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Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos 1 Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos Um estudo com 3.316 brasileiros Novembro 2017 Por Thomas A. Case, Ph.D. Mateus A. Martinez, MSc. Filipe W. Macharelli, B.Sc.

Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés ... · Com relação ao IMC, é possível destacar que 38,3% da população apresenta sobrepeso,18,6%, obesidade grau I, 7,2%,

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Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

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Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos

e joelhos

Um estudo com 3.316 brasileiros

Novembro 2017

Por

Thomas A. Case, Ph.D.

Mateus A. Martinez, MSc.

Filipe W. Macharelli, B.Sc.

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Sumário

I – Resumo ......................................................................................................................................... 3

II – Características da amostra ........................................................................................................... 4

III – Saúde e atividade física ............................................................................................................... 9

Percepção de saúde ......................................................................................................................10

Capacidade de fazer atividade física ..............................................................................................11

Tipo de esporte praticado por faixa etária .....................................................................................16

Fatores que influenciam na percepção da saúde ...........................................................................18

IV – Longevidade desejada ................................................................................................................23

V – Dores nos pés, tornozelos e joelhos ............................................................................................28

Tipo de calçado utilizado ...............................................................................................................29

Tipo de calçado por faixa etária .....................................................................................................31

Capacidade de ficar em pé sem dor ...............................................................................................33

Dor nos pés ...................................................................................................................................34

Dor nos tornozelos ........................................................................................................................38

Dor nos joelhos .............................................................................................................................39

Influência das dores na prática de atividade física .........................................................................41

VI – Impacto das dores no cotidiano .................................................................................................42

Influência das dores no humor ......................................................................................................43

Influência das dores na mobilidade ...............................................................................................44

Influência da dor na energia e vigor ..............................................................................................46

Influência da dor na vida social e nos níveis de depressão .............................................................47

Influência das dores na percepção de saúde e longevidade desejada ............................................49

VII – Como as dores são tratadas ......................................................................................................52

VIII – Características dos pés .............................................................................................................54

Número do calçado .......................................................................................................................55

Tipo de pé .....................................................................................................................................55

Volume dos pés.............................................................................................................................57

Deformidades nos pés ...................................................................................................................58

Formato dos dedos .......................................................................................................................60

VIII – Doenças crônicas......................................................................................................................61

Relação das doenças crônicas com a atividade física .....................................................................63

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I – Resumo

Foi realizada uma pesquisa com 3316 pessoas via internet utilizando o software “Survey

Monkey”. A pesquisa investigou a relação entre saúde e qualidade de vida com características dos

pés, tornozelos e joelhos. A pesquisa foi feita entre Agosto e Outubro de 2017, e as principais

constatações da pesquisa foram:

Pessoas com dores nos pés querem viver menos

Aumento de dor nos pés faz com que 70% da população fiquem em casa ao menos

um dia no ano. O mesmo efeito acontece com aumento de dores nos tornozelos e

joelhos.

Dores nos pés causam sensível piora no humor das pessoas e também grande

redução na energia e vigor.

Dores nos pés causam significativa piora na vida social das pessoas e aumenta níveis

de tristeza e depressão.

Dores nos pés, tornozelos e joelhos causam declínio na percepção de saúde.

Apenas 51% dos respondentes julgam ter uma saúde muito boa ou excelente,

enquanto 14% relata ter uma saúde razoável ou ruim.

Quando comparados homens e mulheres, se observou que as mulheres julgam ter

uma saúde pior que os homens.

A percepção de saúde tem um leve declínio em função da idade

Apenas 10,4% das mulheres e 16,8% dos homens realizam atividades vigorosas sem

dificuldade.

54% da população apresenta alguma dificuldade para realizar tarefas moderadas

Facilidade na prática de atividade física tem declínio com aumento da idade e peso

Exercícios aeróbicos e anaeróbicos melhoram a capacidade de praticar atividades

moderadas e vigorosas.

Quanto maior a quantidade de horas de exercício, menor a chance de

desenvolvimento de hipertensão e diabetes.

Caminhada (44%) e musculação (16%) são os esportes mais praticados entre as

pessoas, seguido por corrida (12%).

9% dos homens e 7% das mulheres são fumantes, enquanto que 14% da população

relata já ter fumado.

Acima de 6 horas em pé, 63% dos homens e 70% das mulheres não conseguem ficar

em pé por mais de 3 horas sem sentir alguma dor nos pés. Além disso, a partir dos 50

anos de idade a tolerância de ficar em pé cai sensivelmente.

88,5% dos homens e 92,5% das mulheres apresentam algum nível de dor nos pés,

sendo que 14,5% desses homens e 21,2% dessas mulheres relatam ter dor intensa.

Os principais locais de dores nos pés são: Calcanhar (47%), metatarsos (36%) e arco

do pé (22,5%)

59% dos homens e 61% das mulheres tem alguma dor no tornozelo, sendo que

11,4% desses homens e 13,4% dessas mulheres tem dor intensa.

65,3% dos homens e 70,6% das mulheres tem alguma dor nos joelhos, sendo que

12,2% desses homens e 18,6% dessas mulheres tem dor intensa.

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II – Características da amostra

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

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Características da amostra

Emprega-se neste trabalho a metodologia de pesquisa com o software Survey Monkey.

Distribuído por meio de formulário eletrônico, o questionário foi respondido por 3316 pessoas de

diversas faixas etárias e de diferentes estados brasileiros.

A seguir, estão detalhadas as características dos respondentes no que diz respeito ao sexo,

faixa etária, IMC (Índice de Massa Corpórea), estado onde residem, tamanho da cidade, renda

mensal e escolaridade.

A respeito de idade e gênero, aproximadamente, 2/3 dos respondentes são mulheres e

metade está na faixa etária entre 40 e 59 anos.

Sexo

Feminino 65,6%

Masculino 34,4%

Idade (anos)

Geral Homens Mulheres

<20 1,7% 1,9% 1,6%

20 a 29 9,4% 9,6% 9,3%

30 a 39 18,6% 19,2% 18,3%

40 a 49 21,5% 20,0% 22,3%

50 a 59 29,4% 26,8% 30,8%

60 a 69 14,9% 15,7% 14,5%

70 a 79 3,8% 5,6% 2,9%

80 a 89 0,6% 1,2% 0,3%

Com relação ao IMC, é possível destacar que 38,3% da população apresenta

sobrepeso,18,6%, obesidade grau I, 7,2%, obesidade grau II e 2%, obesidade grau III. É relevante

ressaltar que apenas 1/3 da população apresenta peso normal.

Há maior população de homens obesos. 62,2% das mulheres apresentaram IMC acima de

24,9, enquanto 73,4% dos homens apresentaram sobrepeso ou algum grau de obesidade.

IMC Geral Homens Mulheres

Magreza <17 0,3% 0,2% 0,3% Magreza leve 17 a 18,49 0,7% 0,6% 0,8% Normal 18,5 a 24,9 33,0% 25,7% 36,7% Sobrepeso 25 a 29,9 38,3% 45,0% 34,9% Obesidade grau I 30 a 34,9 18,6% 20,0% 17,9% Obesidade grau II 35 a 39,9 7,1% 7,9% 6,7% Obesidade grau III >40 2,0% 0,5% 2,7%

Os dados de IMC apresentados acima são bastante alarmantes, uma vez que sobrepeso e

obesidade são fatores de risco à saúde e longevidade.

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A distribuição entre estados dos respondentes é a seguinte:

Estados por região

Norte

Amapá 0,03%

Amazonas 0,37%

Pará 0,68%

Rondônia 0,15%

Roraima 0,03%

Tocantins 0,25%

Nordeste

Alagoas 0,19%

Bahia 1,11%

Ceará 1,14%

Maranhão 0,31%

Paraíba 0,28%

Pernambuco 1,21%

Piauí 0,22%

Sergipe 0,34%

Rio Grande do Norte 0,22%

Centro-oeste

Distrito Federal 0,80%

Goiás 1,11%

Mato Grosso 1,48%

Mato Grosso do Sul 0,65%

Sul

Paraná 3,46%

Rio Grande do Sul 3,12%

Santa Catarina 1,08%

Sudeste

Espírito Santo 0,65%

Minas Gerais 6,06%

Rio de Janeiro 14,06%

São Paulo 61,00%

Com relação ao tamanho das cidades dos respondentes, cerca de 46% residem em uma

metrópole (cidade com mais de 2 milhões de habitantes).

Tamanho da cidade

Pequena (até 100 mil habitantes) 12,18%

Média (entre 100 mil a 500 mil habitantes) 19,10%

Grande (500 mil a 1 milhão de habitantes) 14,28%

Muito grande (1 milhão a 2 milhões de habitantes) 8,28%

Metrópole (mais de 2 milhões de habitantes) 46,17%

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A renda dos respondentes segue a distribuição abaixo. Os homens apresentaram maior

média de renda mensal, R$ 5.414,88/mês contra R$3.334,03/mês para mulheres.

