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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – … · 2 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... caixas de papelão, etc., ... ganhou a stadium – uma corrida de aproximadamente 200 m –

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO PARANÁ – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ - UENP

PROFº ROBERTO DOMINGUES

ORIENTADOR: PROFº MS. RAPHAEL GONÇALVES DE OLIVEIRA

UNIDADE DIDÁTICAEXPLORANDO O LÚDICO NAS AULAS DE ATLETISMO

JACAREZINHO – PARANÁ

2011

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Professor PDE: Roberto Domingues

1.2 Área PDE: Educação Física

1.3 NRE: Ibaiti

1.4 Professor Orientador: Raphael Gonçalves de Oliveira

1.5 IES: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

1.7 Escola de Implementação: E. E. Gentil Lucas – E. F.

1.8 Público objeto de implementação: Alunos da 5ª série (E. F.)

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2 INTRODUÇÃO

O presente material didático-pedagógico visa apresentar uma unidade didática

para o ensino do atletismo nas aulas de Educação Física, na 5ª Série do Ensino

Fundamental. A intenção da proposta é trabalhar com o atletismo a partir de uma

perspectiva lúdica.

O atletismo é pouco explorado nas aulas de Educação Física devido à atração

que os alunos têm pelos esportes coletivos. Na maioria das vezes, o professor encontra

dificuldade em planejar uma aula em que o conteúdo e a metodologia não sejam a

competição e sim a experimentação e o conhecimento da modalidade. Segundo Kunz

(2004, p.30):

“Pela forma como tradicionalmente é ensinado, torna-se praticamente

impossível conferir a essa modalidade algum valor pedagógico-educacional. O

atletismo no ensino tradicional não é jogo, nele não há diversão, é pura busca

de melhor rendimento”.

Outro fator, que acaba inviabilizando o trabalho, é a falta de material pedagógico

e espaço adequado para execução de alguns fundamentos.

As aulas de educação física, quase sempre pautadas nas metodologias

tradicionais e tecnicistas, acabaram diminuindo a prática do atletismo na escola, pois

devido os critérios de avaliação fundamentados na observação da técnica e perfeição dos

movimentos, ocasionou a desmotivação de uma grande parte de alunos, por não terem

condições de competir com os mais fortes e com os que dominam a técnica.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Secretaria de Estado da

Educação do Paraná (2008, p. 76) “a avaliação em Educação Física tem priorizado os

aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos,

destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à

classificação dos alunos”. Reforçando ainda a ideia que Kunz (2004) aborda sobre o

assunto:

O esporte ensinado nas escolas enquanto cópia irrefletida do esporte de competição ou de rendimento, só pode fomentar vivências de sucesso para a minoria e o fracasso ou a vivência de insucesso para a maioria (p. 125).

As possibilidades de movimento no atletismo, se bem explorados, são enormes,

e isso se torna imprescindível para a continuidade do trabalho que o professor irá realizar

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com os outros elementos da cultura corporal, haja visto, que correr, saltar e

arremessar/lançar, são movimentos básicos em outros conteúdos da Educação Física.

A importância de se utilizar o lúdico como recurso nas aulas de atletismo é que

nos permite observar as atitudes mais espontâneas dos alunos, sem que os mesmos

tenham que se preocupar unicamente pela superação dos colegas, como no ensino

técnico dos fundamentos. Isso permite perceberem as sensações que os saltos,

arremessos e corridas trazem para eles. “Cagigal (1979) afirma que o esporte será tanto

mais educativo quanto mais conservar sua qualidade lúdica, sua espontaneidade e seu

poder de iniciativa” (apud BRACHT, 1992, p. 81).

Através do lúdico podemos criar problematização em que os alunos possam

experimentar diversas situações de desafios que demandam criatividade. De acordo com

Marcellino (2003):

Reencontrar o lúdico, entender o seu valor revolucionário, torna-se imperativo se

se deseja preservar os valores humanos no homem. Da mesma forma, através

dele podemos resgatar a criatividade, ousando experienciar o novo, acordar do

estado vegetativo, improdutivo, disfuncional do corpo ou da mente e escolher

tornar-se homem, resistindo às experiências de vida desumanizantes, acreditando

em si, em suas idéias, sonhos e visões, elementos, entre outros, percebidos como

intrínsecos dos homens e da humanidade. (p. 31)

Ao trabalhar o atletismo de forma lúdica, permite-se a utilização de diversos

materiais disponíveis como bolas, arcos, bastões, cordas, jornais, garrafas de plástico,

caixas de papelão, etc., assim como obstáculos diversos e locais alternativos. Podem-se

propor também oficinas de construção de materiais com sucatas para serem utilizados

nas aulas.

