25

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso
Page 2: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

ADRIANO HIDALGO FERNANDES

O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E A

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: EM DESTAQUE, O PROFESSOR

MARINGÁ – PR

2016

Page 3: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

ADRIANO HIDALGO FERNANDES

O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E A EDUCAÇÃO

INCLUSIVA: EM DESTAQUE, O PROFESSOR

Produção Didático-Pedagógica apresentada à Universidade Estadual de Maringá como parte das exigências do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rosane Gumiero Dias da Silva.

MARINGÁ – PR

2016

Page 4: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016

Título: O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E A EDUCAÇÃO

INCLUSIVA: EM DESTAQUE, O PROFESSOR

Autor: Adriano Hidalgo Fernandes

Disciplina/Área: Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Ribeiro de Campos

Município da escola: Goioerê

Núcleo Regional de Educação: Goioerê

Professora Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rosane Gumiero Dias da Silva

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Maringá

Relação Interdisciplinar:

Todas as áreas do conhecimento

Resumo:

A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vivenciada nas escolas de ensino regular requer a superação de vários desafios, dentre os quais a capacitação dos docentes, já que o processo de inclusão não se limita a simplesmente matricular o aluno na escola regular. Muitos professores alegam que não estão preparados para ensinar alunos com TEA matriculados na rede regular de ensino, de modo a garantir a estes práticas pedagógicas inclusivas. Diante desse cenário, é imprescindível que os docentes se apropriem de novos conhecimentos que certamente contribuirão com o processo de aprendizagem dos alunos com TEA. O objetivo desta Unidade Didática consiste em apresentar aos professores do Colégio Estadual Ribeiro de Campos de Goioerê, PR e demais docentes da rede estadual de ensino desse município o conceito de TEA, bem como discutir a inclusão escolar de alunos com TEA na rede regular de ensino, tendo como base a Teoria Histórico-Cultural. O desenvolvimento deste trabalho é por meio

Page 5: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

UNIDADE DIDÁTICA

O presente trabalho caracteriza-se como uma Unidade Didática

resultante do Projeto de Intervenção Pedagógica do PDE –- 2016 intitulada “O

Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a Educação Inclusiva: em destaque, o

professor”.

A intervenção pedagógica será realizada com os professores do Colégio

Estadual Ribeiro de Campos, em Goioerê, PR, e demais docentes da rede

estadual de ensino desse município. No primeiro semestre do ano letivo de

2017, será ofertado a estes um curso de extensão com carga horária de 32

horas, distribuídas em 8 encontros presenciais de 4 horas cada, com direito à

certificação expedida pela Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Em nossa prática e vivência diária no contexto escolar, constantemente

ouvimos professores declarar que não estão preparados para trabalhar com

alunos com TEA inclusos na rede regular de ensino, situação que lhes tem

causado inquietudes e preocupações. Diante desse contexto, faz-se necessário

que o professor e a própria escola busquem novos conhecimentos, ampliando

seu repertório de práticas educativas capazes de compreender as

singularidades dos alunos com TEA, bem como ofertar a estes alunos práticas

pedagógicas condizentes com suas características específicas e dessa forma

fazer com que o processo de ensino e aprendizagem seja permeado de ações

exitosas. Salientamos que a compreensão do processo de ensino e

de pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo e um curso de extensão de trinta e duas (32) horas ofertado aos professores.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista (TEA); educação inclusiva; ação docente.

Formato do Material Didático: Unidade Didática.

Público: Professores da rede regular de ensino da cidade de Goioerê, PR.

Page 6: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

aprendizagem de alunos com TEA não é função apenas dos professores

especialistas em Atendimento Educacional Especializado (AEE), mas sim de

todos os profissionais da educação, inclusive dos professores da rede regular

de ensino.

Na instituição de ensino Colégio Estadual Ribeiro de Campos, de

Goioerê, PR, há um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que

frequenta o Ensino Fundamental. É importante destacar que provavelmente o

colégio, assim como as demais escolas estaduais desse município, venham a

ter em suas turmas outros alunos com TEA egressos dos anos iniciais do

Ensino Fundamental.

Nesse sentido, a inclusão de alunos com necessidades especiais na rede

regular de ensino tem desafiado profissionais da educação, uma vez que

demanda a organização da escola e do trabalho educativo. A mera inserção do

aluno na escola não é capaz de garantir acesso ao conhecimento

historicamente acumulado. O atendimento de alunos com necessidades

especiais na rede regular de ensino exige mudanças no âmbito escolar: práticas

pedagógicas condizentes com as singularidades dos alunos, participação da

família, apoio de especialistas (psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas etc.),

entre outras ações capazes de desenvolver a socialização, a autoestima, a

autonomia, a linguagem e o pensamento, considerados extremamente

relevantes para a formação do aluno enquanto futuro cidadão.

