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1 EPIGRAFE • JANEIRO DE 2003 Segundo Relatório Intercalar sobre a Coesão Económica e Social (Janeiro de 2003) Unidade da Europa, solidariedade dos povos, diversidade dos territórios pt RESUMO E CONCLUSÕES DO DOCUMENTO COM(2003) 34

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1EPIGRAFE • JANEIRO DE 2003

Segundo Relatório Intercalarsobre a Coesão Económicae Social (Janeiro de 2003)

Unidade da Europa,solidariedade dos povos,diversidade dos territórios

pt

RESUMO E CONCLUSÕES DO DOCUMENTO COM(2003) 34

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2 SEGUNDO RELATÓRIO INTERCALAR SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL • JANEIRO DE 2003

Desde a publicação há um ano do primeiro relatório intercalar sobre a coesão eco-nómica e social, a União Europeia deu um passo histórico ao confirmar, no ConselhoEuropeu de Bruxelas em Outubro passado, o seu alargamento a 25Estados-Membros, a partir de Maio de 2004.

Esta decisão permite pôr termo à importante divisão da Europa e criar condiçõessuplementares para a paz e a prosperidade do nosso continente no futuro.

O êxito da integração dos novos Estados-Membros na União alargada é agora umaprioridade política fundamental, na qual desempenham um papel primordial as polí-ticas europeias a favor da coesão. Estas políticas serão aplicadas a partir da data deadesão, com base em quase 22 mil milhões de euros de recursos suplementares con-

cedidos aos Fundos Estruturais e ao Fundo de Coesão, para o período de 2004 a 2006, no Conselho Europeude Copenhaga de Dezembro passado. Farei tudo para que esses recursos sejam totalmente utilizados em bene-fício dos 75 milhões de novos cidadãos da União. Tudo isto será possível devido às boas relações de trabalhoexistentes, desde há vários anos, entre a Comissão Europeia e as autoridades nacionais dos 10 futurosEstados-Membros, bem como com a Roménia e a Bulgária, cuja adesão terá lugar um pouco mais tarde.

Por outro lado, este relatório tem uma visão mais ampla do que o horizonte de 2006 e prepara o terreno paraas propostas que a Comissão vai apresentar no final do ano sobre as políticas de coesão de que a União alarga-da terá necessidade. É certo que as diferenças entre as regiões, em termos de emprego e de rendimentos,aumentarão consideravelmente com o alargamento, ficando assim confirmada uma das conclusões principais dogrande debate sobre o futuro da política de coesão: o desafio futuro consistirá em permitir que as regiões menosdesenvolvidas recuperem o seu atraso, tanto nos Estados-Membros actuais como nos novos.

A maioria dos contributos para o debate reforçaram também uma das minhas convicções: a partir de 2006, aUnião precisará de uma política de coesão ambiciosa, capaz de responder às expectativas de todos estes cida-dãos. Estes voltam-se cada vez mais para a Europa esperando que ela os ajude a encontrar soluções para asameaças que pesam sobre eles – por exemplo, numa economia globalizada e mais competitiva – ou ainda queela os apoie nos seus esforços, a fim de tirarem proveito das novas vantagens de uma economia assente noconhecimento.

Creio que a Europa deverá ter a visão necessária para responder a estas exigências e deverá manter uma políti-ca capaz de resolver os numerosos problemas das regiões, ajudando-as ao mesmo tempo a explorar, tanto quan-to possível, as oportunidades existentes, incluindo as regiões mais ricas. A Europa precisa de instrumentos depolítica regional bem orientados, simples de utilizar e que possam garantir o envolvimento de todos os interve-nientes-chave a nível regional e local.

O desenvolvimento destas ideias e a sua concretização em propostas aplicáveis e eficazes para o futuro são paramim um compromisso pessoal para 2003.

Prefácio

Michel BarnierMembro da Comissão Europeia

responsável pela Política Regional

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O segundo relatório intercalar sobre a coesão econó-mica e social dá cumprimento ao compromisso daComissão Europeia de prestar ao Conselho informa-ções regulares sobre a preparação das suas propostascom vista ao prosseguimento da política de coesãoapós 20061. Actualiza os dados relativos às disparida-des regionais em matéria económica e social, descre-ve o estado actual do debate sobre o futuro da polí-tica de coesão e lembra o resultado das negociaçõesde adesão com os dez futuros Estados-Membros.

Informação sobre os dados utilizados no relatório

O segundo relatório intercalar actualiza os dados refe-rentes ao PIB regional do ano 2000 e os dados relati-vos ao emprego e desemprego de 2001.

Os dados regionais do PIB referentes aos dois paísescuja adesão à União não está prevista para antes de2006 (Roménia e Bulgária) constam do relatório, masnão foram tomados em consideração no cálculo damédia do PIB por habitante na União alargada a 25Estados-Membros.2

3SITUAÇÃO E TENDÊNCIAS • JANEIRO DE 2003

I. Situação e tendências

Na actual União Europeia confirma-se a convergênciaeconómica e social, com algumas diferenças:

- a nível nacional, os países ditos « da coesão »3 con-tinuam a recuperar o seu atraso,

- à escala regional, na UE, diminuem as disparidades,

- no interior dos Estados-Membros, em contraparti-da, as disparidades agravaram-se.

Daí a necessidade de prosseguir uma estratégia dedesenvolvimento regional equilibrado para todo o ter-ritório da União.

1. Abrandamento do crescimento eco-nómico

Em 2001, verificou-se na União Europeia um abran-damento significativo do crescimento económi-co: o PIB dos Quinze aumentou apenas 1,5 % contraos 3,5% de 2000. É de esperar que este abrandamen-to tenha um particular impacto negativo sobre asregiões mais pobres da União.

