Saúde Segurança do Trabalho

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  • 7/28/2019 Sade Segurana do Trabalho

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    Praa Expedicionrio Assuno, 168 Bairro CentroNova Lima MG CEP: 34.000-000

    Telefone: (31) 3541-2666

    SSAADDEEEESSEEGGUURRAANNAA DDOO

    TTRRAABBAA LLHHOO

    SENAIServio Nacional de Aprendizagem

    Industrial

    Centro de Formao Profissional

    AFONSO GRECO

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    SSuummrriioo

    APRESENTAO

    HIGIENE E SEGURANA NO TRABALHO .................................................................................... 03

    INTRODUO .................................................................................................................................. 03

    ACIDENTE DO TRABALHO ............................................................................................................ 04

    DEFINIO....................................................................................................................................... 04

    PORQUE O ACIDENTE DO TRABALHO DEVE SER EVITADO? ................................................. 05

    IDENTIFICAO DAS CAUSAS DO ACIDENTE ........................................................................... 06

    CLASSIFICAO DO ACIDENTE ................................................................................................... 08

    PADRO OPERACIONAL ............................................................................................................... 09

    EQUIPAMENTO DE PROTEO .................................................................................................... 10

    INTRODUO .................................................................................................................................. 10

    EQUIPAMENTO DE PROTEO COLETIVA ................................................................................. 10

    EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL .............................................................................. 10

    RISCOS AMBIENTAIS ..................................................................................................................... 16

    INTRODUO .................................................................................................................................. 16

    CLASSIFICAO DOS RISCOS ..................................................................................................... 16

    FATORES QUE COLAB. PARA QUE OS PROD. OU AGENT. CAUSEM DANOS SADE ..... 16

    VIAS DE ENTRADA DOS MATERIAIS TXICOS NO ORGANISMO ............................................ 17

    RISCOS QUMICOS ......................................................................................................................... 19

    RISCOS FSICOS ............................................................................................................................. 20

    RISCOS BIOLGICOS .................................................................................................................... 22

    PRINCIPAIS MEDIDAS E CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS ............................................ 23

    MEDIDAS RELATIVAS AO AMBIENTE .......................................................................................... 23

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    MEDIDAS RELATIVAS AO PESSOAL ........................................................................................... 26

    RISCOS DE ELETRICIDADE ........................................................................................................... 27

    O QUE ELETRICIDADE ................................................................................................................ 27

    LEI DE OHM ..................................................................................................................................... 27

    EFEITOS DA CORRENTE ELTRICA ............................................................................................ 28

    PRINCIPAIS SINTOMAS CAUSADOS PELO CHOQUE ................................................................ 30

    RISCOS ELTRICOS ....................................................................................................................... 31

    CUIDADOS NAS INTALAES ELTRICAS ................................................................................ 32

    MEDIDAS PREVENTIVAS EM INSTALAES ELTRICAS ........................................................ 33

    ATERRAMENTO ELTRICO ........................................................................................................... 34

    NOES BSICAS DE DEMARCAES DE SEGURANA ....................................................... 35

    INTRODUO .................................................................................................................................. 35

    CORES E SINALIZAO NA SEGURANA DO TRABALHO ...................................................... 35

    NOES BSICAS DE COMBATE A INCNDIO .......................................................................... 43

    PRINCPIOS BSICOS DO FOGO .................................................................................................. 43

    CONDIES PROPCIAS PARA A COMBUSTO ........................................................................ 45

    COMBUSTO ................................................................................................................................... 49

    CLASSES DE INCNDIO ................................................................................................................. 56

    COMBATE AO INCNDIO ............................................................................................................... 58

    TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA COMBATE A INCNDIOS .................................................... 61

    PRIMEIROS SOCORROS ................................................................................................................ 69

    INTRODUO .................................................................................................................................. 69

    MATERIAL NECESSRIO PARA EMERGNCIA .......................................................................... 70

    FERIMENTOS ................................................................................................................................... 70

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    HEMORRAGIAS ............................................................................................................................... 75

    QUEIMADURAS ............................................................................................................................... 78

    CHOQUE ELTRICO ....................................................................................................................... 80

    CALOR .............................................................................................................................................. 81

    FRIO .................................................................................................................................................. 82

    ESTADO DE CHOQUE .................................................................................................................... 83

    DESMAIOS ....................................................................................................................................... 84

    CONVULSO ................................................................................................................................... 85

    INTOXICAES E ENVENENAMENTOS ....................................................................................... 86

    CORPOS ESTRANHOS ................................................................................................................... 88

    FRATURAS E LESES DE ARTICULAO .................................................................................. 89

    ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS ............................................................................... 91

    PARADA CARDACA - MASSAGEM CARDACA .......................................................................... 92

    PARADA RESPIRATRIA - RESPIRAO ARTIFICIAL .............................................................. 94

    RESGATE E TRANSPORTE DE PESSOAS ACIDENTADAS ........................................................ 96

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................................. 103

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    Apresentao

    Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade doconhecimento.

    Peter Drucker

    O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos osperfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo,coleta, disseminao e uso da informao.

    O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas, sabe disso, e,consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a gide do conceitoda competncia: formar o profissional com responsabilidade no processoprod ut ivo, com inic iat iva na resoluo de p rob lemas, com con hecimentostcn ico s apro fun dados , f lexib i l idade e criat iv idade, empr eendedoris mo eco ns cinc ia da n ecessid ade d e edu cao c on tin uad a.

    Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento, na sua reatecnolgica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao sefaz necessria. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua infovia,

    da conexo de suas escolas rede mundial de informaes - internet - toimportante quanto zelar pela produo de material didtico.

    Isto porque, nos embates dirios, instrutores e alunos, nas diversas oficinas elaboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiaisdidticos, tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos.

    O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didticos, aguar a suacuriosidade, responder s suas demandas de informaes e construir links entreos diversos conhecimentos, to importantes para sua formao continuada!

    Gernci a de Educao e Tecno lo g ia

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    Centro de Formao Profissional Afonso Greco 3

    Higiene e Segurana no Trabalho

    Introduo

    sabido que o brasileiro, tradicionalmente, no se apega Preveno, seja elade acidentes do trabalho ou no.

    A nossa formao escolar no nos enseja qualquer contato com tcnicas dePreveno de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Assim, at onosso ingresso no mercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor deatividade e, pior ainda, da empresa em que trabalharemos, que teremos oprimeiro contato com a Preveno de Acidentes, isso, j na idade adulta.

    Na verdade, embora de forma precria, a nica vez em que normalmente temosalguma noo de preveno no lar, atravs da me, ao nos puxar a orelha, dar-

    nos umas palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, , tambm, noprprio lar que somos desafiados, pela primeira vez, a demonstrar coragem,praticando o Ato Inseguro, juntamente, pelo prprio pai.

    Da, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos,investir em treinamento, em equipamentos e em mtodos de trabalho para incutirem seu pessoal o Esprito Prevencionista e, atravs de tcnicas e desensibilizao, combater em seu meio o Acidente do Trabalho que, conforme temsido demonstrado, atinge forte e danosamente a Qualidade, a Produo e oCusto.

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    Acidente do Trabalho

    Definio

    O Acidente toda e qualquer ocorrncia imprevista e indesejvel, instantnea ou

    no, que provoca leso pessoal ou de que decorre risco prximo ou remoto dessaleso. Se tal ocorrncia estiver relacionada com o exerccio do trabalho, estar,ento, caracterizado o Acidente de Trabalho.

    Trocando o conceito em midos:

    A ocorrncia imprevista por no ter um momento pr-determinado (dia ou hora)para acontecer. preciso distinguir previsto/imprevisto deprevisvel/imprevisvel.

    O "previsto" significa programa, enquanto o "previsvel" sugere possibilidade.

    Assim, pode-se dizer que o acidente previsvel em funo de circunstncias(uma escada de degraus defeituosos, um mecnico esmerilhando sem culos, porexemplo), isto , existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, aocorrncia no est prevista, por no estar programada.

    O indesejvel, bvio, por no se querer o acidente. Da, se algum,intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra outro e o atinge,caracteriza-se o acidente, apesar de o indivduo ter desejado atingir o outro. Issose d porque a ocorrncia caracterizada em funo da vtima (ou vtimapotencial) e claro que ela no queria ser atacada.

    O "instantneo ou no" faz a diferena entre o acidente tpico, como oconhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doenaocupacional ou do trabalho (asbestose, saturnismo, silicose, etc.).

    Esclarecendo: o acidente propriamente dito a ocorrncia que tem conseqncia(leso) imediata em relao ao momento da ocorrncia (queda = fratura, luxao,escoriaes). A Doena Ocupacional conseqncia mediata em relao exposio ao risco (exposio ao vapor de chumbo hoje, saturnismo aps algumtempo).

    O acidente, no implica, necessariamente em leso, podendo ficar somente norisco de provoc-la (acidente sem vtima). Assim, a queda de uma marreta, porexemplo, o acidente que pode ser com vtima (provoca leso) ou sem vtima(no atinge ningum).

