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2 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA GILMA MARIA CARNEIRO DE PAULA A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CASTRO 2008 Unidade Didática elaborada como subsídio ao Projeto de Intervenção Pedagógica a ser implementado no Colégio Estadual Antonio e Marcos Cavanis, conforme prevê o Programa de Desenvolvimento Educacional. Professora Orientadora: Ms. Gislene Lozznitz Bida.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO · Ele cita ainda Paulo Afonso Caruso Ronca (1996) que faz a seguinte indagação: “Se o papel do professor é dar aulas, enquanto ele dá aula, o

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

GILMA MARIA CARNEIRO DE PAULA

A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

CASTRO

2008

Unidade Didática elaborada como subsídio ao Projeto

de Intervenção Pedagógica a ser implementado no

Colégio Estadual Antonio e Marcos Cavanis,

conforme prevê o Programa de Desenvolvimento

Educacional.

Professora Orientadora: Ms. Gislene Lozznitz Bida.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 4

ABERTURA........................................................................................................ 5

MAS, POR QUE TORNAR A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?................... 6

A ESCOLHA DO TEMA...................................................................................... 6

A AULA E OS INTERESSES DOS ALUNOS..................................................... 7

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X APRENDIZAGEM MECÂNICA............... 9

DESPERTAR MOTIVOS PARA APRENDER................................................... 10

ESTILOS DE APRENDIZAGEM....................................................................... 14

AULAS FAVORÁVEIS À APRENDIZAGEM..................................................... 18

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 20

REFERÊNCIAS................................................................................................ 21

4

APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática tem por finalidade ressaltar a importância da

aprendizagem significativa, evidenciando aspectos da prática pedagógica

que podem ser aperfeiçoados para favorecer o ensino significativo. É, portanto,

um material dirigido a todos os professores que buscam tornar mais eficiente o

ensinar e o aprender.

A nota de abertura expõe o problema que originou o Projeto de

Intervenção e faz uma reflexão sobre nossa participação como educadores no

conjunto de ações capazes de contribuir para a construção uma nação mais

autônoma.

Passamos a um olhar mais atento para os nossos alunos, quem são eles

e o que acontece quando chegam à escola.

A partir daí, abordamos a parceria necessária entre professores e alunos

nessa caminhada rumo à aprendizagem significativa. Para essa reflexão,

utilizamos as contribuições de autores que estudam o tema, intercalando com

espaços interativos onde o professor terá oportunidade para registrar suas

experiências acerca do tema e das provocações que são feitas no decorrer do

documento. Aliás, sendo um material em construção, a participação de todos é

fundamental!

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ABERTURA

Professor(a):

Você tem se perguntado por que, apesar da sua dedicação, seus alunos

não aprendem? Pensa que isso só acontece com você e se questiona:

- “Não sei ensinar?”

- “Esses alunos não entendem minhas explicações?”

- “Como fazer esses alunos tão desinteressados se ‘ligarem’ no que

quero ensinar?”

Pois é por essas e por outras indagações sobre as questões referentes

ao ensino e à aprendizagem que apresentamos este estudo.

Muitos autores têm se dedicado a estudar e explicar o que acontece nos

ambientes de aula desde a chegada dos alunos até o momento que

demonstram ter aprendido ou não o que lhes foi ensinado. Vamos conhecer um

pouquinho o que eles já descobriram?

Este material poderá ser muito útil. Foi elaborado pensando em você

que é a pessoa indispensável para fazer a mediação entre os alunos e o

conhecimento. Sem o seu trabalho os alunos não sairão do senso comum e,

assim, ficarão impossibilitados de buscar novos horizontes do saber para se

tornarem cidadãos conscientes.

Ser professor atualmente o desafia a entender um pouco melhor quem

são seus alunos enquanto pessoas com sonhos, aspirações e até

desesperanças, pois dessa maneira planejará atividades nas quais eles se

sintam convocados a “fazer aulas” (ANASTASIOU, 2006, p. 14) com você.

6

MAS, POR QUE TORNAR A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

Tornar a aprendizagem significativa é a razão de ser da

atividade escolar. O tempo que dedicamos ao ensino precisa ser mais bem

aproveitado. Basta de ouvirmos tantas críticas à escola pública mediante os

resultados obtidos pelos nossos alunos em avaliações que vão desde testes

simples para ingresso no mercado de trabalho até provões como o ENEM e/ou

vestibulares.

Embora existam críticas a tais modelos de aferição da aprendizagem,

eles servem de alerta a todos nós que somos educadores comprometidos com

uma educação de qualidade, pois quando esta é precária, gera indivíduos sem

autonomia, com baixa auto-estima, incapazes de gerenciar a própria vida,

impotentes diante do desrespeito aos seus direitos fundamentais e, em

conseqüência, incapazes de assumir posição como cidadãos conscientes,

ficando à mercê dos desmandos daqueles que galgaram lideranças, mas nem

sempre comprometidos com o bem estar coletivo. Por isso, é nossa tarefa

contribuirmos para que o conhecimento seja compartilhado como maior número

possível de pessoas, porque ele (o conhecimento) é a melhor ferramenta que a

pessoa pode adquirir para atuar com dignidade na sociedade.

