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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · no século XX surgiram para atenuar as diferenças sociais criadas pelo livre funcionamento dos mercados e causada

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

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CURSO

ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS

SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Módulo I:Concepção Proteção Social

Facilitadora: Rita da Silva Barros Neta

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“Quando venho aqui,não pensem quevenho só. Tragocomigo....”

Campo de AtuaçãoGESTÃO SERVIÇOS PROGRAMAS PROJETOS BENEFÍCIOS VIGILÂNCIA

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Proteção Social

“A Proteção Social pode ser definida como umconjunto de iniciativas públicas ou estatalmentereguladas para a provisão de serviços e benefíciossociais visando a enfrentar situações de risco socialou de privações sociais.”(JACCOUD,2009:58)

É importante pontuar que a Proteção Social não selimita a uma política social .

PROTEÇÃO SOCIAL TEM RELAÇÃO DIRETA COM OACESSO AOS DIREITOS DE CIDADANIA NAFORMAÇÃO INTEGRAL DO SER, O QUE REVELA ANECESSIDADE DE AÇÕES INTERSETORIAIS E EMREDE.

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Introdução Histórica e Conceitualsobre a Proteção Social

Advento do Estado

Capitalista nos primórdios da

industrialização

QUESTÃOSOCIAL

Transformação radical nos mecanismos de

proteção social realizada pelas famílias, ordens

religiosas e comunidades.

Questão Social – conjunto das expressões que definem as desigualdades sociais.

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Introdução Histórica e Conceitualsobre a Proteção Social

Revolução Industrial

(Inglaterra, França e

outros países europeus)

Aumento massivo da pobreza da

classe trabalhadora

(condições de vida degradantes)

Posterior organização da classe

trabalhadora em sindicatos partidos –

movimentos operário/

reivindicações

Melhores condições de trabalho e início

das primeiras instituições de proteção social

“As abordagens estatais da questão social se estruturam a partir dos

conflitos e contradições que permeiam o processo de acumulação

capitalista”

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Importante!!!

Para pensar o Brasil, atualmente, não podemos nos esquecer dasmarcas da longa história

Colonização (exploração para acumulo de capital de uma naçãopor outra nação, de um povo sobre o outro povo,de uma classe poroutra classe)Lutas pela independência (resistência a o modelo de exploraçãocapitalista nascente)Escravidão (submissão de um povo por outro, de uma raça poroutra)Clientelismo (os benefícios são ofertados como favor e exige-se alealdade daqueles que recebem)Autoritarismo: imposição da vontade da classe dominante atravésda forçaFavor.

Esses traços que marcaram a formação social do Brasil,contraditoriamente, permeiam a história da proteção social no país.

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LINHA DO TEMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL1ºmomento (1500-1930)

1º momento (1500-1930)

Assistência aos pobres que surgem comoprocesso de industrialização (advento do estadocapitalista): assistencialista, caritativa;

Assistência esmolada e disciplinada: Estadomantinha relação com grupos privados ereligiosos na assistência aos pobres através deisenção fiscais clientelistas;

Hospitais e asilos: institucionalização

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LINHA DO TEMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL2º momento (1930-1988)

2º momento (1930-1988):Quando as lutas sociais conduzidas pela classede trabalhadores pobres começa a pressionar oEstado a questão social passa a ocupar a agendapública = força a ampliação da atuação do Estadona área social – CLT, institutos de previdência(proteção contributiva).

Instituições estatais que atuam tanto naproteção dos trabalhadores formais quanto aostrabalhadores informalizados ou desempregados= Exemplo: LBA... Reproduz na esfera pública omodelo assistencialista, clientelista privado =reforça laço de dependência dos mais vulneráveis= primeiro damismo, voluntariado feminino e acaridade e benemerência.

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1946: Nova Constituição com destaquepara descentralização e fortalecimento dospapéis dos estados e municípios = mas... Aproteção social aos mais pobres erarealizada por entidades (transferência detributos federais) que, de forma autônoma,definindo os rumos dessa proteção = nadana perspectiva do direito;

A maior intervenção do estado estáatrelada a um pacto entre os interesses docapital e dos trabalhadores;

LINHA DO TEMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL2º momento (1930-1988)

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“os modernos sistemas de proteção socialno século XX surgiram para atenuar asdiferenças sociais criadas pelo livrefuncionamento dos mercados e causadaprodução de desigualdades. (…) A formacriada para proteger os cidadãos dessesmovimentos de produção dedesigualdades e de insegurança social foia assunção pelo Estado do financiamentoe provisão de um grande número de bense serviços...” (VIANA,2008,p.647)

LINHA DO TEMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL2º momento (1930-1988)

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LINHA DO TEMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL3º Momento (1988–2003)

3º Momento (1988–2003): Constituição 1988 –Assistência Social é reconhecida como PolíticaPública integrante da Seguridade Social (Saúde,Previdência e Assistência: ESTADO DE BEM ESTARSOCIAL)

O Brasil tem 517 anos de história, somente 29anos de reconhecimento da Assistência Socialcomo política de proteção social!

