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Página 1 de 38 - Jornal mensal da S.B.D.E. - Abril de 2014 - - A Literatura na Odontologia - Que essa luz seja distribuída a todos, proporcionando energia reparadora! NOTÍCIAS DOS TITULARES E HONORÁRIOS CLÓVIS MARZOLA Nosso ilustre e querido Confrade, Presidente da Academia Tiradentes de Odontologia, tem feito um belíssimo trabalho, motivo pelo qual o parabenizamos efusivamente! Ele convida a todos para conhecer e participar ativamente, seja lendo e/ou escrevendo na Revista da Academia http://www.actiradentes.com.br/revista/ - Participem, pois! Eis os trabalhos publicados este mês: Ocorrência de infecções ginecológicas em gestantes: Mariana Digieri Cavalheiro; Natália Mª Maciel Guerra Silva; Cristiano Massao Tashima; João Lopes Toledo Neto; Thaíse Castanho S. Veras e Simone Cristina Castanho S. de Melo; Avaliação da qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento de hanseníase: Mª Fernanda Alves Dolenz; Natália Mª Maciel Guerra

Sbde jornal 04 14 edição eletrônica

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- A Literatura na Odontologia -

Que essa luz seja distribuída a todos, proporcionando energia reparadora!

NOTÍCIAS DOS TITULARES E HONORÁRIOS

CLÓVIS MARZOLA Nosso ilustre e querido Confrade, Presidente da Academia Tiradentes de Odontologia, tem feito um belíssimo trabalho, motivo pelo qual o parabenizamos efusivamente! Ele convida a todos para conhecer e participar ativamente, seja lendo e/ou escrevendo na Revista da Academia http://www.actiradentes.com.br/revista/ - Participem, pois!Eis os trabalhos publicados este mês: Ocorrência de infecções ginecológicas em gestantes: Mariana Digieri Cavalheiro; Natália Mª Maciel Guerra Silva; Cristiano Massao Tashima; João Lopes Toledo Neto; Thaíse Castanho S. Veras e Simone Cristina Castanho S. de Melo; Avaliação da qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento de hanseníase: Mª Fernanda Alves Dolenz; Natália Mª Maciel Guerra Silva; Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo; Cristiano Massao Tashima; João Lopes Toledo Neto; José Aparecido Bellucci Jr. e Camila Ribeiro Silva de Souza Mendes; Situação da saúde de profissionais do sexo em um município do norte do Paraná: Aline Balandis Costa; Natália Maria Maciel Guerra Silva; Eliana de Fátima Catussi Pinheiro; Ana Lúcia de Grandi; Cristiano Massao Tashima; João

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Lopes Toledo Neto; Luiz Fabiano Zanatta e Simone Cristina Castanho S. de Melo; Abordagem da Institucionalização sob a perspectiva do idoso: Adriane Aparecida Betini; Eliana de Fátima Catussi Pinheiro; João Lopes Toledo Neto; Elisângela Pinafo e Lara Camila Barbosa. Revista Científica - Volume 14, Número 4 - 04/2014.

Nosso Confrade JOSÉ DILSON VASCONCELOS DE MENEZES é o Coordenador do Encontro das Academias de Odontologia, cuja participação será sem ônus, bastando se inscrever com a Secretária Executiva da A.C.O., Dª Mary Esmeraldo, pelo endereço [email protected]. Informamos que o Encontro será realizado no dia 02 de maio, na sede da Academia, na Av. Almirante Barroso, 970, Praia de Iracema. A solenidade de instalação do Encontro e da IV Jornada será no auditório do Hotel Oasis, na véspera, dia 1º de maio, às 18 horas. Investimento na IV Jornada: R$120,00 (Cirurgiões Dentistas); R$60,00 (Acadêmicos de Odontologia)

EXCELÊNCIA EM ODONTOLOGIA Reiteramos o convite feito pelo honorário, CLÉBER BIDEGAIN PEREIRA, Editor Chefe da Revista da Academia Brasileira de Odontologia, presidida pelo Titular, PLACIDINO GUERRIERI BRIGAGÃO, para o Simpósio Exaltação da Excelência em Odontologia. Finalidade: Promover a boa Odontologia praticada no Brasil. A Coordenação, como informamos na edição passada, será do Acadêmico Prof. Dr. Guilherme Janson, filho do saudoso Mestre Waldir Janson, que tem a nobre missão de divulgar belos casos clínicos procurando motivar aqueles que podem pagar, para que não se deixem seduzir por preços baixos.

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Eis um bom exemplo! A ótima ideia é publicar casos, com o nome do profissional, junto à documentação respectiva. Apoiemos essa necessária iniciativa!

BIENAL DO LIVRO

Ainda há tempo de participar da 23ª Bienal de São Paulo, de 22 a 31 de agosto próximo. A Editora Delicatta oferece estande para exposição e vendas com sessão de autógrafos (02 horas), com taxa de utilização de R$200,00 (Autores dessa Editora) ou R$300,00 (Autores de outras editoras). Contatos: [email protected] ou  http://www.facebook.com/#!/luiza.moreira. - Habilitem-se!

PAULO JOSÉ MORAES DA SILVA Dia 28.03, a Assembleia Geral da UNIODONTO prestou contas do exercício de 2013, sendo todas as aprovadas. Democraticamente, foram eleitos os componentes da Chapa nº 1, com diferença de 01 voto, para escolha do VOGAL que representará o Conselho de Administração. Nosso TITULAR foi eleito com 79 votos num universo de 122 Dentistas, tendo mais 2 cooperados como concorrentes. Parabéns, nobre Confrade!

Este evento oficial da Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional) e da Sociedade dos Cirurgiões Dentistas de Pernambuco (SCDP ABO-PE), será de

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03 a 06 de abril (5ª feira/ domingo), no Centro de Convenções de Pernambuco, sob a competente Presidência do nosso ilustre Confrade, Prof.

Dr. CLÁUDIO HELIOMAR VICENTE DA SILVA que nos diz: É um estímulo à sua atualização profissional na Capital Multicultural do Brasil!

O Presidente da ABO-PE, Dr. Alexandre M. Rizuto, informa e convida:

Duas arenas científicas serão montadas estrategicamente na diversificada Feira Comercial, onde serão debatidos temas controversos dentro de cada especialidade. Os painéis com apresentação de trabalhos terão formato eletrônico. É o Congresso Pernambucano inserido na era digital! Ainda estarão presentes os tradicionais cursos e simpósios. A programação social também será intensa e diversificada; mais detalhes, bem como inscrições, no portal: www.copeo.com.br

POSSE NA SBDE: Às 16 horas do sábado, dia 05.04, acontecerá a sessão solene de posse de valorosos Titulares, motivo pelo qual convidamos a todos para comparecer. Serão empossados: Adair Luiz Stefanello Busato (Natural de Nova Palma/RS); Ana Luísa de Ataíde Mariz (Recife/PE); David Moraes de Oliveira (Idem); Eclivan Marcel Cinésio de Oliveira (Maceió/AL); Fábio Barbosa de Souza (Recife); Gilberto Cunha de Sousa Filho (Idem); Irani Júnior (Idem); Jackson Santos Lobo (Aracaju/SE); José Guilherme Férrer Pompeu (Teresina/PI); Lúcia Carneiro de Souza Beatrice (Recife); Maria das Neves Correia (Macaíba/RN); Nelson Rubens Mendes Loretto (Gravatá/PE); Paulo Fonseca Menezes Filho (Recife); Renata Pedrosa Guimarães (Recife); Ricardo José de Holanda Vasconcelos (Recife); Rogério Dubosselard Zimmermann (Idem); Vera Lúcia Gomes Prado (Teresina).

