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SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL REJANE MARIA PIROLA DOS SANTOS CADERNO PEDAGÓGICO TÍTULO: O ENSINO DO TEMA ADITIVOS QUÍMICOS COM O APOIO DE MAPAS CONCEITUAIS E FLUXOGRAMAS NA SÉTIMA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL PATO BRANCO 2008

SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA ... · Sabese que na produção e conservação desses alimen tos se tornou indispensável o uso dos aditivos químicos; porém

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SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

REJANE MARIA PIROLA DOS SANTOS

CADERNO PEDAGÓGICO

TÍTULO: O ENSINO DO TEMA ADITIVOS QUÍMICOS COM O APOIO DE

MAPAS CONCEITUAIS E FLUXOGRAMAS NA SÉTIMA SÉRIE DO ENSINO

FUNDAMENTAL

PATO BRANCO

2008

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I. INTRODUÇÃO:

Uma das prováveis causas de problemas de saúde da população pode estar no

consumo exagerado de alimentos industrializados, os quais hoje com o ritmo acelerado

do cotidiano se tornaram práticos e cômodos. Esses alimentos são produzidos e

conservados por meio de substâncias químicas denominadas aditivos químicos.

Sabe­se que na produção e conservação desses alimentos se tornou indispensável

o uso dos aditivos químicos; porém, hoje, se questiona os benefícios dessa comodidade,

quanto à sua constituição química para a saúde, uma vez que muitos deles não são

eliminados pelo organismo humano.

No Brasil, o uso dos aditivos químicos é regulamentado pelo Decreto nº. 55.871,

de 26 de março de 1965 e atualizado em 16 de maio de 1971, e pelo Decreto nº. 63.526,

de 4 de abril de 1968, além de resoluções da CNNPA (Comissão Nacional de Normas e

Padrões para Alimentos).

Percebe­se, pela crescente preocupação em preservar o meio ambiente, por

meio de campanhas veiculadas pelos meios de comunicação e pelas escolas, de modo

geral, que as pessoas estão preocupadas com a sua saúde. Por isso, muitos estão

preferindo consumir alimentos orgânicos, os quais são cultivados sem uso de

agrotóxicos convencionais ou fertilizantes artificiais.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) assume que nenhum ser humano será

totalmente saudável ou totalmente doente. Ao longo da sua existência, viverão

condições de saúde ou de doença, dependendo principalmente da sua alimentação. A

humanidade dispõe de conhecimentos científicos e tecnológicos que podem melhorar

muito a qualidade de vida em vários aspectos, mais ainda está desinformada dos

possíveis danos causados à saúde por certos aditivos químicos, usados nos alimentos

industrializados.

Os educandos estão tendo a oportunidade de acesso a muitas informações

através da internet, mas se sabe, por exemplo, que muitos deles não sabem o significado

das siglas dos rótulos dos alimentos que consomem. Por isso, a proposta de se trabalhar

essas informações com eles, oportunizando uma consciência crítica na hora de escolher

e consumir sua alimentação e, se necessário, até uma mudança de postura alimentar.

Quando ignora as informações, a população é manipulada facilmente pelas

propagandas.

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As Diretrizes Curriculares de Ciências contemplam, dentro do conteúdo

estruturante Sistemas Biológicos, o eixo das doenças relacionadas aos seres vivos que,

nesta unidade pedagógica, está se referindo aos aditivos químicos adicionados na

industrialização dos alimentos, os quais possivelmente podem causar algum prejuízo à

saúde humana.

Com o objetivo de tentar promover a aprendizagem significativa, trabalhar­se­á

com os mapas conceituais, fluxogramas e o diagrama ADI (Atividade Demonstrativo­

Interativa).

Além dos instrumentos pedagógicos utilizados, e objetivando a saúde e

participação ativa da família, será cultivada a horta da escola, incentivando os alunos a

fazerem o mesmo em suas casas. Neste cultivo, se usará adubo orgânico e não os

temidos agrotóxicos.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Desde os primórdios da humanidade, o homem utiliza­se de métodos para

conservar os seus alimentos evitando o desperdício. No princípio, ainda com poucos

recursos, ele utilizava o cozimento (carne cozida na gordura), sal (exemplo: charque ou

carne de sol) e ainda as conservas em vinagre e açúcar.

Com as novas tecnologias, o homem, além de utilizar a geladeira, o freezer, e a

pasteurização, utiliza substâncias químicas que preservam o alimento durante muito

mais tempo, além de lhe realçarem o sabor, a cor, o aroma e a consistência. Faz uso,

ainda, da irradiação com raios gama, que destroem as bactérias e prolongam a vida útil

dos alimentos.

A irradiação uma tecnologia antiga, pouco utilizada ainda no Brasil, é

regulamentada pela Resolução RDC nº. 21 de 26/01/2001, que permite a irradiação de

qualquer alimento respeitada às condições das doses máximas absorvidas pelos

alimentos. A maior vantagem do processo de irradiação, segundo estudo efetuado, está

nas poucas alterações que ela provoca nos componentes dos alimentos. Além disso, é

muito utilizada em hospitais e laboratórios para esterilizar seringas e recipientes para

coleta de sangue e urina. As bolsas de sangue coletadas também sofrem a irradiação,

por isso diminui a quantidade de linfócitos T do sangue do doador, diminuindo o risco

de rejeição. A Revista Globo Rural (2008, p.18), apresenta de um aparelho denominado

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Fotorreator, inventado pelo pesquisador Antônio Garbin, de baixo custo, que pode

destruir os resíduos de pesticidas da água por meio da irradiação ultravioleta.

Estuda­se também a hipótese de alguns dos aditivos químicos dos alimentos

industrializados aumentarem a incidência de alguns tipos de câncer, dentre outras

doenças graves. Encontra­se em Bontempo (1985) sérias denúncias sobre os aditivos

químicos utilizados no preparo dos alimentos industrializados. No prefácio de seu livro,

ele afirma “[...] estarmos sendo vítimas de um crime de genocídio, silencioso e

progressivo no espaço e no tempo, cujos autores deviam ser julgados por um novo

tribunal de Nuremberg”. Ele ainda afirma que “[...] o leitor consciente, finda a leitura da

obra, por certo se livrará das ‘sete taças da ira’ (Apocalipse, 16:1), aprendendo a

preservar a própria e a saúde de seus familiares e pacientes”.

Em um de seus artigos, sobre o açúcar, ele afirma ser este um vilão causador de

muitas doenças e que todos os dias está, de uma forma ou de outra, em nossa dieta

alimentar. “O açúcar branco é o resultado de um processo químico que retira da garapa a sacarose

branca e adiciona produtos químicos – desconhecidos em sua maioria –, sendo que

aditivos como clarificantes, antiumectantes, precipitadores e conservantes pertencem a

grupos químicos sintéticos muitas vezes cancerígenos e sempre danosos à saúde.

Podemos dizer que o açúcar é descalcificante, dismineralizante, desvitaminante e

empobrecedor metabólico. O açúcar não é “alimento”, mas um poderoso

“antinutriente”, um grande ladrão.” (BONTEMPO, 1985,p.86­87).