Aqui começam a se instalar rupturasimportantes, onde a participação socialcolaborou para a ampliação dos direitos!!!!

Ex: Criação do Benefício de Prestação Continuada

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517 anos ...

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O texto constitucional (CF: art. 203 e 204)era regulamentado em 1993 através da LeiOrgânica da Assistência Social (LOAS)colocando a Política de Assistência Socialcomo:

-Primazia da responsabilidade do Estado -Instituindo comando único compactos decompromissos;-Estrutura descentralizada e democrática;-Cofinanciamento pelos três níveis degoverno;-Conselho, Plano e Fundo como elementosfundamentais de gestão.

LINHA DO TEMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL3º Momento (1988–2003)

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4º momento (2003 –Atual)Com base nas deliberações da IV ConferênciaNacional de Assistência Social (2003) = PolíticaNacional de Assistência Social – PNAS (2004) =institui o Sistema único da Assistência Social -SUAS.

NOB SUAS (2005): Traça um novo modelosocioassistencial Princípios/elementosnorteadores: territorialização, a matricialidadesociofamiliar e a intersetorialidade.

•Serviços socioassistenciais organizados porníveis de proteção: básica e especial, sendo aespecial dividida em média e altacomplexidade.

LINHA DO TEMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL4º Momento (2003-Atual)

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Avanços técnicos e normativos, assegurando a institucional idade da política de assistência social:

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Mudança de Foco

Indivíduo FamíliaFragmentado ComplementarIsolacionismo Integração/ArticulaçãoIndependência RegulaçãoEnfoque nacional TerritorialidadeCentralidade Responsabilidade

dos três entes federadosNecessitado NecessidadesImprovisação QualificaçãoAusência de dados SistemaUnidade Centralizada CRAS/CREASRecursos caixa único Fundo a fundoMetas Blocos de financiamento

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PRECISAMOS DOMINAR TÉCNICA E POLITICAMENTE O QUE É PROTEÇÃO

SOCIAL, POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SERVIÇOS, BENEFÍCIOS, PROGRAMAS E

PROJETOS), COMO SE OPERA A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA INTERVIR NA

CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA QUE GARANTA DIREITOS COMBATENDO O SEU

ATUAL RETROCESSO.

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O SUAS E AS SEGURANÇAS AFIANÇADAS PELA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Reconhecimento da responsabilidade

pública e suas respectivas atribuições;

Padronização das proteções com

definição das ofertas e seus objetivos; Instituição de

garantia de acesso a serviços e benefícios em todo o território

nacional.

Equipamentos públicos, recursos humanos, financiamento estável e

regular, rede integrada de serviços e sistemas de informação e

monitoramento.

Ou seja, para organizar a assistência social na forma de um sistema único é necessário que a

implementação ocorra observando normativas nacionais pactuadas nas instâncias de participação e controle

social.

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O SUAS E AS SEGURANÇAS AFIANÇADAS PELA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO Espaços de conexão de sujeitos, movimentos sociais e populares,independentemente de formalização: Fóruns de Assistência Social,Fóruns de Usuários, Fóruns de Trabalhadores, coletivo de usuáriosjunto aos serviços, programas e projetos socioassistenciais, comissãode bairro, entre outros, conforme previsto no art. 126 da NOB-SUAS/2012.

INSTÂNCIAS DE DELIBERAÇÃO:Conselhos de Assistência Social (Nacional, Estaduais, do Distrito Federale Municipais); Conferências de Assistência Social são instâncias deavaliação da política de assistência social e definição de diretrizes parao aprimoramento do SUAS, no âmbito da União, dos estados, doDistrito Federal e dos municípios, de acordo com o art. 116, da NOB-SUAS/2012.

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INSTÂNCIAS DE NEGOCIAÇÃO E PACTUAÇÃOAspectos operacionais do SUAS, conforme o art.128, da NOB-SUAS/2012:

• Comissão Intergestores Tripartite (CIT) –composta pelos gestores federal, estaduais, doDistrito Federal e municipais; e• Comissões Intergestores Bipartite (CIBs) –composta entre os gestores estadual emunicipais.