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Recordando: Sessão solene de posse na ABO-PE na noite de 25.07.2013

45º COSMO - Congresso Sul Mineiro de Odontologia &11º EMAP - Encontro Mineiro de Arte e Poesia

Após 2 anos de interrupção, voltará a acontecer o mais longevo dos Congressos de Odontologia. A atual versão terá uma programação bastante atrativa, para a qual conclamamos os Titulares e Honorários para uma plena participação seja apenas assistindo ou apresentando algum trabalho através de Palestra, amostragem de obra de arte, ou, ainda, Poesia, Música etc.. No dia 24.09, 4ª feira, haverá a tradicional Abertura informal, e de 25 a 27.09.2014 - 5ª feira a sábado as demais atividades. A promoção é da ABCO - Associação Brasileira de Cirurgia Oral, a Coordenação Geral, da SBDE - Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores, com apoio da Academia Tiradentes de Odontologia e da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA) MG. Local: HOTEL CAXAMBU (35) 3341.9300, cujas reservas com tarifas especiais (pensão completa - desjejum, almoço e jantar), devem ser feitas pelo endereço eletrônico: [email protected] FLAT HOTEL CAXAMBU (Na mesma rua) é uma ótima opção, pois oferece: Apartamento duplo: R$ 150,00; Cama Extra: R$ 65,00, com desjejum. Reservas: (35) 3341.1244 ou pelo endereço: [email protected]

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INSCRIÇÕES: Profissionais, R$150,00 (Cento e cinquenta reais) através do Banco Itaú: Agência 0676; Conta 75.052-4; Depósito ou DOC identificado. Favor enviar o comprovante para a ABCO (Rua Dionísio Machado, 175 - 37.550-000) e o recibo será remetido pelo correio. O Presidente do COSMO e seu idealizador, Titular ALFREDO CAMPOS PIMENTA, informa que serão outorgados aos inscritos no Congresso, pela SBDE e SPVA/MG, os Méritos Centenaristas Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi (somente Diplomas), homenagem a esses 2 grandes vultos da Literatura e da Música. Programação: Manhãs - Livres para Passeios, compras, excursões programadas; Palestras; Tardes: Palestras (15 minutos) + Cursos para acompanhantes: Flores Artificiais; Bordados etc.; Noites: 2ª Convenção Nacional da SBDE; Saraus / Serestas.

Pagamentos sem identificação: Apesar de pedirmos, reiteradas vezes, o favor de informar o depositante, continuamos com depósitos/transferências sem identificação, levando a uma situação complicada, pois, sem esse registro, não podemos quitar a pendência, levando à inadimplência, sem necessidade, e ainda nos dando trabalho extra: 21.01.14 - Banco do Brasil - Agência Catete/Rio - R$100,00; 24.01.14 - Agência Andaraí/Rio - R$100,00; 06.03.14 - Agência Jabaquara/SP - R$100,00; 13.03.14 - Agência 922-9 - Salgueiro/PE - R$100,00. Agradecemos muito essa providência!

MOMENTOS LITERÁRIOS DOS TITULARES E HONORÁRIOS

Frase sobre escritores: Thomas Mann - A felicidade do escritor é o pensamento que consegue transformar-se completamente em sentimento; é o sentimento que consegue transformar-se completamente em pensamento.

ANÍSIO LIMA DA SILVA, de Campo Grande/MS Professor da Faculdade de Odontologia da UFMS

O PROFESSORR - Chama-se... não importa! Vamos chamá-lo Professor r . Isso mesmo, com dois erres no final, para enfatizar certo sotaque que adquiriu

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quando morou no Rio. É professor universitário. Por contingências. E Arquiteto por formação. Acha muitas coisas ridículas. É muito crítico. Ridiculamente crítico. É de esquerda. Socialista. Antes, era comunista declarado, mas, após a queda do muro e da derrocada do que a direita chamava império soviético, achou prudente dizer-se apenas socialista. Cultua Che Guevara. Quando mais novo até usava camiseta com a estampa do médico guerrilheiro argentino-cubano, “morto pelo abominável exército boliviano quando lutava contra as desigualdades na América do Sul e tentava implantar um regime de justiça social!”. Abomina o capitalismo, execra a globalização e tem ojeriza de quem ganha dinheiro com empreendimentos. Mas é esperto na hora de reivindicar salários, incorporar gratificações, fazer greves e achar brechas na legislação ou interpretar leis quando lhe é conveniente. Inimigo feroz de médicos, dentistas, advogados e outros arquitetos que ganham dinheiro com seus escritórios e consultórios, próprios das profissões liberais. Aliás, acha o termo liberal atrelado a certas profissões, uma coisa execrável! Não trabalha por conta própria de jeito nenhum. Usa calças jeans - americana. Camiseta branca com a estampa de algum time de beisebol dos Estados Unidos, mas não entende direito esse jogo. Amarra o cabelo num rabo de cavalo. De há muito tempo usa o cabelo desse jeito. E ainda hoje, com entradas laterais, junta com esmero os fios meio esbranquiçados e amarra atrás. Um tênis americano, de marca, meio surrado, completa a figura do Professorr. Há alguns anos fez pós-graduação nos Estados Unidos e trouxe o espírito crítico acurado. Esqueceu a discriminação mal disfarçada que por lá sofreu, e trata de discriminar os daqui. Já viajou duas vezes para a Europa, fazendo turismo, a bordo de uma câmara fotográfica – japonesa - durante as férias. Não é de muito falar. Principalmente com outros professores, de outras áreas, ou que imagina não ter o seu nível intelectual. Caso detecte em alguém qualquer traço do que avalia como característica marcante da burguesia, trata com indisfarçada frieza, beirando as raias da descortesia. “Aliás, um comunista – ops! - um socialista, não precisa mesmo ser muito cortês!” Julga-se um cara muito preparado e que o fez às próprias custas! Afinal, seu pai era apenas um funcionário público federal e sua mãe tinha um emprego no município onde moravam. Seu pai não era latifundiário! Não era industrial! Não era um grande comerciante! Tinha casas de aluguel, algumas herdadas de família e um terreno, no qual nunca construiu nada. Nunca perguntou por que, mas ilude-se achando que o pai não queria explorar os outros com mais aluguel. Esse terreno, aliás, conseguira numa certa negociação com um empresário que precisava da sua assinatura num processo de fiscalização. Uma ou outra das casas, também. Achava que o pai