Renda (mensal) Geral Homens Mulheres

R$ 0,00 a R$ 1.000,00 15,82% 8,00% 19,99%

R$ 1.001,00 a R$ 2.000,00 21,39% 15,11% 24,73%

R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00 15,43% 14,32% 16,03%

R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00 11,91% 11,84% 11,94%

R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00 8,38% 10,82% 7,08%

R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00 5,17% 6,31% 4,56%

R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00 3,49% 3,95% 3,24%

R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00 2,94% 4,17% 2,28%

R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00 2,19% 2,59% 1,98%

R$ 9.001,00 a R$ 10.000,00 2,82% 3,38% 2,52%

R$ 10.001,00 a R$ 11.000,00 1,80% 2,71% 1,32%

R$ 11.001,00 a R$ 12.000,00 1,53% 2,48% 1,02%

Acima de R$ 12.000,00 7,13% 14,32% 3,30%

Média* R$ 4.056,99 R$ 5.414,88 R$ 3.334,03 *foi adotado o valor médio de cada faixa de renda para cálculo da média.

O nível educacional da amostra é bom, mais de 90% dos respondentes alegam ter ao menos

o ensino médio completo.

Outro ponto interessante é que homens e mulheres apresentaram grau de educação

semelhante, por exemplo: o mesmo percentual (32,5%) de homens e mulheres alegam ter concluído

o ensino superior.

Escolaridade Geral Homens Mulheres

Ensino fundamental incompleto 2,47% 1,72% 2,86%

Ensino fundamental completo 3,09% 2,54% 3,38%

Ensino médio incompleto 3,12% 2,90% 3,24%

Ensino médio completo 21,82% 18,75% 23,41%

Superior incompleto 13,44% 15,94% 12,15%

Superior completo 32,48% 32,52% 32,46%

Pós-Graduado 18,48% 19,20% 18,11%

Mestrado 3,37% 4,08% 3,00%

Doutorado 1,17% 1,27% 1,13%

Pós-Doutorado 0,56% 1,09% 0,28%

8

Dos respondentes, 8,9% dos homens e 7,4% das mulheres são fumantes, enquanto 17,5%

dos homens e 13% das mulheres já foram fumantes.

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

Sim Já fui

Fum

ante

s?

População fumante

Geral

Homens

Mulheres

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

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III – Saúde e atividade física

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Percepção de saúde

A pesquisa tem como um dos principais objetivos entender a relação entre saúde e a prática

de atividade física.

O primeiro ponto interessante sobre saúde é que somente cerca de 50% das pessoas

consideram sua saúde muito boa ou excelente, 14% dos respondentes ainda consideram sua saúde

ruim ou apenas razoável. A percepção média de saúde entre homens e mulheres mostra-se bastante

similar.

Saúde Geral Homens Mulheres

Ruim 1 0,92% 0,29% 1,26%

2 1,02% 0,76% 1,16%

Razoável 3 4,34% 2,77% 5,21%

4 7,90% 6,98% 8,41%

Boa 5 13,74% 10,99% 15,25%

6 20,35% 20,55% 20,24%

Muito Boa 7 13,87% 17,11% 12,09%

8 23,00% 26,10% 21,29%

Excelente 9 7,67% 7,17% 7,94%

10 7,19% 7,27% 7,15%

Média 6,60 6,82 6,48

Nota-se que com o avanço da idade, tanto homens quanto mulheres possuem uma piora na

percepção de qualidade da sua saúde.

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20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Faixa etária

Percepção da saúde em função da idade

Homens

Mulheres

Ruim

Razoável

Boa

Muito boa

Excelente

Percepção de

saúde

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

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Capacidade de fazer atividade física

Quando perguntados sobre a execução de atividades vigorosas, como correr, levantar

objetos pesados ou prática esportiva intensa, apenas 10,4% das mulheres e 16,8% dos homens

realizam sem dificuldade. De forma geral, os homens apresentaram maior facilidade para executar

atividades vigorosas.

Prática de atividades vigorosas Geral Homens Mulheres

Não consigo fazer 0 9,09% 5,64% 10,99%

Faço com muita dificuldade

1 5,29% 2,87% 6,62%

2 4,55% 2,68% 5,57%

3 5,63% 5,74% 5,57%

Faço com dificuldade

4 10,31% 7,74% 11,72%

5 10,85% 9,56% 11,57%

6 9,12% 9,37% 8,99%

Faço com pouca dificuldade

7 15,77% 18,07% 14,51%

8 10,41% 13,10% 8,94%

9 6,31% 8,41% 5,15%

Faço sem dificuldade 10 12,65% 16,83% 10,36%

Média 5,59 6,36 5,16

Observa-se maior facilidade, entre os respondentes, para a prática de atividades moderadas,

como mover uma mesa, caminhar rapidamente, passar aspirador de pó ou varrer a casa. 50,4% dos

homens e 42,6% das mulheres realizam atividades moderadas sem dificuldades.

Ainda assim, de forma geral, mais da metade da população apresenta alguma dificuldade

para realizar tarefas moderadas.

Prática de atividades moderadas Geral Homens Mulheres

Não consigo fazer 0 1,15% 1,53% 0,95%

Faço com muita dificuldade

1 2,04% 1,24% 2,47%

2 1,73% 1,15% 2,05%

3 2,27% 1,63% 2,63%

Faço com dificuldade

4 4,41% 2,68% 5,36%

5 4,68% 3,15% 5,52%

6 4,51% 5,35% 4,05%

Faço com pouca dificuldade

7 10,89% 10,23% 11,25%

8 11,02% 10,52% 11,30%

9 11,91% 12,14% 11,78%

Faço sem dificuldade 10 45,39% 50,38% 42,64%

Média 8,06 8,36 7,89

12

É importante observar que tanto a idade como o IMC influenciam na capacidade de fazer

atividade física para ambos os sexos.

*foram desconsideradas as faixas de IMC com amostra insuficiente

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20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Faixa etária

Facilidade na prática de atividades físicas de acordo com a idade

At. vigorosas - Homens

At. vigorosas - Mulheres

At. moderadas - Homens

At. moderadas - Mulheres

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3

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6

7

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17 a 18,49 18,50 a 24,99 25 a 29,99 30 a 34,99

Facilidade na prática de atividades físicas de acordo com o IMC

At. vigorosas - Homens

At. vigorosas - Mulheres

At. moderadas - Homens

At. moderadas - Mulheres

Não consegue

fazer

Faz com muita

dificuldade

Faz com

dificuldade

Faz com pouca

dificuldade

Faz sem

dificuldade

Facilidade na prática de

atividades físicas

Não consegue

fazer

Faz com muita

dificuldade

Faz com

dificuldade

Faz com pouca

dificuldade

Faz sem

dificuldade

Facilidade na prática de

atividades físicas

Magreza Normal Sobrepeso Obesidade I

IMC

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

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Por outro lado, há fatores que impactam positivamente na capacidade de realizar atividade

intensas e moderadas, como a prática de musculação e exercícios aeróbicos.

y = 0,3763x + 6,312 R² = 0,8422

y = 0,5205x + 5,3275 R² = 0,7962

y = 0,1299x + 8,3984 R² = 0,5451

y = 0,2173x + 8,0475 R² = 0,6756

0

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3

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5

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8

9

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0 1 2 3 4 5 6 7

Frequência semanal de musculação

Facilidade para prática de atividades físicas em função da frequência de musculação

Ativ. Vigorosas Homens

Ativ. Vigorosas Mulheres

Ativ. Moderadas Homens

Ativ. Moderadas Mulheres

y = 0,4603x + 5,6999 R² = 0,7413

y = 0,518x + 4,958 R² = 0,8231

y = 0,2189x + 8,0561 R² = 0,7098

y = 0,2415x + 7,8572 R² = 0,7046

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0 1 2 3 4 5 6 7

Frequência semanal de atividades aeróbicas

Facilidade para prática de atividades físicas em função da frequência de atividades aeróbicas

Ativ. Vigorosas Homens

Ativ. Vigorosas Mulheres

Ativ. Moderadas Homens

Ativ. Moderadas Mulheres

Não consegue

fazer

Faz com muita

dificuldade

Faz com

dificuldade

Faz com pouca

dificuldade

Faz sem

dificuldade

Facilidade na prática de

atividades físicas

Não consegue

fazer

Faz com muita

dificuldade

Faz com

dificuldade

Faz com pouca

dificuldade

Faz sem

dificuldade

Facilidade na prática de

atividades físicas

14

Apenas metade da população pratica atividade aeróbica regularmente. Dentre os três

estados brasileiros mais populosos, o Rio de Janeiro aparece como o estado em que as pessoas

praticam atividades aeróbicas com maior frequência na semana, seguido por São Paulo e Minas

Gerais.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

Rio de Janeiro São Paulo Minas Gerais

Freq

uên

cia

sem

anal

de

ativ

idad

e ae

rób

ica

Frequência de atividade aeróbica por estado

Homens

Mulheres

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

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O esporte mais praticado entre homens e mulheres é a caminhada, com adesão de 40% dos

homens praticantes de atividades físicas e 47% das mulheres. A segunda modalidade mais praticada

é a musculação/treino funcional com 18% e 15% de adesão entre homens e mulheres praticantes de

atividade física, respectivamente.