A esse respeito, citamos Glat e Nogueira (2002, p. 26), para quem:

Vale sempre enfatizar que a inclusão de indivíduos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na sua permanência junto aos demais alunos, nem na negação dos serviços especializados àqueles que deles necessitam. Ao contrário, implica uma reorganização do sistema educacional, o que acarreta a revisão de antigas concepções e paradigmas educacionais na busca de se possibilitar o desenvolvimento cognitivo, cultural e social desse alunos, respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades.

A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e

atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso e permanência

com qualidade na rede regular de ensino. Devemos considerar que o processo

Page 7: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

de inclusão pode levar anos para se efetivar, já que requer mudanças nos

âmbitos social, econômico e cultural.

Nesta Unidade, tratamos dos alunos com Transtorno do Espectro Autista

(TEA), que é uma disfunção neurológica que afeta a sociabilidade, a

comunicação verbal e não verbal e expressa inadequações comportamentais.

Os primeiros sintomas manifestam-se antes dos três anos de idade (SILVA;

GAIATO; REVELES, 2012).

A habilidade social é a mais prejudicada e notória nas pessoas com TEA.

O ser humano é um ser social, que desde pequeno interage com as pessoas ao

seu redor. Isso permite que o indivíduo aprenda as regras e costumes da

sociedade da qual faz parte. As pessoas com autismo encontram muita

dificuldade para se socializar. Os níveis de gravidade no aspecto social são

variados: há crianças que se isolam em um mundo enigmático, já outras

apresentam dificuldades quase que imperceptíveis. O contato social é sempre

prejudicado nas pessoas diagnosticadas com TEA, pois não é uma escolha das

crianças com TEA ficar sozinhas. Muitas vezes elas buscam contatos sociais,

no entanto não conseguem mantê-los. Manter contato visual com as pessoas

ao seu entorno é outra dificuldade que as pessoas com TEA apresentam (SILVA;

GAIATO; REVELES, 2012).

Nessa direção, Vygotski (2004, p. 289) assinala que:

[...] a criança não é um ser acabado, mas um organismo em desenvolvimento e, consequentemente, o seu comportamento se forma não só sobre a influência excepcional da interferência sistemática no meio, mas ainda em função de certos ciclos ou períodos do desenvolvimento do próprio organismo infantil, que determinam, por sua vez, a relação do homem com o meio.

Algumas crianças com TEA costumam falar na terceira pessoa,

apresentam dificuldade para demonstrar emoções e são monotemáticas, já que

falam prioritariamente de assuntos de seu interesse, não estabelecem um

diálogo coerente, não conseguem relatar acontecimentos passados, não

compreendem a intencionalidade de ironias e provérbios (SILVA; GAIATO;

REVELES, 2012).

Em se tratando de comportamentos motores estereotipados, as pessoas

com TEA costumam balançar o corpo e/ou as mãos, pular, bater palmas e fazer

Page 8: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

caretas. Rituais, rotinas, insistência, compulsões, interesses restritos estão

relacionados a comportamentos disruptivos cognitivos (SILVA; GAIATO;

REVELES, 2012).

O conhecimento sobre o funcionamento autístico é o primeiro passo para

que o professor contribua com o desenvolvimento de seus alunos. Mesmo não

sendo especialista em Educação Especial e Inclusiva ou em TEA, o professor

pode fazer muito pelas crianças, desde que tenha conhecimento sobre o

assunto e seja provido de amor, paciência e dedicação. Assim, terá condições

de ganhar a confiança do aluno (SILVA; GAIATO; REVELES, 2012).

Nessa linha, citamos Prieto (2006, p. 57), o qual assevera que:

a formação continuada do professor deve ser um compromisso dos sistemas de ensino comprometidos com a qualidade do ensino que, nessa perspectiva, devem assegurar que sejam aptos a elaborar e a implantar novas propostas e práticas de ensino para responder às características de seus alunos, incluindo aquelas evidenciadas pelos alunos com necessidades educacionais especiais.

Defendemos que cabe ao professor propiciar um ambiente estimulante e

facilitador da aprendizagem. É importante ressaltar que a atuação do docente

não pode se restringir apenas em fazer com que o aluno se aproprie do saber

científico. Além disso, faz-se mister criar condições para que o educando se

desenvolva integralmente em seus aspectos afetivos, sociais e cognitivos.

O objetivo desta Unidade Didática consiste em subsidiar o trabalho dos

professores da rede estadual de ensino da cidade de Goioerê, PR, e demais

professores do Estado do Paraná que ministram aulas na rede regular para

alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dinâmicas, reflexões,

discussões, documentários, filmes, leituras de textos, entre outras atividades

aqui descritas possibilitarão que os educadores ampliem seus conhecimentos

sobre o TEA, bem como sejam capazes de estabelecer estratégicas

pedagógicas essenciais para o desenvolvimento global dos alunos com esse

transtorno.