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tinha feito muito bem, pois afinal havia contribuído para uma melhor distribuição de rendas e, consequentemente, com o socialismo. Mesmo sabendo que o pai não tinha lá muitas afinidades com a esquerda. E nem se atentava para o fato de que a tal redistribuição de rendas só beneficiara a própria família. Hoje tem várias diferenças com o pai e faz-lhe muitas críticas, mas essa não é uma delas. O Professorr tem ideias muito avançadas. Acha um absurdo que as universidades públicas abriguem principalmente jovens de boa posição social. Deveriam, isso sim, abrigar apenas pessoas sem renda. Os ricos que se virassem em instituições pagas! Ele, o Professorr, é hoje o que é graças ao seu imenso esforço. Cursou uma faculdade pública, federal, porque estudou muito e passou num vestibular bastante concorrido. Concorrido, pois os egressos dos colégios públicos também achavam que conseguiriam passar e inflavam os concursos. E afinal, seu pai se sacrificou muito, pois mesmo sendo um pobre funcionário público, e sua mãe também, com parcos rendimentos de alguns aluguéis, pagava-lhe um colégio particular e um cursinho. Aliás, “colégio e cursinho de um empresário sacana, muito rico, que só queria saber de ganhar dinheiro à custa dos outros! Como todos os empresários!” Ainda hoje, fica indignado ao lembrar que “o tal empresário explorava umas noventa pessoas”, contando os dependentes de seus trinta funcionários. Hoje, são uns trezentos funcionários e mais ou menos “umas mil pessoas exploradas!” Isso o deixa indignado! Pois bem, vejamos mais algumas características do Professor.r: Com mais de 40 anos, nunca se casou. Teve várias namoradas, mas não alcançavam seu padrão de raciocínio e objetividade. A única que lhe parecera ter esses predicados era uma matemática que, por algum tempo, ministrou aulas de estatística no seu departamento. Loura, de cabelos lisos, magra e meio sardenta. Não era exatamente um padrão de beleza, mas tinha aquele ar escandinavo que havia visto em algumas mulheres europeias que lhe chamara a atenção e, desde então, passou a identificar esse tipo com a intelectualidade feminina. A pochete que usava sempre na cintura não lhe fazia a menor diferença. Aliás, achava que tal indumentária dava à loura com ar escandinavo certo charme de austeridade que ficava muito bem numa intelectual. Desde que conhecera a loura de pochete passou também a achar de mau gosto quando alguém dizia que bolsa na cintura era coisa de canguru. Ou que pochete é a identidade do sapatão! E, talvez por isso ou por solidariedade às louras (e às morenas também, e às lésbicas) que usam pochete, que são intelectuais (e também às outras proletárias que não tiveram a oportunidade de se tornar intelectuais!), às austeras (só as austeras usam pochete!), por algum tempo também usou pochete.

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Mas o namoro não deu em muita coisa, pois a loura se bandeou para outra tribo, se distanciou e a coisa esfriou. Aliás, o namoro começou a esfriar justamente no dia em que por ela perdeu a serenidade e se envolveu numa discussão de bar. É, de bar, sim! Mas bar de intelectual. Afinal, não era de frequentar um bar qualquer! Era um bar que tinha um balcão, várias mesas, cada uma com 04 cadeiras, vendia cerveja, drinques e petiscos. Vê-se logo que não era simplesmente “um bar”! Pois bem! Numa noite, após alguns drinques, um amigo da turma achou de relacionar a amargura existencial de algumas mulheres a certa deficiência sexual dos companheiros. E por isso muitas mulheres amargas estudavam demais e se tornavam intelectuais! Pronto! Bastou para o Professorr sentir que o tal amigo estava teorizando a loura de pochete com ar de escandinava e partiu para ofensas. Só não agrediu fisicamente o pretenso desafeto porque a loura não o permitiu. Desde então, passou a selecionar ainda mais os amigos, mas a relação com a loura esfriou. E, algum tempo depois, descobriu que a loura fora viver com o ex amigo autor da tese que relacionava a intelectualidade feminina com desempenho sexual! E constatou, não sem uma ponta de satisfação íntima, misturada ao despeito, que a loura intelectual mantinha o mesmo ar de austeridade! E assim continuou solteiro. Uma das coisas que mais incomoda o Professorr é ver gente despreparada, sem qualquer qualificação sendo contratada para o serviço público. Lembrava-se do início da sua carreira, como as coisas eram difíceis! Fora convidado para ser monitor por um professor do qual caiu nas graças. Quando se graduou foi ficando com o mestre, sem querer se desligar da universidade, até que foi convidado para dar aulas. Esperou alguns meses até a aposentadoria do antigo colega e, de repente, estava contratado. Hoje, não! Alguns são contratados por apadrinhamento político! Tem saudades dos primeiros tempos como docente. Achava que gostava de ensinar. Mas gostava mesmo era do clima universitário. Da idade de aluno, da qual não queria se desligar. Não queria se desligar do tempo de estudante, apegava-se ao vigor juvenil daqueles que há pouco tinham sido seus colegas. Mas o tempo foi passando, e hoje já não tem mais a mesma paciência nem o mesmo apego ao tempo da juventude. Nem aos jovens. E por isso virou pesquisador. Aulas, dá poucas. Prefere fazer pesquisas. Pensa que já fez muito pelo ensino público, gratuito e de qualidade. Por ser de esquerda, é contra o capitalismo, especialmente o americano. Detesta o modo de vida deles: Só pensam no próprio bem estar! Em ganhar dinheiro! E por qualquer coisa se metem em todo lugar do planeta!

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Julgam-se superiores e querem exportar de tudo, desde tênis a computadores. Até o modo de vida! E assim o tempo foi passando. Conta os anos que faltam para a aposentadoria. Já fez até planos: Como não pretende ter filhos, vai arrumar uma companheira que também não queira colocar rebentos neste mundo conturbado. Quem sabe uma loura europeia meio sardenta, intelectual. Até dispensa a pochete! E já se decidiu: Vai embora! Não quer saber desse país tropical miserável, que nunca o valorizou convenientemente, cheio de políticos inescrupulosos e de ricos que exploram os pobres! Vai morar nos Estados Unidos! Detesta ambivalências!!!!

OBS.: Nosso Confrade escreveu uma série de contos que publicará num livro; enquanto tal não acontece, publicaremos um deles aqui todo mês.

ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO, de Curitiba/PR - Honorário

Professor de Marketing; MBA em Marketing pelo ISAE/FGV, Especialista em Marketing pela PUC/PR, Pós-graduado em Marketing pela ADVB/SP,

Administrador pela Universidade Mackenzie/SP, autor de: 40 livros, 1.400 artigos e colunas, 700 no Brasil e 700 no exterior - já ministrou mais de 600 cursos e palestras. [email protected]/www.odontex.com.br

VOCÊ DECIDE ! Este é o título do seu livro do qual transcreveremos mensalmente um dos 30 destinos sugeridos. Guia de férias e feriados

Este mês: SALVADOR da BAHIA - Terra de todos os santos e orixás

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Com sua curiosa formação triangular, tendo mar em três lados, Salvador é uma cidade abençoada, com mais de 2.000 horas anuais, em média, de exposição ao sol, ela está entre as cidades mais ensolaradas do mundo. Seu clima é quente e úmido, tipicamente tropical, por estar localizada entre o Trópico de Capricórnio e a Linha do Equador, tem uma temperatura que oscila em torno dos 25 graus, sem grandes variações, bem ao gosto dos baianos e para delírio dos turistas. Uma feliz cidade, a capital da alegria. Tida por seu povo e pelos que já a visitaram, como a capital da alegria não só pelas festas que milhares atraem, mas pelo jeito baiano de ser, algo diferente de todos os povos, que brasileiros já sabem. Nisto o baiano é um povo à parte, quer de outros continentes, que a citam e buscam como o lugar ideal para se desfrutar de boas férias, já que visitar Salvador com pouco tempo é considerado pelos locais, como um pecado venial. Mortal seria não conhecê-la. Isso sustentado pela ideia de que todos que a visitam, tem com principal desejo, voltar, se possível o quanto antes e alguns, ao extremo, para sempre. Pelos atrativos a serem expostos, o melhor que podemos propor é: experimente Salvador e, se possível, a Bahia, já que suas belezas, assim como sua história, não se restringem à capital. Começa porque o Brasil foi visitado pela primeira vez em seu território. E para que acreditemos mais ainda no místico da boa terra, num lugar chamado Santa Cruz. Se nosso descobrimento se deu em 1.500, a descoberta da Baía de Todos os Santos foi em 1.501, donde se conclui facilmente que a história da Bahia e do Brasil tem muito a ver com Salvador. Tanto que o rei Dom João III, isso mesmo: 3º e não o 6º que conhecemos tão bem de nossa história decidiu que nessa Baía se fundasse a 1ª metrópole portuguesa no Além Mar. Para começar a composição de seu povo, um ano depois chegariam os primeiros africanos que tem tudo a ver com o bom baiano. Provenientes das colônias portuguesas da África, eles ajudaram desde o início no desenvolvimento da cidade. Soma-se a isto o natural envolvimento dos portugueses com os nativos, na história representados por Catarina e Caramuru, que simbolizam o início da raça baiana, ímpar e forte.