Na categoria “outros”, estão atividades como: pilates, yoga, hidromassagem e dança.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

Basquete

Caminhada

Ciclismo

Corrida

Crossfit

Futebol

Handebol

Lutas

Musculação ou treino funcional

Natação

Pilates

Skate ou patinação

Tênis

Outros

Vôlei

Esportes praticados

Mulheres Homens Geral

16

Tipo de esporte praticado por faixa etária

Foram analisados também, quais esportes mais praticados por grupos de faixa etária. Com

isso observou-se que para caminhada, o percentual de pessoas que pratica essa atividade aumenta

com a idade. Com relação ao treino funcional pessoas entre 20 e 40 anos são as que mais praticam,

tanto para homens quanto para mulheres.

O mais interessante foi observar as pessoas que relatam não praticar atividade física. No

geral, o percentual de pessoas é constante em todas as faixas etárias, no entanto, quando

comparados homens e mulheres se nota que a quantidade de homens que não pratica atividade

física aumenta com a idade, chegando a aproximadamente 40% aos 80 anos. Já para mulheres, com

o avança da idade nota-se um ligeiro aumento de praticantes de atividade física.

Além disso, é possível observar que futebol é praticado quase que apenas por homens e

apenas até a faixa dos 40 anos. No entanto, o pilates por exemplo, é praticado muito mais pelas

mulheres e nota-se um aumento progressivo com a idade.

Tipo de esporte praticado por faixa etária

Geral <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Basquete 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Caminhada 21,3% 24,0% 28,3% 33,6% 36,6% 41,3% 35,8% 44,4%

Ciclismo 0,0% 3,8% 2,5% 3,3% 2,7% 2,9% 2,8% 0,0%

Corrida 4,3% 5,9% 8,8% 5,5% 4,3% 3,4% 3,7% 0,0%

Crossfit 0,0% 3,1% 0,5% 0,2% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0%

Futebol 19,1% 3,8% 4,1% 0,9% 0,9% 0,5% 0,0% 0,0%

Handebol 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Lutas 2,1% 1,0% 0,7% 0,9% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0%

Musculação ou treino funcional 8,5% 20,2% 17,0% 12,3% 8,6% 8,4% 6,4% 5,6%

Não faço 27,7% 25,1% 23,1% 27,4% 25,9% 21,6% 23,9% 27,8%

Natação 6,4% 1,4% 2,1% 1,7% 2,0% 2,4% 1,8% 0,0%

Outro (especifique) 10,6% 8,4% 7,7% 9,2% 10,8% 12,5% 12,8% 16,7%

Pilates 0,0% 2,4% 3,2% 4,0% 6,6% 6,0% 11,0% 5,6%

Skate ou patinação 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,9% 0,0%

Tênis 0,0% 0,0% 0,7% 0,6% 1,0% 1,0% 0,0% 0,0%

Vôlei 0,0% 0,3% 1,3% 0,0% 0,1% 0,0% 0,9% 0,0%

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

17

Masculino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Basquete 0,0% 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Caminhada 0,0% 21,8% 18,3% 31,1% 41,7% 48,1% 43,1% 38,5%

Ciclismo 0,0% 3,0% 4,5% 7,8% 5,0% 4,3% 5,2% 0,0%

Corrida 9,5% 7,9% 15,8% 10,2% 9,7% 8,0% 3,4% 0,0%

Crossfit 0,0% 4,0% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Futebol 42,9% 8,9% 10,9% 2,9% 2,9% 1,2% 0,0% 0,0%

Lutas 0,0% 2,0% 1,0% 1,5% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0%

Musculação ou treino funcional 14,3% 23,8% 22,3% 15,5% 10,1% 9,9% 6,9% 7,7%

Não faço 14,3% 17,8% 13,9% 21,8% 18,7% 13,0% 20,7% 38,5%

Natação 4,8% 0,0% 4,5% 1,5% 2,5% 1,2% 1,7% 0,0%

Outro (especifique) 14,3% 9,9% 4,0% 4,9% 3,6% 9,3% 13,8% 7,7%

Pilates 0,0% 0,0% 1,0% 1,0% 2,5% 2,5% 5,2% 7,7%

Tênis 0,0% 0,0% 1,5% 1,5% 2,9% 2,5% 0,0% 0,0%

Vôlei 0,0% 1,0% 1,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Feminino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Caminhada 38,5% 25,3% 33,9% 34,9% 34,1% 37,0% 27,5% 60,0%

Ciclismo 0,0% 4,3% 1,4% 1,1% 1,5% 2,0% 0,0% 0,0%

Corrida 0,0% 4,8% 4,8% 3,2% 1,7% 0,4% 3,9% 0,0%

Crossfit 0,0% 2,7% 0,3% 0,2% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0%

Futebol 0,0% 1,1% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Handebol 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Lutas 3,8% 0,5% 0,6% 0,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Musculação ou treino funcional 3,8% 18,3% 14,0% 10,8% 7,9% 7,5% 5,9% 0,0%

Não faço 38,5% 29,0% 28,3% 30,0% 29,3% 27,2% 27,5% 0,0%

Natação 7,7% 2,2% 0,8% 1,8% 1,7% 3,1% 2,0% 0,0%

Outro (especifique) 7,7% 7,5% 9,8% 11,2% 14,2% 14,6% 11,8% 40,0%

Pilates 0,0% 3,8% 4,5% 5,5% 8,6% 8,3% 17,6% 0,0%

Skate ou patinação 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,0% 0,0%

Tênis 0,0% 0,0% 0,3% 0,2% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0%

Vôlei 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,2% 0,0% 2,0% 0,0%

18

Fatores que influenciam na percepção da saúde

Quando correlacionada prática de atividade física, como atividade aeróbica, com percepção

de saúde, observa-se que aqueles que praticam exercícios com maior frequência dizem ter melhor

saúde.

Percepção de saúde* com o aumento da frequência de atividade aeróbica

Frequência Geral Homens Mulheres

Não faz 5,91 5,94 5,90

1 vez por semana 6,88 6,94 6,84

2 vezes por semana 6,95 6,91 6,98

3 vezes por semana 7,25 7,26 7,24

4 vezes por semana 7,82 7,80 7,83

5 vezes por semana 7,83 7,91 7,77

6 vezes por semana 8,36 8,56 8,22

7 vezes por semana 8,73 8,68 8,80 *considerada de 1 (ruim) a 10 (excelente)

y = 0,3669x + 6,2166 R² = 0,954

y = 0,359x + 6,1896 R² = 0,9493

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7

Frequência semanal de atividade aeróbica

Percepção da saúde em função da freqûencia semanal da atividade aeróbica

Homens

Mulheres

Ruim

Razoável

Boa

Muito boa

Excelente

Percepção de

saúde

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

19

Interessante notar que ao mesmo tempo que a frequência semanal de atividade aeróbica

influencia positivamente na percepção de saúde da população, a duração do exercício não interfere

nesta percepção.

Como visto no gráfico abaixo, a dispersão de dados é maior (menor R²) e não há aumento

significativo na percepção de saúde com a atividade aeróbica prolongada.

y = 0,0125x + 6,7824 R² = 0,5224

y = 0,0061x + 6,9395 R² = 0,1432

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

10 20 30 40 50 60

Duração da atividade aeróbica (minutos)

Percepção de saúde em função da duração da atividade aeróbica

Homens

Mulheres

Ruim

Razoável

Boa

Muito boa

Excelente

Percepção de

saúde

20

Ainda em relação a saúde, quando relacionamos outros fatores importantes como fumar ou

consumir bebidas alcoólicas, notamos que há influência relevante do tabagismo na percepção de

saúde por parte dos respondentes.

Percepção de saúde em função do tabagismo

Tabagismo Geral Homens Mulheres

Sim 5,87 6,05 5,75

Não 6,73 7,05 6,56

Já Fui 6,36 6,26 6,43

Quando feita a análise entre os três estados mais populosos, observa-se que Minas Gerais

possui mais fumantes, cerca de 8,5% da população, enquanto São Paulo tem pouco mais de 7,5% da

população fumante.

Interessantemente, o estado de Minas Gerais, além de ser o único estado dos três que

apresentou, proporcionalmente, mais mulheres fumantes do que homens, esta diferença é bastante

relevante.

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

Sim Sim Sim

Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo

População fumante

Geral Homens Mulheres

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

21

Quando analisado de acordo com o tamanho das cidades, metrópoles (cidades com mais de

2 milhões de habitante) apresentam o menor número de fumantes, com pouco mais de 3% da

população.

Além disso, em cidades pequenas, há, proporcionalmente, mais mulheres fumantes do que

homens.

População de fumantes por faixa etária

Em relação a idade das pessoas que fumam ou já fumaram, viu-se que o maior percentual de

fumantes se enquadra entre pessoas de 50 a 59 anos, tanto para homens quanto para mulheres.

0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% 12%

Pequena (até 100 mil habitantes)

Média (entre 100 mil a 500 mil habitantes)

Grande (500 mil a 1 milhão de habitantes)

Muito grande (1 milhão a 2 milhões de habitantes)

Metrópole (mais de 2 milhões de habitantes)

População fumante

Mulheres Homens Geral

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

<20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

População fumante por faixa etária

Homens Mulheres

22

Também foi possível ver que com há mais pessoas mais velhas que já foram fumantes do que

pessoas novas. A partir dos 60 anos nota-se a maior população de ex-fumantes, principalmente entre

os homens.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

<20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

População que já foi fumante por faixa etária

Homens Mulheres

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

23

IV – Longevidade desejada

24

Longevidade desejada

Uma das relações mais interessantes da pesquisa são observações feitas sobre a longevidade

desejada. As mulheres apontaram longevidade média desejada por volta de 88 anos, enquanto os

homens esperam viver dois anos mais, cerca de 90 anos.