Para que o aluno tenha uma visão crítica do esporte em questão, os conteúdos

devem sere trabalhados também de forma teórica em alguns momentos, afim de que o

atletismo possa ser adaptado à realidade da escola e assim permita a sua recriação.

Desta forma, serão abordados temas que permeiam a história e a evolução do atletismo

no mundo e no Brasil.

Durante a aplicação da unidade didática a avaliação estará presente em todo o

processo, ou seja, no diagnóstico, no conteúdo sistematizado e por fim na recriação de

novas formas de se jogar e utilizar o conhecimento adquirido.

Como ferramenta de registro inicial, será utilizado um diário de bordo, onde serão

anotados os conhecimentos prévios dos alunos, desde a avaliação diagnóstica até a

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avaliação final, com os avanços e aprendizagens dos alunos.

As avaliações das produções e desempenho dos alunos serão analisadas à luz

dos fundamentos, isto é, de critérios preestabelecidos em consonância com a proposta

pedagógica da escola. Esses critérios servirão de base para avaliar o nível de

aprendizagem dos alunos. De posse dessas informações o professor direcionará o seu

trabalho para a melhor aprendizagem do aluno.

Conforme propõe as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado

do Paraná, serão avaliados o comprometimento e o envolvimento dos alunos no processo

pedagógico.

3 UNIDADE DIDÁTICA

3.1 CONHECENDO O ATLETISMO (tempo estimado: 2 aulas)

O(a) professor(a) irá dialogar com os alunos sobre o conceito que eles têm sobre

o atletismo, através de direcionamentos como:

O que conhecem do atletismo e quais as ações do dia a dia que eles associam

com o atletismo;

Quais a modalidades de atletismo que conhecem;

Quais as semelhanças do atletismo com outros esportes;

Como é o atletismo de competição;

Qual o conhecimento que eles têm ou como imaginam a origem do atletismo.

Cada aluno deverá anotar em um caderno as respostas dos questionamentos

surgidos durante o debate o (a) professor (a) permitirá um tempo para cada anotação.

Em seguida, os alunos se dividirão em pequenos grupos onde poderão discutir e

selecionar as respostas que irão fazer parte de uma apresentação para uma próxima

aula.

Sistematizando a apresentação o (a) professor (a) anotará os questionamentos no

quadro, deixando um espaço para as respostas e apresentações dos grupos. Na

sequência os alunos lerão os textos: “Origens do Atletismo” e “O Esporte no Brasil”,

disponíveis no link http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/

conteudo.php?conteudo=167#origens.

Origens do Atletismo

O Atletismo conta a história esportiva no homem no Planeta. É chamado de

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esporte-base, porque sua prática corresponde a movimentos naturais do ser humano:

correr, saltar, lançar. Não por acaso, a primeira competição esportiva de que se tem

notícia foi uma corrida, nos Jogos de 776 a.C., na cidade de Olímpia, na Grécia, que

deram origem às Olimpíadas. A prova, chamada pelos gregos de "stadium", tinha cerca de

200 metros e o vencedor, Coroebus, é considerado o primeiro campeão olímpico da

história.

Na moderna definição, o Atletismo é um esporte com provas de pista (corridas) de

campo (saltos e lançamentos), provas combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem

provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona),

corridas em campo (cross country), corridas em montanhas, e marcha atlética.

O Atletismo nasceu com o homem. Afinal, o mais antigo dos nossos ancestrais já

andava, era obrigado a correr, a saltar e a lançar coisas. Era a dura luta contra os

predadores e a busca por alimentos. Pode-se dizer que ao aprimorar essas habilidades, o

homem garantiu sua história.

Isso tudo explica porque, ao criar as primeiras competições esportivas, as

primeiras a serem organizadas foram as provas atléticas. Há indícios da prática do

Atletismo há pelo menos 5 mil anos no Egito, na Grécia e na China. No entanto, o

primeiro registro histórico de uma competição data de 776 a.C. Foi quando Coroebus, da

cidade grega de Élis, ganhou a stadium – uma corrida de aproximadamente 200 m – e

tornou-se o primeiro campeão olímpico conhecido da história.

