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ANATOMIA SISTÊMICA - SDE0002 Semana Aula: 14 Unidade 12. Sistema Nervoso Tema Unidade 12. Sistema Nervoso Palavras-chave Objetivos Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de: Compreender a origem e o desenvolvimento do sistema nervoso; Compreender a divisão anatômica do sistema nervoso e identificar seus componentes; Identificar as principais características anatômicas dos componentes do sistema nervoso; Reconhecer a substância branca e cinzenta nos órgãos do sistema nervoso. Estrutura de Conteúdo Unidade 12 12. Sistema Nervoso 12.1. Noções básicas sobre o desenvolvimento do sistema nervoso O sistema nervoso tem sua origem a partir do folheto embrionário que está em contato com o meio externo, o ectoderma. O ectoderma sofre um espessamento formando a placa neural. A placa neural cresce progressivamente, se torna mais espessa e adquire um sulco longitudinal chamado de sulco neural, que se aprofunda e forma a goteira neural. Os lábios da goteira se fundem e formam o tubo neural. No ponto em que o ectoderma não diferenciado se fecha sobre o tubo neural, se desenvolvem células que formam, de cada lado o tubo neural, uma lâmina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dará origem aos elementos da parte central do sistema nervoso e a crista neural dará origem aos elementos da parte periférica do sistema nervoso. 12.2. Divisão anatômica do sistema nervoso É a divisão mais conhecida, segunda a qual o sistema nervoso apresenta-se em duas partes: a parte central e a parte periférica. A parte central do sistema nervoso é composta pelo encéfalo que compreende o cérebro (telencéfalo e diencéfalo), o cerebelo e o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e pela medula espinal. A parte periférica do sistema nervoso é composta por nervos (cranianos e espinais), gânglios e terminações nervosas.

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ANATOMIA SISTÊMICA - SDE0002Semana Aula: 14Unidade 12. Sistema Nervoso

TemaUnidade 12. Sistema Nervoso

Palavras-chave

ObjetivosAo final desta aula, o aluno deverá ser capaz de: Compreender a origem e o desenvolvimento do sistema nervoso; Compreender a divisão anatômica do sistema nervoso e identificar seus componentes; Identificar as principais características anatômicas dos componentes do sistema nervoso; Reconhecer a substância branca e cinzenta nos órgãos do sistema nervoso.

Estrutura de ConteúdoUnidade 12 12. Sistema Nervoso

12.1. Noções básicas sobre o desenvolvimento do sistema nervoso O sistema nervoso tem sua origem a partir do folheto embrionário que está em contato com o meio externo, o ectoderma. O ectoderma sofre um espessamento formando a placa neural. A placa neural cresce progressivamente, se torna mais espessa e adquire um sulco longitudinal chamado de sulco neural, que se aprofunda e forma a goteira neural. Os lábios da goteira se fundem e formam o tubo neural. No ponto em que o ectoderma não diferenciado se fecha sobre o tubo neural, se desenvolvem células que formam, de cada lado o tubo neural, uma lâmina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dará origem aos elementos da parte central do sistema nervoso e a crista neural dará origem aos elementos da parte periférica do sistema nervoso. 12.2. Divisão anatômica do sistema nervoso É a divisão mais conhecida, segunda a qual o sistema nervoso apresenta-se em duas partes: a parte central e a parte periférica. A parte central do sistema nervoso é composta pelo encéfalo que compreende o cérebro (telencéfalo e diencéfalo), o cerebelo e o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e pela medula espinal. A parte periférica do sistema nervoso é composta por nervos (cranianos e espinais), gânglios e terminações nervosas.

12.3. Divisão funcional do sistema nervoso Funcionalmente, o sistema nervoso é dividido em somático e visceral. O sistema nervoso somático relaciona o organismo com o meio ambiente e apresenta um componente aferente e outro eferente. O sistema nervoso visceral está relacionado à inervação e ao controle das estruturas viscerais, apresentando também um componente aferente e outro eferente. A parte eferente do sistema nervoso visceral é chamada de parte autônoma do sistema nervoso e é subdividida em parte simpática e parassimpática. 12.4. Tecido nervoso Basicamente, o tecido nervoso é formado por dois tipos de células: os neurônios e as células da neuroglia. O neurônio é a unidade morfofuncional do sistema nervoso, são células especializadas em responder a estímulos físicos e químicos, conduzir impulsos e liberar mediadores químicos específicos. A maioria dos neurônios possui três regiões específicas: corpo celular, dendritos e axônio. Os neurônios podem ser classificados segundo a sua função em: neurônios motores (controlam órgãos efetores como glândulas exócrinas, glândulas endócrinas e fibras musculares), neurônios sensitivos (recebem estímulos sensitivos do meio ambiente e do próprio organismo) e os neurônios de associação e interneurônios (estabelecem conexões com outros neurônios, formando circuitos complexos). As células da neuroglia ocupam o espaço entre os neurônios e apresentam funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa. · Sinapse: é a responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos. As sinapses são locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras células efetoras. A função da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em um sinal químico que atua sobre a célula pós-sináptica. Existem sinapses químicas e sinapses elétricas. · Fibra nervosa: as fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. Elas podem ser mielínicas ou amielínicas. Os grupos de fibras nervosas formam os tratos e fascículos, na parte central do sistema nervoso, e os nervos na parte periférica do sistema nervoso. · Nervo: na parte periférica do sistema nervoso, as fibras nervosas se agrupam em feixes dando origem aos nervos. Em função do seu conteúdo em mielina e colágeno, os nervos são esbranquiçados, exceto os raros nervos muito finos formados somente por fibras amielínicas. Os nervos estabelecem comunicações entre os centros nervosos superiores e os órgãos da sensibilidade e os efetores (músculos e glândulas). Possuem fibras aferentes e eferentes. As fibras aferentes levam para os centros superiores as informações obtidas no interior do corpo e

