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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Atualização sobre Especificidade e Interfaces da Proteção Social Básica

do SUAS

CURSO

Módulo III - Atribuições e Gestão da

Proteção Social Básica

Facilitador(a): Roseane Morais

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Unidade 1 1.1. CRAS, rede socioassistencial earticulação intersetorial

1.2. Trabalho Social com Família na PSB

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• Conversa na Roda• Dança circular• Oficina do olhar

Que novos olhares o curso tem nos possibilitado ? ? ? ?

Divisão em grupos baseado nas coresDialogo e apresentação

Trabalhando Nosso Olhar

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Através da articulação e responsabilização dostrês entes federados para a garantia dauniversalização do atendimento da assistênciasocial, o SUAS estrutura a gestão e execução daproteção social a partir de níveis decomplexidade:

• Proteção Social Básica, a ser ofertada nosCentros de Referência de Assistência Social(CRAS)

• Proteção Social Especial de Média e de AltaComplexidade a ser ofertada nos Centros deReferência Especializados de Assistência Social(CREAS)

Lembrando!

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• Um conjunto de serviços, programas, projetos,benefícios que visa PREVENIR situações devulnerabilidade e risco social por meio dodesenvolvimento de potencialidades eaquisições, e do fortalecimento de vínculosfamiliares e comunitários

• Um conjunto de ofertas visando à promoção dosujeito de direito usuário da política pública deassistência social.

A PSB opera desenvolvendo ações que fortaleçam potencialidades, vínculos e autonomia.

Proteção SocialBásica (PSB) é:

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Minimizar situações de privação material,relacional ou de oportunidades e protagonismo,requer serviços e benefícios continuados, capazesde desenvolver potencialidades e asseguraraquisições, além de fortalecer vínculos familiarese vínculos sociais mais amplos, necessários aoexercício de cidadania

Finalidade da

PSB

Atenção para o sentido de unidade que deve orientar asações socioassistenciais de prevenção e restauração dedireitos como partes de um todo, de um sistema único,inclusive evitando a apartação entre a proteção básica daespecial

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Àqueles que necessitam dessas ofertasdevido a vivencia de situação devulnerabilidade social decorrente dapobreza, privação (ausência de renda,precário ou nulo acesso aos serviçospúblicos, dentre outros) e/ou fragilização devínculos afetivos – relacionais e depertencimento social.”

A quem sedestina aProteçãoSocial Básica?

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Vulnerabilidade e Proteção Social

O que já compreendemos por vulnerabilidade?

Vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=Xnr0cRdMiQg&t=2s

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• É preciso levar em conta a diversidade das

vulnerabilidades sociais, a forma como as desigualdades

se reproduzem e a diversidade de modos e de dinâmicas

de vida.

• A PSB exige um “olhar atento” às peculiaridades dos

territórios, à diversidade de públicos, aos contextos de

produção e reprodução da desigualdade, assim como às

estratégias adotadas para prestar-lhes atendimento

com equidade.

A situação de desproteção social é histórica e é coletiva,

mesmo que se manifeste a partir de um indivíduo ou uma

família.

A identificação e reconhecimento das condições de

vulnerabilidade das famílias e dos territórios é um

importante desafio para as equipes de vigilância e de

proteção socioassistencial

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A PNAS amplia os usuários alcançados pelaassistência social, na perspectiva de superar afragmentação expressa na abordagem porsegmentos (criança, adolescente, idoso, pessoacom deficiência, população de rua, dentreoutros), ao definir como público usuário daassistência social os cidadãos e grupos que seencontram em situações de vulnerabilidade eriscos

Atenção!

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Os princípios e diretrizes da política de assistênciasocial, os eixos estruturantes do SUAS estabelecidospela PNAS, o Plano Decenal do SUAS, a Tipificação deServiços Socioassistenciais reconhecem as múltiplassituações de vulnerabilidade associadas anecessidades objetivas e subjetivas às quais sesomam as dificuldades materiais, relacionais eculturais que impactam sobre os vínculos familiarese comunitários.

Assim, os serviços de proteção básica revestem-sede fundamental importância para a compreensãodas heterogeneidades, das particularidades de cadagrupo familiar e da diversidade dos públicos

A importância deconceituar o termoVULNERABILIDADE

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Na Assistência Social, a vulnerabilidade foiconceituada pela PNAS, como caracterizandosituações de fragilidade relacional ou social,destacando sua conexão com as situações de“pobreza, privação (ausência de renda, precárioou nulo acesso aos serviços públicos, dentreoutros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos –relacionais e de pertencimento social(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou pordeficiência, entre outras).” (PNAS, 2004; pg. 33).

Vulnerabilidade

na PNAS

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A vulnerabilidade não é definida pela pobreza,“ainda que os riscos de desestabilização recaiammais fortemente sobre os que são desprovidos dereservas econômica “(Castel, 1998, p. 25).

