93
SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES AÇÃO EDUCATIVA PARA O RECONHECIMENTO E ATENDIMENTO DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ENTRE ATLETAS DO MUNICÍPIO DE ASSIS-SP ASSIS 2010

SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

  • Upload
    haliem

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

SARA MILQUE CAMARA ALVES

SILVANA APARECIDA ALVES

AÇÃO EDUCATIVA PARA O RECONHECIMENTO E ATENDIMENTO

DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ENTRE ATLETAS DO

MUNICÍPIO DE ASSIS-SP

ASSIS

2010

Page 2: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

AÇÃO EDUCATIVA PARA O RECONHECIMENTO E ATENDIMENTO

DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ENTRE ATLETAS DO

MUNICIPIO DE ASSIS-SP

Monografia de conclusão de curso apresentada ao Instituto

Municipal de Ensino Superior de Assis – IMESA como

requisito para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Área: Ciências da Saúde

Orientadora: Profª. Ivana da Silva Semeghini

Orientandas: SARA MILQUE CAMARA ALVES

e SILVANA APARECIDA ALVES

ASSIS

2010

Page 3: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR

QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E

PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Assinatura:___________________________________Data____/____/____

Assinatura:___________________________________Data____/____/____

Page 4: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

FICHA CATALOGRÁFICA ALVES, Sara Milque Camara

ALVES, Silvana Aparecida

Ação Educativa para o Reconhecimento e Atendimento da Parada

Cardiorrespiratória ente atletas do Município de Assis–. Fundação Educacional

do Município de Assis – Fema: Assis, 2010.

p. 84

Orientadora: Prof ª Ivana da Silva Semeghini

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Enfermagem – Instituto

Municipal de Ensino Superior de Assis

1. Morte Súbita. 2. Parada Cardiorrespiratória. 3. Educação. 4. Atletas. 5.

Suporte Básico de Vida.

CDD: 610

Biblioteca da FEMA

Page 5: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

AÇÃO EDUCATIVA PARA RECONHECIMENTO ATENDIMENTO DA

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ENTE ATLETAS DO

MUNICÍPIO DE ASSIS.

SARA MILQUE CAMARA ALVES, SILVANA APARECIDA ALVES.

Monografia apresentada ao Instituto Municipal de

Ensino Superior de Assis – IMESA, para obtenção

do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em:___ / 11 / 2010

Banca Examinadora

Orientadora:

Prof. Ivana da Silva Semeghini

Fundação Educacional do Município de Assis

1º Examinador (a):

Fundação Educacional do Município de Assis

Page 6: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a chance de ser aquilo que escolhi

e por ter confiado a mim o dom de cuidar. “A Deus toda honra e toda gloria”.

Ao meu esposo que foi a base de tudo para mim, apoiando–me nos momentos difíceis

com força e amor, confiança, encorajando-me a persistir nos meus objetivos e colaborando até

alcançá-los.

A minha amada filha pela compreensão, companheirismo, pois muitas vezes deixou

de lado o cansaço, o frio, os passeios e passou horas comigo dentro da faculdade, e que

embora não tenha conhecimento disto iluminou de maneira especial meus pensamentos me

levando a buscar mais conhecimento.

Em especial a lembrança da minha amada e querida avó Odete que tenho certeza

sempre desejou o melhor para mim, mesmo não estando presente fisicamente esteve sempre

ao meu lado protegendo – me de alguma forma, intercedendo junto a Deus.

A minha mãe que sempre esteve presente em minha vida, que com suas palavras

sabias sempre me orientou, torceu por mim e acreditou no meu sucesso. Obrigado por tudo.

Ao meu pai Wilson de Camargo que acreditou e investiu nos meus estudos.

A minha sogra e ao meu sogro que sempre me trataram como filha, torcendo por mim

acreditando no meu sucesso, muito obrigado por tudo amo vocês.

A minha tia Joelma, por ter sentido junto comigo, todas as angústias e felicidades,

acompanhando cada passo de perto. Pelo amor, amizade, e apoio depositados.

A minha prima Flavia que tenho como uma irmã que me ajudou nos momentos

difíceis, compartilhou minhas tristezas e alegrias durante a minha trajetória.

As minhas irmãs que amo e que de alguma forma contribuíram para a minha

formação.

A minha professora e orientadora Ivana da Silva Semeghini, pela amizade e

credibilidade depositada. Demonstrando sempre o amor incondicional que tem pela profissão,

desempenhando seu trabalho com total seriedade e competência, sendo para todos um

exemplo de profissional. Partilhou seu tempo e seus conhecimentos, orientando esta pesquisa

e me conduzindo nas horas de dúvidas e incertezas.

A todos da Autarquia Municipal de Assis-SP e Clube Atlético Assiense que

permitiram e colaboraram para a realização deste trabalho.

Page 7: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

A todos os professores que contribuíram para minha formação em especial ao

professor Salviano que para mim sempre foi um exemplo de profissional o qual sempre me

espelhei.

Aos colegas de classe, que juntos passamos por momentos difíceis, de alegrias,

angustias e realizações, em especial ao meu grupo de estágio Karina, Bruna, Marcela e

Euclides vocês estão sempre no meu coração.

A minha amiga Silvana Alves e parceira deste trabalho, pela amizade

companheirismo e dedicação em todos os nossos estudos e pesquisa.

A minha amiga Leila que contribuiu muito para realização deste trabalho

Aos estagiários do Laboratório de Informática da FEMA, por prestarem auxilio nas

horas difíceis e por terem muita paciência conosco.

A todos que de alguma forma ajudaram e contribuíram para finalização desta

pesquisa.

Sara Milque Camara Alves

Page 8: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

AGRADECIMENTOS

A Deus que esta presente em todos os momentos de minha vida, nos amparando, nos

acolhendo e nos dando força e esperança para suportar e vencer os momentos difíceis.

Em especial à lembrança querida e saudosa de minha estimada mãe, Cleide

Aparecida Alves, que sempre torceu e desejou o melhor para mim, acreditando sempre no

meu sucesso, e tenho a certeza que, mesmo ausente, está orgulhosa de mim e me protegendo

de alguma forma, intercedendo junto a Deus Pai.

Obrigada minha mãe por tudo, principalmente por eu estar viva. Você faz muita

falta!!!

Aos meus avós, e ao mesmo tempo pais Aldivino José Alves e Madalena Pereira

Alves, que sempre investiram em meu estudo e acreditaram no meu sucesso. Obrigada por

tudo meus amores, pois sou o que sou hoje, graças a vocês (sem palavras).

A prof. Enf. Esp. Ivana da Silva Semeghini, que é um exemplo de profissional, a

qual sempre me espelhou e que partilhou seu tempo e seus conhecimentos orientando esta

pesquisa e me conduzindo nas horas de dúvidas e incertezas.

A todos da Autarquia Municipal de Assis-SP e Clube Atlético Assisense que

permitiram e colaboraram para a realização deste trabalho.

A todos os professores em especial ao professor Salviano Chagas Filho, à professora

Teresa Cristina Prochet e ao professor João Lopes Toledo Neto, por acreditarem em meu

potencial e por serem exemplos de profissionais, nos quais sempre me espelhei.

Aos colegas de classe, que juntos passamos por momentos difíceis, de alegrias,

angústias e realizações.

À minha amiga Sara Milque Camara Alves, pela amizade companheirismo e

dedicação em todos os nossos estudos e pesquisa.

À minha amiga de trabalho, Gracilene Brandão Rodrigues, pela amizade,

companheirismo, lealdade e solidariedade.

Ao meu namorado pelo companheirismo, compreensão e paciência em toda minha

trajetória acadêmica.

Aos estagiários do Laboratório de Informática da FEMA, por prestarem auxilio nas

horas difíceis e por terem muita paciência conosco.

A todos os meus familiares e a todos que, de alguma forma, ajudaram e contribuíram

para finalização desta pesquisa. Silvana Aparecida Alves

Page 9: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

ALVES, S.M.C.; ALVES, S.A.; Ação educativa para o reconhecimento e atendimento da

parada cardiorrespiratória entre atletas do município de Assis-SP. Trabalho de

Conclusão de Curso em Enfermagem. Assis -SP, Fundação Educacional do Município de

Assis, 2009.

RESUMO

A parada cardiorrespiratória é a principal causa de morte no meio esportivo, apesar de ser

considerado um evento raro, porém traumático. Diante deste cenário é de suma importância

que os atletas sejam treinados e capacitados para reconhecer e atender adequadamente uma

eventual vítima. O objetivo deste trabalho foi conscientizar e educar os atletas para o

reconhecimento e atendimento da PCR através do suporte básico de vida. Trata-se de um

estudo transversal, desenvolvido nos ginásios e estádios da cidade de Assis-SP, aplicado em

uma população de 100 atletas pertencentes à Autarquia Municipal de Esportes e ao Clube

Atlético Assisense através de um questionário contendo 12 questões fechadas de múltipla

escolha e treinamento teórico-prático. A pesquisa foi aplicada nos meses de Agosto e

Setembro; o tempo de cada aplicação foi de 01 hora e 40 minutos, sendo 20 minutos para

aplicação dos questionários, 40 minutos para parte teórica e 40 minutos para parte prática.

Obteve-se como resultado do pré-teste o percentual de 46,3% de acertos. Após a aplicação do

pré-teste foi realizado o treinamento teórico-prático embasado no suporte básico de vida.

Cada atleta teve a oportunidade de realizar o treinamento das manobras de RCP. Concluída a

parte prática aplicou-se um pós-teste utilizando o mesmo questionário para avaliar como foi o

aprendizado, observando-se que os acertos significaram 74,5%. Diante destes resultados

verifica-se que os atletas tiveram grande interesse sobre o tema. Deste modo fica exposta a

importância de uma educação contínua no meio esportivo, tanto em treinamento quanto na

divulgação, organização e campanhas de capacitação para o reconhecimento e atendimento da

PCR.

Palavras chaves: Morte Súbita; Parada Cardiorrespiratória; Educação; Atletas; Suporte

Básico de Vida.

Page 10: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

ALVES, S.M.C.; ALVES, S.A.; Trabalho de Conclusão de curso em Enfermagem. Assis

(SP), Brasil, Fundação Educacional do Município de Assis, 2009.

ABSTRACT

Cardiac arrest is the leading cause of death in sports, despite being considered a rare event,

however traumatic. Given this scenario it is very important that athletes are trained to

recognize and adequately address a possible victim. The aim was to raise awareness and

educate the athletes for the recognition and care of CRP through the basic life support. This is

a cross-sectional study, developed in gyms and stadiums of Assis-SP, applied in a population

of 100 athletes belonging to the Municipality of Sports and Athletic Club Assisense through a

questionnaire containing 12 closed questions, multiple choice and training theoretical and

practical. The research was applied in August and September, the time each application was

01:40 minutes, 20 minutes to administer questionnaires, 40 minutes for both theoretical and

practical part for 40 minutes. Was obtained as a result of pre-test the percentage of 46.3%

accuracy. After applying the pre-test was performed theoretical and practical training based in

the basic life support. Each athlete had the opportunity to conduct the training of CPR

maneuvers. Completed the practical applied a post-test using the same questionnaire was to

assess how learning, noting that the successes have meant 74.5%. Given these results

indicated that athletes had great interest in the subject. This in turn exposed the importance of

continuing education in sports, both in training and dissemination, organization and training

campaigns for the recognition and care of the arrest

Key Words: Sudden death; Cardiopulmonary Resuscitation, Education, Athletes, Basic Life

Support.