A ESCOLHA DO TEMA

Chamou-nos a atenção o número expressivo de reprovações que

ocorrem, principalmente, em turmas de 1ª. série do Ensino Médio. Então, após

realizar um levantamento de dados nos relatórios finais dos três últimos anos

relativo a estas turmas, no Colégio Estadual Antonio e Marcos Cavanis, no

município de Castro, constatamos que em 2005, a taxa de reprovação foi de

15,4% e de aprovação pelo Conselho de Classe foi de 8%. Em 2006, a

reprovação foi de 23,3% e a aprovação pelo Conselho de Classe foi de 14,1%

e em 2007, a reprovação foi de 13,3% e a aprovação pelo Conselho de Classe

foi de 6,9%.

7

Assim, o percentual de alunos que não obtiveram média mínima para

aprovação, somando-se os reprovados e os aprovados pelo Conselho de

Classe, foi de 23,4% em 2005, 37,4% em 2006 e 20,2% em 2007.

Embora a média não seja o único indicativo de que a

aprendizagem não ocorreu, podemos considerar que é um dado relevante para

expressar que o ensino deixou a desejar. Estes alunos não aprenderam e/ou

aprenderam muito pouco em relação aos conteúdos mínimos que deveriam ter

dominado para prosseguirem seus estudos com louvor. Consideramos ainda

que essa realidade se repete, às vezes, com números ainda mais elevados em

muitos outros estabelecimentos de ensino no Estado do Paraná.

Como a aprendizagem precária não ocorre somente nessa série este

trabalho pretende servir a todos os professores independentemente da (s) série

(s) onde atuam.

A AULA E OS INTERESSES DOS ALUNOS

Na busca de alternativas para reverter esta situação e tornar o ensino

significativo, favorecendo a real aprendizagem, consultamos vários autores e

inicialmente optamos por refletir sobre quem são nossos alunos.

Em se tratando de alunos matriculados na primeira

série do Ensino Médio, de modo geral, são adolescentes entre 14

e 16 anos, que “são jovens que vivenciam a paixão, o sentimento, a emoção, o

entusiasmo, o movimento. Anseiam por liberdade para imaginar, conhecer,

tudo ver, experimentar, sentir. O pensar e o fazer, o emocional e o intelectual,

estão entrelaçados, de maneira que estão inteiros em cada coisa que fazem”.

(GASPARIN, 2001, p. 8).

8

Aliás, isso você já reparou, não é mesmo? É só parar um pouquinho e

ouvir as suas conversas e veremos que é bem assim mesmo que eles são.

GASPARIN (2001, p.8) nos lembra que ao ingressarem na instituição

escolar, são obrigados a deixarem para trás o seu cotidiano em vista da

estrutura regrada da escola que é um local onde, na maioria das vezes, não há

espaço para a emoção e os sentimentos. Esse choque entre o dia-a-dia juvenil

e o enquadramento escolar não é nada motivador porque limita a criatividade e

o espírito crítico. As formas de perceber e viver o conteúdo que envolve a

escola e o mundo exterior são muito diferentes. Enquanto na vida prática, “os

conhecimentos se manifestam de maneira espontânea”, “na escola os

conhecimentos são sistematizados, pré-definidos e valem por si mesmos, por

isso devem ser aprendidos, independentemente do interesse dos alunos”

(GASPARIN, 2001, p. 8).

Aí entra o papel fundamental do professor que é desafiado a motivá-los

para a aprendizagem. Então, como levá-los a se interessarem pelos conteúdos

escolares?

GASPARIN (2001, p.8), sugere:

a) Descobrir aquilo que é aprendizagem significativa para os alunos,

pois se interessarão por aquilo que, de alguma maneira, os afetar

diretamente.

b) Envolver, através de técnicas variadas de ensino-aprendizagem,

os educandos na reconstrução ativa do conhecimento sistematizado;

c) Trabalhar com os alunos (e não pelos alunos);

d) Adotar, como forma de trabalho, o método dialético:

prática

através de um diálogo com os alunos, qual a vivência

conteúdo, antes que este que lhes seja ensinado em aula. O segundo

passo

conteúdo, buscando identificar as razões pelas quais ele merece ou

precisa ser aprendido. Em seguida, transforma

em questões problematizadoras, levando em conta as suas

dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política,

ética, etc. Então, o conteúdo formal, abstrato é apresentado e

contrastado com a vivência cotidiana desse me

fim de que os alunos elaborem uma síntese e assumam uma nova

postura mental, reunificando o cotidiano com o científico numa nova

totalidade concreta. A terceira fase

intenções dos alunos sobre a possível ap

aprendido e quais ações se propõem a realizar para que iss

aconteça.

Baseando-se na citação acima, como você descobre os interesses

dos alunos?

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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X APRENDIZ

Observemos que GASPARIN

significativa” utilizada por AUSUBEL

que afirmou ocorrer a aprendizagem

em conceitos já presentes

isso, o fator mais importante que influencia na aprendizagem consiste

aluno já sabe. É a partir desse ponto de apoio

aprendizagem dos novos conceitos.

já conhece com os novos conhecimentos.

c) Trabalhar com os alunos (e não pelos alunos);

d) Adotar, como forma de trabalho, o método dialético:

prática, onde o primeiro passo – a prática – consiste em conhecer,

através de um diálogo com os alunos, qual a vivência

conteúdo, antes que este que lhes seja ensinado em aula. O segundo

passo – a teoria – inicia-se por uma breve discussão sobre o

conteúdo, buscando identificar as razões pelas quais ele merece ou

precisa ser aprendido. Em seguida, transforma-se esse conhecimento

em questões problematizadoras, levando em conta as suas

dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política,

ética, etc. Então, o conteúdo formal, abstrato é apresentado e

contrastado com a vivência cotidiana desse mesmo conhecimento, a

fim de que os alunos elaborem uma síntese e assumam uma nova

postura mental, reunificando o cotidiano com o científico numa nova

totalidade concreta. A terceira fase – a prática –

intenções dos alunos sobre a possível aplicação do conteúdo

aprendido e quais ações se propõem a realizar para que iss

aconteça.

