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SARA MILQUE CAMARA ALVES
SILVANA APARECIDA ALVES
AÇÃO EDUCATIVA PARA O RECONHECIMENTO E ATENDIMENTO
DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ENTRE ATLETAS DO
MUNICÍPIO DE ASSIS-SP
ASSIS
2010
AÇÃO EDUCATIVA PARA O RECONHECIMENTO E ATENDIMENTO
DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ENTRE ATLETAS DO
MUNICIPIO DE ASSIS-SP
Monografia de conclusão de curso apresentada ao Instituto
Municipal de Ensino Superior de Assis – IMESA como
requisito para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.
Área: Ciências da Saúde
Orientadora: Profª. Ivana da Silva Semeghini
Orientandas: SARA MILQUE CAMARA ALVES
e SILVANA APARECIDA ALVES
ASSIS
2010
AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR
QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E
PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Assinatura:___________________________________Data____/____/____
Assinatura:___________________________________Data____/____/____
FICHA CATALOGRÁFICA ALVES, Sara Milque Camara
ALVES, Silvana Aparecida
Ação Educativa para o Reconhecimento e Atendimento da Parada
Cardiorrespiratória ente atletas do Município de Assis–. Fundação Educacional
do Município de Assis – Fema: Assis, 2010.
p. 84
Orientadora: Prof ª Ivana da Silva Semeghini
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Enfermagem – Instituto
Municipal de Ensino Superior de Assis
1. Morte Súbita. 2. Parada Cardiorrespiratória. 3. Educação. 4. Atletas. 5.
Suporte Básico de Vida.
CDD: 610
Biblioteca da FEMA
AÇÃO EDUCATIVA PARA RECONHECIMENTO ATENDIMENTO DA
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ENTE ATLETAS DO
MUNICÍPIO DE ASSIS.
SARA MILQUE CAMARA ALVES, SILVANA APARECIDA ALVES.
Monografia apresentada ao Instituto Municipal de
Ensino Superior de Assis – IMESA, para obtenção
do título de Bacharel em Enfermagem.
Aprovado em:___ / 11 / 2010
Banca Examinadora
Orientadora:
Prof. Ivana da Silva Semeghini
Fundação Educacional do Município de Assis
1º Examinador (a):
Fundação Educacional do Município de Assis
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a chance de ser aquilo que escolhi
e por ter confiado a mim o dom de cuidar. “A Deus toda honra e toda gloria”.
Ao meu esposo que foi a base de tudo para mim, apoiando–me nos momentos difíceis
com força e amor, confiança, encorajando-me a persistir nos meus objetivos e colaborando até
alcançá-los.
A minha amada filha pela compreensão, companheirismo, pois muitas vezes deixou
de lado o cansaço, o frio, os passeios e passou horas comigo dentro da faculdade, e que
embora não tenha conhecimento disto iluminou de maneira especial meus pensamentos me
levando a buscar mais conhecimento.
Em especial a lembrança da minha amada e querida avó Odete que tenho certeza
sempre desejou o melhor para mim, mesmo não estando presente fisicamente esteve sempre
ao meu lado protegendo – me de alguma forma, intercedendo junto a Deus.
A minha mãe que sempre esteve presente em minha vida, que com suas palavras
sabias sempre me orientou, torceu por mim e acreditou no meu sucesso. Obrigado por tudo.
Ao meu pai Wilson de Camargo que acreditou e investiu nos meus estudos.
A minha sogra e ao meu sogro que sempre me trataram como filha, torcendo por mim
acreditando no meu sucesso, muito obrigado por tudo amo vocês.
A minha tia Joelma, por ter sentido junto comigo, todas as angústias e felicidades,
acompanhando cada passo de perto. Pelo amor, amizade, e apoio depositados.
A minha prima Flavia que tenho como uma irmã que me ajudou nos momentos
difíceis, compartilhou minhas tristezas e alegrias durante a minha trajetória.
As minhas irmãs que amo e que de alguma forma contribuíram para a minha
formação.
A minha professora e orientadora Ivana da Silva Semeghini, pela amizade e
credibilidade depositada. Demonstrando sempre o amor incondicional que tem pela profissão,
desempenhando seu trabalho com total seriedade e competência, sendo para todos um
exemplo de profissional. Partilhou seu tempo e seus conhecimentos, orientando esta pesquisa
e me conduzindo nas horas de dúvidas e incertezas.
A todos da Autarquia Municipal de Assis-SP e Clube Atlético Assiense que
permitiram e colaboraram para a realização deste trabalho.
A todos os professores que contribuíram para minha formação em especial ao
professor Salviano que para mim sempre foi um exemplo de profissional o qual sempre me
espelhei.
Aos colegas de classe, que juntos passamos por momentos difíceis, de alegrias,
angustias e realizações, em especial ao meu grupo de estágio Karina, Bruna, Marcela e
Euclides vocês estão sempre no meu coração.
A minha amiga Silvana Alves e parceira deste trabalho, pela amizade
companheirismo e dedicação em todos os nossos estudos e pesquisa.
A minha amiga Leila que contribuiu muito para realização deste trabalho
Aos estagiários do Laboratório de Informática da FEMA, por prestarem auxilio nas
horas difíceis e por terem muita paciência conosco.
A todos que de alguma forma ajudaram e contribuíram para finalização desta
pesquisa.
Sara Milque Camara Alves
AGRADECIMENTOS
A Deus que esta presente em todos os momentos de minha vida, nos amparando, nos
acolhendo e nos dando força e esperança para suportar e vencer os momentos difíceis.
Em especial à lembrança querida e saudosa de minha estimada mãe, Cleide
Aparecida Alves, que sempre torceu e desejou o melhor para mim, acreditando sempre no
meu sucesso, e tenho a certeza que, mesmo ausente, está orgulhosa de mim e me protegendo
de alguma forma, intercedendo junto a Deus Pai.
Obrigada minha mãe por tudo, principalmente por eu estar viva. Você faz muita
falta!!!
Aos meus avós, e ao mesmo tempo pais Aldivino José Alves e Madalena Pereira
Alves, que sempre investiram em meu estudo e acreditaram no meu sucesso. Obrigada por
tudo meus amores, pois sou o que sou hoje, graças a vocês (sem palavras).
A prof. Enf. Esp. Ivana da Silva Semeghini, que é um exemplo de profissional, a
qual sempre me espelhou e que partilhou seu tempo e seus conhecimentos orientando esta
pesquisa e me conduzindo nas horas de dúvidas e incertezas.
A todos da Autarquia Municipal de Assis-SP e Clube Atlético Assisense que
permitiram e colaboraram para a realização deste trabalho.
A todos os professores em especial ao professor Salviano Chagas Filho, à professora
Teresa Cristina Prochet e ao professor João Lopes Toledo Neto, por acreditarem em meu
potencial e por serem exemplos de profissionais, nos quais sempre me espelhei.
Aos colegas de classe, que juntos passamos por momentos difíceis, de alegrias,
angústias e realizações.
À minha amiga Sara Milque Camara Alves, pela amizade companheirismo e
dedicação em todos os nossos estudos e pesquisa.
À minha amiga de trabalho, Gracilene Brandão Rodrigues, pela amizade,
companheirismo, lealdade e solidariedade.
Ao meu namorado pelo companheirismo, compreensão e paciência em toda minha
trajetória acadêmica.
Aos estagiários do Laboratório de Informática da FEMA, por prestarem auxilio nas
horas difíceis e por terem muita paciência conosco.
A todos os meus familiares e a todos que, de alguma forma, ajudaram e contribuíram
para finalização desta pesquisa. Silvana Aparecida Alves
ALVES, S.M.C.; ALVES, S.A.; Ação educativa para o reconhecimento e atendimento da
parada cardiorrespiratória entre atletas do município de Assis-SP. Trabalho de
Conclusão de Curso em Enfermagem. Assis -SP, Fundação Educacional do Município de
Assis, 2009.
RESUMO
A parada cardiorrespiratória é a principal causa de morte no meio esportivo, apesar de ser
considerado um evento raro, porém traumático. Diante deste cenário é de suma importância
que os atletas sejam treinados e capacitados para reconhecer e atender adequadamente uma
eventual vítima. O objetivo deste trabalho foi conscientizar e educar os atletas para o
reconhecimento e atendimento da PCR através do suporte básico de vida. Trata-se de um
estudo transversal, desenvolvido nos ginásios e estádios da cidade de Assis-SP, aplicado em
uma população de 100 atletas pertencentes à Autarquia Municipal de Esportes e ao Clube
Atlético Assisense através de um questionário contendo 12 questões fechadas de múltipla
escolha e treinamento teórico-prático. A pesquisa foi aplicada nos meses de Agosto e
Setembro; o tempo de cada aplicação foi de 01 hora e 40 minutos, sendo 20 minutos para
aplicação dos questionários, 40 minutos para parte teórica e 40 minutos para parte prática.
Obteve-se como resultado do pré-teste o percentual de 46,3% de acertos. Após a aplicação do
pré-teste foi realizado o treinamento teórico-prático embasado no suporte básico de vida.
Cada atleta teve a oportunidade de realizar o treinamento das manobras de RCP. Concluída a
parte prática aplicou-se um pós-teste utilizando o mesmo questionário para avaliar como foi o
aprendizado, observando-se que os acertos significaram 74,5%. Diante destes resultados
verifica-se que os atletas tiveram grande interesse sobre o tema. Deste modo fica exposta a
importância de uma educação contínua no meio esportivo, tanto em treinamento quanto na
divulgação, organização e campanhas de capacitação para o reconhecimento e atendimento da
PCR.
Palavras chaves: Morte Súbita; Parada Cardiorrespiratória; Educação; Atletas; Suporte
Básico de Vida.
ALVES, S.M.C.; ALVES, S.A.; Trabalho de Conclusão de curso em Enfermagem. Assis
(SP), Brasil, Fundação Educacional do Município de Assis, 2009.
ABSTRACT
Cardiac arrest is the leading cause of death in sports, despite being considered a rare event,
however traumatic. Given this scenario it is very important that athletes are trained to
recognize and adequately address a possible victim. The aim was to raise awareness and
educate the athletes for the recognition and care of CRP through the basic life support. This is
a cross-sectional study, developed in gyms and stadiums of Assis-SP, applied in a population
of 100 athletes belonging to the Municipality of Sports and Athletic Club Assisense through a
questionnaire containing 12 closed questions, multiple choice and training theoretical and
practical. The research was applied in August and September, the time each application was
01:40 minutes, 20 minutes to administer questionnaires, 40 minutes for both theoretical and
practical part for 40 minutes. Was obtained as a result of pre-test the percentage of 46.3%
accuracy. After applying the pre-test was performed theoretical and practical training based in
the basic life support. Each athlete had the opportunity to conduct the training of CPR
maneuvers. Completed the practical applied a post-test using the same questionnaire was to
assess how learning, noting that the successes have meant 74.5%. Given these results
indicated that athletes had great interest in the subject. This in turn exposed the importance of
continuing education in sports, both in training and dissemination, organization and training
campaigns for the recognition and care of the arrest
Key Words: Sudden death; Cardiopulmonary Resuscitation, Education, Athletes, Basic Life
Support.
