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Tema: negligência e violência nas crianças e repercussões no seu desenvolvimento. Enquadramento A adolescência é uma fase da vida marcada pelas importantes transformações físicas, psicológicas e sócias, em torna de um busca a uma identidade pessoal e social. No entanto, os maus—tratos dificultam o desdobrar dessas tarefas, pois numa dinâmica familiar podem ser executadas de maneiras diferente, com recurso à violência física, psicológica, sexual, negligência e até abandono. Uma vez que os cuidadores são o primeiro modelo de referência nas crianças, numa situação de maus-tratos, o padrão de vinculação e o relacionamento com o outro fica comprometido. É neste sentido que se refere importante compreendes as memórias práticas parentais educativas dos jovens se são carinho, amor, afecto, apoio, humilhação, manipulação e rejeição. Identidade A adolescência é uma dialéctica identidade versus confusão de identidade. È a interacção com os outros que se desenvolve a identidade, bem como partindo dos conflitos sociais, um grande potenciador ao autodesenvolvimento. As teorias de identificação dão importância a 4 processos: identificação como processo de diferenciação entre o eu e o outro; identificação como base a vinculação com os outros; identificação resultando da imitação e observação e; identificação como resultante da capacidade cognitiva e de se reconhecer como membro de uma categoria social e desejo de se igualar a membros da mesma categoria. É através do processo de diferenciação que se faz a identidade, durante a infância os modelos comuns são os pais e os irmãos, daí a importância de uma boa vinculação com os cuidadores de modo a não vir afectar mais tarde a identidade. Tipo de vinculação A capacidade de uma vinculação emocional constitui um factor importante para o funcionamento e o desenvolvimento psicológico nos indivíduos. Já desde cedo, as crianças vão traçando modelos internos de relação com os cuidadores primários de vinculação, potenciando o desenvolvimento de uma imagem de si mesma e uma imagem do outro. Neste sentido, são as relações com os cuidadores que influenciarão as relações posteriores. os comportamento de vinculação podem ser classificados com base em 3 categorias: a procura de proximidade; uma base segura e; ansiedade de separação. Estas possibilitam classificar o tipo de vinculação: segura; insegura; evitante e; ansiosa/ambivalente. Segura suporte parental; respeito da individualidade; encorajamento autonomia; comunicação direta Insegura – Família marcadas comportamento rejeitante; incerteza quanto apoio parental; pressões parentais distorcidas e encobertas. Evitantes – minimizam as expressões das emoções negativas na presença da figura de vinculação percebida como rejeitante ou ignorando as mesmas emoções. Ambivalente – maximizam a expressão de emoções negativas e a exibição de comportamento Negligência Existem várias formas de maus-tratos contra jovens e criança, maus-tratos ativos (adoçao comportamentos contrários com as necessidades das crianças e maus- tratos passivos, omissão e alheamento por parte cuidadores perante a respostas as necessidades fundamentais).

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Page 1: saúde cab

Tema: negligência e violência nas crianças e repercussões no seu desenvolvimento.

Enquadramento

A adolescência é uma fase da vida marcada pelas importantes transformações físicas, psicológicas e sócias, em torna de um busca a uma identidade pessoal e social. No entanto, os maus—tratos dificultam o desdobrar dessas tarefas, pois numa dinâmica familiar podem ser executadas de maneiras diferente, com recurso à violência física, psicológica, sexual, negligência e até abandono.

Uma vez que os cuidadores são o primeiro modelo de referência nas crianças, numa situação de maus-tratos, o padrão de vinculação e o relacionamento com o outro fica comprometido. É neste sentido que se refere importante compreendes as memórias práticas parentais educativas dos jovens se são carinho, amor, afecto, apoio, humilhação, manipulação e rejeição.

Identidade

A adolescência é uma dialéctica identidade versus confusão de identidade. È a interacção com os outros que se desenvolve a identidade, bem como partindo dos conflitos sociais, um grande potenciador ao autodesenvolvimento. As teorias de identificação dão importância a 4 processos: identificação como processo de diferenciação entre o eu e o outro; identificação como base a vinculação com os outros; identificação resultando da imitação e observação e; identificação como resultante da capacidade cognitiva e de se reconhecer como membro de uma categoria social e desejo de se igualar a membros da mesma categoria. É através do processo de diferenciação que se faz a identidade, durante a infância os modelos comuns são os pais e os irmãos, daí a importância de uma boa vinculação com os cuidadores de modo a não vir afectar mais tarde a identidade.

