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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · oportunidades e ação profissional para: a. A construção, a restauração e o fortalecimento de laços de pertencimento,

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

Introdução ao Provimento dos Serviços e

Benefícios Socioassistenciais do SUAS e

Implementações de Ações do Plano

Brasil Sem Miséria

CURSO

Módulo I e II

Facilitador(a): Tatiana Pereira

- Construindo o Perfil do grupo

? ? ? ?a. Nome, serviço onde atua e Função.

b. Pense na sua trajetória até aqui e complete

a frase abaixo:

“Quando venho aqui, não pensem que venho só.

Trago comigo....”

Apresentação

Filme

Eva viu a Uvahttps://www.youtube.com/watch?v=Vpaj0A08oAs

- O ato do conhecimento!

- Os conceitos/valores são materializados

historicamente e remetem a constituição do

homem enquanto sujeito histórico.

Aldaíza Sposati

Apresentação do Programa e

da ASCES

O Curso

A estruturação do SUAS e a consolidação da

PNAS estão intrinsecamente relacionados as

práticas dos trabalhadores e gestores do SUAS

que deve repercutir diretamente na

compreensão, participação e protagonismo das

famílias contempladas pela política de

Assistência Social. Nesse sentido, O Curso

introduz o debate sobre o conhecimento, às

habilidades e às atitudes necessários ao

provimento dos serviços e benefícios

socioassistenciais do SUAS, e a implementação

das ações do Plano Brasil Sem Miséria.

Desenvolver competências em

gestores e técnicos da gestão estadual

e municipais quanto ao provimento

dos serviços e benefícios

socioassistenciais, previstos no SUAS,

e à implementação do Plano Brasil

Sem Miséria.

Objetivo Geral

Conteúdos

Módulo I – A Assistência Social e a garantia dos

direitos socioassistenciais por meio do SUAS

- A especificidades da Assistência Social no contexto

do Sistema Brasileiro de Proteção Social (SBPS);

- Assistência Social no campo da Seguridade Social;

- As bases de organização e operacionalização do

SUAS;

- Eixos estruturantes do SUAS: centralidade na família,

território como base de organização dos

serviços,Intersetorialidade;

- Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais;

- Gestão dos Benefícios Socioassistenciais;

- O Protocolo de Gestão Integrada de Serviços,

Benefícios e Transferência de Renda.

Conteúdos

Módulo II

- O “Plano Brasil Sem Miséria” (BSM);

- A operacionalização das ações do BSM integradas

aos serviços e benefícios socioassistenciais;

- O Plano “Crack: é possível vencer!”;

- A operacionalização das ações da agenda de

enfrentamento do crack e outras drogas pelo SUAS;

- O Plano Nacional da Pessoa com Deficiência: “Viver

sem limites” pelo SUAS.

- A operacionalização das ações do Plano “Viver sem

limites” pelo SUAS.

Tempestade de Ideias

O que é Proteção Social?

Quem faz Proteção Social?

Para quem se faz Proteção Social?

De diferentes formas, apesar de variaçõeshistóricas e culturais, todas as sociedadeshumanas desenvolveram alguma forma deproteção aos seus membros mais vulneráveis.

A proteção supõe, além da oferta de bensmateriais, o acesso a bens culturais, políticos,econômicos, sociais e simbólicos que permitema sobrevivência e a integração na vida social.

A PROTEÇÃO SOCIAL não é objeto de definiçãoconsensual. Há diferenças expressivas entre asexperiências nacionais e suas trajetóriashistóricas e institucionais. Há ainda diferençasentre autores e correntes analíticas quanto aoconceito, ao escopo das ofertas, às políticasque as integram ou sobre seu papel naregulação das sociedades modernas.

PROTEÇÃO SOCIAL TEM RELAÇÃO DIRETA COMO ACESSO AOS DIREITOS DE CIDADANIA NAFORMAÇÃO INTEGRAL DO SER, O QUE REVELAA NECESSIDADE DE AÇÕES INTERSETORIAIS EEM REDE.