LISTA DE SIGLAS
PCR: Parada Cardiorresapiratória
MS: Morte Súbita
FV: Fibrilação Ventricular
TV: Taquicardia Ventricular
AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso
ECG: Eletrocardiograma
SBV: Suporte Básico de Vida
ILCOR: Liga Internacional de Comitês de Ressuscitação
AHA: American Heart Association
SME: Serviço Médico de Emergência
RCP: Reanimação Cardiopulmonar
SAV: Suporte Avançado de Vida
Heart Tilti: Hiperextensão da Cabeça
Jaw Thust: Elevação do Queixo
SOBRAT: Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva
DEA: Desfibrilador Externo Automático
ACLS: (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
JAIRÃO: Jairo Ferreira dos Santos
GEMA: Ginásio de Esporte Municipal de Assis
TUNICÃO: Antonio Viana Silva
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - O Profeta Eliseu.............................................................................30
Figura 2 - Métodos de fumigação e flagelação...............................................31
Figura 3 - Traçado fibrilação ventricular........................................................32
Figura 4 - Traçado taquicardia ventricular......................................................33
Figura 5 - Traçado atividade elétrica sem pulso............................................. 33
Figura 6 – Traçado assistolia...........................................................................33
Figura 7 – Corrente de sobrevida....................................................................35
Figura 8 – Buscar por responsividade.............................................................36
Figura 9 – Posicionar a vitima.........................................................................37
Figura 10 – Desobstrução das vias aéreas.......................................................38
Figura 11- Manobra ver, ouvir e sentir............................................................39
Figura 12 – Chamar por ajuda.........................................................................40
Figura 13 - Localização do ponto da compressão torácica .............................41
Figura 14- Manobra de compressão torácica..................................................42
Figura 15- Desfibriladores..............................................................................43
Figura 16 – Posicionamento de eletrodos.......................................................44
Figura 17 – Posição de recuperação................................................................46
LISTA DE GRÁFICO
Figura 1(a) e 1(b) – Distribuição da população pesquisada conforme o
gênero....................................................................................................................52
Figura 2(a) e 2(b) – Distribuição conforme a faixa etária....................................52
Figura 3(a) e 3(b) – Distribuição das respostas quanto ao conceito da parada
cardiorrespiratória..................................................................................................53
Figura 4(a) e 4(b) – Distribuição das respostas sobre a forma de identificar uma parada
cardiorrespiratória..........................................................................................54
Figura 5(a) e 5(b) - Distribuição das respostas sobre as atitudes iniciais a serem realizadas
diante de uma vitima de parada cardiorrespiratória...............................55
Figura 6(a) e 6(b) – Distribuição das respostas sobre o conhecimento da manobra ver,
ouvir e sentir.....................................................................................................56
Figura 7(a) e 7(b) – Distribuição das respostas sobre o primeiro passo a ser tomado ao
constatar uma parada cardiorrespiratória..........................................57
|Figura 8(a) e 8(b) – Distribuição das respostas sobre a ventilação e massagem
cardíaca......................................................................................................................58
Figura 9(a) e 9(b) – Distribuição das respostas quanto ao objetivo da reanimação
cardiopulmonar....................................................................................59
Figura 10(a) e 10(b) – Distribuição das respostas sobre as etapas do suporte básico de
vida............................................................................................................60
Figura 11(a) e 11(b) _ Distribuição das respostas quanto a opinião dos atletas sobre o
treinamento de Suporte Básico de Vida....................................................................61
Figura 12(a) e 12(b) – Distribuição das respostas quantos os atletas se sentirem aptos a
prestar atendimento a uma vitima de parada cardiorrespiratória................................62
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 15
1.1 Problemática ............................................................................................................ 16
1.2 Justificativa ............................................................................................................... 18
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 19
2.1 Geral ........................................................................................................................ 20
2.2 Específicos ............................................................................................................... 20
3. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 21
3.1 Morte Súbita ........................................................................................................... 22
3.2 Morte Súbita no Atleta ........................................................................................... 24
4. Patologias ............................................................................................................... 28
4.1 Cardiomiopatia Hipertrofica .................................................................................... 29
4.2 Commotis Cordis......................................................................................................30
4.3 Doença Arterial Coronariana....................................................................................31
5. Histórico da Reanimação Cardiopulmonar.........................................................32
5.1 Parada Cardiorrespiratória ...................................................................................... 34
6. Suporte Básico de Vida ......................................................................................... 37
6.1 Corrente de Sobrevida ............................................................................................. 39
6.2 Suporte Avançado de Vida......................................................................................50
7. MATERIAL E MÉTODO ................................................................................... 51
7.1 Tipo de estudo ........................................................................................................ 52
7.2 Campo de estudo .................................................................................................... 52
7.3 Sujeito do estudo .................................................................................................... 52
7.4 Tamanho da amostra ............................................................................................... 52
7.5 Coleta dos dados ..................................................................................................... 52
7.6
7.7
Instrumento para coleta de dados ........................................................................... 53
Procedimento para coleta..........................................................................................53
8. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...............................................55
9. CONSIDERACÕES FINAIS.................................................................................69
10
11
12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................71
ANEXOS.................................................................................................................77
APÊNDICE.............................................................................................................89
15
INTRODUÇÃO
16
1.1 Problemática
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) ou Morte Súbita (MS) é a cessação abrupta da atividade
mecânica do coração, a mesma ocorre de forma inesperada e instantânea, ou não. (ALMEIDA
et al apud MIECZNIKOWSKI,LEITE 2010, p. 02).
A parada cardiorrespiratória é uma situação de emergência que requer intervenção
imediata, a fim de restabelecer o mais rapidamente possível a ventilação e a
circulação eficazes, tendo em vista a prevenção de lesões irreversíveis por anoxemia.
(VEIGA apud GUSMÃO 2006 p 13).
O coração do atleta sofre alterações morfológicas provocadas pelo longo e regular
treinamento físico, podendo ser esta considerada fisiológica ou patológica.
Essas adaptações devem ser bem avaliadas, pois quando instaladas apresentam-se de maneira
sutil em alguns casos e de forma mais graves em outros. (SOUSA, 2010, p. 01).
A morte súbita de jovens relacionada à atividade desportiva é entendida como um evento
incomum, no entanto traumático causando um grande choque e questionamento em toda a
sociedade e está relacionada às arritmias cardíacas destacando a cardiomiopatia hipertrófica
como a principal causa de morte súbita entre os atletas jovens.
Sua incidência varia de acordo com a idade, gênero, genética e modalidade esportiva
envolvida, acometendo com maior freqüência em jogadores de futebol, basquete e
maratonistas do que em participantes de outras modalidades desportivas.
Entretanto é de suma importância lembrar que a atividade física não é a principal responsável
pelo fenômeno da morte súbita e que a atividade física moderada e controlada não aumenta o
risco de morte súbita, mas se esta for praticada de forma excessiva e associadas a fatores
predisponentes o atleta passa a estar em risco.
Nos últimos anos muitos atletas morreram em decorrência da parada cardiorrespiratória.
Devido a este fato, profissionais da saúde passaram a desenvolver trabalhos a fim de evitar tal
episódio, com mais atenção na avaliação do exame físico do atleta e treinamentos
relacionados ao suporte básico de vida. (CANESIN et al 2005).
17
Portanto há necessidade do treinamento e capacitação da população leiga no atendimento da
parada cardiorrespiratória, pois a morte súbita é um grave problema de saúde pública em
nosso país, acompanhando uma tendência mundial.
18
1.2 Justificativa
A maioria da população sem capacitação adequada para o atendimento dos primeiros socorros
auxilia a vítima apenas por solidariedade, assim podendo prejudicar a reabilitação. Diante
deste cenário devemos traçar medidas a fim de evitar tal episódio. Sendo assim é de grande
importância saber como estão sendo realizadas as manobras de suporte básico de vida por
indivíduos não capacitados com o objetivo de identificar as falhas e corrigi-las, deste modo
salvando vidas.
Segundo ALVES; NAKAMURA (2010, p. 21) “A enfermagem encontra-se inserida neste
contexto integrando a equipe de saúde, pois tem um papel relevante em todas as situações de
prevenção e promoção a saúde”.
19
OBJETIVOS
20
2.1. Objetivos Geral:
- Conscientizar e educar os atletas para o reconhecimento e atendimento durante o evento de
parada cardiorrespiratória no município de estudo.
2.2.Objetivos Específicos:
- Demonstrar dados epidemiológicos e estatísticos sobre a parada cardiorrespiratória em
atletas;
- Conhecer o perfil geral dos atletas;
- Conscientizar os atletas sobre a importância do tema:
- Educar os atletas para o reconhecimento e atendimento a parada
cardiorrespiratória:
- Enviar informações colhidas e analisadas para autoridades competentes no intuito
de implementar intervenções futuras.
21
REVISÃO DA LITERATURA
22
3. Morte Súbita
A primeira definição de Morte Súbita foi descrita no ano de 1701, por Giovani Maria Lancini,
em seu trabalho “De Subitaneis Mortibus” que definia:
Eu não tenho conhecimento de morte exceto como súbita ou ocorrendo em um
momento do tempo... quando algo necessário na vida é mais consistentemente
ausente, ai o final da vida vem sempre subitamente... alguma delas, não obstante,
são impostas a nós previstas em medo e tristezas. Outras, entretanto, vem quietas,
como furtivamente súbita inesperada como fora. (TIMERMAN; RAMIRES 2006 p.
1).
A Morte Súbita Cardíaca ocorre com a ausência da atividade mecânica do coração, podendo
ser reversível ou irreversível se as intervenções não forem aplicadas de modo adequado e
imediato.
A morte súbita ainda pode ser definida como uma morte inesperada em razão das causas
cardíacas que ocorrem em uma hora do inicio dos sintomas. A pessoa pode ou não ter doença
cardíaca preexistente conhecida.
A Organização Mundial de Saúde define como morte súbita aquela que ocorre dentro das
primeiras 24 horas do inicio dos sintomas.
Sobre o conceito de morte súbita, QUILICI; NUNES; TIMERMAN (2009 p. 1) afirmam que
a mesma pode ser definida como a interrupção abrupta, inesperada e irreversível de todas as
funções biológicas, com ou sem sintomas premonitórios.
Portanto a morte súbita de causa cardíaca é inesperada e natural resultante de distúrbio agudo
da função cardíaca, irreversível, produzindo cessação do fluxo sanguíneo sistêmico e perda da
consciência seguida de morte, porém algumas vítimas de morte súbita não apresentam sinais
premonitórios.
NUNES (2009 p.1) enfatiza que a morte súbita pode acontecer em pessoas de todas as idades
por distintas causas. Estimativas norte-americanas indicam a incidência de morte súbita ao
redor de 1/1.000 habitastes por ano.