Tipo de vinculação

A capacidade de uma vinculação emocional constitui um factor importante para o funcionamento e o desenvolvimento psicológico nos indivíduos. Já desde cedo, as crianças vão traçando modelos internos de relação com os cuidadores primários de vinculação, potenciando o desenvolvimento de uma imagem de si mesma e uma imagem do outro. Neste sentido, são as relações com os cuidadores que influenciarão as relações posteriores. os comportamento de vinculação podem ser classificados com base em 3 categorias: a procura de proximidade; uma base segura e; ansiedade de separação. Estas possibilitam classificar o tipo de vinculação: segura; insegura; evitante e; ansiosa/ambivalente.

Segura – suporte parental; respeito da individualidade; encorajamento autonomia; comunicação direta

Insegura – Família marcadas comportamento rejeitante; incerteza quanto apoio parental; pressões parentais distorcidas e encobertas.

Evitantes – minimizam as expressões das emoções negativas na presença da figura de vinculação percebida como rejeitante ou ignorando as mesmas emoções.

Ambivalente – maximizam a expressão de emoções negativas e a exibição de comportamento

Negligência

Existem várias formas de maus-tratos contra jovens e criança, maus-tratos ativos (adoçao comportamentos contrários com as necessidades das crianças e maus-tratos passivos, omissão e alheamento por parte cuidadores perante a respostas as necessidades fundamentais). A negligencia é considerada: ativa (intenção causar danos) e passiva (incapacidade de cuidar). Negligencia definida em vários domínios : físico, psicoafectivo, educativo, escolar) Claramente nestas situações – vinculação ambivalente e insegura

Consequências Todos estes factores podem tornar uma criança de baixa auto-estima, cm uma identidade negativa de forma a ver seu reflexo negro e o aumento de duvidas internas. A violência familiar constitui um fator risco para o envolvimento de relações abusivas em adulto. A violência causa reacções de medo, agressão e inibição de comportamento; as crianças tendem a culpabilizar-se pela violência e a permanência num ambiente violento aumento sentimentos de insegurança emocional projectando dificuldade em controlar emoções e afectando o relacionamento interpessoal. As crianças vitimas podem seguir uma linha depressiva ou através do processo de modelagem, em que os pais transmitem aos filhos formas erradas de educar. Potencia a internalização de papéis violentos influenciando esse comportamento ao modo como se expressa frustração passando a agressora. Possibilidade de ser tb autoagressor. Consequencia que variam de criança devido aos contexto……

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Dinâmica familiar

Os estilos parentais variam de acordo com duas dimensões: permissividade/severidade e calor humano/ hostilidade em que respectivamente temos uns pais demasiado liberais; uns pais de regras fixas; uns pais com afecto e aprovação e uns pais frios e indiferentes. 2 eixos derivam de 4 padrões: autoritário(poder unilateral, directivo, punições físicas com suporte afectivo redutor), permissivo( afecto e sem exigência de regras), democrático (combinado com calor humano com a exigência de realizações, não punitivo, respeito filho); rejeitante- negligente (indiferente, descomprometido, poucos estruturas da compreensão do mundo e regras sociais)

Sintomatologia

São diversos os estudos na área da violência que demonstram testemunhos de interacções conflituosas entre os cuidadores, podem construir uma situação de stresse resultando nas crianças sintomatologia de internalização e externalização. Sintomatologia desencadeada pela experiencia traumática.Problemas de internalização (isola-se, pânico, mutila-se, depressão, ansiedade) Externalização ( agressiva, mente, comportamentos risco, roubo, álcool , comportamentos sexuais precoces)

Resiliência Apesar de muitas crianças desenvolverem desadaptação, outras pelas suas características internas e sua resistência conseguem construir uma identidade suficientemente sólida. explicar conceito.

Contexto social

O modo como a sociedade conceptualiza o fenómeno da violência cometida contra as crianças em muito determina a sua prevalência nestas populações mais vulneráveis. Desta forma, as atitudes de legitimação da violência e de aceitação enquanto forma adequada de resolver conflitos interpessoais contribuindo para sua utilização. Também o risco de perpetração de maus tratos está associado a um conjunto de factores sociais (desigualdades sociais em função do género, valores apologistas do recurso à violência, ausência de apoios às família e protecção de crianças, falta de boa resposta judicial)

Identificar as crianças

Depressivas, baixo rendimento escolar, hiperactiva, agressividade, problemáticas no comportamento, dificuldades emocionais.