Longevidade desejada

Geral Homens Mulheres

de 60 a 65 2,15% 1,16% 2,70%

de 66 a 70 3,01% 1,83% 3,65%

de 71 a 75 4,82% 4,53% 4,98%

de 76 a 80 10,80% 8,29% 12,18%

de 81 a 85 11,24% 12,83% 10,38%

de 86 a 90 21,70% 20,06% 22,60%

de 91 a 95 12,24% 13,11% 11,75%

de 96 a 100 15,72% 15,04% 16,09%

Mais de 100 18,32% 23,14% 15,67%

Média* 89,42 90,82 88,65 *Cálculo realizado com valor médio de cada faixa de idade

É interessante notar que os fumantes apresentam longevidade desejada quase 5 anos

menor.

A longevidade desejada ainda será tema de estudo no decorrer desta pesquisa. Outras

importantes relações serão traçadas, conforme os temas são desenvolvidos.

80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92

Sim

Não

Já fui

Longevidade desejada

Vo

cê é

fu

man

te?

Longevidade desejada x Tabagismo

Mulheres

Homens

Geral

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

25

Longevidade desejada por faixa etária

Quando analisada a longevidade desejada das pessoas por faixa etária, foi interessante

perceber que ao longo de suas vidas, uma porcentagem maior de homens quer viver mais do que

100 anos quando comparado com mulheres. E no final da vida, as mulheres tem menos desejo de

viver mais que os homens.

Total Geral <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

de 60 a 65 2,3% 2,2% 4,0% 3,0% 1,3% 1,0% 0,0% 0,0%

de 66 a 70 11,4% 2,9% 2,9% 3,1% 2,8% 3,4% 0,0% 0,0%

de 71 a 75 9,1% 2,9% 5,8% 5,9% 4,8% 4,1% 0,9% 0,0%

de 76 a 80 4,5% 5,8% 9,8% 10,6% 13,1% 11,5% 13,8% 0,0%

de 81 a 85 4,5% 10,5% 10,5% 10,3% 12,0% 15,1% 6,4% 0,0%

de 86 a 90 20,5% 21,7% 19,5% 18,7% 23,4% 25,0% 23,9% 35,3%

de 91 a 95 13,6% 10,5% 10,3% 13,4% 11,6% 13,7% 15,6% 23,5%

de 96 a 100 18,2% 20,6% 15,9% 15,3% 15,5% 13,2% 15,6% 23,5%

Mais de 100 15,9% 23,1% 21,3% 19,7% 15,6% 13,0% 23,9% 17,6%

Masculino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

de 60 a 65 0,0% 2,1% 3,0% 0,5% 0,4% 1,2% 0,0% 0,0%

de 66 a 70 5,0% 0,0% 3,0% 2,9% 1,1% 1,9% 0,0% 0,0%

de 71 a 75 10,0% 5,2% 5,5% 6,3% 4,0% 2,5% 1,7% 0,0%

de 76 a 80 0,0% 7,3% 8,5% 6,3% 8,6% 9,9% 15,5% 0,0%

de 81 a 85 10,0% 9,4% 14,5% 11,2% 14,4% 16,7% 5,2% 0,0%

de 86 a 90 25,0% 24,0% 16,0% 19,4% 18,0% 24,1% 27,6% 25,0%

de 91 a 95 10,0% 7,3% 9,5% 15,5% 14,0% 15,4% 12,1% 25,0%

de 96 a 100 15,0% 15,6% 14,5% 14,1% 18,3% 11,1% 13,8% 25,0%

Mais de 100 25,0% 29,2% 25,5% 23,8% 21,2% 17,3% 24,1% 25,0%

Feminino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

de 60 a 65 4,2% 2,2% 4,5% 4,1% 1,7% 0,8% 0,0% 0,0%

de 66 a 70 16,7% 4,4% 2,8% 3,2% 3,6% 4,3% 0,0% 0,0%

de 71 a 75 8,3% 1,7% 5,9% 5,7% 5,2% 5,1% 0,0% 0,0%

de 76 a 80 8,3% 5,0% 10,5% 12,6% 15,3% 12,6% 11,8% 0,0%

de 81 a 85 0,0% 11,0% 8,2% 9,9% 10,8% 14,2% 7,8% 0,0%

de 86 a 90 16,7% 20,4% 21,5% 18,4% 25,9% 25,6% 19,6% 60,0%

de 91 a 95 16,7% 12,2% 10,8% 12,4% 10,5% 12,6% 19,6% 20,0%

de 96 a 100 20,8% 23,2% 16,7% 15,9% 14,1% 14,6% 17,6% 20,0%

Mais de 100 8,3% 19,9% 19,0% 17,7% 12,9% 10,2% 23,5% 0,0%

26

Análise de regressão múltipla

Foram feitas 4 análises de regressão múltipla para determinar quais os fatores que influenciam

significantemente:

1. Capacidade de fazer exercícios vigorosos

2. Capacidade de fazer atividades de intensidade moderada

3. Auto avaliação da qualidade da saúde dos respondentes

4. Quantos anos os respondentes desejam viver (longevidade)

Os resultados das regressões, com a interpretação dos coeficientes das variáveis independentes

para cada um dos itens foram:

1. Regressão múltipla dos fatores que influenciam a capacidade de fazer exercícios vigorosos

Na média, homens são 6% mais capazes que mulheres no desempenho de exercícios

vigorosos

Idade afeta pouco a capacidade de fazer exercícios vigorosos

Pessoas que fazem exercício aeróbico 7 vezes por semana são 23% mais capazes de fazer

exercícios vigorosos que aqueles que não fazem exercício aeróbico

Pessoas com dor intensa nos tornozelos são 7% menos capazes de fazer exercícios

vigorosos

Pessoas com dor intensa nos joelhos são 11% menos capazes de fazer exercícios

vigorosos

Dor nos pés não foi uma variável significativa para o desempenho de atividade vigorosas,

considerando nível de 95% de confiança

A capacidade de fazer exercícios vigorosos foi medida usando uma escala de o a 10:

Não consigo fazer 0

Faço com muita dificuldade

1 2 3

Faço com dificuldade

4 5 6

Faço com pouca dificuldade

7 8 9

Faço sem dificuldade 10

2. Regressão múltipla dos fatores que influenciam a capacidade de fazer atividades de

intensidade moderada

Pessoas que fazem exercício aeróbico 7 vezes por semana são 14% mais capazes de fazer

atividade moderada que aqueles que não fazem exercício aeróbico

Pessoas com dor intensa nos tornozelos são 12% menos capazes de fazer atividades

moderadas

Pessoas com dor intensa nos joelhos são 15% menos capazes de fazer atividades

moderadas

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

27

Dor nos pés não foi uma variável estatisticamente significante para o desempenho de

atividade moderadas, considerando nível de 95% de confiança

3. Regressão múltipla dos fatores que influenciam a auto avaliação da qualidade da saúde dos

respondentes em uma escala de 0 a 10

Na média, homens se consideram 2% mais saudáveis que as mulheres

Quanto mais velho, melhor a avaliação da saúde

Pessoas que fazem exercício aeróbico 7 vezes por semana se consideram 30% mais

saudáveis que aqueles que não fazem exercício aeróbico

Na média, fumantes avaliam ter uma saúde 4% pior do que não fumantes

Pessoas com diabetes se consideram 14% menos saudável que os que não tem

Pessoas com dor intensa nos tornozelos se consideram 7% menos saudáveis

Pessoas com dor intensa nos joelhos se consideram 11% menos saudáveis

Dor nos pés não foi uma variável significativa, considerando nível de 95% de confiança

4. Regressão múltipla dos fatores que influenciam quantos anos os respondentes desejam

viver (longevidade)

Homens querem viver 1,4 anos a mais que mulheres

Quanto mais velha a pessoa, mais anos ela quer viver. Cada ano de vida a mais da

pessoa, aumenta o desejo de viver em 0,3 anos

Pessoas que fazem exercício aeróbico 7 vezes por semana querem viver 4 anos a mais do

que aqueles que não fazem

Pessoas que bebem não querem viver tanto quanto aqueles que não bebem. Para cada

dia da semana que a pessoa bebe, o desejo de viver diminui em 3 anos

Pessoas que se consideram com uma saúde excelente querem viver 40 anos mais que

aqueles com saúde ruim

28

V – Dores nos pés, tornozelos e joelhos

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

29

Tipo de calçado utilizado

Esta pesquisa busca identificar e quantificar problemas nos pés, tornozelos e joelhos dos

respondentes e estudar o impacto de dores nas atividades diárias e saúde das pessoas.

A fim de entender as dores de forma mais profunda, diversas variáveis foram avaliadas, como

os sapatos mais utilizados pelos respondentes, horas consecutivas em pé ou andando, local e

intensidade das dores.

Quanto ao tipo de calçado utilizado, observa-se que durante a semana, o mais utilizado por

homens e mulheres é o tênis. O segundo calçado mais utilizado por mulheres durante a semana são

sapatilhas e, por homens, sapato conforto, social e sapatênis.