A principal causa de morte súbita está relacionada às cardiomiopatias, correspondendo a 80%
dos eventos, sendo assim, 232 mil mortes anuais ocorrem em nosso país. (TIMERMAN;
RAMIRES 2006 p. 2- 4).
23
As cardiomiopatias estão entre as principais causas de morte em todo o mundo. A parada
cardíaca súbita é uma das principais causas de morte na Europa, comprometendo
aproximadamente 700 mil indivíduos por ano, já nos Estados Unidos as estatísticas recentes
apontam cerca de 330 mil vitimas.
Dados obtidos no ano de 2007 pelo Ministério da Saúde mostram que as arritmias cardíacas
são responsáveis por 90% dos casos, com embasamento em um estudo do INCOR, realizado
em outubro de 2009.
Portanto no Brasil estima-se anualmente 300 mil vítimas de morte súbita, superando
apenas pelos óbitos referentes à síndrome da imunodeficiência adquirida, acidente
vascular cerebral, câncer de mama e de pulmão. (QUILICI; NUNES; TIMERMAN
p. 1).
Com cerca de 17 milhões de óbitos/ano, as doenças cardiovasculares causam um terço das
mortes em todo o mundo. No Brasil, são cerca de 400 mil vítimas fatais anualmente, uma das
principais causas de mortalidade da população. (GEYGER, 2008 p. 1)
O Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo, afirma que 360 mil pessoas têm
morte súbita, sendo 986 óbitos por dia ou 1,4 mortes a cada dois minutos.
Diante deste contexto podemos considerar que a morte súbita é um grave problema de saúde
pública em nosso país, acompanhando uma tendência mundial, sendo assim, a participação da
população leiga no atendimento inicial a vítima de morte súbita é de extrema importância,
pois reduz o tempo do diagnóstico, aumentando a sobrevida da vítima.
24
3.2 Morte Súbita no Atleta
O primeiro relato de morte súbita relacionada à atividade física esportiva foi a do soldado
grego Pheldippides, que correu 42 km de Maratona até Atenas para noticiar a conquista dos
gregos sobre os persas em 490 AC. (GHORAYEB 2010 p. 1).
Morte Súbita no Futebol:
Nos últimos anos tivemos uma série de óbitos no mundo esportivo. No dia 27/8/77
Michel Soulier do Namur da Bélgica levou uma bolada no peito no jogo contra o
Anderlecht e teve colapso cardíaco. Morreu no hospital. Em 1980 Osmar Sahnoun,
durante treino de seu time, o Bordeaux. Ele tinha 25 anos e sofreu um enfarte. O
Lateral-direito Carlos Alberto Barbosa, aos 26 anos, durante jogo Sport x XV de
Jaú, em Recife, dia 4/3/82. Também teve enfarte fulminante no gramado. Aos 29
anos, o argentino Trossero morreu de enfarte no vestiário, após vitória de seu time, o
River Plate, sobre o Rosário Central, em 83. De enfarte, aos 19 anos Barry Welsh,
no dia 1 de novembro de 1987, quando jogava pelo Ivybridge contra o Rangers, pela
segunda divisão do Campeonato Inglês. Em junho de 2003, durante partida da Copa
das Confederações na França contra a Colômbia, o camaronês Marc Vivien Foe que
atuava no Manchester City da Inglaterra, faleceu em campo. O diagnóstico dos
médicos na época foi parada cardíaca. Em janeiro deste ano, em partida válida pelo
Campeonato Português contra o Vitória de Gimarães, o atacante húngaro Miklos
Feher, do Benfica, caiu no gramado e faleceu mpouco depois. Uma parada
cardiorrespiratória provocou a morte do atleta. O Jogador húngaro Miklos Feher, de
24 anos, atuava pelo Benfica (POR). Caiu no gramado no dia 25/01/2004, contra o
Vitória de Gimarães e morreu vítima de parada cardíaca. Recentemente, o zagueiro
Serginho, do São Caetano, não resistiu à parada cardiorrespiratória que sofreu
durante um jogo de futebol pelo Campeonato Brasileiro, e morreu. (OLIVEIRA
(2010 p.1)
A morte súbita de jovens relacionada a atividade desportiva é entendida como um evento
incomum, no entanto dramático, causando um grande choque e questionamento em toda a
sociedade. Sobre a morte súbita STEN (2010) considera que:
A morte súbita relacionada ao exercício é um evento muito incomum. O problema
consiste no fato de que, quando um atleta é vitimado e a sua agonia é transmitida em
tempo real e retransmitida milhares de vezes pela televisão ou Internet, acaba-se
criando uma idéia de que todos podem cair fulminados a qualquer momento, seja no
futebol com os amigos ou em uma caminhada na praça. Na verdade, todos esses
atletas apresentavam algum tipo de doença cardíaca prévia, tendo um coração
anormal (a maior parte deles era portador de uma doença conhecida como
miocardiopatia hipertrófica assimétrica).
25
SIEBRA; FEITOSA (2008) mostram que diferentes estudos foram desempenhados em
relação à morte súbita, estes constataram que a grande incidência acontece nos jogadores de
futebol, basquete e maratonistas do que em praticantes de outras modalidades desportiva.
Neste contexto, os mesmo autores definiram a morte súbita, como sendo aquela que ocorre de
6 a 24 horas depois de ter realizado atividade física.
Para BERGAMASCHI; MATSUDO; MATSUDO (2007) a definição de morte súbita
relacionada ao treinamento e ao desporto pode ser considerada como a morte que acontece de
modo repentino, instantaneamente ou não.
Segundo SIEBRA; FEITOSA (2008, p. 3) menciona que as chances de apresentar um
problema cardíaco enquanto se pratica atividade física são 4 vezes maiores do que em repouso
e que ainda 1 em cada 300 mil esportista abaixo de 35 anos apresenta morte súbita e 8% dos
esportistas profissionais no Brasil apresentam algum déficit cardíaco.
O mesmo autor ainda relata que o índice de morte cardíaca relacionada ao esporte é de
0,75/100.000 para homens e de 0,13/100.000 para mulheres, portanto, é cerca de cinco vezes
mais incidentes no sexo masculino do que no sexo feminino.
Isso possivelmente acontece por ter um número total maior de homens envolvidos em
esportes competitivos, pois estes se encontram na maioria das vezes expostos a uma
sobrecarga de treinos e em competições de maior esforço físico e por ter mais
predisponibilidade de desenvolver doenças congênitas do coração do que as mulheres. Para
TIMERMAN; RAMIRES (2010 p. 9) “A morte súbita é estimada, em jovens com menos de
30 a 35 anos de idade, em 1/133.000 homens/ano e em 1/769.000 mulheres/ano, sendo uma
em cada 10 mortes relacionada com o esporte”.
Entretanto é de suma importância lembrar que a atividade física não é a principal responsável
pelo fenômeno da morte súbita e que a se praticada moderadamente e controlada não aumenta
o risco de morte súbita, mas treinos forçados e mal orientados podem ser desencadeador de
doenças cardíacas.
Deste modo lembramos que não só a atividade física, mas que diferentes fatores podem
contribuir para as alterações cardíacas, tais como a idade, sexo, etnia, modalidade esportiva e
a genética.
26
Entretanto ELSEVIER (2008) em seu artigo refere que os grandes valores são evidenciados
no sexo masculino. No meio esportivo, o ciclismo apresenta o maior episódio. Outra pesquisa
realizada aponta para jogador afro americanos de basquetebol, futebol e futebol americano
(superfície corporal elevada) como grupo de maior risco.
A mesma autora ainda enfatiza a respeito do diferencial do coração do atleta, o treinamento
físico regular é associado a várias adaptações fisiológicas, morfológicas e bioquímicas
reversíveis. A mudança estrutural do coração é fundamental para melhora do rendimento
cardíaco, essa mudança ganhou o nome de “Coração de Atleta”.
A expressão coração de atleta foi utilizada pela primeira vez em 1800 pelo sueco, H.
Henschen após observar esquiadores cross-coutry antes e após uma competição usando
somente a inspeção e percussão como forma de avaliação, identificou alterações
morfológicas, diagnosticando de forma equivocada cardiopatias. Porem no século XX foi
realizado vários estudos constatando que a alteração estrutural do coração ocasionada pela
atividade física era apenas adaptações, descartando idéias de que a pratica do exercício
prejudica a função cardíaca. (SOUSA, 2010, p. 01).
Para BRONZATO; SILVA: STEIN (2001, p. 03) o exercício físico não é a causa principal de
Parada Cardiorrespiratória entre os atletas, também incluem neste contexto as Doenças
Cardiovasculares e a Miocardiopatia Hipertrófica.
Baseados em vários estudos desempenhados a este tema, SIEBRA; FEITOSA (2008, p. 5)
demonstra que a maior parte dos indivíduos que morrem subitamente durante o exercício
físico tem uma cardiopatia que explica a sua morte.
Portanto OLIVEIRA; LEITÃO (2005) expõe que em pessoas que praticam exercícios físicos
regularmente apresentam um menor risco de morte súbita no exercício e no esporte do que
indivíduos sedentários, visto que a pratica de treino adequada promove uma estimulação
parassimpática gerando uma estabilidade elétrica, ao contrario do exercício intenso ocasional
que estimula o sistema nervoso parassimpático e promove uma instabilidade elétrica deixando
o atleta propenso a desenvolver arritmias cardíacas graves e/ou ruptura de uma placa
aterosclerótica vulnerável.
27
A avaliação clínica detalhada e rotineira de pré-participação para atletas é a única
maneira de minimizar o risco da morte súbita, que continuará sem dúvida, a ocorrer,
mas em muito menor quantidade. Como ocorre na fisiopatologia e epidemiologia, a
morte súbita no esporte tem a cardiopatia a sua principal causa (90%) e seu evento
mais freqüente (85%) é a fibrilação ventricular. (GHORAYEB; CRUZ; DIOGARDI
2007, p. 03)
Uma grande pesquisa realizada com atletas jovens, as anormalidades cardíacas apontadas
como sendo as maiores determinantes de morte súbita, foram: cardiomiopatia hipertrófica –
56%; anomalias congênitas de coronárias – 13%; miocardites – 7%; estenose aórtica – 6% e
cardiomiopatia dilatada 6%. (OLIVEIRA, (2002) apud KOIKE; MACHI; WICHI (2008).
Portanto, é indispensável o acompanhamento minucioso da população que prática exercício
físico.
28
4 - Patologias
As principais anormalidades descritas como causadoras de morte súbita em atletas são:
* Cardiomiopatia dilatada hipertrófica, hipertrofia idiopática do ventrículo esquerdo,
miocardites inespecíficas, displasia arritmogênica do ventrículo direito;
* Valvopatias;
*Síndrome arritmogênicas;
* Doença não aterosclerótica das artérias coronarianas;
* Origem anômala das artérias coronarianas, ponte miocárdica, espasmo coronário;
* Doença coronariana aterosclerótica no atleta;
* “Commotio cordis” (concussão cardíaca)
* Síndrome de marfan;
* Doença de chagas.
