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Ano IX - Nº 117 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014 SÃO PAULO, QUEREMOS-TE ABSOLUTA: MAIS ILUMINADA, SEGURA E JUSTA. Caminhada “Caça aos Fantasmas do Centro”, no aniversário da cidade. Pág. 12

SÃO PAULO, QUEREMOS-TE ABSOLUTA: MAIS ILUMINADA, … · Ela é bela mesmo quando escura nunca fica em trevas... Todo dia uma nova luz nela principia a brilhar somando-se às milhões

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Ano IX - Nº 11710 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014

SÃO PAULO, QUEREMOS-TE ABSOLUTA:MAIS ILUMINADA, SEGURA E JUSTA.

Caminhada “Caça aos

Fantasmas do Centro”, no

aniversário da cidade. Pág. 12

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2 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014

Vd. Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 2864-0770 / 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] - Edição / Publicidade : Carlos Moura - DTR/MS 006 - Edição de Arte: Binho Moreira Fotografia: Francisco Alves - MTb 13.705

e Joca Duarte - MTb 36.520 - Tiragem: 20 mil exemplares - Distribuição Gratuita. O Centro em Foco é pulicado pela CM Edições Jornalísticas - ME

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SP “ABSOLUTA” 460 ANOS

Da janelaobservo e admiro minha cidadetantas vezes injuriada:carrega o estigma de desumana insensível “selva de pedra”Não é verdadesua boa índole não lhe permiteser assim...

Foi descoberta e erigidasob nobres sentimentose justas finalidadesEla é bela mesmo quando escuranunca fica em trevas...Todo dia uma nova luznela principia a brilharsomando-se às milhões multicoresjá existentestornando-a mais feliz

Não é desumananem insensívelAbriga migrantes e imigrantesdando-lhes as mesmas oportunidadesque dá a seus nativos

A minha cidadeampara pobres e ricos,bêbados e sóbrios,néscios e sábiosDá espaço aos progressistase repudia os pessimistasÉ hospitaleira!

Costuma-se dizerque quem nela não consegue vivern’outro lugar nem sobreviveAssim, não cabe essa pecha,essa infelicidadeà minha tão bela, feliz e amiga cidade.

(escrita em out./2003 e publicada no livro Verso Anverso, em out./2011, por Carlos Moura, editor do Centro em Foco)

Ah, São Paulo! Começo neste suspiro porque

muitas histórias estão guardadas dentro da sua.

Ai São Paulo! Estou gemendo porque mui-tas dores estão dentro das suas.

Por que, São Pau-lo? E pergunto, porque muitas perguntas você faz para a sua gente. Pôxa, São Paulo! E você me devolve a re-provação.

Fato é que você não cansa. Você, São Paulo, morre e res-suscita todos os dias. Sofre com a marreta, a picareta e a britadei-ra. No outro dia você reage com o ferro a e o cimento. Você perde o mato e revive com o canteiro. Sujam suas ruas e você insiste com restaurações. Disparam revólveres e você se re-compõe com vidas nascentes.

Do seu coração tiraram os trilhos. Você nem ligou, voltou com redes elétricas. Tiraram as redes elétricas, você reagiu com corredores. Mudaram sua aparência e você, novamente, redese-nhou suas ruas. Quando elas estavam sujas e invadidas, você, de novo, descortinou suas fachadas.

Sua gente é que não muda. É gente variada. Gente que suja, destrói e nem liga. E outra gente que limpa, re-constrói e continua ligando. Gente de fora e de sempre. Gente que vai, gente que vem, gente que nasce, gente que morre. Gente que luta.

São Paulo, seu vício é viver!

Sua luta é dos bravos!Bem que você queria fi-

car quietinha, de papo pro ar. Mas você não consegue, já acostumou a se mexer. Você, de fato, não pára. Não há manhã sem trabalho. Não há tarde de descanso. Não há noite, nem silêncio.

Éh, São Paulo! Você já ex-perimentou contar os pés que andam pelas suas calçadas e ruas? Já pensou quantos? Já pensou nos sorrisos, nos cho-ros, nos gritos, nas palavras, no barulho, na música do seu trabalho incessante?

Ah, você não pára nem pra considerar essas coisas! Você é elétrica. Deixa todos elétricos. Sobe-se nas esca-

das rolantes em movimento. Atravessa-se os seus cruza-mentos sem medo. Anda-se correndo. Come-se em pé. Fala-se depressa. Pensa-se rápido. Rouba-se ligeiro. Re-pousa-se pouco. E a vida con-tinua e você não pára.

Você quis passar na fren-te de outras na hora de ser inaugurada. Quis sair na fren-te para desbravar territórios. Quis ser mais rica. Depois quis crescer e nunca mais quis parar. Você é mesmo to-talmente demais, São Paulo!

(Escrita em outubro de 2003, por Candida Maria Vieira - jornalista, colaboradora do Centro em Foco)

São Paulo, minha cidade

Eli Hayasaka

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3SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014 SP “ABSOLUTA” 460 ANOS

O Departamento de Iluminação Pública (ILUME) implantará,

em 2014, vinte e dois proje-tos especiais de iluminação em localidades e edificações de destaque do centro de São Paulo. Entre eles estão Ponte das Bandeiras, Viadu-to do Chá, Prefeitura, Vale do Anhangabaú, Pátio do Colégio e Museu Anchieta, Teatro Municipal, Praça da República, Catedral da Sé, Praça da Sé, Largo São Fran-cisco e Faculdade de Direito da USP, Praça do Patriarca, Igreja da Consolação, Igreja de Santo Antônio, Rua do Gasômetro e Rua José Pau-lino. Há projetos também de remodelação de duas im-portantes avenidas, a 23 de Maio e a Radial Leste.

Em algumas dessas lo-calidades, as intervenções serão feitas diretamente

Centro ganha 22 novos projetos de iluminação públicaÁreas de atrações turísticas e espaços culturais estão entre as localidades que serão iluminadas

nas fachadas dos prédios, tornando-os atrativos pontos de luz espalhados pelo Cen-tro. Destaca-se o projeto de “iluminação decorativa” da Biblioteca Mario de Andrade. Pequenas lâmpadas de LED serão instaladas na fachada

da biblioteca, que ganhará iluminação uniforme e atra-tiva. Avalia-se a possibilidade do reduto cultural funcionar durante as 24 horas do dia. Se isso acontecer, o novo pro-jeto de iluminação será ainda mais bem-vindo aos potenciais frequentadores noturnos da biblioteca.

São Paulo iluminada - A cidade de São Paulo já irra-diou luzes advindas de lampi-ões de azeite e de lampiões de Gás Hulha. Com a energia elétrica, o sistema de ilumina-ção pode ser ampliado e tor-nou-se mais eficaz. Hoje, São Paulo é uma das maiores cida-des do mundo e sua ilumina-

ção é igualmente grandiosa, com rede de abastecimento elétrico que se aproxima de 17 mil quilômetros.

Ainda que não sejam maioria (dos 560 mil pontos de luz da cidade, 50% são à vapor de mercúrio, 49% à va-por de sódio e 1% de outros tipos) as luminárias de LED são as mais modernas e as novas preferências para a ilu-minação pública da cidade. Neste ano, o ILUME fará es-forços para homologar 11 mil luminárias de LED. Essas lâm-padas já estão instaladas em vários pontos da cidade, mas ainda faltam trâmites legais para fins de manutenção.

Orçamento - O ILUME, departamento da Secreta-ria Municipal de Serviços, é responsável pela iluminação pública da cidade, enquanto a Eletropaulo fornece ener-gia às unidades domiciliares. Seu orçamento é resultante da taxa COSIP (Contribuição para Custeio da Iluminação Pública), diretamente cobrada nas contas de luz (R$ 4,44 para unidades residenciais e R$ 13,99 para as de outros tipos). São isentos os consu-midores já classificados como “tarifa de baixa renda” junto à Eletropaulo, ou seja, que têm faixas de consumo mensal dentro dos limites de isenção e cadastro em programas so-ciais. Também estão isentos os moradores que não pos-suem iluminação pública em suas ruas.

Para 2014, o ILUME tem um montante de 79 milhões

de reais. O valor deverá cus-tear as principais atividades do Departamento: planeja-mento, estruturação, compra, recebimento, armazenamen-to e controle de qualidade de material, ampliação e remo-delação da rede de ilumina-ção pública.