O formato moderno do Atletismo remonta a meados do Século 19. Basicamente,

engloba as corridas de pista, de rua, de cross country e de montanha, a marcha, os saltos

e os lançamentos. Por sua característica de representar os movimentos naturais do

homem, o Atletismo é chamado de “esporte-base”.

Assim como nos Jogos da Grécia Antiga, o Atletismo permanece como o principal

esporte olímpico dos tempos modernos. Tanto que o próprio Comitê Olímpico

Internacional estabeleceu – até para efeito de distribuição dos recursos auferidos nos

Jogos – que o Atletismo é o único esporte na categoria 1.

Por outro lado, a criação da IAAF (sigla em inglês da Associação Internacional

das Federações de Atletismo) deu credibilidade às competições. As regras do esporte

foram escritas e os recordes, homologados.

A importância do esporte-base é sintetizada por uma frase que circula no meio olímpico:

“Os Jogos Olímpicos podem acontecer apenas com o Atletismo. Nunca, sem ele.”

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O Esporte no Brasil

A história atlética do Brasil começa no Século 19. Na década de 1880, o Jornal do

Commercio já anunciava resultados de competições atléticas no Rio de Janeiro. Nas três

primeiras décadas do Século 20, a prática atlética foi consolidada entre nós. Em 1914, a

antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos) filiou-se à IAAF. Em 1924, o País

participou pela primeira vez do torneio olímpico, ao mandar uma equipe aos Jogos de

Paris.

No ano seguinte foi disputado, pela primeira vez, o Campeonato Brasileiro. Em

1931, brasileiros disputam pela primeira vez o Campeonato Sul-Americano. Em 1932,

Clovis Rapozo (salto em distância) e Lúcio de Castro (salto com vara) chegaram às finais

nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Quatro anos depois, Sylvio de Magalhães Padilha

foi o 5º nos 400 m com barreiras nos Jogos de Berlim.

Em 1952, nos Jogos de Helsinque, Adhemar Ferreira da Silva conquistou a

medalha de ouro no salto triplo. Era a primeira das 13 medalhas que o Atletismo daria ao

Brasil, até os Jogos de Atenas, em 2004. Adhemar foi o primeiro dos três triplistas

brasileiros a estabelecer o recorde mundial na prova. Os outros foram Nelson Prudêncio e

João Carlos de Oliveira.

A CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo é responsável pelo esporte no

País. No plano mundial, a direção é da IAAF - sigla em sigla em inglês da Associação

Internacional das Federações de Atletismo.

Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo

Após a leitura o (a) professor (a) pedirá aos alunos para que respondam no

caderno as seguintes perguntas:

1ª) Por que o atletismo é considerado esporte-base?

2ª) Como surgiu o atletismo?

3ª) É possível a prática do atletismo na escola? Como?

3.2 AS CORRIDAS (tempo estimado: 6 aulas)O (a) professor(a) abordará o assunto conversando com os alunos sobre o que

eles conhecem sobre as corridas e quais as formas de corridas existentes.

Após um amplo debate sobre o tema, o (a) professor(a) iniciará uma série de

atividades lúdicas envolvendo a corrida.

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1ª Atividade

Conteúdo: Marcha atlética

Pega-pega utilizando-se as linhas de demarcação das quadras.

Variação: os alunos deverão se deslocar andando, e nunca correndo.

2ª Atividade

Preparação da atividade: Jornal

Conteúdo: Corrida

Brincadeira “cuide do seu rabo”. Cada aluno, de posse de uma folha de jornal

deverá enrolá-la e prendê-la na cintura. Ao sinal do professor todos os alunos deverão se

movimentar pela quadra tentando alcançar o “rabo” de outro aluno, ao mesmo tempo em

que protege o seu.