No entanto, neste trabalho iremos destacar somente três patologias, cujas incidências são
maiores.
29
4.1 Cardiomiopatia Hipertrófica
A cardiomiopatia hipertrófica é a causa de grande numero de mortes súbitas repentinas por
anormalidades cardíacas em atletas jovens sendo responsável pela metade dos acontecimentos
referido e é caracteriza por um incompreensível e dramático comprometimento ventricular,
mais intenso no espaço entre os dois ventrículos, com a obstrução na cavidade ventricular
esquerda. (ROWLAND 2000).
Entre todas as patologias que acometem os atletas esta é considera a mais comum, sua
incidência chega a 50% de mortes, é caracterizada por cardiomegalia hipertrófica septal
assimétrica com o desarranjo miofibrilar que compromete pelo menos 5% da massa muscular
cardíaca, associada à obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo. As conseqüências
mais graves são as arritmias ventriculares complexas, levando a eventos de taquicardia
ventricular sustentada ou não que podem provocar a morte súbita. (GHORAYBE (2001 p.2).
Deste modo SIEBRA; FEITOSA (2008) relatam que a cardiomiopatia hipertrófica é a forma
mais comum de doença cardiovascular de origem genética, tendo prevalência estimada para a
população em geral em torno de 0,2%, o equivalente a um caso para cada 500 indivíduos. O
mesmo autor ainda ressalta que os portadores desta síndrome são assintomáticos os que
tornam a morte súbita frequentemente a primeira manifestação clínica da doença.
Mas OLIVEIRA; LEITÃO; (2005) afirmam que a cardiomiopatia hipertrófica pode ser
assintomática ou não, e que metade dos pacientes relatam sentir dor no peito, tontura,
desmaios, respiração ofegante, especialmente quando praticam atividade física.
As pessoas com cardiomiopatia hipertrófica quando participam de atividade tem
aumentado os riscos de morte, porém a maior incidência de morte não ocorreu
quando o individuo estava praticando esporte. Analisando 78% adultos, 37%
morreram quando estavam dormindo ou descansando, 24% quando estavam
praticando uma atividade física leve e 25% quando estavam praticando exercícios
mais pesados como correndo ou andando. (ROWLAND 2000).
30
4.2 Commotios Cordis
A concussão cardíaca é citada como sendo a segunda razão de morte súbita entre os jovens
atletas, é definida como trauma não penetrante na parede torácica, que pode levar a fibrilação
ventricular. Pode ser definida também como morte súbita de atletas sem antecedentes de
cardiopatia.
GHORAYEB et al. (2005) conta que nos anos de 1980 a 1990 foram documentadas dezenas
de casos de “commotios cordis”, nos Estados Unidos, envolvendo, beisebol, hóquei,
“lacrosse” e “softball”, além de socos no tórax (caratê e kickboxe).
O commotios cordis acontece principalmente em jovens entre os 5 e 18 anos, tendo
maior incidência no beisebol, softball e hochkey no gelo, porém existem relatos de
sua incidência no futebol, basquete, boxe e artes marciais. (OLIVEIRA; LEITÃO.
(2005 p. 3)
A incidência de “commotios cordis” é maior em atletas com a faixa etária de 12 anos; 70% dos
casos acontecem em menores de 16 anos, possivelmente em decorrência de maior flexibilidade
do tórax. A sobrevida é de aproximadamente de 10%. GHORAYBE et al., (2005 p 8).
Segundo GHORAYEB et al., (2005) o choque torácico acontece no lado esquerdo do tórax,
diretamente sobre a silhueta cardíaca, que causa um colapso instantâneo em aproximadamente
metade das vitimas, nas outras há um breve período de consciência, na maioria das vezes
marcada por tontura ou desorientação.
Conforme OLIVEIRA; LEITÃO (2005 p. 3)
A morte é em geral imediata em 50% dos casos. Quatros fatores principais são
citados para indução de arritmias: o tipo de impacto (veloz e com pequena área de
contato), a localização do impacto (o precórdio), a força do impacto, além da
magnitude da compressão torácica.
31
4.3 Doença Arterial Coronariana
A aterosclerose das artérias coronarianas é o motivo mais comum de morte súbita em adultos
e em atletas com mais de 35 anos, no entanto quando se menciona jovens atletas ela é muito
rara.
GHORAYBE et al (2001) em seu artigo relata que a incidência da aterosclerose é de 80% a
90% dos casos de atletas desta faixa etária em 4,5% a 9% das mortes súbitas relacionadas à
atividade física intensa não freqüente.
A possível definição de morte súbita em uma oclusão aguda coronariana é o desenvolvimento
de arritmias malignas na maioria das vezes a fibrilação ventricular. A isquemia pode ser o
gatilho para arritmias malignas. (GHORAYBE et al., 2005).
No entanto OLIVEIRA; LEITÃO (2005) enfatiza que o treinamento forte promove uma
estimulação do sistema simpático, instabilidade elétrica e arritmias ventriculares (taquicardia
e fibrilação ventricular), além de ficar propenso a uma ruptura de uma placa aterosclerótica
coronariana.
32
5. Histórico da Reanimação Cardiopulmonar
Ao longo dos anos a humanidade decifrou a morte como um episódio irreversível, ou seja,
todas as tentativas de reanimação seriam inúteis. (GUIMARÃES et al 2009).
As referências às manobras de reanimação datam da antiguidade. O primeiro relato de sucesso
em Parada Cardiorrespiratória encontra-se na Bíblia, quando o profeta Eliseu reanimou o filho
da Sunamita, no segundo livro dos Reis.
FIGURA 1: O Profeta Eliseu Fonte: http://www.fac.org.ar/6cvc/llave/c017/imagenes/fig01.jpg
Segundo GUIMARÃES et al (2009), outros relatos esporádicos ocorreram através da história,
entre os quais o uso da flagelação com o açoite, trotar sobre um cavalo com a vitima
debruçado sobre este, rolar a vitima sobre um barril e aplicação de calor sobre o corpo, todos
sem qualquer base cientifica, porem com alguns relatos de sucesso.
Figura 2: A flagelação da vítima foi um método de RCP empregado durante um longo
período. Fonte:http://www.fac.org.ar/6cvc/llave/c017/guimaraesh.php.(figura2).
33
Segundo FEREZ devido a pouca ciência sobre a parada cardíaca, só a partir de 1900 foi
possível ter a reversão do estado terminal em ambiente hospitalar e por volta de 1960 em
ambiente extra-hospitalar.
Sobre o conceito de reanimação GUIMARÃES et al (2009)
relata que:
Em 1960, um novo dado extremamente importante foi incluído nos conceitos de
reanimação de emergência, a partir da observação feita por Kouweenhoven, Jude e
Knickerbocker de que a compressão sobre o terço inferior do esterno, feita
adequadamente, fornece uma circulação artificial suficiente para manter a vida em
animais e seres humanos com parada cardíaca.
Nota-se que com o desenvolvimento do homem houve a precisão de conhecer e entender os
mecanismos de funcionamento do corpo humano, a fim de proporcionar melhor qualidade de
vida. No que se refere a Parada Cardiorrespiratória, várias formas e tentativas foram criadas e
aperfeiçoadas ao longo do tempo, elaborando-se assim protocolos e diretrizes para padronizar
o atendimento e comprovar o real significado do conceito de Parada Cardiorrespiratória.
Desde então, houve um grande avanço na compreensão da etiologia e da fisiopatologia das
diferentes modalidades da parada cardiorrespiratória e no modo de tratá-las.
34
5.1 Parada Cardiorrespiratória
Segundo KNOBEL (2006 cap. 28 p. 275) a parada cardiorrespiratória é definida como a
cessação súbita da circulação sistêmica em indivíduos com expectativa de restauração de suas
funções fisiológicas, e não portador de doença crônica intratável ou em fase terminal.
Já para CALIL; PARANHOS (2007 p. 496) é definida como sendo a cessação abrupta das
funções cardíaca, respiratória e cerebral, comprovada pela ausência de pulso central
(carotídeo e femoral), de movimentos ventilatórios (apneia) ou respiração agônica, além de
estado de inconsciência.
O diagnóstico clínico de Parada Cardiorrespiratória é feito quando os seguintes sinais estão
presentes: inconsciência, respiração agônica ou apneia e ausência de pulsos. O sinal clínico
mais importante é a ausência de pulsos carotídeos. (KNOBEL 2006 cap. 28 p. 275)
A etiologia da Parada Cardiorrespiratória deve ser diagnosticada o quanto antes, pois através
dela é possível tratar a causa e muitas vezes reverter a Parada Cardiorrespiratória.
Na Parada Cardiorrespiratória são observadas algumas alterações do ritmo cardíaco, sendo
eles: a fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular sem Pulso (TV sem pulso),
assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP).
Para ALVES; NAKAMURA (2010 p. 6), a fibrilação ventricular é o ritmo cardíaco mais
freqüente na PCR, podendo ser reversível se constatada precocemente, ela ocorre devido à
contração incoordenada do miocárdio em conseqüência da atividade caótica de diferentes
grupos de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência total do coração em manter um
rendimento de volume sanguíneo adequado.
Figura 3: Fibrilação Ventricular.
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
A parada cardiorrespiratória por fibrilação ventricular é a principal causa de morte
súbita. O reconhecimento da parada cardiorrespiratória, a realização das manobras
de ressuscitação cardiopulmonar e da desfibrilação precoce, assim como a chegada
do suporte avançado estão diretamente relacionados com a sobrevida. CANESIN et
al (2001).
35
Portanto o melhor tratamento para a parada cardiorrespiratória são as manobras de
reanimação cardiopulmonar, pois quando realizadas imediatamente de maneira adequada
podem evitar que a FV evolua para a assistolia, permitindo assim uma desfibrilação de
sucesso, restabelecendo a função cardíaca e cerebral e também aumentando a chance de
sobrevida.
Taquicardia ventricular sem pulso: É a sucessão rápida de batimentos ectópicos
ventriculares que podem levar a acentuada deterioração hemodinâmica, chegando
mesmo à ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma
modalidade de parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da
fibrilação ventricular. ARAÚJO et al (2008 cap 18 p )
.
Figura 4: Taquicardia ventricular
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
Atividade elétrica sem pulso (AESP): É a ausência de pulso detectável na presença de algum
tipo de atividade elétrica; com exclusão da TV ou FV.
Figura 5: AESP Atividade Elétrica sem pulso
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
36
Assistolia: A assistolia é definida como um ritmo sem nenhuma atividade elétrica visível no
ECG, e de difícil reversão do quadro, com taxa de sobrevida próxima de zero.
Figura 6: Assistolia Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
37
6 . Suporte Básico de Vida
O atendimento a uma vitima de Parada Cardiorrespiratória ou Morte Súbita não escolhe hora
nem lugar para acontecer. Por isso o socorro deve ser rápido e eficaz. Não excedendo 5
minutos, com o objetivo de reverter o ritmo fibrilatório. (GUSMÃO 2006 p.25)
Para CANESIN et al (2001)
A participação da população leiga no atendimento da parada cardiopulmonar é de
fundamental importância, assim como a participação médica. As cidades e
comunidades em nosso país precisam se desempenhar no desenvolvimento de
métodos populacionais de esclarecimento e incentivo à busca por informações
precisas do tratamento da parada cardiorrespiratória. Campanhas públicas com esses
objetivos apresentam excelentes resultados, conforme já observado.