    A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), em sua NB 18 (NormaBrasileira n. 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos:

    Tipo: Classifica o acidente quanto sua espcie, como Impacto de PessoaContra (que se aplica aos casos em que a leso foi produzida por impacto doacidentado contra um objeto parado, exceto em casos de queda); Impacto

    Sofrido (o movimento de objeto); Queda com Diferena de Nvel (ao dagravidade, com o objeto de contato estando abaixo da superfcie em que seencontra o acidentado); Queda em Mesmo Nvel (movimentado devido perda

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    de equilbrio, com o objeto de contato estando no mesmo nvel ou acima dasuperfcie de apoio do acidentado); Atrito ou Abraso; Aprovisionamento, etc.

    Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado?

    Sob todos os ngulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalhoapresenta fatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano,social e econmico, cujas conseqncias se constituem num forte argumento deapoio a qualquer ao de controle e preveno dos infortnios ocasionais.

    Aspecto Humano

    Bastaria a consulta s estatsticas oficiais, que registram os acidentes queprejudicam a integridade fsica do empregado, para conhecimento do grandendice de pessoas incapacitadas para o trabalho e de tantas vidas truncadas,tendo como conseqncia a desestruturao do ambiente familiar, onde tais

    infortnios repercutem por tempo indeterminado.

    Aspecto Social

    Em referncia a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suasconseqncias sociais, visando a estes dois aspectos:

    O acidente do trabalho como efeito;

    O acidente do trabalho como causa.

    Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de umaao imprudente ou de condies inadequadas, isto , quando ele resulta de umainobservncia das normas de segurana; pode-se consider-lo como causaquando se tem em vista as conseqncias dele advindas.

    Como se deduz, so imensurveis, em termos de extenso e proporo, asconseqncias dos acidentes do trabalho. Mas, o importante diante de todos osaspectos que possam ser apresentados, que as pessoas se inteiram dessarealidade, interessando-se pela aplicao correta das medidas de preveno doacidente, para no se tornarem vtimas do mesmo.

    Aspecto Econmico

    Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do trabalho, oprejuzo econmico cujas conseqncias atingem ao empregado, a empresa, asociedade e, em uma concepo mais ampla, a prpria nao.

    Quanto ao empregado, apesar de toda a assistncia e das indenizaesrecebidas por ele ou por seus familiares atravs da Previdncia Social, no casode acidentar-se, os prejuzos econmicos fazem-se sentir na medida em que aindenizao no lhe garante necessariamente o mesmo padro de vida mantido

    at ento. E, dependendo do tipo de leso sofrida, tais benefcios, por melhoresque sejam, no repararo uma invalidez ou a perda de uma vida.

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    Na empresa, os prejuzos econmicos derivados dos acidentes variam em funoda importncia que ela dedica preveno de acidentes. A perda ainda que dealguns minutos de atividade no trabalho traz prejuzo econmico, o mesmoacontecendo com a danificao de mquinas, equipamentos, perda de materiaisetc. Outro tipo de prejuzo econmico refere-se ao acidente que atinge o

    empregado, variando as propores quanto ao tempo de afastamento do mesmo,devido gravidade da leso.

    As conseqncias podem ser, dentre outras: a paralisao do trabalho por tempoindeterminado, devido impossibilidade de substituio do acidentado por umelemento treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influncia psicolgicanegativa que atinge os demais empregados e que interfere no ritmo normal dotrabalho, levando sempre a uma grande queda da produo.

    Em termos gerais, esses so alguns fatores que muito contribuem para osprejuzos econmicos tanto do empregado quanto da empresa.

    Identificao das Causas do Acidente

    fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente no tem,absolutamente, o objetivo de punio, mas, sim, o de encontrar a partir dascausas, as medidas que possibilitem impedir ocorrncias semelhantes.

    A causa do acidente pode estar em fatores hereditrios (herana sangnea) oude meio-ambiente (cultura). Pode, tambm, originar-se de falha pessoal.

    Clareando: a Hereditariedade, processo de transmisso de caractersticas fsicase mentais dos ascendentes (pais, avs, etc.) para os descendentes (filhos, netos,etc.), quando o ambiente propcio, manifesta-se sob a forma de fobias,principalmente a claustrofobia (medo de lugares fechados), acrofobia (medo dealtura), etc., e de outras formas. Tal manifestao interfere na formao dohomem, dando oportunidade ao afloramento das falhas pessoais (atitudesimprprias, inadequadas, por exemplo: imprudncia, negligncia, exibicionismo,insubordinao, etc.).

    A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros oucriar/permitirCondies Inseguras.

    Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditrios e no meio-ambiente da primeira infncia do homem. As caractersticas indesejveis,herdadas (hereditariedade) ou adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se atravsda falha pessoal que, por sua vez, induz o homem a criar ou permitir a condioinsegura e/ou praticar o ato inseguro, que so as causas aparentes do acidenteque pode, ou no, resultar em leso pessoal.

    Para esclarecer, imaginemos uma situao: a companhia admite um novoempregado que ter a ocupao de escarfador. O candidato selecionado joveme a companhia sua primeira empresa. At ento, trabalhava no quiosque do pai,

    na praia de Camburi, o dia todo, vontade, de sunga, vez por outra tomando umaaguinha de coco, enquanto inspecionava biqunis e similares. Pois bem, esserapaz comea a trabalhar na empresa e, aps treinamento, se v todo equipado

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    para o trabalho; possivelmente, no se adaptar, sentir-se- agoniado, preso, asituao muito diferente e a tendncia chegar ao acidente.

    Ato Inseguro

    O Ato Inseguro a desobedincia a um procedimento seguro, comumente aceito.No necessariamente a desobedincia norma ou procedimento escrito, mastambm quelas normas de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas.Na caracterizao do Ato Inseguro cabe a seguinte questo: nas mesmascircunstncias uma pessoa prudente agiria da mesma maneira?

    Um exemplo: no se conhece nenhuma norma escrita que oriente para no sesegurar, na palma da mo, um ferro eltrico aquecido, porm, se algum o fizer,estar cometendo um Ato Inseguro.

    O Ato Inseguro ocorre em trs modalidades:

    Omisso: A pessoa No Fazo que deveria fazer.

    Exemplo: Deixar de impedir acidente no equipamento.

    Comisso: A pessoa faz o que No Deveria Fazer.

    Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado.

    Variao: A pessoa faz algo de Modo Diferentedo que deveria fazer.

    Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pelaescada.

    claro que a "Omisso" implica em existncia/conhecimento denorma/procedimento especfico. Quanto "Comisso" e "Variao", adesobedincia pode ocorrer ao prprio bom senso, no, necessariamente anormas/procedimentos/instrues.

    Condio Insegura

    A Condio Insegura so as condies de ambiente, cuja correo no so daalada do acidentado. A Condio Insegura compreende mquinas,equipamentos, materiais, mtodos de trabalho e deficincia administrativa.

    Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condio insegura em quatroclasses:

    Mecnica: mquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem proteo,inadequado, etc.

    Fsica: "Lay-out" (arrumao, passagens, espao, acesso, etc.).

    Ambiental: Ventilao, iluminao, poluio, rudo, etc.

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    Mtodo: Procedimento de Trabalho inadequado, padro inexistente, processoperigoso, mtodo arriscado, superviso deficiente, etc.

    A Condio Insegura ocorre, tambm, em trs modalidades, todas elas, derivadasdas posies de comando:

    Negligncia: (corresponde omisso do Ato Inseguro) deixar de fazer o quedeve ser feito.

    Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir prticas inseguras.

    Impercia: derivada da falta de conhecimento/experincia especfica. MandarFazer sem Estabelecer Procedimento.

    Exemplo: No fixar padro/procedimento de trabalho.

    Imprudncia: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido.

    Exemplo: Mandar improvisar ferramenta.

    importante frisar que a Condio Insegura e Ato Inseguro so as causas finaisde um acidente, ou seja, a ao que deflagrou a ocorrncia, a "gota d'gua" quefez transbordar o contedo do copo, mas outros fatores concorreram para aocorrncia e esses fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas paraa preveno.

    Da, a importncia de estudar a "Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difcilpara a indstria comum) e as "Falhas Pessoais", estas mais visveis, a partir daconvivncia e observao. Alis, a convivncia e observao precisam servalorizadas. A observao to importante que a sua negligncia tem o poder dealterar o Ato Inseguro para a Condio Insegura.

    verdade, a norma diz que se um ato inseguro vem sendo cometido repetidasvezes, por tempo suficiente para ter sido "observado" e "corrigido" e no , deixade ser Ato para ser Condio Insegura, enquadrando-se como "Negligncia" dasuperviso.

    Classificao do AcidenteO acidente pessoal, em termos de gravidade da leso que provoca, classificadode duas maneiras:

    1) Se o acidente provoca leso tal que impea o acidentado de retornar aotrabalho, em suas funes, no dia imediato ao da ocorrncia, ele dito ComLeso, Com Afastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmoque o acidentado possa trabalhar, em suas funes, no dia seguinte ao daocorrncia, a leso pode ser classificada de "Com Afastamento", desde quedela resulte uma incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma falange

    (n) de um dedo.

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    2) Se a leso decorrente do acidente no impede o acidentado de trabalhar nodia seguinte ao da ocorrncia, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo),oficialmente classificado de Leso Sem Afastamento.

    importante frisar que tal classificao se refere unicamente gravidade da

    leso e do acidente. Podemos ter acidentes at mesmo impessoais de altagravidade.