Ele ainda acrescenta: “A célula de defesa de uma pessoa que não usa açúcar é

capaz de destruir cerca de 14 bactérias invasoras, ao passo que se essa mesma pessoa

ingerir 24 colherinhas rasas de açúcar branco o seu leucócito é capaz de destruir apenas

uma bactéria” (BOMTEMPO, 1985, p.91).

Segundo Fitzgerald (2006,P.75),

“[...] o consumo de aditivos alimentares sintéticos utilizados na forma de corantes, flavorizantes e conservantes – presentes em todos os tipos de alimentos processados – aumenta as chances de as crianças se tornarem hiperativas e desenvolver o distúrbio de déficit de atenção (DDA). Vários estudos demonstraram que a retirada de alimentos que contêm corantes sintéticos da dieta das crianças faz com que sua hiperatividade diminua sensivelmente. Outros padrões de comportamento relacionados ao consumo de aditivos alimentares sintéticos são dificuldades para concentrar a atenção por muito tempo, inquietação, irritabilidade, agressividade e excitabilidade. Ainda mais do que os refrigerantes, a maioria dos sucos artificiais com sabores de frutas (especialmente aqueles preparados em pó, para serem diluídos em água) é composto de substâncias químicas sintéticas que podem desencadear distúrbios de comportamento.

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Lida­se diariamente com dificuldades e dilemas que podem ser amenizados

tomando­se o devido cuidado com a alimentação. Como consumidores, a humanidade

tem a responsabilidade pela melhoria ambiental, através das escolhas e

comportamentos. A propaganda pode levar crianças e adolescentes à prática de hábitos

alimentares pouco saudáveis, pois eles ainda não têm uma mentalidade bem

desenvolvida, nem a capacidade de ver o que está por trás da propaganda. Por isso, está

se tentando, com esta unidade pedagógica, conscientizar essas crianças e adolescentes

contra todas essas “armadilhas” diárias.

No Brasil, a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de 1954, regulamenta as normas

gerais sobre a defesa e proteção da saúde. Essa lei, em seu art. 1º,afirma que é dever do

Estado, bem como da família, defender e proteger a saúde do indivíduo. Ela também

garante rede de esgoto, a coleta, o transporte e o destino final do lixo, que deverá ser

processado em condições que não traga danos à saúde e ao bem­estar público. O

Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965, afirma, no seu artigo 2º. “considera­se

aditivo para alimento a substância intencionalmente adicionada ao mesmo com a

finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não

prejudique seu valor nutritivo”.

A Portaria nº. 2 – DINAL/MS, de 28 de janeiro de 1987, exclui os corantes

Amarelo Ácido ou Amarelo Sólido, Azul Indantreno ou Azul de Alizarina, Laranja

GGN, Vermelho Sólido e Escarlate GN, para o uso em alimentos, porque as

informações toxicológicas sobre eles são insuficientes para uma avaliação do grau de

risco toxicológico, especialmente quanto ao metabolismo, efeitos sobre a reprodução,

embriotoxidade, carcinogenicidade, mutagenicidade e teratogenicidade. A ausência

dessas informações toxicológicas representa risco potencial à saúde pública.

O ambiente escolar é um local de disseminação de informações, por isso se

trabalhará neste projeto a horta na escola, de forma a estimular práticas escolares mais

dinâmicas, prazerosas e contextualizadas com a realidade social dos educandos. A horta

orgânica é uma produção baseada em tecnologias limpas e sustentáveis, que gera

produtos seguros para a alimentação saudável e é ambientalmente sustentável.

Com isso, pretende­se contribuir para a consciência de que a alimentação errada

dos últimos anos tem contribuído para o aparecimento de várias doenças como diabetes,

hipertensão arterial, obesidade, além da desnutrição. Outra finalidade deste trabalho é

intervir na cultura alimentar e nutricional dos educados da faixa etária de 7 a 14 anos.

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O objetivo desta unidade pedagógica é conscientizar e informar, por meio dos

professores, os alunos para que, como consumidores, não se tornem cobaias das

indústrias químicas e co­responsáveis pela destruição da sua saúde. Além disso, tem­se

o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino de Ciências nas escolas públicas

paranaenses.

2.1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

“O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o

aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso os seus ensinamentos.”

(AUSUBEL, et al., 1980).

Na sua teoria, Ausubel (1980) apresenta uma aprendizagem que tenha como

ambiente uma comunicação eficaz, e que respeite e conduza o aluno a imaginar­se como

parte integrante desse novo conhecimento através de elos, de termos familiares a ele.

Ele propõe a participação pessoal do aluno na aquisição de conhecimentos, de maneira

que estes não sejam uma repetição ou cópia dos formulados pelo professor ou pelo

livro­texto, mas uma reelaboração pessoal. O educador pode diminuir a distância entre a

teoria e a prática na escola, capacitando­se a uma linguagem que ao mesmo tempo

desafie e leve o aluno a refletir e sonhar, conhecendo a sua realidade e os seus anseios.

Ainda segundo Ausubel (1980), em crianças pequenas os conceitos são

adquiridos principalmente mediante um processo conhecido como formação de

conceitos. Quando atingem a idade escolar elas já possuem um conjunto de conceitos

que permitem que ocorra a aprendizagem significativa. Para que a aprendizagem seja

facilitada, é necessário que os conceitos sejam apresentados de forma organizada ao

aluno, contemplando­se as suas relações. Para isso, tanto Novak (1981), quanto Moreira

e Masini (2006) sugerem o uso de mapas conceituais.

Com o intuito de proporcionar uma aprendizagem significativa, pretende­se,

neste trabalho, trabalhar com mapas conceituais, que são diagramas que indicam

relações entre conceitos e que têm como objetivo apresentar a organização conceitual de

uma aula, unidade de ensino ou tema (MOREIRA e MASINI, 2006).

Os mapas conceituais foram usados como estratégias num estudo na Escola

secundária Ferreira Dias, Lisboa, Portugal, com alunos da disciplina de Física do 9º.,

ano de escolaridade. Com estes estudo experimental, chegou­se a conclusão que a turma

experimental teve uma melhora de resultados, do pré­teste para o pós­teste, mais

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acentuada do que a turma de controle. São apresentadas, abaixo, algumas características

dos mapas de conceitos:

­ Como o próprio nome sugere, é constituído por conceitos, devendo­se evitar colocar

nomes de autores, cidades, expressões matemáticas, etc.

­ Os conectores, que estabelecem as relações entre os conceitos, devem ser nomeados,

de forma que a palavra ou frase(curta) possa representar a relação em princípio; não

devem ter formato de setas, o que transformaria o mapa em um fluxograma.

­ Não é autoexplicativo, ou seja, um mapa deve ser acompanhado de uma explicação. O

construtor do mapa deve apresentá­lo ou oferecer um texto explicativo do mesmo,

explicitando e/ou justificando as relações e, quando for o caso, as não relações.

Ademais, a hierarquia conceitual pode assumir diversas formas e representações, sendo

necessário que o autor do mapa também comente sobre o seu critério de classificação

para representar os principais conceitos do mapa.

Segundo Moreira e Masini (2006), é importante que o mapa conceitual seja um

instrumento capaz de evidenciar significados atribuídos a conceitos e relações entre

conceitos no contexto de um corpo de conhecimentos, de uma disciplina, de uma

matéria de ensino. Por exemplo, se o indivíduo que faz um mapa, seja ele, por exemplo,

professor ou aluno, une dois conceitos, através de uma linha, ele deve ser capaz de

explicar o significado da relação que vê entre esses conceitos. Mapas conceituais devem

ser explicados por quem faz o mapa; ao explicá­lo, a pessoa externaliza significados.