Page 11: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

LISTA DE SIGLAS

PCR: Parada Cardiorresapiratória

MS: Morte Súbita

FV: Fibrilação Ventricular

TV: Taquicardia Ventricular

AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso

ECG: Eletrocardiograma

SBV: Suporte Básico de Vida

ILCOR: Liga Internacional de Comitês de Ressuscitação

AHA: American Heart Association

SME: Serviço Médico de Emergência

RCP: Reanimação Cardiopulmonar

SAV: Suporte Avançado de Vida

Heart Tilti: Hiperextensão da Cabeça

Jaw Thust: Elevação do Queixo

SOBRAT: Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva

DEA: Desfibrilador Externo Automático

ACLS: (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia

JAIRÃO: Jairo Ferreira dos Santos

GEMA: Ginásio de Esporte Municipal de Assis

TUNICÃO: Antonio Viana Silva

Page 12: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - O Profeta Eliseu.............................................................................30

Figura 2 - Métodos de fumigação e flagelação...............................................31

Figura 3 - Traçado fibrilação ventricular........................................................32

Figura 4 - Traçado taquicardia ventricular......................................................33

Figura 5 - Traçado atividade elétrica sem pulso............................................. 33

Figura 6 – Traçado assistolia...........................................................................33

Figura 7 – Corrente de sobrevida....................................................................35

Figura 8 – Buscar por responsividade.............................................................36

Figura 9 – Posicionar a vitima.........................................................................37

Figura 10 – Desobstrução das vias aéreas.......................................................38

Figura 11- Manobra ver, ouvir e sentir............................................................39

Figura 12 – Chamar por ajuda.........................................................................40

Figura 13 - Localização do ponto da compressão torácica .............................41

Figura 14- Manobra de compressão torácica..................................................42

Figura 15- Desfibriladores..............................................................................43

Figura 16 – Posicionamento de eletrodos.......................................................44

Figura 17 – Posição de recuperação................................................................46

Page 13: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

LISTA DE GRÁFICO

Figura 1(a) e 1(b) – Distribuição da população pesquisada conforme o

gênero....................................................................................................................52

Figura 2(a) e 2(b) – Distribuição conforme a faixa etária....................................52

Figura 3(a) e 3(b) – Distribuição das respostas quanto ao conceito da parada

cardiorrespiratória..................................................................................................53

Figura 4(a) e 4(b) – Distribuição das respostas sobre a forma de identificar uma parada

cardiorrespiratória..........................................................................................54

Figura 5(a) e 5(b) - Distribuição das respostas sobre as atitudes iniciais a serem realizadas

diante de uma vitima de parada cardiorrespiratória...............................55

Figura 6(a) e 6(b) – Distribuição das respostas sobre o conhecimento da manobra ver,

ouvir e sentir.....................................................................................................56

Figura 7(a) e 7(b) – Distribuição das respostas sobre o primeiro passo a ser tomado ao

constatar uma parada cardiorrespiratória..........................................57

|Figura 8(a) e 8(b) – Distribuição das respostas sobre a ventilação e massagem

cardíaca......................................................................................................................58

Figura 9(a) e 9(b) – Distribuição das respostas quanto ao objetivo da reanimação

cardiopulmonar....................................................................................59

Figura 10(a) e 10(b) – Distribuição das respostas sobre as etapas do suporte básico de

vida............................................................................................................60

Figura 11(a) e 11(b) _ Distribuição das respostas quanto a opinião dos atletas sobre o

treinamento de Suporte Básico de Vida....................................................................61

Figura 12(a) e 12(b) – Distribuição das respostas quantos os atletas se sentirem aptos a

prestar atendimento a uma vitima de parada cardiorrespiratória................................62

Page 14: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 15

1.1 Problemática ............................................................................................................ 16

1.2 Justificativa ............................................................................................................... 18

2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 19

2.1 Geral ........................................................................................................................ 20

2.2 Específicos ............................................................................................................... 20

3. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 21

3.1 Morte Súbita ........................................................................................................... 22

3.2 Morte Súbita no Atleta ........................................................................................... 24

4. Patologias ............................................................................................................... 28

4.1 Cardiomiopatia Hipertrofica .................................................................................... 29

4.2 Commotis Cordis......................................................................................................30

4.3 Doença Arterial Coronariana....................................................................................31

5. Histórico da Reanimação Cardiopulmonar.........................................................32

5.1 Parada Cardiorrespiratória ...................................................................................... 34

6. Suporte Básico de Vida ......................................................................................... 37

6.1 Corrente de Sobrevida ............................................................................................. 39

6.2 Suporte Avançado de Vida......................................................................................50

7. MATERIAL E MÉTODO ................................................................................... 51

7.1 Tipo de estudo ........................................................................................................ 52

7.2 Campo de estudo .................................................................................................... 52

7.3 Sujeito do estudo .................................................................................................... 52

7.4 Tamanho da amostra ............................................................................................... 52

7.5 Coleta dos dados ..................................................................................................... 52

7.6

7.7

Instrumento para coleta de dados ........................................................................... 53

Procedimento para coleta..........................................................................................53

8. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...............................................55

9. CONSIDERACÕES FINAIS.................................................................................69

10

11

12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................71

ANEXOS.................................................................................................................77

APÊNDICE.............................................................................................................89

Page 15: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

15

INTRODUÇÃO

Page 16: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

16

1.1 Problemática

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) ou Morte Súbita (MS) é a cessação abrupta da atividade

mecânica do coração, a mesma ocorre de forma inesperada e instantânea, ou não. (ALMEIDA

et al apud MIECZNIKOWSKI,LEITE 2010, p. 02).

A parada cardiorrespiratória é uma situação de emergência que requer intervenção

imediata, a fim de restabelecer o mais rapidamente possível a ventilação e a

circulação eficazes, tendo em vista a prevenção de lesões irreversíveis por anoxemia.

(VEIGA apud GUSMÃO 2006 p 13).

O coração do atleta sofre alterações morfológicas provocadas pelo longo e regular

treinamento físico, podendo ser esta considerada fisiológica ou patológica.

Essas adaptações devem ser bem avaliadas, pois quando instaladas apresentam-se de maneira

sutil em alguns casos e de forma mais graves em outros. (SOUSA, 2010, p. 01).

A morte súbita de jovens relacionada à atividade desportiva é entendida como um evento

incomum, no entanto traumático causando um grande choque e questionamento em toda a

sociedade e está relacionada às arritmias cardíacas destacando a cardiomiopatia hipertrófica

como a principal causa de morte súbita entre os atletas jovens.

Sua incidência varia de acordo com a idade, gênero, genética e modalidade esportiva

envolvida, acometendo com maior freqüência em jogadores de futebol, basquete e

maratonistas do que em participantes de outras modalidades desportivas.

Entretanto é de suma importância lembrar que a atividade física não é a principal responsável

pelo fenômeno da morte súbita e que a atividade física moderada e controlada não aumenta o

risco de morte súbita, mas se esta for praticada de forma excessiva e associadas a fatores

predisponentes o atleta passa a estar em risco.

Nos últimos anos muitos atletas morreram em decorrência da parada cardiorrespiratória.

Devido a este fato, profissionais da saúde passaram a desenvolver trabalhos a fim de evitar tal

episódio, com mais atenção na avaliação do exame físico do atleta e treinamentos

relacionados ao suporte básico de vida. (CANESIN et al 2005).

Page 17: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

17

Portanto há necessidade do treinamento e capacitação da população leiga no atendimento da

parada cardiorrespiratória, pois a morte súbita é um grave problema de saúde pública em

nosso país, acompanhando uma tendência mundial.

Page 18: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

18

1.2 Justificativa

A maioria da população sem capacitação adequada para o atendimento dos primeiros socorros

auxilia a vítima apenas por solidariedade, assim podendo prejudicar a reabilitação. Diante

deste cenário devemos traçar medidas a fim de evitar tal episódio. Sendo assim é de grande

importância saber como estão sendo realizadas as manobras de suporte básico de vida por

indivíduos não capacitados com o objetivo de identificar as falhas e corrigi-las, deste modo

salvando vidas.

Segundo ALVES; NAKAMURA (2010, p. 21) “A enfermagem encontra-se inserida neste

contexto integrando a equipe de saúde, pois tem um papel relevante em todas as situações de

prevenção e promoção a saúde”.

Page 19: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

19

OBJETIVOS

Page 20: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

20

2.1. Objetivos Geral:

- Conscientizar e educar os atletas para o reconhecimento e atendimento durante o evento de

parada cardiorrespiratória no município de estudo.

2.2.Objetivos Específicos:

- Demonstrar dados epidemiológicos e estatísticos sobre a parada cardiorrespiratória em

atletas;

- Conhecer o perfil geral dos atletas;

- Conscientizar os atletas sobre a importância do tema:

- Educar os atletas para o reconhecimento e atendimento a parada

cardiorrespiratória:

- Enviar informações colhidas e analisadas para autoridades competentes no intuito

de implementar intervenções futuras.

Page 21: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

21

REVISÃO DA LITERATURA

Page 22: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

22

3. Morte Súbita

A primeira definição de Morte Súbita foi descrita no ano de 1701, por Giovani Maria Lancini,

em seu trabalho “De Subitaneis Mortibus” que definia:

Eu não tenho conhecimento de morte exceto como súbita ou ocorrendo em um

momento do tempo... quando algo necessário na vida é mais consistentemente

ausente, ai o final da vida vem sempre subitamente... alguma delas, não obstante,

são impostas a nós previstas em medo e tristezas. Outras, entretanto, vem quietas,

como furtivamente súbita inesperada como fora. (TIMERMAN; RAMIRES 2006 p.

1).

A Morte Súbita Cardíaca ocorre com a ausência da atividade mecânica do coração, podendo

ser reversível ou irreversível se as intervenções não forem aplicadas de modo adequado e

imediato.

A morte súbita ainda pode ser definida como uma morte inesperada em razão das causas

cardíacas que ocorrem em uma hora do inicio dos sintomas. A pessoa pode ou não ter doença

cardíaca preexistente conhecida.

A Organização Mundial de Saúde define como morte súbita aquela que ocorre dentro das

primeiras 24 horas do inicio dos sintomas.

Sobre o conceito de morte súbita, QUILICI; NUNES; TIMERMAN (2009 p. 1) afirmam que

a mesma pode ser definida como a interrupção abrupta, inesperada e irreversível de todas as

funções biológicas, com ou sem sintomas premonitórios.

Portanto a morte súbita de causa cardíaca é inesperada e natural resultante de distúrbio agudo

da função cardíaca, irreversível, produzindo cessação do fluxo sanguíneo sistêmico e perda da

consciência seguida de morte, porém algumas vítimas de morte súbita não apresentam sinais

premonitórios.

NUNES (2009 p.1) enfatiza que a morte súbita pode acontecer em pessoas de todas as idades

por distintas causas. Estimativas norte-americanas indicam a incidência de morte súbita ao

redor de 1/1.000 habitastes por ano.

A principal causa de morte súbita está relacionada às cardiomiopatias, correspondendo a 80%

dos eventos, sendo assim, 232 mil mortes anuais ocorrem em nosso país. (TIMERMAN;

RAMIRES 2006 p. 2- 4).

Page 23: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

23

As cardiomiopatias estão entre as principais causas de morte em todo o mundo. A parada

cardíaca súbita é uma das principais causas de morte na Europa, comprometendo

aproximadamente 700 mil indivíduos por ano, já nos Estados Unidos as estatísticas recentes

apontam cerca de 330 mil vitimas.

Dados obtidos no ano de 2007 pelo Ministério da Saúde mostram que as arritmias cardíacas

são responsáveis por 90% dos casos, com embasamento em um estudo do INCOR, realizado

em outubro de 2009.

Portanto no Brasil estima-se anualmente 300 mil vítimas de morte súbita, superando

apenas pelos óbitos referentes à síndrome da imunodeficiência adquirida, acidente

vascular cerebral, câncer de mama e de pulmão. (QUILICI; NUNES; TIMERMAN

p. 1).

Com cerca de 17 milhões de óbitos/ano, as doenças cardiovasculares causam um terço das

mortes em todo o mundo. No Brasil, são cerca de 400 mil vítimas fatais anualmente, uma das

principais causas de mortalidade da população. (GEYGER, 2008 p. 1)

O Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo, afirma que 360 mil pessoas têm

morte súbita, sendo 986 óbitos por dia ou 1,4 mortes a cada dois minutos.

Diante deste contexto podemos considerar que a morte súbita é um grave problema de saúde

pública em nosso país, acompanhando uma tendência mundial, sendo assim, a participação da

população leiga no atendimento inicial a vítima de morte súbita é de extrema importância,

pois reduz o tempo do diagnóstico, aumentando a sobrevida da vítima.

Page 24: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

24

3.2 Morte Súbita no Atleta

O primeiro relato de morte súbita relacionada à atividade física esportiva foi a do soldado

grego Pheldippides, que correu 42 km de Maratona até Atenas para noticiar a conquista dos

gregos sobre os persas em 490 AC. (GHORAYEB 2010 p. 1).