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Tanto cresceu que no século 17 a cidade ficou um ano sob o domínio dos holandeses, que, expulsos, voltaram 10 anos depois, para nova tentativa de conquista. Para evitar o risco de perdê-la, no início do século 19 a família real portuguesa a escolheu como morada e, como primeiro ato para atrair turistas, abriu os portos para as nações amigas. Com esta breve resenha, tem-se o tom das coisas que mais encantam os turistas: os baianos e sua história. Que vai ter sempre uma presença de defesa da cidade, nos vários fortes construídos para defendê-la. Um dos pontos que fizeram de Salvador um Patrimônio da Humanidade.

Outro são suas igrejas, fruto da religiosidade do seu povo, com influências europeias e africanas.

Quando alguns imaginavam que a cidade não tinha mais como se expandir, a busca pelas praias faz surgir uma nova Salvador, moderna e de largas avenidas.

E se a cidade baixa e a alta se ligaram por um elevador histórico, o moderno se fez desenvolvimento com a construção de um metrô, unindo toda a cidade, para sempre. Como a introdução já está se arrastando mais que bom baiano, para o turista bate a vontade de saber aonde ir e o que ver. Para começar a entrar no clima de Salvador, o melhor é uma praia para não cansar e relaxar. São muitas, e a escolha de qual fica mais por conta de onde se estiver hospedado.

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Ou se preferir pegar um ônibus de turismo e conhecer todas antes de decidir em qual ficar, esta uma boa pedida, já que todas são lindas, cada uma com sua característica particular e especial.

E porque a orla tem mais de 50km, só em Salvador, quase uma viagem. Que vale a viagem!

Depois do merecido descanso, afinal você estará de férias, é obrigatório visitar as igrejas de Salvador, uma mais linda e rica do que a outra, todas perto uma das outras, chegando a extremos de encontrar 03 em uma mesma praça ou mais em uma mesma rua. Não se apure, pois são muitas e o tempo não passa ao vê-las por dentro. Ou melhor, passa e você não sente. Um mapa irá ajudar a não passar por alguma que esteja no trajeto, mas que poderia passar despercebida em vista de tantas coisas a ver no centro antigo de Salvador. Perguntar também é uma atração, pois muitos baianos quando respondem, dão uma aula de história, sem ser guias de turismo, simplesmente para honrar a fama de hospitaleiro do seu povo. Assim que tiver dominado o mapa turístico do centro de Salvador, arrisque-se a procurar museus e teatros, que também são muitos na cidade. Tendo interesse especial, vá fundo porque Salvador é uma das cidades brasileiras que mais história tem para contar. Nas imediações existem muitas bibliotecas e galerias de arte, ainda que só de andar nas ruas se tenha uma amostra aberta da arte em forma de arquitetura nas edificações e nos monumentos, existentes em grande quantidade, para poder homenagear a todos os personagens da rica história baiana.

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Para não ficar só em ambientes fechados, pense em praças e parques. Para começar bem, vá a Praça Castro Alves que é do povo e, por alguns momentos, imagine como será o carnaval de trios elétricos passando e você pulando. Na visita às igrejas talvez você já tenha passado na Praça Piedade que tem um gradil de 1799. Outra histórica é a da Sé, com um belvedere para ver o passado e o horizonte, com seus próprios olhos. Uma diferente é a Nossa Senhora da Luz que se destaca não por igrejas e, sim por um paisagismo em 11.000m2 e uma pioneira em atenção ao deficiente físico, a Bahia Sol. Mesmo que não seja seu forte, não deixe de visitar ou ver alguns fortes da cidade. O Monte Serrat é do século XVI e dele se tem a vista mais privilegiada da Baía de Todos os Santos. Do mesmo século o Santo Antônio da Barra, é a 1ª fortaleza erguida no Brasil. Outro de Santo Antônio, só que do século XVII, o Além do Carmo, que serviu de presídio, precisa mais tempo para visitar. Concluídos no século XVIII o São Diogo e o São Pedro, ambos com o Porto da Barra como referência. Do século XIX o Santo Alberto, também conhecido como Lagartixa. Se não for seu forte, vá a lugares históricos como o Pelourinho. E uma centena de Espaços Culturais em forma de Academias, Casas de Artes, Cultura, Música; Centros de Educação, Estudos e Memória, além de Escolas de todas as variedades de expressões artísticas. Escolha de acordo com a preferência, por que por mais tempo que tenha, precisaria morar na cidade para visitar todas.

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Ou fique com o que existe nas imediações do Pelourinho, por si só uma aula de cultura, por mais que se pense no Olodum. Livrarias e sebos existem em profusão, onde se pode encontrar de tudo de Salvador, para conhecer tudo o que não deu para ver nesta primeira visita, que depois de acontecer, você terá a certeza de que não será a ultima e sim a primeira de uma série. Que tal voltar no próximo carnaval, para descobrir o que que a bahiana tem? Tem... de voltar!!!

CLÉBER BIDEGAIN PEREIRA, de Uruguaiana/RS - Honorário

Editor Chefe da Revista Virtual da Academia Brasileira de Odontologia

ANIVERSÁRIO DA CONSTITUIÇÃO - A Constituição Brasileira nasceu gloriosa e foi agora vilipendiada, justamente por aqueles que deveriam ser seus guardiões implacáveis. Usando subterfúgios vergonhosos o STF considerou que controvertidas determinações do seu Regimento Interno são mais válidas do que a Lei Suprema da Constituição.

Isto é, com incoerente atitude, o STF desconsiderou a Constituição.

Ulisses Guimarães saudando a nova Constituição (1988)

A fotografia do Presidente Joaquim Barbosa, rasgando a Constituição, que circulou na internet, certamente é uma montagem, porém, representa bem os últimos acontecimentos.

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Joaquim Barbosa, como Presidente do STF, executando graficamente o hediondo desrespeito da Constituição pela Suprema Corte. A fotografia deve ser falsa, mas representa um acontecimento verdadeiro: Único país no mundo onde a STF depois de condenar, em última instância, com todos os direitos de recorrência dos réus, volta para iniciar novo julgamento, atestando, de duas uma: No primeiro julgamento foram levianos e incompetentes, ou este segundo julgamento tem fins de tornar impunes os condenados como ladrões. Pobre Brasil, belo início e triste aniversário de 25 anos da Constituição!

