejos. Além disso, se tornaram mais partici-pativos nas atividades diárias e na relação com a equipe e familiares”.

Florinda Patrícia de Queiroz, de 52 anos, ga-rante que o tratamento através da pintura vale a pena: “gosto muito do atendimento e me sin-to melhor depois de pintar. Os meus desenhos preferidos remetem à natureza. Coqueiros, árvores, flores, praia e mar são os meus prefe-ridos. Descobri um novo passatempo e estou muito feliz”. Elenice da Cruz Silva, de 36 anos, se alegra ao ver seus desenhos reunidos em uma pasta: “gosto de usar muitas cores. As fi-guras com animais e paisagens são as minhas prediletas e me fazem lembrar como Deus é maravilhoso por criar tudo isso. A pintura é um estímulo e me deixa bem mais disposta para continuar me tratando”.

No dia 4 de março foi realizada mais uma ‘Cerimônia de Certificação em Residência Multiprofissional da Santa Casa BH’, no Salão Nobre da instituição. O evento reuniu nove formandos nas áreas de farmácia, enfermagem, nutrição e psicologia.

Estiveram presentes na solenidade o superintendente de Assistência à Saúde do Grupo Santa Casa BH, dr. Guilherme Riccio, a presidente da Comissão de Residência Multiprofissional, Mara Moura, e o coordenador do programa de Residência Multiprofissional, Sandro Aurélio, além de familiares e amigos dos formandos e funcionários da instituição.

Durante o evento, o dr. Guilherme Riccio parabenizou os formandos e destacou a importância dos programas de residência: “a qualificação e o aprendizado são essenciais para os serviços de saúde. Todos nós aprendemos muito com os residentes e com as perguntas que eles apresentam. A iniciativa de oferecer residência multiprofissional e médica é muito válida. Nós temos um vigoroso Instituto de Ensino e Pesquisa que é um braço muito importante da Santa Casa BH. Não só para a instituição, mas também para a sociedade, pois esses profissionais vão sair daqui com conhecimento suficiente para poder fazer aquilo que estão outorgadas a realizar. Quando vemos uma turma se formar, é uma vitória de todos nós”.

CERTIFICAÇÃO EM RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

ARTE TERAPÊUTICA

Dr. Wagner Duarte Batista

Page 8: Santa Casa Notícias - Edição 279 - Março de 2015

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Em virtude do Dia Internacional do Cuidado Auditivo - 3 de março - a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório alar-mante: atualmente, a exposição ao barulho e os hábitos diários de exposição a ruídos podem levar um bilhão de jovens à surdez. O uso frequente e exagerado de fones de ouvidos, bem como a música alta de locais como bares, pubs, boates, carros de som e eventos espor-tivos são as maiores preocupações.

O relatório aponta que, entre pessoas de 12 a 35 anos, quase 50% estão expostos a níveis nocivos de ruído em consequência do uso de dispositivos como MP3 players e smartphones, que não deve passar de uma hora por dia com no máximo 60% do volume do aparelho. Outros 40% estão com a saúde auditiva potencialmente ameaçada em ambientes como clubes, discotecas e estádios de futebol.

Tocadores de música atingem até 105 decibéis (dB), no volume má-ximo. Já o barulho em boates e casas de show podem chegar a 120 dB. Em 2013, o recorde de barulho em um estádio foi registrado no Century Link Field, casa do Seattle Seahawks (time de futebol ameri-cano), onde os gritos da torcida alcançaram 137.6 dB.

A OMS recomenda que qualquer ruído deve estar abaixo dos 85 dB para uma duração máxima de oito horas por dia. Esse é o volume no interior de um carro, com o rádio desligado. Quanto mais alto o vo-lume, menor tempo preconizado de exposição a ele. Em uma boate o ruído pode chegar a 115 dB e a audição começa a ser danificada depois de apenas 15 minutos. É importante ressaltar que agressões constantes aos ouvidos podem levar à surdez.

Conforme explica o otorrinolaringologista da Santa Casa BH, dr. Mar-celo Sousa, “as perdas de audição são de dois tipos. A condutiva é causada por problemas do tímpano e dos ossículos da orelha média. Nestes casos, uma cirurgia pode revertê-la. Já a surdez sensorioneu-ral é causada por problemas nas células da cóclea (órgão da audi-ção) ou no nervo coclear (que leva o som da cóclea até o cérebro). Nesses casos é irreversível, somente tratada através de aparelhos de audição.”

A perda de audição pode afetar o rendimento escolar dos jovens, provocar isolamento social, além de implicações econômicas e na qualidade de vida. A taxa de desemprego é mais alta e os postos de trabalho são piores para adultos com problemas de audição. Atual-mente, 360 milhões de pessoas padecem de deficiência auditiva in-capacitante em todo o mundo (328 milhões de adultos e 32 milhões de crianças). Estatísticas oficiais da OMS apontam que a produção de ‘Aparelhos de Amplificação Sonora Individual’ (AASI) satisfaz me-nos de 10% da necessidade mundial.

Para Marcelo Sousa, os aparelhos são responsáveis por “amplificar os sons nas frequências e intensidades necessárias para que che-

guem ao canal auditivo. Eles são indicados de acordo com os resulta-dos observados na audiometria e com a necessidade. Normalmente, indicamos a utilização antes que a surdez fique muito prejudicial, ou seja, logo que percebemos que haverá um ganho para o paciente em sons que ele não ouve mais. Aos idosos, mais resistentes a usarem AASI, explicamos que quando a surdez estiver muito grande, ele terá mais dificuldade para se adaptar ao AASI e menor benefício”.

Segundo a OMS, há também algumas dicas que podem ser seguidas para minimizar os impactos na saúde dos ouvidos. Manter o volume sempre baixo, limitar o tempo gasto em atividades barulhentas, usar fones protetores que isolam o barulho ao redor, fazer breves descan-sos auditivos, usar a tecnologia dos smartphones para medir os ní-veis de exposição a ruídos, usar tampões de ouvido para minimizar o impacto do som de boates e casas de show, prestar atenção a sinais de perda de audição (como não ouvir a campainha, o despertador ou o telefone), nunca usar cotonetes e fazer audiometrias regularmente são as principais indicações.

AMEAÇAS À AUDIÇÃO

O Centro de Especialidades Médicas Santa Casa BH recebeu em março ações come-morativas alusivas ao Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, celebrado no dia 26. Neste dia, na própria unidade, foram distribuídas camisas e folhetos informativos sobre

a doença para pacientes, médicos e funcionários, orientando como identificar uma crise epiléptica, suas causas, tratamentos, diagnósticos e como ajudar um paciente durante uma crise. Denominada como ‘Purple Day’, em alusão à cor roxa que simboliza a luta contra a doença, a ação foi realizada por profissionais do Laboratório UCB, com apoio da Associação Brasileira de Epilepsia e da Liga Brasileira de Epilepsia. Outro importante objetivo do evento é ajudar a desmistificar os preconceitos com pessoas que sofrem de epilepsia que, com acompanhamento médico e apoio familiar, podem levar uma vida normal. O CEM SCBH conta atualmente com ambulatório especia-lizado no tratamento específico para pessoas com epilepsia. Em média, são realizadas 133 consultas mensais no ambulatório de Neurologia/Epilepsia e 40 no ambulatório de Neurologia/Cirurgia de Epilepsia.

EPILEPSIA