3ª Atividade

Conteúdo: Corrida

Os alunos em dupla e de mãos dadas deverão formar um círculo na quadra. Os

alunos da direita serão chamados de “sol” e os da esquerda de “lua”. Um aluno deverá

permanecer no centro do círculo. O professor irá gritar um dos três comandos: “sol” -

todos os alunos da direita deverão trocar de parceiro; “lua” - todos os alunos da esquerda

deverão trocar de parceiros; “pegou fogo na floresta” - todas as duplas deverão se

desfazer e formar novas duplas no círculo. O aluno do centro, sempre após o comando do

professor, deverá procurar um companheiro antes que outro aluno alcance. O aluno que

ficou só deverá se deslocar para o meio do círculo.

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4ª Atividade

Preparação da atividade: 2 bandeiras

Conteúdo: Corrida

Pique Bandeira. Utilizando-se a quadra de futsal, duas bandeiras deverão ser

colocadas dentro das áreas de atuação do goleiro. Duas equipes deverão se posicionar

cada qual em um lado da quadra. Os alunos deverão atravessar a quadra adversária e

alcançar a bandeira que está no lado oposto sem serem tocados. Os alunos que forem

pegos deverão ficar imóveis no local até que outro companheiro de sua equipe o “salve”,

tocando-o.

Figura 1: Pique Bandeira

5ª Atividade

Preparação da atividade: Caixas de papelão

Conteúdo: Corrida com barreira

Pique mãe-de-rua com caixas de papelão. Os alunos deverão se dispor em duas

fileiras atrás das linhas laterais que demarcam a quadra de vôlei. Um aluno deverá ser o

pegador e ficar entre as duas linhas no centro da quadra. Os alunos das fileiras deverão

atravessar a quadra sem serem pegos pelo pegador. No meio da quadra serão colocadas

de maneira aleatória, várias caixas de papelão como obstáculos, sendo que o aluno que

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tocar uma das caixas deverá ajudar o pegador.

Variação: Também poderá ser utilizado como obstáculo, bambolê e cones

deitados.

6ª Atividade

Preparação da atividade: Cones ou garrafas pet.

Conteúdo: Corrida de velocidade

Posicionar dois cones a uma distância de 20 metros um do outro em um terreno

plano e sem obstáculos. Os alunos deverão percorrer individualmente a distância entre os

dois cones em velocidade máxima com o tempo cronometrado pelo(a) professor(a).

Antes de iniciar a corrida, cada aluno deverá se encontrar na posição de “saída baixa”, ou

seja, as mãos no solo ao lado do primeiro cone com os polegares voltados para dentro e

demais dedos para fora, a perna de impulsão deve ficar ligeiramente projetada a frente

com os joelhos semiflexionados e o quadril elevado. Cada aluno, após a corrida, deverá

anotar o seu tempo. Após todos realizarem a atividade, o(a) professor(a) iniciará uma

conversa com os alunos indagando-os sobre qual tempo eles percorreriam as distâncias

das provas de velocidade (100, 200 e 400 metros) com a mesma velocidade da atividade

anterior. Após um tempo de quinze minutos para a realização da tarefa o (a) professor (a)

pedirá para os alunos exporem os seus resultados. Visando a correção, as atividades

serão realizadas no quadro utilizando-se as seguintes fórmulas:

- Prova de 100 metros = tempo do aluno x 5;

- Prova de 200 metros = tempo do aluno x 10;

- Prova de 400 metros = tempo de aluno x 20.

7ª Atividade

Preparação da Atividade: 6 Cones e 1 bastão de aproximadamente 20 centímetros (cabo

de vassoura).

Conteúdo: Corrida de revezamento.

Colocar 6 cones, um em cada canto e nas extremidades da linha central da

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quadra de voleibol. Dividir os alunos em grupos de seis alunos. Cada aluno deverá se

posicionar ao lado de cada cone. Ao sinal do professor (a) o aluno do cone 1 irá se

deslocar em velocidade máxima com um bastão em uma das mãos passando-o ao aluno

que está posicionado ao lado do cone 2. O bastão será passado na sequência de aluno

por aluno até chegar ao que está posicionado no cone 6. Este deverá pegar o bastão e

correr até o cone 1. O (A) professor (a) irá cronometrar o tempo.

Figura 2: Corrida de revezamento

8ª Atividade

Pedir para os alunos responderem os seguintes questionamentos:

1) Quais os tipos de deslocamentos utilizados nas atividades anteriores?

2) Quais as dificuldades encontradas?

3) Que tipo de sensação o corpo sofre durante a realização de cada atividade, seja de

velocidade ou de resistência?