    Padro Operacional

    o estabelecimento do mtodo correto e, conseqentemente, seguro deexecuo do trabalho. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exigeconstante aperfeioamento, adequando-se quanto ao como, onde, quando ecom que fazer.

    O Padro Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado

    (escrito), ser conhecido e estar ao alcance de todos os envolvidos no trabalho.Seu ponto chave o Detalhe, o detalhe que no pode ser negligenciado ouesquecido, j que, de imediato, a curto, mdio ou longo prazos pode representaro fracasso do trabalho, do seu trabalho.

    Ningum est mais capacitado que voc para saber qual a melhor maneira deexecutaro seu trabalho. Organizando a tarefa, discutindo-a com seus colegas,aperfeioando-a sempre e mantendo o seu registro, voc chegar naturalmenteao Padro ideal que requer constantes avaliaes e adequaes, obtidas atravsde Anlise de Riscos que , em resumo, a ferramenta de atualizao do Padro.

    Lembre-se, o Padro Operacional precisa ser registrado, escrito e receberconstantes adequaes.

    O bom Padro Operacional no sobrevive sem retoques. Busque o Padro juntoao seu Gerente Supervisor, ele o centralizador, o catalisador do Padro, voc o usurio, o gerador de aperfeioamento do mesmo. Zele por ele que seumelhor companheiro.

    A IMPORTNCIA DO DETALHE

    Pela falta de um cravo, a ferradurafoi perdida;Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido;

    Pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu;

    Pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida;

    Pela perda da batalha, o reino foi perdido;

    E tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!"

    Benjamim Frankilin

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    Equipamento de Proteo

    Introduo

    Conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, uma empresa enquadrada no Grau de

    Risco 4 (risco elevado de acidentes), podem existir nos locais de trabalho,condies que podero ocasionar danos sade ou integridade fsica doempregado.

    Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados por meio da utilizao dosequipamentos de proteo, que oferecem:

    Proteo Coletiva: beneficiam a todos os empregados indistintamente.

    Proteo Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento.

    Nota: A empresa obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPIadequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, nasseguintes circunstncias:

    a) Sempre que as medidas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ouno oferecerem completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho e/oudoenas profissionais e do trabalho;

    b) Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas;

    c) Para atender situao de emergncia.

    Equipamento de Proteo Coletiva - EPC

    So os que, quando adotados, neutralizam o risco na prpria fonte.

    As protees em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento deoperaes ruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteo;aterramentos eltricos; os dispositivos de proteo em escadas, corredores,guindastes e esteiras transportadoras so exemplos de protees coletivas.

    Equipamento de Proteo Individual - EPIDefinio

    O equipamento de proteo individual (EPI) todo dispositivo de uso individual,de fabricao nacional ou estrangeira, destinado a proteger a sade e aintegridade fsica do trabalhador.

    Seleo do EPI

    A seleo deve ser feita por pessoal competente, conhecedor no s dos

    equipamentos como, tambm, das condies em que o trabalho executado. preciso conhecer as caractersticas, qualidades tcnicas e, principalmente, o graude proteo que o equipamento dever proporcionar.

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    Caractersticas e Classificao dos EPIs

    Pode-se classificar os EPIs, agrupando-os segundo a parte do corpo que devemproteger:

    Proteo da Cabea

    Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou projetado e de impactocontra objeto imvel e somente estar completo e em condies adequadas deuso se composto de:

    *Casco: o capacete propriamente dito;

    *Carneira: armao plstica, semi-elstica, que separa o casco do couro

    cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto;

    *Jugular: presta-se fixao do capacete cabea.

    O capacete de celeron se presta, tambm, proteo contra radiao trmica.

    Proteo dos Olhos

    culos de segurana: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados ede impacto contra objetos imveis. Os culos de segurana utilizados na empresaso, comprovadamente, muito eficazes quanto proteo contra impactos.

    Para a proteo contra aerodispersides (poeira), a empresa deve fornecer osculos ampla viso, que envolvem totalmente a regio ocular.

    Onde se somam os riscos de impacto e intensa presena de aerodispersides(poeira), a afetiva proteo dos olhos se obtm com o uso dos dois EPIs - culosde segurana (culos basculavel) culos ampla viso, ao mesmo tempo.

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    Proteo Facial

    Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e decalor radiante, podendo ser acoplado ao capacete. articulado e tem perfilcncavo, tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem toc-lo, sendo

    construdo em acrlico, alumnio ou tela de ao inox.

    Proteo das Laterais e Parte Posterior da Cabea

    Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabea (nuca) de projeo defagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, ocapuz equipado com filtros de luz, permitindo proteo tambm contraqueimaduras.

    Proteo Respiratria

    Mscaras: Protegem as vias respiratrias contra gases txicos, asfixiantes econtra aerodispersides (poeira). Elas protegem no somente de envenenamentoe asfixias, mas, tambm, da inalao de substncias que provocam doenasocupacionais (silicose, siderose, etc.).

    H vrios tipos de mscaras para aplicaes especficas, com ou semalimentao de ar respirvel.

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    Proteo de Membros Superiores

    Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o brao, inclusive opunho, contra impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque eltrico,abraso e radiaes ionizantes e no ionizantes.

    Luvas: Protegem os dedos e as mos de ferimentos cortantes e perfurantes, decalor, choques eltricos, abraso e radiaes ionizantes.

    Proteo Auditiva

    Protetor auricular: Diminui a intensidade da presso sonora exercida pelo rudocontra o aparelho auditivo. Existem em dois tipos bsicos:

    Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que introduzido no canal auditivo.

    Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege tambm o sistemaauxiliar de audio (sseo).

    O protetor auricular no anula o som, mas reduz o rudo (que o somindesejvel) a nveis compatveis com a sade auditiva. Isso significa que, mesmousando o protetor auricular, ouve-se o som mais o rudo, sem que este afete ousurio.

    Proteo do Tronco

    Palet: Protege troncos e braos de queimaduras, perfuraes, projees de

    materiais particulados e de abraso, calor radiante e de frio.

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    Guarda e Conservao do EPI

    Quando na troca de usurio

    De um modo geral, os EPIs devem ser limpos e desinfetados toda vez em que h

    troca de usurio.

    Guarda do EPI

    O empregado deve conservar o seu equipamento de proteo individual e estarconscientizado de que, com a conservao, ele estar se protegendo quandovoltar a utilizar o equipamento.

    Conservao do EPI

    O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Sempre que possvel a

    verificao e a limpeza destes equipamentos devem ser confiados a uma pessoahabilitada para esse fim. Neste caso, o prprio empregado pode se ocupar destatarefa, desde que receba orientao para isso.

    Muitos acidentes e doenas do trabalho ocorrem devido no observncia do usode EPI. A eficcia de um EPI depende do uso correto e constante no trabalhoonde exista o risco.

    Exigncia Legal para Empresa e Empregado

    O uso de equipamento de proteo individual, alm da indicao tcnica paraoperaes locais e empregados determinados, exigncia constante de textoslegais. A Seo IV, do Captulo V da CLT, cuida do Equipamento de ProteoIndividual em dois artigos, a saber:

    "Art. 166 - A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,equipamento de proteo individual adequado ao risco e em perfeito estado deconservao e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral noofeream completa proteo contra os riscos de acidentes e danos sade dosempregados.

    "Art. 167 - O equipamento de proteo s poder ser posto venda ou utilizadocom a indicao do Certificado de Aprovao do Ministrio do TrabalhoCA.

    Por outro lado, a regulamentao de segurana e medicina do trabalho em suaNorma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuida minuciosamente do Equipamento deProteo Individual, mencionando, entre outras coisas, as obrigaes doempregado, que incluem o dever de utilizar a proteo fornecida pela empresa.

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    Riscos Ambientais

    Introduo

    Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles

    desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas condies,iro causar danos sade do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscosambientais. Os riscos ambientais exigem a observao de certos cuidados e atomada de medidas corretivas nos ambientes, se pretende evitar o aparecimentodas chamadas doenas do trabalho.

    A Portaria 3214 de Segurana e Medicina do trabalho do Ministrio do Trabalhona sua Norma Regulamentadora de n 09, contempla o Programa de Proteoaos Riscos Ambientais - PPRA - que tem como objetivo de antecipao,identificao, avaliao e controle de todos os fatores do ambiente de trabalhoque podem causar doenas ou danos sade dos empregados.

    Segue-se uma srie de informaes bsicas relativas aos Riscos Ambientais, comenumerao dos principais fatores, das condies possveis de risco para a sadee das medidas gerais para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho.

    Classificao dos Riscos

    Os riscos ambientais esto divididos em trs grupos: riscos qumicos, riscosfsicos e riscos biolgicos.

    Riscos Qumicos

    So representados por um grande nmero de substncias que podem contaminaro ambiente de trabalho.

    Riscos Fsicos

    So representados por fatores do ambiente de trabalho que podem causar danos sade, sendo os principais: o calor, o rudo ou barulho, as radiaes, o trabalhocom presses anormais, a vibrao e a m iluminao.

    Riscos BiolgicosSo representados por uma variedade de microorganismos com os quais oempregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo de atividade, e quepodem causar doenas.

    Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos Sade

    Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, ir causar obrigatoriamenteum dano sade. Para que isso ocorra, preciso que haja uma inter-relao

    entre os fatores que sero expostos a seguir:

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    O tempo de exposio

    Quanto maior o tempo de exposio ou de contato, maior a possibilidade de sedesenvolver um dano sade e vice-versa.

    A concentrao do contaminante no ambiente

    Quanto maiores as concentraes, maiores as chances de apareceremproblemas.

    O quanto a substncia txica

    Algumas substncias so mais txicas que outras se comparadas em relao auma mesma concentrao.

    A forma em que o contaminante se encontra

    Isto , se em forma de gs, lquido ou neblina, ou poeira. Isto tem relao com aforma de entrada do txico no organismo, como ser visto adiante.

    A possibilidade de as pessoas absorverem as substncias

    Algumas substncias s so capazes de entrar no organismo por inalao ou,ento, pela pele. Deve-se acentuar que importante conhecer cada caso emseparado. Havendo dvida quanto existncia ou no de perigo, o interessadodeve procurar um membro da CIPA ou do Servio Especializado ou, ainda, o seugerente.

    Vias de Entrada dos Materiais Txicos no Organismo

    Trs so as formas pelas quais os materiais txicos podem penetrar noorganismo humano:

    Por inalao

    Quando se est num ambiente contaminado, pode-se absorver uma substncianociva por inalao, isto , pela respirao.

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    Por contato com a pele, ou via cutnea

    A pele pode absorver certas substncias se houver contato, mesmo que porpoucos instantes. Dessa forma, o txico pode atingir o sangue e causar dano sade.

    Por ingesto

    Ou seja, ao se engolir, acidentalmente o txico isso acontece muito quando socomidos ou bebidos alimentos que esto contaminados com quantidades novisveis de substncias nocivas. por essa razo que nunca se deve fazer asrefeies no prprio posto de trabalho. E, tambm, no se deve ir para o refeitrio

    ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio pessoal: lavar as mos e rostocom sabo e bastante gua.

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    Riscos Qumicos

    As substncias qumicas podem estar na forma de gases, vapores, lquidos,fumos, poeiras e nvoas ou neblinas.

    Por exemplo:

    Vapores

    Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em geral,desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno.

    Gases

    Monxido de carbono, gases dos processos industriais como o gs sulfdrico.

    Lquidos

    Que podem ser corrosivos, como os cidos e a soda custica, ou irritantes,causando doenas da pele. Muitos lquidos tambm podem ser absorvidos pelapele, causando prejuzo sade.

    Nvoas ou neblinas

    Nos banhos de galvanoplastia, fosfatizao e outros processos, onde se formamnvoas ou neblinas de cidos.

    Fumos

    Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos so pequenaspartculas de metal ou de seus compostos, provenientes do banho que ficamsuspensos no ar.

    Poeiras ou ps

    P de serragem, poeira de rebarbao de peas fundidas no jateamento de areiaou granalha de ao.

    Principais Efeitos no Organismo

    Dentre os efeitos dos riscos qumicos no organismo, destacam-se, comoprincipais, os seguintes:

    Irritao

    Irritao dos olhos, nariz, garganta, pulmes, da pele. Geralmente, as substnciasque causam irritao se encontram na forma de gs ou vapor, mas podem,tambm, estar no estado lquido ou slido. Exemplos: vapores de cidos, a

    amnia (amonaco), certas poeiras. A irritao da pele causada pelo contatodireto com lquidos ou poeiras, sendo exemplos os solventes "thinners", e a poeirade cavina.

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    Asfixia

    Ou seja, falta de oxignio no organismo.

    Exemplos: monxido de carbono (CO), gs carbnico (CO2), acetileno.

    Anestesia

    Isto , uma ao sobre o sistema nervoso central, causando estado de sonolnciaou tonturas. Geralmente, as substncias anestsicas esto no estado de gs ouvapor.

    Exemplos: vapores de ter etlico, acetona.

    Intoxicao

    Pode ser causada tanto por inalao como por contato com a pele ou ingestoacidental do txico, que pode estar na forma slida, lquida ou gasosa.

    Exemplos: benzol, toluol, tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos dechumbo, p de chumbo (nas tipografias).

    Pneumoconiose

    Isto , uma alterao da capacidade respiratria devido a uma alterao nopulmo da pessoa. As substncias que causam esse tipo de doena esto naforma de poeira.

    Exemplos: poeira de slica livre cristalizada, contida no p de mrmore, areia,carepa de fundio, poeira de amianto ou asbesto, ps de algodo.

    Riscos Fsicos

    H fatores no ambiente do trabalho cuja presena, tendendo aos limites deexcesso ou falta, podem tornar-se responsveis por variadas alteraes na sadedo empregado.

    CalorO calor ocorre geralmente em fundies, siderrgicas, cermicas, indstrias devidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o organismo pode adaptar-se aosambientes quentes, dentro de certos limites. Quando h exposio excessiva aocalor, pode ocorrer uma srie de problemas, como cimbras, insolao ouintermao, ou, ainda, uma afeco nos olhos chamada de catarata.

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    Rudo ou barulho

    Ocorre na indstria em geral, mas, principalmente, nas tecelagens, estamparias,no rebarbamento por marteletes nas fundies, etc. O rudo excessivo tem vriosefeitos no ser humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade,

    entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando as pessoas soexpostas a altos nveis de rudo por tempos longos, o dano audio, que levaa vrios graus de surdez.

    Radiao infravermelho

    o calor radiante cujos efeitos so, justamente, os mencionados acima em"calor". Onde h corpos aquecidos, h calor radiante que emitido em todas asdirees.

    Radiao ultravioleta

    um tipo de radiao que est presente principalmente nas seguintes operaes:solda eltrica, fuso de metais a temperatura muito alta, nas lmpadasgermicidas, nos geradores de ozona. Seus efeitos so trmicos, causandoqueimaduras, eritemas (vermelhido) na pele, e, tambm, inflamao nos olhos(conjuntivite). Os efeitos so retardados, aparecendo com maior fora 6 a 12horas aps a exposio.

    Radiaes ionizantes

    Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos especiais.Exemplos: aparelhos de raio-x (quando indevidamente utilizados), radiografiasindustriais de controle (gamagrafia). Os efeitos das exposies descontroladas aradiaes ionizantes, por mau controle dos processos, so em geral srios:anemia, leucemia, certos tipos de cncer e efeitos que s aparecem nas geraesseguintes (genticos).

    Trabalhos com presses anormais

    So os trabalhos em que o homem submetido a presses diferentes daatmosfrica, na qual vive normalmente. Esses trabalhos exigem um controle

    rgido das operaes, principalmente na etapa de descompresso e volta presso normal. Ocorrncia: em trabalhos submarinos, no trabalho em tubulaese caixes pneumticos.

    Os efeitos so: problemas nas articulaes, desde dores at paralisia, e outrosproblemas mais graves que podem ser fatais.

    Vibraes

    As vibraes ocorrem, principalmente, nas grandes mquinas pesadas: tratores,escavadeiras, mquinas de terraplanagem, que fazem vibrar o corpo inteiro, e nas

    ferramentas manuais motorizadas que fazem vibrar as mos, braos e ombros.

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    Os problemas provenientes das vibraes aparecem em geral aps longo tempode exposio (vrios anos). No caso de vibrao do corpo inteiro, podemaparecer dores na coluna, problemas nos rins, enjos (mal de mar); no caso devibraes localizadas nas mos e braos, podem aparecer problemascirculatrios (m circulao do sangue) e problemas nas articulaes. O tempo

    longo de exposio a fatores como o frio tem muita influncia no aparecimentodesses problemas.

    M iluminao

    A iluminao inadequada nos locais de trabalho pode levar, alm de ser causa debaixa eficincia e qualidade do servio, a uma maior probabilidade de ocorrnciade certos tipos de acidentes e a uma reduo da capacidade visual das pessoas,o que um efeito negativo muito importante em alguns tipos de trabalho queexigem ateno e boa viso.

    Riscos Biolgicos

    So os microorganismos presentes no ambiente de trabalho que podem trazerdoenas de natureza moderada e, mesmo, grave. Eles se apresentam invisveis aolho nu, sendo visveis somente ao microscpio.

    Exemplos: as bactrias, bacilos, vrus, fungos, parasitas e outros.

    Todos esto sujeitos contaminao por esses agentes, seja em decorrncia deferimentos e machucaduras, seja pela presena de colegas doentes ou porcontaminao alimentar.

    Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre outras, a infecopor ttano que pode at matar o empregado.

    Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os micrbios que causamhepatite, tuberculose, micose das unhas e da pele.

    Se o pessoal da copa e cozinha no tiver higiene e asseio, pode ocorrercontaminao das refeies, tendo como possvel conseqncia as diarrias.

    Para preveno, usam-se as seguintes medidas:

    Vacinao;

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    Equipamento de proteo individual;

    Rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho;

    Controle mdico permanente.

    Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais

    As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem referir-se ao

    ambiente ou ao pessoal:

    Medidas relativas ao ambiente

    Substituio do produto txico

    O produto txico pode ser substitudo por outro produto menos txico ouinofensivo. Esta a medida ideal, desde que o substituto tenha qualidadesprximas s do original. Tambm, deve-se tomar cuidado para no se criar umrisco maior, substituindo um produto txico por outro menos txico, mas altamenteinflamvel.