A vulnerabilidade envolve relações de convívioconflitivas, de violência, depreconceito/discriminação, de abandono, deapartação, de confinamento e/ou isolamento deindivíduos, grupos ou famílias.

Refletindo!

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É consenso que a Proteção Social é resposta parasituações de vulnerabilidade e que asvulnerabilidades relacionais podem ser de diversasnaturezas. Estas incluem as vulnerabilidadesrelacionais que não se restringem ao ambientefamiliar e que, por vezes, incidem sobre ascomunidades e os grupos, assim como nascondições de respostas das famílias, quandoacolhidas nos serviços socioassistenciais.

O desenvolvimento da autonomia e daemancipação dos indivíduos deve respeitar aspossibilidades de cada um!

Refletindo!

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A organização dos serviços socioassistenciais develevar em conta a afirmação da identidade, oresgate de sua autonomia, e o reconhecimentosocial, individual e coletivo em diversos ciclos devida e nos territórios onde realizam sua interaçãosocial.

Considerar a identidade coletiva no processo deproteção social básica é fundamental, uma vez queessa se constitui ao longo do tempo e dá o sentidode continuidade aos indivíduos, por adotarempapéis, normas e valores válidos para todos oscomponentes do grupo; isso reafirmaconstantemente, através da memória, a realidadeobjetiva e subjetiva

Refletindo!

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O CRAS é a unidade pública municipal, de baseterritorial, localizada em áreas com maioresíndices de vulnerabilidade e risco social,destinada à articulação dos serviçossocioassistenciais no seu território deabrangência e à prestação de serviços,programas e projetos socioassistenciais deproteção social básica às famílias (Loas, 2011,art. 6º-C)

O CRAS e aorganizaçãodos serviçossocioassistenciais da PSB

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• Os serviços da proteção social básica sãoofertados nos CRAS.

• A PSB inclui os Benefícios Eventuais, o Benefíciode Prestação Continuada (BPC) e o ProgramaBolsa Família (PBF), programas estaduais emunicipais de transferências de renda, alémdos Programas Promoção do Acesso ao Mundodo trabalho - Acessuas Trabalho, BPC na Escolae BPC Trabalho.

CRAS

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• Os serviços da proteção social básica sãoofertados nos CRAS.

• O CRAS é o agente responsável pela identificação,articulação e referenciamento da rede deentidades e organizações (órgãos governamentaise por entidades da sociedade civil) de proteçãosocial, promovendo a gestão territorial e ogerenciamento dos processos desenvolvidos deforma articulada.

• O CRAS é o agente responsável pela promoção daarticulação intersetorial, conectando serviços dasdiferentes políticas, buscando a convergência deespecialidades para uma intervenção noterritório que vise à construção de fluxosreferenciados.

CRAS

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• Atuar na perspectiva da prevenção deocorrências e de reincidências mediante ações devigilância socioassistencial sobre fatores quegeram vulnerabilidade e risco, diagnósticos dedemandas por seguranças, coleta, sistematizaçãoe análise de dados e informações da área deabrangência do CRAS, inclusive em conexão comoutros territórios.

• O CRAS se caracteriza como a principal porta deentrada do SUAS, sendo responsável pelaorganização e oferta de serviços da proteçãobásica nas áreas de vulnerabilidade e risco social.

CRAS

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• O CRAS é responsável pelo fornecimento deinformações e dados para o Órgão GestorMunicipal sobre o território para subsidiar aelaboração do Plano Municipal de AssistênciaSocial; o planejamento, monitoramento eavaliação dos serviços ofertados no CRAS; aalimentação dos Sistemas de Informação do SUAS;os processos de formação e qualificação daequipe de referência.

CRAS

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É necessário que o CRAS tenha estrutura física,coordenação e profissionais compatíveis com asorientações específicas de cada serviço, para quepossa ofertá-los adequadamente.

Suas equipes devem prestar informações eorientações para a população de sua área deabrangência, ofertar as ações socioassistenciaisde forma articulada com a rede de proteçãosocial local, visando à garantia dos direitos decidadania à população da área de abrangência doCRAS, realizando inclusive a busca ativa aosusuários ainda não identificados.

CRAS

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Equipe de Referência CRAS

(NOB RH)

Pequeno Porte I Pequeno Porte II Médio, Grande, Metrópole e DF

Até 2.500 famílias referenciadas

Até 3.500 famílias referenciadas

A cada 5.000 famílias referenciadas

2 técnicos de nível superior, sendo um

profissional assistente social e outro

preferencialmente psicólogo.

3 técnicos de nível superior, sendo dois

profissionais assistentes sociais e

preferencialmente um psicólogo.

4 técnicos de nível superior, sendo dois

profissionais assistentes sociais, um psicólogo e

um profissional que compõe o SUAS.