4) Qual o sentido da “saída baixa” na atividade de velocidade?

5) Quais os meios que os atletas utilizam para conseguir melhorar o rendimento?

6) As corridas fazem parte das fases dos saltos no atletismo? Por quê?

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3.3 OS SALTOS (tempo estimado: 7 aulas)

1ª Atividade

Promover um amplo debate com os alunos sobre saltos. Tudo aquilo que os

alunos já ouviram de outras pessoas ou profissionais da área, leram ou absorveram

através da mídia, servirão de base para identificar o conhecimento prévio dos alunos.

A seguir, pedir para os alunos responderem, de acordo com o que eles acham ou

conhecem, as questões abaixo:

− Quais os tipos de saltos que conhecem?

− Tomando como base a aprendizagem sobre a origem do atletismo e das corridas,

escreva sobre como imaginam a origem dos saltos.

− Como podemos explorar os recursos que dispomos em nossa localidade ou escola

para a realização dos saltos?

− A velocidade pode determinar a extensão do comprimento do salto em distância?

Como?

− “Na vida temos que superar as dificuldades e os obstáculos de nossa caminhada”.

Será que essa frase tem alguma relação com os saltos? Explique:

− Existem diversos tipos de atitudes e escolhas para superarmos os obstáculos da vida,

assim como no esporte. Comente sobre essas escolhas, levando em conta também as

condições socioeconômicas e culturais de cada pessoa.

2ª Atividade

Preparação da Atividade: Corda.

Conteúdo: Salto em Altura.

Dois alunos segurando uma corda de aproximadamente 4 metros esticada.

Formar grupos de acordo com o tamanho da corda, que ficarão enfileirados paralelos a

mesma. Os alunos que estarão segurando a corda deslocarão a mesma em direção a

fileira de alunos, ora por cima na altura dos ombros obrigando-os a abaixarem, ora

próxima ao solo de maneira que possam saltá-la.

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Figura 3: Passagem pela corda.

3ª Atividade

Preparação da Atividade: Corda.

Conteúdo: Salto em Altura.

Dois alunos segurando uma corda deixando-a frouxa e fazendo ondulações

(cobrinha) com a mesma. Os demais alunos deverão correr e saltar sobre a corda sem

tocá-la.

4ª Atividade

Preparação da Atividade: Corda.

Conteúdo: Salto em Altura.

Dois alunos “batendo corda”. Os outros alunos aproximarão da corda e tentarão

passar pela corda sem tocá-la. Começa individualmente e vai variando em duplas, trios e

grupos maiores.

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5ª Atividade

Preparação da Atividade: Corda.

Conteúdo: Salto Triplo

Desenhar no solo com uma corda vários semicírculos em diferentes direções. Os

alunos em colunas deverão correr em direção a corda e passar pela sua extensão,

pisando nos semicírculos sem tocá-la.

6ª Atividade

Preparação da Atividade: Giz.

Conteúdo: Salto Triplo

O (a) Professor (a) deverá desenhar no piso dois círculos próximos um do outro

(50 cm) que servirão de referência para os alunos saltarem. Solicitar aos alunos que

definam uma perna que dará o primeiro impulso. Em seguida todos deverão correr em

direção ao primeiro círculo, saltar com a perna escolhida e aterrissar com a mesma no

centro do primeiro círculo e em seguida executar um segundo salto com queda na perna

contrária no segundo círculo. Finalizando a sequência, o aluno deverá saltar novamente e

aterrissar com os dois pés e os braços estendidos á frente.

7ª Atividade

Preparação da Atividade: Dois Cones e uma trena. Escolher um local sem pavimento,

onde o impacto possa ser absorvido (grama ou areia).

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Conteúdo: Salto Triplo e Salto em Distância.

Posicionar os cones um do lado do outro a uma distância de um metro. Os alunos

tomarão uma distância de aproximadamente vinte metros dos cones e iniciarão a corrida

de aproximação para o salto. Quando chegarem entre os cones, sem ultrapassá-los,

deverão saltar com um das pernas aterrissando com a mesma e novamente saltar com

queda na perna contrária. Novamente executa outro salto, finalizando com a queda nas

duas pernas e braços estendidos a frente. A medição da extensão será feita entre a linha

imaginária entre os dois cones e o local onde a parte do corpo mais próxima tocou o solo.