Mapas conceituais são instrumentos que podem levar a profundas modificações na

maneira de ensinar, de avaliar e de aprender. Utilizá­los em toda sua potencialidade

implica atribuir novos significados aos conceitos de ensino, aprendizagem e avaliação.

Ainda com a intenção de melhor planejar e organizar os conhecimentos que

serão informados aos alunos, Santos (2008) sugere o diagrama ADI (Atividades

Demonstrativo­Interativas). Esse diagrama auxilia o professor e os alunos em suas

atividades. Trata­se de um instrumento com estrutura semelhante ao V de Gowin,

porém com fim específico, ou seja, para fins didáticos­pedagógico. Tem como

finalidades o planejamento, a abordagem e a avaliação da aprendizagem (SANTOS,

2008, p.160).

O diagrama ADI, segundo Santos (2008), é um instrumento que se enquadra

perfeitamente no fenômeno educativo atual, e, quando convenientemente usado, poderá

contribuir de modo decisivo para facilitar a aprendizagem significativa.

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Dentre as principais vantagens e características do diagrama ADI, observadas até o momento, durante as aplicações e usos desse instrumento, pode­se evidenciar as que seguem: • trata­se de um instrumento com estrutura semelhante ao V de Gowin, porém com fim

específico, ou seja, para fins didático­pedagógicos. • tem como finalidades o planejamento, a abordagem e a avaliação da aprendizagem. • elaborado para o uso tanto de professores quanto de alunos no desenvolvimento de

atividades colaborativas. • seu uso pelos professores sugere um planejamento de atividades adequado ao nível

cognitivo do aluno. • por parte dos alunos proporciona uma maior interatividade professor­aluno e aluno­

atividade. • na sua abordagem, o professor pode usá­lo como forma de um organizador prévio. • substitui os incansáveis relatórios(que não são recomendados no nível básico) de aulas

experimentais. • proporciona a quem usa uma visão do todo, pois se tem sempre a mão as interações

existentes entre a parte central e os lados esquerdo e direito. • deve estar sempre associado a um mapa conceitual.

O diagrama ADI foi idealizado com o objetivo de apoiar o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação das atividades colaborativas que são propostas nas aulas de ciências do nível fundamental, mas ele pode ser usado em outros níveis de ensino. Sua estrutura sugere um grande exercício de planejamento para o professor e um grande exercício de desenvolvimento cognitivo para o aluno, porque ele terá autonomia para suas tomadas de decisão e conclusões ( Santos, 2008, p.p.160­161)

Outro instrumento de apoio são os Fluxogramas, um tipo de diagrama que usa

símbolos pré­estabelecidos, mostrando as relações das informações do conteúdo a ser

trabalhado e que conta com a participação de todos os envolvidos no processo ensino­

aprendizagem. Na Figura 1, mostra­se um exemplo simples de fluxograma.

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Figura 1: Exemplo de um Fluxograma

Na Figura 6, encontra­se um exemplo de planejamento de atividade com o

diagrama ADI.

2.2 O QUE SÃO OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS

Os rótulos são elementos essenciais de comunicação entre produtos e

consumidores. Daí a importância de conhecê­los para uma orientação melhor na

escolha adequada dos alimentos saudáveis.

Dados do Ministério da Saúde demonstram que aproximadamente 70% das

pessoas consultam os rótulos dos alimentos no momento da compra. No entanto, mais

da metade destes não compreende adequadamente o que significam as informações.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA é o órgão

responsável pela regulação da rotulagem de alimentos. Ela é que estabelece as

informações que um rótulo deve conter, visando a garantia de qualidade do produto e a

saúde do consumidor.

Fluxograma

É:• Bidimensional e unidirecional; • Organizacional processual; • Seqüencial em fases: início, fim e

pontos de tomadas de decisão; • Utiliza­se de símbolos indicativos de

ações

Terminal: Início e término do processo

Processo: cálculo ou manuseio de dados

Dados: trocas de dados – entrada e saída

Decisão: comparativo entre dois valores – SIM e Não

Alimentos

Valor Nutricional

Valores KCal

Tipos de Alimentos

Valor Nutricional

Bom para o indivíduo

sim Ruim para o indivíduo

não

Boa alimentação sim

não

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O item a seguir traz informações que devem estar presentes nos rótulos e que é

importante que as pessoas as identifiquem.

2.3 RECONHECENDO OS INGREDIENTES QUE COMPÕEM OS PRODUTOS

Geralmente os rótulos das embalagens informam os ingredientes que compõem

o produto (ver Figura 2). Essa informação é importante porque o consumidor pode

identificar a presença de termos como açúcar, sacarose, glicose, ou outros tipos de

açúcares, como a dextrose.

Alimentos de ingredientes únicos como açúcar, café, farinha não precisam

apresentar lista de ingredientes.

A lista de ingredientes deve estar em ordem decrescente, isto é, o primeiro

ingrediente é aquele que está em maior quantidade no produto e o último em menor

quantidade.

A seguir, seguem algumas explicações sobre os itens básicos e obrigatórios que

compõem um rótulo de embalagem:

ORIGEM: Informação que permite que o consumidor saiba quem é o fabricante do produto e onde ele foi fabricado.

PRAZO DE VALIDADE: Os produtos devem apresentar, pelo menos, o dia e o mês,

quando o prazo de validade for inferior a três meses; o mês e o ano para produtos que

tenham prazo de validade superior a três meses. Se o mês de vencimento for dezembro,

basta indicar o ano, com a expressão “Fim de...” (ano).

CONTEÚDO LÍQUIDO: Indica a quantidade total de produto contido na embalagem.

O valor deve ser expresso em unidade de massa (quilo) ou volume (litro).

LOTE: É um número que faz parte do controle na produção. Caso haja algum

problema o produto pode ser recolhido ou analisado pelo lote ao qual pertence.

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL OBRIGATÓRIA: É a tabela nutricional. Sua

leitura é importante porque a partir das informações nutricionais pode se fazer escolhas

saudáveis.

Os rótulos dos alimentos não devem:

­Apresentar palavras ou qualquer representação gráfica que possa tornar a informação

falsa, ou que possa induzir ao erro. Ex: chocolates que demonstram mediante ilustração

que o consumo de determinada quantidade equivale ao consumo de um copo de leite.

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­ Demonstrar propriedades que não possuam ou não possam ser demonstradas. Ex:

Determinados produtos demonstrando que seu consumo reduz o risco de doença

cardíaca.

­Destacar a presença ou ausência de componentes que sejam próprios de alimentos de

igual natureza. Ex: “Óleo sem colesterol” – todo óleo vegetal não apresenta em sua

composição colesterol. O certo é: “Óleo sem colesterol, como todo óleo vegetal”.

­ Indicar que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas ou aconselhar o

seu consumo como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir doenças ou como

ação curativa. Ex:.”previne a osteoporose”. ... “emagrece”.

A seguir, apresentam­se o significado dos itens da tabela de Informações

Nutricionais presentes nos rótulos.

