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ACAMAMENTO GRADADO (GRADED BEDING) Unidades deposicionais mostram mudanças no tamanho do grão da basepara o tôpo pode ser observado e medido sem dificuldade em conglomerados e em arenitos usando-se lupa de bolso. Tipos: Acamamento gradado normal - partículas mais grossas ocorrem na base e tornam-se mais finas em direção ao tôpo - diminuição do tamanho do grão para cima pode ser mostrada por todas as partículas da camada ou somente pelas partículas mais grossas com pouca mudança do tamanho do grão da matriz - resulta de deposição a partir de fluxos que perdem competência, logo com a desaceleração as partículas mais grossas são depositadas primeiro seguidas das finas - acamamento típico de depósitos de correntes de turbidez e de tempestade Acamamento composto ou múltiplo - ocorrem várias unidades gradadas dentro de uma camada - pode refletir pulsos na fluxo Acamamento inverso ou reverso - tamanho do grão aumenta para cima - pode ocorrer em toda a camada ou, mais comumente, poucos centímetros na base da camada seguido de acamamento gradado normal - pode se originar do aumento da velocidade do fluxo durante a sedimentação ou de outros efeitos - laminas depositadas na praia por refluxo (backswash) têm frequentemente este tipo de acamamento - podendo também ocorrer nas partes mais inferiores dos depósitos de fluxo de massa de sedimento tais como depósitos de fluxos de grão e de detritos ACAMAMENTO MACIÇO (MASSIVE BEDDING) - unidades de sedimentação não apresentam estrutura interna - podem ter sido depositadas sem nenhuma estrutura ou a estrutura deposicional foi destruída por algum processo como bioturbação, recristalização e desidratação - camadas verdadeiramente maciças foram depositadas, sobretudo, por sedimentação rápida (“amontoamento”) onde não houve tempo suficiente para o desenvolvimento de formas de leito - feição comum de alguns arenitos depositados por correntes de turbidez e fluxos de grão e de detritos GRETAS DE DESSECAÇÃO (MUD CRACKS) E GRETAS DE SÍNERESE (SKRINKAGE CACKS) - estruturas presentes em alguns sedimentos de granulação fina e formadas por dessecação, devido à exposição, causando contração da camada ou lâmina e consequentemente fendas - muitas gretas definem um padrão poligonal na superfície da camada - estes polígonos variam muito em tamanho (de mm a m) - em seção transversal mostram extrusões, em forma de dedo, da camada sobrejacente dentro da camada subjacente - clastos de sedimento podem ser liberados pela dessecação - gretas de dessecação indicam exposição subaérea sendo comuns em sedimentos marinhos, lacustres costeiros e planícies de inundação fluvial GRETAS DE SÍNERESE (SKRINKAGE CACKS) - sedimentos também se fendilham subaquosamente gretas de sinérese - formam-se pela desidratação espontânea do sedimento resultante de mudanças na salinidade - caracterizam-se por um padrão poligonal incompleto

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Estruturas sedimentares

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ACAMAMENTO GRADADO (GRADED BEDING) Unidades deposicionais mostram mudanças no tamanho do grão da basepara o tôpo pode ser observado e medido sem dificuldade em conglomerados e em arenitos usando-se lupa de bolso. Tipos: Acamamento gradado normal - partículas mais grossas ocorrem na base e tornam-se mais finas em direção ao tôpo - diminuição do tamanho do grão para cima pode ser mostrada por todas as partículas da camada ou somente pelas partículas mais grossas com pouca mudança do tamanho do grão da matriz - resulta de deposição a partir de fluxos que perdem competência, logo com a desaceleração as partículas mais grossas são depositadas primeiro seguidas das finas - acamamento típico de depósitos de correntes de turbidez e de tempestade Acamamento composto ou múltiplo - ocorrem várias unidades gradadas dentro de uma camada - pode refletir pulsos na fluxo Acamamento inverso ou reverso - tamanho do grão aumenta para cima - pode ocorrer em toda a camada ou, mais comumente, poucos centímetros na base da camada seguido de acamamento gradado normal - pode se originar do aumento da velocidade do fluxo durante a sedimentação ou de outros efeitos - laminas depositadas na praia por refluxo (backswash) têm frequentemente este tipo de acamamento - podendo também ocorrer nas partes mais inferiores dos depósitos de fluxo de massa de sedimento tais como depósitos de fluxos de grão e de detritos ACAMAMENTO MACIÇO (MASSIVE BEDDING) - unidades de sedimentação não apresentam estrutura interna - podem ter sido depositadas sem nenhuma estrutura ou a estrutura deposicional foi destruída por algum processo como bioturbação, recristalização e desidratação - camadas verdadeiramente maciças foram depositadas, sobretudo, por sedimentação rápida (“amontoamento”) onde não houve tempo suficiente para o desenvolvimento de formas de leito - feição comum de alguns arenitos depositados por correntes de turbidez e fluxos de grão e de detritos GRETAS DE DESSECAÇÃO (MUD CRACKS) E GRETAS DE SÍNERESE (SKRINKAGE CACKS) - estruturas presentes em alguns sedimentos de granulação fina e formadas por dessecação, devido à exposição, causando contração da camada ou lâmina e consequentemente fendas - muitas gretas definem um padrão poligonal na superfície da camada - estes polígonos variam muito em tamanho (de mm a m) - em seção transversal mostram extrusões, em forma de dedo, da camada sobrejacente dentro da camada subjacente - clastos de sedimento podem ser liberados pela dessecação - gretas de dessecação indicam exposição subaérea sendo comuns em sedimentos marinhos, lacustres costeiros e planícies de inundação fluvial GRETAS DE SÍNERESE (SKRINKAGE CACKS) - sedimentos também se fendilham subaquosamente → gretas de sinérese - formam-se pela desidratação espontânea do sedimento resultante de mudanças na salinidade - caracterizam-se por um padrão poligonal incompleto

