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SÃO PAULO, 27 DE AGOSTO DE 2015.

SÃO PAULO, 27 DE AGOSTO DE 2015. - prefeitura.sp.gov.br · Circuito da Longevidade, prova bacana para quem está começando firme nas caminhadas e corridas. Em Sampa, a etapa será

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SÃO PAULO, 27 DE AGOSTO DE 2015.

Linha de Largada

Corrida das Mulheres, Contra as Drogas, da Longevidade, dos Brutos há de tudo um

pouco em todas as regiões do Brasil. Programe-se para não perder as inscrições.

Em Cuiabá, por exemplo, será realizada a corrida de 5 km “De Cara Limpa Contra as

Drogas”, da Polícia Judiciária Civil. As inscrições online (www.pjc.mt.gov.br) abrem em

31 de agosto e vão até 5 de setembro ou até completar o limite de 1 mil inscritos. A

prova está marcada para 4 de outubro, nas categorias policial civil e geral. Também na

capital do Mato Grosso está programada a prova Nadir Sabino, em homenagem à

atleta de mesmo nome, no dia 12 de setembro. As inscrições custam R$ 80 terminam

nesta segunda (31/8). O evento, promovido pelos alunos da atleta, acontecerá no

Centro Político Administrativo (CPA), com concentração a partir das 18h e largada às

19h30. A largada e chegada serão em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso

(TJMT) e terá um percurso de 7 km. Informações: www.corridanadirsabino.com.br

Vitória recebe a segunda edição da Corrida dos Bombeiros, dia 20 de setembro. Única

prova de 10,5km da cidade, com percurso de ida e volta na Terceira Ponte. A largada

será em frente ao Quartel do Corpo de Bombeiros, na Enseada do Suá, às 7h30 do

domingo (20). Inscrições custam R$ 75 e vão até 10 de setembro.

Informações: http://www.chiptiming.com.br/eventos/2corridadosbombeiros

Em Belo Horizonte, dia 13 de setembro, na Pampulha, vai acontecer uma etapa do

Circuito da Longevidade, prova bacana para quem está começando firme nas

caminhadas e corridas. Em Sampa, a etapa será em 27 de setembro no Parque da

Independência. Desde a primeira edição, há oito anos, o evento já foi realizado em 18

cidades, reunindo mais de 300 mil inscritos. O objetivo do evento é estimular a prática

de exercícios físicos para a conquista da longevidade com saúde, qualidade de vida e

bem-estar. As inscrições, entre R$ 10 e R$ 20, vão abrir neste

site:www.circuitodalongeviodade.com.br

Alphaville (SP) terá etapa do circuito Track & Field no dia 13 de setembro, às 8h. As

inscrições custam R$ 99 e vão até nove de setembro. O kit é bem bacana.

Inscrições: http://www.sportpass.com.br/Track&Field-Run-Series-Iguatemi-

Alphaville—2-etapa E quem já corre há mais tempo, os verdadeiros casca grossa, tem

a opção da Bravus Race, ali perto em Barueri, marcada para 4 de outubro. Inscrições

de R$ 170 a R$ 200. Pode ser individual e por equipe. É uma prova de obstáculos de

todos os tipos: lama, muros, rampas, arame farpado e muito fogo! Vai ser realizada no

Grupo de Artilharia de Campanha Leve em frente à Estação de Trem. Informações:

http://bravusrace.ativo.com/bravus2015/fire/

Também tem corrida feminina, a Vênus – distâncias de 5, 10 e 15k, dia 20 de setembro

na região do Jockey Club. As inscrições (R$ 109 a R$ 159) já estão abertas. É a sétima

edição dessa prova, que para este ano trouxe a nova distância de 15k. O evento

proporciona um fim de semana completo de atrações e atividades. Sábado é dia de

retirada de kit e day care, um espaço que oferece aulas, massagens, serviços e

novidades fitness e muitos backdrops de foto para você registrar o momento com as

amigas! Use #corridavenus e apareça no site! Domingo é a corrida.

Informações: http://corridavenus.com.br/2015/sp/kits/

Boa Prova! #corridaparatodos

Comissões de Meio Ambiente, Finanças e orçamento discutiram a

reciclagem dos componentes de veículos, na CMSP

Assista, aqui.

Prefeitura firma acordo com Eletropaulo para dobrar podas de árvore

A Prefeitura de São Paulo assinou nesta quarta-feira, 26, um acordo com a AES

Eletropaulo para dobrar o número de podas e remoções de árvores feitas por ano na

capital paulista. Com objetivo de reduzir o risco de queda durante o período de chuvas,

também será montada uma força-tarefa para atuar inicialmente em oito

subprefeituras, onde a incidência é maior.