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    Exemplo de substituies correta: benzeno substitudo pelo tolueno; substituiode tintas base de chumbo por tintas base de zinco; jateamento com areiasubstitudo por jateamento de xido de alumnio, etc.

    Mudana do processo ou equipamento

    Certas modificaes em processos ou equipamentos podem reduzir muito osriscos ou, at, elimin-los.

    Exemplos: pintura a imerso ao invs de pintura a pistola (diminuindo-se aformao de vapores dos solventes); rebitagem substituda por solda (menorbarulho).

    Enclausuramento ou confinamento

    Consiste em isolar determinada operao do resto da rea, diminuindo assim o

    nmero de pessoas expostas ao risco.

    Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de uma mquinaruidosa.

    Ventilao

    Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de formao docontaminante, ou diluidora, que aquela que joga ar limpo dentro do ambiente,diluindo o ar contaminado.

    Exemplos: nos tanques de solventes, nas operaes com colas, nas operaesgeradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de peas fundidas.

    Umidificao

    Onde h poeiras, o risco de exposio pode ser eliminado ou diminudo pelaaplicao de gua ou neblina. Muitas operaes, feitas a mido, oferecem umrisco bem menor sade.

    Exemplos: mistura de areias de fundio, varredura a mido.

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    Segregao

    Segregao quer dizer separao. Nesta medida de controle, separa-se aoperao ou equipamento do restante, seja no tempo seja no espao. Separar notempo quer dizer fazer a operao fora do horrio normal do resto do pessoal;

    separar no espao significa colocar a operao distncia, longe dos demais. Onmero de pessoas expostas ficar bastante reduzido e aqueles que devem ficarjunto operao iro receber proteo especial.

    Boa manuteno e conservao

    Rigorosamente, estas medidas no podem ser consideradas formas especficasde preveno de riscos. Entretanto, so complementos de quaisquer outrasmedidas. Muitas vezes, a m manuteno a causa principal dos problemasambientais. Os programas e cronogramas de manuteno devem ser seguidos risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes dos equipamentos.

    Exemplos: rudo excessivo em estruturas e mancais; vazamentos de produtostxicos; superaquecimento.

    Ordem e limpeza

    Boas condies de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um lugar-chave nossistemas de proteo ambiental. O p, em bancadas, rodaps e pisos, que sedeposita nas horas calmas, pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, porcorrentes de ar, movimento de pessoas ou funcionamento de equipamentos.

    O asseio sempre importante e onde h materiais txicos importantssimo, primordial. A limpeza imediata de qualquer derramamento de produtos txicos importante medida de controle. Para a limpeza de poeira, deve ser preferida aaspirao a vcuo; nunca o p deve ser soprado com bicos de ar comprimido,para efeito de limpeza. impossvel manter um bom programa de preveno deriscos ambientais sem uma preocupao constante nos aspectos de ordem elimpeza.

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    Medidas relativas ao pessoal

    Equipamento de Proteo Individual

    O equipamento de proteo individual deve ser sempre considerado como uma

    segunda linha de defesa, aps serem tentadas medidas relativas ao ambiente detrabalho. Nas situaes onde no so eficientes medidas gerais e coletivasrelativas ao ambiente, a critrio tcnico, o EPI a forma de proteo, aliada limitao da exposio.

    O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento das suaslimitaes e vantagens, so aspectos que todo empregado deve conhecer atravsde treinamento especfico, coordenado pelo pessoal especializado em Seguranae Medicina do Trabalho.

    Especial cuidado deve ser tomado na conservao da eficincia do EPI, sob penade o mesmo se tornar uma arma de dois gumes, fornecendo ao empregado

    confiana numa proteo inexistente.Limitao de exposio

    A reduo dos perodos de trabalho tornam-se importante medida de controleonde e quando todas as outras forem impraticveis por motivos tcnicos, locais(fsicos) ou econmicos, no se conseguindo reduzir ou eliminar o risco. Assim, alimitao da exposio, dentro de critrios bem definidos tecnicamente, podetornar-se uma soluo eficiente em muitos casos.

    Exemplos: controle do tempo de exposio ao calor, s presses anormais, s

    radiaes ionizantes.

    Controle Mdico

    Exames mdicos pr-admissionais e peridicos so medidas fundamentais decarter permanente, constituindo-se numa das atividades principais dos serviosmdicos da empresa. Uma boa seleo na admisso pode evitar a contratao depessoas que tm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenasrelacionadas com certas atividades. Os exames mdicos peridicos dosempregados possibilitam, alm de um controle de sade geral do pessoal, adescoberta e a deteno de fatores que podem levar a uma doena profissional,

    num estgio ainda inicial e com pouca probabilidade de danos.

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    Riscos de Eletricidade

    A eletricidade de grande utilidade no mundo atual, facilitando muito o trabalhonas indstrias, acionando mquinas e equipamentos. Proporciona, tambm,conforto e bem-estar em casa, acendendo lmpadas, fazendo funcionar rdios

    televisores, geladeiras, aquecedores etc.

    A eletricidade uma forma de energia (energia eltrica) transportada atravs decondutores (fios eltricos), sendo muito conhecidas trs das suas unidades, queso: volts (V), ampres (A) e watts (W).

    A tenso, medida em V (volts), o potencial eltrico e pode-se fazer analogia coma presso d'gua numa tubulao. Pode-se ter vrias voltagens, como, porexemplo, numa fbrica onde existe tenso de 110 V para as lmpadas, de 220 Vpara acionar pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores e equipamentose, mesmo, tenses maiores.

    A corrente eltrica (I), medida em ampres (A), em analogia com a rede de gua, a vazo. A corrente depende da solicitao do aparelho eltrico, assim como avazo da torneira depende de quanto se abre a vlvula.

    A multiplicao da tenso pela corrente eltrica d a potncia (P), que medidaem watts (W) ou CV (cavalo-vapor). Em eletricidade, h outro fator importante: aresistncia eltrica (R), medida em Ohm (), que, a grosso modo, pode sercomparada com a perda de carga de uma tubulao ou de um escoamento defluido.

    Mas, enquanto uma rede d'gua no mata, quando se toca na tubulao, aenergia eltrica, que tanto benefcio traz, pode matar pelo choque eltrico.

    O que Eletricidade

    Para uma maior compreenso dos acidentes e riscos causados pela eletricidade, preciso explicar alguns conceitos e algumas caractersticas da eletricidade.

    Lei de OHM

    A Lei de Ohm estabelece que a corrente eltrica que atravessa um condutor estem proporo direta diferena de potencial e em proporo inversa resistnciado condutor.

    SMBOLO SIGNIFICADO UNIDADEV Tenso volts (V)I Corrente Ampere (A)R Resistncia Ohms ()

    Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R.

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    Segundo essa lei, para uma dada tenso, que geralmente fixa (110, 220, 440volts), quanto maior for a resistncia eltrica menor ser a corrente.

    Exemplo:

    V = 110 volts Para R = 10I = 110/10 = 11 Ampres

    V = 110 volts Para R = 20

    I = 110/20 = 5,5 Ampres

    Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, necessrio que passe peloseu corpo uma determinada corrente e, conforme o lugar por onde passa e otempo de contato dessa corrente, ter-se- a gravidade e o tipo de efeito doacidente.

    Como se viu anteriormente, a corrente depende da tenso e da resistnciaeltrica, e a passagem da corrente eltrica pelo corpo humano depende daresistncia eltrica do mesmo.

    A resistncia eltrica do corpo humano depende de diversos fatores, comoexemplo variao da tenso aplicada, tipo de pele, os meios internos como vasossangneos e sistema nervoso, tipo de contato e condio da pele.

    Existem dois tipos principais de resistncia do corpo humano, sendo a cutnea(da pele) a que oferece maiores variaes de valores, dependendo da espessura

    da pele no local, da umidade da pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms,podendo atingir valores maiores. A outra resistncia, a dos meios internos, variamenos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente.

    Portanto, a resistncia eltrica do corpo humano varia de 1.500 a 100.000 Ohms,em mdia.

    Efeitos da Corrente Eltrica

    Considerando que uma corrente de 25 miliampres pode causar acidentes fatais,e considerando-se uma resistncia de 1.500 Ohms para o corpo humano, tem-se:

    V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5V

    Portanto, uma tenso de 37,5 volts j poder causar acidentes fatais em casosespeciais de contato.

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    O tempo de contato com a corrente muito importante na gravidade dosacidentes, porque, como foi visto na tabela anterior, determinadas intensidades decorrente produzem contraes musculares que levam asfixia e a fibrilaoventricular, o que, por tempo prolongado, causa acidente fatal ou, ento dificulta arecuperao.

    Estima-se em menos de 2 minutos o tempo de choque em que as contraesmusculares levam asfixia.

    O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influncia para asconseqncias do choque eltrico, pois mais difcil reanimar uma pessoa com

    fibrilao ventricular, que exige um processo de massagem cardaca, difcil de seexecutar, do que uma pessoa que, simplesmente, tem uma asfixia e que pode serreanimada com o processo de respirao artificial.