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- fendas são em geral “trilete” ou em forma de fuso podendo ser confundidas com traços de fósseis - gretas de dessecação ou de sinérese são frequentemente preenchidas com sedimento grosso - vistas em seção vertical parecem cunhas podendo ser deformadas e dobradas por compactação -As fretas de dissecação indicam - gretas de sinérese são comuns em depósitos lacustres sublitorâneos rasos MARCAS DE CHUVA (RAIN PRINTS) - pequenas depressões ou crateras com bordos, formadas pelo impacto da chuva sobre a superfície mole, exposta de sedimentos de granulação fina - se a chuva cai verticalmente as crateras são circulares e levemente elíptica se a chuva cai obliquamente à superfície - se a chuva cai obliquamente sobe uma superfície ondulada somente um lado da ondulação mostra marcas de chuva - quando a chuva é intensa estas marcas não são bem desenvolvidas, a superfície é recoberta com depressões irregulares, conectadas parcialmente e separadas por estreitas curvas - ocorrem principalmente em sedimentos de playa de deserto e de lagos costeiros _______________________________________________________________________ ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA simples camada ou simples unidade de sedimentação > lamina interna (foreset laminae) inclinada em relação à superfície principal de sedimentação - as parte mais inclinadas do estrato cruzado são chamadas “camadas frontais”(forsets) - as partes menos inclinadas são denominadas “camadas de fundo” (bottom sets) - unidade de sedimentação > superfície de erosão, de não deposição ou de mudanças abruptas no estilo da sedimentação Espessura da unidade de sedimentação: - pode variar de poucos mm a dezenas de m - forma um simples conjunto (set) ou muitos “sets” (coset), dentro de uma camada - laminação cruzada - altura do set < 6 cm e espessura da lâmina cruzada em torno de mm - acamamento cruzado - altura do set > 6 cm e o estrato cruzado individual em torno de cm ou mais de espessura. Feições características: - lamina de “foreset” encontra superfície inferior basal c/baixos angulos e apresenta concavidade - formas mais largas partes mais baixas enriquecidas c/material grosso > usadas p/identificar topo e base Tipos: Com base no caráter da superfície limitante estratificação cruzada planar (planar cross-bedding) estratificação cruzada acanalada (trough cross-bedding ) ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA PLANAR (2D) (planar cross-bedding) - superfícies limitantes mais ou menos planares - ângulo de inclinação 30° ou mais - produzida por formas de fundo bi-dimensionais > ondulações de crista reta (laminação cruzada), ondas de areia (acamamento cruzado) e dunas de crista reta - formada também por migração, para jusante, de barras de canais fluviais crescimento de

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pequenos deltas

Figura 1- Dunas bi e tri-dimensionais. Bloco diagrama mostrando estratificação cruzada planar produzida pela migração de pequenas ondulações de correntes com cristas retas. Bloco diagrama mostrando estratificação cruzada planar em seções horizontal, longitudinal

ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA ACANALADA (trough cross-bedding) - superfícies limitantes curvadas unidade em forma de calha - bases tangenciais - ângulos de mergulho entre 25° e 30° - produzida por formas tri-dimensionais > ondulações linguóides (laminação cruzada) e dunas sinuosas e lunadas (acamamento cruzado)

Figura 2 - Bloco diagrama mostrando estratificação cruzada acanalada em seções horizontal, longitudinal e transversal.