Números chave

• Numa União alargada a 25 Estados-Membros, a rela-ção entre os 10% das regiões mais ricas e os 10%das regiões mais pobres é 4,4 (contra 2,6 na Uniãodos 15).

• 48 regiões dos Quinze (18% da população, ou seja68 milhões de habitantes) têm um PIB inferior a 75%da média do PIB comunitário. Numa União alargadaa 25, só 30 regiões dos actuais Estados-Membros(12% da população, ou seja 47 milhões de habitan-tes) ficariam abaixo do limiar dos 75% da novamédia. E não ficariam mais de 18 regiões (6% dapopulação, ou seja 24 milhões de habitantes) numaUnião de 27 Estados-Membros.

• 15% dos Europeus vivem abaixo do limiar de pobre-za nacional (sem as transferências sociais, para alémdas pensões de velhice, esta taxa seria de 24%).

• Cada euro gasto pelos fundos estruturais nas regiõesde Objectivo 14 traduziu-se num aumento do respec-tivo PIB de 1,33 euros tendo igualmente um « efeitode retorno » nas regiões mais ricas: um quarto dasdespesas beneficiam outras zonas da União.

1. É a continuação do Segundo Relatório sobre a Coesão Económica e Social [COM (2001) 24 final de 31 de Janeiro de 2001] e do Primeiro Relatório Intercalarsobre a Coesão Económica e Social [COM (2002) 46 final de 30 de Janeiro de 2002].

2. As negociações de adesão com a Estónia, Lituânia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, República Checa, Chipre, Malte e Polónia foram concluídas noConselho Europeu de Copenhaga em Dezembro de 2002.

3. Os países ditos da « coesão » agrupam a Espanha, Grécia, Portugal e Irlanda, mesmo que esta última não preencha as condições de elegibilidade para osfundos de coesão, devido ao seu nível de desenvolvimento.

4. Os programas de Objectivo 1 têm como finalidade o desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas da União.

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Os países da coesão continuaram a diminuir oseu atraso em relação aos restantes países daUnião, à excepção da Grécia. A Irlanda registou umcrescimento importante e o seu PIB por habitante, apar do poder de compra, atingiu em 2001 118% damédia comunitária (contra 115% em 2000 e apenas64% em 1988).

As disparidades regionais no interior dosEstados-Membros continuaram a aumentar noano 2000. No entanto, devido à convergência entreEstados-Membros, as disparidades globais entre asregiões dos Quinze mantiveram-se praticamente asmesmas entre 1995 e 2000.

Nas regiões de Objectivo 1, o rendimento por habi-tante manteve-se ligeiramente superior a 71% damédia comunitária em 2000. O efeito de recuperaçãomede-se melhor num período de cinco anos, tendo adiferença de rendimentos diminuído 1,5 pontos entre1995 e 2000 e de 2 pontos nas regiões elegíveis aoObjectivo 1 desde 1989, evidenciando a eficácia dosfundos estruturais a longo prazo.

Apresentam-se três grupos de países na União dos25 (ver gráfico na página 16) :

• os oito futuros Estados-Membros mais pobres (comum PIB por habitante igual a 42% da média comu-nitária),

• um grupo intermédio (Espanha, Chipre, Portugal,Eslovénia e Grécia) situado entre os 71% e os 92%da média comunitária,

• um grupo que inclui os restantes Estados-Membrosactuais, com um PIB médio por habitante igual a115% da média comunitária.

2. Disparidades regionais acrescidasapós o alargamento

Depois do alargamento, as disparidades vão aumen-tar. Com base nas estatísticas mais recentes, 48regiões dos Quinze (ou seja, 18% da população)tinham um rendimento por habitante inferior a 75%da média comunitária. Na União dos 25, haverá 67regiões deste tipo, ou seja, 25% da população.Numa União alargada a 25 Estados-Membros, a rela-ção entre os 10% de regiões mais ricas e os 10% deregiões mais pobres é de 4,4 (contra 2,6 na Uniãodos 15).

3. Emprego e coesão social

O impacto do abrandamento económico sobre oemprego foi menor do que o previsto.

Grandes tendências do emprego na União:

• O crescimento do emprego foi limitado em2001: a taxa de emprego aumentou 1,3 %. É maiselevada na Dinamarca, nos Países Baixos e naSuécia e menor na Itália e na Grécia. Paralelamente,a taxa de desemprego aumentou ligeiramente naprimeira metade de 2002, atingindo 7,7%. Estataxa é particularmente elevada na Itália, Grécia eEspanha, onde afecta sobretudo as mulheres e osjovens.

• As disparidades regionais em termos de empre-go diminuíram, mas continuam a ser consideráveis:as regiões onde a taxa de emprego é mais elevadatêm uma taxa média de 78,1%, sendo de 48,6%nas regiões onde a taxa de emprego é menos eleva-da. Em termos de taxa de desemprego, a diferençavai de 2,3 % a 19,7 %, segundo as regiões. Entre asregiões de um mesmo Estado-Membro, a maior dife-rença verifica-se em França e na Itália.

• A coesão social continua a progredir lentamente.A diferença entre o rendimento total das regiõesmais ricas e o das regiões mais pobres diminuiu,bem como o número de Europeus que vivem abai-xo do limiar de pobreza nacional.

Nos países candidatos:

• O emprego sofreu com a crise económica de 2001.A constante diminuição da taxa de empregodesde há cinco anos para cá continuou, apesar deuma subida substancial no sector dos serviços. Ataxa de emprego continua a ser seis pontos inferiorà da Europa dos Quinze (só a Eslovénia e Chipretêm uma taxa de emprego superior à média comu-nitária).

• As disparidades regionais em matéria de empregosão inferiores às da UE, mas continuam a ser signi-ficativas. A taxa de desemprego em 2001 era de13%. Esta taxa atingiu 24,3 % nas regiões maisafectadas e 3,6 % nas menos afectadas.