O SUAS E AS SEGURANÇAS AFIANÇADAS PELA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

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NOB-SUAS E AS SEGURANÇAS SOCIOASSISTENCIAIS

PROTEÇÃO SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

A política pública de assistência social asseguradeterminados direitos de proteção social inscritos noâmbito da seguridade social brasileira, cujadeclinação se sustenta e se orienta pelas segurançassociais as quais é responsável. (Sposati e Regules,2013, p.13)A PNAS (2004) identifica as seguranças sob aresponsabilidade da assistência social, e em tornodas quais se consolida o campo protetivo destapolítica. A partir de 2004, a assistência social passoua ter nova materialidade com construção nacional efederativa do SUAS, posteriormente convertido emLei nº 12.435/2011 alterando a LOAS.

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Apesar de não se constituir em objeto dedefinição consensual, pode-se afirmar que aproteção social sob responsabilidade do Estadoé reconhecida não apenas por implementarbenefícios monetários e serviços públicos, maspor os associar a um sistema de obrigaçõesjurídicas que deram origem a novos direitos naesfera pública: os direitos sociais.

A proteção social proporcionada pela políticade assistência social deve garantir aosusuários acesso às seguranças sociais.

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“O termo “segurança”, embora utilizado emreferência a diversas áreas da vida humana e emdiversos aspectos, como no trabalho, na rua, naescola, no lazer, na tecnologia, no meio ambiente,nos ciclos de vida, nos negócios e na vida privada,neste trabalho refere-se à área social vinculado àgarantia de satisfação das necessidades sociais e daconvivência familiar e comunitária, além dodesenvolvimento das potencialidades, da autonomiapara exercitar escolhas, da independência pessoal edo protagonismo social. Remete à idéia de proteçãoperante as vulnerabilidades e riscos sociaisvivenciados por indivíduos, famílias e comunidade,não só quando já estão instalados, mas enfrentandotambém o desafio “de evitar a desproteção, avulnerabilidade e prevenir a violação de direitos noscampos da sobrevivência, autonomia, acolhida econvívio (JACCOUD,2007,p.34)”.

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DESTA FORMA O SUAS SE

ESTRUTURA PARA

AFIANÇAR SEGURANÇAS

QUE SÃO PRÓPRIAS DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL

Acolhida

Convívio

AuxilioAutonomia

Renda

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Segurança de Acolhida

Provida por meio da oferta pública de espaços eserviços para a realização da proteção social básica eespecial, devendo as instalações físicas e açãoprofissional conter:-Condições de recepção;-Escuta profissional qualificada;-Repasse de informações e orientações;-Estabelecimento de referência e contra referência;-Concessão de benefícios;-Aquisições materiais, econômicas, políticas, culturais esociais;-Abordagem em territórios de maior vulnerabilidade ede incidência de situações de risco;-Oferta de uma rede de serviços e de locais depermanência de indivíduos e famílias sob curta, médiae longa permanência.

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Segurança de Renda

Operada por meio da concessão deauxílios e da concessão de benefícioscontinuados, nos termos da lei, paracidadãos não incluídos no sistemacontributivo de proteção social, queapresentem vulnerabilidades decorrentesdo ciclo de vida e/ou incapacidade para avida independente e para o trabalho.

Exemplos: BPC e PBF.

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA ????

Acaba com concessão salário mínimo (BPC)ao idoso e pessoa com deficiência:

“Em relação ao benefício de que trata o incisoV, a lei dispor á ainda sobre:- O valor e os requisitos de concessão emanutenção;- A definição do grupo familiar;- O grau de deficiência para fins de definiçãodo acesso ao benefício e do seu valor.”

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Segurança de Convívio ou Vivência Familiar, Comunitária e Social:

Exige a oferta pública e continuada deserviços que garantam oportunidades eação profissional para:

A construção, a restauração e ofortalecimento de laços de pertencimento,de natureza geracional, intergeracional,familiar, de vizinhança e interesses comunse societários;

O exercício capacitador e qualificador devínculos sociais e de projetos pessoais esociais de vida em sociedade.

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Segurança de Desenvolvimento da Autonomia: exige ações profissionais e sociais para:

a. O desenvolvimento de capacidades ehabilidades para o exercício do protagonismo,da cidadania;b. A conquista de melhores graus deliberdade, respeito à dignidade humana,protagonismo e certeza de proteção socialpara o cidadão, a família e a sociedade;c. Conquista de maior grau de independênciapessoal e qualidade nos laços sociais, para oscidadãos sob contingência se vicissitudes.

Exemplo: acesso a saúde, educação,documentação civil, habitação, geração detrabalho, emprego e renda.

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Apoio e Auxílio:

Quando sob riscos circunstanciais, exige a oferta deauxílios em bens materiais e em pecúnia, em carátertransitório para atender necessidade advindas desituações de vulnerabilidade e risco temporários,denominados de benefícios eventuais para as famílias,seus membros e indivíduos.Exemplo: Auxílio funeral.