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0%

Bota

Bota de bico de aço

Bota de borracha/PVC

Chinelo

Clog

Conforto feminino

Conforto masculino

Mocassim

Oxford

Rasteira

Salto baixo

Salto médio/alto

Sapatênis

Sapatilha

Sapato de bico de aço

Sapato social

Sapato terapêutico

Tênis

Utilização de calçado durante a semana

Masculino Feminino Geral

30

Durante o final de semana, o calçado mais utilizado, tanto por homens quanto mulheres,

também é o tênis, mas o chinelo aparece logo em seguida para ambos os sexos.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Bota

Bota de bico de aço

Bota de borracha/PVC

Chinelo

Clog

Conforto feminino

Conforto masculino

Mocassim

Oxford

Rasteira

Salto baixo

Salto médio/alto

Sapatênis

Sapatilha

Sapato de bico de aço

Sapato social

Sapato terapêutico

Tênis

Utilização de calçado durante o final de semana

Masculino Feminino Geral

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

31

Tipo de calçado por faixa etária

Analisando os calçados por faixa etária, nota-se que com o avançar da idade, tanto homens

quanto mulheres aumentam o uso de sapatos tipo conforto. Além disso, nota-se que o uso de tênis

para homens cai de acordo com o avanço da idade.

Outro detalhe interessante, é que com o avançar da idade tanto homens quanto mulheres

usam menos chinelo aos finais de semana e começam a usar mais durante a semana.

Utilização de calçados durante a semana por idade Masculino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

BOTA 5,0% 11,2% 6,0% 6,5% 7,7% 6,8% 0,0% 0,0%

BOTA DE BICO DE AÇO 0,0% 3,1% 6,5% 4,0% 1,5% 1,2% 0,0% 0,0%

BOTA DE BORRACHA/PVC 5,0% 1,0% 1,5% 2,0% 1,8% 1,2% 0,0% 0,0%

CHINELO 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 8,1% 6,2% 10,5% 0,0%

CLOG 0,0% 0,0% 1,0% 0,0% 0,0% 2,5% 1,8% 0,0%

CONFORTO FEMININO 0,0% 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

CONFORTO MASCULINO 0,0% 8,2% 12,1% 13,9% 19,5% 23,5% 22,8% 23,1%

MOCASSIM 0,0% 0,0% 1,0% 1,5% 3,3% 4,9% 8,8% 15,4%

OXFORD 0,0% 2,0% 2,5% 4,0% 2,2% 1,9% 0,0% 0,0%

RASTEIRA 0,0% 0,0% 0,0% 1,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0%

SALTO BAIXO 0,0% 0,0% 1,0% 0,0% 2,2% 1,2% 0,0% 0,0%

SALTO MÉDIO/ALTO 0,0% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0%

SAPATÊNIS 10,0% 17,3% 14,1% 10,9% 12,9% 11,1% 14,0% 7,7%

SAPATILHA 0,0% 6,1% 0,5% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

SAPATO DE BICO DE AÇO 0,0% 1,0% 1,0% 2,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0%

SAPATO SOCIAL 15,0% 21,4% 15,1% 20,4% 13,2% 7,4% 7,0% 7,7%

SAPATO TERAPÊUTICO 5,0% 0,0% 1,0% 1,0% 1,1% 3,1% 3,5% 7,7%

TÊNIS 60,0% 26,5% 34,7% 28,9% 25,4% 27,8% 31,6% 38,5%

Feminino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

BOTA 5,6% 3,2% 1,1% 4,2% 2,6% 0,8% 2,0% 0,0%

BOTA DE BICO DE AÇO 0,0% 1,1% 0,3% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0%

BOTA DE BORRACHA/PVC 0,0% 0,0% 0,3% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

CHINELO 5,6% 11,4% 7,4% 5,9% 8,7% 10,0% 7,8% 0,0%

CLOG 11,1% 0,5% 0,6% 1,4% 1,4% 1,6% 0,0% 40,0%

CONFORTO FEMININO 5,6% 4,3% 8,8% 11,5% 15,1% 20,9% 29,4% 0,0%

CONFORTO MASCULINO 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0%

MOCASSIM 0,0% 0,5% 0,6% 0,5% 0,7% 0,0% 2,0% 0,0%

OXFORD 0,0% 1,6% 0,3% 0,0% 0,5% 0,4% 0,0% 0,0%

RASTEIRA 0,0% 5,4% 3,1% 4,0% 3,1% 5,6% 2,0% 0,0%

SALTO BAIXO 0,0% 5,9% 10,5% 10,1% 13,9% 14,9% 3,9% 20,0%

SALTO MÉDIO/ALTO 0,0% 5,4% 7,7% 7,7% 4,7% 5,6% 0,0% 0,0%

SAPATÊNIS 5,6% 2,7% 3,7% 1,9% 2,4% 5,6% 2,0% 0,0%

SAPATILHA 5,6% 33,5% 27,3% 22,7% 18,6% 15,7% 15,7% 20,0%

SAPATO DE BICO DE AÇO 0,0% 0,0% 0,6% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

SAPATO SOCIAL 5,6% 0,5% 2,0% 1,6% 0,9% 0,8% 2,0% 0,0%

SAPATO TERAPÊUTICO 0,0% 0,0% 0,6% 0,7% 2,3% 1,6% 11,8% 0,0%

TÊNIS 55,6% 23,8% 25,3% 27,2% 24,9% 16,1% 21,6% 20,0%

32

Utilização de calçados de final de semana por idade Masculino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

BOTA 0,0% 2,0% 2,5% 1,5% 1,1% 1,2% 0,0% 0,0%

BOTA DE BICO DE AÇO 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0% 7,7%

BOTA DE BORRACHA/PVC 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0%

CHINELO 35,0% 30,6% 29,1% 27,9% 27,6% 22,2% 22,8% 0,0%

CLOG 5,0% 1,0% 0,0% 1,0% 2,2% 1,9% 3,5% 7,7%

CONFORTO FEMININO 0,0% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

CONFORTO MASCULINO 0,0% 5,1% 8,0% 4,5% 11,0% 8,0% 17,5% 15,4%

MOCASSIM 0,0% 0,0% 0,0% 1,5% 4,0% 7,4% 7,0% 15,4%

OXFORD 0,0% 3,1% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

RASTEIRA 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0%

SALTO BAIXO 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

SALTO MÉDIO/ALTO 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

SAPATÊNIS 5,0% 15,3% 8,5% 9,0% 10,7% 16,7% 10,5% 23,1%

SAPATILHA 0,0% 5,1% 1,0% 0,5% 1,1% 0,6% 0,0% 0,0%

SAPATO DE BICO DE AÇO 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0%

SAPATO SOCIAL 5,0% 4,1% 5,0% 5,0% 3,7% 0,6% 0,0% 0,0%

SAPATO TERAPÊUTICO 0,0% 0,0% 0,5% 0,5% 0,0% 2,5% 1,8% 0,0%

TÊNIS 50,0% 32,7% 43,7% 48,3% 37,1% 38,9% 36,8% 30,8%

Feminino <20 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

BOTA 4,2% 2,2% 1,4% 1,4% 1,4% 0,0% 2,0% 0,0%

BOTA DE BORRACHA/PVC 0,0% 0,0% 0,3% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

CHINELO 45,8% 23,8% 20,5% 23,4% 21,6% 14,9% 15,7% 0,0%

CLOG 4,2% 3,2% 1,7% 2,3% 1,7% 2,4% 2,0% 0,0%

CONFORTO FEMININO 0,0% 2,2% 5,4% 9,1% 13,0% 19,3% 17,6% 0,0%

CONFORTO MASCULINO 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0%

MOCASSIM 0,0% 0,5% 0,6% 0,7% 0,5% 0,4% 0,0% 0,0%

OXFORD 0,0% 2,7% 0,3% 0,5% 0,9% 0,0% 0,0% 0,0%

RASTEIRA 12,5% 7,0% 6,8% 5,6% 5,6% 4,0% 2,0% 0,0%

SALTO BAIXO 4,2% 6,5% 9,1% 6,8% 11,3% 14,5% 19,6% 60,0%

SALTO MÉDIO/ALTO 8,3% 13,5% 6,8% 8,9% 6,4% 5,2% 2,0% 0,0%

SAPATÊNIS 0,0% 1,6% 1,1% 1,4% 1,4% 3,2% 5,9% 0,0%

SAPATILHA 0,0% 19,5% 23,9% 16,9% 14,8% 17,7% 7,8% 20,0%

SAPATO DE BICO DE AÇO 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

SAPATO SOCIAL 0,0% 0,0% 0,6% 0,5% 0,7% 0,0% 2,0% 0,0%

SAPATO TERAPÊUTICO 0,0% 0,0% 0,3% 0,2% 0,9% 1,6% 11,8% 20,0%

TÊNIS 20,8% 17,3% 21,3% 21,5% 19,7% 16,9% 11,8% 0,0%

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

33

Capacidade de ficar em pé sem dor

Com relação as dores, primeiramente foi perguntado qual o tempo máximo que cada

respondente aguenta permanecer em pé sem sentir dores. De forma geral, 63% dos homens e 70%

das mulheres dizem não conseguir permanecer mais de 3 horas em pé sem sentir dores. Acima de 6

horas, este valor passa para 90% dos homens e 92% das mulheres.