2 técnicos de nível médio 3 técnicos nível médio 4 técnicos de nível médio

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As funções do CRAS são distintas dasfunções do órgão gestor da política deassistência social. Os CRAS são unidadeslocais que têm por atribuições aorganização da rede socioassistencial eoferta de serviços da proteção social básicaem determinado território, enquanto oórgão gestor da assistência tem por funçõesa organização e a gestão do SUAS.

Atenção!

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ATRIBUIÇÕES DOÓRGÃO GESTORMUNICIPAL

• A elaboração do Plano Municipal de AssistênciaSocial.

• O planejamento, a execução físico-financeira, omonitoramento e a avaliação dos serviçossocioassistenciais do SUAS.

• A alimentação dos Sistemas de Informação eMonitoramento do SUAS.

• A constituição das equipes de referência e demaisprofissionais da política de assistência social ecapacitação profissional dos trabalhadores doSUAS.

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ATRIBUIÇÕES DOÓRGÃO GESTORMUNICIPAL

• A supervisão, o apoio técnico à oferta do PAIF edos demais serviços socioassistenciaisofertados, tanto nas unidades públicas, quantonas entidades privadas sem fins lucrativos,prestadora de serviços.

• A gestão da rede socioassistencial domunicípio.

• A gestão do processo de conveniamento dasentidades privadas sem fins lucrativos deassistência social, quando for o caso.

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• A garantia da articulação da proteção básica com aproteção especial de assistência social, promovendoa organização do SUAS.

• Contribuir para a articulação intersetorial, visando aorganizar fluxos de encaminhamentos necessáriospara a promoção do acesso das famílias aos seusdireitos.

• A estruturação da vigilância socioassistencial,garantindo fluxos de informação com os CRAS, sobrepotencialidades e vulnerabilidades sociais dasfamílias e do território, de forma que se possaorganizar a oferta dos serviços e a busca ativa.

• A garantia de funcionamento do CRAS em espaçofísico provido de adequada iluminação, ventilação,conservação, privacidade, salubridade e limpeza eque expresse a cultura local.

• A designação de coordenador para o CRAS.

ATRIBUIÇÕES DOÓRGÃO GESTORMUNICIPAL

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• Organizar, segundo orientações do gestormunicipal ou do Distrito Federal de assistênciasocial, reuniões periódicas com as instituições quecompõem a rede, a fim de instituir a rotina deatendimento e acolhimento dos usuários.

• Organizar os encaminhamentos, fluxos deinformações, procedimentos, estratégias deresposta às demandas.

• Traçar estratégias de fortalecimento daspotencialidades do território.

• Avaliar os procedimentos, de modo a ajustá-los eaprimorá-los continuamente.

• Articular ações do SUAS e intersetoriais.

ATRIBUIÇÕES DOCOORDENADORDO CRAS

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Embora o coordenador do CRAS tenha um papelfundamental na gestão territorial, a equipetécnica também desempenha uma importantefunção na articulação do PAIF com os demaisserviços, programas, projetos e benefícios daProteção Social Básica. São, o coordenador e aequipe, responsáveis por promover a integraçãodo PAIF com as ações presentes no território deabrangência ou no próprio CRAS por meio dereuniões sistemáticas, visitas às unidades, entreoutras estratégias.

Papel da Equipe

Técnica

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• Construir respostas na ausência da proteção e na faltade acesso a serviços públicos, nas situações deabandono, agressões, produzindo garantia de direitos,ações de fortalecimento de vínculos, inserindo osindivíduos e famílias em serviços e/ou benefícios;

• Fortalecer relações de convívio e sociabilidade doscidadãos, considerando seu cotidiano, sua história devida, fragilidades e potencialidades;

• Assegurar a condição de acolhida, por meio de espaçosde atenção, escuta, cuidados e momentos de reflexão;

• Promover o resgate de autonomia, protagonismo,projetos de vida, respeito e dignidade, para reduçãodas fragilidades de vivência e sobrevivência - geradasmuitas vezes por ausência de provimentos e aquisições;

• Reduzir e restaurar danos e riscos sociais e devitimização, causadas por violência, discriminações,preconceitos e agressões (Caderno CapacitaSUAS2,2013).

O trabalhador da PSB,ao proceder aosprocessos de acolhida,inserção,encaminhamento eacompanhamento dosusuários no SUAS, devefocar em:

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A rede

Dinâmica: A rede real e a rede ideal domunicípio – grupos

• Organizações com composição análoga eobjetivos comuns

• Agir convergente, complementar,conjunta

• Graus diversos de articulação• Aliança• Grau de institucionalização maior

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“É preciso destacar que a Assistência Social éresponsável por ações de prevenção, deproteção social e pelo provimento de umconjunto de garantias ou seguranças sociais quecubram, reduzam ou previnam exclusões, riscose vulnerabilidades sociais, (Sposati, 1995) bemcomo atendam às necessidades emergentes oupermanentes decorrentes de problemaspessoais ou sociais de famílias e indivíduos.”