De acordo com José Alberto Serra, diretor do ILUME, o desempenho do Departamento em 2013 foi excelente: “Fizemos o remo-delamento (manutenção e substituição de luminárias, lâmpadas, reatores e braços) de 125 mil pontos de ilumina-ção em 12 meses. Isso é um recorde para a cidade! Como um comparativo, em 96 me-ses nas gestões dos ex-pre-feitos Serra e Kassab, foram feitas somente 70 mil remo-delações”, explica.

Por Sophia Winkel

Eli Hayasaka

Tony Sada André Bogdan

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4 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014COMUNIDADE

A partir de janeiro, os bancários em todo o país passam a utilizar

o vale-cultura. É o primeiro caso de inclusão do benefí-cio em um acordo coletivo. Assim, as instituições finan-ceiras repassarão mensal-mente aos bancários R$ 50 para serem gastos em pro-dutos e bens culturais, como teatro, cinema, show, livros e cursos. Neste primeiro momento, o acordo prevê que sejam beneficiados os funcionários que ganham até cinco salários mínimos.

Além de incentivar o acesso à cultura, a participa-ção dos bancários no progra-ma vai injetar R$ 9,4 milhões ao mês ou R$ 113 milhões ao ano na economia nacional.

“O vale-cultura é uma importante política pública. Esperamos que, além dos recursos na economia, seja um incentivo para o bancá-

Mais cultura para os trabalhadoresO cartão magnético pré-pago será válido em todo território nacional, com valor mensal de R$ 50

Fonte: Ministério da Cultura

Quem pode receber o Vale-Cultura? Tra-balhadores regidos

pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que rece-bam, prioritariamente, até 5 salários mínimos. Os traba-lhadores das demais faixas salariais poderão receber o benefício após a parcela que recebe até 5 salários míni-mos ser atendida. Os tra-balhadores poderão receber o Vale-Cultura, desde que sua empresa faça adesão ao programa.

Servidores públicos, profissionais autônomos, microempreendedores indi-viduais, aposentados, es-tudantes, universitários,

rio e demais trabalhadores a ler mais, ir mais ao cinema, ao teatro, ouvir mais música e participar com frequên-cia das atividades culturais. Temos orgulho de sermos os primeiros a incluir essa garantia na Convenção Co-letiva de Trabalho (CCT), sa-bemos o que isso representa e vamos lutar junto com a CUT para que essa conquis-

ta se estenda para outras categorias”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sin-dicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Acesso maior – De acor-do com o secretário de Fo-mento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Henilton Menezes, 80% dos brasileiros, “por incrível que pareça, nunca entraram no

cinema” e 70% têm a televi-são como principal entreteni-mento. “É um programa que vai ao encontro da diminui-ção dessa exclusão cultural”, acrescentou o secretário. O governo calcula que o Vale-Cultura tem potencial para somar R$ 25 bilhões ao ano.

E para estimular essa adesão, o Governo Federal vai permitir que a empresa

de lucro real abata a despe-sa no imposto de renda em até 1% do imposto devido. As baseadas no lucro presu-mido ou Simples também podem participar. O gover-no abriu mão dos impostos trabalhistas e não vai cobrar encargos sociais sobre o va-lor do Vale, uma vez que não se caracteriza salário.

Com o intuito de que o benefício chegue em primei-ra mão aos trabalhadores de baixa e média renda, a re-gra é clara: as empresas têm de oferecer o Vale-Cultura prioritariamente aos traba-lhadores que recebem até 5 salários mínimos. Mas se a empresa quiser também pode oferecer o benefício para todo o quadro de funcio-nários, sempre respeitando a exigência de ofertar o bene-fício primeiramente ao traba-lhador com menor salário.

O desconto na remunera-

ção do trabalhador com até 5 salários mínimos varia de R$ 2 a R$ 5. Quem ganha até 1 salário paga R$ 1. Acima de 1 e até 2 salários, o desconto é de R $ 2. Acima de 2 até 3, R$ 3. Acima de 3 até 4, R$ 4. Acima de 4 até 5, R$ 5. Para os empregados que ganham acima dessa faixa, o desconto varia de 20% a 90% do valor do benefício, ou seja, pode chegar a R$ 45. Vale lembrar que fica a critério do empre-gado a participação no pro-grama desde que a emprega-dor tenha feito a adesão.

O potencial do Vale-Cul-tura na cadeia produtiva do setor cultural é de R$ 25 bi-lhões. A expectativa é de que com esse movimento econô-mico, a cultura no país cresça e se espalhe a cada dia em cada pontinho do país. Nas grandes e pequenas cidades. Desde a produção até a ven-da de produtos culturais.

Tire suas dúvidas sobre o vale-culturadesempregados e também os prestadores de serviço que re-colhem para INSS não poderão receber o Vale-Cultura. O be-nefício é voltado para trabalha-dores de carteira assinada.

Haverá algum desconto para o trabalhador? Para o trabalhador que recebe até 5 salários mínimos, o desconto é de, no máximo, 10% do va-lor do benefício, ou seja, R$ 5. Quem ganha até 1 salário paga R$ 1. Acima de 1 e até 2 salá-rios, o desconto é de R$ 2. Aci-ma de 2 até 3, R$ 3. Acima de 3 até 4, R$ 4. Acima de 4 até 5, R$ 5. Para os empregados que ganham acima dessa faixa, o desconto varia de 20% a 90% do valor do benefício, ou seja, pode chegar a R$ 45.

O trabalhador pode ter

o Vale-Cultura sem que a empresa da qual é em-pregado participe do pro-grama? Não, somente se o empregador aderir ao progra-ma. E pode não participar, tendo a empresa aderido? Sim, a adesão ao Vale-Cultura é facultativa para os funcio-nários. O empregado pode escolher se receberá ou não o benefício.

Qual a estimativa de trabalhadores que podem receber o benefício? O po-tencial de trabalhadores que podem ser beneficiados com o Vale-Cultura é de 42 milhões. O que fazer para obter o benefício? O trabalhador deve se informar junto à empresa em que trabalha se ela aderiu ao programa.

Como será feita a fisca-lização do programa pelo Governo? Realizada pelos mi-nistérios da Cultura, do Traba-lho e Emprego e da Fazenda, que aplicarão as penalidades cabíveis, no âmbito de suas competências, sem prejuízo de outras sanções previstas na legislação. O MinC será o responsável pela fiscalização do uso do Vale para a compra de bens culturais. Já o Minis-tério da Fazenda fará o con-trole da isenção do imposto a que as empresas terão direito. E o Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizará a relação entre o empregador e o em-pregado a partir da concessão do benefício.

Haverá punição a quem descumprir as regras do Vale-

Cultura? O Programa de Cultu-ra do Trabalhador será perma-nentemente avaliado quanto ao cumprimento dos seus objetivos e resultados para a economia da cultura do país. A execução inadequada do pro-grama ou a ação que acarrete o desvio ou desvirtuamento de suas finalidades resultarão na aplicação das penalidades previstas no art. 12 da Lei nº 12.761/2012. São elas:•cancelamento do Certificado

de Inscrição no Programa de Cultura do Trabalhador; •pagamento do valor que dei-

xou de ser recolhido relativo ao imposto sobre a renda, à contribuição previdenciária e ao depósito para o FGTS; •aplicação de multa corres-

pondente a 2 (duas) vezes o

valor da vantagem recebida indevidamente no caso de dolo, fraude ou simulação;•perda ou suspensão de

participação em linhas de financiamento em esta-belecimentos oficiais de crédito pelo período de 2 (dois) anos;•proibição de contratar

com a administração pú-blica pelo período de até 2 (dois) anos;•suspensão ou proibição de

usufruir de benefícios fis-cais pelo período de até 2 (dois) anos.

Mais informações ou esclarecimento de dúvidas: http://www.cultura.gov.br/por-dentro-do-vale-cultura

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5SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014 LINHAS CENTRAIS

Para a Andreza e o Rodrigo

Tudo começa na pra-ça. Do Zero gravado no Marco partem

as distâncias em todas as direções. As palmeiras enfileiradas apontam os caminhos. Todas as estra-das, para todos os cantos do país. Para onde ir? Para

O começo de tudoCrônica do José Ignácio

onde correr? Começam os destinos e as destinações. João Mendes, Liberdade, Poupatempo, Praça Clóvis, Pátio do Colégio, Anhanga-baú. Para todo lado é cida-de, pois a praça é o início de tudo.