Na União alargada, as disparidades em termos deemprego e de coesão social aumentam. A taxamédia de desemprego aumenta, assim como a parte

4 SEGUNDO RELATÓRIO INTERCALAR SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL • JANEIRO DE 2003

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do emprego agrícola. O emprego industrial continuaidêntico e diminui o peso dos serviços no empregototal.

4. Novos dados sobre os factores quedeterminam a convergência real

O estudo da Comissão sobre o impacto económicoesperado dos financiamentos do Objectivo 1entre 2000 e 2006 apresenta resultados encorajado-res. Este estudo considera, por exemplo, que o PIBtotal de Portugal será superior em 3,5 % ao que seriaobtido sem o apoio comunitário (2,2 % para a Grécia,1,7 % no Mezzogiorno italiano, 1,6 % na Alemanhade Leste e 1,1% em Espanha). Além disso, o apoio àsregiões de Objectivo 1 tem igualmente efeito foradestas regiões, dado que um quarto das despesasbeneficia outras zonas da União e um décimo benefi-cia países terceiros.

Novos indicadores sobre a evolução tecnológicaestão disponíveis e confirmam o atraso dos países doSul da Europa em termos de inovação tecnológica ede crescimento da economia do conhecimento. NaFinlândia, Suécia e Alemanha, o número de patentesdepositadas por milhão de habitantes representa,pelo menos, o dobro da média comunitária, contramenos de metade para a Irlanda, Itália, Espanha,Grécia e Portugal. As disparidades regionais sãomuito fortes nesta área e ainda mais fortes na áreadas tecnologias de ponta. Estas tendências são

amplamente confirmadas pelos custos da investiga-ção e desenvolvimento. Dos países candidatos, aEslovénia e a República Checa beneficiam da taxa deinvestimento mais elevada para investigação e desen-volvimento (ver mapa na página 15).

5. Territórios e coesão

A Comissão Europeia lançou uma série de estudossobre a componente territorial da coesão. Um delesanalisa a situação nas regiões insulares. Outro abordaas zonas de montanha. Dois estudos sobre o capitalhumano analisam, respectivamente, o seu papel nodesenvolvimento regional e na economia global e doconhecimento.

Regiões insulares

• 10 milhões de europeus povoam as 286 ilhas euro-peias.

• 95% dos habitantes insulares vivem noMediterrâneo, essencialmente na Sicília, Creta, IlhasBaleares e Córsega.

• A situação das ilhas é muito variada. As que enfren-tam problemas mais graves são as ilhas com menosde 5000 habitantes.

• 87% da população insular é abrangida peloObjectivo 1, 11% pelo Objectivo 2 5 e 97% beneficiadas derrogações relativas às ajudas públicas previstasno Tratado.

5ESTADO DA DISCUSSÃO SOBRE O FUTURO DA POLÍTICA DE COESÃO • JANEIRO DE 2003

II. Estado da discussão sobre o futuro dapolítica de coesão

1. Debate nas Instituições Europeias

O primeiro relatório intercalar sobre a coesão econó-mica foi acolhido favoravelmente pelo Conselho, aoqual foi apresentado em 18 de Fevereiro de 2002. Asposições expressas pelas diferentes delegações conti-nuam a ser provisórias e assentam nos seguintes pon-tos:

• O apoio às regiões menos desenvolvidas deve conti-nuar como uma prioridade da política de coesão,mas as modalidades de elegibilidade e a utilizaçãodesta ajuda, nomeadamente a oportunidade de umaabordagem nacional, continuam a ser debatidas.

• Continua a ser necessária uma intervenção comu-nitária nas outras regiões da União, que deverá

5. Os programas ditos do Objectivo 2 têm por objectivo a reconversão das regiões com dificuldades estruturais.

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concentrar-se essencialmente nas acções de fortevalor acrescentado comunitário e incidir sobretudona melhoria da competitividade.

• Relativamente ao esforço financeiro a manter após2006, a Presidência (Espanha) considerou que olimiar de 0,45% do PIB era um bom ponto de refe-rência, tendo em conta o aumento das disparida-des a seguir ao alargamento. Outras delegaçõesreservaram a sua posição para um estado posterior.

• Sublinhou-se repetidamente a necessidade de sim-plificar os procedimentos de execução dos fundosestruturais. A Comissão Europeia apresentou pro-postas neste sentido, no âmbito do Regulamentoem vigor. Será necessário rever mais profundamen-te a questão depois de 2006, questionando desi-gnadamente a clarificação do papel da Comissão.

O Parlamento Europeu adoptou, em 6 deNovembro de 2002, um parecer sobre o primeiro rela-tório intercalar sobre a coesão económica e social.

Confirma o seu apoio à Comissão sobre os pontosseguintes: manutenção de uma política de coesãoforte, solidária e associativa; desenvolvimento susten-tável; promoção da coesão territorial e do desenvolvi-mento policêntrico, harmonioso e equilibrado daUnião; patamar financeiro de 0,45 % do PIB para ofinanciamento da coesão na Europa; apoio às zonascom dificuldades específicas; reforço da cooperaçãotransfronteiriça e oposição a qualquer re-nacionaliza-ção.

Reflecte igualmente preocupações como a necessida-de de ter em conta outros indicadores para elegibili-dade aos fundos estruturais, reforçar a coerênciaentre diferentes políticas comunitárias, aumentar acapacidade administrativa nos países candidatos, sim-plificar ou ainda reforçar a competitividade regional.O Parlamento pediu à Comissão a elaboração de umcalendário e a apresentação de propostas destinadasa melhorar a coerência entre as políticas da UE, sobreo Objectivo 2 e sobre o futuro das iniciativas comuni-tárias6.