HAROLDO CAUDURO, de Porto Alegre/RS Ex-Professor Titular da Faculdade de Odontologia da UFRGS; Fundador da INODON, da Revista Gaúcha de Odontologia, e do Congresso Odontológico

Rio-Grandense; Titular da Academia Rio-Grandense de Odontologia.

Dando sequência aos temas do seu livro Ideias, Pensamentos e Recordações:

- Hoje, a vulgaridade se espalha agressiva e triunfante nas artes, na música, na política, na literatura, sufocando e exterminando qualquer demonstração de sensibilidade ou talento real; - Uma cabeça perturbada ou complicada nada conseguirá além de conflitos; - Quando tivermos a habilidade de eliminar mágoas teremos conquistado a vida; - A política não tem ética nem moral, muitíssimo menos lógica. Política é o jogo do poder e da corrupção; - Na política é mais difícil acalmar aliados do que vencer adversários; - A bailarina é uma escritora sem pena para escrever. É uma declamadora sem palavras; - Negar a sensibilidade e a empatia é esquecer o próximo, e a mais cabal prova do fracasso humano. (Continua mês que vem)

JOSÉ ROBERTO DE MELO, de Recife/PE Presidente de Honra da SBDE (Com a esposa, ANA MARIA, em

Caxambu)

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CONGRESSO DE ODONTOLOGIA - Desde que me aposentei da Universidade do Estado de Pernambuco resolvi que a minha participação em eventos culturais, congressos, seriam apenas dedicadas à hipnose. Gostaria de ser um novo cavaleiro andante, correndo mundos,  procurando alcançar não a mão de uma dama, pois a mão de Ana Maria eu já tenho há perto de 50 anos e estou muito satisfeito.  Minha missão seria uma andança constante divulgando a hipnose. Nos últimos tempos estive nesta luta nas Minas Gerais (Caxambu), Ceará (Juazeiro), Sergipe (Aracaju). Nas duas últimas cidades, como convidado, experimentando a boa acolhida, a fidalguia dos colegas que me convocaram. No 19º Congresso Pernambucano de Odontologia, no Recife, compareci com

uma aula no Curso de Atualização Clínica. A sala cheia me deu uma satisfação confortável. Menos por mim próprio, mas para  aquilatar o interesse do Dentista atual pela hipnose. Principalmente pela curiosidade investigadora da juventude. Para meu gáudio maior, estava sentada na primeira fila do auditório,  a professora Edjanyr Sá, da Faculdade Odontologia de Caruaru, Regente da Disciplina de Hipnose, que a Escola implantou, recentemente, em uma atitude pioneira. Convidada no momento, Edjanyr  me honrou participando, na demonstração prática que foi realizada, modéstia à parte, com muito êxito. Na ocasião, fiquei sabendo que o comparecimento de alunos de Edjanyr  era bastante grande e que eles tinham  o compromisso de fazer, como exercício escolar, um relatório da minha aula. O que não deixou de me fazer sentir um friozinho na barriga. É a eterna síndrome que sente quem sabe que está sendo julgado.  Bom ainda foi ver a grandeza do  19º Congresso  Pernambucano de Odontologia, passando a barreira das 6 mil adesões, e lembrar que participei do primeiro, realizado  em Garanhuns, onde compareceram cerca de 300 congressistas. Grande realização de Edrízio Pinto, um  afoito desbravador dos novos caminhos da Odontologia Pernambucana. Esse  congresso pioneiro deu manchete em jornal do Recife, divulgando a cirurgia de lábio leporino realizada por Fernando Rosendo, documentando o progresso da cirurgia buco maxilo facial no Estado, que até causou espanto na

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classe médica, que protestou. Ela, a classe dos médicos, não sabia que cirurgia de lábio leporino estava no currículo da Faculdade de Odontologia. Congresso é tempo feito para o congraçamento da classe. É tempo de se encontrar colegas que a gente não via há muito tempo.  Ex-alunos que aparecem exibindo filhos, que já são colegas novos. É terreno onde a gente recebe abraços de saudade, de afeto, de reencontro que não há dinheiro que pague, como diria a minha velha tia-avó Carolina que Deus já chamou para o seu reino. Congresso é tempo de encontrar leitores  do boletim ABO-PE - Notícias que confessam, com muito carinho que são leitores constantes da coluna  História Pessoal e Sucessos da Odontologia,  que escrevo. Depoimentos que me deixam muito sensibilizado e agradecido. Fonte: Seu apreciado blog: http://melo28.blog.uol.com.br, publicado em 16.03.2008.

Com a esposa, Marlene, em CaxambuOSMAR BARONI, de Uberaba/MG - Secretário Geral da SBDE

CURIOSIDADES: TEATROS NO BRASIL (06) - Dando sequência à série sobre os principais teatros do País, por ordem cronológica de construção, vamos falar de mais alguns:

- Politeama Baiano (Salvador BA) Foi inaugurado em 23.05.1886 para a estreia da Companhia Lírica Italiana dirigida pelo ator Luiz Milano. Foi leiloado 10 anos depois, reconstruído e reaberto no carnaval de 1897. Em 11 de abril desse ano deu-se a inauguração oficial, com a exibição da companhia Dramática Dias Braga;

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- Teatro Melpômene (Vitória ES). Foi inaugurado em 03.05.1896., apresentando números de ópera e canções por uma grande companhia lírica italiana;

- Teatro Amazonas (AM). Inaugurado em 31.12.1896 por uma grande Companhia Lírica Italiana com números de ópera e canções; ele é a expressão mais significativa da riqueza de Manaus durante o ciclo da borracha. Merece destaque o estilo eclético de sua estrutura e os detalhes únicos de sua cúpula, o que o faz um dos mais conhecidos do Brasil. Sua história começou em 1881, quando o deputado A.J. Fernandes Jr. apresentou projeto de alvenaria para sua construção, proposta aprovada pela Assembleia Provincial do Amazonas que escolheu o projeto arquitetônico proposto pelo gabinete português de engenharia e Arquitetura de Lisboa, em 1883. Da Europa vieram arquitetos, construtores, pintores e escultores para a realização da obra. Decora o seu interior pinturas de autores renomados, homenageando grandes vultos da música erudita, em especial, o compositor patrício Carlos Gomes. É administrado pelo governo do Estado, e foi tombado como Patrimônio Histórico, em 28.11.1966. Os historiadores ressaltam a sensibilidade dos responsáveis pela construção em dotar de qualidade e beleza detalhes quanto: às instalações elétricas;

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lajeado em seu entorno; escadarias de mármore (apesar da perda durante o transporte devido ao sinistro ocorrido com o navio Santarense, em 1896); muros do terraço; acústica; decoração e pinturas. A sua inauguração se deu na administração do governador Fileto Pires Ferreira, no auge da evolução econômica amazonense. Espetáculos artísticos clássicos e populares proporcionam para plateia de 701 pessoas momentos de rara beleza;

- Teatro da Exposição Nacional (Rio de Janeiro/RJ). Inaugurado em 12.08.1908 por uma companhia dirigida por Artur Azevedo. (Continuará na próxima edição).

PAULO JOSÉ MORAES DA SILVA - Maceió/AL Professor de Cirurgia da UFAL. Ex-Presidente da Academia Alagoana de

Odontologia

NAVIO HOPE – UMA EXPERIÊNCIA QUE VALEU A PENA!!!A expressão Hope (Health Opportunities for People Everywhere), cuja tradução seria Oportunidade de Saúde para o Povo em Todas as Partes, um hospital viajante em tempos de paz, foi um projeto criado nos Estados Unidos, surgiu em meio à Guerra Fria, e simbolizou a disputa pela hegemonia entre países socialistas e capitalistas, sendo a mais visível ação da organização. Apesar de ser fruto de uma ideologia que buscava disseminar a superioridade estadunidense, o navio Hope capacitou profissionais da saúde de países carentes ao redor do mundo. Na América do Sul, ele aportou no Peru, no Equador, na Colômbia e no Brasil.