Morte Súbita no Futebol:

Nos últimos anos tivemos uma série de óbitos no mundo esportivo. No dia 27/8/77

Michel Soulier do Namur da Bélgica levou uma bolada no peito no jogo contra o

Anderlecht e teve colapso cardíaco. Morreu no hospital. Em 1980 Osmar Sahnoun,

durante treino de seu time, o Bordeaux. Ele tinha 25 anos e sofreu um enfarte. O

Lateral-direito Carlos Alberto Barbosa, aos 26 anos, durante jogo Sport x XV de

Jaú, em Recife, dia 4/3/82. Também teve enfarte fulminante no gramado. Aos 29

anos, o argentino Trossero morreu de enfarte no vestiário, após vitória de seu time, o

River Plate, sobre o Rosário Central, em 83. De enfarte, aos 19 anos Barry Welsh,

no dia 1 de novembro de 1987, quando jogava pelo Ivybridge contra o Rangers, pela

segunda divisão do Campeonato Inglês. Em junho de 2003, durante partida da Copa

das Confederações na França contra a Colômbia, o camaronês Marc Vivien Foe que

atuava no Manchester City da Inglaterra, faleceu em campo. O diagnóstico dos

médicos na época foi parada cardíaca. Em janeiro deste ano, em partida válida pelo

Campeonato Português contra o Vitória de Gimarães, o atacante húngaro Miklos

Feher, do Benfica, caiu no gramado e faleceu mpouco depois. Uma parada

cardiorrespiratória provocou a morte do atleta. O Jogador húngaro Miklos Feher, de

24 anos, atuava pelo Benfica (POR). Caiu no gramado no dia 25/01/2004, contra o

Vitória de Gimarães e morreu vítima de parada cardíaca. Recentemente, o zagueiro

Serginho, do São Caetano, não resistiu à parada cardiorrespiratória que sofreu

durante um jogo de futebol pelo Campeonato Brasileiro, e morreu. (OLIVEIRA

(2010 p.1)

A morte súbita de jovens relacionada a atividade desportiva é entendida como um evento

incomum, no entanto dramático, causando um grande choque e questionamento em toda a

sociedade. Sobre a morte súbita STEN (2010) considera que:

A morte súbita relacionada ao exercício é um evento muito incomum. O problema

consiste no fato de que, quando um atleta é vitimado e a sua agonia é transmitida em

tempo real e retransmitida milhares de vezes pela televisão ou Internet, acaba-se

criando uma idéia de que todos podem cair fulminados a qualquer momento, seja no

futebol com os amigos ou em uma caminhada na praça. Na verdade, todos esses

atletas apresentavam algum tipo de doença cardíaca prévia, tendo um coração

anormal (a maior parte deles era portador de uma doença conhecida como

miocardiopatia hipertrófica assimétrica).

Page 25: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

25

SIEBRA; FEITOSA (2008) mostram que diferentes estudos foram desempenhados em

relação à morte súbita, estes constataram que a grande incidência acontece nos jogadores de

futebol, basquete e maratonistas do que em praticantes de outras modalidades desportiva.

Neste contexto, os mesmo autores definiram a morte súbita, como sendo aquela que ocorre de

6 a 24 horas depois de ter realizado atividade física.

Para BERGAMASCHI; MATSUDO; MATSUDO (2007) a definição de morte súbita

relacionada ao treinamento e ao desporto pode ser considerada como a morte que acontece de

modo repentino, instantaneamente ou não.

Segundo SIEBRA; FEITOSA (2008, p. 3) menciona que as chances de apresentar um

problema cardíaco enquanto se pratica atividade física são 4 vezes maiores do que em repouso

e que ainda 1 em cada 300 mil esportista abaixo de 35 anos apresenta morte súbita e 8% dos

esportistas profissionais no Brasil apresentam algum déficit cardíaco.

O mesmo autor ainda relata que o índice de morte cardíaca relacionada ao esporte é de

0,75/100.000 para homens e de 0,13/100.000 para mulheres, portanto, é cerca de cinco vezes

mais incidentes no sexo masculino do que no sexo feminino.

Isso possivelmente acontece por ter um número total maior de homens envolvidos em

esportes competitivos, pois estes se encontram na maioria das vezes expostos a uma

sobrecarga de treinos e em competições de maior esforço físico e por ter mais

predisponibilidade de desenvolver doenças congênitas do coração do que as mulheres. Para

TIMERMAN; RAMIRES (2010 p. 9) “A morte súbita é estimada, em jovens com menos de

30 a 35 anos de idade, em 1/133.000 homens/ano e em 1/769.000 mulheres/ano, sendo uma

em cada 10 mortes relacionada com o esporte”.

Entretanto é de suma importância lembrar que a atividade física não é a principal responsável

pelo fenômeno da morte súbita e que a se praticada moderadamente e controlada não aumenta

o risco de morte súbita, mas treinos forçados e mal orientados podem ser desencadeador de

doenças cardíacas.

Deste modo lembramos que não só a atividade física, mas que diferentes fatores podem

contribuir para as alterações cardíacas, tais como a idade, sexo, etnia, modalidade esportiva e

a genética.

Page 26: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

26

Entretanto ELSEVIER (2008) em seu artigo refere que os grandes valores são evidenciados

no sexo masculino. No meio esportivo, o ciclismo apresenta o maior episódio. Outra pesquisa

realizada aponta para jogador afro americanos de basquetebol, futebol e futebol americano

(superfície corporal elevada) como grupo de maior risco.

A mesma autora ainda enfatiza a respeito do diferencial do coração do atleta, o treinamento

físico regular é associado a várias adaptações fisiológicas, morfológicas e bioquímicas

reversíveis. A mudança estrutural do coração é fundamental para melhora do rendimento

cardíaco, essa mudança ganhou o nome de “Coração de Atleta”.

A expressão coração de atleta foi utilizada pela primeira vez em 1800 pelo sueco, H.

Henschen após observar esquiadores cross-coutry antes e após uma competição usando

somente a inspeção e percussão como forma de avaliação, identificou alterações

morfológicas, diagnosticando de forma equivocada cardiopatias. Porem no século XX foi

realizado vários estudos constatando que a alteração estrutural do coração ocasionada pela

atividade física era apenas adaptações, descartando idéias de que a pratica do exercício

prejudica a função cardíaca. (SOUSA, 2010, p. 01).

Para BRONZATO; SILVA: STEIN (2001, p. 03) o exercício físico não é a causa principal de

Parada Cardiorrespiratória entre os atletas, também incluem neste contexto as Doenças

Cardiovasculares e a Miocardiopatia Hipertrófica.

Baseados em vários estudos desempenhados a este tema, SIEBRA; FEITOSA (2008, p. 5)

demonstra que a maior parte dos indivíduos que morrem subitamente durante o exercício

físico tem uma cardiopatia que explica a sua morte.

Portanto OLIVEIRA; LEITÃO (2005) expõe que em pessoas que praticam exercícios físicos

regularmente apresentam um menor risco de morte súbita no exercício e no esporte do que

indivíduos sedentários, visto que a pratica de treino adequada promove uma estimulação

parassimpática gerando uma estabilidade elétrica, ao contrario do exercício intenso ocasional

que estimula o sistema nervoso parassimpático e promove uma instabilidade elétrica deixando

o atleta propenso a desenvolver arritmias cardíacas graves e/ou ruptura de uma placa

aterosclerótica vulnerável.

Page 27: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

27

A avaliação clínica detalhada e rotineira de pré-participação para atletas é a única

maneira de minimizar o risco da morte súbita, que continuará sem dúvida, a ocorrer,

mas em muito menor quantidade. Como ocorre na fisiopatologia e epidemiologia, a

morte súbita no esporte tem a cardiopatia a sua principal causa (90%) e seu evento

mais freqüente (85%) é a fibrilação ventricular. (GHORAYEB; CRUZ; DIOGARDI

2007, p. 03)

Uma grande pesquisa realizada com atletas jovens, as anormalidades cardíacas apontadas

como sendo as maiores determinantes de morte súbita, foram: cardiomiopatia hipertrófica –

56%; anomalias congênitas de coronárias – 13%; miocardites – 7%; estenose aórtica – 6% e

cardiomiopatia dilatada 6%. (OLIVEIRA, (2002) apud KOIKE; MACHI; WICHI (2008).

Portanto, é indispensável o acompanhamento minucioso da população que prática exercício

físico.

Page 28: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

28

4 - Patologias

As principais anormalidades descritas como causadoras de morte súbita em atletas são:

* Cardiomiopatia dilatada hipertrófica, hipertrofia idiopática do ventrículo esquerdo,

miocardites inespecíficas, displasia arritmogênica do ventrículo direito;

* Valvopatias;

*Síndrome arritmogênicas;

* Doença não aterosclerótica das artérias coronarianas;

* Origem anômala das artérias coronarianas, ponte miocárdica, espasmo coronário;

* Doença coronariana aterosclerótica no atleta;

* “Commotio cordis” (concussão cardíaca)

* Síndrome de marfan;

* Doença de chagas.

No entanto, neste trabalho iremos destacar somente três patologias, cujas incidências são

maiores.

Page 29: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

29

4.1 Cardiomiopatia Hipertrófica

A cardiomiopatia hipertrófica é a causa de grande numero de mortes súbitas repentinas por

anormalidades cardíacas em atletas jovens sendo responsável pela metade dos acontecimentos

referido e é caracteriza por um incompreensível e dramático comprometimento ventricular,

mais intenso no espaço entre os dois ventrículos, com a obstrução na cavidade ventricular

esquerda. (ROWLAND 2000).

Entre todas as patologias que acometem os atletas esta é considera a mais comum, sua

incidência chega a 50% de mortes, é caracterizada por cardiomegalia hipertrófica septal

assimétrica com o desarranjo miofibrilar que compromete pelo menos 5% da massa muscular

cardíaca, associada à obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo. As conseqüências

mais graves são as arritmias ventriculares complexas, levando a eventos de taquicardia

ventricular sustentada ou não que podem provocar a morte súbita. (GHORAYBE (2001 p.2).

Deste modo SIEBRA; FEITOSA (2008) relatam que a cardiomiopatia hipertrófica é a forma

mais comum de doença cardiovascular de origem genética, tendo prevalência estimada para a

população em geral em torno de 0,2%, o equivalente a um caso para cada 500 indivíduos. O

mesmo autor ainda ressalta que os portadores desta síndrome são assintomáticos os que

tornam a morte súbita frequentemente a primeira manifestação clínica da doença.

Mas OLIVEIRA; LEITÃO; (2005) afirmam que a cardiomiopatia hipertrófica pode ser

assintomática ou não, e que metade dos pacientes relatam sentir dor no peito, tontura,

desmaios, respiração ofegante, especialmente quando praticam atividade física.

As pessoas com cardiomiopatia hipertrófica quando participam de atividade tem

aumentado os riscos de morte, porém a maior incidência de morte não ocorreu

quando o individuo estava praticando esporte. Analisando 78% adultos, 37%

morreram quando estavam dormindo ou descansando, 24% quando estavam

praticando uma atividade física leve e 25% quando estavam praticando exercícios

mais pesados como correndo ou andando. (ROWLAND 2000).

Page 30: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

30

4.2 Commotios Cordis

A concussão cardíaca é citada como sendo a segunda razão de morte súbita entre os jovens

atletas, é definida como trauma não penetrante na parede torácica, que pode levar a fibrilação

ventricular. Pode ser definida também como morte súbita de atletas sem antecedentes de

cardiopatia.

GHORAYEB et al. (2005) conta que nos anos de 1980 a 1990 foram documentadas dezenas

de casos de “commotios cordis”, nos Estados Unidos, envolvendo, beisebol, hóquei,

“lacrosse” e “softball”, além de socos no tórax (caratê e kickboxe).

O commotios cordis acontece principalmente em jovens entre os 5 e 18 anos, tendo

maior incidência no beisebol, softball e hochkey no gelo, porém existem relatos de

sua incidência no futebol, basquete, boxe e artes marciais. (OLIVEIRA; LEITÃO.

(2005 p. 3)

A incidência de “commotios cordis” é maior em atletas com a faixa etária de 12 anos; 70% dos

casos acontecem em menores de 16 anos, possivelmente em decorrência de maior flexibilidade

do tórax. A sobrevida é de aproximadamente de 10%. GHORAYBE et al., (2005 p 8).

Segundo GHORAYEB et al., (2005) o choque torácico acontece no lado esquerdo do tórax,

diretamente sobre a silhueta cardíaca, que causa um colapso instantâneo em aproximadamente

metade das vitimas, nas outras há um breve período de consciência, na maioria das vezes

marcada por tontura ou desorientação.

Conforme OLIVEIRA; LEITÃO (2005 p. 3)

A morte é em geral imediata em 50% dos casos. Quatros fatores principais são

citados para indução de arritmias: o tipo de impacto (veloz e com pequena área de

contato), a localização do impacto (o precórdio), a força do impacto, além da

magnitude da compressão torácica.

Page 31: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

31

4.3 Doença Arterial Coronariana

A aterosclerose das artérias coronarianas é o motivo mais comum de morte súbita em adultos

e em atletas com mais de 35 anos, no entanto quando se menciona jovens atletas ela é muito

rara.

GHORAYBE et al (2001) em seu artigo relata que a incidência da aterosclerose é de 80% a

90% dos casos de atletas desta faixa etária em 4,5% a 9% das mortes súbitas relacionadas à

atividade física intensa não freqüente.