O Comité Económico e Social Europeu mostrou-sefavorável, em dois pareceres, à manutenção, após2006, das ajudas a título do Objectivo 1, ao aumento

do tecto de 0,45% do PIB destinado ao financiamen-to da coesão, à consolidação das iniciativas comunitá-rias, à adopção de um método aberto de coordena-ção para tratar os problemas económicos e sociais nasregiões do Objectivo 2, à prioridade dada aos investi-mentos nas regiões desfavorecidas, à criação de umrecurso para estabilizar o rendimento regional emcaso de choque económico inesperado e para suplan-tar os efeitos estatísticos. Defendeu igualmente areforma e a simplificação dos fundos estruturais naperspectiva do alargamento.

No seu parecer de 10 de Outubro de 2002, o Comitédas Regiões debruçou-se sobre a importância dasregiões em atraso de desenvolvimento, da coordena-ção das políticas comunitárias e da simplificação. Eanotou que a Comissão Europeia considera o limiarde 0,45% do PIB comunitário como um patamar definanciamento da política regional. Insistiu na necessi-dade de um período de apoio transitório adequado àsregiões vítimas do efeito estatístico, na sequência doalargamento, e exprimiu-se a favor de um Objectivo 2consagrado à supressão dos desequilíbrios territoriais.

2. Debate nos seminários organizadospela Comissão

O seminário consagrado às prioridades da Uniãopara as regiões reuniu 600 participantes dosEstados-Membros e dos países candidatos, que sedebruçaram sobre o valor acrescentado comunitário ea eficácia das intervenções estruturais. Foram identifi-cados elementos de consenso de entre os quais sedestacaram, mais uma vez, a importância da coesão ea prioridade dada às regiões menos desenvolvidas, anecessidade de continuar a intervir fora destas zonas,a simplificação, a possibilidade de uma fonte definanciamento única e de uma reserva para imprevis-tos ou a prossecução da cooperação entre regiões. Oseminário permitiu também referenciar pontos aaprofundar: clarificação da responsabilidade daComissão, definição dos critérios de elegibilidade,coerência com as outras políticas comunitárias e entrefundos estruturais, forma e conteúdo dos contratostripartidos Comissão-Estados-Regiões, proporcionali-dade das modalidades de execução em função do

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6. As iniciativas comunitárias completam as intervenções dos fundos estruturais: INTERREG estimula a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regio-nal; LEADER promove o desenvolvimento rural; EQUAL prevê o desenvolvimento de novas práticas de luta contra quaisquer discriminações e desigualdadesno acesso ao mercado de trabalho; e URBAN favorece a revitalização económica e social das cidades e periferias em crise.

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montante atribuído, e melhoria da cooperação trans-fronteiriça.

O seminário sobre as prioridades ligadas aoemprego e à coesão social permitiu identificar oimportante papel do capital humano e destacou ovalor acrescentado de acções centradas, por exemplo,na aprendizagem ao longo da vida. Alguns partici-pantes manifestaram o desejo de uma melhor coor-denação entre quatro pilares da Estratégia Europeiapara o Emprego e o Fundo Social Europeu. Os fundosestruturais deverão encorajar a mobilização de todosa favor da inclusão social através de parcerias. Emmatéria de igualdade de oportunidades, a integraçãohorizontal das questões de género deveria ser consi-derada prioritária.

O seminário sobre as zonas urbanas reuniu, emLondres, mais de 600 agentes dos programas URBAN,entre os quais numerosos Presidentes de Câmaras,que sublinharam a importante contribuição do pro-grama URBAN para o desenvolvimento das suas cida-des, bem como o valor acrescentado deste programa,que permite uma intervenção eficaz e visível no terre-no, um elevado grau de parceria e uma aprendiza-gem permanente. Afirmaram a necessidade de pros-seguir e intensificar as intervenções comunitárias afavor das cidades – motor do desenvolvimento regio-nal – para preservar a coesão social no interior dascidades e a melhoria do ambiente urbano. Os interve-nientes incitaram a Comissão Europeia a estudar apossibilidade de intervenção dos fundos estruturaisem matéria de habitação e a fazer das cidades os seusprincipais interlocutores para questões que lhesdigam respeito, a assegurar uma melhor coordenaçãocom outros programas e a favorecer o intercâmbio deexperiências e a constituição de redes.

Por último, reuniram-se para debater o tema «políti-cas comunitárias e montanhas», no âmbito do AnoInternacional da Montanha, 500 participantes dosEstados-Membros, dos países candidatos e de paísesterceiros. Momento importante de diálogo, este semi-nário fez sobressair a necessidade de projectos especí-ficos, de melhor coordenação entre as políticas comu-nitárias bem como frisou a mais valia para as monta-nhas das políticas de cooperação transfronteiriça.

3. Temas mais debatidos

Alguns temas estiveram no centro dos debates sobreo futuro da política de coesão em 2002.

• A prioridade dada às regiões menos desenvol-vidas recolhe a unanimidade e o critério de 75% damédia do PIB da UE aplicado ao nível NUTS II 7utili-

zado para os definir foi amplamente aceite.Menciona-se regularmente a necessidade de tomarem consideração critérios adicionais bem como aeventualidade de incluir nesta categoria as ilhas e asregiões ultraperiféricas. O «efeito estatístico» pode-ria ser compensado por um regime transitório oupelo aumento do limiar de elegibilidade.

• A ajuda fora das regiões com atraso de desen-volvimento é alvo de numerosos apoios. Maiorsimplificação e descentralização, bem como a con-centração nas prioridades comunitárias e na com-petitividade regional são pontos frequentementemencionados neste âmbito. Uma definição dezonas para estas ajudas deixou de ser pertinente.