Horas consecutivas em pé sem sentir dores

Geral Homens Mulheres

0 13,30% 11,78% 14,15%

1 15,99% 12,99% 17,67%

2 21,64% 21,32% 21,82%

3 16,21% 17,36% 15,57%

4 12,35% 13,91% 11,48%

5 6,70% 7,41% 6,31%

6 5,14% 5,38% 5,00%

7 1,13% 0,71% 1,36%

8 2,73% 3,65% 2,22%

9 0,29% 0,41% 0,23%

10 1,97% 2,13% 1,88%

12 0,69% 0,61% 0,74%

13 0,07% 0,10% 0,06%

14 0,15% 0,10% 0,17%

15 0,29% 0,30% 0,28%

16 1,35% 1,83% 1,08%

Média 3,11 3,36 2,97

Quando se observa esta mesma variável em função da idade, nota-se que até os 50 anos de idade o

número de horas em pé sem sentir dores é constante. Após esta idade, a tolerância a ficar em pé

sem sentir dor reduz consideravelmente.

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Ho

ras

em

se

m s

en

tir

do

r

Faixa etária

Horas em pés sem sentir dor em função da idade

Homens

Mulheres

34

É possível estabelecer relação semelhante quando observada a variável de IMC. Quanto

maior o IMC, menor a capacidade de ficar em pé sem sentir dores.

*foram desconsideradas as faixas de IMC com amostra insuficiente

Dor nos pés

Estudando as dores nos pés, é possível observar que 88,5% dos homens 92,5% apresentam

algum nível de dor nos pés. Dentre os que sentem dores, 14,5% dos homens e 21% das mulheres

sentem dores intensas.

Dores nos Pés Geral Homens Mulheres

Sem dor 0 9,4% 12,5% 7,6%

Dor leve

1 10,4% 12,2% 9,5%

2 11,2% 13,2% 10,1%

3 18,4% 21,0% 17,0%

Dor moderada

4 12,4% 12,8% 12,2%

5 13,3% 12,2% 14,0%

6 15,4% 14,2% 16,1%

Dor intensa

7 7,7% 5,5% 8,9%

8 5,9% 5,3% 6,2%

9 2,4% 1,4% 3,0%

10 2,8% 2,3% 3,1%

Média 4,48 4,15 4,65

0

1

2

3

4

5

6

17 a 18,49 18,5 a 24,9 25 a 29,9 30 a 34,9

Ho

ras

em p

é se

m s

enti

r d

ore

s

Horas em pé sem sentir dor em função do IMC*

Homens

Mulheres

Magreza Normal Sobrepeso Obesidade I

IMC

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

35

É interessante observar que não há relação clara entre idade e nível de dores nos pés, o nível

permanece constante independentemente da faixa etária. Por outro lado, quando observado

relacionado o nível de dores nos pés com o IMC, nota-se evolução da dor com o aumento de peso.

*foram desconsideradas as faixas de IMC com amostra insuficiente

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Faixa etária

Nível de dores nos pés em função da idade

Homens

Mulheres

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

17 a 18,49 18,50 a 24,99 25 a 29,99 30 a 34,99

Nível de dores nos pés em função do IMC

Homens

Mulheres

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos pés

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos pés

Magreza Normal Sobrepeso Obesidade I

IMC

36

O principal local de dor nos pés revelado pelos respondentes foi o calcanhar, com mais de

45% dos respondentes, seguido por todos os metatarsos e arco do pé, com 26% e 23%,

respectivamente.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

Calcanhar

Médiopé

Todos os metatarsos

5 metatarso

2-4 metatarso

1 metatarso

Dedos

Dedão

Dorso do pé

Arco do pé

Principais locais de dores

Mulheres Homens Geral

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

37

Dentre estes locais, o arco do pé é o que apresenta maior nível médio de dor (5,3), seguido

do dorso do pé, dedão, dedos e mediopé, todos com nível 5,1.

4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4

Calcanhar

Médiopé

Todos os metatarsos

5 metatarso

2-4 metatarso

1 metatarso

Dedos

Dedão

Dorso do pé

Arco do pé

Nível médio de dor por região

Mulheres Homens Geral

38

Dor nos tornozelos

Quanto aos tornozelos, identificou-se que cerca de 59% dos homens e 61% das mulheres

sentem dores nesta região.

Dores nos Tornozelos Geral Homens Mulheres

Sem dor 0 39,5% 40,7% 38,9%

Dor leve

1 19,0% 21,2% 17,8%

2 16,4% 18,8% 15,1%

3 19,3% 20,2% 18,9%

Dor moderada

4 10,2% 9,6% 10,6%

5 11,0% 10,6% 11,2%

6 11,3% 8,0% 13,0%

Dor intensa

7 5,5% 5,8% 5,3%

8 4,0% 3,4% 4,4%

9 1,1% 1,0% 1,2%

10 2,0% 1,2% 2,5%

Média 3,75 3,49 3,89

Traçando-se a mesma relação com idade para dores nos tornozelos, observa-se relação

semelhante às dores nos pés. No entanto, nota-se leve aumento no nível de dores nos tornozelos na

faixa etária entre 80 e 89 anos.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Faixa etária

Nível de dores nos tornozelos em função da idade

Homens

Mulheres

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos tornozelos

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

39

Quando estudadas em relação ao IMC, as dores nos tornozelos aumentam quando há maior

grau de obesidade.

Dor nos joelhos

Para os joelhos, as taxas de dores são maiores quando comparamos com os tornozelos.

Aproximadamente 65% dos homens e 70,5% das mulheres reclamaram de dores no local.

Dores nos Joelhos Geral Homens Mulheres

Sem dor 0 31,3% 34,7% 29,4%

Dor leve

1 17,9% 22,1% 15,8%

2 15,0% 17,0% 13,9%

3 16,1% 17,0% 15,6%

Dor moderada

4 11,0% 9,8% 11,7%

5 10,1% 11,8% 9,2%

6 13,5% 10,1% 15,3%

Dor intensa

7 5,9% 5,9% 5,9%

8 4,3% 3,4% 4,7%

9 2,6% 1,2% 3,3%

10 3,7% 1,7% 4,7%

Média 4,07 3,63 4,30

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

17 a 18,49 18,5 a 24,9 25 a 29,9 30 a 34,9

Nível de dores nos tornozelos em função do IMC

Homens

Mulheres

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos tornozelos

Magreza Normal Sobrepeso Obesidade I

IMC

40

Em relação à idade, observa-se o mesmo comportamento de baixa influência sobre dores nos

joelhos que foi observado para os pés.

Quanto a influência da obesidade, nota-se leve tendência de aumento das dores com o

aumento do IMC.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Faixa Etária

Nível de dores nos joelhos em função da idade

Homens

Mulheres

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

17 a 18,49 18,5 a 24,9 25 a 29,9 30 a 34,9

Nível de dores nos joelhos em função do IMC

Homens

Mulheres

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos joelhos

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos joelhos

Magreza Normal Sobrepeso Obesidade I

IMC

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

41

Influência das dores na prática de atividade física

Dores nos pés, tornozelos e joelhos ainda influenciam negativamente na prática de atividade

aeróbicas e musculação.

Cerca de 80% dos homens e 86% das mulheres dizem ter a pratica de exercícios aeróbicos

prejudicada em algum nível por dores.

Como dores nos pés, tornozelos e joelhos prejudicam exercícios aeróbicos

Geral Homens Mulheres

Não dificulta 0 17,26% 19,94% 15,75%

Dificulta pouco

1 7,89% 8,21% 7,72%

2 7,34% 8,08% 6,94%

3 10,38% 10,33% 10,41%

Dificulta médio

4 9,18% 10,07% 8,71%

5 9,51% 9,40% 9,56%

6 13,89% 14,17% 13,74%

Dificulta muito

7 13,20% 15,10% 12,18%

8 10,75% 10,60% 10,84%

9 8,40% 7,42% 8,92%

Impede o exercício 10 9,46% 6,62% 10,98%

Média 5,70 5,51 5,80

Para a musculação estes valores são de 60% dos homens e 72% das mulheres.

Como dores nos pés, tornozelos e joelhos prejudicam pratica de musculação

Geral Homens Mulheres

Não dificulta 0 32,61% 39,87% 28,52%

Dificulta pouco

1 10,76% 14,46% 9,02%

2 8,33% 10,41% 7,35%

3 14,22% 14,64% 14,02%

Dificulta médio

4 10,25% 10,23% 10,27%

5 11,56% 12,35% 11,19%

6 10,31% 10,76% 10,10%

Dificulta muito

7 10,65% 7,76% 12,02%

8 7,31% 5,47% 8,18%

9 5,72% 3,88% 6,59%

Impede o exercício 10 10,88% 10,05% 11,27%

Média 5,24 4,80 5,45

42

VI – Impacto das dores no cotidiano

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

43

Impacto das dores no cotidiano

Dores de qualquer natureza podem interferir em atividades do dia a dia, sejam estas simples

atividades domésticas, locomover-se ao trabalho, praticar atividades físicas ou até mesmo participar

de eventos sociais.

É possível, portanto, que as dores nos pés, tornozelos e joelhos tenham impacto relevante na

qualidade de vida das pessoas. A pesquisa quantifica esta influência e entende as relações

estabelecidas entre dores e qualidade de vida.