O treinamento maciço em Reanimação Cardiopulmonar é uma forma de minimizar o numero
de pessoas vítimas de Parada Cardiorrespiratória, a reanimação cardiopulmonar realizada de
maneira imediata e adequada por leigos devidamente treinados, duplica a sobrevivência das
vítimas de Parada Cardiorrespiratória num contexto extra-hospitalar. O treinamento da
população tem por finalidade aumentar a consciência pública sobre Reanimação
Cardiopulmonar e sua devida importância.
O Suporte Básico de Vida (SBV) compreende no ABCD primário da Ressuscitação
aplicando-se tanto no contexto pré-hospitalar quanto no intra-hospitalar (antes da chegada do
Suporte Avançado de Vida), podendo ser executado por qualquer individuo leigo, desde que
devidamente treinado. O mesmo consiste em varias etapas, as quais devem ser
desempenhadas sequencialmente. Para cada fase incluem-se uma avaliação e uma
intervenção. (PERGOLA; ARAUJO 2008)
O Suporte Básico de Vida compreende em A (airway) – abertura das vias aéreas; B
(breathing) – ventilação boca-a-boca; C (circulation) – compressão torácica e D
(desfibrilation) – desfibrilação.
38
Antes preconizada como parte importante da ressuscitação cardiopulmonar, a
respiração boca a boca prejudica o procedimento e reduz as chances de
sobrevivência do paciente com parada cardíaca. Estudos apontam uma taxa de
sobrevivência três vezes maior em pessoas submetidas apenas às compressões
contínuas no peito até a chegada de socorro. Por esse motivo, a Ilcor (Aliança
Internacional dos Comitês de Ressuscitação, na sigla em inglês), entidade que reúne
as principais associações de cardiologia, mudará a partir de 2010 as diretrizes para
procedimentos de emergência em parada cardíaca. De acordo com a nova
orientação, somente a massagem cardíaca deverá ser aplicada pelo leigo. Haverá
mudanças também com relação ao uso do desfibrilador. A aplicação de choque pode
ocorrer antes da massagem somente até cerca de quatro minutos após a parada do
coração. Depois desse tempo, a compressão deve preceder o uso de desfibrilador.
Isso porque, após esse período, há alterações metabólicas no organismo e o coração
precisa ser preparado com a compressão antes de receber o choque. (SILVEIRA
2009)
39
6.1 Corrente de Sobrevida
Figura 7: Corrente de Sobrevida
Fonte http://www.socesp.org.br/revistasocesp/imagens/i_edicoes/v11_n02_txt04_f01.jpg
A American Heart Association elaborou e adotou a expressão “Cadeia da Sobrevida” com o
objetivo de esclarecer e representar a melhor conduta de tratamento para pessoas com Morte
Súbita. Os quatro elos desta corrente compreendem no Acesso Rápido ao Serviço Médico de
Emergência (SME), Reanimação Cardiopulmonar (RCP) rápida, Desfibrilação rápida e
Suporte Avançado de Vida (SAV) rápido.
As falhas nestes elos, como a demora na realização ou a não realização destes, são as
principais explicações para os baixos índices de sobrevivência nos atendimentos.
(OLIVEIRA; RIBEIRO; MORAIS 2008)
* Determinar a não Responsividade:
O socorrista deve certificar-se da segurança do local, onde o individuo se encontra, após
certificado, o mesmo deve se aproximar da vitima avaliando rapidamente o nível de
consciência, presença de trauma e/ou lesão de coluna cervical. Em seguida o socorrista irá
avaliar a responsividade da vitima através de estimulo tátil e verbal (chamar e sacudir
gentilmente a vitima pelos ombros) tocando na vitima e perguntando: “Você está Bem”?
(QULICI; NUNES; TIMERMAN (pag 5).
40
Figura 8: Buscar por responsividade
Fonte: Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
*Posicionar a vitima e se posicionar:
O socorrista devera colocar a vitima em decúbito dorsal horizontal em uma superfície plana e
rígida para que as compressões torácicas sejam eficazes. O socorrista deve estar ao lado
direito da vítima na altura dos ombros, preparado para o inicio das compressões torácicas.
Caso a vitima esteja em uma cama, deve-se colocar uma prancha (tábua de massagem
cardíaca) rígida sob seu tórax. Caso a vitima estiver no chão e o socorrista estiver sozinho,
deve-se ajoelhar na altura dos ombros da vitima. Caso a vitima não se encontre na posição
dorsal horizontal deve-se movimentá-la em bloco, ou seja, como uma só unidade onde a
cabeça, pescoço, ombros e tronco possam ser movimentados sem torção, com o objetivo de
não agravar uma potencial lesão de coluna cervical. (ALVES; NAKAMURA (2010)
GHORAYEB et al., (2005 p.14)
41
Figura 9: Posicionar a vitima
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
*Abrir a via aérea:
Para a realização da abertura das vias aéreas o socorrista deve colocar uma das mãos (de
preferência a mão esquerda) espalmada sobre a testa da vítima e realizar a manobra de
hiperextenção da cabeça (head tilti) e elevação do queixo (jaw thrust).
Caso a vitima estiver com lesão de coluna cervical deve-se realizar apenas a tração da
mandíbula descartando assim, a inclinação da cabeça. O socorrista também deve avaliar a
presença de corpos estranhos (prótese, alimentos, vômitos, etc.) na boca da vítima, com os
dedos polegar e indicador em forma de pinça, na tentativa de eliminá-los. (QULICI; NUNES;
TIMERMAN (2009 p.8).
42
Figura 10: Desobstrução das vias aéreas
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
*Avaliação da respiração:
Após a realização da abertura e desobstrução das vias aéreas o socorrista deve aproximar o
seu ouvido próximo ao nariz e boca da vítima mantendo a via aérea aberta e observar a
expansibilidade torácica na tentativa de ouvir se a algum fluxo de ar. É o ver, ouvir e sentir.
A avaliação da respiração não deve ultrapassar mais que 10 segundos. Se não for possível a
realização da ventilação, deve-se iniciar novamente a manobra da abertura das vias aéreas.
Caso a manobra das vias aéreas tenha sido realizada sem sucesso certificar-se de uma
provável obstrução da via aérea por corpo estranho, sendo assim, deve-se iniciar a realização
da manobra de desobstrução da via aérea. O ABCD primário da Ressuscitação realizado de
maneira correta é capaz de fornecer através da ventilação boca-a-boca ar com 16 a 17% de
oxigênio, produzindo uma tensão alveolar de 80 mmHg.
43
Figura 11: Manobra de ver, ouvir e sentir
Fonte: http://www.medicina.ufmg.br/edump/ped/Image5.jpg
A SOBRATI vem afirmando há pelo menos três anos que a ventilação em pacientes sem
pulso piora o prognóstico da parada cardiorrespiratória. (SILVEIRA 2009).
Em 2000, o consenso já orientava o leigo a deixar de verificar a presença de pulso na
vítima. Cinco anos depois, caía também a verificação dos sinais de circulação, em
razão da falta de evidências quanto à precisão desta ação, que retardaria o início das
compressões torácicas. Por último, em março deste ano, veio o parecer consultivo da
AHA: após o fim da verificação do pulso e da circulação, ele indicou acabar também
com a avaliação da respiração pelo leigo, eliminando a sua responsabilidade em
realizar insuflações. Assim, a RCP para o leigo tende a ser restrita às compressões
torácicas, embora a diretriz atual, de 2005, ainda indique as insuflações. (GEYGER
Rafael. (2008 p.3)
*Chamar por ajuda:
Constatando-se a inconsciência o socorrista devera solicitar ajuda através do Serviço Médico
de Emergência com o objetivo de obter um Desfibrilador Externo Automático (DEA) o mais
rápido possível até a chegada da equipe de Suporte Avançado de Vida.
O simples gesto de um socorrista leigo reconhecer rapidamente uma Parada
Cardiorrespiratória ajuda na prevenção da deterioração das células miocárdicas e cerebrais.
(PERGOLA; ARAUJO (2008)
44
O socorrista após acionar o Serviço Médico de Emergência devera fornecer as seguintes
informações: a localização e/ou ponto de referência onde a vitima se encontra, explicar o que
aconteceu, quantas pessoas necessitam de atendimento, as condições da vitima, o que esta
sendo realizado para reverter o quadro da vitima e outras informações solicitadas pela equipe
do Serviço Médico de Emergência. (GHORAYBE et al., 2005 p 9).
Figura 12: Chamar por ajuda
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pd
Compressões torácicas:
Sobre as compressões TIMERMAN apud GEYGER (2008) afirma
que:
A ênfase as compressões torácicas de alta qualidade e com menos interrupções vai
ser extremamente disseminada nas diretrizes de 2010. “Comprima forte, rápido e
com qualidade. Essa é a tendência”.
Sendo assim TIMERMAN apud SILVEIRA (2009), expõe que quando o coração para de
bater, o mais importante o fluxo sanguíneo com a compressão. O mesmo autor ainda ressalta
que a respiração boca a boca é uma das causas que levam a diminuição do fluxo.
45
Para que as compressões torácicas sejam efetuadas de maneira satisfatória, são de extrema
importância a posição adequada do socorrista frente à vítima e a realização da técnica correta.
Deste modo o socorrista deve localizar o apêndice xifóide com os dedos indicador e médio.
Após sua localização, determinam-se dois dedos acima deste ponto, colocando a região
hipotênar de uma das mãos (palma da mão) e sobrepondo a outra, mantendo sempre os dedos
entrelaçados e afastados do tórax da vítima. (FEREZ 2006)
Figura 13: Manobra de massagem cardíaca externa localização do ponto da compressão torácica. Fonte:
http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
O reanimador deve se posicionar de forma a manter os ombros diretamente sobre o externo da
vitima, com os braços estendidos formando um ângulo de 90° e os cotovelos estendidos de
forma com que não se movam, mantendo também as mãos na mesma posição para que não
seja movimentada durante as compressões torácicas.
46
Figura 14: Compressões Torácica
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
47
As mesmas devem ser realizadas de forma ininterruptas, exceto quando a vitima se
movimentar, ou quando um Desfibrilador Externo Automático estiver disponível, ou ainda,
quando o Serviço Avançado de Vida chegar.
Para FEREZ (2006) as compressões torácicas devem ser feitas numa velocidade de 100
compressões por minuto. O tórax deve ser deprimido em 4 a 5 cm e que volte a sua posição de
repouso após cada compressão.