VALOR ENERGÉTICO: É a energia produzida pelo corpo proveniente dos

carboidratos, proteínas e gorduras totais. O valor energético é expresso em forma de

quilocalorias (Kcal) e quilo joules (KJ). Obs: quilo joules (KJ) é outra forma de medir o

valor energético dos alimentos, sendo que um (1) Kcal equivale a 4,2 KJ.

CARBOIDRATOS: São os componentes dos alimentos cuja função principal é fornecer a energia para as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontrados

em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos (como

batatas, mandioca e inhame) e doces em geral.

PROTEÍNAS: São componentes dos alimentos necessários para construção e

manutenção dos órgãos, tecido e células. Encontram­se nas carnes, ovos, leite e

derivados, e nas leguminosas (feijão, soja e ervilha).

GORDURAS TOTAIS: As gorduras são as principais fontes de energia do corpo e

ajudam na absorção das vitaminas A, D, E, K. As gorduras totais referem­se à soma de

todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto

de origem vegetal.

GORDURAS SATURADAS: Tipo de gordura presente em alimentos de origem

animal. São exemplos: carne, toucinho, pele de frango, queijo, leite integral, manteiga,

requeijão, iogurte. O consumo deve ser moderado, pois quando consumido em grande

quantidade pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração.

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Figura 2: Modelo de Rótulo de Embalagem

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GORDURAS TRANS (ou Ácidos Graxos Trans): Tipo de gordura encontrada em

grandes quantidades em alimentos industrializados como margarinas, cremes vegetais,

biscoitos, sorvetes, snacks (salgadinhos prontos), produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua

preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando

que o organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda porque quando se consome

em grandes quantidades, aumentar­se o risco de desenvolvimento de doenças do

coração. Não se deve consumir mais que 2 gramas de gordura trans por dia. Obs: O

nome trans é devido ao tipo de ligações químicas que esse tipo de gordura apresenta.

FIBRA ALIMENTAR: Está presente em diversos tipos de alimentos de origem

vegetal, como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras

auxilia no funcionamento do intestino. Devem­se consumir alimentos com altos %VD

de fibras alimentares.

SÓDIO: Está presente no sal de cozinha e alimentos industrializados (salgadinhos de

pacote, molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com salmoura), devendo ser

consumido com moderação, uma vez que o seu consumo excessivo pode levar ao

aumento da pressão arterial. Devem­se evitar os alimentos que possuem altos %VD em

sódio.

Após essa apresentação, percebe­se que, para se ter uma alimentação mais

saudável, deve­se dar preferência a produtos com baixos %VD para gorduras

saturadas, gorduras trans e sódio e a produtos com altos %VD para fibras

alimentares.

Nos rótulos dos alimentos, além da lista de ingredientes, também se encontra os

aditivos químicos, que são substâncias que as indústrias alimentícias acrescentam aos

alimentos para impedir a proliferação dos micro­organismos. A licença oficial para o

uso dos aditivos químicos parte do princípio de que eles são inofensivos para a saúde do

ser humano quando ingeridos em quantidades pequenas. Todavia, desconfia­se da

nocividade de alguns deles. Há suspeitas, por exemplo, de que o nitrito de sódio, usado

para fixar a cor avermelhada em carnes, salsichas e salames, seja substância

cancerígena. Nos rótulos, na parte onde indica os aditivos químicos empregados, utiliza­

se uma numeração conhecida mundialmente. O Brasil adotou o Sistema de Numeração

Internacional (International Numbering System – INS). O código vem precedido do

nome do aditivo.

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Apresentam­se, a seguir, alguns dos aditivos que comumente são usados na

indústria alimentícia.

Conservantes INS Funções

Ácido benzoico 210 Os conservantes impedem ou retar­

Ácido sórbico 200 dam a alteração dos alimentos pro­

Dióxido de enxofre 220 vocada por micro­organismos ou

enzimas.

Corantes INS Funções

Caramelo I – simples 150ª Os corantes dão cor ao alimento ou

Clorofila 140i a intensificam. Não têm valor nutri­

Vermelho de beterraba 162 tivo.

Urucum 160b

Amarelo­crepúsculo 110

Azul­brilhante 133

Antioxidante INS Funções

Ácido ascórbico 300 Os antioxidantes inibem o processo

Ácido fosfórico 338 de oxidação nos alimentos, que é o

principal fator de sua deterioração.

Acidulantes INS Funções

Ácido cítrico 330 Os acidulantes dão gosto ácido aos

Ácido fosfórico 338 alimentos ou o intensificam.

Ácido lático 270

Ácido tartárico 334

Antiumectantes INS Funções

Carbonato de cálcio 170i Os antiumectantes reduzem a umi­

Carbonato de magnésio 504i dade dos alimentos.

Fosfato tricálcio 341iii

Dióxido de silício 551

Espessantes INS Funções

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Ágar­ágar 406 Os espessantes dão volume e visco­

Goma­arábica 414 sidade aos alimentos.

Goma­caraia 416

Aromatizantes INS Funções

Ácido inosínico 630 Os aromatizantes comunicam o aro­

Ácido guanílico 626 ma característico ao alimento.

Hidróxido de sódio 524 pode ser usado ervas, especiarias

Hidróxido de cálcio 526 e seus extratos.

Estabilizantes INS Funções

Goma­arábica 414 Os estabilizantes favorecem a manu­

Citrato de sódio 331i tenção das características físicas de

emulsões, suspensões e outros tipos

de alimento.

2.4 OS PRINCIPAIS ADITIVOS QUÍMICOS

Apresenta­se, na seqüência, os principais aditivos químicos que são utilizados

nos alimentos.

AROMATIZANTES OU FLAVORIZANTES: Constituído por substâncias usadas

com o objetivo de intensificar o paladar e o aroma dos alimentos, ou conferir­lhes um

sabor que não possuam. Podem ser classificados em:

a) Naturais, obtidos a partir de folhas, raízes, resinas, óleos essenciais, etc., através de

processos físicos e químicos.

b) Artificiais, divididos em dois grupos:

1 – Obtidos por processo de síntese, através de processos físicos e químicos, cuja

estrutura é idêntica a uma substância ou composto natural.

2 – Obtidos por síntese laboratorial, cuja estrutura química não é encontrada na

natureza.

Dentro do grupo dos Flavorizantes, quimicamente definidos, encontra­se o

Glutamato Monossódico, que é um sal branco muito usado no Brasil e que irrita

cronicamente a mucosa do estômago e intestinos. São muito utilizados em alimentos

prontos de crianças como: papinhas, sopinhas prontas, comidas instantâneas, caldos

secos compactados imitativos de carne de galinha, temperos mistos.

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As “Essências Naturais”, consideradas inócuas, também deveriam apresentar

seus nomes nos rótulos, pois numerosos flavorizantes naturais possuem substâncias

tóxicas, como a fava Tonga, usada para imitar o sabor de baunilha, mas que contém

cumarina.

CORANTES: São usados para dar cor ou realçar o pigmento. Podem ser divididos em

naturais e artificiais. Os naturais são de origem puramente vegetal, como o açafrão, a

beterraba, o cacau, a clorofila, etc., que são pouco usados, pois existem os corantes

artificiais mais facilmente disponíveis e muito mais baratos.