Influência das dores no humor

A primeira relação observada foi em relação a piora de humor. 90% dos respondentes

relataram queda no nível de humor por dores e foi possível estabelecer uma relação importante

entre os dois fatores. Para cada ponto a mais de dor no pé, os homens sentem uma piora de 0,67

pontos no humor e as mulheres, de 0,63.

y = -0,6709x + 10,052 R² = 0,9581

y = -0,627x + 9,5057 R² = 0,986

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Piora no humor em função das dores nos pés

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos pés

Muita

influência

Influência

moderada

Pouca

influência

Não tem

influência

Humor

44

A população de São Paulo apresentou as maiores perdas em níveis de humor:

Influência das dores na mobilidade

Outro fator importante sobre as dores nos pés é a dificuldade de mobilidade. Pessoas com

mais dores tendem a passar mais tempo em casa, de repouso.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

São Paulo Minas Gerais Rio de Janeiro

Índ

ice

de

per

da

de

hu

mo

r d

e 0(

mín

imo

) a 1

0(m

áxim

o)

Perda de humor por dores nos pés, tornozelos e joelhos

y = 0,0573x + 0,0937 R² = 0,8946

y = 0,0543x + 0,1567 R² = 0,9258

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

% d

e p

ess

oas

qu

e p

assa

ram

ao

men

os

um

dia

em

ca

sa d

evid

o à

s d

ore

s

Dias em casa em função do nível de dores nos pés

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos pés

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

45

A mesma tendência pode ser observada em função dos níveis de dores nos pés, tornozelos e

joelhos.

y = 0,034x + 0,2467 R² = 0,5478

y = 0,0445x + 0,3021 R² = 0,9143

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

% d

e p

esso

as q

ue

pas

sara

m a

o m

eno

s u

m

dia

em

cas

a d

evid

o à

s d

ore

s

Dias em casa em função do nível de dores nos tornozelos

Homens

Mulheres

y = 0,0395x + 0,2076 R² = 0,7254

y = 0,0535x + 0,2324 R² = 0,9445

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

% d

e p

esso

as q

ue

pas

sara

m a

o m

eno

s u

m d

ia e

m c

asa

dev

ido

a d

ore

s

Dias em casa em função do nível de dores nos joelhos

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos tornozelos

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos joelhos

46

Influência da dor na energia e vigor

Além disso, a pesquisa apontou como as dores influenciam na energia e vigor dos

respondentes. Para cada grau a mais de dor nos pés, a energia cai em 0,73 pontos para homens e

mulheres, considerando uma escala de 0 a 10.

Nível de energia de acordo com dores nos pés

Dor 0 Dor 10

Homens 9,81 2,5

Mulheres 9,41 2,15

y = -0,7315x + 9,8146 R² = 0,9618

y = -0,7258x + 9,4074 R² = 0,9851

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Redução de energia e vigor em função de dores nos pés

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos pés

Influência

contínua

Muita

influência

Influência

moderada

Pouca

influência

Sem

influência

Energia e vigor

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

47

Influência da dor na vida social e nos níveis de depressão

Ainda relacionado às dores, podem-se avaliar dois fatores importantes: atividade social

(como sair com os amigos, ir ao cinema, ao teatro, etc.) e aumento dos níveis de tristeza ou

depressão.

A atividade social cai 0,63 pontos para homens e 0,67, para mulheres, para cada nível maior

de dor.

Nível de atividade social com dores nos pés

Dor 0 Dor 10

Homens 10 3,94

Mulheres 10 3,32

y = -0,6261x + 10,203 R² = 0,9398

y = -0,6702x + 10,021 R² = 0,9602

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Atividade social em função das dores nos pés

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos pés

Sempre

Muitas

vezes

Algumas

vezes

Poucas

vezes

Nunca

Redução de

atividade social

48

Há semelhança do comportamento da regressão quando estudado o nível de tristeza e

depressão em função de dores nos pés. Para cada grau de evolução da dor, há 0,72 pontos de

aumento de tristeza ou depressão para mulheres e 0,67, para homens.

Nível de tristeza/depressão com dores nos pés

Dor 0 Dor 10

Homens 0 6,69

Mulheres 0,29 7,49

y = 0,6725x - 0,0338 R² = 0,9364

y = 0,7199x + 0,2922 R² = 0,9796

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Tristeza ou depressão em função de dores nos pés

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos pés

Nunca

Poucas

vezes

Algumas

vezes

Muitas

vezes

Sempre

Tristeza/

depressão

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

49

Influência das dores na percepção de saúde e longevidade desejada

A influência das dores nos pés na qualidade de vida das pessoas pode ser ainda maior. É

possível inferir da pesquisa relações interessantes sobre a percepção de saúde e longevidade

desejada, ainda relacionando com níveis de dores nos pés.

Prioritariamente, quando observada a percepção de saúde por estudo da regressão, é alta a

correlação com dores (alto R²). Mulheres e homens acusam redução do nível de saúde em 0,2 pontos

para cada grau aumentado no nível de dores nos pés.

Percepção de saúde com dores nos pés

Dor 0 Dor 10

Homens 7,52 5,53

Mulheres 7,44 5,31

y = -0,1989x + 7,522 R² = 0,8726

y = -0,2137x + 7,4451 R² = 0,9501

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Percepção da saúde em função do nível de dores nos pés

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos pés

Ruim

Razoável

Boa

Muito boa

Excelente

Percepção de

saúde

50

Comportamento semelhante é observado quando analisada a relação entre dores em

tornozelos e joelhos.

y = -0,1316x + 7,0287 R² = 0,4392

y = -0,187x + 6,8916 R² = 0,817

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Percepção da saúde em função das dores nos tornozelos

Homens

Mulheres

y = -0,1482x + 7,1563 R² = 0,7308

y = -0,2097x + 7,1422 R² = 0,9676

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Percepção da saúde em função de dores nos joelhos

Homens

Mulheres

Ruim

Razoável

Boa

Muito boa

Excelente

Percepção de

saúde

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos tornozelos

Ruim

Razoável

Boa

Muito boa

Excelente

Percepção de

saúde

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos tornozelos

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

51

Com relação a longevidade desejada, os respondentes apontaram redução em,

aproximadamente, 0,3 anos para cada nível de dor nos pés a mais.

Longevidade desejada com dores nos pés

Dor 0 Dor 10

Homens 91,96 88,8

Mulheres 90,19 86,94

É possível entender, com base em todas as observações feitas acima, como dores nos pés,

tornozelos e joelhos impactam no cotidiano das pessoas. Há reflexo na prática de atividades físicas e

no comportamento social de cada indivíduo.

Este impacto é ainda de maior relevo quando se observa redução na percepção da saúde e,

consequentemente, na longevidade esperada por cada indivíduo.

y = -0,3163x + 91,956 R² = 0,7485

y = -0,3245x + 90,188 R² = 0,749

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Lon

gevi

dad

e d

esej

ada

Longevidade desejada em função das dores nos pés

Homens

Mulheres

Sem

dor

Dor leve Dor moderada

moderada Dor intensa

Nível de dores nos tornozelos

52

VII – Como as dores são tratadas

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

53

Como as dores são tratadas

Quantificado o alcance do impacto das dores na vida das pessoas e observada sua relevância,

é preciso entender como as pessoas tratam estes problemas. Dessa forma, o estudo busca

estabelecer relações entre os principais tratamentos e sua eficácia.

Primeiramente, observa-se que dentre os que sentem alguma dor nos pés, 15,2% dos

homens e 14% das mulheres não fizeram nada para melhorar as dores.

Além disso, um número relevante de pessoas comprou palmilhas para solucionar dores nos

pés, com destaque para homens, com 31,1% tendo alegado escolha por esta solução, frente a 16,3%

das mulheres.

Geral Homens Mulheres

Não fez nada 14,4% 15,2% 14,0%

Tomou medicação 17,8% 14,3% 19,7%

Comprou modelo de sapato diferente 13,9% 9,7% 16,0%

Comprou palmilhas 21,4% 31,1% 16,3%

Foi ao fisioterapeuta 6,6% 6,8% 6,5%

Foi ao médico 15,3% 14,8% 15,5%

Outro (especifique) 10,6% 8,1% 11,9%

Outro ponto importante a ser analisado neste aspecto é a eficácia da solução. Neste ponto, a

palmilha aparece como solução mais eficaz para redução de dores.

0 1 2 3 4 5 6 7

Comprou modelo de sapato diferente

Comprou palmilhas

Foi ao fisioterapeuta

Foi ao médico

Outro (especifique)

Tomou medicação

Índice de eficácia da solução de 0 (nada eficaz ) a 10(totalmente eficaz)

Eficácia do tratamento para dores nos pés

Mulheres Homens Geral

54

VIII – Características dos pés

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

55

Número do calçado

Os pés dos respondentes foram caracterizados em relação ao formato, comprimento,

volume, tipos de dedos e deformidades. Estas características ainda serão relacionadas com dores

para análise de correlações.

O primeiro aspecto a ser avaliado é o tamanho do pé. Observa-se no histograma abaixo,

distribuição normalizada para cada gênero. 83% dos homens calçam entre 39 e 43 e 89% das

mulheres, entre 35 e 39.