Forma e mergulho da camada frontal Os controles do mecanismo são: - velocidade e força de cisalhamento da camada > c/ aumento de velocidade > contato angular > tangencial incipiente (côncavo) > sigmoidal - relação profundidade (depth ratio) = prof. fluxo/prof. bacia > relação profundidade baixa (água profunda) > foresets angulares com angulos abruptos; relação alta (água rasa) > unidades tangenciais c/ mergulhos suaves - tipo de sedimento > unidades tangenciais > favorecidas em sedimentos mais finos; foresets mais inclinados > areia mais grossa, angulosa, seleção pobre, ausência de argila;

Escala - Estratificação cruzada de pequena escala: unidades individuais -> poucos mm a máximo 5 cm (espessura) em geral acanaladas resultam > deposição de migração de ondulações de ondas ou

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pequenas ondulações de correntes. Se poucos mm > estratificação cruzada de micro-escala - Estratificação cruzada de grande escala = unidades individuais > 5 cm (1 ou 2 m) planar ou acanalada. Origem > megaondulações, dunas de areia, barras longitudinais (longshore bar), etc. Forma da lâmina = angular, levemente tangencial, côncava a sigmoidal > dependendo fatores hidrodinâmicos. Seleção em camadas cruzadas - observação detalhada em camadas cruzadas individuais pode mostrar variações na distribuição do tamanho do grão - quando ocorre avalanche intermitente de sedimento na face de deslizamento > camadas cruzadas mostram boa seleção, com partículas grossas concentradas na parte mais externa e na base - camadas espessas e de granulometria grossa podem se alternar com camadas pouco espessas de material fino depositado de suspensão, entre eventos de avalanche - quando ocorre avalanche contínua, seleção é menos bem definida e camadas de granulometria fina estão ausentes - sedimentos finos e detritos de plantas são freqüentemente concentrados nos conjuntos do fundo das camadas e lâminas cruzadas, assim são carreadas sobre a crista da ondulação ou da duna e depositada na calha

Figura 3 - Efeito da seleção na lâmina frontal: partículas maiores concentradas no lado mais externo (sob influência do cisalhamento) ou próximo > base (influência da gravidade)

Origem - Impossível reconhecer - migração de pequenas e mega ondulações > lamina de “foreset” > “leeside” da ondulação - migração de micro-deltas (insignificante) - feições de corte e preenchimento de canal - deposição em barra de pontal de pequenos canais meandrantes - deposição em superfícies inclinadas de praias ou barras - deposição no “lee-side” de dunas TIPOS PARTICULARES DE ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA 1- Laminação cruzada cavalgante (climbing-ripple crosslamination) 2- Laminação cruzada gerada por onda (wave-generatedcross-lamination) 3- Acamamentos ondulado, lenticular e “flaser” (wavy, linsenand flaser bedding) 4- Acamamento cruzado espinha de peixe (herring-bonecross-bedding) 5- Superfícies de reativação (reactivation surfaces) 6- Estratificação cruzada “Hummocky” (Hummocky crossstratification) 7- Acamamento cruzado eólico (aeolian cross-bedding) 8- Superfícies de acresção lateral/acamamento cruzado epsilon/acamamento cruzado longitudinal (lateral accretion/epsilon cross-bedding/longitudinal cross-bedding) 9- Acamamento cruzado de pequeno delta (small-delta cross-bedding) 10- Acamamento cruzado de antiduna (antidune caross-bedding) 11- Estratificação cruzada de praia (beach cross-stratification) 12- Acamamento cruzado em conglomerados (cross-bedding in conglomerates) 13- Acamamento cruzado de preenchimento de canal

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1 - LAMINAÇÃO CRUZADA CAVALGANTE - estruturas internas formadas em material não coesivo pela migração e crescimento ascendente de ondulações produzidas por ondas ou correntes - formadas quando ondulações estão migrando e muito sedimento está sendo depositado, principalmente de suspensão > ondulações poderão cavalgar ou montar nas costas daquelas mais antigas - podem ser produzidas por ondulações de crista reta, sinuosa ou linguóide - as produzidas por mega-ondulações são raras - também chamadas “ripples drift”, laminação clinoascendente - com sedimentação rápida → lâmina de stoss-side pode ser preservada de modo que as laminações são contínuas - quando há muito sedimento disponível, especialmente em suspensão, esta areia extra soterra rapidamente e preserva as camadas onduladas originais, completamente ou em parte, e uma série de ondulações superimpostas são originadas, resultando eventualmente laminação ondulada cavalgante (climbing ripples lamination) Laminação cavalgante pode ser dividida basicamente (McKee, 1965) em 2 tipos: Ripple laminae in-phase - crista da ondulação ocorre diretamente acima da outra → observa-se uma rápida mudança da crista, em uma direção (a direção do fluxo) - para se formar uma espessa sequencia de ripple laminae in-phase certos parâmetros têm que permanecer constantes: > profundidade da água > velocidade da onda ou da corrente > direção da corrente > disponibilidade de sedimento, etc. A mudança da ripple laminae in-phase para out-of-phase indica um fraco mas regular aumento progressivo da velocidade da corrente com diminuição de profundidade.

Figura 4 - Foto da estrutura e representação dos vários tipos de climbing ripples.