Os Benefícios Eventuais são assegurados pelo artigo 22da LOAS, e integram organicamente as garantias doSUAS. A Resolução nº 212, de 19 de outubro de 2006, doCNAS, e o Decreto nº 6.307, de 14 de dezembro de 2007,estabeleceram critérios orientadores para aregulamentação e provisão de Benefícios Eventuais noâmbito da Política Pública de Assistência Social pelosMunicípios, Estados e Distrito Federal.

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OBSERVAR A GESTÃO INTEGRADANA OFERTA E SERVIÇOS EBENEFÍCIOS = ISSO MATERIALIZA OACESSO ÀS SEGURANÇAS.

A Resolução nº 7, de 10 de setembrode 2009, da Comissão IntergestoresTripartite, que dispõe sobre aarticulação entre serviços, benefíciose transferência de renda no âmbitodo SUAS, é um instrumento degestão importante para afiançar asseguranças previstas na política deassistência social.

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Vamos refletir...

Hoje as políticas sociais passam a ser executadas comas seguintes características:A) Focalização em setores em detrimento dauniversalização;B) Resposta a demandas emergenciais mínimas e deforma assistencialista;C) Precarização em termos de verbas que se desdobraem incertezas sobre sua continuidade;D) A não cidadania, no sentido de não se estimular odebate e a luta por direitos, favorecendo, aocontrário, o silenciamento e a resignação dapopulação.

“Esse movimento significou um retrocesso em relaçãoàs políticas sociais constituídas como direitosuniversais pela CF/88, transformando as respostas aosproblemas sociais, como a pobreza e a desigualdade,em ações individuais, filantrópicas e imediatistas”.

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Atividade em Grupo

Avanços com a implementação do SUASe as Seguranças afiançadas.

1. Considerando a nossa prática, comoestamos propiciando-as/garantindo-as?

2. Quais as dificuldades vivenciadasno cotidiana para propiciá-las?

3. Quais estratégias?

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Níveis de ProteçãoPSB e PSE

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Na Assistência Social, a vulnerabilidade foi conceituada caracterizandosituações de fragilidade relacional ou social, destacando sua conexãocom as situações de “pobreza, privação (ausência de renda, precário ounulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização devínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminaçõesetárias, étnicas, de gênero ou por deficiência, entre outras)” (PNAS, 2004,p. 33).

Verifica-se que a vulnerabilidade social:• Não é sinônimo de pobreza. Esta é uma condição que agrava avulnerabilidade vivenciada pelas famílias;• Trata-se de um fenômeno complexo e multifacetado, que exigerespostas intersetoriais;• É uma condição instável que as famílias podem atravessar, nela recairou nela permanecer ao longo de sua história;• Se não compreendida e enfrentada, pode gerar ciclos intergeracionaisde reprodução(BRASIL, 2012a, p. 14-15).

Conceito de Vulnerabilidade Social

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Vulnerabilidade se inscreve no contexto de nãoacesso a condições adequadas de vida e a direitossociais, assim como às condições satisfatórias deintegração social, bem como de relações pessoais eafetivas.Vulnerabilidade não é uma condição do sujeito, masum reflexo de processos que promovem avulnerabilidadeKoga e Arregui: “analisar as vulnerabilidades sociaissupõe, também, problematizar a relação deproteção-desproteção = considerar as própriasrespostas de proteção social, o que tornam maisdramáticas as situações de vulnerabilidade socialcomo expressões territorializadas da questão social”(KOGA e ARREGUI, 2013, p.30)⇨Vulnerabilidade se apresenta no território, no localde vivência das pessoas, das relações de PODER.

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Desta forma a política de assistência socialavança na garantia da proteção socialafiançando seguranças para o enfrentamentodo conjunto de situações geradoras devulnerabilidades e riscos, próprios de seucampo de atuação.

RISCO PESSOAL E SOCIAL: Situações específicas-Moradia , saneamento e infraestrutura precárias;-Violência doméstica, abuso sexual, discriminação (gênero, religiosa, por deficiência);-Tráfico de drogas, crime organizado;-Enchentes, desabamentos.

VULNERABILIDADE SOCIAL: Não é uma condição da pessoa, mas as diversas

condições momentâneas ou permanentes vivenciadas pelas

famílias em um contexto de desproteção.