• O intercâmbio de experiências e a cooperaçãotêm um impacto benéfico amplamente reconhe-cido, nomeadamente a nível transfronteiriço.

• Uma melhor contribuição das políticas comu-nitárias (pesca, concorrência, agricultura, trans-portes, ambiente, investigação e desenvolvimento)para a coesão económica e social foi amplamen-te referida em 2002.

• As eventuais consequências da supressão daszonas do Objectivo 2 sobre as ajudas de Estadocom finalidade regional foram frequentementeabordadas.

Regiões ultraperiféricas

• 3,8 milhões de Europeus vivem nas RUP (Canárias,Açores, Guadalupe, Guiana, Reunião, Martinica eMadeira) e beneficiam do Objectivo 1 e das derroga-ções previstas no tratado em matéria de ajudaspúblicas.

• O seu PIB atinge 66% da média da União.

7ESTADO DA DISCUSSÃO SOBRE O FUTURO DA POLÍTICA DE COESÃO • JANEIRO DE 2003

7. A nomenclatura das unidades territoriais estatísticas (NUTS) foi criada pelo Eurostat para dispor de um esquema único e coerente de divisão territorial. Anomenclatura actual subdivide os países da União Europeia em 78 territórios de nível NUTS 1 (os estados federais da Alemanha, as regiões na Bélgica, etc.),210 territórios de nível NUTS 2 (as comunidades autónomas de Espanha, as regiões e DOM francesas, as regiões italianas, os estados federais da Áustria, etc.)e 1093 territórios mais pequenos de nível NUTS 3.

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8 SEGUNDO RELATÓRIO INTERCALAR SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL • JANEIRO DE 2003

III. Preparação do alargamento e período2004-2006Na sequência da conclusão das negociações de adesãono Conselho de Copenhaga, o essencial da preparaçãopara o alargamento consiste em finalizar os progra-mas estruturais dos futuros Estados-Membros e emassegurar o seu lançamento efectivo no dia daadesão.

Persistem alguns problemas, identificados nos relató-rios regulares de Outubro de 2002, sobre a evoluçãodos Estados candidatos na adopção do já adquirido:insuficiência de coordenação interministerial, fraque-za dos procedimentos administrativos e desigualdadedos serviços de controlo.

Dada a pouca experiência dos países candidatos emmatéria de utilização dos fundos comunitários e paraassegurar uma gestão correcta dos fundos, aComissão e os Estados-Membros exigiram desses paí-ses compromissos firmes em termos de estruturasadministrativas e de procedimentos de acompanha-

mento e de controlo. Além disso, a Comissão apre-sentará, seis meses antes da data de adesão, umanova avaliação de conjunto sobre o estado de pre-paração destes países. Em Julho de 2003, será apre-sentado um relatório específico sobre a concretiza-ção dos compromissos assumidos pelos candidatos,no âmbito da negociação e no que respeita à políticaregional.

O Conselho de Copenhaga decidiu uma dotação de21,7 mil milhões de euros para os fundos estruturaise de coesão para o período de 2004 a 2006, ou seja,uma ajuda média de 117 euros por habitante em2006. Este nível de ajuda é inferior ao inicialmenteprevisto no quadro financeiro de Berlim (191 eurospor habitante em 2006). Um terço da dotação seráreservado aos fundos de coesão e a ajuda dos fundosestruturais será destinada essencialmente aoObjectivo 1. As iniciativas comunitárias limitar-se-ãoao Interreg e ao Equal.

Síntese e conclusões

I. Introdução

O debate suscitado pela Comissão após a adopção doSegundo Relatório sobre a Coesão Económica eSocial, relativo às opções para a futura política decoesão, continua a mobilizar os principais interessa-dos tanto nas regiões e nos Estados-Membros actuaise futuros como nas instituições europeias. O presen-te Segundo Relatório Intercalar apresenta uma actua-lização da análise da situação e das tendências quesurgem nas regiões, bem como os principais temas dedebate durante 2002 sobre o futuro da política decoesão.

II. Análise da situação e das tendências:o desafio do alargamento

O alargamento da Europa para incluir 25Estados-Membros constituirá um desafio sem prece-dentes para a competitividade e a coesão interna daUnião. Devem ter-se presentes vários factores que

terão uma repercussão indubitável na futura políticade coesão, nomeadamente:

• Um aumento sem precedentes das disparida-des económicas na União: o diferencial, em ter-mos de PIB per capita, entre os 10% da populaçãodas regiões mais prósperas e a mesma percenta-gem de população das regiões menos prósperasmais do que duplicará relativamente à actual situa-ção na UE 15.

• Uma mudança geográfica do padrão de dispa-ridades: na UE25, 116 milhões de pessoas, ouseja, 25% da população total, viverá em regiõescom um PIB per capita abaixo de 75% da média daUE, em comparação com os actuais 68 milhões depessoas, ou seja, 18% do total da UE15. Destas116 milhões, quatro em cada dez cidadãos viverãoem regiões que pertencerão aos actuaisEstados-Membros enquanto os outros seis serãocidadãos dos países candidatos.

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• Situação de emprego menos positiva: terão deser criados três milhões de empregos para que ataxa média de emprego nos novosEstados-Membros se situe ao nível do resto da UE,devido à diminuição da taxa de emprego e a umataxa mais elevada do desemprego a longo prazodos jovens. Na UE alargada, continuarão a registar-se diferenças apreciáveis em matéria de empregoem função da idade, do sexo e do nível de qualifi-cações e competências.

Por outro lado, outros factores demonstram o poten-cial económico de uma UE alargada: os países candi-datos em geral tiveram uma taxa de crescimentosuperior à dos actuais Estados-Membros e, global-mente eles contribuirão para elevar o nível médio deeducação na União, enquanto as pessoas com umnível inferior de educação continuarão a concen-trarse, entre outras áreas, em regiões do Sul daEuropa (Portugal, Espanha, Itália e Grécia).