A possível definição de morte súbita em uma oclusão aguda coronariana é o desenvolvimento

de arritmias malignas na maioria das vezes a fibrilação ventricular. A isquemia pode ser o

gatilho para arritmias malignas. (GHORAYBE et al., 2005).

No entanto OLIVEIRA; LEITÃO (2005) enfatiza que o treinamento forte promove uma

estimulação do sistema simpático, instabilidade elétrica e arritmias ventriculares (taquicardia

e fibrilação ventricular), além de ficar propenso a uma ruptura de uma placa aterosclerótica

coronariana.

Page 32: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

32

5. Histórico da Reanimação Cardiopulmonar

Ao longo dos anos a humanidade decifrou a morte como um episódio irreversível, ou seja,

todas as tentativas de reanimação seriam inúteis. (GUIMARÃES et al 2009).

As referências às manobras de reanimação datam da antiguidade. O primeiro relato de sucesso

em Parada Cardiorrespiratória encontra-se na Bíblia, quando o profeta Eliseu reanimou o filho

da Sunamita, no segundo livro dos Reis.

FIGURA 1: O Profeta Eliseu Fonte: http://www.fac.org.ar/6cvc/llave/c017/imagenes/fig01.jpg

Segundo GUIMARÃES et al (2009), outros relatos esporádicos ocorreram através da história,

entre os quais o uso da flagelação com o açoite, trotar sobre um cavalo com a vitima

debruçado sobre este, rolar a vitima sobre um barril e aplicação de calor sobre o corpo, todos

sem qualquer base cientifica, porem com alguns relatos de sucesso.

Figura 2: A flagelação da vítima foi um método de RCP empregado durante um longo

período. Fonte:http://www.fac.org.ar/6cvc/llave/c017/guimaraesh.php.(figura2).

Page 33: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

33

Segundo FEREZ devido a pouca ciência sobre a parada cardíaca, só a partir de 1900 foi

possível ter a reversão do estado terminal em ambiente hospitalar e por volta de 1960 em

ambiente extra-hospitalar.

Sobre o conceito de reanimação GUIMARÃES et al (2009)

relata que:

Em 1960, um novo dado extremamente importante foi incluído nos conceitos de

reanimação de emergência, a partir da observação feita por Kouweenhoven, Jude e

Knickerbocker de que a compressão sobre o terço inferior do esterno, feita

adequadamente, fornece uma circulação artificial suficiente para manter a vida em

animais e seres humanos com parada cardíaca.

Nota-se que com o desenvolvimento do homem houve a precisão de conhecer e entender os

mecanismos de funcionamento do corpo humano, a fim de proporcionar melhor qualidade de

vida. No que se refere a Parada Cardiorrespiratória, várias formas e tentativas foram criadas e

aperfeiçoadas ao longo do tempo, elaborando-se assim protocolos e diretrizes para padronizar

o atendimento e comprovar o real significado do conceito de Parada Cardiorrespiratória.

Desde então, houve um grande avanço na compreensão da etiologia e da fisiopatologia das

diferentes modalidades da parada cardiorrespiratória e no modo de tratá-las.

Page 34: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

34

5.1 Parada Cardiorrespiratória

Segundo KNOBEL (2006 cap. 28 p. 275) a parada cardiorrespiratória é definida como a

cessação súbita da circulação sistêmica em indivíduos com expectativa de restauração de suas

funções fisiológicas, e não portador de doença crônica intratável ou em fase terminal.

Já para CALIL; PARANHOS (2007 p. 496) é definida como sendo a cessação abrupta das

funções cardíaca, respiratória e cerebral, comprovada pela ausência de pulso central

(carotídeo e femoral), de movimentos ventilatórios (apneia) ou respiração agônica, além de

estado de inconsciência.

O diagnóstico clínico de Parada Cardiorrespiratória é feito quando os seguintes sinais estão

presentes: inconsciência, respiração agônica ou apneia e ausência de pulsos. O sinal clínico

mais importante é a ausência de pulsos carotídeos. (KNOBEL 2006 cap. 28 p. 275)

A etiologia da Parada Cardiorrespiratória deve ser diagnosticada o quanto antes, pois através

dela é possível tratar a causa e muitas vezes reverter a Parada Cardiorrespiratória.

Na Parada Cardiorrespiratória são observadas algumas alterações do ritmo cardíaco, sendo

eles: a fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular sem Pulso (TV sem pulso),

assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP).

Para ALVES; NAKAMURA (2010 p. 6), a fibrilação ventricular é o ritmo cardíaco mais

freqüente na PCR, podendo ser reversível se constatada precocemente, ela ocorre devido à

contração incoordenada do miocárdio em conseqüência da atividade caótica de diferentes

grupos de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência total do coração em manter um

rendimento de volume sanguíneo adequado.

Figura 3: Fibrilação Ventricular.

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

A parada cardiorrespiratória por fibrilação ventricular é a principal causa de morte

súbita. O reconhecimento da parada cardiorrespiratória, a realização das manobras

de ressuscitação cardiopulmonar e da desfibrilação precoce, assim como a chegada

do suporte avançado estão diretamente relacionados com a sobrevida. CANESIN et

al (2001).

Page 35: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

35

Portanto o melhor tratamento para a parada cardiorrespiratória são as manobras de

reanimação cardiopulmonar, pois quando realizadas imediatamente de maneira adequada

podem evitar que a FV evolua para a assistolia, permitindo assim uma desfibrilação de

sucesso, restabelecendo a função cardíaca e cerebral e também aumentando a chance de

sobrevida.

Taquicardia ventricular sem pulso: É a sucessão rápida de batimentos ectópicos

ventriculares que podem levar a acentuada deterioração hemodinâmica, chegando

mesmo à ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma

modalidade de parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da

fibrilação ventricular. ARAÚJO et al (2008 cap 18 p )

.

Figura 4: Taquicardia ventricular

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

Atividade elétrica sem pulso (AESP): É a ausência de pulso detectável na presença de algum

tipo de atividade elétrica; com exclusão da TV ou FV.

Figura 5: AESP Atividade Elétrica sem pulso

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

Page 36: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

36

Assistolia: A assistolia é definida como um ritmo sem nenhuma atividade elétrica visível no

ECG, e de difícil reversão do quadro, com taxa de sobrevida próxima de zero.

Figura 6: Assistolia Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

Page 37: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

37

6 . Suporte Básico de Vida

O atendimento a uma vitima de Parada Cardiorrespiratória ou Morte Súbita não escolhe hora

nem lugar para acontecer. Por isso o socorro deve ser rápido e eficaz. Não excedendo 5

minutos, com o objetivo de reverter o ritmo fibrilatório. (GUSMÃO 2006 p.25)

Para CANESIN et al (2001)

A participação da população leiga no atendimento da parada cardiopulmonar é de

fundamental importância, assim como a participação médica. As cidades e

comunidades em nosso país precisam se desempenhar no desenvolvimento de

métodos populacionais de esclarecimento e incentivo à busca por informações

precisas do tratamento da parada cardiorrespiratória. Campanhas públicas com esses

objetivos apresentam excelentes resultados, conforme já observado.

O treinamento maciço em Reanimação Cardiopulmonar é uma forma de minimizar o numero

de pessoas vítimas de Parada Cardiorrespiratória, a reanimação cardiopulmonar realizada de

maneira imediata e adequada por leigos devidamente treinados, duplica a sobrevivência das

vítimas de Parada Cardiorrespiratória num contexto extra-hospitalar. O treinamento da

população tem por finalidade aumentar a consciência pública sobre Reanimação

Cardiopulmonar e sua devida importância.

O Suporte Básico de Vida (SBV) compreende no ABCD primário da Ressuscitação

aplicando-se tanto no contexto pré-hospitalar quanto no intra-hospitalar (antes da chegada do

Suporte Avançado de Vida), podendo ser executado por qualquer individuo leigo, desde que

devidamente treinado. O mesmo consiste em varias etapas, as quais devem ser

desempenhadas sequencialmente. Para cada fase incluem-se uma avaliação e uma

intervenção. (PERGOLA; ARAUJO 2008)

O Suporte Básico de Vida compreende em A (airway) – abertura das vias aéreas; B

(breathing) – ventilação boca-a-boca; C (circulation) – compressão torácica e D

(desfibrilation) – desfibrilação.

Page 38: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

38

Antes preconizada como parte importante da ressuscitação cardiopulmonar, a

respiração boca a boca prejudica o procedimento e reduz as chances de

sobrevivência do paciente com parada cardíaca. Estudos apontam uma taxa de

sobrevivência três vezes maior em pessoas submetidas apenas às compressões

contínuas no peito até a chegada de socorro. Por esse motivo, a Ilcor (Aliança

Internacional dos Comitês de Ressuscitação, na sigla em inglês), entidade que reúne

as principais associações de cardiologia, mudará a partir de 2010 as diretrizes para

procedimentos de emergência em parada cardíaca. De acordo com a nova

orientação, somente a massagem cardíaca deverá ser aplicada pelo leigo. Haverá

mudanças também com relação ao uso do desfibrilador. A aplicação de choque pode

ocorrer antes da massagem somente até cerca de quatro minutos após a parada do

coração. Depois desse tempo, a compressão deve preceder o uso de desfibrilador.

Isso porque, após esse período, há alterações metabólicas no organismo e o coração

precisa ser preparado com a compressão antes de receber o choque. (SILVEIRA

2009)

Page 39: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

39

6.1 Corrente de Sobrevida

Figura 7: Corrente de Sobrevida

Fonte http://www.socesp.org.br/revistasocesp/imagens/i_edicoes/v11_n02_txt04_f01.jpg

A American Heart Association elaborou e adotou a expressão “Cadeia da Sobrevida” com o

objetivo de esclarecer e representar a melhor conduta de tratamento para pessoas com Morte

Súbita. Os quatro elos desta corrente compreendem no Acesso Rápido ao Serviço Médico de

Emergência (SME), Reanimação Cardiopulmonar (RCP) rápida, Desfibrilação rápida e

Suporte Avançado de Vida (SAV) rápido.

As falhas nestes elos, como a demora na realização ou a não realização destes, são as

principais explicações para os baixos índices de sobrevivência nos atendimentos.

(OLIVEIRA; RIBEIRO; MORAIS 2008)

* Determinar a não Responsividade:

O socorrista deve certificar-se da segurança do local, onde o individuo se encontra, após

certificado, o mesmo deve se aproximar da vitima avaliando rapidamente o nível de

consciência, presença de trauma e/ou lesão de coluna cervical. Em seguida o socorrista irá

avaliar a responsividade da vitima através de estimulo tátil e verbal (chamar e sacudir

gentilmente a vitima pelos ombros) tocando na vitima e perguntando: “Você está Bem”?

(QULICI; NUNES; TIMERMAN (pag 5).

Page 40: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

40

Figura 8: Buscar por responsividade

Fonte: Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

*Posicionar a vitima e se posicionar:

O socorrista devera colocar a vitima em decúbito dorsal horizontal em uma superfície plana e

rígida para que as compressões torácicas sejam eficazes. O socorrista deve estar ao lado

direito da vítima na altura dos ombros, preparado para o inicio das compressões torácicas.

Caso a vitima esteja em uma cama, deve-se colocar uma prancha (tábua de massagem

cardíaca) rígida sob seu tórax. Caso a vitima estiver no chão e o socorrista estiver sozinho,

deve-se ajoelhar na altura dos ombros da vitima. Caso a vitima não se encontre na posição

dorsal horizontal deve-se movimentá-la em bloco, ou seja, como uma só unidade onde a

cabeça, pescoço, ombros e tronco possam ser movimentados sem torção, com o objetivo de

não agravar uma potencial lesão de coluna cervical. (ALVES; NAKAMURA (2010)

GHORAYEB et al., (2005 p.14)

Page 41: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

41

Figura 9: Posicionar a vitima

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

*Abrir a via aérea:

Para a realização da abertura das vias aéreas o socorrista deve colocar uma das mãos (de

preferência a mão esquerda) espalmada sobre a testa da vítima e realizar a manobra de

hiperextenção da cabeça (head tilti) e elevação do queixo (jaw thrust).

Caso a vitima estiver com lesão de coluna cervical deve-se realizar apenas a tração da

mandíbula descartando assim, a inclinação da cabeça. O socorrista também deve avaliar a

presença de corpos estranhos (prótese, alimentos, vômitos, etc.) na boca da vítima, com os

dedos polegar e indicador em forma de pinça, na tentativa de eliminá-los. (QULICI; NUNES;

TIMERMAN (2009 p.8).

