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Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador. Cele- bra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa von- tade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumu- la da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude. As leituras que hoje nos são propostas exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade de temas e de celebrações. Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda- se que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude. Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-Lhe “abbá” (“papá”). Iª Leitura: Is 60, 1 - 6; Salmo Responsorial: Salmo 71 (72); IIª Leitura: Ef 3, 2 - 3a. 5 - 6; Evangelho: Mt 2, 1 - 12. ÁGUA VIVA Nº 157 1 a 7 de janeiro de 2017 SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS - paroquias-ribeira-fornelos ... · primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher

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Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em

primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de

Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador. Cele-

bra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa von-

tade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o

início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumu-

la da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.

As leituras que hoje nos são propostas exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta

multiplicidade de temas e de celebrações.

Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-

se que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude.

Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos

homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de

“filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-Lhe “abbá” (“papá”).

Iª Leitura: Is 60, 1 - 6;

Salmo Responsorial: Salmo 71 (72);

IIª Leitura: Ef 3, 2 - 3a. 5 - 6;

Evangelho: Mt 2, 1 - 12.

ÁGUA VIVA Nº 157 – 1 a 7 de janeiro de 2017

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

A NÃO-VIOLÊNCIA

E para quê? Porventura a violência per-

mite alcançar objetivos de valor duradou-

ro? Tudo aquilo que obtém não é, antes,

desencadear represálias e espirais de con-

flitos letais que beneficiam apenas a pou-

cos «senhores da guerra»?

A violência não é o remédio para o

nosso mundo dilacerado. Responder à

violência com a violência leva, na melhor

das hipóteses, a migrações forçadas e a

atrozes sofrimentos, porque grandes

quantidades de recursos são destinadas a

fins militares e subtraídas às exigências

do dia-a-dia dos jovens, das famílias em

dificuldade, dos idosos, dos doentes, da

grande maioria dos habitantes da terra.

No pior dos casos, pode levar à morte

física e espiritual de muitos, se não mes-

mo de todos.

A Boa Nova

3. O próprio Jesus viveu em tempos de

violência. Ensinou que o verdadeiro cam-

po de batalha, onde se defrontam a vio-

lência e a paz, é o coração humano:

«Porque é do interior do coração dos

homens que saem os maus pensamen-

tos» (Marcos 7, 21). Mas, perante esta

realidade, a resposta que oferece a men-

sagem de Cristo é radicalmente positiva:

Ele pregou incansavelmente o amor

incondicional de Deus, que acolhe e per-

doa, e ensinou os seus discípulos a amar

os inimigos (cf. Mateus 5, 44) e a ofere-

cer a outra face (cf. Mateus 5, 39). Quan-

do impediu, aqueles que acusavam a

adúltera, de a lapidar (cf. João 8, 1-11) e

na noite antes de morrer, quando disse a

Pedro para repor a espada na bainha (cf.

Mateus 26, 52), Jesus traçou o caminho

da não-violência que Ele percorreu até ao

fim, até à cruz, tendo assim estabelecido

a paz e destruído a hostilidade (cf. Efé-

sios 2, 14-16). Por isso, quem acolhe a

Boa Nova de Jesus, sabe reconhecer a

violência que carrega dentro de si e deixa

-se curar pela misericórdia de Deus, tor-

nando-se assim, por sua vez, instrumento

de reconciliação, como exortava São

Francisco de Assis: «A paz que anunciais

com os lábios, conservai-a ainda mais

abundante nos vossos corações».

Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus

significa aderir também à sua proposta de

não-violência. Esta, como afirmou o meu

predecessor Bento XVI, «é realista pois

considera que no mundo existe demasia-

da violência, demasiada injustiça e, por-

tanto, não se pode superar esta situação,

exceto se lhe contrapuser algo mais de

amor, algo mais de bondade. Este “algo

mais” vem de Deus». E acrescentava sem

hesitação: «a não-violência para os cris-

tãos não é um mero comportamento táti-

co, mas um modo de ser da pessoa, uma

atitude de quem está tão convicto do

amor de Deus e do seu poder que não

tem medo de enfrentar o mal somente

com as armas do amor e da verdade. O

amor ao inimigo constitui o núcleo da

“revolução cristã”». A página evangélica

– amai os vossos inimigos (cf. Lucas 6,

27) – é, justamente, considerada «a mag-

na carta da não-violência cristã»: esta não

consiste «em render-se ao mal (...), mas

em responder ao mal com o bem (cf.

Romanos 12, 17-21), quebrando dessa

forma a corrente da injustiça».