Tipo de pé

Quanto ao formato do arco, que são separados em 5 grupos: pés muito chatos, chatos,

normais, cavos e muito cavos (como na imagem abaixo), observa-se que apesar da prevalência na

população para o tipo de pé normal, há porcentual populacional relevante com níveis de pés chatos

e cavos.

Formato dos Pés Geral Homens Mulheres

Muito chato 2,53% 2,92% 2,30%

Chato 15,51% 16,45% 14,98%

Normal 56,39% 53,79% 57,85%

Cavo 21,88% 22,84% 21,35%

Muito cavo 3,69% 4,00% 3,52%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46

Tamanho do calçado por gênero

Homens Mulheres

56

É importante observar que pessoas com pés chatos, muito chatos, cavos e muito cavos

apresentam maiores níveis de dores nos pés. Dessa forma, entende-se que há mais problemas

relacionados com tipos de arcos que não sejam normais.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Muito chato Chato Normal Cavo Muito cavo

Tipos de pés

Geral Homens Mulheres

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Pé muito chato Pé chato Normal Cavo Muito cavo

Nível de dores nos pés em função do tipo de pé

Geral Homens Mulheres

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos joelhos

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

57

Volume dos pés

Outro ponto importante na caracterização dos pés é em relação ao seu volume e a

adequação ao calçado. A pesquisa identificou que 7% dos homens e 15% das mulheres consideram

seus pés magros (volume menor do que o normal) e 16% dos homens e 18% das mulheres

consideram seu pés robustos (volume maior do que o normal).

Esta percepção de volume dos pés reflete na adequação dos calçados. 16,4% dos homens e

30,6% das mulheres dizem que a largura dos calçados brasileiros não se adéquam aos seus pés.

Largura dos calçados adequada

Geral Homens Mulheres

Sim 74,47% 83,56% 69,36%

Não 25,53% 16,44% 30,64%

Dentre os que apontaram não se adequar à largura padrão dos calçados, 93% dos homens e

82% das mulheres necessitam de calçados mais largos do que geralmente encontram e 7% dos

homens e 18% das mulheres, de calçados mais estreitos. Esse problema na adaptação aos calçados

pode ser causa importante de dores nos pés.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Magro – volume menor que o normal

Normal – proporcional ao comprimento

Robusto – mais volumoso que o normal

Volume dos pés

Geral Homens Mulheres

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mais estreitos

Mais largos

Tipo de adequação ao calçado

Mulheres Homens

58

Deformidades nos pés

Deformidades como joanetes, dedos em garra e dedos em martelo também foram avaliadas

pela pesquisa.

Com relação ao joanete, observa-se prevalência nas mulheres, com 52% das respondentes

apontando algum grau de joanete. Com relação aos homens, apenas 28% apresentaram algum grau

de joanete.

Joanete Geral Homens Mulheres

Sim 43,1% 27,8% 51,7%

Não 56,9% 72,2% 48,3%

Dentre os que possuem joanete, a média geral do grau de deformidade é de 2,31. Os homens

ainda apresentaram menor grau médio de joanete perante as mulheres.

Grau de Joanete Geral Homens Mulheres

Joanete leve 2 76,2% 84,8% 73,6%

3 17,2% 10,5% 19,2%

4 5,6% 3,5% 6,2%

Joanete muito severa 5 1,0% 1,2% 0,9%

Média 2,31 2,21 2,34

Observa-se relação de aumento de dores com graus mais severos de joanete.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1 2 3 4 5

Nível de dores nos pés em função do grau de joanete

homens

mulheres

Sem dor

Dor leve

Dor

moderada

Dor

intensa

Nível de dores

nos pés

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

59

Os dedos dos pés podem apresentar formato em garra, em martelo ou estarem sobrepostos.

Dentre os respondentes, 14% dos homens e 17% das mulheres apresentram este tipo de

deformidade. Nota-se que há maior incidência de dores nos pés dentre os que possuem este tipo de

deformidade (95%) frente aos que não possuem (89%).

Dedos em Garra/ Martelo Geral Homens Mulheres

Sim 15,9% 14,0% 17,0%

Não 84,1% 86,0% 83,0%

Dedos em garra/martelo Dores nos pés

Sim Não

Sim 95,11% 89,74%

Não 4,89% 10,26%

Sobre a sobreposição de dedos, 13% dos homens e 20% das mulheres apresentaram esta

deformidade, que também se relaciona com dores nos pés. Enquanto 95% dos respondentes com

dedos sobrepostos apresentaram alguma dor nos pés, 90% sem sobreposição de dedos

apresentaram esta queixa.

Dedos Sobrepostos Geral Homens Mulheres

Sim 17,3% 12,9% 19,8%

Não 82,7% 87,1% 80,2%

Dedos sobrepostos Dores nos pés

Sim Não

Sim 93,93% 89,90%

Não 6,07% 10,10%

60

Formato dos dedos

A pesquisa buscou, também, qualificar o formato dos dedos dos respondentes, dentre os 5

tipos abaixo. Identificou-se que há forte prevalência dos tipos Egípcio, Romano e Grego entre

homens (98%) e mulheres (97%).

Esta pesquisa não identificou nenhuma relação entre o formato dos dedos e possíveis dores

nos pés.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Egípcio Romano Grego Alemão Céltico

Formato dos dedos

Homens Mulheres

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

61

VIII – Doenças crônicas

62

Doenças crônicas

A pesquisa também identificou as principais doenças que acometem a população. Algumas

delas, como a diabetes, podem ter relevante influência na saúde dos pés.

Dentre os respondentes, 45% dos homens e 43% das mulheres apresentaram ao menos uma

das seguintes doenças: diabetes, neuropatia, hipertensão, derrame, colesterol alto, outros

problemas cardíacos ou câncer.

A hipertensão foi o principal problema apresentado entre os respondentes com alguma

doença (59% dos homens e 50% das mulheres), seguido de colesterol alto (40% dos homens e 50%

das mulheres) e diabetes.

Dentre as doenças acima, a que mais pode afetar diretamente a saúde dos pés é a diabetes.

O desenvolvimento da neuropatia periférica (condição de insensibilidade nos pés, muitas vezes

causada pelo agravamento da diabetes), por exemplo, pode gerar graves lesões nos pés.

De toda a amostra, 11,8% dos homens e 6,3% das mulheres apresentaram diabetes e 4,3%

dos homens e 3,4% das mulheres, relataram problemas de neuropatia.

Doenças Geral Homens Mulheres

Diabetes 8,2% 11,8% 6,3%

Neuropatia (perda de sensibilidade nos pés) 3,7% 4,3% 3,4%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Diabetes

Neuropatia (perda de sensibilidade nos pés)

Hipertensão (pressão alta)

Derrame

Colesterol alto

Outros problemas cardíacos

Câncer

Doenças crônicas

Mulheres Homens Geral

Pesquisa Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos

63

Há forte tendência de desenvolvimento de diabetes com a idade, assim como visto no gráfico

abaixo:

Comportamento similar observa-se com a análise do IMC:

Relação das doenças crônicas com a atividade física

Além de quantificar quais as doenças mais prevalentes, a pesquisa traçou uma relação, que

se provou muito importante, entre o volume total de horas de exercício aeróbico na semana e a

prevalência dessas doenças na população. Ficou evidente que quanto mais horas de exercício

acumuladas na semana, menor a chance do desenvolvimento de hipertensão e diabetes.

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 % d

a p

op

ula

ção

co

m d

iab

etes

Faixa etária

% da população com diabetes em função da faixa etária

Homens

Mulheres

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

17 a 18,49 18,5 a 24,9 25 a 29,9 30 a 34,9

% d

a p

op

ula

ção

co

m d

iab

etes

% da população com diabetes em função do IMC

Homens

Mulheres

Magreza Normal Sobrepeso Obesidade I

IMC

64

Com relação a hipertensão, a cada hora que os homens deixam de fazer exercício na semana

há um aumento de 1,7% de homens com a doença. Já para as mulheres isso é ainda pior. Para cada

hora que não se faz exercício 2,7% mais mulheres desenvolvem hipertensão.

Fato similar foi encontrado para a diabetes. A cada hora que os homens deixam de fazer

exercício na semana há um aumento de 1,9% na diabetes. Já para as mulheres para cada hora que

elas fazem exercício 1,2% mais mulheres desenvolvem diabetes.

Portanto, com essa pesquisa fica evidente a importância da atividade física na melhora da

qualidade de vida e na saúde das pessoas. Além disso, viu-se que as dores nos pés, tornozelos e

joelhos são fator limitante da prática de atividade física e podem acarretar em vários problemas de

saúde.

y = -0,017x + 0,2762 R² = 0,3131

y = -0,0272x + 0,2363 R² = 0,808

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

0 1 2 3 4 5 6 7 8

% d

a p

op

ula

ção

co

m h

iper

ten

são

Horas acumuladas de atividade aeróbica semanal

População com hipertensão em função da quantidade total de atividade aeróbica semanal

Homens

Mulheres

y = -0,0194x + 0,1429 R² = 0,8254

y = -0,0121x + 0,074 R² = 0,9321

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

0 1 2 3 4 5 6 7 8

% d

a p

op

ula

ção

co

m d

iab

etes

Horas acumuladas de atividade aeróbica semanal

População com diabetes em função da quantidade total de atividade aeróbica semanal

Homens

Mulheres