CONSERVANTES: São usados para manter os alimentos íntegros, manter­lhes o

sabor e o aspecto. Os mais usados são os antibióticos do grupo da tetraciclina,

principalmente em enlatados com produtos animais, como as almôndegas, os molhos

para macarrão, salsichas, etc. Também são usados os nitritos e nitratos para conferir a

cor rosada à carne e conservá­la.

EDULCORANTES OU ADOÇANTES: A este grupo químico pertencem as

substâncias de sabor doce, mas que não sejam glicídicas. Os edulcorantes mais usados

são quase todos sintéticos, sendo os mais usados a Sacarina e o Ciclamato de sódio.

A Sacarina é um pó branco, muito fino, inodoro, cerca de 600 vezes mais doce

que o açúcar branco (sacarose). O Ciclamato de sódio teve seu uso proibido em

setembro de 1970, por ser um produto cancerígeno, mas pode ser facilmente encontrado

em farmácias.

ANTIOXIDANTES: São usados pela indústria de alimentos para evitar alterações provocadas pela oxidação, tais como rancificação das gorduras (óleos vegetais, gorduras

animais e carnes animais que contenham gordura), o escurecimento das frutas, a

descoloração das carnes, a deterioração dos sucos de frutas cítricas, a modificação da

cor de frituras em saquinhos plásticos. Os antioxidantes são geralmente danosos à

saúde, mesmo abaixo das “doses diárias permitidas”, pois interferem no metabolismo

como um todo.

ESTABILIZANTES E ESPESSANTES: São aditivos capazes de manter a densidade

ou aumentar a viscosidade do alimento. A separação entre estabilizantes e espessantes é

difícil, porque isso eles têm ações e funções semelhantes, pois a propriedade de espessar

e estabilizar parece ser comuns aos dois grupos.

Os aditivos deste grupo são aqueles menos ofensivos, pois os mais usados são de

fontes naturais como a goma arábica, goma jataí, musgo irlandês, alga marinha, ágar­

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ágar, etc. A indústria mais pesada, de grande porte, utiliza menos estes espessantes

naturais e mais os artificiais, como os alginatos (cervejas, sorvetes, etc.) e a

carboximetilcelulose.

2.5 ADITIVOS E SEUS EFEITOS NO ORGANISMO

Vários são os efeitos dos aditivos químicos no organismo humano. A seguir,

apresenta­se os principais deles.

ANTIOXIDANTES:

­ Ácido fosfórico (H.III) – Aumento da ocorrência de cálculos renais. ­ Ácido nordihidroguairético (A.IV) – Interferência nas enzimas do metabolismo das gorduras.

­ Butil­hidroxianisol – BHA – (A.V.); Butil­hidroxitolueno BHT – (A.VI) – Ação tóxica sobre o fígado, interfere na reprodução de cobaias de laboratório.

­ Fosfolipídios – (A.VIII) – Acréscimo do colesterol sanguíneo. ­ Gelato de propila ou de octila (A.IX) – reações alérgicas; interferem na reprodução de animais de laboratório.

­ Etilenodiaminote tetracetato de cálcio e dissódico – EDTA – (A.XII) –

descalcificação e redução da absorção de ferro.

ANTIUMECTANTES: Ferrocianeto de sódio, cálcio ou potássio (AU.VI) – Intoxicação nos rins.

ACIDULANTES: Ácido acético em geral – Cirrose hepática, descalcificação dos dentes e dos ossos.

CORANTES: Todos – (CI) ( CII ) – Reações alérgicas: alguns possuem ações tóxicas sobre o feto ou são teratogênicos, ou seja, podem fazer nascer crianças­monstro; anemia

hemolítica; o caramelo, quando preparado de modo inadequado, pode conter substâncias

capazes de causar convulsões.

CONSERVADORES:

­ Ácido benzóico (PI) – Alergia, distúrbios gastrintestinais. ­ Ésteres do ácido hidroxibenzoico (P III) – Dermatite; redução de atividade motora. ­ Dióxido de enxofre e derivados (PV) – Redução do nível de vitaminas B1 nos alimentos; aumenta a frequência de mutações genéticas em animais de laboratório.

­ Antibióticos (oxitetraciclina, cloretetraciclina e outros) (PVI) – Desenvolvimento de raças de bactérias resistentes aos antibióticos; reação de hipersensibilidade.

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­ Nitratos, Nitritos (P VII ) ( P VIII ) – Ao combinarem­se com as aminas de várias fontes alimentares, originam as nitrosaminas, que podem causar câncer gástrico e do

esôfago.

­ Éster dieltilpirocarbônico (PX) – Formação de uretanos (carbonato de etilo, solúvel em água), que são cancerígenos.

EDULCORANTES: Sacarina (DI) – Causa câncer na bexiga de animais de laboratório.

ESPESSANTES: Em geral causam irritação da mucosa intestinal; ação laxante.

ESTABILIZANTES: Polifosfatos (ET XV ET XI XVIII ) – elevação da ocorrência de cálculos renais; distúrbios gastrointestinais.

AROMATIZANTES: Em geral – alergia; retardam o crescimento e produzem câncer em animais de laboratório.

UMECTANTES:

­ Dioctil sulfossuccinato de sódio (U III ) – Distúrbios gastrointestinais; circulação pulmonar.

Estudos da American Associaton for the Advancemente of Science sobre

Agentes Cancerígenos Presentes na Alimentação Industrializadas.

­ Segundo Philp H. Abelson, muitas hydrasinas presentes em peixes enlatados, caviares e conservas de pescado ,em geral, são cancerígenas e mutagênicas.

­ Nitrosaminas e compostos nitrosos são suspeitos de provocarem câncer no estômago e

no esôfago de seres humanos. No sistema digestivo, esses compostos transformam­se

em nitritos e nitratos, que possuem a capacidade de bloquear a importante enzima intracelular denominada catalase. Esta enzima é a responsável pelo controle da divisão celular, tendo a ação de impedir que as células cresçam com muita velocidade. É obvio

que, uma vez bloqueada esta enzima, existe o perigo de um crescimento celular

desordenado.

­ Gorduras rancificadas apresentam possíveis agentes causais de câncer de cólon e de

mama em seres humanos. Gorduras insaturadas (óleos enlatados industrializados

vegetais etc.) são facilmente oxidáveis e, no processo do cozimento, transformam­se em

elementos cancerígenos e mutagênicos. Entre os numerosos produtos capazes de serem

oxidados estão os ácidos gordurosos que contêm hidroperóxidos e epóxidos de colesterol. Dessa forma, o cólon e todo o trato digestivo ficam expostos a muitas

gorduras compostas de elementos cancerígenos. O cozimento e o aquecimento de

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proteínas animais, oriundas de carnes condicionadas (linguiça, presunto, mortadela,

patê, carne de hambúrguer etc.), têm sido considerados como fator cancerígeno e

mutagênico. Produtos químicos isolados dessa forma de alimento têm se mostrado

cancerígeno quando acrescentado na alimentação de roedores de laboratório.