III. Principais temas de debate sobre afutura política de coesão

As diferentes contribuições examinadas no presenterelatório revelam que o debate sobre o futuro da polí-tica de coesão continuou a ser intenso após a publi-cação do Primeiro Relatório Intercalar há um ano.Estas intervenções, bem como os resultados dasvárias análises e estudos realizados pela Comissão,permitiram confirmar quatro contribuições importan-tes desta política:

• uma função da redistribuição a favor dosEstados-Membros e das regiões menos prósperas(com um impacto macroeconómico significativo,promovendo a convergência real);

• o reforço da integração económica e política(desenvolvimento das redes de infra-estruturas,acesso melhorado para regiões afastadas, projec-tos de cooperação);

• um contributo para alcançar as prioridades comu-nitárias fixadas pela estratégia de Lisboa, posterior-mente ampliadas pelo Conselho Europeu deGutemburgo, incluindo as reestruturações econó-micas e sociais resultantes da globalização;

• um contributo para uma melhor governança (par-ceria, cultura de avaliação, etc.).

O debate permitiu igualmente elaborar uma lista dequestões essenciais, às quais o Terceiro Relatóriosobre a Coesão Económica e Social deverá responder.Estas questões podem agrupar-se em dois grandesvectores: as prioridades da futura política de coesão eo método de execução.

(i) Prioridades da futura política

Acções nas regiões menos desenvolvidas

O presente Relatório Intercalar confirma tanto oaumento sem precedentes das disparidades na Uniãoalargada como a natureza a longo prazo dos esforçosnecessários para reduzir as mesmas. Existe um con-senso generalizado relativamente à necessidade decontinuar a concentrar os recursos nas regiões menosdesenvolvidas e, em particular, nas dos novosEstados-Membros.

Quanto ao modo de definir estas regiões, os contri-butos para o debate não puseram seriamente emcausa a conveniência de continuar a utilizar os actuaiscritérios de elegibilidade baseados no nível geográfi-co de NUTS II e no PIB per capita - que tem o méritode ser simples e transparente - embora algumas con-tribuições tenham solicitado que fossem acrescenta-dos outros critérios.

Casos especiais

Houve uma ampla discussão sobre o lugar que sedeve reservar a certas categorias específicas deregiões no âmbito da futura política.

Em primeiro lugar, houve um amplo consenso sobre anecessidade de encontrar soluções justas para asregiões dos Estados-Membros existentes que actual-mente são elegíveis a título do Objectivo 1 e que,embora não tenham concluído o processo de conver-gência económica, se poderão tornar inelegíveis emresultado da diminuição do PIB médio per capita naUnião alargada (efeito estatístico). De acordo com osdados de 2000, 18 regiões com uma população de21 milhões de habitantes poderiam encontrar-senesta situação.

Em segundo lugar, colocou-se a questão das regiõesque já não cumpririam os critérios de elegibilidadecom vista a serem consideradas menos desenvolvidas,mesmo não se efectuando o alargamento, em virtu-de de terem atingido um rendimento per capita supe-rior a 75% da média da UE15. Várias contribuições

9SÍNTESE E CONCLUSÕES • JANEIRO DE 2003

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exprimiram o seu apoio a uma intervenção sob aforma de ajudas comunitárias regressivas (“phasing-out”) para estas regiões.

Por último, estava a questão do tratamento que sedeve reservar a certas categorias de regiões, nomea-damente as regiões ultraperiféricas, cujos condiciona-lismos sociais e económicas são reconhecidos no arti-go 299º do Tratado.

Outras regiões mencionadas neste contexto são asilhas menos favorecidas, mencionadas no artigo 158º,e as regiões com uma densidade populacional extre-mamente baixa, designadamente partes dos paísesnórdicos actualmente equiparadas ao Objectivo 1, emconformidade com o Protocolo 6 do Acto de Adesãoda Áustria, Finlândia e Suécia.

O Terceiro Relatório sobre a Coesão terá que abordaras necessidades de cada um destes casos especiaiscom base na situação específica das regiões emcausa, mas tendo também em conta as possibilidadespropostas para fora das regiões menos desenvolvidas.

Acções no exterior de regiões menos desen-volvidas

No período de programação 2000-06, cerca de umterço das dotações dos fundos estruturais destina-sea regiões que não são elegíveis a título doObjectivo 1.

Embora, por definição, os problemas da coesão eco-nómica e social no exterior de regiões menos desen-volvidas sejam em menor escala, a União, no seu con-junto, enfrenta vários desafios importantes.

Concretamente, os problemas de competitividade,desenvolvimento sustentável e reestruturação econó-mica e social dizem respeito a todos osEstados-Membros. Estes desafios reflectem uma gran-de diversidade de situações e necessidades potenciais,ao contrário das necessidades mais intensas masmelhor definidas das regiões menos desenvolvidas,especialmente nos novos Estados-Membros. Estavasta série de desafios realça também a necessidadede concentrar a ajuda em elementos qualitativos e sis-témicos para aumentar o valor acrescentado comuni-tário.

As posições iniciais de certos Estados-Membrosdurante o debate, no sentido de que a União deveriaabandonar totalmente acções desta natureza no

exterior das regiões do Objectivo 1 e que osEstados-Membros deveriam reassumir (“renacionali-zar”) não parece terem ganho terreno. Foi reconheci-da a necessidade de dispor dos meios adequadospara alcançar as prioridades fundamentais europeias.A este respeito, a União, sobretudo nos ConselhosEuropeus de Lisboa, fixou-se um objectivo estratégicopara a década: converter-se na economia baseada noconhecimento mais competitiva e dinâmica domundo, capaz de manter um crescimento económicosustentável com mais e melhores empregos e umamaior coesão social. Esta estratégia destina-se a per-mitir à União recuperar, por um lado, as condiçõespara o emprego pleno, o crescimento e a coesãosocial, e, por outro, reforçar a coesão regional. OConselho Europeu de Gutemburgo aprovou umaestratégia de desenvolvimento sustentável para aUnião Europeia.