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VULNERABILIDADE / RISCO / VIOLAÇÃO DEDIREITOS DEMARCAM OS NÍVEIS DECOMPLEXIDADE NO ENFRENTAMENTO DASSITUAÇÕES

Exemplo: Brasil é o país que mais matahomossexuais no mundoVulnerabilidade: renda, cor, território (acessos),vínculos.Pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia(GGB)revela que o Brasil segue como campeãomundial em homicídios de homossexuais: decada cinco gays ou transgêneros assassinados nomundo, quatro são brasileiros.(VÍDEO:https://www.youtube.com/watch?v=KXYtmju2mkw

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Você sabia??

No dia 17 de março de 1991, a Organização dasNações Unidas (ONU) retirava a homossexualidade doCódigo Internacional de Doenças da OMS(Organização Mundial da Saúde). Desde então, a datafoi instituída historicamente como o Dia Internacionalde Combate à Homofobia, em diversos países,inclusive no Brasil. Mas mesmo com os avanços nocampo dos direitos sociais, a população LGBTI(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais eTransgêneros) ainda luta contra violência física e moralque pode partir do ambiente acadêmico, trabalhista eaté mesmo do familiarAções preventivas e proativas = básicaAções reparativas = especial (direito violado)

Reflita: e a cura Gay?????

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É PRECISO COMPREENDER AS DIMENSÕES MACROESTRUTURAIS DAVIOLÊNCIA SOCIAL QUE GERAM VULNERABILIDADE E RISCO.ISSO NOS LEVA A ENTENDER QUE AS SITUAÇÕES DEVULNERABILIDADE E RISCO NÃO DECORREM DE SITUAÇÃOINDIVIDUAIS, MAS DE CONTEXTOS (TERRITÓRIALIZADOS) EHISTÓRICOS E CONJUNTURAIS COMO:-DESIGUALDADE SOCIAL,-DESEMPREGO-MIGRAÇÃO PELA NECESSIDADE DE BUSCA PELA SOBREVIVÊNCIA ENOVAS ALTERNATIVAS DE TRABALHO,-DISCRIMINAÇÃO POR GÊNERO E/OU RAÇA,-AUMENTO DA SITUAÇÃO DE POBREZA E, CORRELATA A TUDO ISSO:-A EXCLUSÃO MATERIAL E SIMBÓLICA.

PORTANTO: O TRABALHO SOCIAL DEVE TER COMO DIMENSÃOORIENTADORA A PERSPECTIVA MACRO DAS VULNERABILIDADES ERISCOS SOCIAIS TANTO PARA COMPREENSÃO DAS SITUAÇÕES COMOPARA SUA RESOLUTIVIDADE.

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PROTEÇÃO SOCIAL

“A PROTEÇÃO SOCIAL PODE SER DEFINIDACOMO UM CONJUNTO DE INICIATIVASPÚBLICAS OU ESTATALMENTE REGULADASPARA A PROVISÃO DE SERVIÇOS E BENEFÍCIOSSOCIAIS VISANDO A ENFRENTAR SITUAÇÕES DERISCO SOCIAL OU DE PRIVAÇÕES SOCIAIS.”(JACCOUD,2009:58)É importante pontuar que a Proteção Socialnão se limita a uma política social.PROTEÇÃO SOCIAL TEM RELAÇÃO DIRETACOMO ACESSO AOS DIREITOS DE CIDADANIANA FORMAÇÃO INTEGRAL DO SER, O QUEREVELA A NECESSIDADE DE AÇÕESINTERSETORIAIS E EM REDE.

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POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIALO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL –SUAS

Sistema público não contributivo, descentralizado tem por função a gestão do conteúdo específico da assistência social

RESOLUÇÃO Nº 33, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência

Social NOB/SUAS.

Art. 1º A política de assistência social tem por funções:

Proteção social -Vigilância socioassistencial -Defesa de direitos

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Proteção SocialVídeo 1

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Proteção Social

Proteção SocialEspecial

Alta complexidade(Unidades de Acolhimento)

Media complexidade(CREAS, Centro POP e Centro dia)

Proteção SocialBásica

Vínculos Fragilizados

Vínculos Rompidos

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PROTEÇÃO SOCIAL NO SUAS

Proteção Social Básica: conjunto de serviços,programas, projetos, benefícios da assistênciasocial que visa prevenir situações devulnerabilidade e risco social por meio dodesenvolvimento de potencialidades e aquisições edo fortalecimento de vínculos familiares ecomunitários.

Proteção Social Especial: conjunto de serviços,programas e projetos que tem por objetivocontribuir para a reconstrução de vínculosfamiliares e comunitários, a defesa de direito, ofortalecimento das potencialidades e aquisições ea proteção das famílias e indivíduos para oenfrentamento das situações de violações dedireitos.

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Proteção Social Básica

SERVIÇOS

-Serviço de Proteção e Atendimento Integral à

Família (PAIF);

-Serviço de Convivência e

Fortalecimento de Vínculos;

-Serviço de Proteção Social Básica no

Domicílio para Pessoas com Deficiência e

Idosas.