Desfibrilação:
O DEA é um aparelho que incorpora um sistema que analisa o ritmo e também um
sistema de aviso de choque para vitimas de parada cardíaca. Ele avisa sobre o
choque e o operador toma a decisão final de deflagrá-lo. As normas internacionais
para RCP e cuidados cardiovasculares de emergência afirmam que a RCP precoce é
o melhor tratamento de PCR (parada cardiorrespiratória) até a chegada de um DEA e
de uma unidade de suporte avançado de vida. CARVALHO (2007)
.
Figura 15: Desfibriladores
Fonte: Livro Ratton de Emergências médicas e Terapia Intensiva cap.15
A desfibrilação é de extrema importância, porém ela tem um momento exato para a sua
execução. A mesma deve ser executada imediatamente, caso seja detectada uma fibrilação
ventricular (FV) ou uma taquicardia ventricular sem pulso (TV), pois esta medida terapêutica é
o tratamento mais eficaz para a reversão das arritmias cardíacas. Com exceção nos casos em
que a vitima permaneceu em Parada Cardiorrespiratória por mais de 4 a 5 minutos sem
Suporte Básico de Vida: “Após o quinto minuto sem a realização da desfibrilação, perde-se
48
cerca de 10% de chances de sobrevivência a cada minuto seguinte.” (OLIVEIRA; RIBEIRO;
MORAIS 2008)
A desfibrilação compreende na aplicação de uma corrente elétrica, exercida sobre o tórax ou
diretamente sobre o coração da vítima, com o objetivo de promover a despolarização das
células cardíacas. (PAZIN et al 2003 p.6)
Um microprocessador analisa o ritmo cardíaco da vitima e informa ao operador se o
choque elétrico é ou não indicado. Caso haja indicação o choque é administrado por
meio de eletrodos auto-adesivos à pele do tórax da vítima. (VIANA 2008)
Os eletrodos devem estar posicionado de maneira correta, sendo o eletrodo anterior colocado
a direita do externo (região infraclavicular direita) e o eletrodo do ápice colocado a esquerda
do mamilo (região inframamária esquerda) ou como alternativa, a posição antero-posterior
inframamária. (FEREZ 2006).
Figura 16 - Posicionamento dos Eletrodos
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf
Os Desfibriladores Externos Automáticos podem ser utilizados por qualquer pessoa leiga,
desde que sejam previamente capacitados, pois são aparelhos portáteis e confiáveis, de fácil
operação, interpreta o ritmo cardíaco da vítima, seleciona o nível de energia e recomenda o
49
choque. Ele também indica a profundidade e a freqüência das compressões o tempo de
compressões e desfibrilação. O mesmo tem contribuído para a sobrevida significativamente.
Alguns países desenvolvidos adquiriram maior atenção no treinamento de crianças e
adolescentes para a execução das manobras de RCP. Já no Brasil ainda existe um grande
atraso sobre o tema em questão, porém o interesse vem crescendo desde a morte do atleta
Serginho, vítima de parada cardiorrespiratória durante uma partida de futebol, em 2004.
Desde então, leis municipais, estaduais e um projeto de lei federal surgiram para popularizar o
equipamento, mas ainda sem o efeito prático esperado. (GEYGER 2008 p. 4)
O Brasil juntamente com diversos estados foi estabelecido uma lei de acesso público pra a
utilização do DEA, onde a circulação média for de 1.500 pessoas/dia é obrigatório possuir o
DEA, bem como as pessoas capacitadas para sua utilização.
Segundo a lei n° 13.945, de 7 de janeiro de 2005 os desfibriladores externo automático são
obrigatórios em:
Estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos, centros comerciais, estádios e
ginásios esportivos, hotéis, templos e outros locais com aglomeração ou circulação
de pessoas igual ou superior a duas mil por dia. (VIANA 2008)
O mesmo autor ainda enfatiza que, obrigatoriedade da existência e da disponibilidade desses
aparelhos em lugares freqüentados por um grande número de pessoas trará impacto
significativo na diminuição da mortalidade por doenças cardiovasculares em nossa nação.
O Brasil mudou muito nos últimos dez anos em relação ao atendimento da
emergência cardiovascular, mas muito ainda precisa ser feito. Não podemos
simplesmente criar leis de Desfibrilação Externa Automática quando o foco
principal deve ser treinamento e capacitação, tanto da população leiga quanto de
profissionais da saúde. Este trabalho deve ser focado na corrente de sobrevivência,
com seus quatro elos, e não simplesmente no desfibrilador, que sozinho não salva
vidas. (CANESIN apud GEYGER 2008)
50
*Posição de Recuperação:
Um paciente que esteja inconsciente, mais respirando e com pulso, ou que tenha
recuperado o ritmo com perfusão e tenha voltado a respirar, mais permanecer
inconsciente deve ser colocado em posição de recuperação. RATTON et al (2005
cap14 )
Figura 16 – Posição de Recuperação
http://www.inf.furb.br/sias/sos/Fotos/posicao_recuperacao.jpg
*Suporte Avançado de Vida:
O SAV utiliza-se de equipamentos adequados para maior oxigenação e ventilação
associadas ao uso de medicamentos e à busca do diagnóstico. A – estabelecer via
aérea definitiva (intubação); B- ventilação (ambuzar o paciente); C – circulação
(acesso venoso e monitoração); D – diagnóstico diferencial e administração de
medicamentos especifico. (AMERICAN HEART ASSOCIATION 2005 apud
MENEZES et al (2009)
.
Os mesmos autores relatam que o suporte avançado de vida foi elaborado pela American
Heart Association (AHA) em 1970. O mesmo é um curso reconhecido mundialmente pela
sigla ACLS (Advanced Cardiac Life Support) onde ensina técnicas de Suporte Básico de Vida
e de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia para profissionais da saúde.
Segundo FEREZ (2006) o suporte avançado de vida além da equipe de enfermagem, é
obrigatório a presença do médico, pois esta ocorrência envolve conhecimento e treinamentos
específicos.
51
MATERIAL E MÉTODOS
52
7.1. Tipo de estudo:
Estudo do tipo transversal e de campo
7.2. Campo de estudo:
O estudo foi realizado nos ginásios: JAIRÃO e GEMA; no estádio TUNICÃO e no campo do
PERALTINHA todos pertencentes a cidade de Assis- SP.
7.3. Sujeito do estudo:
Os atletas que constituem essa pesquisa são aqueles pertencentes aos times da Autarquia
Municipal de Assis e ao Clube Atlético Assisense, que obedeceram aos seguintes critérios:
- Indivíduo obrigatoriamente com idade igual ou superior a 18 anos;
- Indivíduo independentemente de gênero
-Indivíduo que após, informação da metodologia e dos objetivos, aceitaram
participar espontaneamente da pesquisa firmando a autorização por meio de assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. (Apêndice A)
7.4. Tamanho da amostra:
A amostra foi composta por 100 atletas, sendo 77 pertencentes à Autarquia
Municipal de Esporte de Assis e 23 pertencentes ao Clube Atlético Assisense.
7.5. Coleta de dados:
Foi encaminhado ao secretario de esporte da Autarquia Municipal de Esporte de Assis e ao
presidente do Clube Atlético Assisense solicitando autorização das instituições para realização
da palestra teórica - pratica e a coleta de dados.
A pesquisa foi iniciada após emissão do parecer favorável nº 428/2010 pelo Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Regional de Assis.
53
7.6 Instrumentos para coleta de Dados
O método utilizado para coleta de dados foi, no primeiro momento, um questionário contendo
doze questões de múltipla escolha. As questões referiam-se a dados pessoais como faixa
etária, gênero e conhecimento sobre a identificação e atuação diante de uma parada
cardiorrespiratória. Sendo este um instrumento expositivo e com abordagem qualitativa
A coleta de dados quanto ao aprendizado dos conhecimentos teóricos e pratico construídos na
palestra, foi analisada e mensurada objetivamente quando na aplicação da pratica do protocolo
de RCP, realizada por todos os participantes.
As perguntas do questionário foram minuciosamente ordenadas de acordo com o critério
subjetivo das pesquisadoras, onde cada variável foi devidamente tabulada e posteriormente
será apresentada em gráfico e descrição.
7.7 Procedimentos para coleta de dados
Foi solicitado o consentimento livre e esclarecido a cada um dos participantes da pesquisa,
garantindo o sigilo das informações de acordo com a resolução numero 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde que regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos.
Foram desenvolvidas palestras teóricas- praticas no período de Agosto a Setembro de 2010.
A ação educativa consistiu em uma palestra expositiva dialogada com a utilização de um
manequim de espuma simulando um tórax. O tempo de cada ação teve duração de 01 hora e
40 minutos, sendo 10 minutos para o preenchimento do pré-teste, 10 para o pós- teste, 40
minutos para a parte teórica e 40 minutos para a parte prática.
A avaliação da ação educativa foi obtida em dois períodos: o período pré-teste, antes da
abordagem educativa com a finalidade de analisar o grau de conhecimento dos atletas sobre o
tema abordado e o período pós-teste após a abordagem educativa, para identificar se houve
compreensão sobre conhecimentos teóricos e práticos ministrados quando foi utilizado em
ambos o mesmo instrumento sistematizado padronizado com 12 questões fechadas de
múltipla escolha, sendo descartadas as questões 1 e 2 as quais se referiam sobre idade e
gênero.
54
E coleta de dados obtidos quanto ao treinamento pratico foi realizado através de analise
subjetiva da realização dos procedimentos durante o conteúdo pratico.
55
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
56
A amostra representativa do presente estudo, foi composta por 100 atletas da Autarquia
Municipal de Esporte de Assis e Clube Atlético Assisense, pertencentes as seguintes
categorias esportivas, futebol de campo, futsal, basquete, atletismo e ciclismo.
A pesquisa se desenvolveu através da aplicação de uma ação educativa, precedida de um pré-
teste e posteriormente um pós-teste. Em cada ação educativa os atletas pertenciam a grupos
distintos de modalidade, em sua maioria do gênero masculino com predomínio de 74%.
Figura 1(a) – Distribuição dos 100 atletas pesquisados, de acordo com a variável do gênero;
2010.
Análise: Podemos observar que houve maior participação do gênero masculino
representando 74% do total de 100 atletas pesquisados, sendo seguido do gênero feminino
com 26%. Onde podemos notar que a distribuição entre os gêneros se apresentou de maneira
variável, pois o gênero masculino se encontra inserido em maior quantidade no meio
esportivo.
57
Figura 2(b)- Distribuição dos atletas pesquisados, de acordo com a variável faixa etária; 2010.
Análise: Conforme apontado na figura destacou-se os atletas com faixa etária de 18 a 25 anos
representando 92%, em seguida com a faixa etária de 26 a 35 anos com 5%, em seguida a
faixa etária de 36 a 45 anos com 2%, e por ultimo a faixa etária de 46 a 55 anos 1%.
58
Distribuição gráfica dos atletas, referente ao conhecimento sobre parada
cardiorrespiratória; 2010.
Figura 3(a) - conhecimento sobre parada Figura 3(b) - conhecimento sobre parada
cardiorrespiratória (pré- teste). cardiorrespiratória (pós- teste).
(A) Quando o coração para de bater.