Page 9: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

História e Legislação da Educação Inclusiva E DO AUTISMO

DURAÇÃO: 04 horas

OBJETIVO: Elencar os conhecimentos prévios dos professores cursistas sobre

a temática, estudar a história e legislação da Educação Especial e do autismo, e

discutir e refletir acerca da inclusão escolar.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

No início do primeiro encontro, cada professor cursista receberá uma folha

com a questão:

1) Você sabe o que é o Transtorno do Espectro Autista? Já atuou como

professor de alunos com autismo no ensino regular? Considera que está

preparado para trabalhar na escolarização de alunos com autismo, de modo a

atender suas especificidades e garantir aos mesmos sucesso no processo de

ensino e aprendizagem?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Após responderem a essa questão e entregá-la ao professor PDE, os

docentes serão convidados a realizar uma dinâmica que optamos por

Page 10: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

denominar “Cesta de Estigmas”. Os educadores se organizarão em círculo e

será entregue uma cesta com bombons e comandos escritos a um dos cursistas.

Este deverá passar a cesta para o colega ao lado. Quando a música parar, a

pessoa de posse da cesta deve retirar um comando e um, dois ou três bombons,

dependendo do que estiver escrito: “pegue um bombom”, “pegue dois bombons”

ou “pegue três bombons”. Os comandos serão os seguintes: 'Passe a cesta

para o mais ansioso da turma, o mais nervoso, o mais estudioso, o mais sabido,

o mais amoroso, o mais engraçado, o mais tímido, o mais bagunceiro, o mais

elegante, o mais extrovertido, o mais agitado, o mais “tagarela”'. Mesmo que o

cursista de posse da cesta desconheça os colegas participantes da atividade

proposta, deverá escolher um colega que demonstra ter a característica retirada.

A atividade finaliza quando todos os comandos forem retirados. A dinâmica tem

por objetivo levar os cursistas a refletir sobre o quanto os estigmas estão

presentes na sociedade vigente, sobretudo nas instituições escolares, e que

podem gerar danos psicológicos. Ao final da dinâmica, os professores deverão

relatar como se sentiram ao serem estigmatizados pelos colegas (Fonte da

dinâmica: o autor).

Dando continuidade ao primeiro encontro, os professores assistirão ao

poema intitulado “Deficiências”, disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=s4AO5Z3upj4>. Acesso em: 17 ago. 2016.

Uma cópia desse poema será entregue a cada professor cursista.

Transcrevemos esse poema.

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando

as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem

ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de

miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas

dores.

Page 11: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um

amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o

trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde

por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que

precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

Deficiências. Disponível em:<http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=153215>. Acesso em: 17 ago. 2016.

Após a apresentação dos slides sobre as principais questões tratadas no

artigo intitulado “Educação Inclusiva: alguns marcos históricos que produziram a

educação atual”, que aborda a história da Educação Especial e analisa a

inclusão escolar atual, os professores cursistas realizarão a leitura desse artigo,

que encontra-se disponível em:

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/447_408.pdf>.

Acesso em: 26 ago. 2016.

Após a leitura do artigo, os docentes, juntamente com o professor PDE,

refletirão e discutirão sobre as questões ali tratadas.

História e Legislação da Educação Inclusiva E DO AUTISMO

DURAÇÃO: 04 horas

Page 12: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

OBJETIVO: Estudar as Instruções Normativas que estabelecem critérios para

Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncional

Tipo I e para solicitação de Professor de Apoio Educacional Especializado aos

estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de estudar, refletir e

discutir sobre a inclusão escolar do aluno autista.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

No início do segundo encontro, os cursistas realizarão uma dinâmica que

consiste em formar grupos compostos de quatro pessoas, sendo a primeira

“cega”, a segunda “muda”, a terceira “maneta” e a quarta um “observador”.

Cada grupo deverá confeccionar um painel sobre um tema de sua preferência:

educação, saúde, meio ambiente, diversidade, corrupção, entre outros.

Os grupos terão os seguintes materiais à disposição para confeccionar o

painel: revistas, jornais, colas, tesouras, durex, cartolinas e papel craft, faixas

para tapar os olhos de quem será a pessoa “cega” e barbantes para amarrar um

dos braços de quem será o “maneta”. É importante destacar que o “observador”

de cada grupo poderá cuidar para que os demais grupos não deixem de seguir

as regras da dinâmica. Após confeccionarem o painel, os grupos receberão a

notícia surpresa de que terão que explicar o que realizaram, isso com as

“limitações” referidas. A dinâmica tem por finalidade pontuar a relevância da

participação, a inclusão efetiva de todos no processo de aprendizagem,

independente da deficiência (Fonte da dinâmica: autor Erlei Antonio Vieira).