­ Os glicoalcalóides da batata, a solanina e a chaconina, são fortes inibidores da colinesterase e possíveis agentes teratogênicos, quando presentes na quantidade acima

de 15 miligramas por 100 gramas de batata. Quando este tubérculo possui alguma

doença, quando produz brotos ou quando é exposta à luz por muito tempo, esse e outros glicialóides elevam­se a níveis letais para os seres humanos. ­ Nas gorduras saturadas e ácidos graxos polisaturados encontram­se ácidos tóxicos

cyclopropenoids (principalmente o ácido isterculínico e malválico), muito encontrados no sangue de seres humanos que consomem grande quantidade de peixe enlatado, aves

de granja, ovos de granja e leite provenientes de animais alimentados com ração

industrializada rica em hormônios. Esses ácidos graxos cyclopropenoids são

potencialmente cancerígenos, comparáveis à aflatoxina (segundo a FAO, uma das mais

perigosas toxinas ambientais cancerígenas produzidas pelo fungo denominado Aspergillus flavus, presente em alimentos condicionados e estocados) também responsável pelo surgimento de arteriosclerose em coelhos e modificações celulares em

ratos, além de uma grande variedade de efeitos tóxicos em animais silvestres. Segundo

estudos epidemiológicos, existe uma grande relação entre gordura industrializada e

câncer, e o consumo de grande quantidade de gordura desse tipo está relacionado com o

câncer de mama

­ Em 1932, em Dublin, o Professor Kikuo Shishima, catedrático de Fisiologia Médica

da Universidade de Toho e de Tóquio, já avisava sobre os perigos dos aditivos

alimentares, afirmando que “O câncer está relacionado com o uso de um volume muito

grande de alimentos e de fatores de estimulação presentes nos mesmos com efeito

carcinogênico. Tudo isso aliado ao stress mental, heranças mórbidas etc., ou seja, tudo o

que é considerado como uma vida contra­natural”.

­ Tumores, úlceras, câncer e enfartes do miocárdio também podem ser causados por

componentes alimentares, informa o pesquisador da Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Xie Goldman, que estuda os aditivos. Ele propõe uma “padronização no uso de

aditivos”, pois isso minimizaria os efeitos colaterais.

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Laura Gonçalves Ferreira, diretora da Divisão Nacional de Alimentos, alerta os

pais para que abandonem o hábito de comprar doces e guloseimas sem registro, pois

esse mercado sem controle está ameaçando a saúde das crianças.

Na Figura 3, encontra­se um modelo de mapanconceitual sobre os conceitos

abordados neste item.

Alimentos Naturais

Nutrientes formados por

Carboidratos Sais minerais Vitaminas Lipídios Proteínas

Alimentos Industrializados

Estabilizantes Corantes Acidulantes Conservantes Espessantes Antioxidantes

Umectantes Antiumectante Antiespumantes Aromatizantes

Edulcorantes

Alimentação Saudável

Aditivos Químicos

Na K Ca Fe I A D K

Amido

G lico

se

Frutos

e Sacaros

e

Artificiais Naturais

Ácido Sórbico

Ácido Ascórbico Carbonato de Cálcio Hidróxido de Sódio

Ácido Cítrico Goma­Arábica

Espumantes Agar­ágar

Animal

Vege

tal

presente em

contém

de origem

Figura 3: Mapa conceitual Sobre os Aditivos Químicos

3. NA SALA DE AULA

3.1 INTRODUÇÃO: Começou­se a desenvolver o tema “Aditivos Químicos” com alguns conceitos introdutórios como, por exemplo, o que significa a palavra. Continuo­

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se a conversa informando que o tratamento com aditivos químicos tem seu início nos

próprios campos de cultivo, com recursos como pesticidas, adubos artificiais e a

manipulação genética das sementes, dando origem a alimentos pouco atraentes, sem

qualquer sabor e de baixo valor nutricional. Esse alimento, chegando à indústria nessas

condições, precisa estar prontopara ser consumido. Para isso a indústria contrata

especialistas em bioquímica, os quais, para aumentar a atratividade do alimento usam

centenas de aditivos químicos para colorir artificialmente, intensificar o sabor, aumentar

o tempo de conservação, etc.

3.2 QUESTÕES DO PRÉ­TESTE E PÓS­TESTE GERAL: Estes testes são

realizados no início e no fim do trabalho, contendo questões que permitem ao professor

identificar o conhecimento prévio do aluno em relação ao conteúdo a ser trabalhado. O

mesmo instrumento permite ao professor realizar comparações entre os conceitos

iniciais, elaborados pelo aluno, e a evolução conceitual ocorrida ou não no final do

processo ensino­aprendizagem do conteúdo.

A seguir, uma sugestão de questões que podem ser trabalhadas como pré­teste e

pós­teste no conteúdo proposto.

1) Quais os métodos que você conhece de conservação dos alimentos?

2) Qual a razão de um alimento congelado durar mais tempo do que um não

congelado?

3) Você já ouviu falar em aditivos químicos utilizados pela indústria de alimentos?

4) Alguma vez você já parou e leu o rótulo de algum alimento que costuma

consumir?

5) Você sabe o que significa as siglas que aparecem nesses rótulos?

6) Hambúrguer, batata frita, refrigerante, salgadinho, chocolate, sorvete, suco

artificial. Destes alimentos, quais você costuma consumir com mais freqüência?

Responda em ordem crescente de consumo:

1º...................................................................................

2º...................................................................................

3º....................................................................................

4º..................................................................................

5º..................................................................................

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7) O governo de alguns estados do Brasil proibiu a venda de balas, bolos, frituras e

outros alimentos muito ricos em açúcar e gordura nas cantinas das escolas. O

que você acha dessa proibição?

8) Como você se considera em relação a sua alimentação: procura consumir

alimentos saudáveis ou dá preferência aos alimentos “ditos” não saudáveis?

Justifique.

3.3 SITUAÇÃO­PROBLEMA: Como ler e interpretar os rótulos dos alimentos

industrializados para não cometer enganos na hora da compra?

Depois de aplicado o pré­teste, pede­se aos alunos que coletem alguns rótulos de

alimentos e, juntos, na sala de aula, vai­se lendo e explicando o que significam aquelas

siglas.

Com todas as informações em mãos, faz­se, junto com os alunos, um painel

informativo, sobre os aditivos químicos encontrados nos rótulos dos alimentos. Além

disso, os alunos fazem um dia explicativo, na prática, para os colegas de outras turmas

em que explicam o que aprenderam durante o projeto. Durante o projeto enfatiza­se a

saúde e incentivando uma alimentação saudável na medida do possível; assim, como a

escola têm um bom espaço físico cultivar­se­á a horta da escola e, como tarefa de casa,

todos cultivarão em suas próprias casa uma mini­horta, mesmo para quem mora em

apartamento. Basta arrumar sementes, como as de salsa e cebolinha, e mudinhas (de

hortelã, manjericão, alecrim, etc.), algumas garrafas PET grandes, terra, pedras, uma

tesoura sem ponta e uma pá de jardinagem. Depois, é só fazer vasos como descrito a

seguir:

1­ Pegue uma garrafa PET grande, tire a tampa e amasse­a no meio para

facilitar o corte. Em seguida, corte­a ao meio com uma tesoura sem ponta.

2­ Inverta a parte de cima da garrafa, encaixando­a sobre a parte de baixo.

Coloque algumas pedrinhas na partes de cima para ajudar a escoar a água e

encha o restante do espaço com terra boa. Plante a semente ou a muda e

molhe o suficiente para mantê­la úmida.