PROTEÇÃO SOCIAL

“A Proteção Social pode ser definida como umconjunto de iniciativas públicas ou estatalmentereguladas para a provisão de serviços e benefíciossociais visando a enfrentar situações de risco socialou de privações sociais.”

(JACCOUD, 2009:58)

A PROTEÇÃO

SOCIAL NÃO SE

LIMITA A UMA

POLÍTICA SOCIAL

Advento do

Estado

Capitalista

nos

primórdios

da

industrialização

Questão

Social

Advento

Transformação

radical nos

mecanismos de

proteção social

realizada pelas

famílias, ordens

religiosas e

comunidades.

Conjunto de expressões que

definem as desigualdades

sociais.

Introdução Histórica e Conceitual sobrea Proteção Social

Revolução

Industrial

(Inglaterra,

França e

outros

países

europeus)

Aumento

massivo da

pobreza da

classe

trabalhadora

(condições

de vida

degradantes)

Posterior

organização

da classe

trabalhadora

em sindicatos

partidos –

movimentos

operário/

reivindicações.

Melhores

condições de

trabalho e

início das

primeiras

instituições de

proteção

social

Introdução Histórica e Conceitual sobrea Proteção Social

Com o advento do Estado Capitalista, nosprimórdios da industrialização, a questão socialse expressou pela primeira vez, provocandotransformação radical nos mecanismos deproteção social dos indivíduos, até então sob aresponsabilidade das famílias, ordens religiosase comunidades.

PROTEÇÃO SOCIAL

Com o desenvolvimento do assalariamento e daurbanização, são institucionalizados, no âmbitodo Estado, mecanismos complementares ousubstitutos ao aparato familiar, religioso ecomunitário de proteção social, configurando aemergência da política social nas sociedadescontemporâneas.

PROTEÇÃO SOCIAL

As desigualdades sociais não apenas passarama ser reconhecidas como problema social comotambém reclamaram a intervenção dospoderes políticos na regulação pública dascondições de vida e de trabalho dessestrabalhadores.

As lutas e reivindicações do movimentooperário (que inclusive organizou-se emsindicatos e partidos) geraram melhorescondições de trabalho e deram início asprimeiras instituições de proteção social.

Dinâmica com grupos:

Qual o modelo de Proteção Socialconstruído na história do Brasil?

Quem produz Proteção Social nos diferentescenários e territórios?

O que há de novo no modelo de ProteçãoSocial do SUAS?

PROTEÇÃO SOCIAL

Vídeo:Compreendendo a Proteção

Social

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=b5XCvFFNPjc

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Elaborar a linha do tempo da Assistência social

Vídeo:A História da Assistência

Social no Brasil

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qPE5MdntV2Y

Como está essa

história no seu

município

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Quando em nome da

Proteção Social cometemos a

exclusão

Quando produzimos desproteção

social nos serviços

Dinâmica com grupos:

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CAMPO DASEGURIDADE SOCIAL

A Seguridade Social é composta por três políticas dePROTEÇÃO SOCIAL:

A inclusão da política pública de AssistênciaSocial no Sistema Brasileiro de Proteção Socialpromove importantes rupturas na área.

Que rupturas foram essas

SEGURIDADE SOCIAL

Mas do que tratam essas rupturas?

É fundamental compreendermos que aassistência social, como um dos direitos daseguridade social brasileira, é responsável porum conjunto de desproteções sociais advindasdesde as fragilidades dos ciclos de vida humanoaté as socialmente construídas nas relaçõessociais estabelecidas na sociedade. “Fragilidadesessas que se constituem em desproteções oudemandas de proteção social que exigem acobertura por seguranças sociais a seremprovidas pela assistência social”(BRASIL/CAPACITASUAS 1, 2013, p.26).