Dados da Prefeitura apontam que há 650 mil árvores em viários de São Paulo. "Nós

fazíamos historicamente em torno de 100 mil podas por ano. Com esse convênio,

devemos saltar para 200 mil por ano", afirmou o prefeito Fernando Haddad (PT) "No

plano geral, nós estamos multiplicando por dois nossa capacidade poda e remoção." A

partir da mudança, a administração municipal pretende reduzir o ciclo de manejo de

árvores, que atualmente é de seis anos e meio, para três anos.

O acordo firmado com a AES Eletropaulo serve para facilitar autorizações concedidas

pela Prefeitura para que a estatal possa interferir em árvores com risco de

interferência na rede elétrica. No convênio, a empresa se compromete enviar

anualmente ao município um mapeamento desses locais, para receber uma

autorização única da Prefeitura. Antes, os pedidos eram feitos caso a caso,

aumentando a burocracia e o tempo de atendimento.

A AES Eletropaulo deve enviar o relatório em novembro. Segundo a empresa, hoje há

cerca de 200 mil árvores que representam riscos para fiação elétrica na capital

paulista. O acordo também fixa prazo de seis meses para a Prefeitura conceder as 2 mil

autorizações pedidas pela estatal antes do convênio ser firmado.

Na próxima Operação Verão, o plano de ação para o período de chuva, a AES

Eletropaulo também vai participar da gestão de possíveis crises junto com a Prefeitura.

Neste ano, a queda de árvores foi o principal problema enfrentado pela gestão

Haddad, quando cerca de 1.765 árvores despencaram em três meses. Em janeiro,

cerca de 800 mil pessoas ficaram sem luz após queda de árvores de grande porte e

galhos, que rompeu cabos, quebrou e derrubou postes

Prioridade. Oito subprefeituras respondem por 62% dos casos de quedas de árvores na

cidade de São Paulo nos últimos dois anos. São elas: Butantã, Pinheiros e Lapa, na zona

oeste, Vila Mariana, Santo Amaro e Ipiranga, na zona sul, Sé, na região central, e

Mooca, na zona leste.

Essas áreas são tratadas como prioridade pela Prefeitura para prevenir ocorrências de

quedas no próximo verão. A partir do convênio, agrônomos e funcionários municipais

vão atuar em ruas com maior incidência, fazendo podas, manejos e remoções por lote

- e não mais caso a caso como acontece hoje.

Obras da Sabesp contra crise hídrica serão vistoriadas por fiscais do TCE

Alvo da fiscalização são contratos emergenciais feitos sem licitação em SP.

Ministério Público diz que contratações podem somar até R$ 400 milhões.

A presidente do Tribunal de Contas do estado de São Paulo (TCE-SP), Cristiana de

Castro Moraes, determinou fiscalizações em campo de obras emergenciais realizadas

pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) contra a crise

hídrica sem licitação, segundo a assessoria de imprensa do órgão. Nove contratos que

estão sob análise do TCE serão alvo de vistoria dos representantes do tribunal.

A Sabesp e a Secretaria do Estado de Recursos Hídricos disseram que estão à

disposição do tribunal e que todas as contratações emergenciais seguiram as

disposições na Lei de Licitações como parte das ações para o enfrentamento da crise

no estado. Segundo a companhia, apenas duas obras ainda estão em andamento em

andamento: as de ligação terrestre e por água dos sistemas Rio Grande ao Alto Tietê.

O restante foi concluído, ainda de acordo com a Sabesp.

Na semana passada, o Ministério Público de Contas (MPC) divulgou que apura a

contratação direta, sem abertura de licitação, de contratos feitos pela Sabesp para

obras contra a crise no estado (veja lista das contratações abaixo). Os procuradores

estimam que as contratações somem R$ 200 milhões.

O MPC acredita, no entanto, que os valores podem ser ainda maior porque os fiscais já

fizeram levantamento prévio de outras contratações sem licitação que podem somar

pelo menos mais R$ 200 milhões. A Procuradoria também quer que a Sabesp

apresente a relação de todos os contratos diretos feitos com empresas, sem licitação e

com caráter de urgência, com valores de até R$ 4 milhões e para obras contra a crise

hídrica no estado.

As diligências do Tribunal de Contas do Estado vão verificar os prazos dos contratos e a

execução das obras, além de solicitar apresentação de documentos às empresas

contratadas. A determinação da presidência do tribunal é de sexta-feira (21), mas foi

comunicada pela presidente ao restante dos conselheiros do TCE-SP nesta quarta-feira

(26) durante a realização da 26ª sessão ordinária do tribunal.