PROGRAMAS

-Programa Nacional de Promoção do Acesso

ao mundo do Trabalho / Acessuas Trabalho

-BPC na Escola

-BPC Trabalho

-Programa Criança Feliz

BENEFÍCIOS

SOCIOASSISTENCIAIS

-Benefício de prestação Continuada (BPC)

-Benefícios Eventuais

-Programa Bolsa Família

-Programas estaduais e municipais de

transferências de renda

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Proteção Social Especial

MÉDIA COMPLEXIDADE

-Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos (PAEFI);

-Serviço Especializado em Abordagem Social;

-Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação

de Serviços à Comunidade (PSC);

-Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas

Famílias;

-Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

ALTA COMPLEXIDADE

-Serviço de Acolhimento Institucional;

-Serviço de Acolhimento em República;

-Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;

-Serviço de proteção em situações de calamidades

públicas e de emergências.

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O QUE É PROTEÇÃO ESPECIAL?

É a modalidade de atendimento socioassistencial voltadaà atenção das famílias e dos indivíduos cujos contextossão marcados por situações de riscos pessoais e sociaisrelacionados à violação de direitos, que podem acarretarem dano à vida, e à integridade humana e das relaçõessociais e comunitárias.

PÚBLICO ALVO: famílias e indivíduos que se encontramem situação de risco pessoal e social, por ocorrência deViolência física, psicológica e negligência, abandono,violência sexual, situação de rua, trabalho infantil, usode substâncias psicoativas, cumprimento de medidassocioeducativas em meio aberto, afastamento doconvívio familiar, discriminação em decorrência daorientação sexual e/ou raça/etnia, descumprimento decondicionalidades do PBF em decorrência de violaçãode direitos, dentre outras.

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É ESPECIAL, POIS REQUER: acompanhamentoindividual, maior flexibilidade nas soluçõesprotetivas, atuação em rede, encaminhamentosmonitorados, contribuindo para aconstrução/fortalecimento de vínculos familiares ecomunitários, o fortalecimento de potencialidadese aquisições e a proteção de famílias e indivíduospara o enfrentamento das situações de riscopessoal e social, por violação de direitos nareinserção almejada.

Os serviços de proteção especial têm estreitainterface com o sistema de garantia de direitoexigindo, muitas vezes, uma gestão mais complexae compartilhada como Poder Judiciário, MinistérioPúblico e outros órgãos e ações do Executivo.

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PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Proteção Social Especial de Média

ComplexidadeAtendimentos às famílias e indivíduos com seusdireitos violados, mas cujos vínculos familiares nãoforam rompidos. Requer em maior estruturaçãotécnico-operacional e atenção especializada eindividualizada comum acompanhamentosistemático e monitorado, tais como:•Serviço de orientação e apoio sociofamiliar;•Plantão social;•Abordagem Social;•Cuidado domiciliar;•Serviço de habilitação e reabilitação nacomunidade das pessoas com deficiência;•Medidas socioeducativas em meio-aberto (PSC eLA).

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PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Proteção Social Especial de Alta

Complexidade

Garantem proteção integral -moradia, alimentação,higienização e trabalho protegido para famílias eindivíduos que se encontram sem referência e, ou,em situação de ameaça, necessitando ser retiradosde seu núcleo familiar e, ou, comunitário, tais como:•Atendimento Integral Institucional;•Casa Lar;•República;•Casa de Passagem;•Albergue;•Família Substituta;•Família Acolhedora;•Medidas socioeducativas restritivas e privativas deliberdade (semi-liberdade, internação provisória esentenciada).

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QUEM DEMANDA PROTEÇÃO ESPECIALFamílias e indivíduos vítimas de violaçõesde direitos, entre elas:•Violência física;•Violência psicológica;•Negligência;•Maus tratos;•Violência Sexual;•Abandono;•Situação de rua;•Trabalho infantil;•Cumprimento de medidassocioeducativas em meio aberto;•Afastamento do convívio familiar;•Discriminação por orientação sexual,dentre outras.

O que é violação de direitos?“Considera-se, violação outransgressão aos direitos, o queviola a vida e a liberdade de vive-la em sua plenitude e ainda podegerar prejuízos causandosofrimento, uma vez que atinge odireito de ser e de ser diferente,de ter liberdade, de ter suaspróprias crenças, de não sofrerdiscriminação em virtude de raça,cor, condição etária, ou orientaçãosexual, entre outros.”(Dirienzo)

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Não percamos de Vista!!!!!

Ainda existe uma naturalização das desigualdades,das relações de poder hegemônicas e de dominaçãoe das violações que afetam determinados públicos.