“Essas garantias se efetivam pela construção deuma rede de proteção social: conjunto deprogramas, projetos, serviços e benefíciosvoltados ao atendimento de necessidadessociais da população usuária da assistênciasocial.”

REDE

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O termo rede sugere a ideia de articulação,conexão, vínculos, ações complementares,relações horizontais entre parceiros,interdependência de serviços para garantir aintegralidade da atenção aos segmentos sociaisvulnerabilizados ou em situação de risco social epessoal. [...] uma rede pode ser o resultado doprocesso de agregação de várias organizaçõesafins em torno de um interesse comum, seja naprestação de serviços, seja na produção debens. (Guará, 1998).

REDE

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• O trabalho em rede traduz um novo modelo para aatuação do Estado em conjunto com setoresorganizados da sociedade, numa perspectiva de“relacionamento inter-organizacional, parapotencializar esforços, meios e informações quealcancem a integralidade e a completude derespostas devidas à população usuária oupotencialmente usuária dessas prestações” (CadernoCapacita SUAS 2, 2013, p. 88).

• Constituir uma rede em torno de uma políticapública é, antes de qualquer coisa, uma decisãopolítica na construção de um novo modelo deatuação integrada, de apoio recíproco.

• Exige um pacto entre gestores, técnicos, saberes,pessoas, serviços e instituições em sintonia com arealidade local, com o território de vivência, com suacultura de organização social.

REDE

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Dinâmica: Montagem dos bonecos –

pensar planejamento.

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O aprimoramento da oferta de serviços ebenefícios depende cada vez mais de uma boagestão das políticas sociais, incluindo seusdiferentes níveis de operações eresponsabilidades. Em especial, no âmbito daprestação direta dos serviços, torna-seimprescindível o aprimoramento nos processosde gestão e sua apropriação pelostrabalhadores/coordenadores que atuam na PSB.

Elementos do aprimoramento da gestão da PSB:

• Articulação intersetorial• Diagnóstico socioterritorial• Planejamento• Monitoramento e Avaliação• Gestão do trabalho da equipe

Gestão daProteçãoSocial Básica

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A articulação intersetorial é estratégica para odesenvolvimento / aprimoramento da PSB, estandopresente na concepção da PNAS e do SUAS porque:

• Se expressa na articulação e consolidação de umarede pública com outras politicas e ações(programas, projetos e benefícios), numfuncionamento integrado com base nos parâmetroslegais constituídos.

• A ideia é superar práticas fragmentadas edesconectadas garantindo patamares mais eficazespara a proteção social.

• A visão de totalidade no território significa oconhecimento e a análise das diferentes situações, oque permite a construção de fluxos delineando asresponsabilidades e competências da política deassistência social e as competências das outraspolíticas públicas.

ArticulaçãoIntersetorial

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• A interlocução intersetorial provoca uma relaçãode diálogo com as diferentes políticas queatuam no território.

• A intersetorialidade torna-se imprescindívelquando considerada a complexidade dassituações que demandam por respostasurgentes das políticas públicas.

• Nenhuma política pública tal qual estáorganizada dispõe de todas as respostas e dapossibilidade de abarcar a totalidade dasnecessidades que se apresentam. Amultidimensionalidade das questões impõe acoordenação e a conjugação de saberes e derespostas especializadas e integradas.

ArticulaçãoIntersetorial

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As demandas sociais reclamam por respostasintegrais que afirmem direitos e o dever do Estado.

A PNAS estabelece que os serviços, programas,projetos e benefícios de proteção social básicadeverão se articular com as demais políticaspúblicas locais, de forma a garantir asustentabilidade das ações desenvolvidas e oprotagonismo das famílias e indivíduos atendidos,objetivando superar as condições devulnerabilidade e a prevenir as situações queindicam risco. E ainda se articular aos serviços deproteção especial, garantindo assim a efetivaçãodos encaminhamentos (PNAS, 2004, p.35).

ArticulaçãoIntersetorial

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No território podem-se adotar encontrossistemáticos entre a rede de serviçossocioassistenciais e das demais políticaspúblicas. Nessas “reuniões de rede”, das quaisdevem participar o coordenador de cadaserviço/equipamentos podem ser discutidasações integradas relacionadas aos segmentospopulacionais prioritários para a proteção, aexemplo dos beneficiários do BPC, que sãoacompanhados por diferentes políticas sociais ediferentes serviços.

ArticulaçãoIntersetorial

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A intersetorialidade na assistência socialimplica na ampliação, junto às outras políticaspúblicas, dos conceitos de proteção social edireito, assim como reivindica a adequação dasoutras políticas ao público prioritário dapolítica de assistência social. Nesse sentido,seu objetivo é provocar novas ações epercepções em políticas tradicionais, demaneira a consolidar uma rede de proteçãosocial.

Falar em intersetorialidade e integralidadechama a atenção também para a necessidadede diálogo interno entre os setores da própriaassistência social como por exemplo entre aPSB e a PSE.