Após a realização da dinâmica, os professores cursistas realizarão a

leitura da Instrução normativa nº 016/2011 – SEED/SUED, que estabelece os

critérios para o atendimento educacional especializado em Sala de Recursos

Multifuncional Tipo I, na Educação Básica – área da deficiência intelectual,

deficiência neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos

funcionais específicos disponível em:

<http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/Instrucao162011.pdf>.

Acesso em: 02 set. 2016.

Além dessa Instrução, será proposta também a leitura da Instrução

normativa nº 001/2016 – SEED/SUED, que trata dos critérios para a solicitação

de Professor de Apoio Educacional Especializado aos estudantes com

Transtorno do Espectro Autista (TEA), disponível em:

Page 13: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

<http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao0012016sued

.pdf>. Acesso em: 02 set. 2016.

Realizada a leitura das Instruções, os professores participantes do curso

de extensão deverão explicitar quais informações desconheciam, além de

tecerem comentários sobre os critérios estabelecidos nos documentos.

Após a apresentação dos slides, será realizada a leitura do artigo que

aborda a inclusão do aluno autista, disponível em:

<http://uniseb.com.br/presencial/revistacientifica/arquivos/revista5/14-PEDEAD.

pdf>. Acesso em: 05 set. 2016.

Finalizadas as leituras propostas, os docentes, juntamente com o

professor PDE, refletirão e discutirão sobre as questões elucidadas no artigo

citado.

A Inclusão Escolar segundo a Teoria Histórico – Cultural e a mediação pedagógica

DURAÇÃO: 04 horas

OBJETIVO: Compreender as contribuições da Teoria Histórico-Cultural na

Educação Especial e conhecer as ideias, a vida e a obra de Vygotsky.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

Primeiramente, os docentes cursistas assistirão a um vídeo sobre as

ideias, a vida e a obra do psicólogo Lev Vygotsky, disponível em:<

https://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY>. Acesso em: 15 set. 2016.

Em seguida, deverão tecer comentários sobre o vídeo assistido.

Após a apresentação dos slides sobre as principais questões tratadas no

artigo “Contribuições da Teoria Histórico-Cultural para Educandos em situação

de Inclusão”, que versa sobre o trabalho desenvolvido por Vygotsky na

Educação Especial, será proposta a leitura do mesmo.

Page 14: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

O artigo encontra-se disponível em:

<http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18816_10526>. Acesso em: 12 set.

2016.

A Inclusão Escolar segundo a Teoria Histórico – Cultural e a mediação pedagógica

DURAÇÃO: 04 horas

OBJETIVO: Compreender as contribuições da Teoria Histórico-Cultural na

Educação Especial e conhecer as ideias, a vida e a obra de Vygotsky.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

No 4º encontro, os cursistas continuarão a leitura do artigo proposto no

encontro anterior. Realizada a leitura, os cursistas, juntamente com o professor

PDE, refletirão e discutirão sobre os conteúdos abordados no artigo.

Em seguida, assistirão a outro vídeo sobre Vygotsky, o qual explicita que o

desenvolvimento intelectual do indivíduo ocorre por meio das interações sociais.

O vídeo encontra-se disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=KwnIKDXeEdI>. Acesso em: 05 out. 2016.

Após assistirem ao vídeo, os professores cursistas serão estimulados a

tecer comentários a seu respeito.

Transtorno do Espectro Autista (TEA): Conceito, Diagnóstico, Talentos, Afetividade e

Relacionamento

Page 15: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

DURAÇÃO: 04 horas

OBJETIVO: Estudar as características dos alunos com TEA, refletir e discutir

sobre sua inclusão na rede regular de ensino, explicitar a significativa

contribuição do professor no processo de aprendizagem desses alunos.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

Inicialmente, os professores assistirão ao filme “Uma viagem inesperada”

(2004), com duração de 1h27min34s, disponível em:

<https://vimeo.com/58624219>. Acesso em: 12 out. 2016.

O filme relata a história de uma mãe que descobriu que seus filhos

gêmeos Stephen e Phillip eram autistas. Corrine (Mary-Louise Parker), a mãe

dos meninos, fica desesperada ao descobrir que não existia cura para o autismo.

Ela enfrenta diversos obstáculos para superar os preconceitos existentes na

sociedade e garantir que seus filhos tivessem uma vida como a dos garotos

“ditos normais”. Em virtude da determinação e dedicação de Corrine, bem como

da aceitação social de seus filhos autistas, estes começam a demonstrar suas

habilidades e a surpreender a todos diante de sua inacreditável superação.

Em seguida, será entregue aos professores cursistas uma lista com sugestões

de filmes que tratam do autismo.