Cada aluno executará três saltos, sendo válido o salto mais extenso.

Está atividade deverá ser realizada em grupos, onde o objetivo é a soma dos

melhores saltos de cada aluno do grupo.

Variação: Realizar a mesma atividade com o salto em uma das pernas e queda

nas duas (salto em distância).

8ª Atividade

Conteúdo: Salto em Altura.

Dois alunos (é aconselhável escolher os maiores) com os braços entrelaçados em

forma de “cadeirinha”. Os alunos deverão correr, sem muita velocidade para concentrar-

se no salto, em direção aos dois alunos que estão formando a “cadeirinha”. A trajetória da

corrida deverá ser em linha reta e ao lado do ponto onde deverá saltar, em seguida será

realizada uma curva em direção aos dois alunos. Chegando próximo ao ponto do salto o

aluno deverá executar o salto com um dos pés realizando um giro de noventa graus

elevando as duas pernas e caindo de costas nos braços dos alunos que estão formando a

“cadeirinha”. O (a) Professor(a) deverá ficar posicionado(a) atrás do ponto do salto para

auxiliar na hora de segurar o aluno que salta. Quando o aluno saltar com a perna

esquerda deverá iniciar a corrida de aproximação pelo lado direito do ponto do salto e

quando for com o esquerdo deverá fazer o contrário.

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Figura 4: Salto em Altura.

9ª Atividade

Preparação da Atividade: Corda, colchão e pneus.

Conteúdo: Salto em altura.

Colocar um colchão sobre pneus deitados de maneira que fique elevado e com

sua base inferior apoiada. Pedir para dois alunos esticarem uma corda frente ao colchão.

Os alunos deverão executar o salto em altura conforme a atividade anterior. Toda vez que

o aluno passar pela corda sem tocá-la ela será elevada para o próximo salto do mesmo.

Cada aluno terá três oportunidades para realizar o seus saltos. O objetivo da atividade

não é a competição, mas sim a oportunidade e a experimentação de lançar-se no ar em

uma atividade que quase só os atletas sentem, ou seja, a sensação de voar com o seu

corpo desafiando a lei da gravidade.

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10ª Atividade

Conteúdo: Saltos.

Conforme mencionado na primeira atividade sobre saltos, onde questionamos

sobre os espaços e recursos existentes para executá-lo, os alunos terão nesse momento

a oportunidade de criar novas formas de saltar. Para discussão e elaboração desta

atividade os alunos dividir-se-ão em grupos.

11ª Atividade

Preparação da Atividade: Varas de bambu de aproximadamente dois metros.

Conteúdo: Salto com Vara.

Os alunos executarão pequenos saltos com uma vara de bambu. Para assimilar

uma técnica que será utilizada na sequência, os alunos segurarão a vara de bambu com

uma das mãos mais embaixo e outra acima. Durante o salto executarão um giro de cento

e oitenta graus. Quando saltar pelo lado direito do bambu a mão esquerda posiciona-se

mais embaixo, sendo que pelo lado esquerdo, inverte-se as mãos.

12ª Atividade

Preparação da Atividade: Varas de Bambu e caixas de papelão.

Conteúdo: Salto com Vara.

Com as caixas espalhadas pelo chão, os alunos deverão saltá-las utilizando a

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vara de bambu. O (a) Professor (a) deverá orientar para realizarem saltos curtos para

evitarem o risco dos bambus escorregarem.

13ª Atividade

Preparação da Atividade: Varas de Bambu.

Conteúdo: Salto com Vara.

Saltar de planos elevados para mais baixos com a vara de bambu e em seguida

realizar o contrário. Ex.: Saltar de um banco ou degrau.

14ª Atividade

Preparação da Atividade: Colchão, pneus, varra de bambu e corda.

Conteúdo: Salto com Vara.

Preparar a atividade com os materiais dispostos como na 9ª Atividade. Os alunos

deverão correr e saltar a corda utilizando o bambu. Na fase aérea o aluno deverá

executar o giro e cair de costas no colchão empurrando o bambu para o lado contrário.

Obs.: Para o bambu não escorregar a atividade deverá ser realizada em um terreno onde

se possa fazer um buraco para travá-lo. O aluno poderá escolher em saltar com ou sem a

corda, ou na altura que desejar.