se na citação acima, como você descobre os interesses

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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X APRENDIZAGEM MECÂNICA

vemos que GASPARIN cita a expressão “aprendizagem

utilizada por AUSUBEL (1976), um psicólogo norte

que afirmou ocorrer a aprendizagem quando uma nova informação ancora

já presentes nas experiências de aprendizado anteriores e, por

fator mais importante que influencia na aprendizagem consiste

aluno já sabe. É a partir desse ponto de apoio, que deve decorrer a

aprendizagem dos novos conceitos. Cabe à escola articular aquilo que o sujeito

já conhece com os novos conhecimentos. Para tanto, o professor deve

9

d) Adotar, como forma de trabalho, o método dialético: prática-teoria-

consiste em conhecer,

através de um diálogo com os alunos, qual a vivência cotidiana do

conteúdo, antes que este que lhes seja ensinado em aula. O segundo

se por uma breve discussão sobre o

conteúdo, buscando identificar as razões pelas quais ele merece ou

esse conhecimento

em questões problematizadoras, levando em conta as suas

dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política,

ética, etc. Então, o conteúdo formal, abstrato é apresentado e

smo conhecimento, a

fim de que os alunos elaborem uma síntese e assumam uma nova

postura mental, reunificando o cotidiano com o científico numa nova

se expressa nas

licação do conteúdo

aprendido e quais ações se propõem a realizar para que isso

se na citação acima, como você descobre os interesses

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AGEM MECÂNICA

aprendizagem

(1976), um psicólogo norte-americano,

ação ancora-se

nas experiências de aprendizado anteriores e, por

fator mais importante que influencia na aprendizagem consiste no que o

que deve decorrer a

Cabe à escola articular aquilo que o sujeito

Para tanto, o professor deve

procurar uma imagem, um símbolo, um conceito, uma

proposição, que seja

quais são os conceitos mais abrangentes

tem e que servirão de ligação com os novos conhecim

esses ‘conceitos mais abrangentes’

revisão e a construção de esquemas sobre os conteúdos escolares.

Quando a aprendizagem significati

aprendizagem mecânica

significativo para ele, é armazenado

esquecê-lo em seguida. É o caso de estudantes

esquecem tudo o que lhes foi ensinado. Aqui podem

alguns não se dispõem a aprender dessa maneira (mecânica) e, por isso,

acabam não aprendendo de man

até mais de uma vez e para os q

contemplem oportunidades de aprendizagem significativa.

mecânica que leva muitos alunos e até professores a acreditarem que o ensino

se efetivou. Esse engano ocorre quando o estudante

avaliações o conteúdo tal qual foi transmitido pelo professor.

educandos são aprovados para a série seguinte sem ter aprendido realmente.

Que experiência (s) você tem sobre a aprendizagem mecânica?

______________________

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DESPERTAR MOTIVOS PARA APRENDER

Para esclarecer mais um pouco as questões que envolvem a

aprendizagem significativa, rec

33): “A aprendizagem somente ocorre se quatro condições

procurar uma imagem, um símbolo, um conceito, uma

proposição, que sejam significativos para o aluno.

Assim, é importante identificar em cada disciplina

quais são os conceitos mais abrangentes

de ligação com os novos conhecimentos. Para identificar

esses ‘conceitos mais abrangentes’ o professor pode utilizar a comparação, a

revisão e a construção de esquemas sobre os conteúdos escolares.

aprendizagem significativa não se efetiva, o aluno utiliza a

aprendizagem mecânica, isto é, ‘decora’ o conteúdo, qu

é armazenado de maneira isolada, podendo inclusive

o em seguida. É o caso de estudantes que depois de fazer

esquecem tudo o que lhes foi ensinado. Aqui podemos observar também que

não se dispõem a aprender dessa maneira (mecânica) e, por isso,

acabam não aprendendo de maneira alguma. Esses são aqueles

até mais de uma vez e para os quais é indispensável utilizar estratégias que

contemplem oportunidades de aprendizagem significativa. E é a aprendizagem

mecânica que leva muitos alunos e até professores a acreditarem que o ensino

sse engano ocorre quando o estudante consegue reproduzir nas

avaliações o conteúdo tal qual foi transmitido pelo professor. Por isso,

são aprovados para a série seguinte sem ter aprendido realmente.

Que experiência (s) você tem sobre a aprendizagem mecânica?

_______________________________________________________________

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DESPERTAR MOTIVOS PARA APRENDER

Para esclarecer mais um pouco as questões que envolvem a

aprendizagem significativa, recorremos à contribuição de SANTOS

33): “A aprendizagem somente ocorre se quatro condições

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procurar uma imagem, um símbolo, um conceito, uma

para o aluno.

Assim, é importante identificar em cada disciplina

quais são os conceitos mais abrangentes que o aluno já

entos. Para identificar

pode utilizar a comparação, a

revisão e a construção de esquemas sobre os conteúdos escolares.

não se efetiva, o aluno utiliza a

que não sendo

de maneira isolada, podendo inclusive

de fazer a prova,

os observar também que

não se dispõem a aprender dessa maneira (mecânica) e, por isso,

eira alguma. Esses são aqueles que reprovam

uais é indispensável utilizar estratégias que

a aprendizagem

mecânica que leva muitos alunos e até professores a acreditarem que o ensino

e reproduzir nas

Por isso, muitos

são aprovados para a série seguinte sem ter aprendido realmente.