ArticulaçãoIntersetorial

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A perspectiva da territorialização materializa adiretriz de descentralização da Assistência Socialem nível local, propiciando a oferta de serviçossocioassistenciais em locais próximos aosusuários e, com o conhecimento destes usuários,de suas demandas e expectativas.

É necessário reconhecer que, novas exigênciaspara os gestores e profissionais que atuam nocampo da Assistência Social estão colocadas nocontexto atual, a partir das transformaçõessociais, demográficas e das relações familiares esociais.

DiagnósticoSocioterritorial

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A realização de diagnóstico socioterritorial, a cadaquadriênio, compõe a elaboração dos Planos deAssistência Social em cada esfera de governo. Odiagnóstico tem por base o conhecimento darealidade a partir da leitura dos territórios,microterritórios ou outros recortessocioterritoriais que possibilitem identificar asdinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturaisque os caracterizam, reconhecendo as suasdemandas e potencialidades (art. 20 daNOB/SUAS, 2012).

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O planejamento do CRAS deve ser pautado nodiagnóstico socioterritorial. Algunscomponentes do diagnostico territorial:

• especificidade dos grupos populacionais• história do território• presença ativa de organizações• relações de poder• conhecimento das vulnerabilidades e riscos• serviços públicos existente

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Quando utilizamos o termo território estamosnos referindo a um espaço determinado, masque poderá estar em constante mutação, pois édinâmico e está em construção e reconstrução.É, portanto, um espaço de contradições,conflitos, tensões, histórias de vida, culturasdiferenciadas e desigualdades que circundam asrelações familiares e comunitárias.

O território não se limita ao espaço geográfico,mas se constitui também como espaçoscoletivos, onde se configuram a solidariedade, osentimento de pertencimento, a construção deidentidade, histórias de vida, ritos e costumes.

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Conhecer o território significa conhecer comprofundidade a demanda por proteção. Esseconhecimento contribui e recebe reforço davigilância socioassistencial (instalada no ÓrgãoGestor do município).

É fundamental que as equipes motivem aparticipação dos usuários nos processos dediagnóstico, planejamento e avaliação dosserviços.

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Ela sistematiza e divulga informações, indicadorese índices territorializados sobre as situações devulnerabilidade e de risco das famílias e dosterritórios e sobre a rede prestadora de serviçossocioassistenciais. A vigilância socioassistencialserve também ao aprimoramento e qualificaçãodas ações que visem à notificação e a reconstruçãode direitos violados e a interrupção de situações deviolência.

Nota: O MDS realiza anualmente, desde 2008, o Encontro Nacional deMonitoramento e Vigilância Socioassistencial. Estes encontros seconsolidaram como espaço de debate sobre o conteúdo e importância daVigilância Socioassistencial. Destes encontros resultou a publicação“Orientações técnicas da Vigilância socioassistencial”, organizada pelaCoordenação-Geral de Serviços de Vigilância Social do MDS.Disponívelem:www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Orientacoes_Vigilancia.pdf

Breveconsideraçãosobre a vigilânciasocioassistencial

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O Caderno de Orientações Técnicas dos CRAS dedica um

capítulo para tratar da sua implantação e organização,

com ênfase no “Planejamento, organização do trabalho e

registro de informações”:

O planejamento da Secretaria Municipal de Assistência

Social ou congênere, com todos os CRAS, deve ser

formalizado em instrumento próprio. Possibilita-se,

assim, visualizar de modo crítico a realidade; avaliar os

caminhos escolhidos; definir alternativas e novas

possibilidades e construir um referencial futuro,

antecipando os resultados esperados. O planejamento é

um processo cíclico e continuado, pois permite a

constante realimentação de informações, capazes de

suscitar novas propostas e soluções para situações

inesperadas, conferindo assim dinamismo e

aprimoramento às ações realizadas. (MDS/ CRAS, 2009:

40).

Planejamento

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Destaca-se nessa orientação que o processo de planejar

não se limita a um único momento, mas é continuado. Há

uma orientação específica referindo-se à necessidade de

planejar as ações cotidianas, inclusive semanalmente,

como instrumento de engajamento e fortalecimento da

equipe.

Os coordenadores de CRAS devem planejar coletivamente

as atividades sob sua responsabilidade, em especial

aquelas relacionadas à gestão do território e do CRAS

como unidade do SUAS; de pessoal e dos serviços

ofertados pelo CRAS; e da gestão da informação. Nessa

direção, antes de a equipe iniciar o trabalho, o gestor deve

assegurar capacitação dos profissionais envolvidos. O

ideal é que esta formação seja continuada e que se

prevejam momentos de estudo e aprimoramento da

ação. (MDS/ CRAS, 2009: 41).

Planejamento

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“O registro de informações constitui elemento

fundamental para gestão, monitoramento e avaliação e,

consequentemente, para o aprimoramento das ações e

serviços do CRAS e dos serviços a ele referenciados.