3­ A água que escorrer ficará guardada na parte de baixo da garrafa, longe dos

mosquitos, e poderá ser reutilizada para molhar as plantinhas. Assim, você

cuida da sua horta, preserva o meio ambiente e ajuda a evitar a dengue!

(Revista Nestlé com Você,p.17)

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Essa horta é uma das atividades desenvolvidas pelo Nutrir ([email protected]

), projeto de responsabilidade social, educação alimentar e ambiental da Nestlé, que

incentiva o contato das crianças com a natureza, bem como seu compromisso com o

equilíbrio ambiental. Na Figura 4, apresenta­se um modelo de mapa conceitual dos

alimentos naturais.

ALIMENTOS NATURAIS

Composição Química Proteínas

Lipídios

Vitaminas Carboidratos

Sais Minerais

Água Animal Vegetal De origem

Lipossolúveis Hidrossolúveis

ADEK

C Complexo B

Amido Celulose

Sacarose Frutose

Glicose

Sódio(Na)

Ferro(Fe)

Cálcio(Ca) Fósforo(P)

Iodo

Nutrientes

Formados por

Plásticos Energéticos

Formação e reconstituição de tecidos

Fornecem energia ao organismo

Reguladores

Conservação da saúde

Função

Figura 4: Modelo de Mapa Conceitual sobre os Alimentos Naturais

A seguir, apresenta­se um plano de aula sugerido para o tema.

3.4 PLANO DE AULA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

INSTITUIÇÃO: Núcleo Regional de Educação – NRE – Pato Branco

CURSO: Ensino Fundamental SÉRIE: 7ª., série PERÍODO:1º.,Semestre 2009

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LOCAL: Colégio Estadual de Pato Branco

PROFESSORA: Rejane Maria Pirola dos Santos

INFORMAÇÕES SOBRE A AULA A SER DESENVOLVIDA

a) ASSUNTO: Aditivos Químicos nos Alimentos Industrializados.

b) NECESSIDADE: O estudo dos aditivos químicos nos alimentos industrializados e suas prováveis consequências de problemas de saúde da população podem estar

relacionados com o exagero do seu consumo. Este assunto ainda não é trabalhado de

maneira a conscientizar os alunos sobre os perigos que essa comodidade pode oferecer a

nossa saúde.

c) OBJETIVOS: Espera­se que durante o desenvolvimento das atividades propostas,

bem como do conteúdo envolvido, os alunos sejam capazes de:

­ Saber ler e interpretar os rótulos dos alimentos industrializados.

­ Relacionar diferentes informações sobre a dieta e hábitos alimentares na formação ou

reformulação dos seus hábitos alimentares.

­ Formar cidadãos conscientes da importância de uma alimentação saudável para

melhorar a qualidade de vida.

­ Saber posicionar­se de maneira crítica, responsável e construtiva diante dos diferentes

hábitos alimentares e das propagandas veiculadas pela mídia.

­ Reconhecer a importância da dieta natural para a saúde.

d) CONTEÚDOS A SEREM ABORDADOS: Composição dos alimentos;

alimentação equilibrada; dietas alimentares; conservação dos alimentos; rótulos dos

alimentos industrializados.

e) METODOLOGIA: Os conteúdos propostos serão trabalhados de forma prática e teórica, fazendo­se uso de vídeos, mapa conceitual do tema proposto, promovendo o

interesse por parte dos alunos em coletar e analisar os rótulos dos alimentos por eles

consumidos em seu cotidiano. Além disso, se confeccionará um painel informativo para

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todos os alunos da escola, e se fará a exposição de alguns alimentos, explicando a

função de alguns dos aditivos químicos neles presentes.

f) TEMPO PREVISTO: Aula teórica, com apresentação do conteúdo através do mapa

conceitual, e vídeo sobre o assunto: 50 min.

Aula prática de laboratório com discussão do experimento: 50 min.

Confecção do painel: 50 min.

Tempo total previsto: 2 h 30 min.

g) RECURSOS: Para iniciar a apresentação do conteúdo, bem como do mapa

conceitual do tema, serão utilizados os seguintes recursos:­ TV pendrive; ­ Retro

projetor. Para aula de laboratório, utilizar­se­á os materiais disponíveis no Laboratório

de Ciências.

h) AVALIAÇÃO: O trabalho será avaliado em todas as etapas do seu

desenvolvimento: na participação efetiva durante a aula; na contribuição de cada um na

busca dos rótulos dos alimentos; na resolução das questões propostas; na aula de

laboratório e na exposição oral para os colegas da escola sobre os aditivos químicos e na

confecção do painel informativo.

i) TAREFA: Fora do horário de aula, os alunos deverão coletar os rótulos dos

alimentos que costumam consumir, para posterior análise em sala de aula. Deverão,

também, coletar figuras apropriadas para a confecção do painel explicativo e pesquisar,

junto com o grupo, os aditivos químicos do alimento de sua responsabilidade, para

posterior exposição para os colegas da escola.

Observações: Os pontos positivos e negativos dos trabalhos (painel, exposição, aula de

laboratório) serão descritos no campo de anotações do livro de registros de classe do

professor; também serão relatados pelos alunos em forma de relatório. As notas

atribuídas pela participação e desempenho nas atividades, em cada etapa do trabalho,

serão registradas no campo avaliações.

3.5 ABORDAGEM TEÓRICA: Devido à importância dos mapas conceituais para o

planejamento, a abordagem do conteúdo e avaliações, pode o professor usá­los neste

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momento. Após a informação básica sobre os conceitos que envolvem o tema Aditivos

Químicos, o professor, com o objetivo de mostrar as relações conceituais referentes ao

tema, pode fazer uso do mapa conceitual constante na Figura 4.

O professor deve, ainda, após a abordar os alimentos industrializados e também

fazer uso do mapa conceitual da Figura 5.

ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS Umectantes

Antioxidantes

Corantes

Espumantes

Antiespumantes

Conservantes

Estabilizantes

Espessantes

Acidulantes

Antiumectantes

Aromatizantes

Edulcorantes ou Adoçantes

Aditivos Químicos

Aditivos Químicos

Vegetal Naturais Artificiais

Verdadeiros Sinergistas Sequestrantes

Antibióticos Nitritos Nitratos

Naturais Artificiais

Naturais Artificiais

Sacarina Ciclamato de Sódio Mais usados

Que são

Que são

Figura 5: Mapa Conceitual sobre os Alimentos Industrializados

Ao explicar e esclarecer a importância dos alimentos naturais, o professor

mostrar o mapa conceitual da Figura 4, em que os alunos terão, então, a oportunidade de

melhor compreender o tema e as relações conceituais necessárias para isso, pois,

conforme sugere Moreira e Masini (2006), o mapa conceitual deve, preferencialmente,

ser mostrado ao aluno após ele ter tido contato com o objeto de estudo. Com isso, se

estará facilitando o aprendizado do aluno.

O professor pode, ainda, instruir seus alunos sobre como confeccionar mapas

conceituais e, no final de todo o processo, solicitar que eles façam seus mapas

conceituais com textos explicativos. Esses poderão ser usados como avaliação da

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aprendizagem, em que o professor poderá analisá­los e interpretá­los, verificando até

onde realmente os alunos assimilaram o tema abordado.