Um grande número de contribuições realça que osEstados-Membros e as regiões não possuem condi-ções idênticas para alcançar estes objectivos. Alémdisso, uma política que tem por objectivo responderaos vários desafios que a União enfrenta, que reco-nhece e implica o nível regional, é coerente com oespírito do Livro Branco da Comissão sobre aGovernança, sobretudo com as obrigações quedecorrem do Tratado em matéria de coesão, quedevem “promover um desenvolvimento harmoniosodo conjunto da Comunidade” e “reduzir a disparida-de entre os níveis de desenvolvimento das diversasregiões e o atraso das regiões e das ilhas menos favo-recidas, incluindo as zonas rurais”.

Estas prioridades europeias têm, até um certo ponto,sido tratadas durante o actual período de programa-ção no âmbito do Objectivo 2 (regiões em reconver-são), do Objectivo 3 (recursos humanos), das iniciati-vas comunitárias e acções inovadoras e de acçõesfora do Objectivo 1 em matéria de política rural e depescas.

No entanto, as políticas e os instrumentos actuais têmsido alvo de críticas baseadas em argumentos como:falta de suficiente valor acrescentado, por vezes exi-gem um trabalho administrativo excessivo em relaçãoaos resultados obtidos e não transferem suficienteresponsabilidade aos Estados-Membros em coerênciacom o princípio de subsidiariedade. Muitos dizemque embora a região continue a ser o nível adequadopara a concepção e a gestão da ajuda, pelas razões

10 SEGUNDO RELATÓRIO INTERCALAR SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL • JANEIRO DE 2003

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interiormente mencionadas, a designação de zonaselegíveis ao nível sub-regional pode restringir artifi-cialmente o campo de intervenção da ajuda comuni-tária, e é difícil de conciliar com uma abordagembaseada nos novos factores de competitividade.

Outra intervenções realçaram a dimensão territorial,citando zonas urbanas, industriais e rurais em dificul-dades, zonas que dependem da pesca ou zonas comdesvantagens naturais. É de assinalar que a dimensãoterritorial pode ser totalmente compatível com umaabordagem baseada na prossecução das prioridadestemáticas da União.

Em suma, é necessário reformular as prioridades e osinstrumentos políticos fora das regiões menos desen-volvidas, de modo a enfrentar as actuais dificuldadese a construir uma nova política capaz de contribuirmais positivamente para a coesão económica e social.

Cooperação

Existe também um amplo reconhecimento sobre anecessidade de manter as acções destinadas a pro-mover a cooperação transfronteiriça e inter-regional.Desta forma reconhece-se que a execução bem suce-dida destas acções, particularmente importantes paraa integração territorial europeia, supõe que se ultra-passe o quadro nacional. O actual período de progra-mação revelou as dificuldades inerentes à organiza-ção de programas coerentes que impliquem a partici-pação de autoridades que pertencem a administra-ções nacionais e a tradições jurídicas diferentes. Foipedido à Comissão que considere a possibilidade deelaborar um instrumento jurídico para a cooperaçãotransfronteiriça que possa facilitar a concepção e aaplicação dos programas europeus.

(ii) Execução: simplificação da gestão

As discussões sobre como simplificar a gestão duran-te o actual período de programação e no âmbitolegislativo actual em vigor até ao final de 2006 real-çaram as dificuldades principais a resolver com vistaao próximo período de programação.

O trabalho relativo ao período actual culminou numareunião de ministros, em 7 de Outubro de 2002. Amaior parte das delegações presentes, partindo daexperiência adquirida com o período 2000-2006,consideram que é necessário prever mudanças dométodo de gestão na futura política de coesão.

No essencial, os Estados-Membros desejam uma sim-plificação e uma maior descentralização das respon-sabilidades ligadas a todos os aspectos da gestãofinanceira e do controlo de programas europeus, umavez acordadas com a Comissão as grandes linhasestratégicas. Neste contexto, existe um consensogeral de que os sistemas de gestão sujeitos a normasmuito pormenorizadas e baseados num “modeloúnico” são inadequadas, dadas as enormes diferen-ças de necessidades, formas de intervenção e recur-sos disponíveis e a necessidade de aplicar o princípiode proporcionalidade. A Comissão está conscientedas críticas e das dificuldades colocadas pela aborda-gem multifundos.

Tomando como base a experiência anterior, reconhece-se amplamente que a eficácia do quadro estratégicopara estabelecer as prioridades políticas depende daqualidade dos sistemas de execução. Como consequên-cia dos actuais procedimentos de execução, os esforçosdos Estados-Membros e da Comissão tiveram, emalguns casos, mais impacto na gestão administrativados programas do que no seu conteúdo e prioridadesestratégicas. Com o alargamento, as mudanças no sis-tema actual são ainda mais necessárias, tendo em contaa necessidade de se reforçar a capacidade administrati-va dos novos Estados-Membros.

Existe igualmente a opinião generalizada sobre ofacto de que o alargamento irá agravar a tensão entrea necessidade de um sistema de aplicação mais des-centralizado e um sistema de controlo eficaz dofinanciamento, garantido pela Comissão.

Os representantes da Comissão realçaram em váriasocasiões que é necessário avaliar as alterações do sis-tema de gestão propostas pelos Estados-Membros àluz do artigo 274º do Tratado, que confia à Comissãoa responsabilidade da execução do orçamento. Destemodo seria necessária que uma maior descentraliza-ção seja acompanhada de uma definição mais preci-sa das responsabilidades, que ofereça as garantiasnecessárias relativamente à utilização dos recursoscomunitários.