Page 42: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

42

Figura 10: Desobstrução das vias aéreas

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

*Avaliação da respiração:

Após a realização da abertura e desobstrução das vias aéreas o socorrista deve aproximar o

seu ouvido próximo ao nariz e boca da vítima mantendo a via aérea aberta e observar a

expansibilidade torácica na tentativa de ouvir se a algum fluxo de ar. É o ver, ouvir e sentir.

A avaliação da respiração não deve ultrapassar mais que 10 segundos. Se não for possível a

realização da ventilação, deve-se iniciar novamente a manobra da abertura das vias aéreas.

Caso a manobra das vias aéreas tenha sido realizada sem sucesso certificar-se de uma

provável obstrução da via aérea por corpo estranho, sendo assim, deve-se iniciar a realização

da manobra de desobstrução da via aérea. O ABCD primário da Ressuscitação realizado de

maneira correta é capaz de fornecer através da ventilação boca-a-boca ar com 16 a 17% de

oxigênio, produzindo uma tensão alveolar de 80 mmHg.

Page 43: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

43

Figura 11: Manobra de ver, ouvir e sentir

Fonte: http://www.medicina.ufmg.br/edump/ped/Image5.jpg

A SOBRATI vem afirmando há pelo menos três anos que a ventilação em pacientes sem

pulso piora o prognóstico da parada cardiorrespiratória. (SILVEIRA 2009).

Em 2000, o consenso já orientava o leigo a deixar de verificar a presença de pulso na

vítima. Cinco anos depois, caía também a verificação dos sinais de circulação, em

razão da falta de evidências quanto à precisão desta ação, que retardaria o início das

compressões torácicas. Por último, em março deste ano, veio o parecer consultivo da

AHA: após o fim da verificação do pulso e da circulação, ele indicou acabar também

com a avaliação da respiração pelo leigo, eliminando a sua responsabilidade em

realizar insuflações. Assim, a RCP para o leigo tende a ser restrita às compressões

torácicas, embora a diretriz atual, de 2005, ainda indique as insuflações. (GEYGER

Rafael. (2008 p.3)

*Chamar por ajuda:

Constatando-se a inconsciência o socorrista devera solicitar ajuda através do Serviço Médico

de Emergência com o objetivo de obter um Desfibrilador Externo Automático (DEA) o mais

rápido possível até a chegada da equipe de Suporte Avançado de Vida.

O simples gesto de um socorrista leigo reconhecer rapidamente uma Parada

Cardiorrespiratória ajuda na prevenção da deterioração das células miocárdicas e cerebrais.

(PERGOLA; ARAUJO (2008)

Page 44: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

44

O socorrista após acionar o Serviço Médico de Emergência devera fornecer as seguintes

informações: a localização e/ou ponto de referência onde a vitima se encontra, explicar o que

aconteceu, quantas pessoas necessitam de atendimento, as condições da vitima, o que esta

sendo realizado para reverter o quadro da vitima e outras informações solicitadas pela equipe

do Serviço Médico de Emergência. (GHORAYBE et al., 2005 p 9).

Figura 12: Chamar por ajuda

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pd

Compressões torácicas:

Sobre as compressões TIMERMAN apud GEYGER (2008) afirma

que:

A ênfase as compressões torácicas de alta qualidade e com menos interrupções vai

ser extremamente disseminada nas diretrizes de 2010. “Comprima forte, rápido e

com qualidade. Essa é a tendência”.

Sendo assim TIMERMAN apud SILVEIRA (2009), expõe que quando o coração para de

bater, o mais importante o fluxo sanguíneo com a compressão. O mesmo autor ainda ressalta

que a respiração boca a boca é uma das causas que levam a diminuição do fluxo.

Page 45: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

45

Para que as compressões torácicas sejam efetuadas de maneira satisfatória, são de extrema

importância a posição adequada do socorrista frente à vítima e a realização da técnica correta.

Deste modo o socorrista deve localizar o apêndice xifóide com os dedos indicador e médio.

Após sua localização, determinam-se dois dedos acima deste ponto, colocando a região

hipotênar de uma das mãos (palma da mão) e sobrepondo a outra, mantendo sempre os dedos

entrelaçados e afastados do tórax da vítima. (FEREZ 2006)

Figura 13: Manobra de massagem cardíaca externa localização do ponto da compressão torácica. Fonte:

http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

O reanimador deve se posicionar de forma a manter os ombros diretamente sobre o externo da

vitima, com os braços estendidos formando um ângulo de 90° e os cotovelos estendidos de

forma com que não se movam, mantendo também as mãos na mesma posição para que não

seja movimentada durante as compressões torácicas.

Page 46: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

46

Figura 14: Compressões Torácica

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

Page 47: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

47

As mesmas devem ser realizadas de forma ininterruptas, exceto quando a vitima se

movimentar, ou quando um Desfibrilador Externo Automático estiver disponível, ou ainda,

quando o Serviço Avançado de Vida chegar.

Para FEREZ (2006) as compressões torácicas devem ser feitas numa velocidade de 100

compressões por minuto. O tórax deve ser deprimido em 4 a 5 cm e que volte a sua posição de

repouso após cada compressão.

Desfibrilação:

O DEA é um aparelho que incorpora um sistema que analisa o ritmo e também um

sistema de aviso de choque para vitimas de parada cardíaca. Ele avisa sobre o

choque e o operador toma a decisão final de deflagrá-lo. As normas internacionais

para RCP e cuidados cardiovasculares de emergência afirmam que a RCP precoce é

o melhor tratamento de PCR (parada cardiorrespiratória) até a chegada de um DEA e

de uma unidade de suporte avançado de vida. CARVALHO (2007)

.

Figura 15: Desfibriladores

Fonte: Livro Ratton de Emergências médicas e Terapia Intensiva cap.15

A desfibrilação é de extrema importância, porém ela tem um momento exato para a sua

execução. A mesma deve ser executada imediatamente, caso seja detectada uma fibrilação

ventricular (FV) ou uma taquicardia ventricular sem pulso (TV), pois esta medida terapêutica é

o tratamento mais eficaz para a reversão das arritmias cardíacas. Com exceção nos casos em

que a vitima permaneceu em Parada Cardiorrespiratória por mais de 4 a 5 minutos sem

Suporte Básico de Vida: “Após o quinto minuto sem a realização da desfibrilação, perde-se

Page 48: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

48

cerca de 10% de chances de sobrevivência a cada minuto seguinte.” (OLIVEIRA; RIBEIRO;

MORAIS 2008)

A desfibrilação compreende na aplicação de uma corrente elétrica, exercida sobre o tórax ou

diretamente sobre o coração da vítima, com o objetivo de promover a despolarização das

células cardíacas. (PAZIN et al 2003 p.6)

Um microprocessador analisa o ritmo cardíaco da vitima e informa ao operador se o

choque elétrico é ou não indicado. Caso haja indicação o choque é administrado por

meio de eletrodos auto-adesivos à pele do tórax da vítima. (VIANA 2008)

Os eletrodos devem estar posicionado de maneira correta, sendo o eletrodo anterior colocado

a direita do externo (região infraclavicular direita) e o eletrodo do ápice colocado a esquerda

do mamilo (região inframamária esquerda) ou como alternativa, a posição antero-posterior

inframamária. (FEREZ 2006).

Figura 16 - Posicionamento dos Eletrodos

Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

Os Desfibriladores Externos Automáticos podem ser utilizados por qualquer pessoa leiga,

desde que sejam previamente capacitados, pois são aparelhos portáteis e confiáveis, de fácil

operação, interpreta o ritmo cardíaco da vítima, seleciona o nível de energia e recomenda o

Page 49: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

49

choque. Ele também indica a profundidade e a freqüência das compressões o tempo de

compressões e desfibrilação. O mesmo tem contribuído para a sobrevida significativamente.

Alguns países desenvolvidos adquiriram maior atenção no treinamento de crianças e

adolescentes para a execução das manobras de RCP. Já no Brasil ainda existe um grande

atraso sobre o tema em questão, porém o interesse vem crescendo desde a morte do atleta

Serginho, vítima de parada cardiorrespiratória durante uma partida de futebol, em 2004.

Desde então, leis municipais, estaduais e um projeto de lei federal surgiram para popularizar o

equipamento, mas ainda sem o efeito prático esperado. (GEYGER 2008 p. 4)

O Brasil juntamente com diversos estados foi estabelecido uma lei de acesso público pra a

utilização do DEA, onde a circulação média for de 1.500 pessoas/dia é obrigatório possuir o

DEA, bem como as pessoas capacitadas para sua utilização.

Segundo a lei n° 13.945, de 7 de janeiro de 2005 os desfibriladores externo automático são

obrigatórios em:

Estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos, centros comerciais, estádios e

ginásios esportivos, hotéis, templos e outros locais com aglomeração ou circulação

de pessoas igual ou superior a duas mil por dia. (VIANA 2008)

O mesmo autor ainda enfatiza que, obrigatoriedade da existência e da disponibilidade desses

aparelhos em lugares freqüentados por um grande número de pessoas trará impacto

significativo na diminuição da mortalidade por doenças cardiovasculares em nossa nação.

O Brasil mudou muito nos últimos dez anos em relação ao atendimento da

emergência cardiovascular, mas muito ainda precisa ser feito. Não podemos

simplesmente criar leis de Desfibrilação Externa Automática quando o foco

principal deve ser treinamento e capacitação, tanto da população leiga quanto de

profissionais da saúde. Este trabalho deve ser focado na corrente de sobrevivência,

com seus quatro elos, e não simplesmente no desfibrilador, que sozinho não salva

vidas. (CANESIN apud GEYGER 2008)

Page 50: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

50

*Posição de Recuperação:

Um paciente que esteja inconsciente, mais respirando e com pulso, ou que tenha

recuperado o ritmo com perfusão e tenha voltado a respirar, mais permanecer

inconsciente deve ser colocado em posição de recuperação. RATTON et al (2005

cap14 )

Figura 16 – Posição de Recuperação

http://www.inf.furb.br/sias/sos/Fotos/posicao_recuperacao.jpg

*Suporte Avançado de Vida:

O SAV utiliza-se de equipamentos adequados para maior oxigenação e ventilação

associadas ao uso de medicamentos e à busca do diagnóstico. A – estabelecer via

aérea definitiva (intubação); B- ventilação (ambuzar o paciente); C – circulação

(acesso venoso e monitoração); D – diagnóstico diferencial e administração de

medicamentos especifico. (AMERICAN HEART ASSOCIATION 2005 apud

MENEZES et al (2009)

.

Os mesmos autores relatam que o suporte avançado de vida foi elaborado pela American

Heart Association (AHA) em 1970. O mesmo é um curso reconhecido mundialmente pela

sigla ACLS (Advanced Cardiac Life Support) onde ensina técnicas de Suporte Básico de Vida

e de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia para profissionais da saúde.

Segundo FEREZ (2006) o suporte avançado de vida além da equipe de enfermagem, é

obrigatório a presença do médico, pois esta ocorrência envolve conhecimento e treinamentos

específicos.

Page 51: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

51

MATERIAL E MÉTODOS

Page 52: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

52

7.1. Tipo de estudo:

Estudo do tipo transversal e de campo

7.2. Campo de estudo:

O estudo foi realizado nos ginásios: JAIRÃO e GEMA; no estádio TUNICÃO e no campo do

PERALTINHA todos pertencentes a cidade de Assis- SP.

7.3. Sujeito do estudo:

Os atletas que constituem essa pesquisa são aqueles pertencentes aos times da Autarquia

Municipal de Assis e ao Clube Atlético Assisense, que obedeceram aos seguintes critérios:

- Indivíduo obrigatoriamente com idade igual ou superior a 18 anos;

- Indivíduo independentemente de gênero

-Indivíduo que após, informação da metodologia e dos objetivos, aceitaram

participar espontaneamente da pesquisa firmando a autorização por meio de assinatura do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. (Apêndice A)

7.4. Tamanho da amostra:

A amostra foi composta por 100 atletas, sendo 77 pertencentes à Autarquia

Municipal de Esporte de Assis e 23 pertencentes ao Clube Atlético Assisense.

7.5. Coleta de dados:

Foi encaminhado ao secretario de esporte da Autarquia Municipal de Esporte de Assis e ao

presidente do Clube Atlético Assisense solicitando autorização das instituições para realização

da palestra teórica - pratica e a coleta de dados.

A pesquisa foi iniciada após emissão do parecer favorável nº 428/2010 pelo Comitê de Ética

em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Regional de Assis.

Page 53: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

53

7.6 Instrumentos para coleta de Dados

O método utilizado para coleta de dados foi, no primeiro momento, um questionário contendo

doze questões de múltipla escolha. As questões referiam-se a dados pessoais como faixa

etária, gênero e conhecimento sobre a identificação e atuação diante de uma parada

cardiorrespiratória. Sendo este um instrumento expositivo e com abordagem qualitativa

A coleta de dados quanto ao aprendizado dos conhecimentos teóricos e pratico construídos na

palestra, foi analisada e mensurada objetivamente quando na aplicação da pratica do protocolo

de RCP, realizada por todos os participantes.