Para quem já estava lá, foi o princípio do fim. Mui-to antes de existir a praça, homens brancos vestidos

de preto chegaram ali para extinguir uma cultura e co-meçar outra. Arrancaram os índios do seu sempre e inauguraram um novo espa-ço-tempo. Um espaço onde os índios não cabem e um tempo em que foram esque-cidos. Foram fossilizados no bronze ao pé da estátua sombria do catequizador.

Na praça começa o dia para quem vai trabalhar. As escadas rolantes do metrô desovam a multidão que brota da terra. Surgem os contínuos, escriturários e entregadores, as garçone-tes, secretárias e cabelei-reiras. Entram em cena os personagens de mais um ato: loucos, aleijados, ma-labaristas, desembargado-res, desocupados, policiais. Começa o dia para quem mora na praça e dorme nos canteiros. Moradores de rua acordam e se lavam nos tanques decorados com esculturas geométricas. Ru-bem Valentim, Lygia Clark,

Amílcar de Castro - a fina flor do concretismo brasi-leiro medra nos espelhos d’água.

Ali nasce a música que faz pulsar a cidade. Na em-bolada das calçadas cheias, cantar repente é mesmo um desafio. Cada rima é uma aposta e cada respos-ta uma revanche. O trio de forró convida os casais ao chamego enquanto o san-foneiro varia a careta para cada puxada do fole. Na roda de capoeira o berim-bau parece descompassado mas sempre cai de volta no ritmo, como os jogadores que rodopiam com as mãos no chão e os pés no ar.

Da praça emanam as preces emitidas de joelhos na escadaria da Catedral. Dentro dela tudo é paz, silêncio e serenidade. Os arcos deixam os tijolos à mostra e os vitrais filtram a luz. No adro proliferam os desvarios e as novas seitas. Os pregadores de-

senham com giz quadrados no chão. Cada um demarca seu território. Um pedaço para cada crença. Alguns pregam no deserto, outros aglomeram transeuntes. Saltam para cima com os dois pés juntos, vergam o pescoço como lutadores de boxe e esmurram a Es-critura. Tentam convencer no grito porque acham que Deus é surdo.

Se é na praça que tudo começa, é ali que tudo vai terminar. Jesus, São João Batista, Madre Teresa e Dalai Lama carregam uma faixa: “Viemos anunciar as

boas novas e o fim do mun-do”. São profetas fantasia-dos do ecumenismo apoca-líptico. Antes que o mundo acabe, tiram uns trocados para o lanche. Entardece, finda o dia e o mundo ain-da está aí. E enquanto não termina, começa tudo de novo. Tudo começa na pra-ça. Tudo começa na Sé.

Escrito em 27/10/09 José Ignacio Mendes Urbanografista www.literaturacidades.blogspot.com.br [email protected]

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6 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014LINHAS CENTRAIS

Caderno do Jornal Centro em Foco - Edição Nº 117

Direito e Justiça

Helena Amazonas

Através da terceiri-zação uma empresa pode contratar ser-

viços através de outra, que fornece a mão de obra. O tomador do serviço trans-fere sua responsabilidade a um terceiro que pode não reunir condições eco-

Terceirização e precarização do trabalhoInúmeras são as tentativas de restringir os direitos dos trabalhadores.

Uma delas é a terceirização de serviços.

nômicas ou políticas para negociar e arcar com os encargos trabalhistas. Ini-cialmente tal prática trazia graves prejuízos ao em-pregado terceirizado pois, muitas vezes, a empresa fornecedora do serviço não pagava adequadamen-te seus direitos e a em-presa que se beneficiava do serviço ficava sem qual-quer responsabilidade.

A Súmula 256 do Tri-bunal Superior do Traba-lho (TST) firmou a ilega-lidade da contratação de trabalhador por empresa intermediária, reconhe-cendo o vínculo empre-

gatício diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário e serviços de vigilância.

Posteriormente a Sú-mula 331 do TST passou a regulamentar a matéria, incluindo como legais a terceirização dos serviços de conservação e limpeza e os serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador de serviços, ou seja, às atividades que não são voltadas diretamente para a atividade principal da empresa contratante. Reconheceu a responsa-bilidade subsidiária do to-

mador de serviços no caso do fornecedor não cumprir suas obrigações trabalhis-tas, assegurando alguma garantia ao trabalhador ter-ceirizado. Neste caso, se o fornecedor da mão de obra não respeitar os direitos trabalhistas, o tomador é responsabilizado pelo paga-mento correspondente.

Setores empresariais que não toleram a limita-ção imposta pela Súmula 331 e buscam a redução de custos mediante a pre-carização do trabalho, fa-zem nova investida alavan-cando o projeto de lei do Senado 87/2010, cópia do

projeto de lei 4330/2004, que tramita no Congres-so Nacional há quase dez anos. Esses projetos am-pliam as possibilidades de terceirização para todos os setores da empresa, in-clusive a de sua atividade principal, e isentam as em-presas contratantes da res-ponsabilidade sobre viola-ção de direitos praticados pela empresa terceirizada, deixando desprotegidos tais trabalhadores.

É preciso estar aten-to à tramitação de tais projetos que, além de impor condições de tra-balho desfavoráveis aos

terceirizados, provocará sensível rebaixamento da renda do trabalhador e consequências nefastas à economia do país. Além disso, a generalização da terceirização enfraquece e fragmenta a representação sindical, eis que as catego-rias profissionais tenderão a desaparecer, colocando em risco negociações e conquistas históricas.

Helena Amazonas Advogada Cível e TrabalhistaRua Dom José de Barros,17, conj.24Tel: 32580409

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Caderno do Jornal Centro em Foco - Edição Nº 117

A busca de qualidade de vida não é fruto dos tempos modernos, os

criadores da medicina chi-nesa, por exemplo, desde a antiguidade estudam o modo como nosso organismo res-ponde ao estresse físico e emocional e como manter a saúde, para desfrutar a vida. Podemos participar ativa-mente da construção de um modo de vida saudável, ten-do consciência de nossas ne-cessidades e desenvolvendo práticas cotidianas que nos deem equilíbrio. Nosso mes-tre, Liu Pai Lin, ensinava que devemos dar atenção a 5 as-pectos: respiração, alimenta-ção, sono, movimentação e, o mais importante, serenar

Tai Chi Pai Lin - Longevidade com Saúdemente e corpo.

Tudo que há no céu e na terra o ho-mem também pos-sui e se eles têm uma vida longa, nós também podemos ter isso é, a nature-za deve ser o nosso ponto de referên-cia, se queremos viver muito e com saúde.

Para ter uma temporada saudável, nesta estação mais quente/Yang do ano, observe seus hábitos, procure res-pirar mais profundamente, levando o ar até o abdômen; não consuma exageradamen-te alimentos industrializa-dos, não substitua água por

refrigerante e evite as fritu-ras que agridem os vasos e causam problemas cardíacos; esteja dormindo no horário do Fígado e da Vesícula bi-liar, entre 23h e 3h, quan-do o sangue é produzido e armazenado; faça movimen-tos leves e suaves que não

desgastem sua Energia Vital e, principalmente, serene, fazendo meditação ou mesmo não fa-zendo nada.

Essas dicas são úteis para manter saudá-vel o órgão mais Yang do nosso corpo, o Coração,

o qual dirige a nossa capaci-dade de adaptar as reações interiores às exigências ex-teriores, que se processan-do de forma equilibrada nos deixa alegres e capazes de amar.

Neste início de ano, re-nove seu desejo de ser feliz,

de ter uma vida prazerosa, inspire-se na natureza e cul-tive hábitos saudáveis. Assim, caminhe em direção a uma maturidade e velhice dignas, com saúde e sabedoria para oferecer a quem quiser.

Uma boa dica de treino que cultiva a Energia Vital é o Tai Chi Pai Lin (TCPL), conjunto de práticas de origem e sabedoria milena-res chinesas que buscam a união do corpo e da mente, através do cultivo de ener-gia Chi. Para participar basta querer e comparecer, com roupa e calçado confortá-veis, nos seguintes locais:

Segundas-feiras, às18h15 min, na UBS Humaitá - Rua Humaitá, 520 - Bela Vista

Quartas-feiras, às 8h10 min, na Praça Roosevelt

Quintas-feiras, às 6h30 min, na Praça Rotary - Rua General Jardim, 485 - Vila Buarque

Os treinos de TCPL vol-tarão a ocorrer na primeira semana de fevereiro. Este ano teremos novidades: grupos de meditação, de alimentação e de Medicina Chinesa para leigos. Se você quer preservar sua saúde, prevenir ou tratar alguma doença, participe!