Deve ser realizado por meio de instrumentais que

facilitem armazenar os dados dos usuários; os

atendimentos realizados no CRAS ou nos serviços a ele

referenciados; os acompanhamentos em curso; os

encaminhamentos para serviços da proteção básica e

especial e as informações necessárias à alimentação dos

sistemas da RedeSUAS, do Censo CRAS e de outros

sistemas municipais ou do DF”. (MDS/ CRAS, 2009: 42)

Mais orientações sobre planejamento, coleta, organização e registros:

Cadernos PAIF Volume 2 Item 4.2Caderno de ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA EFORTALECIMENTO DE VÍNCULOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 6 A15 ANOS -Capítulo 10

Registro deInformações

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O cotidiano de trabalho dos CRAS e dos serviços da PSB, cada vez mais,exige do seu coordenador e de sua equipe um aprimoramento noprocesso de planejar, a partir de algumas premissas fundamentais. Sãoelas:

• O planejamento é um processo técnico e político. Baptista (2000)destaca que há necessidade de superação de sua dimensão apenastécnica-operativa, apontando que “a dimensão política doplanejamento decorre do fato de que ele é um processo contínuo, detomada de decisões, inscrito nas relações de poder, o que caracterizaou envolve uma função política. (Baptista, 2000: 17)

• O planejamento permite, ao coordenador e equipe, uma visãoprospectiva e coletivizadora do trabalho e potencializa a capacidadede democratizar a Política de Assistência Social

• O Planejamento deve ser democrático e participativo e, portanto,envolver todos os sujeitos da PAS, ou seja, os trabalhadores, osdestinatários do SUAS, os coordenadores, entidades que prestamserviços socioassistenciais e representantes das demais políticassociais públicas com base no território.

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Monitorar e avaliar são elementos essenciais para agestão das políticas sociais sobretudo para a qualificaçãodos serviços e benefícios.

Apenas com um processo contínuo de monitoramento eavaliação que se podem corrigir rumos e proporaprimoramentos

[...] os modernos sistemas de proteção social não sãoapenas respostas automáticas e mecânicas àsnecessidades e carências apresentadas e vivenciadaspelas diferentes sociedades. Muito mais do que isso, elesrepresentam formas históricas de consenso político, desucessivas e intermináveis pactuações que,considerando as diferenças existentes no interior dassociedades, buscam, incessantemente, responder a, pelomenos, três questões: quem será protegido? Como seráprotegido? Quanto de proteção? (SILVA, YAZBEK EGIOVANNI, 2004: 16)

Monitoramentoe Avaliação

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O SUAS tem investido significativamente em sistemasavaliativos em todas as suas instâncias, tanto no que dizrespeito à qualificação no registro dos dados, quanto noolhar atento para o cumprimento de seus objetivos eseguranças sociais, que se operacionalizam na oferta deserviços e benefícios.

Existe uma relação indissociável entre vigilânciasocioassistencial e monitoramento e avaliação, o queexige uma intensa articulação entre os órgãosresponsáveis por sistematizar e socializar informações emtodos os níveis de governo – tendo entre as fontesgeradoras de informações o trabalho cotidiano da rede deserviços territorializada.

“O CensoSUAS, elaborado e publicado anualmente,apresenta um panorama sobre o estágio dedesenvolvimento do SUAS e conta com dados de todos osmunicípios e estados brasileiros e, para tanto necessitadas informações advindas de toda a rede de serviços”

Monitoramentoe Avaliação

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Conceito de MonitoramentoO monitoramento é o acompanhamento contínuo ou periódico deum programa ou política pública. É realizado por meio da coleta eanálise sistemática de dados e informações sobre a execução doprograma, com a finalidade de verificar se o desenvolvimento desua implementação está de acordo com os padrões esperados, ouseja, de acordo com os objetivos e metas inicialmente planejados.(VATSMAN, RODRIGUES e PAES-SOUSA, 2006; CEPAL, 1997).

Conceito de AvaliaçãoRefere-se ao conjunto de procedimentos técnicos para produzirinformação e conhecimento, em perspectiva interdisciplinar, paradesenho ex-ante (prévio), implementação e validação ex-post(posterior) de programas e projetos sociais, por meio das diferentesabordagens metodológicas da pesquisa social, com a finalidade degarantir o cumprimento dos objetivos de programas e projetos(eficácia), seus impactos mais abrangentes em outras dimensõessociais, ou seja, para além dos públicos-alvo atendidos (efetividade)e a custos condizentes com a escala e complexidade da intervenção(eficiência) (JANNUZZI, 2014).

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Monitoramento e Avaliação são processos analíticosarticulados, que se complementam, com o propósito desubsidiar o gestor público de informações - resumidas empainéis ou sistemas de indicadores - e informações maisanalíticas sobre o funcionamento de programas eserviços.

Na PNAS, integrando o ciclo de planejamento, omonitoramento e a avaliação estão baseados emorientações normativas e está diretamente relacionado aoaprimoramento dos serviços.