Que experiência (s) você tem sobre a aprendizagem mecânica?

_________________________________________

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Para esclarecer mais um pouco as questões que envolvem a

orremos à contribuição de SANTOS (2008, p.

básicas forem

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atendidas: a motivação, o interesse, a habilidade de compartilhar experiências

e a habilidade de interagir com os diferentes contextos”.

Sendo assim, o desafio que se estabelece para os educadores é:

despertar motivos para a aprendizagem, tornar as aulas interessantes para os

adolescentes, trabalhar com conteúdos relevantes para que possam ser

compartilhados em outras experiências (além da escola) e tornar a sala de aula

um ambiente altamente estimulante para a aprendizagem.

Aulas atraentes exigem mudança na postura do professor. Como propõe

SANTOS (2008, p 64): “PARE DE DAR AULAS!”. Ele cita ainda Paulo Afonso

Caruso Ronca (1996) que faz a seguinte indagação: “Se o papel do professor é

dar aulas, enquanto ele dá aula, o aluno faz o quê?” Esses questionamentos

são necessários diante do atual contexto do mundo em constante

transformação, pois não é mais admissível o professor passar a aula toda

falando e os alunos ouvindo-o, passivamente.

Essa opinião é compartilhada também por ANASTASIOU (2006, p. 14)

que ao refletir sobre pressupostos para as estratégias de trabalho em aula,

sugere que a atuação do professor seja transformada de dar aulas pela ação

conjunta de fazer aulas. Significa que alunos devem deixar de assistir aulas e,

junto com o professor, fazer aulas, pois é preciso superar a aula tradicional

com exposição de tópicos que não tem sido satisfatória para a apreensão do

conteúdo. A aula expositiva é importante, entretanto não é suficiente porque

cumpre apenas a primeira etapa do ensino, que é a apresentação do

conhecimento. Para dar sentido ao que está sendo ensinado, é necessário

organizar “atividades com as quais o aluno possa generalizar, diferenciar,

abstrair e simbolizar os conceitos trabalhados.” (ANASTASIOU, 2006, p. 22).

ZABALA (1998) diferencia na aprendizagem as características de

quatro tipos de conteúdos: - os factuais: conhecimentos de fatos,

acontecimentos, [...] cuja aprendizagem é verificada pela reprodução

literal; - os procedimentais: conjunto de ações ordenadas e com um

fim, incluindo regras, técnicas, [...] verificados pela exercitação

múltipla e tornados conscientes pela reflexão sobre a própria

atividade; - os atitudinais: podem ser agrupados em valores, atitudes

e normas, verificados por sua interiorização e aceitação, o que

12

implica conhecimento, avaliação, análise e elaboração; - e a

aprendizagem de conceitos (conjunto de fatos, objetos ou símbolos) e

princípios (leis e regras [...]): possibilita elaboração e construção

pessoal, nas interpretações e transferências para novas situações

( apud ANASTASIOU, 2006, p. 17).

Como podemos perceber, para que os alunos

aprendam de fato, teremos que nos dispor ao constante

afinar da nossa sensibilidade para envolvê-los no processo

ensino/aprendizagem e, assim, estabelecermos uma

parceria produtiva. É urgente percebermos que a necessidade de interação

está presente em todos os ambientes. Em nossas famílias, as crianças e

adolescentes, de modo geral, participam das conversas, opinam e são

atendidos. As emissoras de tevê também já perceberam que a audiência

aumenta quando os telespectadores são ouvidos, apresentam suas sugestões

na programação ou, até mesmo, no enredo das novelas. Se a interatividade é

uma realidade em nossa vida cotidiana, em sala de aula não poderia ser

diferente. Por isso, é tão importante apresentar um conteúdo de maneira que o

aluno perceba algum sentido naquilo que deverá aprender, pois somente assim

ele demonstrará interesse e participará da aula. Precisamos colocar em prática

o que já sabemos há muito tempo: o aluno é o sujeito da aprendizagem.

Então, se o professor deverá provocar a aprendizagem,

também o planejamento da aula deverá levar em conta que o mais importante

é elaborar perguntas que instiguem o aluno a vivenciar a busca, a exercitar as

várias possibilidades de resposta. Afinal, esse é o exercício que conduz à

aprendizagem significativa. É necessário fazer como recomenda SANTOS

(2008, p. 65): “provocar a sede” de aprender, problematizando o conteúdo,

tornando-o interessante e não tirar o sabor da descoberta dando respostas

prontas. Todos sabem que a primeira condição para ser professor é dominar

com segurança o conteúdo a ser trabalhado, pois somente assim será possível

planejar aulas realmente interessantes, instigantes, que provoquem a turma a

13

buscar respostas. Ocorre, às vezes, de quem sabe pouco, levar o conteúdo

bem esmiuçado para não correr o risco de algum aluno fazer perguntas. Só

que o tiro sai pela culatra, como se diz, porque os alunos copiam o texto do

quadro, copiam as respostas e pronto, não têm mais nada para fazer. Então, é

um dos momentos que a indisciplina aparece. Portanto, é imprescindível

estudar bem o conteúdo, apresentar textos curtos e fazer questionamentos. O

desafio aos alunos pode ser feito com uma pergunta bem elaborada, um

recorte de jornal, uma fotografia, uma cena de um filme, um vídeo ou uma

pequena história.