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CAMPO DASEGURIDADE SOCIAL

AS BASES DE ORGANIZAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO SUAS

SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

PROTEÇÃO SOCIAL

ESPECIAL

MÉDIA COMPLEXIDADE

ALTA COMPLEXIDADE

ALTA VULNERABI

LIDADE PESSOAL E

SOCIALCaráter

preventivo e de

inclusão social

CRASPAIF

CREASPAEFI

O SUAS tem a função de proteção, vigilância e defesa de direitos e oferta serviços,

benefícios, programas aos/às usuários/as.

CENTRO POP

PRINCÍPIOS DO SUAS

Supremacia do atendimento às necessidades sociaissobre as exigências de rentabilidade econômica;

Universalização dos direitos, a fim de tornar odestinatário da ação socioassistencial alcançável pelasdemais políticas públicas;

Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia eao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-sequalquer comprovação vexatória de necessidade;

Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programase projetos assistenciais, bem como dos recursosoferecidos pelo Poder Público e dos critérios para suaconcessão.

Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, semdiscriminação de qualquer natureza, garantindo-seequivalência às populações urbanas e rurais;

DIRETRIZES ESTRUTURANTES DO SUAS

Matricialidade sociofamiliar

Descentralização político-administrativa,comando único das ações em cada esfera degoverno;

Fortalecimento da relação democrática entreEstado e sociedade civil;

Controle social e participação popular.

Cofinanciamento das três esferas de governo

Primazia da responsabilidade do Estado àcondução da política de Assistência Social;

Monitoramento e avaliação constantes, comanálise e levantamento de informações;

Territorialização;

PROTEÇÃO SOCIAL

Esse modelo Socioassistencial requer acompreensão de alguns conceitos queperpassam seu campo de intervenção:

POBREZA

RISCOS SOCIAIS

VULNERABILIDADE SOCIAL

POBREZA

Há uma relação estreita entre a situação depobreza ou ausência de renda do cidadão e suafamília com o acesso ao serviço público.

Que relação é essa? O que isso significa?

Problema social e econômico;

Insuficiência de Renda;

Insuficiência de acesso a alimentos e de seuconsumo;

RISCOS SOCIAIS

Diz respeito ao convívio conflituosoconfiguradas por ofensas, desigualdade,desrespeito à equidade e violações daintegridade física e psíquica.

São os riscos relacionados à violência física esexual nas formas de convívio.

São os riscos que surgem das relações e quelevam à apartação, isolamento, abandono eexclusão.

(Sposati, 2009)

OS RISCOS SOCIAIS OCORREM NO COTIDIANO DAS PESSOAS, NA VIDA

COMO ELA É, NOS TERRITÓRIOS ONDE ELAS VIVEM

Para trabalhar as situações de risco é necessárioproatividade e conhecer:

RISCOS SOCIAIS

VULNERABILIDADE SOCIAL

Decorre:

Da pobreza;

Da ausência de renda;

Do precário ou nulo acesso aos serviçospúblicos;

Da intempérie ou calamidade;

Da fragilização dos vínculos afetivos epertencimento social decorrentes dediscriminações etárias, étnicas, de gênero,relacionadas à sexualidade, deficiência, entreoutras.

É um fenômeno complexo, não semanifestando da mesma forma, o que exigeuma análise especializada para sua apreensãoe respostas intersetoriais para o seuenfrentamento;

VULNERABILIDADE SOCIAL

Se não compreendida e enfrentada, tende agerar ciclos intergeracionais de reprodução dassituações de vulnerabilidade vivenciadas;

As situações de vulnerabilidade nãoprevenidas ou não enfrentadas tendem a setornar uma situação de risco;

A vulnerabilidade não é sinônimo da pobreza;a pobreza é uma condição que agrava avulnerabilidade vivenciada pelas famílias.