Contratações sem licitação

De acordo com o Tribunal, a Sabesp encaminhou nove contratações feitas sem

processo licitatório e em caráter emergencial, que atingiram o valor de

aproximadamente R$ 186 milhões. Os contratos, em tramitação no TCE, foram

remetidos obrigatoriamente para análise por terem valores, individualmente, acima de

R$ 4 milhões.

Das nove contratações, sete se referem ao exercício de 2014, e as demais foram feitas

este ano. Esses contratos já foram analisados por parte da diretoria de fiscalização e

tramitam agora trâmite nos órgãos técnicos.

O Tribunal de Contas diz que existem "outros poucos contratos no montante da ordem de

R$ 6 milhões, que também foram embasados, em dispensas de licitação e não foram

encaminhados porque não alcançarem o valor de remessa obrigatória, o que não

dispensou o exame das mesmas nas contas ordinárias respectivas, que serão analisadas".

Segundo o procurador do Ministério Público de Contas Thiago Pinheiro Lima, a contratação

direta pode ser feita, contanto que o governo formalize uma situação de emergência da

crise, o que o governador Geraldo Alckmin nega até o momento. A Sabesp diz que todas as

contratações para execução das obras de caráter emergencial seguem os dispositivos legais

previstos no inciso IV, do Artigo 24 da Lei de Licitações (Lei 8666/93).

Já uma portaria do DAEE confirmou que a situação crítica da Bacia do Alto Tietê, na Grande

São Paulo, e justifica que a medida foi tomada por causa do baixo índice de chuva nos

reservatórios que abastecem a região metropolitana, sem detalhar as medidas que serão

tomadas.

Segundo o governo, a portaria serve como "instrumento para minorar riscos ao

abastecimento” no Alto Tietê e para assegurar a "execução de obras emergenciais que

estão em curso diante da maior seca dos últimos 85 anos". "A portaria tem o objetivo claro

de alertar: estamos sob uma crise hídrica, não tem chovido e é preciso então ter um

esforço coletivo", afirmou Geraldo Alckmin no dia 19 de agosto. O Tribunal de Contas diz que existem "outros poucos contratos no montante da ordem

de R$ 6 milhões, que também foram embasados, em dispensas de licitação e não

foram encaminhados porque não alcançarem o valor de remessa obrigatória, o que

não dispensou o exame das mesmas nas contas ordinárias respectivas, que serão

analisadas".

Segundo o procurador do Ministério Público de Contas Thiago Pinheiro Lima, a

contratação direta pode ser feita, contanto que o governo formalize uma situação de

emergência da crise, o que o governador Geraldo Alckmin nega até o momento. A

Sabesp diz que todas as contratações para execução das obras de caráter emergencial

seguem os dispositivos legais previstos no inciso IV, do Artigo 24 da Lei de Licitações

(Lei 8666/93).

Já uma portaria do DAEE confirmou que a situação crítica da Bacia do Alto Tietê, na

Grande São Paulo, e justifica que a medida foi tomada por causa do baixo índice de

chuva nos reservatórios que abastecem a região metropolitana, sem detalhar as

medidas que serão tomadas.

Segundo o governo, a portaria serve como "instrumento para minorar riscos ao

abastecimento” no Alto Tietê e para assegurar a "execução de obras emergenciais que

estão em curso diante da maior seca dos últimos 85 anos". "A portaria tem o objetivo

claro de alertar: estamos sob uma crise hídrica, não tem chovido e é preciso então ter

um esforço coletivo", afirmou Geraldo Alckmin no dia 19 de agosto.

Lista de contratos investigados pelo Ministério Público de Contas

- Execução de obras emergenciais para utilização de volume morto de reservação da

represa “Atibainha” - R$ 32 milhões

- Fornecimento de 17 conjuntos moto-bombas flutuantes com mangote especial - R$

5,4 milhões

- Execução das obras emergenciais para a utilização do volume morto de reservação

das represas Jaguari/Jacarei - R$ 20 milhões

- Fornecimento de 2.976 m de tubos PEAD com diâmetro de 1000 mm, 31 colarinhos

de PEAD diâmetro de 1000 mm e 31 falanges em aço ASTM A36 diâmetro de 1000 mm

- R$ 8.225.430,88

- Fornecimento óleo diesel para alimentação de usina geradora de 6.000 kva nas

represas de Jacarei e Atibainha - R4 8.796.900,00

- Fornecimento de 1 conjunto de ultrafiltração por membranas para ampliar a

produção de água da ETA Rio Grande em 500 LS - Unidade de Negócios de Produção de