Regina MarquesProfa. e aurículoterapeuta Cel.: 98345-3275e-mail: [email protected]

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8 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 20148 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014

Os períodos de altas temperaturas e bai-xa umidade do ar

podem provocar diversos problemas à saúde. Uma das doenças mais comuns nes-tas épocas, principalmente no verão, é a conjuntivite. O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) registrou um aumento de 45% dos casos da doença no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) entre 2011 e 2013, durante o verão.

“A conjuntivite é uma inflamação da membrana transparente que reveste todo o globo ocular, localiza-da sobre a parte branca dos olhos. A infecção viral ou bacteriana dura, em média,

Verão aumenta em 45% atendimentos por conjuntivite no Hospital do Servidor Estadual

Altas temperaturas fortalecem aparecimento e proliferação do vírus15 dias. Ela é contagiosa até o desaparecimento dos sinto-mas”, explica o médico oftal-mologista do HSPE Ewerton Giacondino Magalhães Silva.

Existem diversos tipos de conjuntivite (viral ou bacteria-na e alérgica). As infecciosas podem ocorrer pelo contato físico ou objetos contamina-dos. A inflamação também pode ser contraída por reação alérgica a poluentes ou subs-tâncias irritantes, como polui-ção e cloro de piscinas.

O médico destaca que, além do verão, onde há gran-de concentração de indivídu-os dividindo o mesmo espaço, a epidemia também ocorre durante a primavera, conhe-cida como conjuntivite prima-veril, geralmente causada pelo

pólen espalhado no ar. Os principais sinais e

sintomas da doença são olhos avermelhados, pálpe-bras grudadas ao despertar, visão borrada, sensação de “areia nos olhos”, olhos lacrimejados, fotofobia (in-tolerância a luz) e secre-ção constante no canto dos olhos ou nas margens das

pálpebras.De acordo com o Conse-

lho Brasileiro de Oftalmolo-gia (CBO), a conjuntivite é uma das maiores causas de afastamento temporário do trabalho, permitindo que o empregado permaneça 15 dias ausente ou até sua re-cuperação total.

O indivíduo contamina-

do deve afastar-se do conví-vio social. O médico indica alguns métodos de preven-ção: evitar coçar os olhos e lavar mãos e rosto com água e sabão várias vezes ao dia.

Para aqueles que já estão contaminados, recomenda-se lavar os olhos com água fer-vida (depois de fria) e man-ter os olhos secos e limpos.

O médico ressalta ainda que, assim que surgirem os primeiros sintomas, é neces-sário procurar atendimento especializado. “O tratamen-to é diferenciado para cada tipo da doença, lembrando que a automedicação é con-tra indicada.”

Iamspe - O Iamspe, au-tarquia vinculada à Secreta-ria de Gestão Pública, tem

hoje uma das maiores redes de atendimento em saúde para funcionários públicos do país.

Além do Hospital do Servidor Público Estadual, na capital paulista, possui 17 postos de atendimen-to próprios no interior, os Ceamas, e disponibiliza as-sistência em mais de 100 hospitais e 130 laborató-rios de análises clínicas e de imagem credenciados pela instituição, benefi-ciando 1,3 milhão de pes-soas em todo o Estado.

Mais informações: Iamspe - tel. (11) 4573-9229/9061/9008/8765 www.iamspe.sp.gov.brfacebook.com/iamspesp

Sabe-se hoje que a ativi-dade física promove sen-timentos positivos, pois

faz com que a pessoa volte a sua atenção para as boas sen-sações que o corpo lhe trans-mite, permitindo desta forma um processamento de estímu-los de bem-estar, devolvendo a ela o ânimo esquecido. Só o fato de estarmos conscientes de que conseguimos realizar algo para o nosso bem e con-tra a resistência do comodis-mo, ajuda a afastar os estados deprimidos e melancólicos. No entanto, o problema da es-cassez de espaços nas grandes cidades não impede somen-te as crianças de brincarem, como também a socialização delas e dos adultos.

Os espaços públicos de hoje são cada vez menos pú-blicos, tornando-se difícil encontrar uma praça onde diferentes classes sociais, et-nias e raças se encontrem, afetando assim a criatividade, a formação física e mental

A cidade de São Paulo precisa de ambientes saudáveis! “Não se constrói um país com cidadãos intimidados e acuados”

nos primeiros anos de vida de uma criança. A sociedade hoje vive segregada em shoppings ou condomínios fechados e, sem espaços de convivência com o outro, com o diferente, estigmas e preconceitos são facilmente desenvolvidos.

Em muitas cidades, os espaços sob os viadutos passa-ram a ser sinônimo de proble-mas sociais, principalmente pela visão desagradável destes imensos paredões de concre-to, que escurece os espaços, causando muitas vezes medo e repulsa. A urbanização sob viadutos, com a construção de quadra poliesportiva, que pro-move a ocupação pela comu-nidade, sempre reduz os im-pactos destes “monstrengos”.

Desde a sua construção, o viaduto Plínio de Queirós, sobre a Praça 14 Bis, na Bela Vista , dividiu, transformou e desvalorizou todo o seu entorno. Reduziu calçadas, promoveu uma degradação terrível e indigna para todos

os moradores e comercian-tes. Uma parte da via onde o viaduto foi beneficiado com uma área de lazer, resultado de luta daquela comunidade, teve consequente valorização de seus imóveis. Mesmo com o descaso da Subprefeitura, que não mantém de forma adequada sua qualidade, ain-da é o local na região (único, diga-se de passagem) onde os moradores podem fazer algum lazer e dele se benefi-ciam. Em direção à Praça da Bandeira, a degradação da via é visível: calçadas estreitas, muito lixo e entulhos, pontos comerciais degradados, além

do quê durante mais de 10 anos os baixos do viaduto fo-ram ocupados irregularmente por um estacionamento - la-crado pela Prefeitura há algu-mas semanas.

Avaliamos, então, que onde os espaços públicos são usados para o bem comum, há empenho da comunidade em mantê-lo. Quando são “privatizados” para benefício de alguns, não há quem consi-ga melhorar o entorno. O que fazer ali? A palavra de ordem é: Transformar, ocupar, em benefício de todos!

A Rede Social Bela Vista, em agosto de 2013, apresen-tou ao então subprefeito da Região Sé, Marcos Barreto, um resumo do processo de planejamento e as 10 propos-tas prioritárias para 2013/14, que fazem parte do Plano de Bairro Bela Vista 2020. Estas e mais 80 propostas foram sugeridas após consultas à população. Entre as propostas para melhoria da qualidade de

vida, foram apontadas como prioritárias, a Reconstrução da Praça 14 Bis e a transforma-ção dos espaços com objetivos voltados para práticas espor-tivas e de lazer, com atenção aos idosos, jovens e crianças, ao empreendedorismo, cultu-ra, educação, enfim, à inte-gração comunitária. O então subprefeito comprometeu-se a realizar ações imediatas junto com a comunidade para a revitalização da Praça 14 BIS. Hoje o subprefeito é outro e ainda não recebemos nenhum retorno sobre estas intervenções. No aniversá-rio de 460 anos da cidade, proponho a mobilização de todos os paulistanos para que se faça uma manifesta-ção maciça, através das redes sociais, solicitando que este compromisso aconteça. Não queremos mais desculpas, como a construção de pis-cinões, as obras do metrô, ou o que for. Queremos ocupar e usar este espaço público

com prazer, pois temos direi-to a isto! Ligue, encaminhe e-mail ao Subprefeito e ao Prefeito, à Câmara de Vere-adores. Junte-se a nós para esta conquista, antes que, velhos e cansados, tenhamos que assistir passivamente à violência do progresso, que visa apenas o lucro, esque-cendo-se do direito à vida. Recusar-se ao convívio é de-cretar o extermínio da saúde mental e física de nossa gen-te. Estar vivo vai muito além do ato de respirar, é estar atento, é desejar mudanças, é aceitar a alegria, é ser su-jeito de sua história. É tirar o melhor proveito de tudo!

São Paulo merece que nos mobilizemos para que o povo tenha direito a espaços saudáveis!