Figura 5 - Diagrama esquemático de laminação “climbing ripples” mostrando a terminologia; b) aumento para cima do ângulo de climbing; c) não há variação do ângulo de climibing; d) diminuição do ângulo de climbing

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Ripple laminae in-drift - são superfícies ou planos quase paralelos, os quais delineiam pseudocamadas que mergulham para jusante (quando vistas em seções normais às cristas das ondulações) - estes planos representam a superfície de não deposição ou igualmente de erosão fraca no stoss-side da ondulação - ângulo de inclinação das pseudocamadas diminuí com o aumento de velocidade da corrente - quando observadas em seções não normais às cristas são de difícil reconhecimento - podem ser separadas em 2 tipos, dependendo da preservação do stoss-side da ondulação: tipo I - ambos lee e stoss side são preservados tipo II - stoss-side ausente, somente lee-side preservado Podem ser considerados membros finais de um série mais ou menos contínua. Mudanças tipo “in drift” para “in phase” resultam - aumento da proporção carga suspensa/carga de tração → se bastante sedimento está disponível em suspensão, quase nenhuma erosão do stossside ocorre → ondulações são completamente recobertas e preservadas sob uma cobertura de areia depositada principalmente de suspensão - diminuição da razão carga suspensa/carga de tração → menos sedimento está disponível em suspensão → erosão do stoss-side da ondulação antes do recobrimento e da preservação > originadas ondulações cavalgantes só com lee-side preservado - se a relação carga suspensa/carga de tração diminuí além de um grau em que muito pouco sedimento está disponível na forma de suspensão → ondulações migram e não crescem para cima simultaneamente → formam se acamamentos ondulados sem nenhuma ondulação cavalgante AMBIENTES DE DEPOSIÇÃO - ambientes de acumulação periódica e rápida de sedimento são favoráveis ao desenvolvimento destas estruturas → planície de inundação, sedimentos fluviais - ambientes caracterizados pela introdução de pouco sedimento novo com muito retrabalhamento são desfavoráveis → diques naturais, deltas (diques da frente deltáica e subaéreos), ambiente turbidítico, flúvio-lacustres. - em depósitos sílticos glaciais (Stanley, 1974) observa-se laminações cruzadas muito pequenas do tipo micro-ripple-drift do tipo II, com características similares às laminações climbing-ripple de grande porte → estes sedimentos foram depositados por fluxos subterrâneos em um lago glacial raso. ESPECTRO DE “CLIMBING RIPPLES” (Hunter, 1977b)

Figura 6 - Subcrítico, crítico e supercrítico.

- gerada pela migração de ondulações geradas por onda - a estrutura interna de uma ondulação gerada por ondas é variada - as lâminas em geral não são concordantes com o perfil da ondulação (form discordant) - difícil distinção (ondas assimétricas) da de pequena escala gerada por correntes 2 - LAMINAÇÃO CRUZADA GERADA POR ONDA 1. superfícies limitantes inferiores irregulares ou arqueadas → resultante comportamento

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migratório irregular das ondulações de ondas (correntes = superfícies retas ou curvadas) 2. “foresets” compostas de laminas cruzadas arranjadas em grupos → unidades cruzadas c/”bundle-wise” 3. presença de estruturas “chevron” nos “foresets” (ondulações simétricas) 4. conjuntos sincrônicos freqüentemente possuem estruturas internas diferentes → formas erosivas simples a compostas 5. unidades geralmente mostram “off-shoots” → lâminas de forset recobertas 6. presença de uma variação entre forma e estrutura interna da ondulação > último estágio das “bundles”

Figura 7 - A) Estrutura interna de marca de onda assimétrica.B) Estratificação cruzada gerada por ondas assimétricas C)ários tipos de estruturas “chevron” desenvolvidas em marcas onduladas geradas por ondas

3- ACAMAMENTOS ONDULADO, LENTICULAR E FLASER - originam-se em algumas áreas de formação de marcas onduladas de areia e silte quando estas estruturas movem-se periodicamente e lama é depositada alternadamente - são comuns em sedimentos de planícies de maré e frente deltáica onde há flutuações na fonte sedimentar ou nível de atividade da corrente ou onda - acamamento ondulado (wavy) → camadas de areia (c/estratificação cruzada) e lama se alternam e formam camadas contínuas - acamamento lenticular (linsen) → lama domina e lentes de areia estão embutidas dentro de camadas lamosas - acamamento “flaser” → laminação cruzada contendo listas ou traços de lama, normalmente nas calhas das ondulações arenosas

Figura 8 - A) Vários tipos de estratificação ondulada produzidos devido às diferentes espessuras da camada de lama. B) Estratificação lenticular com lentes isoladas; parte superior com lentes isoladas achatadas. C) Bloco diagrama mostrando vários tipos de estrat estratificação flaser: i) flaser associada com ondulações de pequenas correntes com crista eta; ii) flaser formada a partir de pequenas ondulações com cristas curvas; iii) estratificação flaser associada com ondulações de ondas

