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HISTÓRIA NATURAL DAS HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS DOENÇAS Professora GABRIELLE CURTI Professora GABRIELLE CURTI

Saúde Doença Historia Natural Das Doenças

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HISTÓRIA NATURAL DAS HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇASDOENÇAS

Professora GABRIELLE CURTIProfessora GABRIELLE CURTI

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Medidas de Saúde ColetivaMedidas de Saúde Coletiva

CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA

Saúde – pode ser definida como “ausência de doença”

“Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença.” (OMS, 1948)

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• Concepções mais globalizantes, articulam SAÚDESAÚDE com CONDIÇÕES CONDIÇÕES DE VIDADE VIDA

Desaparecem as separações entre ações curativas e preventivas porque o ambiente pode ter papel curativo importante, assim como a existência de serviços confiáveis de saúde pode exercer a função preventiva pelo sentimento de confiança que cria na população

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I Conferência Internacional sobre I Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde no Canadá, em 1986Promoção de Saúde no Canadá, em 1986

Carta de Ottawa Carta de Ottawa

“A paz, a educação, a habitação, a alimentação, a renda, um ecossistema estável, a conservação dos recursos, a justiça social e a equidade são requisitos fundamentais para a saúde”.

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Constituição Federal, Art. 196Constituição Federal, Art. 196

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas

sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros

agravos”.

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Em seu sentido mais abrangente, é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde.

É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.

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Fatoresgenéticos

Fatoresecológicos

Fatorespolíticos

Fatoreseconômicos

Fatoresculturais

Fatoreseducacionais

Fatoresambientais

FatorespsicológicosFatores

sociais

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Na sociedade existem comunidades, famílias e indivíduos com maior probabilidade do que outros de apresentarem problemas de saúde, acidentes, morte prematura; em contrapartida, há os que apresentam maior probabilidade de apresentarem boas condições de saúde.

A atuação do profissional frente às piores condições de pobreza, se caracteriza pela produção do conhecimento que propiciará intervenção sobre as relações entre as variáveis que constituem as condições de saúde, de forma a alterá-las para melhor.

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HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

- FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

- Fase inicial (ou de suscetibilidade)

- Fase patológica pré-clínica

- Fase Clínica

- Fase de incapacidade residual

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1- Fase Inicial (ou de suscetibilidade) – Nesta fase ainda não há doença propriamente dita,

mas existe o risco de adoecer.

2. Fase Patológica pré-clínica – a doença ainda está no estágio de ausência de sintomas, mas o

organismo apresenta alterações patológicas

3. Fase Clínica – a doença já se encontra em estágio adiantado, com diferentes graus de acometimento.

4. Fase de incapacidade residual – a doença pode progredir para a morte, ou as alterações se estabilizam.

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• Etiologia e Prevenção

– São aspectos muito relacionados. O conhecimento da etiologia, indica melhores caminhos para a prevenção.

• Etiologia (pré-patogênica) - Para possibilitar melhores oportunidades de prevenção dos agravos, é importante o conhecimento da causa da doença.

• Etiologia (fase patológica) - O conhecimento permite adotar critérios para diagnóstico e tratamento.

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FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA • Endógenos: Fatores determinantes que, no quadro

geral da ecologia da doença, são inerentes ao organismo e estabelecem a receptividade do indivíduo.

• Herança genética.

• Anatomia e fisiologia do organismo humano.

• Estilo de vida.

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FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA • Exógenos: Fatores determinantes que dizem

respeito ao ambiente. • Ambiente biológico: determinantes biológicos.

• Ambiente físico: determinantes físico-químicos.

• Ambiente social: determinantes sócio-culturais.

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Classificação dos agentes de doenças

1 – Biológicos – bactérias e vírus

2- Genéticos – translocação de cromossomos (síndrome de Down)

3- Químicos – nutrientes, drogas, gases, fumo, álcool

4- Físicos – radiação, atrito e impacto de veículos a motor

5 – Psíquicos ou psicossociais – estresse do desemprego, trabalho

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MEDIDAS PREVENTIVAS

• Promoção da saúde 

• Proteção específica 

• Diagnóstico precoce 

• Tratamento adequado 

• Limitação da incapacidade 

• Reabilitação 

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CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS

• MEDIDAS INESPECÍFICAS E ESPECÍFICAS –

• As medidas inespecíficas - São medidas gerais, com o objetivo de promover o bem-estar das pessoas.