Carmen MascarenhasMovimento Popular de Saúde do CentroEducadora Popular de Saú[email protected]

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9SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014 9

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania criou vá-

rias coordenações visando a construção dos alicerces fundamentais dos direitos sociais relacionadas à po-pulação idosa, à população LGBT, à juventude, criança e adolescente, aos morado-res em situação de rua e aos imigrantes. Estas frentes en-frentam desafios enormes diante da dicotomia entre as necessidades destes segmen-tos e os recursos financeiros e administrativos disponíveis. A realidade que ora se apre-senta reflete a rigor, as polí-ticas sociais que ao longo da nossa história ficaram muito aquém das reais demandas da população.

Para a Secretaria torna-se fundamental construir os mecanismos de fortaleci-mento dos movimentos so-ciais e combater as violações de direitos dos cidadãos do município. Desta forma, a questão dos direitos hu-manos assume uma ampla dimensão e importância re-querida pelo tema.

Essas premissas tem norteado a Coordenação de Políticas para os Idosos que estruturou as suas ações em cinco grandes eixos fun-damentados numa política transversal, concretizada no comitê que integra as diver-sas secretarias municipais.

1. O primeiro eixo do trabalho refere-se à cons-

As diretrizes da Coordenação de Políticas para os Idososcientização e enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. A violência tem sua ex-pressão sob diversas formas: abuso físico; violência psi-cológica que corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de constran-ger; abuso sexual; abandono ou deserção de prestação de socorro à pessoa idosa, pelos responsáveis governamen-tais, institucionais ou fami-liares; negligência,recusa ou omissão de cuidados devidos pelos responsáveis familia-res ou institucionais; abuso financeiro e econômico, ex-ploração imprópria ou ilegal de recursos financeiros e patrimoniais da pessoa idosa; e autonegligência que refere-se à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saú-de ou segurança por recusar cuidados necessários. Nos estudos epidemiológicos as causas externas (acidentes, quedas) estão incluídas no conceito de violência, porém a violência está mais relacio-nada às consequências das relações interpessoais, de grupo, de classe, de gênero ou geradas por instituições. As diferentes formas de dis-criminação contra as pessoas idosas estão presentes nos serviços públicos, no am-biente familiar, no trabalho ou nas ruas. Neste eixo visa-se colocar o tema como foco de debate para conscientizar os vários setores da socie-dade e criar uma nova visão

sobre o envelhecimento. Assim, foi instituída a cam-panha de conscientização da violência contra a pessoa idosa com caráter perma-nente que tem se desenvol-vido com seminários, pales-tras e discussões nos vários distritos do município.

2. O eixo 2 do trabalho desta Coordenação está rela-cionado a cuidados e atenção à saúde da população idosa. Sabemos que o envelheci-mento está associado à perda de funções, principalmente aquelas que permitem ao in-divíduo ter habilidade para realizar tarefas diárias. Com frequência, a perda desta ca-pacidade, dita funcional, traz limitações e dependência para execução dessas ativi-dades. As famílias apresen-tam dificuldades para cuidar e manter em casa um idoso com redução da sua capaci-dade funcional. Com a pers-pectiva de prestar cuidados a esses idosos, a Coordenação realizou um trabalho de ar-ticulação com as Secretarias de Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social esta-belecendo como metas a cria-ção de 15 centros-dia para abrigar o idoso que necessita de cuidados durante o dia e pode retornar à noite para junto da família. Este serviço será realizado pela Secretaria de Assistência e Desenvolvi-mento Social em regime de corresponsabilidade com a Secretaria de Saúde de forma

a integrar o atendimento so-cial ao atendimento à saúde. De forma semelhante, as Ins-tituições de Longa Permanên-cia (ILPI) propostas no Plano de Metas serão implantadas também com um serviço in-tegrado. Ainda em relação aos cuidados com a saúde, a Coordenação articulou com a Secretaria de Saúde a cria-ção de mais 8 Unidades de Referencia à Saúde do Idoso (URSI) que receberão pa-cientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) somadas às 7 unidades já existentes, totalizando 15.

3. O 3º eixo tem como objetivo a educação e amplia-ção do conhecimento, além de incentivar a consciência crítica da realidade em que vive a maioria da população idosa. Estes elementos são fundamentais para que esta população conquiste o real protagonismo na formulação das políticas públicas. A cons-trução da Universidade Aber-ta da Pessoa Idosa (UAPI) e o

desenvolvimento de cursos de qualificação da liderança dos movimentos sociais da pessoa idosa compõem este eixo. Foram inseridas 5 UAPI no Programa de Metas, uma em cada macro-região da ci-dade, sendo que os cursos integram disciplinas de di-versas áreas do saber como: promoção de saúde (atenção farmacêutica, segurança ali-mentar, auto-cuidado), his-tória, artes, atividade física e sociologia.

4. Incentivo à pratica esportiva. Os Jogos Muni-cipais da Pessoa Idosa serão realizados em 2014, com previsão de mais de 30 mil participantes nas diversas modalidades de esporte. Está sendo realizado um tra-balho de ampla mobilização dos grupos de esporte vin-culados aos Centros Educa-cionais Unificados (CEUs) e Núcleos de Convivência de Idosos com incentivo a parti-cipação dos idosos em todas as etapas do evento.

5. Realização de encon-tros, seminários e debates com o objetivo de fornecer subsídios para ações e pro-gramas que garantam os di-reitos da população idosa. Realização da Conferencia Municipal do Idoso no se-gundo semestre de 2014.

Temos ainda um impor-tante item a tratar que é a lei do Fundo Municipal do Ido-so sancionada em dezembro de 2012. O Fundo será uma complementação da política desta Secretaria, visto que os recursos obtidos de doa-ções funcionarão como um importante instrumento de amplificação dos programas para a população idosa. A concretização desta lei está prevista para 2014, porque se fazem necessárias algumas medidas para assegurar uma boa execução e transparência do funcionamento do Fundo como: contratação de asses-soria jurídica; criação de um portal para cadastro das en-tidades doadoras; campanha para mobilização dos doado-res; e contratação de recur-sos humanos como base de apoio para o funcionamento do Conselho de Orientação e Administração Técnica (COAT) do Fundo.

Torna-se imperioso o em-penho de toda a sociedade para que os direitos expres-sos pelo Estatuto do Idoso se tornem uma realidade.

Guiomar Silva Lopes

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10 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014LINHAS CENTRAIS

Anjotérica Zugon Villar

Anjoterismo é uma simbiose entre ciência e fé.

Segundo Freud, sonhos repetidos (quando todas as noites um dos sonhos

apresentam características pa-recidas) é um dos sintomas de neurose; sonhos sincrônicos (quando duas ou mais pessoas sonham com os mesmos íco-nes) são a prova de que todas as pessoas podem se comu-nicar telepaticamente; e so-

nhos do atual, (que são aqueles sonhos com acontecimentos ocorridos realmente, em nos-sas vidas, e se repetem no pri-meiro, no quinto e no sétimo dia do acontecimento), são di-recionadores, e nos indicam os caminhos que devemos seguir. Tá difícil de entender? Dê uma olhadinha na página 28 do livro “ANJOTERISMO” ou apare-ça em nosso templo qualquer quarta-feira, que suas dúvidas serão esclarecidas.

Hoje vamos falar de sonhos ocorridos em alegria e festejos. Antes, quero agradecer àqueles que nos enviaram mensagens de boas festas, e retribuir, de-sejando felicidade, saúde e prosperidade. Mande também suas dúvidas, seus sonhos e suas perguntas; participe co-

nosco desta jornada.O Carlos, que é taxista,

sonhou que estava em uma festa no céu e que lá estavam alguns ex- colegas que haviam morrido, mas que estavam fe-lizes e contentes. Caro Carlos, Céu significa estímulo mani-pulado, gente morta nos aler-ta sobre doenças em pessoas próximas, e festa fala sobre acontecimentos atuais. Você está vivendo seus dias num mar de felicidade e de planos futuros, mas seria interessan-te se preocupar também com parceiros sem escrúpulos, pois estes poderão usar artifícios desabonadores com a saúde de alguém que você gosta. Numa festa animada / se pas-sam horas a fio / numa tarde apaixonada / a vida mostra seu

vazio / numa nave acelerada / todos podem dar risada / mas o mundo tem desvios.