Figura 9 – A)Estratificação flaser. Todas as variações da estratificação flaser são visíveis: estratificação flaser simples, estratificação flaser bifurcada, estratificação flaser ondulada e estratificação flaser ondulada bifurcada. Planícies de maré do Mar do Norte. B) Um testemunho mostrando estratificação lenticular causada por pequenas (incompletas) ondulações de correntes com cristas sinuosas. O caminho das ondulações na superfície horizontal

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superior foi marcado com tinta. Lentes de areia bem definidas são vistas em uma seção vertical: i) seção paralela às cristas das ondas; ii) seção normal às cristas das ondas. C) Testemunho de sedimentos de planície intermaré mostrando vários tipos de estratificação. Na zona superior as estratificações lenticular e flaser são originadas por marcas onduladas simétricas (Planície de maré do Mar do Norte)

4- ACAMAMENATO CRUZADO ESPINHA-DE- PEIXE (herring-bone cross-bedding) - acamamento cruzado bidirecional onde camadas cruzadas de conjuntos adjacentes mergulham em direções opostas - produzido onde há inversão de correntes que originam dunas e ondas de areia, mudando suas direções de migração - caractarística de depósitos de areia de ambientes de maré, mas não uma feição sempre presente Estratificação cruzada espinha de peixe 5- SUPERFÍCIES DE REATIVAÇÃO - alguns conjuntos de camadas cruzadas, quando observados com cuidado, podem mostrar a presença de superfícies de erosão dentro delas, cortando o estrato cruzado → superfícies de reativação - representam pequenas mudanças nas condições do fluxo o que causa modificações no formato da forma de leito - parecem estar relacionadas à flutuações ou mudanças no mecanismo ou direção do fluxo - não parecem ser diagnósticas de nemhum ambiente - as unidades cruzadas mostram internamente: descontinuidades no padrão e atitude das lâminas de “forset” ou uma superfície inclinada dentro de um conjunto cruzado que separa “forsets” adjacentes com orientações similares e truncadas na lâmina de “forset” mais inferior Podem ocorrer: - em depósitos arenosos de maré → produzidas por correntes de maré reversas (onde a corrente de uma direção não tem velocidade suficiente para causar muito movimento de sedimento e assim acamamento cruzado naquela direção) - em sedimentos fluviais por mudanças no estágio do rio - em areias eólicas por mudanças na velocidade do vento

Figura 10 - A) Espinha de peixe. B) Superfície de Reativação.

6- ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA HUMMOCKY (HCS) (truncada por onda) e SWALEY - origem atribuída a fluxos oscilatórios de ondas de tempestade (ou tsunamis) + corrente unidirecional (fluxo combinado) mostrando também que ocorre um modelo complexo de erosão e rápida deposição > ocorrência em sequências marinhas rasas - ocorrem em ambientes além do nível de base das ondas normais com frequente retrabalhamento

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- caracterizada por superfícies limitantes inferiores erosionais, mergulhando, na maior parte, menos que 100, com lâminas quase paralelas a elas - estrutura compreende conjuntos de laminação encurvada com setores convexos (hummocks) e concavos (swales) que se interceptam - paleocorrentes unimodais → apresentam formas de leito assimétricas → resultantes fluxo combinado → corrente unidirecional sobrepujou fluxo oscilatório - lâmina pode se espessar lateralmente em um conjunto e as direções de mergulho das superfícies limites erosionais e da lâmina sobrejacente são alteradas - tais unidades se depositam em montículos baixos (hummocky) e depressões suaves (swales) por aumento da energia da onda - têm de 10 a 50 cm de altura e são espaçadas poucos metros - segundo Harms (1975) → denominação se aplica a formas > 1m de comprimento de onda - estruturas similares menores > estratificações/laminações truncadas por ondas (Góes, 1995) ou wave ripples/mega ripple bedding - comuns em arenitos finos a médios de origem marinha rasa ou próximo à costa - ocorrem também dentro de espessas unidades de arenitos de sequências de arenino/lamito inter-acamadados> neste caso sua ocorrência sugere uma fase de forte atividade de oscilação de onda comuns em tempestades, no pico da qual a ação da onda é mais vigorosa. - são observadas na parte inferior de sequências de antigas linhas de costa, especialmente em areia fina do estirâncio (shoreface) → lâmina de ondulação de onda truncada (Campbell,1966) - argumentos sobre como a areia foi transportada para o sítio de deposição durante a tempestade não são esclarecidos → defendida a idéia de atividade eólica, ondas de tempestade e corrente de turbidez

Figura 11 - A) Formação de Correntes de Gradiente. B) Estratificação cruzada , com lâminas mergulhando com baixo ângulo

Figura 52 - A) HCS constituída pelas divisões: B – depósito residual basal P – laminação paralela H – hummocky F – laminação plana X- laminada cruzada M – lamito B) SCS