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Na década de 1960, o navio percorreu diversos países em 11 longas viagens: Indonésia, Vietnam do Sul, Peru, Equador, Guiné, Nicarágua, Colômbia, Sri Lanka, Tunísia, Jamaica e Brasil. Fruto da experiência exitosa na Cidade do Natal, em 1972, e da intercessão política de autoridades da saúde, o Brasil foi o único país a se beneficiar com mais de uma missão do navio.  Assim, no ano seguinte, o SS Hope realizou sua última viagem à Maceió/Alagoas, sendo aposentado em 1974. Hoje, o Projeto Hope tem representações em outros países, como Alemanha e Reino Unido, além dos EUA, e atua em diversas regiões no desenvolvimento de esforços para erradicar doenças infecciosas, como HIV/AIDS e tuberculose, além de treinamento de profissionais. Se não existir realmente efetivos nos moldes de 1972 e 1973, pelo menos deixou técnicos, médicos, enfermeiras e Cirurgiões com os programas instituídos na época e que, com certeza, já se modernizaram. Seu fundador, o Dr. Williams Bertalan Walsh, em 1958, convenceu o presidente Eisenhower a doar o antigo navio USS Consolation, da Marinha dos EUA, pesando 15.000 toneladas, ao projeto, recebendo o nome que remetia à esperança (HOPE).

Dr. Walsh foi seu líder por 34 anos e, por isso, recebeu posteriormente numerosos prêmios honrosos em distintos países. O custo operacional do projeto era estimado em 8 milhões de dólares anuais, sendo um programa não governamental mantido por doações do povo americano, entidades sindicais, indústrias e empresas privadas que recebiam incentivos fiscais e outros benefícios. Seus médicos exerciam trabalho voluntário com substituição a cada dois meses, em média, quando regressavam a seu país natal. O HOPE foi idealizado para fornecer tratamento médico em situações de crises, mas esse foco foi mudado para programa de desenvolvimento de treinamento e pesquisas junto à comunidade científica de saúde das universidades, bem como a troca de conhecimentos no que consiste no tratamento de doenças não habituais como a esquistossomose, na verdade, uma troca de conhecimentos. Antes, com objetivos específicos para países em crises e catástrofe no mundo, o hospital flutuante foi preparado na década de 60 para acomodar 800 a 1.000 doentes em casos de emergências. Porém, ao chegar ao Brasil, essa plataforma de programa mudou e sua capacidade de leitos foi reduzida para

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100, em virtude de se priorizar os profissionais da Universidade Federal de Alagoas, após ter passado o ano de 1972 em Natal/RN. Com sua vinda para Alagoas foi consequentemente exigida uma ampliação do Porto do Jaraguá, e possibilitou o ensino das mais recentes técnicas da ciência médica norte-americana. Os profissionais estadunidenses também ficaram responsáveis pelo atendimento de casos especiais de saúde. No projeto, estiveram envolvidos 400 profissionais da saúde do Nordeste, com 95% das vagas destinadas à população alagoana. Com equipe composta por mais de 100 médicos, 150 enfermeiros, além de cirurgiões dentistas, bioquímicos, farmacêuticos, técnicos de laboratório e de radiologia, o SS HOPE serviu de campo de capacitação e aprendizado, principalmente na parte que me toca da cirurgia bucomaxilofacial, com os Drs. Daniel Verne (Ohio), Paul Iverson (Fargo), Richard Gaines (Daytona) e James O’Brien (Iowa), uma equipe de profissionais de alto nível que naquela época já dominava a cirurgia ortognática. Todas as equipes trouxeram uma tecnologia de ponta com inovações, novo ângulo de visão para os especialistas alagoanos. Na época, não existia o Hospital Universitário e todas as cirurgias eram realizadas no 2º andar da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, tendo como enfermeira chefe a Sra. Valdeci. Em Natal, o Navio Hospital Hope foi chamado de “Vaca de Ferro” porque possuía uma unidade de reidratação de leite em pó, onde produzia 1.000 galões de leite/dia para uso no próprio navio, bem como distribuição para a população com baixos índices nutricionais. Hoje, passados 41 anos de sua aportagem em Maceió, lembramos com certa melancolia a lembrança de profissionais com os quais convivemos na área da Odontologia, como as belíssimas americanas: Barbara Allen (Enfermeira), Penny Fuglestad (Técnica em Prótese Dentária), Betty Ingram (Coordenadora da área de Odontologia), Janet Kephart (Técnica de Higiene Dentária) e a Audiologista Gwenn Orr, que proporcionou vários cursos promovidos pelo Diretório Acadêmico Prof. Alberto Mário Mafra, do qual eu era vice-presidente.

Poderia contar ainda inúmeras cirurgias ortognáticas de que participamos com os professores Rafael Matos, Cláudio Maia (em memória), Carlos Bezerra e Telmo Lobo (em memória).

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Passado esse tempo desse navio-escola em solo alagoano, queremos saudar a todos que participaram dessa inesquecível experiência e, na viagem no túnel do tempo, relembramos figuras que lutaram para que esse projeto viesse a se tornar realidade, como os saudosos: Dr. William Walsh, Nabuco Lopes, A.C. Simões, Úlpio Miranda, Alfredo e tantos outros; realmente foi um marco indelével para a cultura científica em saúde do Estado de Alagoas.

PLACIDINO GUERRIERI BRIGAGÃO, do Rio de Janeiro/RJ

Presidente da Academia Brasileira de OdontologiaO FUTURO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

O futuro da educação no Brasil e no mundo, está no experimento  e na descoberta de novos métodos pedagógicos para preparar as próximas gerações que viverão em uma sociedade com características de COLABORAÇÃO e distribuída em seu todo no Complexo Educacional da Atualidade e do futuro. Isto porque os experimentos industriais trarão novos produtos, novas descobertas e tecnologia inovadoras com aplicações diversificadas que forçarão a modificação da infraestrutura vigente. São mudanças que exigirão novas qualificações profissionais e técnicas inovadoras que deverão ser apresentadas aos estudantes para que as aprendam ou são, por eles próprios, descobertas e se sintam seguros no ambiente de estudo continuado e no trabalho. O foco maior será na tecnologia da informação, nanotecnologia, biotecnologia, ecologia, gestão ambiental, entre outros,  abrangendo ciências que exigirão habilidades vocacionais, pois já se percebe a chegada próxima da Terceira Revolução Industrial com todas as suas características inovadoras.