3.6 ATIVIDADES

ATIVIDADE 1: Esta atividade visa analisar e interpretar as informações contidas nas

embalagens dos alimentos industrializados. Este planejamento é feito pelo professor

numa atividade específica, dentro do assunto trabalhado, neste caso as embalagens dos

alimentos. No lado esquerdo do V, na Figura 6, no item “I.Observações do aluno”,

encontra­se o pré­teste e o pós­teste que fazem parte da prática do pré­teste e pós­teste

geral do conteúdo. Nesse caso, no diagrama ADI também se pode produzir uma “ mapa

conceitual”, dentro dos conteúdos abordados na atividade.

Encontra­se, na Figura 6, um modelo de planejamento da atividade com o uso de

diagrama ADI.

DOMÍNIO CONCEITUAL/TEÓRICO

(pensando)

DOMÍNIO METODOLÓGICO

(fazendo) FENÔMENO DE INTERESSE: Alimentos industrializados podem

prejudicar à saúde? TEMAS/CONTEÚDOS: Aditivos químicos

CONCEITOS: Alimentos saudáveis e sua função no organismo humano.

MATERIAIS: Rótulos, sementes,adubo orgânico, terra, água, enxada, rastelo.

SITUAÇÃO­PROBLEMA/EVENTO:A partir da coleta de várias embalagens, analisar e interpretar as informações corretas.

ELEMENTOS INTERATIVOS: rótulos e semente. II. PREDIÇÕES DO PROFESSOR:

a­ Sobre as respostas dos alunos: 1.Não, nunca reparei. 2.Não sei. 3.Não. 4. Industrializados, enlatados ,e naturais os da feira.

b­ Sobre o procedimento: Não lemos por não conhecer a importância das informações contidas.

RESULTADOS CONHECIDOS: a­ Teórico (literatura): Os alimentos industrializados, quando consumidos exageradamente, podem causar danos à saúde, devido aos aditivos químicos que contêm. b­ Sobre a atividade: Os alunos se motivaram por ser um assunto que faz parte do seu cotidiano.

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS: Estar motivado, a aprender sobre os alimentos industrializados.

ASSERÇÕES: a­ de valor:Formar cidadãos conscientes da importância de uma alimentação saudável, melhorando a qualidade de vida. Cuidados com os alimentos. Não aceitação da prática de alimentação saudável. b­ de conhecimento: saber ler e interpretar os rótulos interpretando as letras miúdas.

QUESTÃO­FOCO: Como conscientizar os alunos dos possíveis perigos oferecidos pelos alimentos industrializados devido aos aditivos

químicos?

CATEGORIZAÇÃO:

a­ Quanto ao Modo: interativo,demonstrativo.

b­ Quanto ao Tipo: qualitativo

REGISTROS E REPRESENTAÇÕES:Observar a participação dos alunos na confecção de painéis e seu interesse pelo assunto.

ROTEIRO DE PROCEDIMENTOS: Aula expositiva, confecção de painel, cultivo da horta.

VALIDAÇÃO DO MODELO: ­ Confecção de painéis.

POSSÍVEIS EXPANSÕES DO FENÔMENO DE INTERESSE: Sistemas:digestório,circulatório,excretor.

VARIÁVEIS: Não aceitar a prática de alimentação saudável.

DIAGRAMA ADI (Atividades Demonstrativo–Interativas) PLANEJAMENTO DO PROFESSOR

I. OBSERVAÇÕES DO ALUNO(pré­teste e pós­teste): 1.Você já leu o rótulo de algum alimento industrializado que consome? 2.Você sabe o que significam as siglas que aparecem nos rótulos? 3.Você sabe o que é aditivo químico? 4.Que critérios podemos utilizar para diferenciar alimentos naturais de

industrializados?

interações

Mapa Conceitual

Figura 6: Diagrama ADI de Planejamento

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ATIVIDADE 2: Há estudos comprovando que a falta ou deficiência na ingestão de

fibras – muito encontradas nos cereais, nas verduras e nas frutas – pode provocar

doenças como diverticulite ou câncer no colo (intestino grosso). Isso ocorre porque,

sem elas, o trânsito intestinal é bem mais lento e o contato prolongado das fezes com

as paredes do intestino pode provocar a formação de substâncias cancerígenas pela

ação de bactérias. Embora as fibras vegetais não sejam consideradas nutrientes, elas

não devem faltar em nossa dieta alimentar. Por quê?

ATIVIDADE 3: Fazendo ginástica uma pessoa consome 54 quilocalorias por minuto.

Se a cada 27 quilocalorias consumidas essa pessoa “queima” um grama de gordura,

depois de duas horas de ginástica quanta gordura ela perderá?

ATIVIDADE 4: Observe o rótulo ou a embalem de um alimento industrializado,

como salsicha, achocolatado, farinha, manteiga, etc. Leia com atenção o rótulo do

alimento escolhido e copie, em seu caderno, os ingredientes relacionados ao produto,

descrevendo e classificando cada um.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A contextualização é de fundamental importância para a aprendizagem do aluno,

pois se respeita o seu desenvolvimento sociocultural buscando os aspectos que são mais

importantes para a sua vida, possibilitando­lhe desenvolver o seu aspecto cognitivo.

Com a contextualização, procura­se problematizar a exposição das vivências dos alunos,

levando­os a defender seus pontos de vista, favorecendo, assim, o desenvolvimento da

sua autonomia intelectual.

No conteúdo Alimentos Industrializados, a ser trabalho na sétima série do

ensino fundamental, o uso de mapa conceitual ajuda a organizar e representar o

conhecimento e a contextualização sobre o assunto. Os mapas conceituais ajudam os

alunos a aprender de forma mais significativa, além de possibilitarem aos professores a

indentificação dos conceitos­chave e resumir suas interações. Essa ferramenta é muito

importante neste tema, pois o assunto raramente é abordado nos livros didáticos e,

quando é mencionado, é feito de modo superficial. Também os instrumentos

Fluxograma e Diagrama ADI são importantes para o planejamento, abordagem e

avaliação da aprendizagem.

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Ser professor comprometido com a efetiva educação não é tarefa fácil, pois o

mundo de hoje necessita mais de humanidade do que de conteúdos teóricos. Por isso, a

escola deve ter, em primeiro plano, o ser humano, que lida com o outro. Antes do

conteúdo pedagógico, deve­se lapidar o ser humano, incutindo­lhe ensinamentos

básicos à vida social, tais como respeito, harmonia, integridade e amor.

Pode­se sonhar em ter, no magistério, somente pessoas que pudessem realmente

ensinar a leitura e compreensão do mundo e, em especial, ser exemplo de conduta aos

alunos. Seria uma forma segura de construir um mundo melhor, afinal, o professor é o

educador do mundo.

Para tanto, precisa­se construir um espaço democrático, no qual todos tenham

efetivamente as mesmas responsabilidades, os mesmos incentivos, as mesmas punições

ou sansões, quando necessário. Formar cidadãos é mais que inserir o educando na

sociedade, é muni­lo de condições de intervir consciente e positivamente nos rumos da

história. E nessa trilha, a leitura da vida, das pessoas, das coisas do mundo, se torna

imprescindível.

REFERÊRENCIAS :

AUSUBEL, D. P., NOVAK, J. D., HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2ª. ed.

Tradução de Eva Nick. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

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FITZGERALD, Randall. Cem anos de mentira: como proteger­se dos produtos

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