(B) Quando a respiração e o coração param.
(C) Quando se tem uma hemorragia constante, ou seja, perda de muito sangue.
(D) Quando o peito dói.
CALIL et al (2007) define a parada cardiorrespiratória como a cessação abrupta das funções
cardíaca, respiratória e cerebral, comprovada pela ausência de pulso central (carotídeo e
femoral), de movimentos ventilatórios (apneia) ou respiração agônica, além de estado de
inconsciência.
Análise: No pré-teste observou-se que 83% dos atletas entrevistados responderam a
alternativa correta (B) notamos que este tema já é sabido pelos atletas. Estes dados confirmam
o que STEIN (2010) relata em seu artigo que, devido à grande repercussão que se dá quando
ocorre casos de morte súbita ou parada cardiorrespiratória no meio esportivo. Após a
capacitação sobre o tema em questão obtivemos um aumento no pós-teste, pois 89%
assinalaram a alternativa correta
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
A B C D
8
89
2 1
A
B
C
D
59
Distribuição gráfica quanto a identificação da parada cardiorrespiratória.
Figura 4 (a) - Identificação da parada Figura 4 (b) – Identificação da parada
cardiorrespiratória (pré-teste) cardiorrespiratória (pós-teste)
(A) Dor no peito, no braço, queimação e azia.
(B) Náusea, falta de ar, vômito.
(C) Quando a pessoa não responde ao chamado, não respira e esta sem pulso.
(D) Aperto no peito, dor nas costas e braços, vômito e sensação de morte eminente.
Análise: Observou-se no pré–teste que 78% dos participantes souberam responder a questão
corretamente. Atribuímos este resultado, à atenção que vem sendo prestada ao meio esportivo
após as fatalidades ocorridas atualmente.
No pós–teste, foi obtido um aumento na porcentagem para 92% demonstrando que a
capacitação foi eficaz.
GUSMÃO (2006 p 49) afirma que o reconhecimento destes sinais é o principal elemento para
o atendimento a parada cardiorrespiratória, pois apenas através deste que as pessoas poderão
ativar o serviço de emergência e o principal, começarem a agir com a ressuscitação
cardiopulmonar. Demonstrando-se a importância da educação comunitária na identificação da
PCR.
60
Distribuição gráfica quanto à atitude a ser tomada diante de uma vitima de parada
cardiorrespiratória
Figura 5 (a) - Atitude a ser tomada diante de uma Figura 5 (b) - Atitude a ser tomada diante de uma vítima de parada cardiorrespiratória.(pré- teste). vítima de parada cardiorrespiratória(pós- teste).
(A) Verifica se a pessoa esta respirando, se não estiver, faz massagem cardíaca e respiração boca a boca.
(B) Sai correndo para pedir ajuda o mais rápido possível (chama o bombeiro, a ambulância ou a policia) e fica
aguardando socorro junto com a pessoa.
(C) Leva a pessoa para o hospital o mais rápido possível, com o seu próprio carro ou o carro de alguém, porque se
fosse esperar o socorro chegar demoraria.
(D) Verifica se a pessoa esta consciente, respirando e se tem pulso, se não tiver pede para alguém ou você mesmo
chama ajuda e imediatamente você começa a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca até o socorro chegar.
Análise: Observamos que no pré-teste 65% assinalaram a alternativa correta demonstrando
que tinham algum conhecimento sobre a questão acima. Podemos constatar que na avaliação
teórica os atletas tiveram um bom desempenho, entretanto notamos que na parte prática da
pesquisa aplicada os atletas apresentaram dificuldade em realizar as manobras de suporte
básico de vida. Reafirmando então o artigo de ALMEIDA; HOFFMANN; NAKAMURA
(2010) e o trabalho de GUSMÃO (2006 p. 53) onde as autoras afirmam que algumas pessoas
frente a uma vitima de parada cardiorrespiratória ficam perplexas sem saber a maneira
adequada de agir. Diante deste cenário a autora ainda ressalta que 80% dos casos de parada
cardiorrespiratória ocorrem fora do ambiente hospitalar o que enfatiza a importância da
participação ativa da população para prestação do socorro à vítima.
No pós-teste obtivemos um aumento, pois 76% assinalaram a questão correta.
61
Distribuição gráfica dos participantes da pesquisa sobre o conhecimento da manobra de
ver, ouvir e sentir.
Figura 6 (a) – Conhecimento da manobra de ver, ouvir Figura 6 (b) – Conhecimento da manobra de
e sentir (pré-teste) ver, ouvir e sentir (pós-teste)
(A) Procurar sinais de circulação.
(B) Posicionar as mãos para realizar as compressões torácicas.
(C) Buscar por respiração.
(D) Pedir ajuda.
Análise: No pré - teste observou-se que 27% dos atletas responderam à alternativa (A)
incorreta. Notamos que os atletas possuíam pouco conhecimento e/ou fazem confusão sobre
esta manobra comprometendo assim o socorro apropriado. Estes dados confirmam o que
PERGOLA; ARAUJO (2008) afirma em seu estudo.
Consideramos que este fato ocorra devido a pouca divulgação do suporte básico de vida, o
qual conduz a atuação do socorrista a uma vitima de parada cardiorrespiratória, pois quando
ocorre um caso de atleta vitima de morte súbita, a mídia só enfatiza o que é a morte súbita,
parada cardiorrespiratória e que tem que ser feito a massagem cardíaca e respiração boca-a-
boca, deixando de priorizar como tem que ser realizado o atendimento correto a vitima, pois
sabemos que para este tipo de atendimento requer uma capacitação, o qual inclui o suporte
básico de vida, que é composto por varias etapas. É necessário que se tenha conhecimento de
toda a sequência a ser realizada para que o socorrista leigo possa agir diante desta emergência
não comprometendo assim, o atendimento prestado.
GUSMÃO (2006 p. 28) enfatiza em seu trabalho que o socorrista deve aproximar o rosto da
face da vitima para que assim, nesta posição possa observar a expansão torácica, ouvir se há
ruído de ar durante a respiração e sentir fluxo respiratório.
62
Após a capacitação obtivemos um acerto de 46% consideramos que o entendimento sobre a
manobra foi regular, pois os atletas tinham pouca ciência sobre esta manobra.
63
Distribuição gráfica quanto ao primeiro passo a ser tomado ao identificar uma parada
respiratória.
Figura 7 (a) – Primeiro passo a ser tomada ao Figura 7 (b) – Primeiro passo a ser tomado ao
identificar uma parada cardiorrespiratória (pré-teste) identificar uma parada cardiorrespiratória (pós-teste).
(A) Desobstruir vias aéreas
(B) Fazer 2 ventilações.
(C) Iniciar as massagens cardíacas.
(D) Verificar o pulso.
Análise: Observamos no pré-teste que só a minoria dos participantes tinham conhecimento
desta manobra, pois somente 10% responderam a alternativa correta (A). No entanto no pós-
teste 58% assinalaram a alternativa correta, demonstrando então que o treinamento foi eficaz.
TIMERMAN et al (2006) ressalta que a desobstrução das vias áreas é fundamental no
atendimento prestado a uma vitima de parada cardiorrespiratória, é importante lembrar que a
língua é o principal motivo de obstrução das vias aéreas em uma vitima inconsciente uma vez
que esta presa na parte posterior da mandíbula, pois quando a mesma é movida para frente à
língua é levantada liberando a parte de trás da faringe, permitindo então a passagem de ar.
64
Distribuição gráfica quanto às manobras de ventilação e massagem cardíaca.
Figura 8 (a) - Manobras de ventilação e Figura 8 (b) - Manobras de ventilação
massagem cardíaca (pré-teste) e massagem cardíaca (pós-teste)
(A) Iniciaremos 5ventilçoes e 30 massagens cardíacas
(B) Iniciaremos 5 ventilações e 15 massagens cardíacas
(C) Iniciaremos 2 ventilações e 15 massagens cardíacas
(D) Iniciaremos 2 ventilações e 30 massagens cardíacas
Análise: Podemos observar que no pré–teste apenas 25% dos participantes respondeu a
alternativa correta, demonstrando que tinham pouco conhecimento e /ou fazem confusão com
as diretrizes do ano de 2000. Entendemos que os atletas sabem que existe essa manobra e que
a mesma é imprescindível no atendimento a vitima de PCR, entretanto, não sabiam quantas
ventilações e compressões são necessárias. AMERICAN HEART ASSOCIATION enfatiza
que o numero de compressões aplicadas por minuto durante a RCP é um fator determinante
importante do retorno da circulação espontânea e da sobrevivência com boa função
neurológica. TIMERMAN apud GEYGER (2008) enfatiza que quando o coração para de
bater o mais importante é restabelecer o fluxo sanguíneo com as compressões torácicas, pois
as mesmas devem ser realizadas de forma ininterruptas, exceto quando a vitima se
movimentar, ou quando um desfibrilador externo automático estiver disponível, ou quando o
serviço avançado de vida chegar.
Já no pós-teste obtivemos um aumento, pois 79% dos participantes responderam a alternativa
correta.
65
Distribuição gráfica quanto o objetivo da reanimação cardiopulmonar.
Figura 9 (a) – Objetivo da reanimação Figura 9 (b) – Objetivo da reanimação
cardiopulmonar (pré-teste) cardiopulmonar (pós-teste) (A) Acordar a vítima e manter vias aéreas pérvias
(B) Avaliar nível de consciência e verificar pulso
(C) Restabelecer circulação e oxigenação
(D) Avaliar nível de consciência e restabelecer a circulação
Análise: No pré-teste apenas 37% dos participantes responderam a alternativa correta (C), já
no pós-teste 61% assinalou a alternativa correta, isso se da ao pouco conhecimento que os
atletas demonstraram em relação ao objetivo da reanimação cardiopulmonar, pois a finalidade
da reanimação cardiopulmonar é manter a circulação, respiração artificial e restaurá-las ao
normal o mais rápido possível, minimizando a lesão cerebral.
Para BASTOS et al (2008) o objetivo principal da reanimação cardiorrespiratória é a
restauração das funções fisiológicas evitando e/ou minimizando as possíveis lesões cerebrais e
para isso, as intervenções devem ser realizadas não apenas rapidamente, mas eficientemente.
66
Distribuição gráfica quanto o suporte básico de vida.
Figura 10 (a) – Suporte Básico de Vida Figura 10 (b) – Suporte Básico de Vida
(pré-teste) (pós-teste).
(A) Buscar por responsividade, pedir ajuda liberar vias aéreas e iniciar massagem cardíaca.
(B) Buscar responsividade, manter ventilação, verificar pulso e iniciar massagem cardíaca.
(C) Liberar vias aéreas, manter ventilação, iniciar massagem cardíaca e desfibrilar.
(D) Verificar pulso, avaliar nível de consciência, iniciar massagem cardíaca e desfibrilar.
Análise: No pré–teste 32% dos atletas entrevistados responderam a alternativa (A), mesmo
não tendo nenhum conhecimento sobre a questão acima.