VULNERABILIDADE SOCIAL

A vulnerabilidade não é um estado, umacondição dada, mas uma zona instável que asfamílias podem atravessar, nela cair oupermanecer ao longo da história.

“A ATUAÇÃO COM VULNERABILIDADES SIGNIFICA

REDUZIR FRAGILIDADES E CAPACITAR AS POTENCIALIDADES. ESSE É O SENTIDO EDUCATIVO DA

PROTEÇÃO SOCIAL [...]”

Sposati, 2009

A política pública de assistência social asseguradeterminados direitos de proteção social inscritosno âmbito da seguridade social brasileira, cujadeclinação se sustenta e se orienta pelasseguranças sociais as quais é responsável. (Sposatie Regules, 2013, p.13)

A PNAS (2004) identifica as seguranças sob aresponsabilidade da assistência social, e em tornodas quais se consolida o campo protetivo destapolítica. A partir de 2004, a assistência socialpassou a ter nova materialidade com construçãonacional e federativa do SUAS, posteriormenteconvertido em Lei nº 12.435/2011 alterando aLOAS .

PROTEÇÃO SOCIAL E ASSISTÊNCIASOCIAL NO BRASIL

Quais são as Seguranças

definidas pela PNAS (2004)?

Segundo a NOB SUAS 2012 são seguranças afiançadas pelo SUAS:

- Acolhida;

- Renda;

- Convívio ou Vivência Familiar, Comunitária e

Social;

- Desenvolvimento da Autonomia;

- Apoio e Auxílio.

Segurança de Acolhida: provida por meio da ofertapública de espaços e serviços para a realização daproteção social básica e especial, devendo asinstalações físicas e ação profissional conter:-Condições de recepção;- Escuta profissional qualificada;- Repasse de informações e orientações;- Estabelecimento de referência e contra referência;- Concessão de benefícios;- Aquisições materiais, econômicas, políticas, culturaise sociais;- Abordagem em territórios de maior vulnerabilidade ede incidência de situações de risco;- Oferta de uma rede de serviços e de locais depermanência de indivíduos e famílias sob curta, médiae longa permanência.

Segundo a NOB SUAS 2012:

Segurança de Renda: operada por meio daconcessão de auxílios e da concessão debenefícios continuados, nos termos da lei, paracidadãos não incluídos no sistema contributivode proteção social, que apresentemvulnerabilidades decorrentes do ciclo de vidae/ou incapacidade para a vida independente epara o trabalho.

Exemplos: BPC e PBF.

Segurança de Convívio ou Vivência Familiar,Comunitária e Social: exige a oferta pública econtinuada de serviços que garantamoportunidades e ação profissional para:a. A construção, a restauração e o

fortalecimento de laços de pertencimento,de natureza geracional, intergeracional,familiar, de vizinhança e interesses comuns esocietários;

b. O exercício capacitador e qualificador devínculos sociais e de projetos pessoais esociais de vida em sociedade.

Segurança de Desenvolvimento da Autonomia:exige ações profissionais e sociais para:a. O desenvolvimento de capacidades e

habilidades para o exercício doprotagonismo, da cidadania;

b. A conquista de melhores graus deliberdade, respeito à dignidade humana,protagonismo e certeza de proteção socialpara o cidadão, a família e a sociedade;

c. Conquista de maior grau deindependência pessoal e qualidade nos laçossociais, para os cidadãos sob contingências evicissitudes.

Exemplo: acesso a saúde, educação, documentaçãocivil, habitação, geração de trabalho, emprego e

renda.

Apoio e Auxílio: quando sob riscoscircunstanciais, exige a oferta de auxílios em bensmateriais e em pecúnia, em caráter transitório,denominados de benefícios eventuais para asfamílias, seus membros e indivíduos.

Exemplo: Auxílio funeral.