O garoto selvagem (1970)

Meu filho, meu mundo (1979)

Muito além do jardim (1979)

Rain Main (1988)

Mentes que brilham (1991)

A is for Autism (1992)

Gilbert Grape: aprendiz de sonhador

(1993)

Forrest Gump (1994)

Testemunha do silêncio (1994)

Código para o inferno (1998)

Experimentando a vida (1999)

Loucos de amor (2005)

Uma família especial (2005)

Um amigo inesperado (2006)

O nome dela é Sabine (2007)

O balão preto (2008)

Adam (2009)

Autism: The Musical (2009)

Mary e Max: uma amizade diferente

(2009)

Temple Grandin (2010)

Page 16: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

Referência: SILVA, A. B. B; GAIATO, M. B; REVELES, L. T. Mundo singular: entenda o autismo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Dando continuidade ao 5º encontro, serão apresentados os slides sobre as

principais questões tratadas no texto intitulado “Transtorno do Espectro Autista (TEA):

definição, características e atendimento educacional”, da Revista Científica do Claretiano –

Centro Universitário, V.5, n.2, jul./dez.2015, páginas 191 a 212. Em seguida, os cursistas

serão convidados a realizar a leitura, refletir e discutir o texto.

Esse texto explana sobre a inclusão escolar de alunos com TEA na rede regular de

ensino e aponta a relevância do trabalho dos professores no processo de aprendizagem

desses alunos. Disponível em: <http://claretianosp.com.br/revista/scaHPtVFf>. Acesso em:

15 out. 2016.

Transtorno do Espectro Autista (TEA): Conceito, Diagnóstico, Talentos, Afetividade e Relacionamento

DURAÇÃO: 04 horas

OBJETIVO: Estudar as características dos alunos com TEA, refletir e discutir sobre sua

inclusão na rede regular de ensino, explicitar a significativa contribuição do professor no

processo de aprendizagem desses alunos.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

No primeiro momento do 6º encontro, os cursistas continuarão a leitura do texto

“Transtorno do Espectro Autista (TEA): definição, características e atendimento

educacional” da Revista Científica do Claretiano – Centro Universitário, V. 5, n. 2,

jul./dez.2015, páginas 191 a 212.

Realizada a leitura, os docentes cursistas serão convidados a refletir e a discutir

sobre os conteúdos abordados no texto.

Posteriormente, os cursistas realizarão um atividade denominada “Autistando”, que

consiste em completar uma folha composta por 11 (onze) frases, as quais se referem às

características de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) de um modo geral.

Page 17: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

Após todos finalizarem a atividade proposta, cada cursista deverá compartilhar o que

escreveu com os demais membros do grupo. A atividade proposta tem como objetivo fazer

com que os participantes percebam que muitos de nós temos atitudes semelhantes às das

pessoas com TEA.

Reproduzimos o texto “Autistando”, com exemplos de possíveis respostas a serem

escritas pelos cursistas.

Quando me recuso a ter um autista em minha classe, em minha escola,

alegando não estar preparado para isso, estou sendo resistente à mudança de

rotina.

Quando digo a meu aluno que responda a minha pergunta como quero e no

tempo que determino, estou sendo agressivo.

Quando espero que outra pessoa de minha equipe de trabalho faça uma

tarefa que pode ser feita por mim, estou a usando como ferramenta.

Quando, numa conversa, me desligo, "viajo", estou olhando em foco

desviante, estou tendo audição seletiva.

Quando preciso desenvolver qualquer atividade da qual não sei exatamente

o que esperam ou como fazer, posso me mostrar inquieto, ansioso e até

hiperativo.

Quando fico sacudindo meu pé, enrolando meu cabelo com o dedo,

mordendo a caneta ou coisa parecida, estou tendo movimentos estereotipados.

Quando me recuso a participar de eventos, a dividir minhas experiências, a

compartilhar conhecimentos, estou tendo atitudes isoladas e distantes.

Quando nos momentos de raiva e frustração, soco o travesseiro, jogo

objetos na parede ou quebro meus bibelôs, estou sendo agressivo e destrutivo.

Quando atravesso a rua fora da faixa de pedestres, me excedo em comidas

e bebidas, corro atrás de ladrões, estou demonstrando não ter medo de perigos

reais.

Quando evito abraçar conhecidos, apertar a mão de desconhecidos,

acariciar pessoas queridas, estou tendo comportamento indiferente.

Page 18: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

Quando dirijo com os vidros fechados e canto alto, exibo meus tiques

nervosos, rio ao ver alguém cair, estou tendo risos e movimentos não

apropriados.

Somos todos autistas, a gradação está nos rótulos, uns mais, outros menos.