As perguntas do questionário foram minuciosamente ordenadas de acordo com o critério

subjetivo das pesquisadoras, onde cada variável foi devidamente tabulada e posteriormente

será apresentada em gráfico e descrição.

7.7 Procedimentos para coleta de dados

Foi solicitado o consentimento livre e esclarecido a cada um dos participantes da pesquisa,

garantindo o sigilo das informações de acordo com a resolução numero 196/96 do Conselho

Nacional de Saúde que regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos.

Foram desenvolvidas palestras teóricas- praticas no período de Agosto a Setembro de 2010.

A ação educativa consistiu em uma palestra expositiva dialogada com a utilização de um

manequim de espuma simulando um tórax. O tempo de cada ação teve duração de 01 hora e

40 minutos, sendo 10 minutos para o preenchimento do pré-teste, 10 para o pós- teste, 40

minutos para a parte teórica e 40 minutos para a parte prática.

A avaliação da ação educativa foi obtida em dois períodos: o período pré-teste, antes da

abordagem educativa com a finalidade de analisar o grau de conhecimento dos atletas sobre o

tema abordado e o período pós-teste após a abordagem educativa, para identificar se houve

compreensão sobre conhecimentos teóricos e práticos ministrados quando foi utilizado em

ambos o mesmo instrumento sistematizado padronizado com 12 questões fechadas de

múltipla escolha, sendo descartadas as questões 1 e 2 as quais se referiam sobre idade e

gênero.

Page 54: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

54

E coleta de dados obtidos quanto ao treinamento pratico foi realizado através de analise

subjetiva da realização dos procedimentos durante o conteúdo pratico.

Page 55: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

55

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Page 56: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

56

A amostra representativa do presente estudo, foi composta por 100 atletas da Autarquia

Municipal de Esporte de Assis e Clube Atlético Assisense, pertencentes as seguintes

categorias esportivas, futebol de campo, futsal, basquete, atletismo e ciclismo.

A pesquisa se desenvolveu através da aplicação de uma ação educativa, precedida de um pré-

teste e posteriormente um pós-teste. Em cada ação educativa os atletas pertenciam a grupos

distintos de modalidade, em sua maioria do gênero masculino com predomínio de 74%.

Figura 1(a) – Distribuição dos 100 atletas pesquisados, de acordo com a variável do gênero;

2010.

Análise: Podemos observar que houve maior participação do gênero masculino

representando 74% do total de 100 atletas pesquisados, sendo seguido do gênero feminino

com 26%. Onde podemos notar que a distribuição entre os gêneros se apresentou de maneira

variável, pois o gênero masculino se encontra inserido em maior quantidade no meio

esportivo.

Page 57: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

57

Figura 2(b)- Distribuição dos atletas pesquisados, de acordo com a variável faixa etária; 2010.

Análise: Conforme apontado na figura destacou-se os atletas com faixa etária de 18 a 25 anos

representando 92%, em seguida com a faixa etária de 26 a 35 anos com 5%, em seguida a

faixa etária de 36 a 45 anos com 2%, e por ultimo a faixa etária de 46 a 55 anos 1%.

Page 58: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

58

Distribuição gráfica dos atletas, referente ao conhecimento sobre parada

cardiorrespiratória; 2010.

Figura 3(a) - conhecimento sobre parada Figura 3(b) - conhecimento sobre parada

cardiorrespiratória (pré- teste). cardiorrespiratória (pós- teste).

(A) Quando o coração para de bater.

(B) Quando a respiração e o coração param.

(C) Quando se tem uma hemorragia constante, ou seja, perda de muito sangue.

(D) Quando o peito dói.

CALIL et al (2007) define a parada cardiorrespiratória como a cessação abrupta das funções

cardíaca, respiratória e cerebral, comprovada pela ausência de pulso central (carotídeo e

femoral), de movimentos ventilatórios (apneia) ou respiração agônica, além de estado de

inconsciência.

Análise: No pré-teste observou-se que 83% dos atletas entrevistados responderam a

alternativa correta (B) notamos que este tema já é sabido pelos atletas. Estes dados confirmam

o que STEIN (2010) relata em seu artigo que, devido à grande repercussão que se dá quando

ocorre casos de morte súbita ou parada cardiorrespiratória no meio esportivo. Após a

capacitação sobre o tema em questão obtivemos um aumento no pós-teste, pois 89%

assinalaram a alternativa correta

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

A B C D

8

89

2 1

A

B

C

D

Page 59: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

59

Distribuição gráfica quanto a identificação da parada cardiorrespiratória.

Figura 4 (a) - Identificação da parada Figura 4 (b) – Identificação da parada

cardiorrespiratória (pré-teste) cardiorrespiratória (pós-teste)

(A) Dor no peito, no braço, queimação e azia.

(B) Náusea, falta de ar, vômito.

(C) Quando a pessoa não responde ao chamado, não respira e esta sem pulso.

(D) Aperto no peito, dor nas costas e braços, vômito e sensação de morte eminente.

Análise: Observou-se no pré–teste que 78% dos participantes souberam responder a questão

corretamente. Atribuímos este resultado, à atenção que vem sendo prestada ao meio esportivo

após as fatalidades ocorridas atualmente.

No pós–teste, foi obtido um aumento na porcentagem para 92% demonstrando que a

capacitação foi eficaz.

GUSMÃO (2006 p 49) afirma que o reconhecimento destes sinais é o principal elemento para

o atendimento a parada cardiorrespiratória, pois apenas através deste que as pessoas poderão

ativar o serviço de emergência e o principal, começarem a agir com a ressuscitação

cardiopulmonar. Demonstrando-se a importância da educação comunitária na identificação da

PCR.

Page 60: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

60

Distribuição gráfica quanto à atitude a ser tomada diante de uma vitima de parada

cardiorrespiratória

Figura 5 (a) - Atitude a ser tomada diante de uma Figura 5 (b) - Atitude a ser tomada diante de uma vítima de parada cardiorrespiratória.(pré- teste). vítima de parada cardiorrespiratória(pós- teste).

(A) Verifica se a pessoa esta respirando, se não estiver, faz massagem cardíaca e respiração boca a boca.

(B) Sai correndo para pedir ajuda o mais rápido possível (chama o bombeiro, a ambulância ou a policia) e fica

aguardando socorro junto com a pessoa.

(C) Leva a pessoa para o hospital o mais rápido possível, com o seu próprio carro ou o carro de alguém, porque se

fosse esperar o socorro chegar demoraria.

(D) Verifica se a pessoa esta consciente, respirando e se tem pulso, se não tiver pede para alguém ou você mesmo

chama ajuda e imediatamente você começa a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca até o socorro chegar.

Análise: Observamos que no pré-teste 65% assinalaram a alternativa correta demonstrando

que tinham algum conhecimento sobre a questão acima. Podemos constatar que na avaliação

teórica os atletas tiveram um bom desempenho, entretanto notamos que na parte prática da

pesquisa aplicada os atletas apresentaram dificuldade em realizar as manobras de suporte

básico de vida. Reafirmando então o artigo de ALMEIDA; HOFFMANN; NAKAMURA

(2010) e o trabalho de GUSMÃO (2006 p. 53) onde as autoras afirmam que algumas pessoas

frente a uma vitima de parada cardiorrespiratória ficam perplexas sem saber a maneira

adequada de agir. Diante deste cenário a autora ainda ressalta que 80% dos casos de parada

cardiorrespiratória ocorrem fora do ambiente hospitalar o que enfatiza a importância da

participação ativa da população para prestação do socorro à vítima.

No pós-teste obtivemos um aumento, pois 76% assinalaram a questão correta.

Page 61: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

61

Distribuição gráfica dos participantes da pesquisa sobre o conhecimento da manobra de

ver, ouvir e sentir.

Figura 6 (a) – Conhecimento da manobra de ver, ouvir Figura 6 (b) – Conhecimento da manobra de

e sentir (pré-teste) ver, ouvir e sentir (pós-teste)

(A) Procurar sinais de circulação.

(B) Posicionar as mãos para realizar as compressões torácicas.

(C) Buscar por respiração.

(D) Pedir ajuda.

Análise: No pré - teste observou-se que 27% dos atletas responderam à alternativa (A)

incorreta. Notamos que os atletas possuíam pouco conhecimento e/ou fazem confusão sobre

esta manobra comprometendo assim o socorro apropriado. Estes dados confirmam o que

PERGOLA; ARAUJO (2008) afirma em seu estudo.

Consideramos que este fato ocorra devido a pouca divulgação do suporte básico de vida, o

qual conduz a atuação do socorrista a uma vitima de parada cardiorrespiratória, pois quando

ocorre um caso de atleta vitima de morte súbita, a mídia só enfatiza o que é a morte súbita,

parada cardiorrespiratória e que tem que ser feito a massagem cardíaca e respiração boca-a-

boca, deixando de priorizar como tem que ser realizado o atendimento correto a vitima, pois

sabemos que para este tipo de atendimento requer uma capacitação, o qual inclui o suporte

básico de vida, que é composto por varias etapas. É necessário que se tenha conhecimento de

toda a sequência a ser realizada para que o socorrista leigo possa agir diante desta emergência

não comprometendo assim, o atendimento prestado.

GUSMÃO (2006 p. 28) enfatiza em seu trabalho que o socorrista deve aproximar o rosto da

face da vitima para que assim, nesta posição possa observar a expansão torácica, ouvir se há

ruído de ar durante a respiração e sentir fluxo respiratório.

Page 62: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

62

Após a capacitação obtivemos um acerto de 46% consideramos que o entendimento sobre a

manobra foi regular, pois os atletas tinham pouca ciência sobre esta manobra.

Page 63: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

63

Distribuição gráfica quanto ao primeiro passo a ser tomado ao identificar uma parada

respiratória.

Figura 7 (a) – Primeiro passo a ser tomada ao Figura 7 (b) – Primeiro passo a ser tomado ao

identificar uma parada cardiorrespiratória (pré-teste) identificar uma parada cardiorrespiratória (pós-teste).

(A) Desobstruir vias aéreas

(B) Fazer 2 ventilações.

(C) Iniciar as massagens cardíacas.

(D) Verificar o pulso.

Análise: Observamos no pré-teste que só a minoria dos participantes tinham conhecimento

desta manobra, pois somente 10% responderam a alternativa correta (A). No entanto no pós-

teste 58% assinalaram a alternativa correta, demonstrando então que o treinamento foi eficaz.

TIMERMAN et al (2006) ressalta que a desobstrução das vias áreas é fundamental no

atendimento prestado a uma vitima de parada cardiorrespiratória, é importante lembrar que a

língua é o principal motivo de obstrução das vias aéreas em uma vitima inconsciente uma vez

que esta presa na parte posterior da mandíbula, pois quando a mesma é movida para frente à

língua é levantada liberando a parte de trás da faringe, permitindo então a passagem de ar.

Page 64: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

64

Distribuição gráfica quanto às manobras de ventilação e massagem cardíaca.

Figura 8 (a) - Manobras de ventilação e Figura 8 (b) - Manobras de ventilação

massagem cardíaca (pré-teste) e massagem cardíaca (pós-teste)

(A) Iniciaremos 5ventilçoes e 30 massagens cardíacas

(B) Iniciaremos 5 ventilações e 15 massagens cardíacas

(C) Iniciaremos 2 ventilações e 15 massagens cardíacas

(D) Iniciaremos 2 ventilações e 30 massagens cardíacas

Análise: Podemos observar que no pré–teste apenas 25% dos participantes respondeu a

alternativa correta, demonstrando que tinham pouco conhecimento e /ou fazem confusão com

as diretrizes do ano de 2000. Entendemos que os atletas sabem que existe essa manobra e que

a mesma é imprescindível no atendimento a vitima de PCR, entretanto, não sabiam quantas

ventilações e compressões são necessárias. AMERICAN HEART ASSOCIATION enfatiza

que o numero de compressões aplicadas por minuto durante a RCP é um fator determinante

importante do retorno da circulação espontânea e da sobrevivência com boa função

neurológica. TIMERMAN apud GEYGER (2008) enfatiza que quando o coração para de

bater o mais importante é restabelecer o fluxo sanguíneo com as compressões torácicas, pois

as mesmas devem ser realizadas de forma ininterruptas, exceto quando a vitima se

movimentar, ou quando um desfibrilador externo automático estiver disponível, ou quando o

serviço avançado de vida chegar.

Já no pós-teste obtivemos um aumento, pois 79% dos participantes responderam a alternativa

correta.