Assim, os estudantes deverão ser preparados em sua disposição espontânea de atividade, com características técnicas e profissionais para compreender tecnologias de redes inteligentes de serviços vários, inclusive de armazenamento de hidrogênio (H2), combustível do futuro já sendo

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empregado em alguns países, inclusive o uso da própria água como combustível do futuro, que alguns pretendem esconder, para não desvalorizar o petróleo.  Estamos já frente à metamorfose de estruturas totalmente operáveis. Com a economia de orçamentos escolares em declínio, é aconselhável que se façam do ensino fundamental e médio, parcerias com empreendimentos comerciais de bancos e empresas  privadas para financiarem ensino com características de formação técnica que possibilitem aos alunos preparo para ingressarem de imediato no mercado de trabalho na idade adequada. Nessas circunstâncias terão oportunidade de crescerem no próprio trabalho em exercício, facilitando o ingresso em Faculdade àqueles que assim desejarem, e com certa independência econômico-financeira. A contra partida para os financiadores será o uso do dinheiro destinado ao Imposto de Renda, o que é legal, direcionado ao empreendimento das escolas. Será benefício mútuo, sendo a sociedade a maior beneficiária. O saber ocupará lugar especial na vida de nossos jovens e lhes abrirá as portas de uma vida profissional promissora. Essa ideia significa a geração de trabalhadores produtivos, atendendo à moderna economia de mercado, essencial ao êxito de quem a atende. E, como consequência, uma equidade na distribuição de renda. A experiência vocacional torna-se altamente considerada e respeitada na produção de confortável modo de vida. Os empregadores, obviamente, avaliam a capacidade de produtividade dos pretendentes a ingressar em suas empresas cujo preparo escolar tem valor na apreciação do candidato. A consciência da era em que se vive é considerada. Portanto, em todos os níveis de atuação do trabalhador, seja em qualquer ramo técnico ou científico, depende do processo educacional. As mudanças se operam constantemente, cada vez mais complexas, o que exige arranjos educacionais interdependentes e diferenciados. Os novos sistemas de comunicação cada vez mais multifacetados convergem para a consciência humana intermitentemente alterada. Desta forma, é necessário renovar o sistema educacional exigido pelo surgimento de novas características científicas e práticas. O pensamento atual, a nosso ver, considera a missão básica da educação preparar estudantes que saibam o valor do pensar e do agir como parte de uma sociedade que precisa, conscientemente, ser compartilhada para o bem de todos.

LUSOFONIA-

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Conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, Estados ou

cidades falantes da Língua Portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde,Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor

Leste,além de diversas outras comunidades em todo o mundo.

Em defesa da nossa riquíssima Língua, falemos e escrevamos certo! (*)

FUI EU QUE FIZ, FUI EU QUEM FEZ  ou  FUI EU QUEM FIZ Todas estão corretas!

Vejamos: FUI EU QUE FIZ - Justificativa: O verbo que tem como sujeito o pronome relativo que  concorda em número e pessoa com o antecedente, a palavra que precede esse pronome: "Foi ele que te nomeou"; "Sou eu que vou agora"; "Fomos nós que escrevemos a carta"; "Serão os pais dele que receberão  a herança". FUI EU QUEM FEZ - Justificativa: Se o sujeito é o pronome relativo  quem, o verbo, geralmente, permanece na 3ª pessoa do singular: "Foi ele quem te nomeou"; "Sou eu quem vai agora"; "Fomos nós quem escreveu a carta"; "Serão os pais dele  quem receberá a herança". FUI EU QUEM FIZ - Justificativa: Se o sujeito é o pronome relativo quem, o verbo pode ser influenciado pelo sujeito da oração anterior, com o qual acaba concordando: "Sou eu quem vou agora"; "Fomos nós quem escrevemos a carta"; "Serão os pais dele quem receberão a herança". AO INVÉS DE  ou  EM VEZ DE? - As duas formas estão corretas, cada uma com seu sentido. AO INVÉS DE significa ao contrário de e usa-se quando se colocam em oposição ideias contrárias. AO INVÉS DE economizar, Gilda gastou todo o dinheiro; Teria sido melhor se Mário, AO INVÉS DE falar, ficasse quieto.  EM VEZ DE quer dizer no lugar de e usa-se tanto no 1º caso como quando as ideias não são contrárias: Manifeste-se, EM VEZ DE  se omitir; EM VEZ DE crase, estude regência nominal agora; Por que você não usa a blusa amarela, EM VEZ Dessa (de + essa) feiosa aí? 

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Assim, é incorreto dizer-se Ao invés de ir à padaria, foi ao supermercado, pois padaria não encerra ideia contrária à de supermercado. (*) www.paulohernandes.pro.br

ANIVERSARIANTES DO MÊS

Aos Titulares nossas efusivas congratulações:

07101315232627

HÍLCIA MEZZALIRA TEIXEIRA - RecifeGERALDO BOSCO LINDOSO COUTO - RecifeJOSÉ DILSON VASCONCELOS DE MENEZES - FortalezaGETÚLIO LIMA - Itumbiara / GoiásBERGSON DE LUNA SILVA - RecifeCARLOS EDUARDO DA SILVA VIEIRA - RecifeANDREIA COTRIM FERREIRA - São Paulo

HOMENAGENS A ARTISTAS E LITERATOS

Aqui são lembrados talentosos artistas e literatos brasileiros, já falecidos, que nos brindaram com suas inesquecíveis obras:

05.04.1866, nasceu VICENTE (Augusto) DE CARVALHO (Santos/SP), faleceu em São Paulo, (22.04.1924). Foi advogado, jornalista, político, magistrado, contista e poeta parnasianista; seu grande tema era o mar, sendo chamado Poeta do Mar. Duas de suas belas obras: Ardentias; Luisinha, contos. Na Academia Brasileira de Letras foi o 2º ocupante da cadeira 29, sucedendo Artur Azevedo.

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12.04.1931 nasceu em Maranguape/CE o gênio chamado Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o inigualável CHICO ANYSIO, falecido (não morto, pois sua obra é eterna!) no Rio de Janeiro (23.03.2012). Mudou para o Rio aos 06 anos de idade. Mais tarde fez um teste para locutor de rádio, ficando em 2º lugar, atrás de jovem iniciante: Sílvio Santos. Sempre com muito talento e criatividade ímpar, foi: humorista, ator, dublador, escritor (21 livros), compositor e pintor - retratou paisagens a partir de fotografias que tirava dos países que visitava. Destacou-se pelos 209 personagens nos programas humorísticos na Rede Globo, onde trabalhou por mais de 40 anos. Na década de 1950, trabalhou nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. No cinema escreveu diálogos e atuou em filmes da Atlântida Cinematográfica. Na TV Rio estreou (1957) o programa Noite de Gala; 02 anos depois, estreou o programa Só Tem Tantã, mais tarde chamado de Chico Total. Também atuou com grande destaque no jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de compor e gravar algumas canções. Internado em 02.12.2010, com falta de ar, detectou-se obstrução da artéria coronariana, fez angioplastia; ficou 109 dias internado, recebeu alta em 21.03.2011 e ficou a maior parte do tempo na UTI; 30.11.2011, teve infecção urinária, recebeu alta, 21.12.2011; no dia seguinte, voltou a ser internado, com hemorragia digestiva; em 20.02.2012 teve infecção pulmonar; piorou a função respiratória e renal (21.03), falecendo 02 dias depois; foi cremado no Cemitério do Caju/Rio e, a seu pedido, metade das cinzas foi levada para Maranguape/CE, e a outra, para o Projac-Globo/Rio, locais onde ele disse que foi mais feliz. Frases marcantes: Eu sempre defendi o pobre, o preto, o nordestino, o retirante, o mendigo, o preso e o esfarrapado (e o professor: - E o Salário, óooo.. ). Rico nos meus programas sempre fez papéis ridículos; nunca fiz um rico que se desse bem. No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro, mas os políticos têm medo do passado; O brasileiro só tem 03 problemas: café, almoço e jantar. Penso menos na morte do que ela em mim. Não tenho medo de morrer, tenho pena!