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    Abaixo, um tipo de contato eltrico onde h passagem de corrente eltrica pelocorpo e a porcentagem de corrente que passa pelo corao:

    Principais Sintomas Causados pelo Choque

    As principais conseqncias devidas a choques eltricos podem ser divididas emdois tipos:

    Choques que no causam leses orgnicas

    Os casos de pequenos choques eltricos de simples descargas eltricas

    de baixa intensidade num intervalo de tempo pequeno, sem causar danos,

    em que a vtima sente apenas um formigamento no local de contato; Os choques eltricos um pouco mais fortes, por pouco tempo, quando a

    pessoa atingida sofre uma violenta contrao muscular;

    Os choques eltricos em que a vtima, alm da violenta contrao

    muscular, sofre um estado de comoo que se dissipa rapidamente;

    Os choques eltricos que, causando a contrao dos msculos das regies

    prximas do contato, levam a leses profundas, como queimadura no

    local e outros acidentes, por exemplo, quedas.

    Choques que causam leses orgnicas

    A vtima do choque eltrico fica em estado de morte aparente devido a um oumais fatores que so explicados abaixo:

    Inibio do centro respiratrio. o caso em que devido ao choque eltricoos msculos respiratrios se contraem violentamente e perdem a suacapacidade muscular, podendo levar parada respiratria;

    Fibrilao do corao. o caso em que, aps a passagem de umacorrente eltrica pelos msculos do corao, estes entram num estado de

    batimento insatisfatrio, fazendo que o corao no execute a sua funode bombear sangue.

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    Riscos Eltricos

    Como j foi visto, at uma tenso de 37,5 volts poder causar um acidente fatalem determinadas condies. Como a maioria das instalaes eltricas so deuma voltagem de 110 V ou mais, sempre existiro perigos potenciais de acidentes

    eltricos.

    Os principais tipos de riscos eltricos so:

    Fios e partes metlicas sob tenso, desprotegidos, que podero ser

    tocados acidentalmente ou sem conhecimento de que estejam

    energizados.

    Mquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com suas carcaas

    energizadas, devido falha do isolamento interno da sua fiao, podero

    causar choques eltricos quando no aterradas eletricamente e quando a

    mo do operador estiver mida ou ele estiver sobre o piso mido sem

    calados apropriados.

    Estes tipos de contato podero causar o surgimento de uma diferena depotencial entre uma pessoa e a terra e com isso a passagem de corrente eltricaatravs do seu corpo.

    Alm desses acidentes, o choque eltrico poder desencadear outros efeitos maisgraves como, por exemplo, os casos em que a vtima, aps o contato com partesenergizadas da instalao em lugares altos, em passarelas ou andaime, podesofrer uma queda, se no estiver devidamente segura no local.

    Existe o risco de se provocar incndio devido a um condutor subdimensionado oupor haver nele uma sobrecarga, ou seja, a corrente que passa no condutor maior que a corrente que ele pode suportar, a ponto de o seu isolamento entrarem deteriorao, com conseqente curto-circuito.

    Ligaes de fios com contatos mal feitos criaro uma maior resistncia eltricaque poder aquecer o local da ligao.

    Desligar chave tipo faca, com aparelhos ligados poder fazer com que haja aformao do arco voltaico (formao de fasca), o que poder ser perigoso,principalmente em ambiente onde se armazenam inflamveis.

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    Cuidados nas Instalaes Eltricas

    Algumas providncias so essenciais. Deve-se, assim:

    Tomar alguns cuidados com as instalaes eltricas como, por exemplo,

    no deixar fios, partes metlicas ou objetos expostos que possam ser

    tocados por pessoas. Em casos de emergncia, colocar placas de

    advertncia de forma bem visvel com o nome do responsvel;

    No deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando de fora expostos,

    com suas partes energizadas oferecendo riscos de contato acidental;

    Proteger os equipamentos eltricos de alta tenso atravs de guardas

    fixas, como cercas, ou instal-los em locais que no oferecem perigo;

    Usar fiao correta para as ligaes, dimensionando a bitola da mesma de

    acordo com a carga (corrente) que ir conduzir, usando para isso, de

    preferncia, as tabelas da NB-3 da ABNT;

    Proteger as instalaes eltricas, usando fusveis e disjuntores para que,

    em caso de sobrecarga, o circuito seja desligado, queimando o fusvel ou

    desligando o disjuntor, provocando o corte do fornecimento de energia e

    com isso no danificando a instalao eltrica e o equipamento;

    Ao ligar um aparelho a uma tomada eltrica ou ao fazer uma ligao de umaparelho a uma rede eltrica, verificar se a tenso da linha de fornecimento

    corresponde do aparelho e se, ligando-se o aparelho, no se ir

    sobrecarregar a linha, provocando a queima do fusvel, queda de

    disjuntores ou danos na fiao eltrica;

    No ligar simultaneamente mais de um aparelho mesma tomada de

    corrente;

    Usar ferramentas manuais com isolamento eltrico; Certificar se o circuito eltrico esta energizado ou no, atravs do detector

    de tenso;

    Identificar o nvel de tenso das instalaes eltricas, e colocar placas de

    advertncia.

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    Medidas Preventivas em Instalaes Eltricas

    As medidas a seguir tm importncia capital na preveno de acidentes.

    Somente usar material, aparelhos e equipamentos, de qualidade

    comprovada;

    Permitir a instalao e manuteno somente por profissionais qualificados

    e obedecendo s normas tcnicas vigentes no pas;

    Manter as instalaes e os aparelhos em timo estado de conservao e

    manuteno;

    Tomar cuidado em qualquer servio nas instalaes eltricas, mesmo as

    de baixa tenso;

    Usar somente fios com capacidade adequada para o equipamento a ser

    utilizado, devidamente protegidos contra toque acidental, preferivelmente

    isolados e protegidos mecanicamente, fazendo-se a instalao area ou

    por eletroduto (condute) rgido ou flexvel;

    Aterrar eletricamente as carcaas e as protees metlicas dos

    equipamentos. Ver, no fim deste captulo, como aterrar adequadamente

    mquinas e equipamentos;

    Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tenso, colocando-osdentro de caixas especiais ou cercando-os com barreiras fixas (cerca de

    tela ou balaustrada).

    Nos acidentes de origem eltrica, o nmero de casos fatais poder serconsideravelmente diminudo se medidas de socorros forem postasimediatamente em prtica, j que o tempo de exposio corrente um fatormuito importante no agravamento deste tipo de acidentes.

    E o ideal que todos conheam os mtodos de primeiros socorros para acidentes

    causados por eletricidade ou, pelo menos, o pessoal que trabalha com ela ou emlugares onde o risco de choques eltricos alto.

    Na reanimao de um acidentado, deve-se observar alguns cuidados como, porexemplo:

    Antes de tocar no corpo da vtima, procurar livr-la do circuito eltrico, com

    segurana e rapidez;

    No usar as mos nuas ou qualquer objeto metlico para cortar o circuito

    ou afastar fios; usar luvas ou bastes isolantes;

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    Verificar se o desligamento da corrente no causar uma grande queda da

    vtima e, se isto for ocorrer, procurar um meio de ampara-la.

    Passos a seguir na reanimao:

    a) Desligar imediatamente circuito;b) Mover o menos possvel a vtima;

    c) Examine as narinas, abra a boca, desenrole a lngua e retire objetos estranhos

    (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se for o caso;

    d) Se for o caso de respirao artificial, seguir as instrues do Captulo de

    Primeiros Socorros;

    e) Afrouxar o colarinho e peas de roupa que impeam a livre circulao;

    f) Se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardaca.

    Aterramento Eltrico

    O aterramento eltrico uma maneira entre vrias de eliminar os riscos:

    Choque eltrico - proveniente de defeitos de equipamentos eltricos e causadospor processos industriais;

    Incndios ou exploses - resultantes da manipulao de produtos inflamveise/ou explosivos.

    Alm das duas finalidades mencionadas, ele mais comumente utilizado com opropsito de oferecer segurana aos equipamentos e s instalaes eltricas.

    O emprego do aterramento eltrico, quando visa proteo de equipamentos einstalaes eltricas, normalmente se d quer como meio de proteo sinstalaes eltricas, quer como meio de proteo a equipamentos eltricos; tal o caso dos dispositivos como o pra-raios, que visam a proteger as linhas areasquanto aos perigos decorrentes de sobretenses ou, ento, a evitar ainterferncia que surge em equipamentos eletrnicos devido falta doaterramento eltrico.

    Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a serem observados nainstalao no so to crticos quanto aqueles dirigidos proteo de pessoas,por causa dos riscos de choque eltrico e quanto proteo de instalaes, nocaso de incndios e exploses.

    A obrigatoriedade do uso do aterramento eltrico como medida de controle dosriscos provenientes do uso da eletricidade, dada pela portaria 3214 de 8 dejunho de 1978 do Ministrio do Trabalho, atravs da Norma Regulamentadora n10, "Instalaes e Servios em Eletricidade".

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    Noes Bsicas de Demarcaes de Segurana

    Introduo

    Sendo, a viso, a capacidade sensitiva mais usada pelo homem

    (aproximadamente 87% das sensaes recebidas passam pelo rgo da viso), ecomo em muito caso h necessidade de uma rpida distino entre o perigoso e oseguro, ou da localizao de certos equipamentos, com segurana e rapidez,resolveu-se padronizar o uso das cores.

    Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso de incndio, localizar osequipamentos de combate ao fogo, com rapidez, distinguir os dispositivos deparada de emergncia de mquinas ou notar suas partes perigosas.

    O uso de tubulaes pintadas em cores padronizadas permite distinguir cadaelemento transportado em uma tubulao entre diversas tubulaes existentes

    dentro de uma empresa.

    Cores e Sinalizao na Segurana do Trabalho

    Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho parapreveno de acidentes, identificando os equipamentos de segurana,delimitando reas, identificando as canalizaes empregadas nas empresas paraa conduo de lquidos e gases, e advertindo contra riscos.

    Devero ser adotadas cores para segurana em estabelecimentos ou locais detrabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.

    A utilizao de cores no dispensa o emprego de outras formas de preveno deacidentes.

    O uso de cores dever ser o mais reduzido possvel, a fim de no ocasionardistrao, confuso e fadiga ao trabalhador.

    As cores aqui adotadas sero as seguintes:

    Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja, prpura, lils, cinza,

    alumnio, marrom.

    A indicao em cor, sempre que necessria, especialmente quando em rea detrnsito para pessoas estranhas ao trabalho, ser acompanhada dos sinaisconvencionais ou a identificao por palavras.

    Vermelho

    O vermelho dever ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhosde proteo e combate a incndio. No dever ser usada na indstria paraassinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparao com o amarelo (de

    alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).

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    empregado para identificar:

    Caixa de alarme de incndio;

    Hidrantes;

    Bombas de incndio;

    Sirene de alarme de incndio;

    Extintores e sua localizao;

    Indicaes de extintores (visvel distncia, dentro da rea de uso do

    extintor);

    Localizao de mangueiras de incndio (a cor deve ser usada no carretel,

    suporte, moldura da caixa ou nicho);

    Tubulaes, vlvulas e hastes do sistema de asperso de gua;

    Transporte com equipamentos de combate a incndio;

    Portas de sadas de emergncia;

    Rede de gua para incndio (SPRINKLERS);

    Mangueira de acetileno (solda oxiacetilnica).

    A cor vermelha ser usada excepcionalmente com sentido de advertncia deperigo:

    Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construes e

    quaisquer outras obstrues temporrias;

    Em botes interruptores de circuitos eltricos para paradas de emergncia.

    Amarelo

    Em canalizaes, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases no liquefeitos.

    O amarelo dever ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando:

    Partes baixas de escadas portteis;

    Corrimes, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que

    apresentem risco;

    Espelhos de degraus de escadas;

    Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poo, entradas subterrneas,

    etc.) e de plataformas que no possam ter corrimes;

    Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente; Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de carregamento;

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    Meios-fios, onde haja necessidade de chamar ateno;

    Paredes de fundo de corredores sem sada;

    Vigas colocadas baixa altura;

    Cabines, caambas, guindastes, escavadeiras, etc; Equipamentos de transporte e manipulao de material tais como:

    empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques,

    etc;

    Fundos de letreiros e avisos de advertncia;

    Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e

    equipamentos em que se possa esbarrar;

    Cavaletes, porteiras e lanas de cancelas; Bandeiras como sinal de advertncia (combinado ao preto);

    Comandos e equipamentos suspensos que ofeream risco;

    Pra-choques para veculos de transporte pesados, com listras pretas.

    Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos sero usados sobre o amareloquando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalizao.

    Branco

    O branco ser empregado em:

    Passarelas e corredores de circulao, por meio de faixas (localizao e

    largura);

    Direo e circulao, por meio de sinais;

    Localizao e coletores de resduos;

    Localizao de bebedouros;

    reas em torno dos equipamentos de socorro de urgncia, de combate aincndio ou outros equipamentos de emergncia;

    reas destinadas armazenagem;

    Zonas de segurana.

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    Preto

    O preto ser empregado para indicar as canalizaes de inflamveis ecombustveis de alta viscosidade (ex.: leo lubrificante, asfalto, leo combustvel,alcatro, piche, etc.).

    O preto poder ser usado em substituio ao branco, ou combinado a estequando condies especiais o exigirem.

    Azul

    O azul ser utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado aavisos contra uso e movimentao de equipamentos, que devero permanecerfora de servio.

    Empregado em barreiras e bandeirolas de advertncia a serem localizadas nos

    pontos de comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos.

    Ser tambm empregado em:

    Canalizaes de ar comprimido;

    Preveno contra movimento acidental de qualquer equipamento em

    manuteno;

    Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potncia.

    Verde

    O verde a cor que caracteriza "segurana".

    Dever ser empregado para identificar:

    Canalizaes de gua;

    Caixas de equipamentos de socorro de urgncia;

    Caixas contendo mscaras contra gases;

    Chuveiros de segurana; Macas;

    Fontes lavadoras de olhos;

    Quadros para exposio de cartazes, boletins, avisos de segurana, etc;

    Porta de entrada de salas de curativos de urgncia;

    Localizao de EPI; caixas contendo EPI;

    Emblemas de segurana;

    Dispositivos de segurana;

    Mangueiras de oxignio (solda oxiacetilnica).

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    Laranja

    O laranja dever ser empregado para identificar:

    Canalizaes contendo cidos;

    Partes mveis de mquinas e equipamentos;

    Partes internas das guardas de mquinas que possam ser removidas ou

    abertas;

    Faces internas de caixas protetoras de dispositivos eltricos;

    Faces externas de polias e engrenagens;

    Botes de arranque de segurana;

    Dispositivos de corte, bordas de serras, prensas;

    Prpura

    A prpura dever ser usada para indicar os perigos provenientes das radiaeseletromagnticas penetrantes de partculas nucleares.

    Dever ser empregada a prpura em:

    Portas e aberturas que do acesso a locais onde se manipulam ou

    armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela

    radioatividade;

    Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos

    contaminados;

    Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e

    equipamentos contaminados;

    Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiaes

    eletromagnticas penetrantes e partculas nucleares.

    Lils

    O lils dever ser usado para indicar canalizaes que contenham lcalis. Asrefinarias de petrleo podero utilizar o lils para a identificao de lubrificantes.

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    Cinza

    Cinza Claro

    O cinza claro dever ser usado para identificar canalizaes em vcuo.

    Cinza Escuro

    O cinza escuro dever ser usado para identificar eletrodutos.

    Alumnio

    O alumnio ser utilizado em canalizaes contendo gases liqefeitos, inflamveise combustveis de baixa viscosidade (ex.: leo diesel, gasolina, querosene, leolubrificante, etc.).

    Marrom

    O marrom pode ser adotado, a critrio da empresa, para identificar qualquer fluidono identificvel pelas demais cores.

    Cores em Mquinas

    O corpo das mquinas dever ser pintado em branco, preto ou verde.

    Cores em Canalizaes

    As canalizaes industriais, para conduo de lquidos e gases, devero recebera aplicao de cores, em toda sua extenso, a fim de facilitar a identificao doproduto e evitar acidentes.

    Obrigatoriamente, a canalizao de gua potvel dever ser diferenciada dasdemais.

    Quando houver a necessidade de uma identificao mais detalhada(concentrao, temperatura, presses, pureza, etc.), a diferenciao far-se-atravs de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor bsica.

    A identificao por meio de faixas dever ser feita de modo que possibilitefacilmente a sua visualizao em qualquer parte da canalizao.

    Todos os acessrios das tubulaes sero pintados nas cores bsicas de acordocom a natureza do produto a ser transportado.

    O sentido de transporte de fluido, quando necessrio, ser indicado por meio deseta pintada em cor de contraste sobre a cor bsica da tubulao.

    Para fins de segurana pelo mesmo sistema de cores que as canalizaes.

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    Sinalizao para Armazenamento de Substncia Perigosas

    O armazenamento de substncias perigosas dever seguir padresinternacionais.

    Para fins do disposto no item anterior, considera-se substncia perigosa todo omaterial que seja, isoladamente ou no, corrosivo, txico, radioativo, oxidante, eque durante o seu manejo, armazenamento, processamento, embalagem,transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos,ambiente de trabalho.

    Smbolos para Identificao dos Recipientes na Movimentao de Materiais

    Na movimentao de materiais no transporte terrestre, martimo, areo eintermodal, devero ser seguidas as normas tcnicas sobre simbologia vigentesno pas.

    Rotulagem Preventiva

    A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos sade dever ser feita segundoas normas constantes deste item.

    Todas as instrues dos rtulos devero ser breves, precisas, redigidas emtermos simples e de fcil compreenso.

    A linguagem dever ser prtica, no se baseando somente nas propriedadesinerentes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes douso, manipulao e armazenagem do produto.

    Onde possam ocorrer misturas de duas ou mais substncias qumicas, compropriedades que variem, em tipo ou grau daquelas dos componentesconsiderados isoladamente, o rtulo dever destacar as propriedades perigosasdo produto final.

    Do rtulo devero constar os seguintes tpicos:

    Nome Tcnico do Produto;

    Palavra de Advertncia, designando o grau de risco;

    Indicaes de Risco;

    Medidas Preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;

    Primeiros Socorros;

    Informaes Para Mdicos, em casos de acidentes;

    Instrues Especiais em Caso de Fogo, Derrame ou Vazamento, quando

    for o caso.