Os Benefícios Eventuais são assegurados peloartigo 22 da LOAS, e integram organicamente asgarantias do SUAS. A Resolução nº 212, de 19 deoutubro de 2006, do CNAS, e o Decreto nº 6.307,de 14 de dezembro de 2007, estabeleceramcritérios orientadores para a regulamentação eprovisão de Benefícios Eventuais no âmbito daPolítica Pública de Assistência Social pelosMunicípios, Estados e Distrito Federal.

Atividade – Trabalho em grupo – Segurançasafiançadas pelo SUAS.

Considerando a nossa prática, comoestamos propiciando-as/ garantindo-as?

Quais as dificuldades vivenciadas nocotidiana para propiciá-las?

Quais estratégias?

EIXOS ESTRUTURANTES

DO SUAS

Descentralização político administrativa; Participação e controle Social;Matricialidade Sociofamiliar; Território; Rede Socioassistencial; Intersetorialidade.

EIXOS ESTRUTURANTES DO SUAS

Descentralização político administrativa –indica que as três esferas têm responsabilidadesespecíficas e cooperadas. Tornou os municípiosautônomos e independentes no planoinstitucional.

Do ponto de vista do desenho da gestão da política de assistência social, podemos citar como uma relevante mudança nacional, a exigência de

implantação de Conselhos, Planos e Fundos de Assistência Social, nos três níveis de governo

(federal, estadual e municipal), enquanto instrumentos básicos da descentralização e

democratização, que possibilitam o acesso ao financiamento público.

Participação e controle Social – pode se dar

por meio das organizações representativas, naformulação e no controle das ações da política deassistência social, constitui-se na segunda diretrizda LOAS.

Matricialidade Sociofamiliar – o foco atribuídono SUAS, a centralidade da família, pressupõeromper com a lógica individualista de prestaçãodos serviços socioassistenciais, o que significaavançar da atenção individual ou ainda por faixaetária e por necessidades específicas, paraintervir considerando a dinâmica familiar.

FAMÍLIA OU FAMÍLIAS?

A família exerce uma função assistencialprimária;

Toda proteção passa pela via da famíliacom uma íntima relação com o território;

É preciso buscar a segurança deconvivência para a família e seus membros.

Por que a FAMÍLIA é o OBJETO DE PROTEÇÃO para a Política de

Assistência Social?

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

Rede Socioassistencial – é composta por serviçospúblicos prestados pelo órgãos governamentais ou pororganizações e entidades de assistência social.

Intersetorialidade – refere-se ao diálogo comas demais políticas e setores, garantindo oacesso das famílias aos serviços setoriais e aoutros direitos e oportunidades. As normativasdo SUAS reconhecem a necessáriacomplementaridade entre os serviços dasdiversas políticas públicas sociais, visandogarantir proteção integral às famílias eindivíduos.

Território – é a base de organização do SUAS,temos de explicar que o território representamuito mais do que o espaço geográfico.

Trabalho em Grupo

O que você já sabe sobre ela?

Vídeo: Síntese da Tipificação - https://www.youtube.com/watch?v=UmrNuVraEKU

GESTÃO DOS BENEFÍCIOS

SOCIOASSISTENCIAIS

BENEFÍCIOS SOCIOASSISTENCIAIS

Benefício de Prestação Continuada (BPC) –Benefício constitucional previsto na LOAS e no Estatutodo Idoso, é provido pelo Governo Federal, consistindono repasse de 1 (um) salário mínimo mensal ao idoso(com 65 anos ou mais) e à pessoa com deficiência quecomprovem não ter meios para suprir sua subsistênciaou de tê-la suprida por sua família. Esse benefíciocompõe o nível de Proteção Social Básica, sendo seurepasse efetuado diretamente ao beneficiário.