Mais poderosa que a violência

4. Por vezes, entende-se a não-violência

como rendição, negligência e passivida-

de, mas, na realidade, não é isso. Quando

a Madre Teresa recebeu o Prémio Nobel

da Paz em 1979, declarou claramente

qual era a sua ideia de não-violência ati-

va: «Na nossa família, não temos neces-

sidade de bombas e de armas, não preci-

samos de destruir para edificar a paz, mas

Email: [email protected]

SERVIÇO RELIGIOSO DE FORNELOS

Dia Hora Intenções

Terça 3

17:00 - Palmira Fernandes Correia (aniv) - m. c. Manuel Trelães (pg).

Sexta 6

17:00 - Associados do Sagrado Coração de Jesus (pg).

Sáb. 7

18:00

- Maria de Lurdes Leitão Fernandes Dantas (7/20) - m. c. Marido (pg); - Casimira Correia Gonçalves e Margarida Correia Gonçalves (8/12) - m. c. Filha (pg); - Rosa Correia Gonçalves e José António de Amorim - m. c. Filhos (pg); - Carminda Matos Pais (3/4) - m. c. Marido (pg); - Manuel Vieira Antunes de Araújo - m. c. Esposa; - Manuel Abreu e Esposa - m. c. filha Conceição; - Manuel Barbosa de Araújo e Esposa - m. c. nora Conceição; - Santíssimo Sacramento - m. c. Conceição Abreu de Araújo; - João da Silva Oliveira - m. c. Confraria de Santa Maria Madalena; - Missas de Rol (10).

Dom. 8

08:15

Domingo da Epifania do Senhor - Manuel Cachada Gonçalves Vieira e Maria de Lurdes Araújo Vieira (10/10) - m. c. Família; - José Marinho Dantas (aniv) - m. c. irmã Palmira (pg); - José Fernandes Cachada - m. c. Família (pg); - Lourenço Baptista Malheiro Vieira, Manuel Vieira Baptista e Custódia Ana Fiuza - m. c. Manuel Oliveira Vieira; - Nossa Senhora de Fátima (ação de graças) - m. c. Custódia Lopes; - Manuel Reitor (aniv) - m. c. Família (pg); - Dolores da Fonte Crasto - m. c. Confraria de Santa Maria Madalena; - Emília Gonçalves da Silva (aniv. Nasc.) - m. c. nora Gracinda (pg); - Rosa Matos Cerqueira - m. c. Marido; - Maria do Carmo Correia Malafaia (1/12) - m. c. Marido (pg); - Arminda de Jesus Magalhães da Silva (17/25) - Rol (pg); - João José Alves Pereira Cerqueira (2/11) - m. c. Esposa (pg); - Missas de Rol (15).

FICHA TÉCNICA Boletim Paroquial de Fornelos e Serdedelo • Diretor: Pe. Manuel de Almeida e Sousa

• Publicação: Semanal • Tiragem: 350 Ex. tel. 258 944 132 • E-mail: [email protected] • Site: www.paroquias-ribeira-fornelos-serdedelo.com - Isento a) nº 1 art 12º DR 8/1999 de 9 de junho.

Email: [email protected]

SERVIÇO RELIGIOSO DE SERDEDELO

Dia Hora Intenções

Qua.

4

17:00

- Manuel Gonçalves Pereira Vaz - m. c. Esposa; - Manuel António Dias (aniv) - m. c. Madalena Oliveira; - Maria do Céu da Cunha Pereira Pais - m. c. Manuel Sousa Pais; - Cândida de Matos Gonçalves Pereira - m. c. Pessoa Amiga (pg).

Sexta

6

16:00

- Laurinda Fernandes Oliveira (aniv) - m. c. filha Custódia; - Ermindo Abreu Pereira - m. c. irmã Sameiro; - Manuel Vieira Baptista, Custódia Ana Fiuza e Lourenço Baptis-ta Malheiro - m. c. António Manuel Fiuza Baptista; - Maria Fernandes Pereira (aniv) - m. c. filha Lúcia; - Cândida de Matos Gonçalves Pereira (34/34) - Rol (pg); - João de Matos Fiuza e Manuel Gonçalves Pereira Vaz - m. c. Amigo (pg); - José Fernandes Pais (15/22) - m. c. Pessoa Amiga (pg); - Manuel Fernandes Fiuza (11/20) - m. c. Pessoa Amiga; - Associados do Apostolado da Oração.

Dom 8

09:30

Domingo da Epifania do Senhor - Santa Luzia - m. c. Lucinda Feitosa.

Fornelos:

- Avisam-se todos os consortes da levada do Vilar que a limpeza se faz no dia 4 de

janeiro (quarta-feira), pelas 08:30 horas.

Bom ano de 2017!

Avisos