É importante também cuidar da relação com os alunos para que se

sintam apoiados na busca dos novos conhecimentos e com sua auto-estima

elevada, pois esta é uma condição primordial para a aprendizagem. Além

disso, lembrar de promover a interação também entre os alunos através da

troca de idéias e opiniões, lembrando que este fator favorece o

desenvolvimento mental.

Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem também é acolher o

erro como parte do processo do aprender, porque o conhecimento é construído

superando erros.

Nesta caminhada, estimular e reconhecer as tentativas que o

aluno faz para resolver as tarefas, pois quando o professor exige que o aluno

acerte na primeira tentativa, está desconsiderando que cada pessoa tem ritmos

de aprendizagem diferentes e talvez se esqueça da sua própria caminhada de

aprendizagens ao longo da vida, seja em conteúdos escolares ou mesmo da

vida cotidiana. Algo altamente prejudicial, que parece fazer parte do imaginário

14

do professor, é pensar que quando o aluno erra, ele (o professor) é culpado e

por isso, reage agressivamente, ou então, considera que o aluno não prestou

atenção às suas explicações porque é um mal educado. Apesar de existirem

situações onde o aluno, de fato, não prestou atenção, é mais prudente não

generalizar para evitar que a sala de aula seja transformada num ambiente

hostil, como se os alunos fossem nossos inimigos.

ESTILOS DE APRENDIZAGEM

Outra questão decisiva para que a aprendizagem ocorra de

forma mais eficiente, conforme SANTOS (2008, p. 42), é observar que todos

nós possuímos “três maneiras de processar as informações e fixá-las na

memória que são: a visual (aprendizagem pela visão), a auditiva

(aprendizagem pela audição) e a sinestésica (aprender

interagindo/fazendo/sentindo)”. A respeito disso, você já observou que alguns

vendedores fazem várias perguntas quando começam a conversar com o

cliente? De acordo com LIMA (2008), para obter sucesso os vendedores

devem desenvolver duas qualidades. Uma delas é a sensibilidade para

perceber com qual tipo de cliente estão lidando porque dependendo das

expressões utilizadas pela pessoa, eles devem recorrer à segunda qualidade

que é a flexibilidade para se adaptar às circunstâncias e se comunicar

eficazmente com cada tipo de cliente. Se perceberem que é ‘visual’, devem

utilizar as mesmas expressões e argumentos visuais que a pessoa usa e

mostrar imagens ou o próprio produto para convencê-lo, pois precisa “ver para

crer”. No caso do cliente ‘auditivo’, a imagem não é tão importante, vai preferir

ouvir detalhadamente os argumentos relacionados aos benefícios que o

produto irá lhe trazer do que propriamente ver o produto. Para vender ao

cliente ‘sinestésico’, o vendedor deve procurar facilitar o acesso desta pessoa

ao produto, fazê-lo tocar o produto, experimentá-lo ou senti-lo em suas mãos. A

propósito, qual tipo de cliente você é? Depois dessa comparação ficou mais

fácil entender a necessidade da utilização de métodos e estratégias de ensino

que atendam aos três estilos? Afinal, não podemos deixar de considerar que

os alunos precisam ter iguais oportunidades para aprender da maneira que é

mais efetiva para eles.

Antes de seguirmos adiante, relembre de um

os alunos se interessaram, participaram e foi um conteúdo que aprenderam

bem. E, além disso, você ficou muito satisfeito (a) com o resultado. Então,

escreva abaixo qual foi a principal razão desse bom êxito

_______________________

______________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

___________________________

Aprofundando um pouco mais o assunto,

afirma que uma forma de democratizar o acesso à aprendizagem é favorecê

por meio dos três canais, ou seja, utilizando “apelos visuais como cartazes,

fotos, esquemas, vídeos, slides” para os preferencialmente visuais; “leituras em

voz alta, música e bom encadeamento do discurso oral” para os mais auditivos

e “dramatizações, experiências, trabalhos corporais e que envolvam emoção”

para os sinestésicos. Para

preferências para aprender com mais facilidade, observe o quadro elab

por Santos (2008, p. 42)

associadas às modalidades de aprendizagem:

Modalidade visual

os alunos precisam ter iguais oportunidades para aprender da maneira que é

Antes de seguirmos adiante, relembre de uma aula que foi um sucesso,

os alunos se interessaram, participaram e foi um conteúdo que aprenderam

bem. E, além disso, você ficou muito satisfeito (a) com o resultado. Então,

escreva abaixo qual foi a principal razão desse bom êxito:

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Aprofundando um pouco mais o assunto, SANTOS (2008, p. 44)

afirma que uma forma de democratizar o acesso à aprendizagem é favorecê

por meio dos três canais, ou seja, utilizando “apelos visuais como cartazes,

esquemas, vídeos, slides” para os preferencialmente visuais; “leituras em

voz alta, música e bom encadeamento do discurso oral” para os mais auditivos

e “dramatizações, experiências, trabalhos corporais e que envolvam emoção”

. Para auxiliar seus alunos a identificar

preferências para aprender com mais facilidade, observe o quadro elab

por Santos (2008, p. 42) onde cita algumas características geralmente

associadas às modalidades de aprendizagem:

Modalidade auditiva Modalidade s

15

os alunos precisam ter iguais oportunidades para aprender da maneira que é

aula que foi um sucesso,

os alunos se interessaram, participaram e foi um conteúdo que aprenderam

bem. E, além disso, você ficou muito satisfeito (a) com o resultado. Então,

________________________________________

_________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

____________________________________

SANTOS (2008, p. 44)

afirma que uma forma de democratizar o acesso à aprendizagem é favorecê-la

por meio dos três canais, ou seja, utilizando “apelos visuais como cartazes,

esquemas, vídeos, slides” para os preferencialmente visuais; “leituras em

voz alta, música e bom encadeamento do discurso oral” para os mais auditivos

e “dramatizações, experiências, trabalhos corporais e que envolvam emoção”

seus alunos a identificarem essas

preferências para aprender com mais facilidade, observe o quadro elaborado

algumas características geralmente

Modalidade sinestésica

16

A mente vagueia durante

atividades mentais.