Características da HCS: baixo ângulo (10 – 15°), base do set erosiva, laminação interna aproximadamente paralela à

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superfície-limite inferior, laminação individual interna variando a espessura lateralmente e com diminuição do ângulo de mergulho, distribuição paleocorrentes considerada caótica → forma isotrópica da estrutrua e processo gerador → sugerem distribuição dos azimutes bipolar. Características da Swaley - série de escavações concavas e rasas superimpostas - 0,5 – 2 m de largura - poucas dezenas de profundidade - também denominada estratificação cruzada acanalada de baixo ângulo ou de HCS anisotrópica (assimétrica) - segundo Cheel & Leckie,(1993) têm todas características da HCS com as seguintes exceções: não possui laminações internas convexas e pode ocorrer em arenitos grossos a médios e até conglomeráticos ( HCS em arenitos mais finos) 7- ACAMAMENTO CRUZADO EÓLICO - muito mais espesso quando comparado com os de origem subaquosa → sets apresentam vários metros de altura > > 30 m (os formados subaquosamente têm em geral < 2 m) - camadas cruzadas frontais mergulham com ângulos altos > > 300 ( as de origem subaquosa < 25° em geral) - pode ser tipo acanalado ou tabular e comumente têm forma tangencial - se origem da estrutura é interpretada como eólico torna-se necessário verificar também a composição e textura do sedimento Acamamento cruzado em areias de duna - possui superfícies de deslizamento bem desenvolvidas - processos de migração → avalanches de areia → lamina bem desenvolvida c/forte ângulo - arranjo de várias unidades umas sobre as outras → acamamento cruzado - feição importante → acamamento cruzado em grande escala c/laminas cruzadas c/angulos entre 30° ou 35° - espessura das unidades cruzadas → vários cm a 1 – 2 m (as vezes vários m) - unidades individuais separadas por superfícies mais ou menos horizontais ou c/mergulhos suaves (podem apresentar mergulhos altos (20 – 28°) - laminas de “foreset” de grande escala → retas c/alto ângulo de mergulho - muita areia em suspensão → “foresets” progressivamente → mais planos → formas tangenciais - raramente “foresets” de alto ângulo podem mostrar curvatura - espessura individual da lamina > > 2 a 5 cm - tipo mais comum > tabular c/ formas angulares e em cunha - tipo acanalada não comum > solitária, podendo desenvolver padrão festonado - seção vertical > afinamento das unidades c/acamamento cruzado da base p/topo; lamina “foreset” torna-se mais plana para o topo Acamamento cruzado em “sand-drift” - “sand-drift”> areias eólicas associadas c/ algum obstáculo - lamina “foreset” > baixo ângulo + pequena dimensão - se formada ao longo margens de uedí > presença de seixos pequenos parte mais superior do “foreset”

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Figura 13 - A) Estrutura interna de dunas costeiras B) deposição de “forsets” inclinados na margem de um uedí em forma de “sand drift”. Seixos são comuns na parte mais superior dos “forsets” C) Construção de sand drifts

8- ACAMAMENTO CRUZADO LONGITUDINAL/SUPERFÍCIES DE ACRESÇÃO LATERAL/ACAMAMENTO CRUZADO EPSILON (ECS) - conjuntos isolados de estratos cruzados que diferem do acamamento cruzado produzido pela migração de ondulações - são feições típicas de arenitos de canal de rios meandrantes, podendo também ocorrer em depósitos de canais distributários de deltas e de maré - consiste de unidade tabular, com espessura normalmente entre 1 e 5 m, na qual camadas inclinadas mergulham com ângulos menores (em torno de 50 a 150) do que as adjacentes > estas camadas inclinadas podem ser sigmoidais em seção vertical e podem ser definidas por diferenças no tamanho dos grãos entre camadas >contêm, quando observadas detalhadamente, estruturas internas de pequena dimensão tais como: laminação e acamamento cruzados de pequena escala, que indicam fluxo subparalelo > direção das camadas inclinadas > superfície inferior do conjunto é erosional com concentração de seixos e clastos intraformacionais > pode ocorrer granodecrescência dentro do set e na parte superior da unidade > camadas inclinadas de areia e silte interacamadadas > as camadas inclinadas registram sucessivas posições de uma migração lateral de barras de pontal ou,mais raramente, migração lateral do flanco de uma barra média - diferem das camadas cruzadas originadas por ondulações pelo fato de que: > cada camada inclinada é uma camada e não uma lâmina > cada camada pode apresentar um tipo diferente de acamamento, por ex: acamamento lenticular ou ondulado ou interlaminado com areia/lama > importante feição, sempre associada com esse acamamento em zona intertidal, são planos de deslizamento curvados que são planos de falha de gravidade - forma-se pela migração lateral do canal e representa o sucessivo crescimento de barras em pontal - normalmente só um pouco destas superficies de acresção lateral poderá estar presente em uma seção de campo, espaçadas a distâncias de vários m- possuem geralmente 1 m ou mais de altura e continuam lateralmente por vários m (mais de 10 m) - ambientes – planície intermaré, fluvial