Marialva, que é uma dese-nhista de móveis, diz que em seu sonho, viajava para Paris onde iria participar de uma festa. Voava com uma capa vermelha, sobre nuvens, rios e florestas. Oi Marialva, voar é sair do mundo estressante de trabalho, de horários e de compromissos extenuantes e cansativos. Paris, como cidade, é a capital do reconhecimento, é a taça do competidor. A capa vermelha significa a paixão dos seus olhos. Este sonho mostra a sua vontade de singrar mares desconhecidos à procura da grande fonte do poder, onde aventuras, mistério e prazeres passarão a fazer parte da sua

rotina. Preste bem atenção / nem todo desejo é ouro / nem tudo que nos prometem dão / casamento é um namoro / e beleza é profissão / Desde que você seja fiel / e cumpra suas promessas / os sorrisos serão de mel / e sua vida uma festa.

Previsionistas e adivinha-dores, desde as pitonisas do Delfos, com previsões ilustra-das e às vezes contraditórias, como a que fez ao rei Creso da Lídia, ao prever que se atacasse a Pérsia, um grande reino seria destruido. O rei nem quis ima-ginar que poderia ser o dele mesmo, mas deveria, pois foi o que aconteceu. Se lembrarmos que as previsões de Cassandra eram corretas, mas que a nin-guém interessava. Passando pelos atualíssimos versos de

Sonhar é um sentimento nobre, eterno e prazeroso.Nostradamus, até chegarmos aos dias de hoje com os insti-tutos americanos, os grupos Think Tanks, os comitês cien-tíficos de probabilidades, que assim como quem já aprendeu ler as linhas da mão, sabe que a lógica é fácil de ser percebida, mas as possibilidades são um pouquinho mais difícil.

Feliz ano novo para você, que 2014 lhe traga sonhos que sejam fáceis de serem lembrados.

Nossas reuniões aconte-cem às quartas feiras à rua Al-feres Magalhães, 347 - Santana (altura do nº 3.000 da av. Cru-zeiro do Sul, a duas quadras da estação do metrô). às 19 horas.

Ouça nosso CD no ht-tps://soundcloud.com/zu-gon-villar

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11SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014 EMPREENDIMENTOS CENTRAIS

Completando 14 anos recentemente, o Novo Sabor Restau-

rante e Lanchonete é ideal para quem gosta de comi-da caseira com cardápio variado, bufê rico em sala-das, frutas frescas e pratos quentes.

Sob a direção de Vil-son Gomes de Souza, 40, o estabelecimento é fre-quentado diariamente por empresários, estudantes e moradores da região.

O restaurante abre para almoço e jantar com bufê por quilo. Como opção diá-ria tem sempre um tipo de peixe diferente. Nas quartas e sábados, o sucesso da fei-joada já é marca registrada, feita com produtos de exce-lente qualidade e muito bem servida. No happy hour, vale a pena provar as deliciosas porções, destaque para o frango “a passarinho” prepa-

O Novo Sabor da Bela VistaComida com gosto caseiro, local bem frequentado e preço convidativo

rado somente com coxas e sobrecoxas bem apetitosas.

No jantar, o cardápio a la carte é uma ótima pe-dida. Aos domingos, tem sempre lasanha e outro tipo de massa.

Promoção Especial - Com o objetivo de estimu-

lar o cliente a frequentar a casa todos os dias da sema-na, o proprietário lançou uma promoção para tempo indeterminado: almoce um dia e concorra a uma sema-na de almoço grátis. (válida das 11h às 15h).

Como surgiu Novo

Sabor - Atuante na área alimentícia desde os 15 anos, Vilson Gomes teve sua primeira experiência como atendente de copa. Com o passar dos anos, foi se aprimorando em ca-sas de lanches e hambur-guerias. Aos 18 anos abriu

seu próprio negócio, uma lanchonete na rua Major Quedinho, bem próximo do atual endereço do Novo Sabor. Anos depois, abriu uma lanchonete na rua Maria Antonia, onde teve sucesso por quatro anos. Finalmente, em dezembro de 2000 inaugurou o Novo Sabor, na rua Santo Anto-nio, 530, lá permanecendo até hoje. Com a finalidade de ampliar o negócio abriu, em sociedade com um dos irmãos, mais três unidades do Novo Sabor.

Aberto de segunda a domingo:•segunda à sexta,

das 6h às 23h20•sábados,

das 10h às 23h20 •domingos,

das 10h às 20h

Serviço:Novo Sabor Restaurante e LanchoneteRua Santo Antonio, 530 - Bela VistaTel.: (11) 3101-4363

Fotos: Francisco Alves

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12 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014SP “ABSOLUTA” 460 ANOS

Pelo quinto ano conse-cutivo, o líder comu-nitário e empresário

Carlos Beutel, que promove a Caminhada Noturna pelo Centro (evento que aconte-ce semanalmente, às quin-tas-feiras), realizará a cami-nhada “Caça aos fantasmas do Centro”, na passagem do dia 24 para 25 deste mês, em comemoração aos 460 anos da cidade de São Paulo. O roteiro especial e assusta-dor será percorrido a partir da meia noite do dia 24, le-vando paulistanos e turistas a endereços que ainda reser-vam lendas sobre manifesta-ções do “além” e aparições de fantasmas.

Locais como o Teatro Municipal, o Edifício Mar-tinelli, o Palácio Anchieta (sede da Câmara Municipal), a Galeria do Rock, a Casa da Marquesa, a Igreja da Boa Morte e o monumento “Mãe Preta” - no Largo do Paissandu -, farão parte do itinerário dos participantes. A sede da Prefeitura de São Paulo também está no rotei-ro da caminhada e será obje-to de um ato de exorcismo, visando afastar dali os “maus fluídos”, que, para muitos

Caminhada vai caçar e deletar fantasmas do Centro no aniversário da cidade

munícipes têm, por vezes, atrapalhado a gestão da ci-dade. “Faremos uma ‘men-talização positiva’ com o ob-jetivo de extinguir os males que afligem os paulistanos e trazer bons fluídos para nos-sa Urbe”, afirma Beutel.

Como no ano passado, ao final da caminhada os par-ticipantes poderão acompa-nhar uma sessão gratuita de cinema, no antigo Cine Dom José, onde assistirão a um filme de terror. Giscard Luc-cas, proprietário da sala e responsável pela escolha do filme, lembra que “o impor-tante desse acontecimento é a demonstração de que as pessoas podem usufruir jun-tas da sua cidade, em segu-rança e harmonia a qualquer hora, da noite ou do dia”. Após o filme, será oferecido um café aos que desejarem.

Performances de ter-ror - A caminhada, que celebra o 460º aniversário da cidade, contará com per-formances do grupo Arion Produções, responsável pelo Zombie Walk SP e por apre-sentações da série Noites do Terror, no Playcenter. A primeira delas será no ponto de concentração e de início

do passeio, a escadaria do Theatro Municipal. Ao longo do percurso haverá relato de histórias “fantasmagóricas”, pelo guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho e con-vidados surpresas.

Carlos Beutel sugere aos participantes que com-pareçam a caráter. “Vamos premiar os participantes que estiverem melhor caracteriza-dos”, anuncia o organizador do evento. Ele também in-forma que serão distribuídos 600 ingressos para o filme. O grupo Profecias comercializa-rá kits Caça Fantasmas.

Inspiração na Cami-nhada Noturna - A Cami-nhada Noturna pelo Centro foi a primeira do gênero re-alizada no período noturno na região central da cidade, e sempre teve cunho cultu-ral: seus diferentes roteiros contemplam edificações e locais históricos do Centro. Guias de turismo especiali-zados na região, arquitetos e urbanistas convidados dis-correm sobre eles, destacan-do aspectos, datas, fatos e métodos construtivos, além de lembrar casos curiosos a seu respeito. Semanalmente,

sempre às quintas-feiras, a partir das 20h, de 50 a100 pessoas se reúnem diante do Theatro Municipal para dela participar.

Em 2005, quando teve início, a Caminhada Noturna reunia predominantemente moradores e trabalhadores do Centro. Hoje atrai turis-tas de outras cidades e esta-dos do país e até do exterior, além de estudantes de es-colas públicas e privadas de todas as regiões da cidade. Cativa, especialmente, apai-xonados pela cidade, como artistas visuais, músicos, po-

etas, arquitetos e historiado-res, que sempre dão um jei-to de se juntar ao grupo de habituais do evento. “Temos frequentadores habituais da Caminhada, mas atualmen-te os participantes vêm de todas as regiões da cidade. Sempre há entre nós, além disso, turistas nacionais e es-trangeiros, que ficam apaixo-nados por nossa cidade”, diz Carlos Beutel.