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O irmão mais velho, Elano de Paula, leu no velório um texto que lhe escreveu há 10 anos. Chico gostou muito, pedindo que fosse lido quando morresse: Que Deus nos permita o direito de tê-lo guardado para sempre na memória dos que aqui estão e dos que estarão por vir. Ou, se não for possível, não deixemos que seu corpo leve com ele aquilo que há de ser preservado porque pertence à posteridade: o seu talento. Acrescentamos: Sua honestidade; sua generosidade; sua solidariedade; sua versatilidade; sua bondade; sua capacidade educativa! Muita luz, IMENSO CHICO ANYSIO!!!

14.04 - ALUÍSIO Tancredo Belo Gonçalves de AZEVEDO, nasceu em São Luís/MA, 1857, faleceu em Buenos Aires (21.01.1913). Foi Romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista, além de bom desenhista e discreto pintor. Irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual esboçou peças teatrais. Com o falecimento do pai em 1878 voltou ao Maranhão para sustentar a família; por dificuldades financeiras, abandonou os desenhos e iniciou atividade literária, publicando Uma Lágrima de Mulher. Em 1881, em efervescência abolicionista, publicou o romance O Mulato, que deixou a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnudou a questão racial, inaugurando o Naturalismo na literatura brasileira, mostrando ser abolicionista convicto. Diante da reação hostil, voltou à capital imperial, produzindo romances, contos, crônicas e peças de teatro. Diplomata em 1895 deixou definitivamente a pena, servindo na Espanha, Inglaterra, Itália, Japão (do qual fez apontamentos antevidentes e singulares), Paraguai e Argentina. Em 1910, cônsul de 1ª classe, instalou-se em Buenos Aires, convivendo com Pastora Luquez, de quem adotou os dois filhos. Faleceu, já como fundador da cadeira nº 04 da Academia Brasileira de Letras. Em 1918, por iniciativa de Coelho Neto, teve seus restos mortais transladados de Buenos Aires para São Luís, onde repousam definitivamente.

25.04. PAULO Emílio VANZOLINI nasceu em São Paulo/SP (1924). Filho de engenheiro mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, quando tinha 04 anos. Em 1942 entrou para a Faculdade de Medicina,

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passando a frequentar as rodas boêmias de estudantes e a compor seus primeiros sambas. Saiu da casa dos pais em 1944, e foi trabalhar com um primo, Henrique Lobo, na Rádio América (programa Consultório Sentimental, de Cacilda Becker); foi convocado para o Exército, interrompendo os estudos, retomando-o mais tarde. Deu aulas no Colégio Bandeirantes e foi trabalhar no Museu de Zoologia, da Universidade de São Paulo. Formou-se em 1947, casou no ano seguinte, e foi para os EUA, onde se doutorou em zoologia (Universidade de Harvard). Em São Paulo (1951) compôs o samba Ronda e publicou um livro de versos, Lira. Trabalhou na TV Record (São Paulo, em 1953), produzindo os programas de Araci de Almeida. Em 1959, ofereceu seu samba Volta por cima à cantora Inezita Barroso, que não quis gravá-lo, então o mostrou ao cantor Noite Ilustrada, que o lançou em 1963, com grande sucesso. Nesse ano tornou-se diretor do Museu de Zoologia. Acumulou composições inéditas, conhecidas apenas por restrito grupo de boêmios, principalmente os frequentadores da boate Jogral, onde costumava cantar. Em 11.1967 foi produzido um LP – 11 sambas e uma capoeira – com músicas autorais interpretadas por vários cantores; no ano seguinte, com Toquinho, seu único parceiro, inscreveu a música Na boca da noite no II FIC, da TV Globo, vencendo a parte paulista do concurso. Com Toquinho compôs, ainda, Boba e Noite longa, ambas em 1969. Gravou em 1974 o 2º LP – A música de Paulo Vanzolini – com músicas interpretadas por Carmen Costa e Paulo Marques, entre elas Mulher que não dá samba, Falta de mim, Teima quem quer. Homenageado na USP (1997) apresentou nova música: Quando eu for, eu vou sem pena.

Foi um dos idealizadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e ativo colaborador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo que aumentou a coleção de répteis de 1,2 mil para 230 mil exemplares, graças ao seu dedicado trabalho.  FONTES: www.releituras.com; pt.wikipedia.org; Enciclopédia da Música Brasileira.

TROVAS PELO BRASIL AFORA

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Trova: Composição poética de 04 versos setessilábicos; rima o 1º com o 3º e o 2º com o 4º. Fonte: Pequena Cartilha da Trova (Arlindo Tadeu Hagen) - União Brasileira de Trovadores - Curitiba/PR.

Meu pai, sisudo e calado,não me deu muito conselho.

Porém, seu exemplo, honrado,segue sendo o meu espelho.

Luiz Hélio Friedrich - Curitiba/PR

Vejo sentadas no chão,trajadas de desamor,crianças comendo pãoamanteigado de dor!

Ademar Macedo - Santana do Matos/RN (Em memória)

Eu luto desde meninocom bravura desdobrada,

neste jogo em que o destino

joga de carta marcada.Durval Mendonça / RJ

Cantarão céu, terra e mar em harmonia festiva,

quando o mundo se tornar a Grande Cooperativa.

Élbea Priscila / SP

Nem o sofista profundo esta verdade falseia:

quem se julga rei do mundo é um pequeno grão de

areia! Luiz Carlos Abritta / MG

Qual pavilhões desfraldadosque ao mundo pedem clemência,

a vida manda recadosem prol da própria existência!

Antônio Juraci Siqueira - Belém / PA

Uma beleza incontestecomo pintura a pincel,num azul vivo, celeste,galgam as aves o céu.

Ari Santos de Campos - Itajaí / SC

Araras azuis  voando,num bailado tão bonito,são bailarinas dançandopelos céus do infinito!

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Delcy Canalles – Porto Alegre / RSParabéns aos sempre criativos e talentosos Trovadores brasileiros!

MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA Queridos Titulares: Tenham sempre bons dias com saúde e paz!

A nossa “Família” está feliz pela aquisição de novos componentes que, certamente, abrilhantarão o já extenso rol de luminares fiéis ao lema “A Literatura na Odontologia” Serão muito bem-vindos, esperando contar com todos nas nossas atividades, presenciais ou não. 1ª Antologia da SBDE: Pretendemos lançar no final deste ano uma Antologia com obras dos Titulares. Posteriormente, daremos mais detalhes, mas, desde já, pedimos que selecionem seus trabalhos para a respectiva participação. Até o COPEO! Fiquem bem! Fraternal abraço SBDEano! Até o COPEO! Fiquem bem!

Rubens Barros de Azevedo – Presidente

CONCEITO DO HUMANISMO PRATICADO NA SBDEOs verdadeiros valores são aqueles que o dinheiro não compra: A honestidade, a

retidão de caráter, a humildade, a decência, a perseverança, a dedicação, e outros mais, sem deixar de considerar as amizades sinceras. Autoria: Titular FERNANDO

LUIZ TAVARES VIEIRA - Recife/PE EXPEDIENTE: Jornal da SBDE

A Literatura na Odontologia, desde 20.09.2000 - CNPJ nº 18.927.841/0001-04Sede: Rua Presbítero Porfírio Gomes da Silva, n° 1757 - Bloco B/101 - Capim Macio - Natal/RN 59.082-420 -

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