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Segundo a tradição nagô dos iorubas, somos o resultado da soma dos saberes dos nossos antepassados, destes, herdamos o inconsciente cole e, com eles as informações legadas nos mesmos, e é por esta determina maior, que os devemos evocá-los e reverenciá-los. ste é o procedimen !ssim sendo, temos ancestralidade. "uando reconhecemos este fato, dedu#imos com clare#a que, devemos não somente por obrigação e sim, p devoção, reverenciar nossos ancestrais. $%&'(. &o )* +&', t'n i )*, at'nh n )*, t'np )*/. $0orrer( não é morrer, é retornar, é renascer, é reviver/. ! reencarnação da alma, segundos os nagôs é um fato, não uma simples crença. 1 2ratado de 3fá, signi4cativo e irredut5vel em seus princ5pi que a reencarnação é necessária, para que ha6a o resgate 7gb5gb*s5l arrependimento 7+robin'6e8, o pedido de perdão 7dá&un8, en4m, a salva 7+gb*l*8. 1 retorno da alma é a oportunidade da retratação diante das falhas, d omissão do au95lio ao seu semelhante, en4m, o remorso. : comum ouvirm o ser humano, nos momentos de privações e sofrimentos, di#erem; $1 qu foi que eu 4# para estar passando por tudo isto</ =i#em também; $2enh certe#a de que sou uma boa pessoa, não faço mal a ninguém. =eus é testemunha>/ ?estes momentos, ensina-nos @r'nm+l* a dobrarmos nossos 6oelhos diante do Ariador, pedir compai9ão, resistBncia, resignação de tudo perdão, uma ve# que voltamos * vida terrena, para nos redimir atos praticados em nossas vidas passadas. 1 2ratado de 3fá nos ensina que ao recebermos do Ariador 9celso a permissão para reencarnarmos, isto é, ocupamos uma nova matéria, sem lembranças e sem registro, devemos trilhar numa marcha progressivaC 6amais reacionária. !pesar de estar ligado somente * matéria e não * alma, o 2ratado de elucida que é durante o ciclo da gestação que a alma, destinada *quel matéria em formação, toma ciBncia de qual fam5lia fará parte quando reencarnar. ?esse estágio, o processo que nos é invis5vel desenrola-s paulatinamente, mas de maneira evolutiva. segundo relatos, neste per5odo uma retrospectiva é feita diante da al assim sendo, ela toma ciBncia da representatividade da sua nova fam5l que para ela representou no passado. 1s ensinamentos de 3fá elucidam muitas ve#es há repulsa por parte da alma quanto * sua reencarnação, todavia os des5gnios de 1lDd'mar 7=eus8 são imutáveis. ! alma tem q voltar para se redimir das suas faltas. 1 2ratado de 3fá, ao a4rmar que tudo que nasce é novo, dei9a claro qu alma 7essBncia imaterial do ser humano, princ5pio vital8, ao reencarn conforme determinação do Ariador, tudo será apagado, pois ocupará uma nova matéria apesar dela ter ciBncia da sua missão na 2erra. !o habit

Segundo a Tradição Nagô Dos Iorubas

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Segundo a tradio nag dos iorubas, somos o resultado da soma dos saberes dos nossos antepassados, destes, herdamos o inconsciente coletivo e, com eles as informaes legadas nos mesmos, e por esta determinante maior, que os devemos evoc-los e reverenci-los. Este o procedimento. Assim sendo, temos ancestralidade. Quando reconhecemos este fato, deduzimos com clareza que, devemos no somente por obrigao e sim, por devoo, reverenciar nossos ancestrais. k. ko w k, tnyi w, atnhn w, tnp w.Morrer no morrer, retornar, renascer, reviver. A reencarnao da alma, segundos os nags um fato, no uma simples crena. O Tratado de If, significativo e irredutvel em seus princpios, afirma que a reencarnao necessria, para que haja o resgate (gbgbsl), o arrependimento (robinje), o pedido de perdo (dkun), enfim, a salvao (gbl).O retorno da alma a oportunidade da retratao diante das falhas, da omisso do auxlio ao seu semelhante, enfim, o remorso. comum ouvirmos o ser humano, nos momentos de privaes e sofrimentos, dizerem: O que foi que eu fiz para estar passando por tudo isto? Dizem tambm: Tenho certeza de que sou uma boa pessoa, no fao mal a ningum. Deus testemunha! Nestes momentos, ensina-nos rnml a dobrarmos nossos joelhos diante do Criador, pedir compaixo, resistncia, resignao e acima de tudo perdo, uma vez que voltamos vida terrena, para nos redimir dos atos praticados em nossas vidas passadas.O Tratado de If nos ensina que ao recebermos do Criador Excelso a permisso para reencarnarmos, isto , ocupamos uma nova matria, sem lembranas e sem registro, devemos trilhar numa marcha progressiva; jamais reacionria. Apesar de estar ligado somente matria e no alma, o Tratado de If elucida que durante o ciclo da gestao que a alma, destinada quela matria em formao, toma cincia de qual famlia far parte quando reencarnar. Nesse estgio, o processo que nos invisvel desenrola-se paulatinamente, mas de maneira evolutiva.segundo relatos, neste perodo uma retrospectiva feita diante da alma, assim sendo, ela toma cincia da representatividade da sua nova famlia e o que para ela representou no passado. Os ensinamentos de If elucidam que muitas vezes h repulsa por parte da alma quanto sua reencarnao, todavia os desgnios de Oldmar (Deus) so imutveis. A alma tem que voltar para se redimir das suas faltas.O Tratado de If, ao afirmar que tudo que nasce novo, deixa claro que alma (essncia imaterial do ser humano, princpio vital), ao reencarnar conforme determinao do Criador, tudo ser apagado, pois ocupar uma nova matria apesar dela ter cincia da sua misso na Terra. Ao habitar uma nova composio, ela se transforma num ser possuidor de crebro imaculado e sem registro.E como no h registros anteriores, no h o que lembrar. Podemos assim ratificar com convico o provrbio ioruba que diz: Tudo que nasce novo! Nele no h registros do passado.