O que difere é que em uns (os não rotulados), sobram malícia, jogo de cintura,

hipocrisias e em outros (os rotulados) sobram autenticidade, ingenuidade e

vontade de permanecer assim.

Disponível em:

<http://autismoeinclusaoescolar.blogspot.com.br/2007/11/autistando-quando-m

e-recuso-ter-um.html>. Acesso em: 27 out. 2016.

Em seguida, os cursistas assistirão ao vídeo intitulado “Entendendo o Autismo”,

disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mv4p-yApL2U>. Acesso em: 27 out.

2016.

O vídeo de 3min4s explica as características da pessoa com autismo e como esta

se sente diante de algumas situações do dia a dia.

A Inclusão do Aluno com TEA na Rede Regular de Ensino: Práticas Pedagógicas

DURAÇÃO: 04 horas

OBJETIVO: Apontar estratégicas pedagógicas condizentes com as especificidades dos

alunos com TEA inclusos na rede regular de ensino e possibilitar seu desenvolvimento

integral.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

No início do encontro, os cursistas receberão o texto intitulado “Dez coisas que todo

autista gostaria que você soubesse”, o qual permite compreender as características

peculiares dos alunos com TEA e busca elucidar estratégias que podem contribuir

significativamente para que esses alunos se desenvolvam em todos os aspectos: físico,

afetivo, cognitivo e social.

Page 19: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

Segue o texto.

1 – Habilidade sensorial particular

Talvez você já tenha percebido ou pensado que tudo se tratava de birra, mas é

melhor mudar de opinião. O autista tem o campo sensorial bastante apurado (mais que o

normal), então é comum que ele se irrite com um determinado barulho, por exemplo. Isso

ocorre porque a audição dele é muito mais sensível que a sua. Imagine duplicar ou até

mesmo quadruplicar o tilintar de um sino. Você certamente não suportaria ficar exposto a

esse forte ruído. Com o autista também é assim, mas ele está mais propenso a passar por

essa sensação. Mas há outros campos sensoriais que podem passar por essa

sensibilidade extrema: olfato, paladar, visão e táctil. O importante é saber identificar essa

desordem e auxiliar a criança ou o adulto autista a ficar livre desses estímulos cruéis a ele.

2 – Seja objetivo, não use palavras de sentido figurado

O sentido figurado ou a conotação não é uma forma de comunicação efetiva com

autistas. Procure ser objetivo e usar a linguagem literal para evitar confusões. Por exemplo,

jamais fale “minha vida é um mar de rosas”. O autista não vai entender. Então, o melhor é

optar pela frase “minha vida é muito boa”.

3 – Comunicação visual, um ótimo auxílio

Como o vocabulário do autista pode ser limitado, a maneira mais eficaz de ensinar

algo é disponibilizar elementos visuais como esquemas, a fim que ele entenda tudo de

maneira satisfatória. Paciência é tudo.

4 – Oriente sobre o que pode ser feito

Jamais repreenda o autista de forma austera ou demonstre irritação. Para orientá-lo

de forma que ele absorva a informação, a maneira mais eficaz é mostrar-lhe o que pode ser

feito (e o que não pode, diga de forma dócil com a finalidade educativa).

5 – Nunca considere suas reações como birra

Page 20: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

As crises do autista são reações a algum incômodo. Procure identificar o que está

fazendo mal a ele e retire-o do ambiente para acalmá-lo. No caso da criança autista, esteja

sempre com um objeto que traga tranquilidade, como um brinquedo ou até mesmo jogos

digitais (por disponibilizarem uma variedade de brincadeiras).

6 – Ajude-o nas interações pessoais

Criança adora e deve brincar. Com o autista não é diferente e ele também não abre

mão de se divertir. Mas como ele não sabe agir socialmente, dê uma mãozinha e peça às

outras crianças para o chamarem. É importante dizer que a criança autista desconhece

alguns comportamentos, como expressões faciais, mas isso pode ser devidamente

ensinado com muita paciência. Nunca a deixe isolada. Criança é criança e todas merecem

brincar. Um conselho: elas adoram brincadeiras que tenham começo, meio e fim.

7 – Criança com autismo não é igual às outras

Nem sem o autismo. Todo mundo é diferente e com os pequenos autistas também é

assim. Portanto, cada um tem o seu jeito. O tratamento para um pode não ser aconselhável

para o outro. Enfim, cada um é cada um.

8 – Paciência

Paciência é o segredo. A criança autista está apta a aprender e a ter uma vida muito

boa, desde que você tenha paciência e muito carinho para explicar o que precisa.

9 – Use vocabulário simples

Vocabulário simples é uma forma muito recomendada para a comunicação. Frases

curtas são muito aconselháveis para que a criança autista tenha uma assimilação

satisfatória.