Page 65: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

65

Distribuição gráfica quanto o objetivo da reanimação cardiopulmonar.

Figura 9 (a) – Objetivo da reanimação Figura 9 (b) – Objetivo da reanimação

cardiopulmonar (pré-teste) cardiopulmonar (pós-teste) (A) Acordar a vítima e manter vias aéreas pérvias

(B) Avaliar nível de consciência e verificar pulso

(C) Restabelecer circulação e oxigenação

(D) Avaliar nível de consciência e restabelecer a circulação

Análise: No pré-teste apenas 37% dos participantes responderam a alternativa correta (C), já

no pós-teste 61% assinalou a alternativa correta, isso se da ao pouco conhecimento que os

atletas demonstraram em relação ao objetivo da reanimação cardiopulmonar, pois a finalidade

da reanimação cardiopulmonar é manter a circulação, respiração artificial e restaurá-las ao

normal o mais rápido possível, minimizando a lesão cerebral.

Para BASTOS et al (2008) o objetivo principal da reanimação cardiorrespiratória é a

restauração das funções fisiológicas evitando e/ou minimizando as possíveis lesões cerebrais e

para isso, as intervenções devem ser realizadas não apenas rapidamente, mas eficientemente.

Page 66: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

66

Distribuição gráfica quanto o suporte básico de vida.

Figura 10 (a) – Suporte Básico de Vida Figura 10 (b) – Suporte Básico de Vida

(pré-teste) (pós-teste).

(A) Buscar por responsividade, pedir ajuda liberar vias aéreas e iniciar massagem cardíaca.

(B) Buscar responsividade, manter ventilação, verificar pulso e iniciar massagem cardíaca.

(C) Liberar vias aéreas, manter ventilação, iniciar massagem cardíaca e desfibrilar.

(D) Verificar pulso, avaliar nível de consciência, iniciar massagem cardíaca e desfibrilar.

Análise: No pré–teste 32% dos atletas entrevistados responderam a alternativa (A), mesmo

não tendo nenhum conhecimento sobre a questão acima.

No pós–teste dos cem atletas da amostra de estudo, 76% obteve um aprendizado quanto à

capacitação respondendo à alternativa (A) correta.

O suporte básico de vida é descrito como uma sequência de ações, que visa o atendimento

rápido e eficaz da vítima. De acordo com ALVES; NAKAMURA (2010) o suporte básico de

vida como sendo as medidas essenciais que devem ser realizadas em indivíduos com parada

cardiorrespiratória, envolvendo o reconhecimento da parada cardiorrespiratória, a solicitação

de ajuda, o inicio do suporte ventilatório e circulatório.

Page 67: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

67

Distribuição gráfica quanto à opinião dos atletas referente ao treinamento do Suporte

Básico de Vida.

Figura 11(a) – Importância do treinamento Figura 11(b) – Importância do treinamento

SBV (pré-teste) SBV (pós-teste)

Análise: Observamos que, no pré-teste 81% acreditam que o treinamento influenciaria no

atendimento ao atleta vítima de parada cardiorrespiratória. Atribuímos este fato aos últimos

episódios de morte súbita apresentados no meio esportivo, com isso aumentou o interesse dos

atletas sobre esta área.

GHORAYEB (2007) afirmar que quando o jogador Serginho atleta do São Caetano sofreu

uma parada cardiorrespiratória durante uma partida de futebol, muitos culparam a equipe que

prestou o atendimento ao zagueiro pelo falecimento do jogador, na verdade não havia

experiência e maior preocupação com esses tipos de acontecimento.

A morte do jogador Serginho foi um marco dentro do meio esportivo, desde então foram

estabelecidas leis nacional para que o suporte básico de vida fosse exercido por pessoas

capacitadas. Entretanto sabemos que a morte não escolhe hora nem lugar para acontecer e que

a lei obriga que se tenham equipes treinadas em lugares onde a circulação seja de mais de

1500 pessoas, ignorando que os treinos são realizados de forma fechada, ou seja, com um

numero menor de pessoas presentes por isso à necessidade de capacitação para que os

mesmos saibam prestar um atendimento adequado a uma eventual vitima. Vale ainda ressaltar

que nem sempre existem equipes de saúde nos lugares onde são preconizados como estádio e

ginásios, pois se o atendimento tivesse sido prestado de forma correta, sem pular etapas,

muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas.

Page 68: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

68

Distribuição quanto à pergunta: “Você se sente preparado para agir durante uma

Parada Cardiorrespiratória”?

Figura 12(a) - Opinião dos atletas quanto ao Figura 12 (b) – Opinião dos atletas quanto ao

preparo para agir diante de uma vitima de PCR ( pré-teste). preparo para agir diante uma vitima de PCR( pós-teste).

Analise: Observamos que no pré-teste 25% dos participantes disse se sentir

preparados para agir diante de uma vitima de parada cardiorrespiratória. Consideramos que os

atletas acreditavam que este tipo de atendimento deveria ser prestado somente pela equipe de

saúde ou que era necessário um amplo conhecimento. GUSMÃO (2006 p. 53) relata que a

parada cardiorrespiratória é considerada como risco eminente de morte e circunstâncias

inesperadas como essa abalam os serem humanos. As pessoas sentem uma sensação de

incapacidade diante de tal acontecimento, e na maioria das vezes a população sem capacitação

adequada para o atendimento auxilia a vitima apenas por solidariedade, podendo assim

comprometer o atendimento.

No pós-teste 76% passou a se sentir aptos a agir diante de uma vitima de parada

cardiorrespiratória, demonstrando então a importância de se divulgar mais os treinamentos no

meio esportivo treinando os próprios atletas para que os mesmos saibam reconhecer e agir

diante de uma vitima de parada cardiorrespiratória sem comprometer o atendimento inicial

para que assim então possa aumentar a chance de sobrevida dessa vitima.

Page 69: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

69

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 70: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

70

Diante dos resultados obtidos verificou-se que os atletas possuem conhecimento a respeito de

como tem que ser prestado o atendimento a uma vitima de parada cardiorrespiratória, porem

são incompletos ou incorretos prejudicando assim o atendimento prestado.

Por não apresentarem adequado entendimento e fundamentação das etapas do SBV, o

atendimento incorreto pode acarretar prejuízos na reanimação, pois no pré- teste apenas 32%

sabia as etapas do suporte básico de vida, entretanto no pós-teste observamos que 76% dos

participantes assinalaram a alternativa correta, ou seja, demonstrando que a educação foi

eficaz.

Observamos que houve um grande interesse dos atletas sobre o tema, talvez pelo aumento do

número de mortes súbitas ocorridas no meio esportivo. Podemos constatar através da

participação destes com perguntas e discussões originadas no decorrer da educação e

principalmente na parte pratica, foi quando notamos o anseio de todos em aprender as

manobras de reanimação cardiopulmonar com devida seriedade e responsabilidade que

compete ao tema.

Consideramos que os atletas tiveram um bom entendimento sobre o estudo, no conteúdo

teórico souberam responder o pós- teste, quanto o objetivo da reanimação e a sequência do

suporte básico de vida, que corresponde a corrente de sobrevida.

Porém na prática não aconteceu o mesmo, pois foi observado que todos os atletas

apresentaram dificuldade em realizar as manobras de reanimação, fato este compreensível já

que foi a primeira vez que tiveram contato com as manobras. Para a realização eficaz do

mesmo, é imprescindível uma capacitação continua, através de divulgação e treinamentos

periódicos, de modo que se torne uma rotina à realização das manobras de reanimação

cardiopulmonar pelos atletas para que assim possam agir diante de uma emergência.

Comprovando-se com isso que se campanhas públicas de capacitação em suporte básico de

vida deveriam ser instituídas no meio esportivo.

Page 71: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

71

REFERÊNCIAS

Page 72: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

72

ALMEIDA, Roberta; HOFFMAN, André; NAKAMURA, Eunice. TREINAMENTO DA

REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR NAS ESCOLAS. Disponível em

www.uniandrade.edu.br. Acessado dia 16 Março. 2010.

ALVES, Tatiane Suely; COGO, Ana Luísa. BUSCANDO EVIDÊNCIA PARA

CAPACITAÇÃO EM SUPORTE BASÍCO DE VIDA. Disponível em

http://bases.bireme.br/. Acessado em 27/ Fevereiro. 2009.

ALVES, Nilson; NAKAMURA, Eunice. ENFERMEIRO INTEGRANDO A EQUIPE DE

SUPORTE BASÍCO DE VIDA. Disponível em www.uniandrade.edu.br Acessado em

16/Março. 2010.

ARAUJO et al. ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE GRAVEMENTE

ENFERMO . 2 ed. Editora Atheneu. São Paulo. 2008.

BASTOS el al REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATORIA NA UNIDADE DE

EMERCÊNCIA. Disponível em

http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_8099/artigo_sobre_reanimacao_cardiorrespirato

ria_na_unidade_de_emergencia. Acessado em 22/Outubro 2010.

BERGAMASCHI, João; MATSUDO Sandra; MATSUDO Victo.MORTE SÚBITA EM

ATLETAS JOVENS: CAUSAS E CONDUTAS. Disponível em

http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/768/771. Acessado

dia16/Março. 2010

BRONZATO H. A; SILVA R. P; STEIN R. MORTE SÚBITA RELACIONADA AO

EXERCÍCIO. Revista Brasileira de Medicina do Esporte vol 7 nº 5.Niterói outubro 2001.

Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-

86922001000500004. Acessado em 15/Abril. 2010.

CALIL. M.Ana; PARANHOS Y.Wana. O ENFERMEIRO E AS SITUAÇÕES DE

EMERGENCIA. São Paulo. Editora Atheneu. 2007.

CANESIN, Manoel, et al “TEMPO É VIDA”- UM DEVER DE CONSCIENTIZAÇÃO

DA MORTE SÚBITA. Arquivo Brasileiro Cardiologia vol.84 nº 6 São Paulo June 2005.

Disponível em http://www.scielo.br/pdf/abc/v84n6/a01v84n6.pdf. Acessado em 15/Fevereiro.

2010.

Page 73: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

73

CANESIN, Manoel, et al. CAMPANHAS PÚBLICAS DE RESSUCITAÇÃO

CARDIOPULMONAR: UMA NECESSIDADE REAL. Disponível em

http://www.socesp.org.br/revistasocesp/edicoes/volume11/v11_n02_tx29.asp?posicao=compl

eto&v=&n=. Acessado em 15/ Setembro. 2010.

CARVALHO. B. Clovis. LEI Nº 14.641 QUE INSTITUI A OBRIGATORIEDADE DO

DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMATICO (DEA) EM LOCAIS PÚBLICOS.

Disponível em http://www.socorristas.org.br/dea.htm. Acessado em 09/Setembro. 2010.

CREMESP, CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Disponível em http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=BuscaCanalCidadao&nota=178.

Acessado em 09/Agosto. 2010.

ELSEVIER A. Barbara. MORTE SÚBITA E ATIVIDADE FÍSICA. Disponível em

http://www.ciclismobrasil.com.br/003/00301015.asp?ttCD_CHAVE=70239. Acessado em

02/Junho. 2010.

FEREZ David. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR,São Paulo, 2006. Disponivel em

www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp-ferez.pdf>. Acessado em 15/Outubro 2010.

FILHO F.S.Gilson et al .ATUALIZAÇÕES EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

: O QUE MUDOU COM AS NOVAS DIRETRIZES! Revista brasileira terapia intensiva

vol 18 nº2 São Paulo 2006. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbti/v18n2/a11v18n2.pdf.

Acessado em 18/ Março 2010.

GUSMÃO, Danielle. AÇÃO EDUCATIVA DE CAPACITAÇÃO COMUNITÁRIA

PARA RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR NO MUNICÍPIO DE

BANDEIRANTES NO PARANÁ-2006 p13. Trabalho de conclusão de curso de

(Enfermagem). Fundação Faculdade “Luis Meneguel”. Bandeirantes- PR.

GUIMARÃES et al .UMA BREVE HISTÓRIA DA RESSUCITAÇÃO

CARDIOPULMONAR. Revista Sociedade Brasileira Clínica Médica, Campinas 2009.

Disponível em

http://lildbi.bireme.br/lildbi/docsonline/lilacs/20090700/655_07_historia_RBCM_v7_n3.pdf.

Acessado em 07 Junho 2010.

Page 74: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

74

GHORAYBE, Nabil; CRUZ Fernando Eugênio dos Santos; DIOGUARDI Giuseppe.

MORTE SÚBITA DE ATLETAS. FATO NOVO?Arquivo Brasileiro Cardiologia vol.89 nº

6 São Paulo Dec 2007 Disponível em http://www.scielo.br/scielo. php?pid=S0066-

782X2007001800015&script=sci_arttext. Acessado dia 18/Março 2010.