Água da Metropolitana -Diretoria Metropolitana - R$ 26.5 milhões

- Ampliação do Sistema de Ultrafiltração utilizando membranas no tratamento de água

Rodolfo José da Costa e Silva, em 1000 L/s R$ 41.576.764,91

- Execução das obras aquáticas para bombeamento de 4m³/s da represa Rio Grande

para Represa Taiaçupeba - R$ 30.193.767,34

- Execução das obras terrestres para bombeamento de 4m³/s da represa Rio Grande

para a represa Taiaçupeba - R$ 16.425.193,84

Falta de planejamento

O Tribunal de Contas do Estado também afirmou que a falta de água em São Paulo foi

resultado da falta de planejamento do governo paulista e relatou que a Secretaria

Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários alertas sobre a necessidade de um

plano de contingência para eventuais riscos de escassez hídrica na Região

Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e disse que era impossível

prever a estiagem de 2014.

As informações fazem parte do parecer do Tribunal de Contas do Estado sobre as

contas do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) em relação ao ano

passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20

recomendações em diferentes áreas que o governo deveria adotar.

Nível de água do Cantareira registra 25ª queda seguida em agosto

O nível dos reservatórios de água do Sistema Cantareira registrou a 25ª queda seguida

nesta quarta-feira (26) e chegou a 15,9% da capacidade, segundo a Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na terça-feira (25), o índice era

de 16%.

Segundo a Sabesp, a queda ocorre após a segunda chuva significativa do mês nas

represas do sistema. Nas últimas horas, choveu 5,1 mm, totalizando 15 mm em agosto,

menos da metade do previsto para o mês.

Os demais sistemas que atendem a Grande São Paulo – Guarapiranga, Alto Tietê, Alto

Cotia, Rio Grande e Rio Claro – também registraram quedas.

O índice de 15,9% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito com

base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.

Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, no entanto, a companhia

passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume

total de água do Cantareira. Nesta quarta, ele era de 12,3%. O terceiro índice leva em

consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume

útil, e era de -13,4% na manhã de quarta-feira.

Falta de planejamento – Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que

outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse “ao ponto

em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem

minimizados”, como despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, recuperação da represa

Billings e combate mais efetivo de perdas de água na distribuição.

Já a Secretaria informou ao TCE que implantou diversas ações para uma situação de

estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA), financiamento de

estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e adoção de medidas

para a prática de reuso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na

agricultura.

Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou

especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014.

Ban pede aceleração na negociação para um acordo em Paris sobre o

clima

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quarta-feira (26) uma aceleração

no ritmo das negociações sobre a mudança climática, porque restam menos de 100

dias para a cúpula de dezembro em Paris na qual deve ser assinado um acordo para

redução de emissões.

“Peço aos líderes mundiais que deem uma mensagem clara aos negociadores de que

eles têm que acelerar o processo”, ressaltou Ban em entrevista coletiva junto aos dois

ministros que se substituem na organização das cúpulas sobre a mudança climática, o

peruano Manuel Pulgar e o francês Laurent Fabius.

Ban insistiu que “a reunião de Paris é o último prazo” e se esquivou de responder

diretamente a pergunta sobre quem são os que estão atrasando os avanços.

O líder das Nações Unidas lembrou que embora os Estados estejam negociando há 20

anos, na realidade só no ano passado em Lima foi adotado um texto, que não passava

de uma minuta.

Para o secretário-geral da ONU, há “quatro grandes problemas” para obter o

compromisso: “o nível das ambições”, a questão de se o acordo será vinculativo

juridicamente ou não, as responsabilidades “comuns, mas diferenciadas” de uns e

outros países e o financiamento.

Fabius, como anfitrião da cúpula de dezembro, reiterou na mesma mensagem que “é

preciso uma aceleração” e disse que a negociação “é uma luta contra o relógio”

porque quanto mais tarde for aplicado um programa global para reduzir as emissões

do efeito estufa, mais difícil será cumprir com o objetivo de limitar o aquecimento a

dois graus centígrados.

O ministro francês também formalizou o anúncio de uma conferência em Paris para 5

e 6 de setembro, com aproximadamente 50 ministros representativos de todas as

regiões do mundo para discutir em particular sobre os mecanismos de financiamento,

a adaptação à mudança climática e as tecnologias que podem ajudar.

Pulgar, por sua vez, se esforçou em transmitir “uma mensagem de esperança e de

otimismo” porque “alcançaremos -disse- um acordo no final de ano”.

Segundo sua opinião, o fracasso da cúpula de Copenhague de 2009 não se repetirá.