Distrai-se facilmente. Mexe o lápis ou o pé

enquanto pensa, estuda ou

faz provas.

Tem problemas em seguir ou

relembrar instruções verbais.

Perde o interesse

rapidamente em

apresentações visuais.

Adora manusear objetos.

Prefere observar a

efetivamente participar de

atividades e discussões de

grupo.

Gosta de atividades auditivas. Utiliza bastante gestos com

as mãos e linguagem

corporal.

Gosta de ler silenciosamente. É ativo em situações

de discussões em grupo.

Toca as pessoas enquanto

fala com elas.

É cuidadoso e organizado Prefere leitura em voz alta à

leitura silenciosa.

Tende a não gostar de ler.

Presta atenção a detalhes. Escuta música enquanto

estuda ou faz tarefa de casa.

Aprecia atividades manuais.

Tem letra legível e bem

cuidada.

Tem letra descuidada e

freqüentemente ilegível.

Aprecia atividades de

resolução de problemas.

É um bom orador. Memoriza facilmente

seqüências e listas.

É desorganizado.

Memoriza facilmente vendo

retratos e diagramas.

Memoriza nomes facilmente. É um mal orador.

Pode ter memória fotográfica. Geralmente tem memória

auditiva.

Geralmente tem problemas

em memorizar nomes, listas,

etc.

Tende a ser racional. Tende a ser fechado com

relação às emoções.

Tende a ter facilidade para

expressar emoções.

Você consegue identificar seus alunos dentro dessas características?

Mesmo em turmas numerosas é possível observar como os alunos aprendem.

Para isso, é necessário levar em conta o envolvimento e a participação durante

as aulas, nas atividades desenvolvidas em sala e/ou em casa e o resultado das

avaliações.

Registre abaixo suas

com seus alunos. Descreva o que tem observado sobre o jeito de

aprender deles. Em qual dos estilos se enquadra a maioria? Para qual

desses estilos você acha mais fácil ensinar? E o mais difícil? Por quê?

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_______________________________________________________________

Esse olhar mais atento para as expressões dos

constatar que houve momentos que

parecia não prestar a atenção durante a explicação, às vezes ficava até

desenhando, e depois, você não sabia como, ele demonstrav

Você pensava: será que ‘colou’? Sofreu à toa, não é? Este aluno prefere

aprender ouvindo, só isso. Não era por ‘mal educado’. E aquele aluno que

sufoca, fica a toda hora indo até a mesa, toca o seu braço, quer que olhe para

ele, quer pegar o seu material (até mesmo sem au

explicando e ele já está trocando idéia com o colega (dá para perceber que é

sobre o assunto), mas como irrita! E ainda diz: ‘Fica frio (a) professor (a)’. Ele é

simplesmente um ‘sinestésico’. Ainda tem aquele outro tipo que

explica e ele demonstra que não entendeu nada. Os ‘auditivos’ até fazem

piadinha com ele, perguntam se quer que desenhe, mas é isso mesmo, ele

quer ver um desenho, uma imagem, uma foto. Ele precisa ver para aprender.

Imagine como fica a aprendizagem

que dar aula é só falar.

as aulas, nas atividades desenvolvidas em sala e/ou em casa e o resultado das

Registre abaixo suas impressões sobre essa questão.

com seus alunos. Descreva o que tem observado sobre o jeito de

aprender deles. Em qual dos estilos se enquadra a maioria? Para qual

desses estilos você acha mais fácil ensinar? E o mais difícil? Por quê?

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Esse olhar mais atento para as expressões dos seus alunos permite

constatar que houve momentos que você ficou magoado (a) porque

parecia não prestar a atenção durante a explicação, às vezes ficava até

desenhando, e depois, você não sabia como, ele demonstrava ter aprendido.

á que ‘colou’? Sofreu à toa, não é? Este aluno prefere

aprender ouvindo, só isso. Não era por ‘mal educado’. E aquele aluno que

sufoca, fica a toda hora indo até a mesa, toca o seu braço, quer que olhe para

ele, quer pegar o seu material (até mesmo sem autorização), você está

explicando e ele já está trocando idéia com o colega (dá para perceber que é

sobre o assunto), mas como irrita! E ainda diz: ‘Fica frio (a) professor (a)’. Ele é

simplesmente um ‘sinestésico’. Ainda tem aquele outro tipo que

demonstra que não entendeu nada. Os ‘auditivos’ até fazem

piadinha com ele, perguntam se quer que desenhe, mas é isso mesmo, ele

quer ver um desenho, uma imagem, uma foto. Ele precisa ver para aprender.

agine como fica a aprendizagem deste aluno ‘visual’ quando você acredita

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as aulas, nas atividades desenvolvidas em sala e/ou em casa e o resultado das

impressões sobre essa questão. Converse

com seus alunos. Descreva o que tem observado sobre o jeito de

aprender deles. Em qual dos estilos se enquadra a maioria? Para qual

desses estilos você acha mais fácil ensinar? E o mais difícil? Por quê?