Figura 14 - A)Estratificação cruzada lontidunal gerada em barra em pontal. B)Visão geral de um canal de maré mostrando a formação de estratificação longitudinal Estratificação cruzada longitudinal

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9- ACAMAMENTO CRUZADO DE PEQUENOS DELTAS OU MICRODELTAS - desenvolve-se pela migração de pequenos deltas (construídos dentro de lagos e lagunas) e representam a progradação da frente deltáica - espessura da unidade cruzada (em geral de poucos metros) reflete a profundidade da água dentro da qual o delta foi construído - forma triangular em planta - superfície ligeiramente convexa - “lee-side” constituído de lobos quase como superfície plana - ocorrem como corpos simples, solitários > diferente do acamamento cruzado originado pela migração de ondulações - lamina de “foreset” → semelhante as de megaondulações menores → mergulham com ângulos de 100 a 250 e constituída de areia passando a silte e argila da camada de fundo (bottom sets) depositados de suspensões na frente deltáica - devido grande abundância de sedimentos → formação de pequenos deltas e faces de deslizamento → migram por certa distância antes de serem cortados por sedimentos mais recentes - conjuntos do topo (top sets) são também bem desenvolvidos e podem consistir de cascalhos, areias e sedimentos finos lenticulares depositados por correntes no topo do delta

Figura 15 - Estratificação cruzada gerada pela migração de pequeno delta

- identificado pela presença de conjuntos do topo e de fundo em contraste com acamamento cruzado por dunas e ondas de areia e também pela presença de uma sequência espessa - ocorrem como uma cunha ou leque em sequências lacustres ou lagunares; em sedimentos flúvio-glacial e sandur (outwash plain) 10- ACAMAMENTO CRUZADO DE ANTIDUNA - é raro mais importante por indicar velocidades de fluxo altas em regime de fluxo superior - antidunas são formas de leito em sedimento arenoso - geração de antidunas → alta energia da corrente (aumento velocidade + diminuição profundidade = aumenta energia da corrente) unidades arenosas com baixo ângulo (<10°)de inclinação para montante e/ou jusante - forma dos conjuntos → em cunha - este tipo tem normalmente baixo ângulo de mergulho e é menos bem definido do que aquele formado por dunas subaquosas de regime de fluxo inferior - conhecido em arenitos de turbiditos e fluviais, depósitos vulcanoclásticos depositados por fluxo de correntes carregadas de cinzas (base surge deposits) e em algumas partes de praias, diques naturais e barras em pontal 11- ACAMAMENTO CRUZADO DE PRAIA - superfícies praiais mergulham fracamente para o mar - areias siliciclásticas e carbonáticas depositadas em praias de moderada a alta atividade de ondas são caracterizadas por uma estratificação (laminação) cruzada tabular de baixo angulo arranjada em sets truncados

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- esse acamamento é direcionado costa afora e é formado por ondas de “swash-backwash” Ø pequenas diferenças nos angulos e direção de mergulho dos conjuntos laminados adjacentes > aparência de estratificação cruzada - ângulo mergulho – 2° a 5o (costa do Golfo do Texas); 7° a 10o (costa da Califórnia)

Figura 16 - A)Três formas de antidunas: i)mal formada de baixo ângulo em jusante ii) lamina cobrindo completamente a antiduna iii) lâmina de baixo angulo em montante. O tipo C é mais comum e ocorre quando a antiduna caminha para montante e quebra. B)Estratificação cruzada praial.

- superfícies que limitam os sets representam mudanças sazonais no perfil da praia - reconhecimento: - textura e composição do sedimento podem ajudar para confirmar a origem praial - presença de lineação primária de corrente - baixos ângulos de mergulho da lamina + extensão lateral - “longshore bar” – constituída de camadas mergulhando para costa c/ângulos 16° a 20°; para o mar 4° a 5° - conjunto de unidades cruzadas > produzidas por camadas mergulhando em diferentes direções e angulos (direção da camada a mesma) - unidades são tabulares com forma em cunha - unidades acanaladas ausentes 12- ACAMAMENTO CRUZADO EM CONGLOMERADOS - não é incomum - ocorre em conjuntos simples com altura dos sets em torno de 0,5 a 2m - usualmente planar podendo ocorrer em unidades com geometria tabular, em cunha ou lenticular - estruturas comuns em conglomerados depositados em ambientes fluviais (braided e planície de inundação) formando-se pela migração para jusante das barras originadas nos estágios altos do rio 13- ACAMAMENTO CRUZADO DE PREENCHIMENTO DE CANAL - preenchimento de pequenos canais aluviais/erosionais -conjunto de laminas finas em conformidade c/forma em cunha do fundo > fase tardia → lamina erodida → produção nova calha mais jovem → preenchimento c/fina lamina - em 3D não apresenta forma festonada - se processo se repete várias vezes → conjunto de estratos cruzados - em vista frontal → parece acamamento festonado de grande escala - constituição das camadas: lama ou areia laminada; presença material grosso (conchas) próximo ao fundo de cada unidade