No pós–teste dos cem atletas da amostra de estudo, 76% obteve um aprendizado quanto à
capacitação respondendo à alternativa (A) correta.
O suporte básico de vida é descrito como uma sequência de ações, que visa o atendimento
rápido e eficaz da vítima. De acordo com ALVES; NAKAMURA (2010) o suporte básico de
vida como sendo as medidas essenciais que devem ser realizadas em indivíduos com parada
cardiorrespiratória, envolvendo o reconhecimento da parada cardiorrespiratória, a solicitação
de ajuda, o inicio do suporte ventilatório e circulatório.
67
Distribuição gráfica quanto à opinião dos atletas referente ao treinamento do Suporte
Básico de Vida.
Figura 11(a) – Importância do treinamento Figura 11(b) – Importância do treinamento
SBV (pré-teste) SBV (pós-teste)
Análise: Observamos que, no pré-teste 81% acreditam que o treinamento influenciaria no
atendimento ao atleta vítima de parada cardiorrespiratória. Atribuímos este fato aos últimos
episódios de morte súbita apresentados no meio esportivo, com isso aumentou o interesse dos
atletas sobre esta área.
GHORAYEB (2007) afirmar que quando o jogador Serginho atleta do São Caetano sofreu
uma parada cardiorrespiratória durante uma partida de futebol, muitos culparam a equipe que
prestou o atendimento ao zagueiro pelo falecimento do jogador, na verdade não havia
experiência e maior preocupação com esses tipos de acontecimento.
A morte do jogador Serginho foi um marco dentro do meio esportivo, desde então foram
estabelecidas leis nacional para que o suporte básico de vida fosse exercido por pessoas
capacitadas. Entretanto sabemos que a morte não escolhe hora nem lugar para acontecer e que
a lei obriga que se tenham equipes treinadas em lugares onde a circulação seja de mais de
1500 pessoas, ignorando que os treinos são realizados de forma fechada, ou seja, com um
numero menor de pessoas presentes por isso à necessidade de capacitação para que os
mesmos saibam prestar um atendimento adequado a uma eventual vitima. Vale ainda ressaltar
que nem sempre existem equipes de saúde nos lugares onde são preconizados como estádio e
ginásios, pois se o atendimento tivesse sido prestado de forma correta, sem pular etapas,
muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas.
68
Distribuição quanto à pergunta: “Você se sente preparado para agir durante uma
Parada Cardiorrespiratória”?
Figura 12(a) - Opinião dos atletas quanto ao Figura 12 (b) – Opinião dos atletas quanto ao
preparo para agir diante de uma vitima de PCR ( pré-teste). preparo para agir diante uma vitima de PCR( pós-teste).
Analise: Observamos que no pré-teste 25% dos participantes disse se sentir
preparados para agir diante de uma vitima de parada cardiorrespiratória. Consideramos que os
atletas acreditavam que este tipo de atendimento deveria ser prestado somente pela equipe de
saúde ou que era necessário um amplo conhecimento. GUSMÃO (2006 p. 53) relata que a
parada cardiorrespiratória é considerada como risco eminente de morte e circunstâncias
inesperadas como essa abalam os serem humanos. As pessoas sentem uma sensação de
incapacidade diante de tal acontecimento, e na maioria das vezes a população sem capacitação
adequada para o atendimento auxilia a vitima apenas por solidariedade, podendo assim
comprometer o atendimento.
No pós-teste 76% passou a se sentir aptos a agir diante de uma vitima de parada
cardiorrespiratória, demonstrando então a importância de se divulgar mais os treinamentos no
meio esportivo treinando os próprios atletas para que os mesmos saibam reconhecer e agir
diante de uma vitima de parada cardiorrespiratória sem comprometer o atendimento inicial
para que assim então possa aumentar a chance de sobrevida dessa vitima.
69
CONSIDERAÇÕES FINAIS
70
Diante dos resultados obtidos verificou-se que os atletas possuem conhecimento a respeito de
como tem que ser prestado o atendimento a uma vitima de parada cardiorrespiratória, porem
são incompletos ou incorretos prejudicando assim o atendimento prestado.
Por não apresentarem adequado entendimento e fundamentação das etapas do SBV, o
atendimento incorreto pode acarretar prejuízos na reanimação, pois no pré- teste apenas 32%
sabia as etapas do suporte básico de vida, entretanto no pós-teste observamos que 76% dos
participantes assinalaram a alternativa correta, ou seja, demonstrando que a educação foi
eficaz.
Observamos que houve um grande interesse dos atletas sobre o tema, talvez pelo aumento do
número de mortes súbitas ocorridas no meio esportivo. Podemos constatar através da
participação destes com perguntas e discussões originadas no decorrer da educação e
principalmente na parte pratica, foi quando notamos o anseio de todos em aprender as
manobras de reanimação cardiopulmonar com devida seriedade e responsabilidade que
compete ao tema.
Consideramos que os atletas tiveram um bom entendimento sobre o estudo, no conteúdo
teórico souberam responder o pós- teste, quanto o objetivo da reanimação e a sequência do
suporte básico de vida, que corresponde a corrente de sobrevida.
Porém na prática não aconteceu o mesmo, pois foi observado que todos os atletas
apresentaram dificuldade em realizar as manobras de reanimação, fato este compreensível já
que foi a primeira vez que tiveram contato com as manobras. Para a realização eficaz do
mesmo, é imprescindível uma capacitação continua, através de divulgação e treinamentos
periódicos, de modo que se torne uma rotina à realização das manobras de reanimação
cardiopulmonar pelos atletas para que assim possam agir diante de uma emergência.
Comprovando-se com isso que se campanhas públicas de capacitação em suporte básico de
vida deveriam ser instituídas no meio esportivo.
71
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77
ANEXOS
78
ANEXO A
79
QUESTIONÁRIO – ATLETAS
1- Sexo: ( ) F
( ) M
2- Idade: ( ) 18 a 25 anos
( ) 26 a 35 anos
( ) 36 a 45 anos
( ) 46 a 55 anos
3- O que é Parada Cardiorrespiratória?
( ) Quando o coração para de bater.
( ) Quando a respiração e o coração param.
( ) Quando se tem uma hemorragia constante, ou seja, perda de muito sangue.
( ) Quando o peito dói.
4- Como você identifica uma Parada Cardiorrespiratória?
( ) Dor no peito, no braço, queimação e azia.
( ) Náusea, falta de ar, vômito.
( ) Quando a pessoa não responde ao chamado, não respira e esta sem pulso.
( ) Aperto no peito, dor nas costas e braços, vômito e sensação de morte eminente.
5- Como agir diante de uma pessoa inconsciente com Parada Cardiorrespiratória?
( ) Verifica se a pessoa esta respirando, se não estiver, faz massagem cardíaca e
respiração boca a boca.
( ) Sai correndo para pedir ajuda o mais rápido possível (chama o bombeiro, a
ambulância ou a policia) e fica aguardando socorro junto com a pessoa.
( ) Leva a pessoa para o hospital o mais rápido possível, com o seu próprio carro ou o
carro de alguém, porque se fosse esperar o socorro chegar demoraria.
( ) Verifica se a pessoa esta consciente, respirando e se tem pulso, se não tiver pede para
alguém ou você mesmo chama ajuda e imediatamente você começa a fazer massagem
cardíaca e respiração boca a boca até o socorro chegar.
6- Na manobra de Ver, Ouvir e Sentir se utiliza para:
( ) Procurar sinais de circulação.
( ) Posicionar as mãos para realizar as compressões torácicas.
( ) Buscar por respiração.
( ) Pedir ajuda.
80
7- Ao identificar uma parada respiratória, qual será o 1º passo a ser tomado?
( ) Desobstruir vias aéreas
( ) Fazer 2 ventilações.
( ) Iniciar as massagens cardíacas.
( ) Verificar o pulso.
8- Ao presenciarmos uma pessoa em parada cardíaca qual será o procedimento a ser
tomado:
( ) Iniciaremos 5 ventilações e 30 massagens cardíacas
( ) Iniciaremos 5 ventilações e 15 massagens cardíacas
( ) Iniciaremos 2 ventilações e 15 massagens cardíacas
( ) Iniciaremos 2 ventilações e 30 massagens cardíacas
9- Na Reanimação Cardiopulmonar o objetivo é:
( ) Acordar a vítima e manter vias aéreas pérvias
( ) Avaliar nível de consciência e verificar pulso
( ) Restabelecer circulação e oxigenação
( ) Avaliar nível de consciência e restabelecer a circulação
10- Faz parte do Suporte Básico de Vida:
( ) Buscar por responsividade, pedir ajuda, liberar vias aéreas e iniciar massagem
cardíaca
( ) Buscar responsividade, manter ventilação, verificar pulso e iniciar massagem
cardíaca
( ) Liberar vias aéreas, manter ventilação, iniciar massagem cardíaca e desfibrilar
( ) Verificar pulso, avaliar nível de consciência, iniciar massagem cardíaca e
desfibrilar
11- Você acredita que o treinamento dos atletas influenciaria no atendimento ao atleta vítima
de Parada Cardiorrespiratória durante uma atividade física?
( ) Sim ( ) Não
12- Você se sente preparado para agir durante uma Parada Cardiorrespiratória?
( ) Sim ( ) Não
81
ANEXO B
82
APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS
83
84
TEÓRICA – PRÁTICA
85
86
87
88
ENCERRAMENTO
89
APÊNDICE
90
APÊNDICE A
91
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Título da pesquisa: Ação educativa para o reconhecimento e atendimento da parada
cardiorrespiratória entre atletas do município de Assis-SP.
Prezado(a) Senhor(a):
• Você está sendo convidado(a) a responder às perguntas deste questionário de forma
totalmente voluntária.
• Antes de concordar em participar desta pesquisa e responder este questionário, é importante
que você compreenda as informações e instruções contidas neste documento.
• Você tem liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em
qualquer fase da pesquisa
O objetivo deste estudo é comparar o conhecimento dos atletas, sobre o tema em questão
antes e após a intervenção (ação educativa). Sua cooperação nesta pesquisa consistirá em
participar da palestra ministrada e no preenchimento do questionário, respondendo às
perguntas formuladas. O preenchimento deste questionário não representará qualquer risco de
ordem física ou psicológica para você. As informações fornecidas serão confidenciais e de
conhecimento apenas dos pesquisadores responsáveis. Os sujeitos da pesquisa não serão
identificados em nenhum momento, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem
divulgados. Os pesquisadores se comprometem a divulgar os dados deste trabalho, visando
uma contribuição coletiva para este público.
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu
consentimento em participar da pesquisa.
___________________________
Nome do Participante da Pesquisa
______________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
__________________________________
Assinatura do Pesquisador
Pesquisadores
Sara Camara Alves (18) 97951776
Rua: Durval Carpintieri 191 – Assis – SP
92
Silvana Aparecida Alves (18) 97854521
Rua: Distrito Federal 220 – Echaporã – SP
Orientadora: Ivana da Silva Semeghini Assis – SP
93
APÊNDICE B