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se a história fosse minha _ Projeto

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Apresentação do projeto da peça teatral "se a história fosse minha", de Moisés Salazar.

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se a história fosse minha

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“Se a história fosse minha” é uma reflexão sobre encontros e desencontros e foi es-crito a partir de discussões entre os artistas envolvidos. Essas discussões suscitaram

algumas questões: Como se dá as relações interpessoais na atualidade?

De que forma somos atravessados pela velocidade de uma vida mais que nunca tecnológica?

O mundo ficou mais rápido do que podemos dar conta? Essa rapidez torna tudo descartável? Nossas relações também?

Elas acompanham esse ritmo? Elas têm um ritmo próprio? Qual seria?Quando duram mais do que essa velocidade permite perdem a graça, o charme, o te-

são? Queremos que essas relações durem? Queremos nos aprofundar e afundar nelas/com elas? Talvez não. Isso é um problema?

Perdemos a capacidade de nos envolver ou o envolvimento é outro, na batida da tsunami das constantes e incessantes informações/transformações?

Que outra – seria nova? – identidade toma conta do nosso corpo, rosto, juízo?Com o pensamento nessas questões, o texto conta a(s) história(s) de três pessoas. His-

tórias que ora parecem inventadas, ora fragmentos de outras histórias, ora lembranças. Em todas elas, os atores são atropelados pela urgência dessas histórias. Atores – perso-

nagens – imersos em inevitáveis encontros: velozes e inesgotáveis, levando o espectador a investigar seus próprios encontros. Duvidar deles. Confrontarem-se com eles:

Como me encontro nesse exato instante?

ap

res

en

tação

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E o outro, a pessoa ao lado, a pessoa que encontro: como está? Será que separamos algum tempo para olhar o outro, nesse corre-corre, nesses “dia a dia”? Será possível que uma pessoa que passe por mim, todo dia, venha a ser muito impor-

tante na minha vida daqui a um tempo? Será possível que daqui a um tempo, quando ela for muito importante na minha vida, eu a reconheça? Não a reconheça? E não a reconhe-ça simplesmente porque não a percebi enquanto passava por mim a um tempo atrás?

Que outra pessoa passa por mim agora?Eu olho para ela? Eu a vejo? Eu sei dela? Ela sabe de mim?Importo-me com ela no momento em que nossos olhares se cruzam e sei dela. De uma forma ou de outra, sei dela. Sei de nós dois.Este espetáculo é destinado a jovens e adultos de todas as classes sociais. O processo

de criação dos artistas envolvidos poderá ser acompanhado por estudantes de artes cê-nicas, e quem mais desejar, através de publicações virtuais divulgadas nas redes sociais e veículos afins.

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O projeto visa exercitar a prática teatral e confronta-la com a vida. Levantar a questão de que em parte a vida é real, em parte ela é sonho, imaginação. Quais diferenças persistem em algo que acontece na vida real e algo que acontece no palco? Será que estes acontecimentos

são realmente diferentes? São muitas as histórias que as pessoas têm para contar. São muitas as histórias para se viver. Todas elas formam e transformam a realidade. Toda história – acon-

tecida ou inventada – surge no âmbito do real, e, portanto, são formadoras da realidade, não importando seu status. Estamos fadados à realidade. Uma realidade sem trégua, sem escapes,

sem saída. Tornando-se, assim, fundamental revelar a realidade através das suas histórias. Partilhar suas histórias e se deixar atravessar pela realidade que elas inventam.

Sempre teremos tempo de ouvir uma história, de vive-la – é inevitável, já que elas são formadoras da realidade. Apenas uma. E descobrir nesta única, outras histórias. Várias. E

nessas várias, cada uma delas. Todas acontecidas ao mesmo tempo, agora. Todas nesse mo-mento. E, assim, nos encontramos: a sua história se parece muito com a minha. Se reparar-

mos atentamente, não somos tão diferentes assim: o medo, o frio, fome, sono, essa urgência. Eu te conto algumas histórias Ouço as suas também. E elas nos envolverão com seu manto de

uma realidade impecável – é isso que faz a vida inventar a cena. Ou a cena inventar a vida. À realidade as duas convergem e constroem nossa melhor invenção.

jus

tifica

tiva

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Montar um espetáculo que dialogue com seu público através de uma reflexão sobre esses tempos permeados por tanta informação e tecnologias – revelando o que há de encontro na urgência dos dias atuais.

Avançar na pesquisa de alguns conceitos dramáticos para a cena contemporânea.Investigar histórias que temos para contar, que histórias já vivemos e quantas outras

ainda podem ser vividas e de como nossas identidades – sob qualquer aspecto – são forma-tadas por essas his-tórias.

Fazer com que as pessoas possam descansar um pouco da luta diária para sobreviver.

O espetáculo pode – e deve – ser assistido por quaisquer pessoas maiores de doze anos. A con-dição fundamental para que o diálogo se dê com o público é que este seja partícipe da atual revo-lução tecnológica, independente da idade.

ob

jeti

vo

púb

lico

alv

o

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Se você pudeSSe eScolher, como Seria a Sua hiStória? tipo romance, tipo comédia, ação, drama?Uma mulher e dois homens acabam se encontrando em diferentes lugares, diferentes

momentos de suas vidas. Sempre que dá tempo, elas eles compartilham suas histórias. His-tórias suas, histórias que poderiam ser suas ou, que gostariam que fossem suas. Um, se apai-

xona perdidamente, mas ela pode não ser a mulher dos seus sonhos. A outra mudou tanto que nem se reconhece quando se olha no espelho. O outro, compra um cachorro pra lhe fazer companhia, mas é ele que acaba fazendo companhia pro cachorro. Tudo passa tão rápido que

a gente nem sabe como veio parar aqui, nesta sala, com estas pessoas. Nem adianta se preo-cupar, porque tudo muda, o tempo todo

sin

op

se

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se a história fosse minha

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