SARNA SARCÓPTICA EM CÃES

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  • 8/14/2019 SARNA SARCPTICA EM CES

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    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE MEDICINA VETERINRIA ISSN: 1679-7353

    Revista Cientfica Eletrnica de Medicina Veterinria uma publicao semestral da Faculdade deMedicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela AssociaoCultural e Educacional de Gara ACEG. Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Janeiro de 2008 Peridicos Semestral

    SARNA SARCPTICA EM CES

    FERRARI, Maria Luiza de Oliveira Pinto

    PRADO, Maysa de Oliveira

    SPIGOLON, Zenilda

    Acadmicos da Associao Cultural e Educacional de Gara FAMED

    [email protected]

    PICCININ, Adriana

    Docente da Associao Cultural e Educacional de Gara-FAMED

    [email protected]

    RESUMO

    A sarna sarcptica uma dermatose parasitria causada por um caro designado por

    Sarcoptes scabiei. Este parasita externo tem expresso clnica em diversos animais

    domsticos: co e gato, roedores e coelhos, equinos, ovinos (onde apelidada de "ronha"),

    caprinos e bovinos. uma parasitose altamente contagiosa entre animais e pode

    inclusivamente afectar o Homem. O contgio d-se por exposio ao caro, isto , contacto

    directo com animais afectados, com instrumentos de higiene ou mesmo com os locais onde

    existem animais afectados. O caro pode resistir alguns dias fora do hospedeiro no meio

    ambiente.

    Palavras chave: ces, sarna sarcptica

    ABSTRACT

    The sarcoptica scabies is a parasitic dermatosis caused by a mite assigned for

    Sarcoptes scabiei. This external parasite has clinical expression in diverse domestic animals:

    goat and bovine dog and cat, rodents and rabbits, equinos, ovinos (where it is nicknamed

    ronha). It is a highly contagious parasatism between animals and can inclusively afectar the

    Man. I infect of - for exposition the mite, that is, direct contact with afectados animals,

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    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE MEDICINA VETERINRIA ISSN: 1679-7353

    Revista Cientfica Eletrnica de Medicina Veterinria uma publicao semestral da Faculdade deMedicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela AssociaoCultural e Educacional de Gara ACEG. Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Janeiro de 2008 Peridicos Semestral

    instruments of same hygiene or with the places where they exist animal afectados. The mite

    can resist some days is of the host in the environment.

    Keywords: dogs, sarcoptica scabies

    1. INTRODUO

    O parasita localiza-se na pele dos animais e gera uma dermatite muito

    pruriginosa e generalizada. O animal apresenta-se, na maioria dos casos, com

    pequenas crostas hemorrgicas e perda da pelagem nas regies ventral, axilar,

    codilhos e curvilhes (correspondem aos cotovelos e calcanhares dos

    humanos) e no focinho, mas o quadro clnico pode ser mais abrangente. Adermatite acompanhada invariavelmente por produo exagerada de

    gordura, dando um aspecto e odr "ranoso" ao animal. O prurido intenso pode

    mascarar as leses primrias com o aparecimento de feridas provocadas pelo

    coar ou mordiscar. O co sem dvida o animal de companhia mais atingido,

    especialmente se trata de um co vadio ou em canis de recolha de ces

    abandonados. O gato s raramente infectado. O diagnstico da doena de

    pele faz-se pelo aspecto clnico do animal junto com a confirmao dapresena do caro na pele por um exame (raspagem de pele e observao ao

    microscpio). Muitas vezes, e apesar do animal ser portador, o caro no

    encontrado no exame referido. Este fato no deve ser suficiente para excluir

    esta doena dos diagnsticos possveis. A resposta positiva medicao

    acaricida (destinada a destruir os caros) tambm diagnstica.

    O aparecimento simultneo de vrios animais com o mesmo problema

    ajuda a limitar as possibilidades de diagnstico. Outras dermatoses parasitrias

    ou alrgicas devem incluir-se no diagnstico diferencial.O tratamento consiste

    na medicao acaricida associada a medicao sintomtica segundo

    necessrio, (antibioterapia, terapia do prurido, banhos anti-spticos,

    suplementos nutricionais especficos...). A medicao acaricida pode ser

    administrada sob a forma injetvel (sempre pelo mdico veterinrio) assistente,

    em banhos medicamentosos ou por via oral. Na minha prtica clnica o

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    tratamento injetvel tem tido uma eficcia de 100%, desde que acompanhada

    de tratamento sintomtico adequado. As melhorias no aspecto do animal so

    visveis poucos dias aps o incio do tratamento e, em regra, a cura completa

    pode ser conseguida em duas semanas de tratamento. Casos graves ou

    crnicos podem demorar mais tempo, no pela ineficcia da medicao

    acaricida, mas pela dificuldade em reverter s alteraes que se vo

    produzindo na pele do animal (seborria oleosa, hiperqueratose,

    hiperpigmentao, ou seja, pele espessa, escura e gordurosa).