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seus alunos permite

você ficou magoado (a) porque um aluno

parecia não prestar a atenção durante a explicação, às vezes ficava até

a ter aprendido.

á que ‘colou’? Sofreu à toa, não é? Este aluno prefere

aprender ouvindo, só isso. Não era por ‘mal educado’. E aquele aluno que

sufoca, fica a toda hora indo até a mesa, toca o seu braço, quer que olhe para

torização), você está

explicando e ele já está trocando idéia com o colega (dá para perceber que é

sobre o assunto), mas como irrita! E ainda diz: ‘Fica frio (a) professor (a)’. Ele é

simplesmente um ‘sinestésico’. Ainda tem aquele outro tipo que você explica,

demonstra que não entendeu nada. Os ‘auditivos’ até fazem

piadinha com ele, perguntam se quer que desenhe, mas é isso mesmo, ele

quer ver um desenho, uma imagem, uma foto. Ele precisa ver para aprender.

deste aluno ‘visual’ quando você acredita

Puxa! Quem sabe não está aí mais uma dica importante para ser

levada em consideração du

Provavelmente você já tinha ouvido falar nestes estilos de

aprendizagem. Então, escreva como o planejamento pode ser pensado

para atender os diversos ‘tipos’ de alunos:

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AULAS FAVORÁVEIS À APREN

Vejamos mais uma contribuição de

apresenta as sete atitudes recomendadas nos ambientes de aula:

1. Dar sentido ao conteúdo: significado contextual e emocional.

2. Especificar: após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado.

3. Compreender: é quando se dá a construção do conceitgarante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos.

4. Definir: significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.

5. Argumentar: após definir, o aluno precisa rvários conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal e não verbal.

6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio pela argumentação.

7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re)conhecimento é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. (SANTOS, 2008, p. 73

E, finalmente, VASCONCELLOS

refere-se a três momentos fundamentais da aula:

Puxa! Quem sabe não está aí mais uma dica importante para ser

deração durante o planejamento das suas aulas.

Provavelmente você já tinha ouvido falar nestes estilos de

aprendizagem. Então, escreva como o planejamento pode ser pensado

para atender os diversos ‘tipos’ de alunos:

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AULAS FAVORÁVEIS À APRENDIZAGEM

Vejamos mais uma contribuição de SANTOS (2008, P. 73), ele

apresenta as sete atitudes recomendadas nos ambientes de aula:

1. Dar sentido ao conteúdo: toda aprendizagem parte de um significado contextual e emocional.

2. Especificar: após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado.

3. Compreender: é quando se dá a construção do conceitgarante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos.

4. Definir: significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.

5. Argumentar: após definir, o aluno precisa relacionar logicamente vários conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal e não verbal.

6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio pela argumentação.

7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re)conhecimento é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. (SANTOS, 2008, p. 73

E, finalmente, VASCONCELLOS (apud ANASTASIOU, 2006,

se a três momentos fundamentais da aula: a mobilização para o

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Puxa! Quem sabe não está aí mais uma dica importante para ser

o planejamento das suas aulas.

Provavelmente você já tinha ouvido falar nestes estilos de

aprendizagem. Então, escreva como o planejamento pode ser pensado

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SANTOS (2008, P. 73), ele

apresenta as sete atitudes recomendadas nos ambientes de aula:

toda aprendizagem parte de um

2. Especificar: após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado.

3. Compreender: é quando se dá a construção do conceito, que garante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos

4. Definir: significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.

elacionar logicamente vários conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal

6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de

7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re) construção do conhecimento é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. (SANTOS, 2008, p. 73-74).

ANASTASIOU, 2006, p. 31-33)

a mobilização para o

conhecimento, a construção do conhecimento

conhecimento. Nesta metodologia também parte

realidade social e a provocação para

momento do confronto com o conhecimento sistematizado que deverá conduzir

o aluno à reflexão, bem como a superação da sua visão inicial sobre o objeto

do conhecimento e, finalmente, a consolidação de conceitos, ainda que

provisória, pois as sínteses poderão ser continuamente retomadas e

superadas.

Apresente em poucas palavras o que você considera decisivo

para que ocorra a aprendizagem significativa em sala de aula

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constatamos serem muitos os estudiosos e defensores da

aprendizagem significativa.

conhecimento, a construção do conhecimento e a elaboração da síntese do

. Nesta metodologia também parte-se da prática que é a

realidade social e a provocação para a aprendizagem; em seguida vem o

momento do confronto com o conhecimento sistematizado que deverá conduzir

o aluno à reflexão, bem como a superação da sua visão inicial sobre o objeto

do conhecimento e, finalmente, a consolidação de conceitos, ainda que

ovisória, pois as sínteses poderão ser continuamente retomadas e

em poucas palavras o que você considera decisivo

para que ocorra a aprendizagem significativa em sala de aula

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

onstatamos serem muitos os estudiosos e defensores da

endizagem significativa.