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    No cumprimento do disposto no item anterior dever-se- adotar o seguinteprocedimento:

    Nome Tcnico Completo

    O rtulo especificando a natureza do produto qumico.

    Exemplo:

    "cido Corrosivo", "Composto de Chumbo" etc. Em qualquer situao aidentificao dever ser adequada, para permitir a escolha do tratamento mdicocorreto, no caso de acidente.

    Palavra de Advertncia

    As palavras de advertncia que devem ser usadas so:

    PERIGO - para indicar substncias que apresentam alto risco.

    ATENO - para substncias que apresentam risco leve.

    Indicao de Risco

    As indicaes devero informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de usohabitual ou razoavelmente previsvel do produto.

    Exemplos:

    "Extremamente Inflamveis", "Nocivo se Absorvido Atravs da Pele", etc.

    Medidas Preventivas

    Tm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitarleses ou danos decorrentes dos riscos indicados.

    Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor, Fascas e Chamas Abertas" e "EviteInalar a Poeira".

    Primeiros Socorros

    Medidas especficas que podem ser tomadas antes da chegada do mdico.

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    Noes Bsicas de Combate Incndio

    Princpios Bsicos do Fogo

    Para nossa prpria segurana, devem-se conhecer os dois aspectos

    fundamentais da proteo contra incndio.

    O primeiro aspecto o da preveno de incndios, isto , evitar que ocorra ofogo, utilizando certas medidas bsicas, as quais envolvem a necessidade de seconhecerem, entre outros itens:

    a) As caractersticas do fogo;

    b) As propriedades de risco dos materiais;

    c) As causas de incndios;

    d) O estudo dos combustveis.

    Quando, apesar da preveno, ocorre um princpio de incndio, importante queele seja combatido de forma eficiente, para que sejam minimizadas suasconseqncias. A fim de que esse combate seja eficaz, deve-se, ainda:

    a) conhecer os agentes extintores;

    b) saber utilizar os equipamentos de combate a incndios;

    c) saber avaliar as caractersticas do incndio, o que determinar a melhor atitude

    a ser tomada.

    Pode-se definir o fogo como a conseqncia de uma reao qumica denominadacombusto, que produz calor ou calor e luz.

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    Para que ocorra essa reao qumica, dever-se- ter, no mnimo, dois reagentesque, a partir da existncia de uma circunstncia favorvel, podero combinar-se.

    Os elementos essenciais do fogo so:

    Combustvel (carbono, hidrognio); Comburente (oxignio);

    Calor (energia de ativao).

    Combustvel

    Em sntese, combustvel todo material, toda substncia que possui apropriedade de queimar, de entrar em combusto.

    Os combustveis podem apresentar-se em 3 estados fsicos:

    Slido (madeira, papel, tecidos, etc.);

    Lquido (lcool, ter, gasolina, etc.);

    Gasoso (acetileno, butano, propano, etc.).

    Comburente

    Normalmente, o oxignio combina-se com o material combustvel, dando incio combusto.

    O ar atmosfrico contm, na sua composio, cerca de 21% de oxignio.

    Para demonstrar a importncia do oxignio na reao, recomendamos a seguinteexperincia:

    1) Acender uma vela;2) Colocar um copo de material resistente ou um recipiente de vidro sobre a vela.

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    Observe que a chama diminuir gradativamente at a extino do fogo; issoporque o oxignio existente no recipiente vai sendo consumido na reao, atatingir uma quantidade insuficiente para mant-la.

    Genericamente, o comburente definido como "mistura gasosa que contm ooxidante em concentrao suficiente para que em seu meio se desenvolva areao de combusto".

    Calor

    o elemento que fornece a energia de ativao necessria para iniciar a reaoentre o combustvel e o comburente, mantendo e propagando a combusto, comoa chama de um palito de fsforos.

    Note-se que o calor propicia:

    a) Elevao da temperatura;

    b) Aumento do volume dos corpos;

    c) Mudana no estado fsico da substncia.

    H casos de materiais em que a prpria temperatura ambiente j serve comofonte de calor, como o magnsio, por exemplo.

    Condies Propcias para a Combusto

    Alm dos elementos essenciais do fogo, h a necessidade de que as condiesem que esses elementos se apresentam sejam propcias para o incio da

    combusto.

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    Se uma pessoa trabalha em um escritrio iluminado com uma lmpadaincandescente de 100 watts e, alm disso, ela fuma, haver no ambiente:

    Combustvel: mesa, cadeira, papel, etc.

    Comburente: oxignio presente na atmosfera;

    Calor: representado pela lmpada incandescente ligada e pelo cigarro acesso.

    Apesar de esses trs elementos estarem presentes no ambiente, s ocorrerincndio, se, por distrao da pessoa que est trabalhando, uma folha de papel,por exemplo, encostar no cigarro aceso.

    Neste caso, o calor do cigarro aquecer o papel e este comear a liberarvapores que, em contato com a fonte de calor (brasa do cigarro), se combinarcom o oxignio do ar e entrar em combusto.

    IMPORTANTE: Somente quando o combustvel se apresentar sob a forma devapor (ou gs), ele poder, normalmente, entrar em ignio. Se esse combustvelestiver no estado slido ou lquido, haver necessidade de que seja aquecido,para que comece a liberar vapores ou gases.

    Esquematicamente, pode-se considerar vrios casos:

    Aquecimentoa) Slido ----------------------------------> vapor

    Exemplo: Papel

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    Aquecimento Aquecimentob) Slido -------------------------> lquido --------------------------> vapor

    Exemplo: Parafina

    Aquecimentoc) Lquido ----------------------------------> vapor

    Exemplo: leos combustveis

    d) Gs (j se apresenta no estado fsico adequado combusto)

    Exemplo: Acetileno

    Quanto ao oxignio, ele dever estar presente no ambiente, em porcentagensadequadas.

    Para cada combustvel haver a necessidade da presena de uma porcentagemmnima de oxignio, a partir da qual a mistura poder entrar em combusto. Aconcentrao de oxignio abaixo desse limite inviabiliza a combusto, pois amistura combustvel/comburente estar muito "rica".

    Reao em Cadeia

    Toda reao qumica envolve troca de energia. Na combusto, parte da energiadesprendida dissipada no ambiente, provocando os efeitos trmicos derivadosdo incndio, o restante continua a aquecer o combustvel, fornecendo a energia

    (fonte de calor)) necessria para que o processo continue.

    Didaticamente, representa-se a reao qumica da seguinte forma:

    COMBUSTVEL + COMBURENTE FONTE DE IGNIO LUZ + CALOR +FUMOS + GASES (vapor)

    Essa reao vai ter uma velocidade de propagao relacionada com diversosfatores, tais como temperatura, umidade do ar, caractersticas inerentes aomaterial combustvel, forma fsica desse material (slido bruto ou particulado,lquido, etc.), condies de ventilao aspectos que sero adiante analisados:

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    ER - Energia das substncias reagentes

    EA - Energia de ativao

    EI = ER + EA = Energia do processo que desencadeia a reao

    EP = Energia final dos produtos da reaoE1 = parte da energia desprendida que reaproveitada no processo,

    continuando a aquecer as substncias reagentes;

    E2 = parte da energia desprendida que dissipada no ambiente.

    Tringulo do Fogo

    Os trs elementos bsicos para que um fogo se inicie so, portanto, o materialcombustvel, o comburente e a fonte de ignio ou fonte de calor. A

    representao grfica desse conjunto tradicionalmente chamada de Tringulodo Fogo.

    Conforme exposto no item anterior, a propagao do fogo vai depender daexistncia de energia suficiente para manter a reao em cadeia.

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    Combusto

    A combinao dos trs elementos do tringulo do fogo sob condies propciaspermite a ignio e a continuao das reaes qumicas, as quais podem serclassificadas em:

    Oxidao lenta,

    Combusto simples,

    Deflagrao,

    Detonao,

    Exploso.

    O parmetro empregado para classificar as combustes a velocidade depropagao.

    A velocidade de propagao definida como a velocidade de deslocamento dafrente de reao, ou a velocidade de deslocamento da fronteira entre a rea jqueimada (zona dos produtos da reao) e a rea ainda no atingida pela reao(zona no destruda).

    Classificao

    Oxidao lenta - A energia despendida na reao dissipada no meio ambientesem criar um aumento de temperatura na rea atingida (no ocorre a reao emcadeia). o que ocorre com a ferrugem (oxidao do ferro) ou com o papel,quando fica amarelecido. A propagao ocorre lentamente, com velocidadepraticamente nula.

    Combusto simples - H percepo visual do deslocamento da frente de reao,porm a velocidade de propagao inferior a 1 metro por segundo (m/s). Osincndios normais, como a combusto de madeira, papel, algodo, so exemplosde combusto simples, onde a energia desprendida na reao dissipada, indoparte para o ambiente e sendo parte utilizada para manter a reao em cadeia,ativando a mistura combustvel/comburente.

    Deflagrao - A velocidade de propagao superior a 1 m/s, mas inferior a 400m/s. Surge o fenmeno de elevao da presso com valores limitados entre 1 e10 vezes a presso inicial. Ocorre a deflagrao com a plvora, misturas de ps