15ª Atividade

Finalizando o capítulo sobre saltos, pedir para os alunos construírem um pequeno

texto sobre o aprendizado e as sensações que tiveram na realização dos movimentos

vivenciados.

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3.4 ARREMESSOS E LANÇAMENTOS (tempo estimado: 8 aulas)

1ª Atividade

Preparação da Atividade: Bolas de borracha, vôlei ou meia.

Conteúdo: Lançamentos

Os alunos de frente realizarão o lançamento de uma pelota um para o outro a

uma distância de dez metros. A distância poderá ser aumentada de acordo com o grau de

habilidade dos alunos no lançamento e na recepção.

Variação: Colocar uma corda ou uma rede para fazer com que os alunos lancem a

bola mais alta.

2ª Atividade

Preparação da Atividade: Cones, bolas de borracha, vôlei ou meia.

Conteúdo: Lançamentos.

Dividir os alunos em duas equipes. Cada equipe deverá se posicionar em seu

campo. Colocar duas fileiras de cones de frente a uma distância de seis metros uma da

outra no centro da quadra, delimitando a área de lançamento e os campos dos alunos. A

bola deverá ser lançada no campo adversário, sendo que quando não for pega ou tocar

duas vezes no solo será computado um ponto para a equipe que lançou.

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Figura 5: Jogo de Lançamento da Pelota

3ª Atividade

Preparação da Atividade: Cabos de vassoura e bambolê.

Conteúdo: Lançamento do Dardo.

Pendurar um bambolê em um local elevado (traves do gol). Os alunos lançarão o

cabo de vassoura no centro do bambolê a uma distância determinada, que será

gradativamente aumentada conforme a escolha do aluno. A atividade poderá ser realizada

dividindo-se em dois grupos e estipulando uma distância padrão onde o resultado final

será a soma de acertos dos lançamentos de cada grupo.

4ª Atividade

Preparação da Atividade: Varas de Bambu de aproximadamente um metro e meio (dardo),

barbante grosso, trena e giz.

Conteúdo: Lançamento do Dardo.

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Encontrar o ponto de equilíbrio da vara de bambu equilibrando-a na palma da

mão. Enrolar o barbante no ponto de equilíbrio de maneira a formar uma empunhadura

para segurar o dardo. Desenhar uma linha horizontal no chão, que não deverá ser

ultrapassada durante o lançamento. Desenhar linhas horizontais a frente da área de

lançamento com as medidas das distâncias entre as mesmas para que o aluno tenha uma

referência para onde lançar e onde o dardo caiu. Após concluir a construção do dardo os

alunos deverão realizar o lançamento com uma corrida de aproximação. O dardo será

segurado com a palma da mão voltada para cima e o dedo indicador apoiando-a,

conforme a figura abaixo. Na hora da corrida o aluno deverá manter o cotovelo elevado. O

movimento termina com a projeção da perna do mesmo lado do braço que segura o dardo

à frente e o lançamento do dardo, sem ultrapassar a linha demarcatória.

Figura 6: Segurando o Dardo.

5ª Atividade

Preparação da Atividade: Dois pratos de papelão com alumínio para bolo de

aproximadamente 30 cm de diâmetro, um pedaço pequeno de cerâmica ou azulejo e fita

adesiva.

Conteúdo: Lançamento do disco.

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Construção de um disco, de aproximadamente 30 cm de diâmetro. Colocar um

pequeno pedaço de piso de cerâmica ou revestimento colado com fita adesiva no centro

de um dos pratos pelo lado interno, para dar peso ao disco. Em seguida, unir os pratos e

enrolar uma fita adesiva em suas extremidades para fixá-los. Após a construção do

objeto, os alunos deverão segurá-lo com a palma de uma das mãos voltada para baixo e

a ponta dos dedos apoiando a sua extremidade e a outra por baixo com a palma para

cima, pressionando o disco. Em seguida, os alunos realizarão um giro sobre os pés, com

o braço que está sobre o disco, estendido, retirando a mão de baixo, tornando a colocá-la

ao final do movimento para o disco não cair.

6ª Atividade

Preparação da Atividade: Disco de papelão.

Conteúdo: Lançamento do Disco.