Embora tenha sido cria-do para “demonstrar à popu-lação da cidade que é, sim, possível caminhar pelo Cen-tro à noite, e que a região tem uma população vigilan-te, que a ama e a respeita”, o evento é hoje um diferen-ciado passeio cultural. “E já não é mais apenas nosso”, completa Beutel.

Serviço:Caminhada Caça aos Fantasmas do CentroConcentração a partir das 23h50, sexta-feira, 24 de janeiroPonto de partida escadarias do Theatro MunicipalOrganização do evento: Carlos Beutel - Fone: (11)9 6515-7171

Tony SadaAndré Bogdan

André Bogdan

“ Mortos-vivos” buscam ajuda na Catedral

Zumbís invadem o Largo de São Bento

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13SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014 SP “ABSOLUTA” 460 ANOSJá passei em ParelheirosPerto de Embú Guaçú,Fui a ItapecericaDe lá pulei pro Embú.Não me lembro qual o diaMe aproximei de CotiaVi a Regis Bittencourt.

Cruzei CarapicuibaE toda Barueri,Santana do ParnaíbaLá que parei pra dormir;Cajamar, Parque AnhangueraNão lembro que data eraMas sei que passei ali.

Caieiras, Mairiporã,Guarulhos e Arujá;Lá em ItaquaquecetubaTive o prazer de pisar.Em uma noite sem LuzPassei em “Mogi das Cruz”Onde pretendo voltar.

Suzano penetrei nelaPela estrada do morro,Quando entrei em CubatãoFui mordido por cachorro.Não parei naquela terra,No Rio Grande da SerraQue me prestaram Socorro.

São Caetano do Sul,São Mateus e Santo André;Em São Bernardo do CampoMe aplaudiram de pé.Não sei se cometo enganoTem outro São CaetanoMas eu não sei onde é.

No São Miguel PaulistaJá fui me apresentarE no Itaim Paulista,Bem pertinho de Poá,Ferraz de VasconcelosOnde um dos VasconcelosMe convidou pra almoçar.

Por toda a São Paulo o poeta já passou.Por toda a São Paulo o poeta já passou.

A Cidade Tiradentes,A Terceira Divisão,As zonas da Zona LesteDespertam meu coração,Ali o grito do povoMorre mas nasce de novoEm busca de solução.

Vila Matilde, Itaquera,Guaianazes, Mauá,Vila Prudente ou Formosa,Ipiranga vou citar.Não sei se foi verdadeiroMas sei que Pedro PrimeiroSoltou seu grito no ar.

Conheço Ribeirão Pires,Moóca e Tatuapé,Vila Guilherme ou Maria,Nome da santa mulher,Cangaíba, Belenzinho,Deus me olha com carinhoPois sou um homem de fé.

Fiz discurso em Sapopemba,Militei em Diadema.O poeta popular

Protesta contra o sistemaE mesmo estando cansado,Lá no Parque do Estado,Pichei um grande poema.

Por toda a São Paulo o poeta já passou.

De Jabaquara à SaúdeTrês estações de metrô.Onde fica Indianópolis?Me responda por favor !A festa da primaveraTransforma o IbirapueraNo mais perfeito esplendor.

Após a Vila MarianaJá é Aclimação,Cambuçi e LiberdadeQue no Brasil é Japão;Digo perante a vocêsQue o povo japonêsMerece a nossa atenção.

A paranóia da SéCom a louca agitação,Depois a Santa EfigêniaE a Avenida São João;Preciso dar um suspiroQue rima com Bom RetiroE segue a composição ...

Jaçanã, Tucuruvi,Brasilândia, Cachoeirinha,Espero que a Casa VerdeJá esteja madurinha;A Freguesia do ÓSantana frizo melhorPorque conheço todinha.

Osasco, Jabaquara,Pirituba, Jaraguá,Do Limão à BarrafundaCruzei lugar por lugar,Me sentiria felizSe encontrasse em “Perdiz”Um lugar pra eu morar.

Adoro a Santa Celília,Curto a Consolação,Bixiga no Bela VistaÉ minha grande paixão.Linda Vila Madalena,Mesmo não sendo pequena,Te levo em meu coração.

Cidade UniversitáriaFaz divisa com Pinheiros,Ali amei uma minaCorpo lindo por inteiro,Me amou depois partiuTalvez porque descobriu

Homenagem de um migrante

Viagem Por São PauloQue eu não tinha dinheiro.Ermelino Matarazzo,Jardim América, Brás,Pari, Cerqueira Cesar,Cruzei via marginais;É preciso andar com mapaO Paraíso e a LapaNão posso deixar pra trás.

Santo Amaro, Campo Limpo,Andei de carro e a pé,Grajaú, Parque Cocaia,Eliana, São José,Conheço todo lugar,Já fui até me banharNa Ilha do Bororé.

Pelo Taboão da SerraNão lembro quando passei,Na Capela do SocorroNa sexta-treze rezei.No domingo de manhãNa feira do ButantãAli me apresentei.

Pantanal, Capão Redondo,Granja Viana, Carrão,Heliópolis, Imirim,Brooklin e Jardim Japão.São Paulo é com prazerQue ofereço a vocêToda a minha inspiração.

De Cubatão a Perus,Embu Guaçú, Jaraguá;Dessa tão Grande São PauloJá terminei de falar.Se alguma coisa faltou,Não sou um computador,Sou poeta popular.

Se alguma coisa faltou,Não sou um computador,Sou poeta popular.

Costa Senna

O compositor e cantor Mahlungo, que durante o dia exerce as funções de carteiro no centro de São Paulo e à noite, muitas ve-zes, brilha em diferentes palcos da mesma região, está realizando uma série de shows de apresentação de seu mais novo trabalho: o CD Seres, que traz 15 músicas autorais. Seres, a música título, fala de viajantes; Outros Olhos, é a análise da vida por um mi-grante mineiro; Borboletar, evidencia a força da poesia do Vale do Ribeira; Fios Dourados, delineia a sensibilidade poética da mulher brasileira mediante as coisas do mundo; Cantiga Cantada, “a Minas Gerais que trago comigo”, diz Mahlungo. Vale a pena co-nhecer o trabalho desse versátil e carismático artista!

Mahlungo, o cantor carteiro apresenta SeresPRÓXIMOS SHOWS:

17/01, 20h - Casa de Cultura em Uberaba (lançamento do CD)

21/01, 20h - Biblioteca Monteiro Lobato (lançamento do CD)

31/01, 19h - Restaurante Cama & Café (lançamento do CD

31/01, 21h - Caldo & Poesia (lançamento do CD)

CONTATOS: 11 3313-0185 / 98547-9503 (TIM)

Francisco AlvesEli Hayasaka

Francisco Alves

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14 SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014SP “ABSOLUTA” 460 ANOS

O Dia do Bem é uma iniciativa da Rede Social do Centro,

que nasceu em 2010 a partir da articulação da so-ciedade civil organizada de diversos bairros da região central sobre a necessidade de suprir a alta demanda de questões sociais da cidade, tendo como principal obje-tivo a inclusão social da po-pulação em situação de rua que circula pela região do Centro e oferecer serviços para a comunidade local em ações integradas em rede. Em três anos de atividades, o projeto já fez mais de 77 mil atendimentos.

A cidade de São Pau-lo vai completar 460 anos no dia 25 de janeiro. Sex-ta maior cidade do mundo, quarta maior aglomeração urbana e 10º maior PIB do planeta, paradoxalmente têm cerca de 16 mil morado-res de rua somente no cen-tro da cidade. Diante desse quadro, a Rede Social do Centro realizará duas ações no dia 25/01: um Mutirão

Em seu aniversário, a cidade ganha o Dia do BemRede Social do Centro realizará no aniversário da cidade (25/01), das 10 às 16h, o Mutirão da Cidadania na Praça da República.

Social na Praça da Repúbli-ca (um dos locais de grande concentração de “drogadi-tos” na região central); e a Caminhada do Bem, que vai percorrer o centro velho de São Paulo, onde pontos históricos da cidade, com arquitetura conhecida mun-dialmente, convivem com importantes contingentes de moradores de rua.