10 – Autista não deve viver em uma bolha

Muito pelo contrário. Quanto mais incluído nas relações sociais, melhor. Tudo no

ritmo e nas necessidades do autista; e com muito amor e compreensão.

Disponível em:

<http://entendendoautismo.com.br/artigos/dez-coisas-que-todo-autista-gostaria-que-voce-

soubesse/>. Acesso em: 02 nov. 2016.

Os cursistas assistirão ao filme: “Ocean Heaven Autismo” (2010), com duração de

1h36min59s e disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PSsBmgMiP38>.

Page 21: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

Acesso em: 05 nov. 2016.

O filme é uma produção chinesa que conta a história do grande amor de um pai

pelo seu filho autista Dafu, de 22 anos. O pai Sam Wong, interpretado pelo ator Jet Li,

trabalha em um aquário. Sam se preocupa em deixar seu filho sozinho quando morrer, já

que a mãe de Dafu morreu há alguns anos. O pai descobre que tem câncer de fígado e

vem a falecer.

Em seguida, serão apresentados slides sobre as principais questões tratadas no

artigo “Traballho Pedagógico e Autismo: Desafios e Possibilidades”, o qual descreve e

analisa o trabalho pedagógico desenvolvido com um aluno autista incluso na rede regular

de ensino. Posteriormente, os professores cursistas deverão realizar a leitura, refletir e

discutir sobre esse artigo, que se encontra disponível em:

<http://facevv.cnec.br/wp-content/uploads/sites/52/2015/10/TRABALHO-PEDAG%C3%93

GICO-E-AUTISMO-DESAFIOS-E-POSSIBILIDADES.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2016.

A Inclusão do Aluno com TEA na Rede Regular de Ensino: Práticas Pedagógicas

DURAÇÃO: 04 horas

OBJETIVO: Apontar estratégicas pedagógicas condizentes com as especificidades dos

alunos com TEA inclusos na rede regular de ensino e possibilitar o seu desenvolvimento

integral.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

No 8º encontro, os cursistas continuarão a leitura do artigo proposto no encontro

anterior, bem como refletirão e discutirão sobre seu conteúdo. Em seguida, o professores

cursistas assistirão ao documentário que relata casos de pais de crianças autistas, além

de tratar do diagnóstico do TEA, do trabalho desenvolvido pela organização

“autismoerealidade”, entre outras informações relevantes. O documentário está disponível

em: <https://www.youtube.com/watch?v=W8U9iv9Id9c.>. Acesso em: 15 nov. 2016.

Page 22: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma realidade na

escolas do Estado do Paraná. Diante desse contexto, é deveras importante disponibilizar

aos professores uma gama de recursos teórico-metodológicos a fim de que contribuam

para a formação integral dos alunos com TEA inclusos na rede regular de ensino.

Os textos, documentários, filmes, entre outras atividades apresentadas nesta

Unidade Didática permitirão que os professores da rede estadual de ensino paranaense se

apropriem de novos conhecimentos, os quais subsidiarão a prática pedagógica docente. O

papel do professor é extremamente relevante no processo de inclusão escolar. Dessa

forma, torna-se imprescindível disponibilizar aos educadores material didático que

contribua para a efetivação de ações exitosas no processo de ensino e aprendizagem. O

material didático poderá ser utilizado em diversos momentos, seja no âmbito escolar, seja

como fonte de pesquisa para os profissionais da educação que se preocupam com sua

contínua formação.

Nessa perspectiva, corroboramos Stainback e Stainback (1999, p.143), os quais

declaram que “os professores precisam desenvolver um ambiente de trabalho seguro,

pacífico e voltado para os objetivos acadêmicos”. Assim sendo, aos professores devem ser

propostas leituras, reflexões, entre outras sugestões que possibilitem ao repensar suas

ações no processo de ensino e aprendizagem.

Cunha (2014, p.101), afirma que “não há como falar em inclusão sem mencionar

o papel do professor. É necessário que ele tenha condições de trabalhar com a inclusão e

na inclusão”. Esta não se efetiva somente por meio de recursos materiais, mas também

com intervenções pedagógicas que levem em consideração as singularidades dos alunos

com necessidades especiais inclusos na rede regular de ensino. Ainda de acordo com o

autor:

Quando acreditamos no indivíduo, no seu potencial humano e na sua capacidade de reconstruir seu futuro, o incluímos, e nossa atitude torna-se o movimento que dará início ao seu processo de emancipação. Na verdade, a inclusão escolar inicia-se pelo professor. Percebemos que, com a necessidade da educação inclusiva, criam-se leis, mas, nem sempre, existem as possibilidades de preparação daqueles que trabalham na escola (CUNHA, 2014, p. 101).