Instruções sobre monitoramento e avaliação estãocontidas no caderno de orientação do CRAS e apontampara três diferentes tipos de registro:a) Informações para o acompanhamento das famílias;b) Informações para monitorar ações e serviços;c) Registros necessários à alimentação do Censo CRAS, daRedeSUAS e outros.

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A gestão dos serviços também exige um olharatento para seus trabalhadores com o objetivode lhes garantir condições adequadas para oexercício de suas funções e, além disso,fortalecer o trabalho social em equipe.

A gestão do trabalho deve considerar asatribuições e competências necessárias paracada serviço e as demandas/necessidades decada território e a especificidade profissional decada membro da equipe.

Gestão doTrabalho daEquipe

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A gestão do trabalho já tem muitos avanços e citações,tanto na NOB/RH como na Política Nacional de EducaçãoPermanente do SUAS, que podem orientar as ações docoordenador do CRAS e dos serviços em relação à suaequipe de referência. Alguns pontos importantes:

• Reconhecer a competência técnica, ética e política dotrabalhador do SUAS

• Fortalecer o trabalho interdisciplinar das equipes• Organizar a divisão de tarefas reconhecendo aptidões

e competências (conhecimentos, habilidades eatitudes)

• Apoiar à capacitação permanente e à atualizaçãotécnica e teórica da equipe

• Construir espaços de deliberações democráticas nagestão do serviço e/ou do equipamento do CRAS

• Apoiar as formas de organização dos trabalhadores.

Gestão doTrabalho daEquipe

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Perguntas Orientadoras:

Quais as realidades nos processos deplanejamento, monitoramento e avaliação, degestão do trabalho e equipes, e deintersetorialidade adotada pela PSB nosmunicípios?

Quais as Dificuldades?

Quais as Potencialidades?

Quais as Medidas Possíveis?

Exercício

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O Trabalho Social com Famílias na Proteção Social Básica

Unidade 2

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O termo “trabalho social com famílias” é usual napolítica de assistência social. Ele é definido como:

Conjunto de procedimentos efetuados a partir depressupostos éticos, conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo, com afinalidade de contribuir para a convivência,reconhecimento de direitos e possibilidades deintervenção na vida social de um conjunto depessoas, unidas por laços consanguíneos,afetivos e/ou solidariedade – que se constitui emum espaço privilegiado e insubstituível deproteção e socialização primárias (MDS, 2012, vol.2,p. 12).

Conceito

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Os objetivos do trabalho social com famílias são de“proteger seus direitos, apoiá-las no desempenhoda sua função de proteção e socialização de seusmembros, bem como assegurar o convívio familiare comunitário” (MDS, 2012, vol. 2, p. 12),reconhecendo-se o papel do Estado tanto naproteção da família quanto de seus membrosmais vulneráveis, reconhecendo as famílias e seusmembros como sujeitos de direitos.

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• O trabalho social com famílias do Serviço de Proteção eAtendimento Integral à Família (PAIF) é desenvolvido pelaequipe de referência do CRAS e a gestão territorial pelocoordenador do CRAS, auxiliado pela equipe técnica, sendo,portanto, funções exclusivas do poder público e não deentidades privadas de assistência social (MDS, 2009. p. 10).

• O trabalho social com famílias deve primar por favorecer “oacesso à renda, aos serviços e programas das diversas políticaspúblicas, apoiando a família na construção de novos projetos devida, com consciência crítica e protagonismo na construçãocoletiva de projetos participativos e societários” (MDS, 2014, p.3).

• Deve ser desenvolvido por uma equipe de referência, compostapor profissionais de diferentes áreas, que integram o SUAS e queterão a sua atuação pautada na interdisciplinaridade, com oobjetivo comum de apoiar e contribuir para a superação dassituações de vulnerabilidades e fortalecer as potencialidades dasfamílias usuárias dos serviços ofertados (MDS, 2009).

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A atuação dos profissionais do SUAS e asabordagens metodológicas a serem adotadasdevem ser pautadas nos princípios éticos e nosvalores de liberdade, igualdade e justiçapreconizados pela política de assistência social,explicitados na NOB-RH (2009, p. 17-18). Sãoeles:

• A defesa intransigente dos direitos socioassistenciais

• O compromisso em ofertar serviços, programas, projetos e benefíciosde qualidade que garantam a oportunidade de convívio para ofortalecimento de laços familiares e sociais

• A promoção do acesso à informação aos usuários, garantindo conhecero nome e a credencial de quem os atende

• A proteção à privacidade e opção dos usuários, observando o sigiloprofissional

• O compromisso em garantir atenção profissional direcionada para aconstrução de projetos pessoais e sociais para autonomia esustentabilidade

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• O reconhecimento dos direitos dos usuários a teracesso a benefícios e renda e a programas eoportunidades para inserção profissional e social;

• O incentivo aos usuários para que esses exerçam o seudireito a participar de fóruns, conselhos, movimentossociais e cooperativas populares de produção;

• A garantia do acesso da população à política deassistência social, sem discriminação de qualquernatureza (gênero, raça, étnica, credo, orientação sexual,classe social, ou outras), resguardados os critérios departicipação para os diferentes programas, projetos,serviços e benefícios;

• A devolução das informações colhidas nos estudos epesquisas aos usuários, no sentido de que estes possamusá-las para fortalecimento de seus interesses;

• A contribuição para a criação de mecanismos quevenham desburocratizar a relação com os usuários, nosentido de agilizar e melhorar os serviços prestados.