GHORAYBE, Nabil; ANTUNES Murillo. MORTE NO ESPORTE: TRAGÉDIAS QUE

PODEM SER EVITADAS COM AVALIAÇÕES. Disponível em

http://drosmar.com/mortes-no-esporte-tragedias-que-podem-ser-evitadas-com-avaliacoes/

Acessado 22/Outubro 2010.

GHORAYBE, Nabil ET AL. MORTE SÚBITA CARDÍACA EM ATLETAS:

PARADOXO POSSÍVEL DE PREVENÇÃO. Disponível em

http://200.220.14.51/revistasocesp/edições/volume 15/pdf/n03.pdf#page=77.

Acessado dia 12/Março. 2010.

GHORAYBE, Nabil et al. MORTE SÚBITA NA ATIVIDADE FÍSICO-ESPORTIVA.

Disponível em

http://www.vivatranquilo.com.br/saude/colaboradores/sempre_forma/exercicios_fisicos/infor

macoes_uteis/mat5.htm. Acessado em 04/Agosto. 2010.

GHORAYBE, Nabil. MORTE SÚBITA AO VIVO E A CORES. Disponível em

http://www.lincx.com.br/lincx/saude_a_z/por_vida_saudavel/morte_cores.asp

Acessado em 10/Agosto 2010.

GEYGER Rafael. SALVANDO VIDAS. Disponível em www.resvitaemergencia.com.br.

Acessado em 15/Setembro 2010.

JORNAL ESTADÃO. Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/geral,em-sp-21-

mil-podem-ser-vitimas-de-morte-subita,518825,0.htm acessado em 13/Junho de2010.

HALPERIN, Cidio. CAUSA DE MORTE SÚBITA EM ATLETAS. Disponível em

http://foradoponto.blogspot.com/2009/09/causas-de-morte-subita-em-atletas.html.

Acessado dia 18/Março. 2010.

NASTARI, Luciano; ALVES, Nunes. N. Janieri, Maria; MADY, Charle.

MIOCARDIOPATIAS: ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE. Disponível em

http://bases.bireme.br/. Acessado em 04/Agosto. 2010.

Page 75: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

75

MENEZES et al. O CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

SOBRE ANTEDIMENTO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM PARÁ DE

MINAS, PAPAGAIOS E PITANGUI/MG. Revista Digital FAPAM. Pára de Minas

nº1.2009. Disponível em

http://www.fapam.edu.br/revista/upload/8092009182430artigo_PCR-MARISA.pdf.

Acessado 20/Outubro. 2010

OLIVEIRA M.R.Marcelo; RIBEIRO L. MARLENE; MORAIS M.Willian.

DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMATICO ANALISE DO DESEMPENHO

TEORICO E PRATICO DE UMA TURMA DE FORMANDOS DE ENFERMAGEM. Disponível em

http://www.atlanticaeditora.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=728:eb

v7n6artigo2&catid=125&Itemid=68. Acessado em 13/Outubro de 2010.

OLIVEIRA B. A. Marcos; LEITÃO B. Marcelo. MORTE SÚBITA NO EXERCÍCIO E

NO ESPORTE. Revista Brasileira Medicina do Esporte vol 11 Agosto. 2005.Disponível em

http://www.cbda.org.br/arquivos/2005/08/2005,08,21,389.pdf . Acessado em 05/Agosto de

2010.

OLIVEIRA M. Celso. RESPONSABILIDADE CIVIL NO ESPORTE. Disponível em

http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=429 Acessado em 01/Outubro 2010.

PERGOLA, ALINE; ARAUJO Izilda, O LEIGO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA.

Revista da Escola de Enfermagem da USP vol.42 nº4. São Paulo Dec.2008. Disponível em

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342008000400021&script=sci_arttext

Acessado em 23/Abril. 2010.

PAZIM, Filho et al. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA(PCR) Simpósio:

URGENCIA E EMERGENCIAS CARDIOLOGICAS. 2003 Disponível em

http://www.fmrp.usp.br/revista/2003/36n2e4/3_parada_cardiorrespiratoria.pdf. Acessado em

07/Outubro. 2010.

QUILICI, Ana; NUNES Tatiane; Timermam Sergio. MORTE SÚBITA E PARADA

CARDIORREPIRATÓRIA. Disponível em http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nex

tAction=lnk&exprSearch=525227&indexSearch=ID

Acessado em 12/Abril. 2010.

Page 76: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

76

KAIKE, C. Daniel; MACHI, F. Jacqueline; WICHI, B. Rogério. MORTE SUBITA

DURANTE O EXERCICIO FISICO. Revista Mackenzine de Educação e Esporte vol 7

n1.2008. Disponível em www3.mackenzine.br/editora/índex.php/remef/article/view/.../927.

Acessado 06/Agosto 2010.

KNOBEL Elias et al. TERAPIA INTENSIVA ENFERMAGEM. São Paulo

Editora Atheneu. 2006.

ROWLAND, W, Thomas; DIAGNÓSTICO DE RISCO DE MORTE SÚBITA EM

ATLETAS JOVENS PROBLEMAS CARDÍACOS. Disponível em

http://www.gssi.com.br/artigo/70/sse-26-diagnostico-do-risco-de-morte-subita-em-atletas-

jovens-com-problemas-cardiacos. Acessado em 09/Agosto. 2010

RATTON ET al EMERGENCIAS MEDICAS E TERAPIA INTESIVA 1 ed .Rio de

Janeiro: Editora Guanabara .2005.

NUNES, Newton. CORREDORES E MORTE SÚBITA. Disponível em

http://www.luzimarteixeira.com.br/2009/06/corredores-e-morte-subita. Acessado em

12/Agosto. 2010.

SIEBRA, Felipe; FEITOSA Gilson. MORTE SÚBITA EM ATLETAS: FATORES

PREDISPONENTES. Disponível em

http://lildbi.bireme.br/lildbi/docsonline/lilacs/20090300/133-LILACS-UPLOAD.pdf

Acessado em12/Março. 2010.

SILVEIRA Julliane. RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA REDUZ CHANCE DE

SOBREVIDA. Disponível em http://www.medicinaintensiva.com.br/parada-cardiaca-

ventilacao.htm. Acessado em 10/Setembro. 2010

STEIN, Ricardo. DOENÇAS CARDÍACAS. Disponível em

http://www.saudesaude.com.br/saudesaude/arquivo.php?Numero=117 Acessado em13/Abril.

2010.

SOUSA S. BOLIVA. CORAÇÃO DE ATLETA. Disponível em

http://www.centrodeestudos.org.br/pdfs/coracao1.pdf. Acessado em 16/Abril. 2010.

SILVEIRA, Julliane. RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA REDUZ CHANCES DE

SOBREVIVÊNCIA. Disponível em www.medicianaintensiva.com.br.

Acessado em 09/Setembro de 2010.

Page 77: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

77

ANEXOS

Page 78: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

78

ANEXO A

Page 79: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

79

QUESTIONÁRIO – ATLETAS

1- Sexo: ( ) F

( ) M

2- Idade: ( ) 18 a 25 anos

( ) 26 a 35 anos

( ) 36 a 45 anos

( ) 46 a 55 anos

3- O que é Parada Cardiorrespiratória?

( ) Quando o coração para de bater.

( ) Quando a respiração e o coração param.

( ) Quando se tem uma hemorragia constante, ou seja, perda de muito sangue.

( ) Quando o peito dói.

4- Como você identifica uma Parada Cardiorrespiratória?

( ) Dor no peito, no braço, queimação e azia.

( ) Náusea, falta de ar, vômito.

( ) Quando a pessoa não responde ao chamado, não respira e esta sem pulso.

( ) Aperto no peito, dor nas costas e braços, vômito e sensação de morte eminente.

5- Como agir diante de uma pessoa inconsciente com Parada Cardiorrespiratória?

( ) Verifica se a pessoa esta respirando, se não estiver, faz massagem cardíaca e

respiração boca a boca.

( ) Sai correndo para pedir ajuda o mais rápido possível (chama o bombeiro, a

ambulância ou a policia) e fica aguardando socorro junto com a pessoa.

( ) Leva a pessoa para o hospital o mais rápido possível, com o seu próprio carro ou o

carro de alguém, porque se fosse esperar o socorro chegar demoraria.

( ) Verifica se a pessoa esta consciente, respirando e se tem pulso, se não tiver pede para

alguém ou você mesmo chama ajuda e imediatamente você começa a fazer massagem

cardíaca e respiração boca a boca até o socorro chegar.

6- Na manobra de Ver, Ouvir e Sentir se utiliza para:

( ) Procurar sinais de circulação.

( ) Posicionar as mãos para realizar as compressões torácicas.

( ) Buscar por respiração.

( ) Pedir ajuda.

Page 80: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

80

7- Ao identificar uma parada respiratória, qual será o 1º passo a ser tomado?

( ) Desobstruir vias aéreas

( ) Fazer 2 ventilações.

( ) Iniciar as massagens cardíacas.

( ) Verificar o pulso.

8- Ao presenciarmos uma pessoa em parada cardíaca qual será o procedimento a ser

tomado:

( ) Iniciaremos 5 ventilações e 30 massagens cardíacas

( ) Iniciaremos 5 ventilações e 15 massagens cardíacas

( ) Iniciaremos 2 ventilações e 15 massagens cardíacas

( ) Iniciaremos 2 ventilações e 30 massagens cardíacas

9- Na Reanimação Cardiopulmonar o objetivo é:

( ) Acordar a vítima e manter vias aéreas pérvias

( ) Avaliar nível de consciência e verificar pulso

( ) Restabelecer circulação e oxigenação

( ) Avaliar nível de consciência e restabelecer a circulação

10- Faz parte do Suporte Básico de Vida:

( ) Buscar por responsividade, pedir ajuda, liberar vias aéreas e iniciar massagem

cardíaca

( ) Buscar responsividade, manter ventilação, verificar pulso e iniciar massagem

cardíaca

( ) Liberar vias aéreas, manter ventilação, iniciar massagem cardíaca e desfibrilar

( ) Verificar pulso, avaliar nível de consciência, iniciar massagem cardíaca e

desfibrilar

11- Você acredita que o treinamento dos atletas influenciaria no atendimento ao atleta vítima

de Parada Cardiorrespiratória durante uma atividade física?

( ) Sim ( ) Não

12- Você se sente preparado para agir durante uma Parada Cardiorrespiratória?

( ) Sim ( ) Não

Page 81: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

81

ANEXO B

Page 82: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

82

APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS

Page 83: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

83

Page 84: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

84

TEÓRICA – PRÁTICA

Page 85: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

85

Page 86: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

86

Page 87: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

87

Page 88: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

88

ENCERRAMENTO

Page 89: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

89

APÊNDICE

Page 90: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

90

APÊNDICE A

Page 91: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

91

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título da pesquisa: Ação educativa para o reconhecimento e atendimento da parada

cardiorrespiratória entre atletas do município de Assis-SP.

Prezado(a) Senhor(a):

• Você está sendo convidado(a) a responder às perguntas deste questionário de forma

totalmente voluntária.

• Antes de concordar em participar desta pesquisa e responder este questionário, é importante

que você compreenda as informações e instruções contidas neste documento.

• Você tem liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em

qualquer fase da pesquisa

O objetivo deste estudo é comparar o conhecimento dos atletas, sobre o tema em questão

antes e após a intervenção (ação educativa). Sua cooperação nesta pesquisa consistirá em

participar da palestra ministrada e no preenchimento do questionário, respondendo às

perguntas formuladas. O preenchimento deste questionário não representará qualquer risco de

ordem física ou psicológica para você. As informações fornecidas serão confidenciais e de

conhecimento apenas dos pesquisadores responsáveis. Os sujeitos da pesquisa não serão

identificados em nenhum momento, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem

divulgados. Os pesquisadores se comprometem a divulgar os dados deste trabalho, visando

uma contribuição coletiva para este público.

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu

consentimento em participar da pesquisa.

___________________________

Nome do Participante da Pesquisa

______________________________

Assinatura do Participante da Pesquisa

__________________________________

Assinatura do Pesquisador

Pesquisadores

Sara Camara Alves (18) 97951776

Rua: Durval Carpintieri 191 – Assis – SP

Page 92: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

92

Silvana Aparecida Alves (18) 97854521

Rua: Distrito Federal 220 – Echaporã – SP

Orientadora: Ivana da Silva Semeghini Assis – SP

Page 93: SARA MILQUE CAMARA ALVES SILVANA APARECIDA ALVES · AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso ... (Advanced Cardiac Life Support) – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia JAIRÃO:

93

APÊNDICE B