“Estamos no processo em que baseamos o consenso na confiança” e “estamos

trabalhando de uma forma muito transparente” com a sociedade civil.

O ministro peruano do Meio Ambiente considerou que “não é o momento de culpar

uns ou outros” e disse que o que se pretende é fixar “um novo paradigma para o

desenvolvimento no futuro”.

Cortar emissões aumenta PIB

Relatório produzido por grupo de 80 especialistas indica que economia cresce quase 4%

mais com políticas mais ambiciosas de redução de gases-estufa até 2030.

Se o governo brasileiro ampliar medidas de redução de emissões de gases de efeito

estufa em sua economia, o país pode crescer mais e com menos desigualdades sociais

em 2030. A conclusão é de um grande estudo realizado durante um ano por um grupo

de 80 especialistas, sob coordenação do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Segundo o estudo, o PIB (Produto Interno Bruto) do país pode chegar a R$ 5,68 trilhões

em 2030 se forem adotadas medidas adicionais de redução de emissões no cenário

mais ambicioso. A cifra é 3,98% maior do que o PIB previsto se forem adotadas apenas

ações de mitigação já em curso, do atual Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Com

as ações sugeridas pelo relatório, o país pode chegar a 2030 emitindo 1 bilhão de

toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e), 39% a menos que o estimado com a

adoção de ações governamentais já previstas (1,6 bilhão de toneladas) e 25% menos

do que o país emitia em 1990. No cenário menos ambicioso, a redução de emissões é

de 5% em relação a 1990, as emissões chegam a 1,3 bilhão de toneladas e o PIB fica

3,91% maior do que sem medidas adicionais.

De acordo com o “IES Brasil: Implicações Econômicas e Sociais: Cenários de Mitigação

de GEE 2030”, 75% do potencial de abatimento de emissões tem custo abaixo de US$

20 por tonelada de Co2e. O setor com maior margem de redução de emissões é o de

agricultura, florestas e uso da terra – que também é o setor que mais emite gases

causadores do efeito estufa no Brasil. As medidas mais caras são as de mudança em

infraestrutura urbana, como melhorias no sistema de transporte.

A taxa de desemprego também cai com os cenários de mitigação adicional – com mais

medidas de redução de emissões do que o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. A

projeção é que, com a adoção de medidas mais ousadas do que as previstas, a taxa

varie entre 3,5% e 4,08%, enquanto a taxa de acordo com o cenário projetado pelo

governo deve ser de 4,35%.

“A nossa projeção considera que o governo vai reduzir o custo Brasil, aumentar a nossa

produtividade, investir em educação e inclusão social”, ressaltou William Wills,

coordenador de modelagem do IES Brasil. “Se o governo brasileiro fizer o que tem que

ser feito, não são políticas mais ambiciosas de redução de emissões que vão reduzir o

potencial de crescimento”, disse. Ele apresentou os dados nesta terça-feira, durante

audiência pública na Comissão Mista de Mudança Climática do Congresso.

Os cenários de mitigação adicional preveem investimentos que variam entre R$ 164

bilhões, com adoção de medidas de baixo custo, e R$ 524 bilhões, contemplando

medidas de maior custo, de 2015 e 2030. Em 2030, o valor investido poderia variar

entre R$ 20,7 bilhões e R$ 82,9 bilhões – de 0,37% a 1,46% do PIB previsto para aquele

ano.

Aumento de renda e poder de compra

O estudo também projeta um aumento de renda e poder de compra em todas as

classes sociais. De acordo com o estudo, alguns setores produtivos em uma economia

de baixo carbono – com menos emissões – empregam mais que os setores que emitem

gases de efeito estufa. O relatório do IES Brasil destaca a oportunidade de geração de

empregos no setor energético, em especial na produção de biomassa e

biocombustíveis.

Se as negociações climáticas internacionais adotarem a taxação de carbono como

medida de mitigação, a economia brasileira também pode ser beneficiada, de acordo

com o estudo. Apesar de uma leve queda na projeção do PIB, a taxa de desemprego

pode ser menor. Além disso, a imposição de uma taxa de carbono global pode

beneficiar a indústria brasileira, que utiliza fontes mais limpas de energia, aumentando

a competitividade no mercado.

Os técnicos responsáveis pelo relatório sugerem alocar a receita da taxa imposta aos

setores que emitem mais gases de efeito estufa na desoneração da folha de

pagamento dos que emitem menos, estimulando a criação de empregos. “É possível

crescer economicamente, reduzir desigualdades e reduzir emissões, em todos os

cenários estudados”, concluiu Wills.