• As medidas específicas – são medidas restritas, incluem as técnicas próprias para lidar com cada dano em particular.

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NÍVEIS DE PREVENÇÃO  

1. Prevenção Primária – são ações dirigidas para a manutenção da saúde. Ex: educação para saúde e saneamento ambiental.

2. Prevenção Secundária – ações que visam a prevenção para regredir a doença.

3. Prevenção Terciária - as ações se dirigem à fase final do processo, visa reabilitar o paciente.

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Medidas de Saúde ColetivaMedidas de Saúde Coletiva

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

• 1. Promoção da Saúde – ações destinadas para manter o bem-estar, sem visar nenhuma doença.

• Educação sanitária

• Alimentação e nutrição adequadas

• Habitação adequada

• Emprego e salários adequados

• Condições para a satisfação das necessidades básicas para o indivíduo.

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Medidas de Saúde ColetivaMedidas de Saúde Coletiva

2. Proteção específicas – inclui medidas para impedir o aparecimento de uma determinada doença

• Imunização• Exame pré-natal• Quimiprofilaxia• Fluorretação da água• Eliminação de exposição a agentes

carcinogênicos• Saúde Ocupacional

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Medidas de Saúde ColetivaMedidas de Saúde Coletiva

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA• Inquéritos para descoberta de casos na comunidade

•Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos

•Isolamento para evitar a propagação de doenças

•Tratamento para evitar a progressão da doença

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Medidas de Saúde ColetivaMedidas de Saúde Coletiva

PREVENÇÃO TERCIÁRIA 

• Reabilitação (impedir a incapacidade total) • Fisioterapia • Terapia ocupacional • Emprego para o reabilitado • Melhores condições de trabalho para o deficiente• Educação para o público para aceitação dos deficientes• próteses e órteses

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Medidas de Saúde ColetivaMedidas de Saúde Coletiva

MEDIDAS UNIVERSAIS, SELETIVAS E INDIVIDUALIZADAS

MEDIDAS UNIVERSAIS: são recomendações para todas as pessoas, são aplicadas com ou sem assistência profissional.

MEDIDAS SELETIVAS: recomendadas somente para subgrupos da população, que estão em alto risco de adoecer, identificadas por sexo, idade, ocupação ou outra característica marcante.

MEDIDAS INDIVIDUALIZADAS: aplicadas a um indivíduo que está em alto risco para desenvolvimento futuro da doença.

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INCIDÊNCIA – A incidência de uma doença é, estritamente, representada pelo número de novos casos surgidos a cada ano na população

PREVALÊNCIA – Número de casos clínicos ou de portadores existentes em um determinado momento, em uma comunidade, dando uma idéia estática da ocorrência do fenômeno

SURTO - É uma ocorrência epidêmica em lugares estritamente limitado, como: escola, quartel, apartamentos, etc

ENDEMIA- doença localizada em um determinado local, não se espalhando para as outras comunidades, chamadas de faixas endêmicas, porém contínuas.

EPIDEMIA - Quando a doença é caracterizada apenas por uma parte da população, é temporário.

PANDEMIA -é uma epidemia que atinge grandes proporções, como países e continentes, causando inúmeras mortes destruindo cidades e regiões inteiras.

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•Referências bibliográficas •MINAYO M.C.S. Saúde – doença: uma concepção popular da etiologia. Cadernos de Saúde Pública, RJ. 4(4):363-381, 1988. •PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Ed. Guanabara Koogan. 1995. Capítulo 3: Saúde e Doença. •ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Saúde. 6º edição. MEDSI, Rio de Janeiro, 2003, Capítulo 2: Epidemiologia, História Natural e Prevenção de Doenças. •KNAUTH D.R; de OLIVEIRA F.A. Capítulo 15 - Antropologia e atenção Primária à Saúde. Em: Medicina Ambulatorial. Fundamentos e Práticas em Atenção Primária à Saúde.