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a elaboração da síntese do

se da prática que é a

a aprendizagem; em seguida vem o

momento do confronto com o conhecimento sistematizado que deverá conduzir

o aluno à reflexão, bem como a superação da sua visão inicial sobre o objeto

do conhecimento e, finalmente, a consolidação de conceitos, ainda que

ovisória, pois as sínteses poderão ser continuamente retomadas e

em poucas palavras o que você considera decisivo

para que ocorra a aprendizagem significativa em sala de aula:

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onstatamos serem muitos os estudiosos e defensores da

Nas obras aqui referenciadas eles apresentam sugestões de

estratégias pedagógicas perfeitamente viáveis, mas que exigem uma postura

diferenciada dos educadore

“...as estratégias por si não resolvem e não alteram magicamente o processo.”

No entanto, elas são instrumentos valiosos para os professores realmente

comprometidos com a educação de qualidade. Estes buscam recursos que

tornem as aulas ambientes facilitadores da aprendizagem, desafiando

operações mentais dos alunos e favorecendo a “construção da autonomia do

aluno e a construção do con

ibidem). Ressaltamos que, se aceitarmos que e

mestres, o desafio de buscar constantemente novos caminhos é uma atitude

inerente à função, abrimos a grande possibilidade de sermos mais eficientes

em nossa arte de ensinar proporcionando mais progresso pessoal e social para

nossos alunos e, conseqüentemente, mais realização para todos nós. Afinal,

nossa maior satisfação é ver nossos alunos aprenderem, serem autônomos e

até mesmo nos superarem como pessoas e cidadãos.

Conscientes de não ter esgotado o assunto devido à sua complexidade,

esperamos que o material tenha provocado reflexões importantes a todos os

professores que buscam melhorar a prática pedagógica para que seus alunos

aprendam realmente.

A discussão do tema permanece em aberto, acolhendo outras reflexões,

bem como relato de experiências que muito contribuirão para a elaboração do

Artigo Científico que é o trabalho conclusivo do PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional).

obras aqui referenciadas eles apresentam sugestões de

estratégias pedagógicas perfeitamente viáveis, mas que exigem uma postura

diferenciada dos educadores, pois como destaca ANASTASIOU

“...as estratégias por si não resolvem e não alteram magicamente o processo.”

No entanto, elas são instrumentos valiosos para os professores realmente

comprometidos com a educação de qualidade. Estes buscam recursos que

tornem as aulas ambientes facilitadores da aprendizagem, desafiando

operações mentais dos alunos e favorecendo a “construção da autonomia do

aluno e a construção do conhecimento”, como lembra ANASTASIOU

). Ressaltamos que, se aceitarmos que em nossa atuação como

mestres, o desafio de buscar constantemente novos caminhos é uma atitude

inerente à função, abrimos a grande possibilidade de sermos mais eficientes

em nossa arte de ensinar proporcionando mais progresso pessoal e social para

unos e, conseqüentemente, mais realização para todos nós. Afinal,

nossa maior satisfação é ver nossos alunos aprenderem, serem autônomos e

até mesmo nos superarem como pessoas e cidadãos.

Conscientes de não ter esgotado o assunto devido à sua complexidade,

esperamos que o material tenha provocado reflexões importantes a todos os

professores que buscam melhorar a prática pedagógica para que seus alunos

A discussão do tema permanece em aberto, acolhendo outras reflexões,

experiências que muito contribuirão para a elaboração do

Artigo Científico que é o trabalho conclusivo do PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional).

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obras aqui referenciadas eles apresentam sugestões de

estratégias pedagógicas perfeitamente viáveis, mas que exigem uma postura

omo destaca ANASTASIOU (2006, p. 55)

“...as estratégias por si não resolvem e não alteram magicamente o processo.”

No entanto, elas são instrumentos valiosos para os professores realmente

comprometidos com a educação de qualidade. Estes buscam recursos que

tornem as aulas ambientes facilitadores da aprendizagem, desafiando

operações mentais dos alunos e favorecendo a “construção da autonomia do

hecimento”, como lembra ANASTASIOU (idem,

m nossa atuação como

mestres, o desafio de buscar constantemente novos caminhos é uma atitude

inerente à função, abrimos a grande possibilidade de sermos mais eficientes

em nossa arte de ensinar proporcionando mais progresso pessoal e social para

unos e, conseqüentemente, mais realização para todos nós. Afinal,

nossa maior satisfação é ver nossos alunos aprenderem, serem autônomos e

Conscientes de não ter esgotado o assunto devido à sua complexidade,

esperamos que o material tenha provocado reflexões importantes a todos os

professores que buscam melhorar a prática pedagógica para que seus alunos

A discussão do tema permanece em aberto, acolhendo outras reflexões,

experiências que muito contribuirão para a elaboração do

Artigo Científico que é o trabalho conclusivo do PDE (Programa de

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REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, L. das G. C.; ALVES, L. P.(orgs.). Processos de ensinagem

na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em sala de

aula. 6. Ed. – Joinville, SC: UNIVILLE, 2006.

GASPARIN, J. L. Motivar para aprendizagem significativa. Jornal Mundo

Jovem. Porto Alegre, n. 314, p. 8, mar. 2001.

____________. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 4. ed. rev.

e ampl. – Campinas, SP: Autores Associados, 2007.

SANTOS, J. C. F. dos. Aprendizagem Significativa: modalidades de

aprendizagem e o papel do professor. Porto Alegre: Mediação, 2008.

VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula.

São Paulo: Libertad, 1994 (Cadernos Pedagógicos do Libertad, 2).

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

LIMA, A. O vendedor bem sucedido – Argumentos diferentes para clientes

distintos (11/07/2008). Disponível em:

http://www.via6.com/topico.php?cid=5416&tid=19240. Acesso em 15/11/08.