A produção e reprodução das desigualdadesmateriais e simbólicas estão presentes,cotidianamente, nas instituições sociais e nosprocessos de socialização e educação.

É importante reconhecer a complexidade dosfatores geradores das violações, rompendo a lógicade culpabilização dos indivíduos e famílias. Tambémse deve observar e compreender a dinâmicafamiliar, as trajetórias de cada membro e ascapacidades e habilidades que possuem.

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Na organização das ações de PSE é preciso entender que o

contexto socioeconômico, político, histórico e cultural

pode incidir sobre as relações familiares, comunitárias e sociais, gerando conflitos,

tensões e rupturas, demandando, assim, trabalho

social especializado.

Contexto

Família

Indivíduo

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•MATRICIALIDADE SOCIO FAMILIAR: visa compreender, em um determinadocontexto, como se constroem esse expressam as relações familiares entre seusmembros. Considera-se a família como espaço privilegiado e insubstituível deproteção e socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros,mas que precisa também ser cuidada e protegida.PEGADINHA!!! Muitas vezes, atuamos de forma a responsabilizar,exclusivamente, a família pela proteção ou (des)proteção de seus membros. OEstado deve prover as condições necessárias para que a família possa exercersua capacidade protetiva.•A centralidade na família implica, ainda, reconhecer que esta pode seconfigurar como um espaço contraditório, onde o lugar da proteção pode sertambém o da violência e da violação de direitos.•A centralidade na família requer atenção dos profissionais para os novosarranjos familiares, para não incorrer na reprodução de estigmas e preconceitos.

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Proteção SocialVídeo 2

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O território no SUAS

O conceito de território não se limita à mera divisão política ou aoespaço strictu sensu. Território enquanto espaço vivido,incorporando as relações sociais, no qual se materializamdesigualdades, relações de poder, riscos, vulnerabilidades epotencialidades.

Além disso, os riscos, vulnerabilidades e potencialidades “de cadafamília” não podem ser adequadamente compreendidas sem acorrespondente leitura dos riscos, vulnerabilidades e potencialidadesdos territórios nos quais estas famílias estão inseridas.

Assim, as situações de risco pessoal e social, por violação de direitos,que incidem nas famílias e indivíduos sofrem influência e seexpressam diferentemente nos territórios, de acordo com asrealidades sociais, econômicas, políticas e culturais de umdeterminado contexto.“Fortalecer o território é fortalecer os grupos sociais ali presentes!”

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O que devemos buscar em nosso trabalho social??

Deve conjugar as dimensõestécnicas (conhecimento), éticas(valores e atitudes) e políticas(participação coletiva etransformação).Deve buscar a coletividade, aparticipação, a troca, aconscientização e a ação proativaem relação aos processos quelevam às desigualdades, àsviolações e aos fenômenos,promovendo uma análise crítica darealidade.Na PSE inclui intervenções nocampo: da subjetividade; dasrelações familiares e comunitárias;do acesso a direitos e inserçãosocial.

Ética

Diretos Socioassistenciais

Especialização e Qualificação

Mobilização e Participação

Trabalho em Rede/

Intersetorial

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Atividade em grupo

Ponto de partida:

•Quais as principais violações de direitosque tem demandado intervenção daAssistência Social?•Quais as principais causas das situaçõesde risco em relação ao segmento?•O que ameaça a integralidade dasproteções sociais e a intersetorialidade dasações?•Quais as alternativas para alterar ocenário de ameaças?

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GESTÃO NA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO

SUAS

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GESTÃO NA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO SUAS

Cabe a Gestão Municipal a articulaçãoinstitucional entre os diversos atoresque compõem a Rede, a fim de definirestratégias de trabalho, fluxos deatendimento e encaminhamentosevitando assim sobre posição efragmentação, construindo acomplementaridade e aintersetorialidade necessária.

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MAS QUANDO A GESTÃO REPERCUTI NAS UNIDADES DE REFERÊNCIAS E

NOS SERVIÇOS?

Quando se estabelece a coordenaçãoconsiderando o modelo de gestão previstopelo SUAS com a participação ativa dos atoresenvolvidos na construção de proteção socialno Território, como estímulo e a formaçãopara o exercício do protagonismo das famíliase a linha de acompanhamento e avaliaçãocoletiva sobre os resultados alcançados.

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A participação do coordenadorconsiderando a liderança democrática:•Coordenar o trabalho articulado;•Estimular a partilha de conhecimentos e aprodução de saberes;•Aprimorar a devolutiva das demandas nas açõesdirecionadas as necessidades dos usuários efamílias;•Fazer interlocução mediando a comunicação entrea Unidade e a área de gestão da PSE;•Realizar articulação intersetorial;•Garantir espaço para o desenvolvimento demetodologia que consolida a prática intersetorial(a exemplo do estudo de casos);•Estruturar o Plano de Capacitação da Unidadecontemplando espaço de estudo contínuo junto asequipes.