O BPC foi instituído pela Constituição Federal de 1988, garantido no âmbito da proteção social não contributiva da Seguridade Social e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei nº 8.742, de 7/12/1993 e pelas Leis nº 12.435, de 06/07/2011 e nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram dispositivos da LOAS e pelos Decretos nº 6.214/2007 e nº 6.564/2008. O BPC é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS e operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

A partir da publicação, pelo Governo Federal, do Decreto nº 8.805, de 7 de julho de 2016, passa a ser exigida a inscrição de todas as

pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no Cadastro Único para

Programas Sociais (CadÚnico) e no Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Benefício Eventuais – são previstos no art. 22da LOAS e visam ao pagamento de auxílio pornatalidade ou morte, ou para atender asnecessidades advindas de situações devulnerabilidade temporária, com prioridade àcriança, à família, ao idoso, à pessoa comdeficiência, à gestante, à nutriz e também emcasos de calamidade pública.

Conforme o Decreto nº 6. 307, de 14 de dezembro de 2007, cabe aos municípios e DF, segundo estabelecido na LOAS, em seus artigos 14 e 15, destinar recursos financeiros para o custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos de Assistência Social do DF e dos Municípios. Os estados também têm a responsabilidade na efetivação desse direito ao destinar recursos financeiros aos municípios, a título de corresponsabilidade no custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Estaduais de Assistência Social, de acordo com o disposto no art. 13 (OT, PAIF, p.41).

Transferência de Renda – Programa BolsaFamília – Benefício socioassistencial que temcomo meta o repasse direto de recursos dosfundos de Assistência Social aos beneficiários,como forma de acesso à renda; destina-se acombater a fome, a pobreza e outras formas deprivação de direitos, que levem à situação devulnerabilidade social.

PROTOCOLO DE GESTÃO

INTEGRADA DE SERVIÇOS,

BENEFÍCIOS E

TRANSFERÊNCIA DE RENDA

O Protocolo de Gestão Integrada de Serviços,Benefícios e Transferências de Renda, pactuado einstituído pela Resolução da ComissãoIntergestores Tripartite (CIT) nº 7, de 10 desetembro de 2009, estabelece os procedimentospara integração/articulação da gestão dos serviços,benefícios e transferências de rendas.

Público Prioritário para o AcompanhamentoFamiliar:

I. As famílias que vivenciam situações de riscosocial;

II. As famílias do PBF que estão emdescumprimento de condicionalidades, narepercussão:“suspensão do benefício pordois meses”, a fim de garantir a segurança derenda das famílias;

III. Demais famílias do PBF em situação dedescumprimento de condicionalidades;

IV. Famílias com beneficiários do BPC que seencontrem em situação de maiorvulnerabilidade;

Este Protocolo estabelece procedimentosnecessários para a garantia da oferta prioritáriade serviços socioassistenciais nos CRAS às famíliasdo Programa Bolsa Família (PBF), do Programa deErradicação do Trabalho Infantil (PETI), doBenefício de prestação continuada (BPC) eBenefícios Eventuais, especialmente das queapresentam maior vulnerabilidade.

Por fim, destacarmos que o Protocolo norteia oplanejamento e a execução de ações orientadaspela perspectiva da vigilância social, uma vez queé, a partir do processamento e análise dasinformações, que será feita a identificação dasfamílias, assim como sua localização no território,viabilizando a busca ativa e a inserção destas nosserviços socioassistenciais.

Exibição de vídeo

O Programa “Crack, é possível vencer!” visaao enfrentamento das situaçõesrelacionadas ao uso do crack e de outrasdrogas. Tem por objetivos:

Aumentar a oferta de serviços detratamento e atenção aos usuários e seusfamiliares;

Reduzir a oferta de drogas ilícitas,enfrentando o tráfico e as organizaçõescriminosas;

Promover ações de educação, informação ecapacitação.

Paradesenvolvimentodo Programa,épreciso seguir 6passos:

As ações do Programa estão estruturadas em 3eixos de atuação que contemplam o trabalhoarticulado e integrado de diferentes políticaspúblicas.