Lançar o disco construído na 5ª Atividade, utilizando as linhas demarcatórias da

4ª Atividade, com os alunos executando quantos giros quiserem, não ultrapassando a

linha de lançamento. Os alunos poderão experimentar outros objetos trazidos de casa, se

houverem (ex.: roda de carrinho de bebê). Pode-se organizar esta atividade em grupos,

somando as marcas de cada grupo ao final da atividade.

7ª Atividade

Preparação da Atividade: Bolas dente de leite de aproximadamente quinze centímetros de

diâmetro (ou sacolas plásticas e meias), areia, fitas adesivas, caixas de papelão.

Conteúdo: Arremesso de Peso.

O (a) Professor(a) deverá fazer um pequeno corte na bola. Em seguida, os alunos

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deverão encher a bola com areia e fechá-la enrolando a fita adesiva. Os alunos deverão

arremessar as bolas sobre as caixas de papelão que estarão no centro da quadra.

Podem-se utilizar também sacolas plásticas para acondicionar a areia e meias para

revestir. O (a) Professor(a) deverá orientar os alunos para não lançarem a bola e sim

arremessá-las. Para isto, é necessário demonstrar a diferença entre lançamento e

arremesso, onde o movimento de lançar pode, devido ao peso da bola, prejudicar a

articulação e a musculatura do ombro e membro superior. O arremesso consiste,

inicialmente na colocação da bola na palma da mão, com o braço flexionado, próxima ao

ombro e o queixo. Em seguida realiza um deslocamento lateral, com troca de passo no

ato do arremesso empurrando a bola com a extensão do braço.

8ª Atividade

Preparação da Atividade: Bola de areia confeccionada na atividade anterior e giz.

Utilizando as marcações das atividades anteriores, arremessar a bola utilizando o

deslocamento e a troca de passo. Pode-se realizar em grupos somando as marcas dos

arremessos.

9ª Atividade

Preparação da Atividade: Bola dente de leite (sacolas plástica e meia), areia, fita adesiva,

arame e papelão.

Conteúdo: Lançamento do Martelo.

Construção do Martelo utilizando arame, bola dente de leite (sacolas plástica e

meia), areia, papelão e fita adesiva. Após confeccionar o peso, como na 7ª Atividade, o

aluno deverá prendê-lo com um arame, deixando duas pontas para o cabo, que serão

enroladas uma na outra, de maneira que o comprimento vá do chão até a linha da sua

cintura. No acabamento final do cabo, deverá ser feito uma argola com o arame,

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encapando-a com um papelão que será fixado por fita adesiva. Como material alternativo

poderá ser utilizado o peso fabricado com sacolas plástica e meia, sendo que o cabo

poderá ser feito com uma meia comprida ou o próprio arame. Para esta atividade os

alunos executarão somente o molinete, ou seja, girar o martelo sobre a cabeça utilizando-

se somente os braços, sem sair do lugar, como reconhecimento do material.

10ª Atividade

Preparação da Atividade: Martelo confeccionado na atividade anterior e cone.

Conteúdo: Lançamento do Martelo.

Realizar primeiramente o molinete e em seguida o giro sobre os pés, finalizando

com o lançamento. Para essa atividade é aconselhável não utilizar muita força, pois o

espaço, geralmente, é insuficiente para arremessos de longa distância, tendo em vista

que a associação dos fatores, formato do material e o movimento do lançamento, podem

resultar em um deslocamento para além das dependências da escola ou provocar algum

dano. Como objetivo da atividade os alunos poderão lançar o martelo o mais próximo

possível de um objeto (cone).

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4. REFERÊNCIAS

ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados, chancela editorial CBCE, 2005.

AUTORES, Coletivo de. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

BRACHT, Valter. Educação Física e Aprendizagem Social. Porte Alegre: Magister, 1992.

DCEB – Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica, Curitiba, SEED, 2008.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtora. 41ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2009.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 31ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2009.

KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. 6ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lúdico, educação e educação física. 2ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003.

MATTHIESEN, Sara Quenzer. Atletismo: se aprende na escola. 2ª ed. Org. Jundiaí, SP: Editora Fontoura, 2009.

ROSSETTO JUNIOR, Adriano José; COSTA, Caio Martins; D'ANGELO, Fabio Luiz. Práticas Pedagógicas Reflexivas em Esporte Educacional: unidade didática como instrumento de ensino e aprendizagem. São Paulo: Phorte, 2008.