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As famílias produzem e são produtoras detransformações sociais, ou seja, influenciam esofrem os rebatimentos dos processos históricos deinclusão/exclusão que surgem na sociedade. Oreconhecimento das pressões que estes processosgeram sobre as famílias brasileiras, acentuandosuas fragilidades e contradições, é de fundamentalimportância para os operadores da Política deAssistência Social.

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A Família brasileira e o seuprocesso histórico

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Anos 50 60 a 70 90 a 2000

Modelo centrado na família tripé : mãe, pai e filhos.

Vinculo matrimonial indissolúvel.

Grupos mais complexos e a

chegada do divórcio.

Novos modelosde famílias

monoparentais e homoafetivas.

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Década de 80: Família de baixa renda

Grupo reconhecido pelo grau de complexidade desuas necessidades com tendências e característicaspredominantes: Unidade de sobrevivência com objetivo detranspor dificuldades; Múltiplos problemas que atingem as áreasbásicas de cidadania; Sobrecarga das funções familiares na mulher...

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A partir de concepções surgem conceitos

1994: Família é gente com quem se conta(ONU);2004: Conjunto de pessoas unidas por laçosconsangüíneos, de afeto, e, ou de solidariedade(PNAS);2006: Grupo constituído por laçosconsanguíneos, de alianças e afinidades (PlanoNacional de Promoção, Proteção e Defesa doDireito de. Crianças e Adolescentes à ConvivênciaFamiliar e Comunitária).

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SUASIntersetorialidade

Matricialidade Sociofamiliar

Territorialidade

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• É um instrumento estratégico na Política deAssistência Social no momento em que é definidaa centralidade da família / matricialidadesociofamiliar nas proposições da PNAS/SUAS

• É estratégico, não apenas para atingir o alvo dessapolítica – que são seus usuários/famílias – comotambém para instauração de processosparticipativos no campo da defesa e garantia dedireitos e do controle social

• É estratégico porque buscar garantir, através deuma aproximação direta com as famílias,condições para o desenvolvimento de suaautonomia e de seu protagonismo no âmbito daesfera pública.

Porque o trabalho social com famílias deveser considerado um instrumento estratégicona política de assistência social?

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É fundamental que as equipes motivem aparticipação das famílias nos processos dediagnóstico, planejamento e avaliação dosserviços. Para isso, existem várias possibilidadese metodologias, desde a realização de encontroscom indivíduos, famílias e grupos sociais atédiagnósticos participativos e o estímulo àparticipação nos conselhos e conferências deAssistência Social.

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“A finalidade do trabalho socialcom famílias está dada pelasseguranças de proteção quedevem ser asseguradas por ela, eassim o alcance de tais segurançasconstitui o horizonte para o qualtodas as ações devem convergir.”

Mioto (2015)

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ServiçosServiço de Proteção e

Atendimento Integral à Família (PAIF);

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

(SCFV);Serviço de Proteção Social

Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas.

BenefíciosBenefícios Eventuais

BPCPrograma Bolsa Família

ProgramasAcessuas Trabalho

BPC na EscolaBPC TrabalhoCriança Feliz

ProcedimentosBusca Ativa

AcolhidaAtendimento

EncaminhamentosAcompanhamentos

Oficinas com famíliasAções comunitárias

Ações particularizadas

Transversalidade do TSF

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O trabalho social com famílias envolve concepções e práticas no âmbito do PAIF.

Perguntas Orientadoras:

• Quais concepções sustentam a prática nosterritórios onde atuam? Elas estão niveladas entretoda a equipe? O que as une? O que lhes dáidentidade/unidade?

• Que práticas têm sido geradas? Qual é a relaçãoentre estas práticas e a concepções de proteçãosocial e de cidadania?

• Quais as dificuldades enfrentadas? Que mudanças /implementos precisam ser feitas para ofortalecimento do trabalho social com famílias nosmunicípios?

Reflexão

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Leitura do Texto “Na Sexta Não temCesta”

Considerando o conjunto das atribuições,programas, serviços e benefícios da ProteçãoBásica, construa um fluxo de atendimento queenvolva estratégias de: articulação intersetorial,articulação da rede territorial, protagonismo eparticipação do usuário, para assegurar aproteção social à esta família.

Garanta um novo desfecho a esta história!!!!

Exercício

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

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Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096