A caminhada vai sair da Praça da Sé, e seguir até a Praça da Republica. E a in-tenção é colorir a paisagem, alegrar o Centro e trazer à sociedade alguns princípios que foram ensinados pelo Apóstolo Paulo, que empres-ta seu nome cidade: Amar e

fazer o bem. Mutirão Social - Serão

oferecidos serviços como atendimento ambulatorial, exames preventivos de saú-de, corte de cabelo, ativida-des lúdicas com crianças, esportes, orientação jurídica, atendimento do Ministério Publico Federal, Defensoria Pública Estadual, além de música ao vivo.

A novidade deste ano serão duas tendas de apoio à família. Numa delas, será de acolhimento para familia-res e dependentes de drogas que buscam atendimento e internação. Várias entidades como: Cristolândia (Missão Batista), Reviva (Igreja Batis-

ta Palavra Viva); Ministério Nova Vida (Bola de Neve); Amor Exigente; Alanon e Ca-def; vão disponibilizar vagas imediatas para tratamento, além de apoio psicológico.

E em outra tenda, pro-fissionais e conselheiros vão orientar sobre o combate e enfrentamento à exploração sexual de crianças e adoles-centes, com disponibilização de cartilhas e encaminha-mento de denúncias.

A abordagem acontece-rá com moradores de rua em todo perímetro do cen-tro velho de São Paulo, com intuito de cadastrá-los nos sistemas social e de saúde do município e oferecer tra-tamento aos dependentes que voluntariamente aceitem internação. Na ultima edição do Dia do Bem, foram reali-zadas 70 internações, dis-tribuição de 4800 lanches, 209 atendimentos ambula-toriais com apoio de 250 vo-luntários.

Entidades envolvidas - Secretarias municipais

de Assistência e Desenvol-

vimento Social, Saúde e Esportes; Cruz Vermelha-SP; Tribunal de Justiça; Secreta-rias de Estado da Segurança Pública e da Justiça e De-fesa da Cidadania; Coordenadoria dos Conseg’s; PM; JE-AME; Ministério Público Federal; Defensoria Pública Estadual; Exército da Salvação; Cris-tolândia; Missão Cena; Renas; CM; Virando o Jogo; Clinica Reviver; Clinica Veredas; Missão Filadélfia; Subprefeitura da Sé; Comu-nidade Evangélica do Bixiga; Igreja da Família; Primeira Igreja Batista em São Paulo; Igreja Batista do Povo; Porto Seguro; Casa de Recupera-ção Novo Amanhecer; Des-perta Débora; CARREDI; Desafio Jovem Peniel – Mai-riporã; Casa de Desafio “O Rei das Ruas”; Valentes de Davi, Ministério Fogo Cruza-do; Comunidade Evangélica

Nova Aliança; Comunidade Adoração e Adoradores; Igre-ja Batista Palavra Viva; Cristo é Vitória; Rádio Transmun-dial; e Centro de Recupera-ção de Vidas.

Serviço:Mutirão SocialLocal: Praça da República Data: Sábado - 25/01/2014Horário: das 10 às 16hCaminhada do Bem Concentração - dia 25/01/2014, 08h30, na Praça da Sé.

A partir de fevereiro, o Instituto Puente oferece diversos

cursos para melhorar a vida e o trabalho dos participantes. Do em-poderamento dos avós, passando por encontros com professores, elabora-ção de projetos culturais ou de metas para viver melhor em 2014, todas as pessoas podem mudar suas histórias frequen-tando esses treinamen-tos.

O objetivo do Insti-tuto é realizar uma trans-

Cursos no Centro capacitam profissionais, a preços acessíveisformação por meio da trans-missão do conhecimento, formal ou informal, possi-bilitando melhorias contí-nuas no dia-a-dia de seus alunos. Provocar uma trans-formação social, ajudando a construir a ponte entre o saber e o fazer, oferecendo soluções diferenciadas para que seus alunos construam um novo momento em suas vidas. O calendário de feverei-

ro está composto de 7 cursos:

1) Aprenda a comprar imóveis com segurança; 2)

Avós em ação; 3) Artete-rapia para profissionais; 4) Como desenvolver e atingir objetivos; 5) Como melho-rar sua vida em 2014; 6) Oficina Elaboração de Pro-jetos; 7) Terapia em grupo para Professores. Saiba um pouco de três deles.

Arteterapia para pro-fissionais - O quanto seus sentimentos estão desorde-nados e podem atrapalhar sua vida? Como modifica-los? Trabalhando com suas habilidades manuais e com diversos materiais e alguns jogos, você vai conseguir

perceber seus “incômodos”, criando condições para alinhá-los e melhorar seu dia-a-dia. - Toda terça-feira, das 08h00 às 09h30 ou das 19h15 às 20h45 - R$ 46,00

Como desenvolver e atingir objetivos - Com 4 horas de intenso traba-lho, exercícios e vivências, aprenda a trabalhar metas, desenvolvê-las e alcançá-las para ter uma vida melhor e um futuro mais estável e promissor, tanto na área profissional como na pes-soal. Ao término do trei-namento você terá clareza

para onde quer ir e o que fazer para atingir seu ob-jetivo. - 15 de fevereiro - das 08h15 às 12h45 - R$ 490,00.

Como melhorar sua vida em 2014 - Mais um ano começando e os mes-mos erros e problemas se repetindo. Você está no fluxo? Você sabe para onde vai e que resultados vai co-lher? Há quantos anos você começa um ano acreditando que vai dar certo e acaba sem conseguir melhorar de vida? Dê um mergulho na sua vida e reprograme suas

ações. Saia da mesmice e aprenda a enxergar o que está atrapalhando. - 10 de fevereiro: das 18h30 às 21h00, 11 de fevereiro: das 14h30 às 17h00, 15 de fevereiro: das 14h30 às 17h30, 17 de fevereiro: das 9h00 às 11h30 - R$ 190,00.

Obtenha mais infor-mações sobre esses cur-sos e conheça os perfis dos demais pelos fones: 11-3159-4848 e 11-98133-0010 ou pelo email [email protected]

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15SP - 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2014 LINHAS CENTRAIS

Um ilustre visitante no Centro,foi visto no Largo São Bento,

alimentando-se de frutos de uma figueira. Habita a mata, mas aventura-se pelos po-mares e áreas arborizadas, como alguns parques urba-nos. Foge à regra geral dos pica-paus, que são eminente-mente insetívoros, pois gosta também de bagas e frutos.

Os cabeça-amarela rece-bem ainda os nomes popu-lares de joão-velho, cabeça-de-velho e pica-pau-velho, em alusão à cabeça grisalha. Quando se sentem seguros, descem ao chão para reco-lher formigas e cupins. São antissociais, vistos quase sempre sozinhos, exceto quando acasalados ou pouco

Aves do Centro

Pica-pau-de-cabeça-amareladepois, quando toleram por algum tempo a companhia dos filhotes. O macho se dis-tingue da fêmea por ostentar um bigode vermelho.

A espécie anuncia sua presença pela notável voz - na verdade, um grito muito forte. Além da voz, utiliza para comunicar-se, como os demais pica-paus, o tambo-rilar, que é uma sequência de batidas com o bico na madeira. O tamborilar tem a função principal de marcar o território e cada espécie o faz de maneira particular.

É uma espécie bastante tímida: quando sobe pelo tronco e vê alguém, dirige-se para o lado oposto do tron-co, escondendo-se, às vezes mostrando apenas a cabeça.

Como os outros pica-paus, faz o ninho em cavidades de árvores, às vezes em locais bastante altos. Aproveita-se também de cupinzeiros arborícolas, para escavar e construir o ninho.

Luiz Fernando de A. [email protected]

15 músicas autorais. Seres música título que fala de

viajantes,Outros Olhos, a análise de um migrante mineiro,Borboletar, a força da

poesia do Vale do Ribeira,Fios Dourados, a sensibilidade

poética da mulher,Cantiga Cantada,”a Minas

Gerais que trago comigo”, diz Mahlungo. Vale a pena ouvir.

SARAU DO JORNALCentro em Foco

Rua Roberto Simonsen, 79 - Sé(próximo ao Solar da Marquesa)

Poesia e músicaCom Carlos Moura, Mahlungo,

Cacá Lopes & convidados.Lançamento de Seres - CD de Mahlungo

Noite de caldos e cremes (opcional)

Preço único: R$ 15

31/01das 19h às 21h

RESTAURANTE CAMA & CAFÉ

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