    O isolamento dos animais infectados deve ser escrupulosamente

    seguido bem como os cuidados de proteo (luvas, roupa descartvel...) ao

    realizar o tratamento, pelo risco de contgio fcil desta doena de pele. O

    ambiente contaminado por caros deve ser higienizado e tratado com um

    produto acaricida. Todos os animais co-habitantes devem ser tratados

    simultaneamente.

    O objetivo desse trabalho foi descrever a sarna sarcptica em ces.

    2. DESENVOLVIMENTO

    A sarna sarcptica uma dermatose papulocrustosa e intensamente

    pruriginosa dos ces, causada pelo acaro epidrmico Sarcoptes sacbiei

    embora ele seja razoavelmente hospedeiro - especifico, o caro pode afetar

    gatos, raposas e o homem por perodos variveis de tempo.

    O caro adulto microscpico, possui uma forma grosseiramente

    circular e se caracteriza por dois pares de pernas curtas craniais (que portam

    longas hastes no-articuladas com ventosas) e dois pares de pernasrudimentares caudais, que no se estendem alm da borda do corpo.

    O parasita completa o seu ciclo vital (ovo - larva - ninfa - adulto) em 17 a

    21 dias nos tneis do estrato crneo.A sarna sarcptica altamente contagiosa

    e primariamente transmitida atravs do contato direto, mas os instrumentos

    de higiene e os canis podem albergar os caros, (BIRCHARD, 1998).

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    Tratar com escabicida os ces acometidos e todos aqueles que tiveram

    contato. O tratamento tradicional consiste em banhar os ces com um xampu

    anti-seborrico para remover crostas, seguido pela aplicao de um escabicida

    tpico, por todo o corpo, em intervalos de 7 dias durante, no mnimo, 5

    semanas. Os produtos tpicos eficazes incluem: Soluo de sulfeto de clcio

    2% a 3% organoclorados, (HCL, bromocicleno). Organofosforados (malation,

    fosmet, mercaptometil ftalimida), (MEDLEAU, 2003).

    Ivermetica usar com extremo cuidado em collies, Shetland, Sheepdogs,

    Australian Shepherds e seus mestios; mais provvel ocorrer intoxicao em

    ces de raas do tipo pastor. Em virtude de reao de hipersensibilidade, pode

    levar at 4-6 semanas para que desapaream o prurido intenso e os sinais

    clnicos. Tratamentos tpicos tendem a falhar, pela aplicao incompleta da

    soluo de tratamento.

    Pode ocorrer reinfeico se o contato com ces infectados continuar.

    Considerar sempre sarna sarcptica como uma possvel causa de prurido em

    ces alrgicos que deixam de responder terapia esteride.

    Aproximadamente 30% dos ces com infestao por sarcoptestambm

    reagiro a antgenos da poeira domstica. Pessoas que entram em contato

    ntimo com um co afetado podem desenvolver erupo cutnea papular

    pruriginosa nos braos, peito ou abdmen, leses em seres humanos

    geralmente so transitrias, e devero sarar espontaneamente depois que os

    animal afetado tiver sido tratado; se as leses persistirem, os clientes devero

    consultar um dermatologista, (RHODES, 2005).

    3. CONCLUSO

    O isolamento dos animais infectados deve ser escrupulosamente

    seguido bem como os cuidados de proteo, (luvas, roupa descartvel...) ao

    realizar o tratamento, pelo risco de contgio fcil desta doena de pele. O

    ambiente contaminado por caros deve ser higienizado e tratado com um

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    produto acaricida. Todos os animais co-habitantes devem ser tratados

    simultaneamente.

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1. BICHARD, J. Clnica de pequenos animais, 1998. p.9, p.335, p.421.

    2. MEDLEAU, L. Dermatologia de pequenos animais. So Paulo, 2003. p.69.

    3. RHODES, K. H. Dermatologia de pequenos animais consulta em cinco

    minutos, So Paulo, 2005. p.198-202, p.517-518.