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No conjunto de produções da coordenação de Unidade,destaca-se PLANO DE TRABALHO DA UNIDADEcontendo:•Competências, atribuições e ações interdisciplinares daequipe;•Fluxos e encaminhamentos internos;•Metodologia para a avaliação e discussão conjunta desituações de desproteção e violação de direitos;•Estratégias de articulação e criação de fluxos eprocedimentos com outros serviços e políticas públicas ecom órgãos do SGD e SJ.

MAS, E A INTEGRALIDADE DAS PROTEÇÕES SOCIAISAFIANÇAVEIS?NESSA PERSPECTIVA, cabe a coordenação da unidade edo órgão gestor, em atividade coletiva com as equipes,definir no planejamento quais serão os fluxos entre osequipamentos e serviços da PSB com a PSE, através dosquais as Unidades e Serviços da PSE servirão dereferência a determinado CRAS/PAIF/SCFV e seusrespectivos territórios.

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Essa integralidade deve promover:•Proteção integral/capacidade protetiva;•Reconhecimento sobre a Rede de proteção queserá acionada;•Não revitimização dos indivíduos e famílias;•Coleta de informações repetitivas, sobrepostas;•Coletivizar demandas;•Potencializar a participação dos usuários;•Correspondências no processo de atendimento;•Socialização de informações;•Monitoramento conjunto dos resultados obtidos.

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OS SISTEMAS DENTRO DO SISTEMA ...

SISTEMA ÚNICO DE ASSISTENCIA SOCIAL. SISTEMA DE SAÚDE;SISTEMA DE GARANTIA DOS DIRETOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE;SISTEMA DE EDUCAÇÃO;

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O Sistema de garantia de Direitos –SGD

Os serviços de proteção especial têm estreita interface com osistema de garantia de direitos, exigindo muitas vezes umagestão mais complexa e compartilhada como Poder Judiciário,Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo.

(Resolução113 de abril/2006 -CONANDA)O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e doAdolescente constitui-se na articulação e integração dasinstâncias públicas governamentais e da sociedade civil naaplicação de instrumentos normativos e no funcionamentodos mecanismos de promoção, defesa e controle para aefetivação dos direitos da criança e do adolescente, nos níveisFederal, Estadual, Distrital e Municipal. Compreendem esteSistema, prioritariamente, os seguintes eixos:•Eixo da Defesa dos Direitos Humanos;•Eixo da Promoção dos Direitos;•Eixo do Controle e Efetivação dos Direitos.

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INTERSETORIALIDADE E AÇÕES EM REDE : DO QUE ESTAMOS FALANDO? QUAL A IMPORTÂNCIA E AS PRÁTICAS NESSA

DIREÇÃO?

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Importante!!!

No processo de constituição das redes deproteção pelo gestor municipal de assistênciasocial, é importante:

•Estabelecer uma agenda de trabalhocomum;•Definir um calendário de reuniões;•Constituir um processo permanente demobilização para os encontros e reuniões;•Ter uma condução democrática;•Registrar todos os eventos, reuniões eencontros;•Estabelecer reuniões para sensibilizar osgestores das diversas políticas públicas eorganizações da sociedade civil.•Etc....

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O SUAS e o Sistema de Justiça

•Sistemas autônomos;•Possuem regras e papéis distintos;•Atuam para o mesmo fim –Garantia de Direitos.

Necessidade de estabelecer relações horizontais.

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INTERSETORIALIDADE E AÇÕES EM REDE : DO QUE ESTAMOS FALANDO? QUAL A IMPORTÂNCIA E AS PRÁTICAS NESSA DIREÇÃO?

SISTEMA DE DEFESA E RESPONSABILIZAÇÃOAplicação de dispositivos legais e normativospara defesa de direitos,investigação eresponsabilização (segurança pública,Defensoria Pública, Ministério Público, PoderJudiciário, Conselho Tutelar –é constituído porórgãos autônomos).

SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIALOferta de políticas públicas para concretizar direitos sociais (saúde, educação, assistência social, trabalho, previdência social, habitação, alimentação,etc.).

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SISTEMA DE JUSTIÇA NO BRASIL

Segurança Pública/

Delegacias Especializadas

Poder Judiciário

Ministério Público

Defensoria Pública

Assistência Jurídica

Restituir direitos e aplicar a lei.

Defesa da ordem jurídica; direitos e interesses da coletividade

Conselho Tutelar

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096