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- ambientes – sedimentos fluviais → áreas de “overbank flows”, diques de rios largos

Figura 17 - Estratificação cruzada originada pelo preenchimento de canal

- barras (longitudinais, transversais) c/face de deslizamento inclinada, ativa → sobre avalanche → acamamento cruzado planar c/ “foresets” mergulhando cerca 30° - lamina de “foreset” → alternância de finos e grossos - presença de superfícies de reativação - desenvolve-se sedimentos arenosos e cascalhosos → canais entrelaçados; menos comuns arenosos finos a sílticos - tipos de planar em correntes entrelaçadas (Bluck, 1974) → migração de margens de barras acrescionárias escarpadas mostrando sedimentos grossos → laminas de “foresets” espessas c/alternância de laminas de finos e grossos - ondulações localizadas no topo das barras (desenvolvidas quando barra preenche canal) → “drapes” de lama + camadas onduladas entre “foresets” ESTRATIFICAÇÕES CRUZADAS SIGMOIDAIS - definidas pela geometria externa → reflete a própria organização interna dos estratos - geometria externa em planta → forma de leque - perfil longitudinal → contato superior sigmoidal e base plana - perfil transversal → base plana e topo de forma convexa tipo “olhos de sigmóides” - quando estruturados internamente → estratificação ou laminação cruzada sigmoidal → camadas frontais assintóticas na base e no topo do set - geometria ligada a diversos aspectos deposicionais: ângulo de mergulho do substrato e dos sets,espessura e granulação dos estratos sigmoidais - corpos sigmoidais de planície de inundação, de canais fluviais, distributários e de maré → depositam-se sobre superfície de fundo chato com declive baixo → sedimentos mais finos > maior espraiamento da forma - frentes deltáicas → propícias ao desenvolvimento de espessos pacotes → 30 - 40 m de espessura MARCAS ONDULADAS São feições produzidas na superfície de material inconsolidado, não coesivo, por movimento de fluidos (ondas, correntes e ventos). Fluxo em canais aluviais → em função da forma da configuração do leito, do modo de transporte de sedimento, do processo de dissipação de energia e da relação de fase entre o leito e a superfície da água pode ser classificado em: regimes de fluxo inferior, transicional e superior. São feições produzidas na superfície de material inconsolidado, não coesivo por movimento de fluidos (ondas, correntes e ventos) Fluxo em canais aluviais, em função da forma da configuração do leito, do modo de transporte de sedimento, do processo de dissipação de energia e da relação de fase entre o leito e a superfície da água > pode ser classificado em: regimes de fluxo inferior, transicional e superior. Regime de fluxo inferior → resistência ao fluxo é grande, o transporte de sedimento relativamente pequeno e as ondulações de superfície da água estão fora de fase com as ondulações do leito → formas de leito formadas são pequenas ondulações (ripples), ondas de areia (sandwaves) e megaondulações (dunes) ou uma combinação de ambas Regime de fluxo superior → a resistência do fluxo é pequena, transporte de sedimento é grande e as ondulações de superfície e de fundo estão em fase → formas de leito são leito

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plano e antidunas As marcas onduladas (ripples marks) podem ser produzidas pela interação de ondas (fluxo oscilatório), correntes (fluxo unidirecional) ou vento Marcas onduladas originadas pela ação de ondas, baseada na simetria de suas cristas podem ser: simétricas e raramente assimétricas Marcas onduladas simétricas são essencialmente de crista reta, fequentemente mostrando bifurcação c/ comprimento de onda (L) variando de 9 – 200 cm, altura (H) > 0,3 – 23 cm Marcas de ondas assimétricas são muito similares às ondulações de crista reta originadas por correntes c/ L > 1,5 – 105 cm e H > 0,3 – 20 cm Ondulações produzidas por correntes unidirecionais podem ser agrupadas, c/ base no tamanho e morfologia em: Pequenas ondulações > são as menores ondulações simétricasoriginadas por correntes sobre substrato arenoso de granulometria < 0,60 mm L > 4 – 60 cm H > 0,3 – 6 cm Natureza das cristas → reta, sinuosa, linguóide e rombóide Megaondulações > também descritas como ondas de areia ou dunas; produzidas em areias com diâmetro > 0.6 mm L > > 60 – 30 m H > 6 cm – 1.5 m Megaondulações Tipo 1 > cristas retas a ligeiramente sinuosas Megaondulações Tipo 2 > sinuosas a lunadas Ondulações gigantes > L> 3 – 1.000 m; H > 1,5 – 15 m Antidunas L 1 cm – 6 m