As ações devem ser articuladas e integradas entreas políticas de Saúde, Assistência Social eSegurança Pública nos territórios, o que seconstitui como um longo caminho a ser trilhado eestabelece grandes desafios para gestores eprofissionais de todo o país. A integralidade podeser compreendida em três sentidos:

não estigmatização ou diminuição dossujeitos a uma situação específica;

respeito aos direitos de cada sujeito;

possibilidades de processos de inclusão;

revisão de preconceitos e ideias/noçõesdisseminadas no imaginário social.

abordagens democráticas e não autoritárias;

eliminação de diferentes expressões dejulgamentos morais de estigmatização econdenação;

portas abertas para acolher as demandas dossujeitos, independentemente dascompetências de cada política e/ou serviço;

Ou seja, ACOLHER garantir SEGURANÇA DE ACOLHIDA

Exibição de vídeo

O “Plano Nacional dos Direitos da Pessoacom Deficiência: Viver sem Limite”, foilançado em 17 de novembro de 2011, peloGoverno Federal. Foi elaborado com aparticipação de mais de 15 Ministérios e doConselho Nacional das Pessoas comDeficiência (CONADE) e com ascontribuições da sociedade civil. O “Viversem Limite” foi construído com inspiração naforça e no exemplo das próprias pessoascom deficiência, que, historicamente,estiveram condenadas à segregação.

O Plano está organizado em 4 eixos:

• ACESSO À EDUCAÇÃO

Trata-se de um direito de todas as pessoas, semdiscriminação, em igualdade de oportunidades. Oplano” Viver sem Limite” investe em recursos eserviços de apoio à educação básica. Açõesdesenvolvidas:

Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais;

Promoção de acessibilidade nas escolas;

Formação de professores para o AtendimentoEducacional Especializado;

Aquisição de ônibus escolares acessíveis;

Ampliação do Programa BPC na Escola;

Prioridade de inscrição das pessoas com deficiêncianas matrículas do PRONATEC;

Instalação de núcleos de acessibilidade nas IFES;

Oferta de Cursos de Letras/Libras e de formação emPedagogia na perspectiva bilíngue (Libras/ LínguaPortuguesa).

• INCLUSÃO SOCIAL

Ações desenvolvidas:

Programa BPC trabalho;

Residências inclusivas;

Centros-Dia de Referência.

• ATENÇÃO À SAÚDE

Ações desenvolvidas:

Qualificação das equipes de atenção básica;

Criação de Centros Especializados em Reabilitação;

Oficinas ortopédicas e ampliação da oferta deórteses, próteses e meios auxiliares de locomoção;

Qualificação da atenção odontológica.

• ACESSIBILIDADE

Ações desenvolvidas:

Construção de casas adaptáveis no ProgramaMinha Casa, Minha Vida;

Criação de centros de treinamento deinstrutores e treinadores de cães-guia;

Implementação do Programa Nacional deInovação em Tecnologia Assistiva;

Linha de crédito para aquisição de tecnologiaassistiva;

Desoneração de produtos de tecnologiaassistiva.

Atividade em Grupos

1. Em pequenos grupos escolham um dos programasindicados abaixo;

2. Cada integrante do grupo, poderá relatar socializandoa experiência vivenciada (quando houver) sobrealgum projeto ou programa que estejamdesenvolvendo em seu território de atuação(incluindo o município) relacionado com o programaou plano escolhido, conforme o indicado no quadro;

3. Após a socialização e problematização dasexperiências, o grupo deverá escolher uma (ou maisde uma) das ações relatadas ou planejarcoletivamente uma ação, preenchendo o quadroconforme os enunciados relacionando com a agendaescolhida: Plano Brasil Sem Miséria, Plano “Crack: Épossível vencer”, e o Plano Nacional da Pessoa comDeficiência: “Viver sem Limite”;

4. A atividade planejada deverá ser apresentada esocializada ao grande grupo dos capacitandos.

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096