Page 23: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

O professor, seja especialista ou não em Educação Especial, pode colaborar

significativamente para que os alunos com TEA tenham acesso a uma educação de

qualidade, a qual deve valorizar suas potencialidades ao invés de suas dificuldades. Para

que isso ocorra, faz-se necessário prover os docentes de conhecimentos sobre o

funcionamento autístico. Além desse conhecimento, o docente deve compreender que

amor, paciência e dedicação são questões indispensáveis no processo de ensino e

aprendizagem dos alunos com esse transtorno.

Investir na disseminação de novos conhecimentos é o primeiro passo para que

possamos construir um ambiente escolar que respeite, valorize e oportunize práticas

pedagógicas capazes de favorecer o desenvolvimento do alunos com TEA em todos os

aspectos: cognitivos, afetivos e sociais.

Autismo & Realidade. Documentário sobre o Autismo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=W8U9iv9Id9c.>. Acesso em: 15 nov. 2016. Autistando. Disponível em: <http://autismoeinclusaoescolar.blogspot.com.br/2007/11/autistando-quando-me-recuso-ter-um.html>. Acesso em: 27 out. 2016. CUNHA, E. Autismo e Inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 5. ed. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2014. Deficiências. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=s4AO5Z3upj4>. Acesso em: 17 ago. 2016. Deficiências. Disponível em: <http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=153215>. Acesso em: 17 ago. 2016. Dez coisas que todo autista gostaria que você soubesse. Disponível em: <http://entendendoautismo.com.br/artigos/dez-coisas-que-todo-autista-gostaria-que-voce-soubesse/>. Acesso em: 02 nov. 2016. Entendendo o Autismo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mv4p-yApL2U>. Acesso em: 27 out. 2016. GARCIA, D. I. B. Contribuições da Teoria Histórico-Cultural para Educandos em situação de Inclusão. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18816 _10526>. Acesso em: 12 set. 2016.

Page 24: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

GLAT, R; NOGUEIRA, M. L. L. Políticas educacionais e a formação de professores para a educação inclusiva no Brasil. In: Revista Integração. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial, ano 14, nº 24, 2002. Lev Vygotsky: Breve Vida e Obra. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY>. Acesso em: 15 set. 2016. Lev Vygotsky. Coleção Grandes Educadores. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KwnIKDXeEdI>. Acesso em: 05 out. 2016. MANTOAN, E. T. M; PRIETO, G. R; ARANTES, A. V., organizadora. Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. MORAES, C. F. A. de; GUERRA, K. S. S; BEATO, M. C; BORDIGNON, N. L; SILVA, R. C. N. da; PINOLA, A. R. R. Necessidades e Reflexões do Professor diante da Inclusão de Alunos com Autismo. Disponível em: <http://uniseb.com.br/presencial/revistacientifica/arquivos/revista5/14-PEDEAD.pdf>. Acesso em: 05 set. 2016. Ocean Heaven Autismo. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=PSsBmgMiP38>. Acesso em: 05 nov. 2016. PARANÁ. Instrução nº 016/2011 – SEED/SUED. Disponível em: < http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/Instrucao162011.pdf>. Acesso em: 02 set. 2016. _______. Instrução nº 001/2016 – SEED/SUED. Disponível em: < http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao0012016sued.pdf>. Acesso em: 02 set. 2016. PEREIRA, A. C. S. dos; BARBOSA. M. O; SILVA. G. G. da; ORLANDO, R. M. Transtorno do Espectro Autista (TEA): definição, características e atendimento educacional. Revista Científica do Claretiano – Centro Universitário, V.5, n.2, jul./dez.2015, páginas 191 a 212. Disponível em: <http://claretianosp.com.br/revista/scaHPtVFf>. Acesso em: 15 out. 2016. PRIETO, R. G. Política educacional do município de São Paulo: estudo sobre o atendimento de alunos com necessidades educativas especiais, no período de 1986 a 1996. 2000. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. ROMERO, R. A. S.; SOUZA, S. B. de. Educação Inclusiva: alguns marcos históricos que produziram a educação atual. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/447_408.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2016. SANTOS. E. C. dos; OLIVEIRA. I. M. de. Trabalho Pedagógico e Autismo: Desafios e Possibilidades. Disponível em: <http://facevv.cnec.br/wp-content/uploads/sites/52/2015/10/TRABALHO-PEDAG%C3%93GICO-E-AUTISMO-DESAFIOS-E-POSSIBILIDADES.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2016. SILVA, A. B. B; GAIATO, M. B; REVELES, L. T. Mundo singular: entenda o autismo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Page 25: SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO - Paraná...A educação inclusiva deve superar qualquer forma de discriminação e atender o aluno em sua necessidade, de modo a garantir acesso

STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. Uma viagem inesperada. Disponível em: <https://vimeo.com/58624219>. Acesso em: 12 out. 2016. VYGOTSKY, L. S. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2004.