no meio ambiente. As fibras eferentes levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores comandados por esses centros. Os nervos que possuem apenas fibras aferentes são chamados de sensitivos e os que são formados apenas por fibras eferentes são chamados de motores. A maioria dos nervos possui fibras dos dois tipos, sendo, portanto, chamados de nervos mistos.

12.5. Parte central do sistema nervoso A parte central do sistema nervoso está protegida pelos ossos do esqueleto axial e inclui o encéfalo e a medula espinal. 12.5.1. Medula espinal Está localizada dentro do canal vertebral da coluna vertebral, porém, sem ocupá-lo totalmente. No homem apresenta aproximadamente 45 cm, e é um pouco menor na mulher. À medida que se aproxima do seu término, a medula espinal vai se afilando e formando o cone medular que se continua com um filamento meníngeo chamado de filamento terminal. O limite inferior da medula situa-se no nível da segunda vértebra lombar. A medula espinal apresenta duas dilatações: a intumescência cervical e a intumescência lombossacral. Essas dilatações correspondem ao local de origem das grossas raízes nervosas que vão formar os plexos braquial e lombossacral, responsáveis pela inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. Em cortes transversais da medula espinal é possível observar, na parte central, uma formação de substância cinzenta em forma de “H” ou de borboleta rodeada por substância branca, externamente. A substância cinzenta é formada por uma grande concentração de corpos neuronais. A substância branca da medula espinal é formada por fibras, a maior parte delas mielínicas. Estas fibras sobem e descem na medula espinal podendo ser agrupadas em três funículos: anterior, lateral e posterior. A medula espinal é dividida em 31 segmentos medulares. De cada um desses segmentos, sai um par de nervos espinais, totalizando 31 pares de nervos espinais. Como foi dito, a medula termina no nível de LII, abaixo desse nível, o canal medular é preenchido por meninges e nervos que formam a cauda equina. 12.5.2. Encéfalo O encéfalo é formado pelo cérebro (telencéfalo e diencéfalo), pelo cerebelo e pelo tronco encefálico. · Telencéfalo: compreende os dois hemisférios cerebrais direito e esquerdo que são divididos parcialmente pela fissura longitudinal do cérebro e unidos pelo corpo caloso. Cada hemisfério cerebral possui uma cavidade chamada de ventrículo lateral, que se comunicam com o terceiro ventrículo pelos forames interventriculares. A superfície cerebral apresenta depressões denominadas

sulcos do cérebro, que delimitam os giros do cérebro. Muitos sulcos do cérebro são inconstantes e não possuem nomes, outros, porém, recebem denominações especiais e ajudam a delimitar os lobos do cérebro, estes são chamados sulcos interlobares. Entre os sulcos interlobares, os principais são o sulco lateral e o sulco central. Os lobos do cérebro são: o lobo frontal, o lobo parietal, o lobo occipital, o lobo temporal e o lobo insular. No telencéfalo, a substância cinzenta está localizada externamente formando o córtex cerebral e a substância branca localiza-se internamente, formando o corpo medular do cérebro. A principal área motora do córtex cerebral está situada no giro pré-central, enquanto que a principal área sensitiva somática do córtex cerebral está situada no giro pós-central. · Diencéfalo: o diencéfalo é encoberto pelo telencéfalo durante o desenvolvimento e possui as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. O terceiro ventrículo é a cavidade do diencéfalo. Mantém comunicação com o quarto ventrículo através do aqueduto do mesencéfalo e com os ventrículos laterais através dos forames interventriculares. · Cerebelo: o cerebelo possui uma porção mediana, ímpar, chamada de verme do cerebelo que está ligada a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas denominadas folhas do cerebelo. O cerebelo é constituído por um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, recebem o nome de árvore da vida. · Tronco encefálico: o tronco encefálico está localizado entre a medula espinal e o diencéfalo, situando-se anteriormente ao cerebelo. O tronco encefálico se divide em bulbo, inferiormente; mesencéfalo, superiormente; e ponte, situada entre ambos

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática1. VAN DE GRAAFF. Anatomia Humana. 6.ed. Barueri, SP: Manole, 2003 (Capítulos 11,12 e 13).

2. DÂNGELO; FATTINI. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2007 (Capítulo 5).

3. MOORE; AGUR. Fundamentos de Anatomia Clínica. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002 (Capítulo 1, pp. 26-38; Capítulo 5, pp. 244-249; Capítulo 8, pp. 419-430).

4. CTA-SBA. Terminologia Anatômica Internacional. São Paulo: Manole, 2001 (pp. 126-173). Documentário:

1. Discovery home & health: Atlas do Corpo Humano. Disco 2 (Pele, Ouça Isso, O Cérebro). True Tech digital video.

Considerações Adicionais