Uma das vias a explorar no Terceiro Relatório sobre aCoesão prende-se com a abordagem contratual aestabelecer entre a Comissão e as autoridades nacio-nais (e eventualmente as autoridades regionais, quan-do necessário, num acordo tripartido), que identifi-que os resultados a alcançar através da utilização dos

11SÍNTESE E CONCLUSÕES • JANEIRO DE 2003

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recursos comunitários, respeitando simultaneamentea situação constitucional dos Estados-Membros.

(iii) Outros aspectos

Recursos financeiros

A Comissão recomendou no Segundo Relatório sobrea Coesão que o debate sobre o futuro da políticaeuropeia de coesão se baseie no conteúdo e nãotanto nos recursos financeiros. Deste modo, os parti-cipantes no debate foram encorajados a reflectirsobre os objectivos que os Estados-Membros daUnião devem procurar alcançar juntos neste âmbitocom o apoio da política comunitária. Em larga medi-da, o objectivo foi alcançado, embora determinadaspropostas, como as que consideram a renacionaliza-ção da política, tendam a ser motivadas por conside-rações orçamentais.

Ao estabelecer as futuras dotações orçamentais paraa coesão económica e social, a Comissão necessitaráde ter em conta a amplitude sem precedentes das dis-paridades económicas e sociais numa União alargada,facto realçado no presente Relatório Intercalar, bemcomo o carácter intensivo do esforço a longo prazonecessário para reduzir as disparidades. A Comissãoirá apresentar em tempo devido propostas sobre asnovas perspectivas financeiras. Conforme indicadono Primeiro Relatório Intercalar, muitas contribuiçõespara o debate, especialmente a nível regional, consi-deram que o nível mínimo de recursos a afectar àpolítica de coesão para o período após 2006 corres-ponda a 0,45% do PIB comunitário, posição que foiapoiada, nomeadamente pelo Parlamento Europeuem Novembro de 2002 no seu parecer sobre o referi-do relatório.

Contribuição de outras políticas

Quanto à coerência entre políticas comunitárias, oexercício em curso sobre a governança abriu pistas dereflexão que a Comissão se comprometeu a explorarao preparar as futuras políticas. O conteúdo destaspolíticas deveria ter mais em linha de conta a grande

diversidade e os maiores desequilíbrios territoriais daUnião alargada, devendo igualmente incluir, de umaforma mais explícita, uma contribuição destas políti-cas para a coesão económica e social.

Durante o debate foi repetidamente referido umponto específico: o estatuto de regiões, no âmbito dapolítica de concorrência, que sofrem do “efeito esta-tístico” em resultado do alargamento; foi solicitadoque estas regiões possam continuar a beneficiar deum nível de ajuda equivalente ao das regiões abran-gidas pelas disposições do nº 3, alínea a), do artigo87º do Tratado.

IV. Calendários futuros

Tal como a Comissão anunciou no Primeiro RelatórioIntercalar, no último trimestre de 2003 deverá seraprovado o Terceiro Relatório sobre a CoesãoEconómica e Social para criar as condições para a“execução efectiva da nova geração de programasdesde o início do novo período de programação”.Este relatório apresentará as “propostas concretaspara o futuro da política de coesão”8.

Ao longo de 2003 serão prosseguidas consultas alar-gadas, incluindo um importante seminário em Marçode 2003 sobre a futura gestão dos fundos estruturaise a partilha de responsabilidades. Está igualmenteplaneado organizar consultas sobre as propostas doTerceiro Relatório em 2004, no âmbito de um fórumsobre a coesão.

A Comissão deverá apresentar, em devido tempo,propostas globais sobre o conjunto das políticas bemcomo o projecto das perspectivas financeiras para operíodo após 2006.

A Comissão deseja que os instrumentos legislativossejam adoptados antes do final de 2005, o que per-mitirá que o ano de 2006 seja dedicado às negocia-ções com os Estados-Membros e as regiões sobre anova programação para 2007-2013.

12 SEGUNDO RELATÓRIO INTERCALAR SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL • JANEIRO DE 2003

8. COM(2002) 46.

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13ANEXO ESTATÍSTICO • JANEIRO DE 2003

Anexo estatístico

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14 SEGUNDO RELATÓRIO INTERCALAR SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL • JANEIRO DE 2003

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15ANEXO ESTATÍSTICO • JANEIRO 2003

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16 SEGUNDO RELATÓRIO INTERCALAR SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL • JANEIRO DE 2003

Editor responsável: Thierry Daman, CE DG Política Regional, Unidade 01. Fax: +32 2 296 60 03. Os textos da presente publicação não vinculam a Comissão.Endereço electrónico da DG Política Regional na Internet: <http://europa.eu.int/comm/dgs/regional_policy/index_pt.htm>. - Comissário Michel Barnier: <http://euro-pa.eu.int/comm/commissioners/barnier/index_pt.htm>. Pedidos de publicações: <[email protected]>Impresso em papel reciclado.

KN-49-03-991-PT-C

Comissão EuropeiaDirecção-Geral Política Regional

Copenhaga – Repartição dos créditos autorizados do Fundo de Coesão e dos Fundos Estruturais paraos 10 novos Estados-Membros

Período 2004-2006 Milhões de euros, preço de 1999

Fundos de Coesão Fundos Estruturais

País Atribuição indicativa Objectivo 1 Objectivo 2 Objectivo 3 IFOP IC Total

do total (em %) Interreg Equal

CY 0,43%-0,84% 0 24,9 19,5 3,0 3,8 1,6 52,8CZ 9,76%-12,28% 1 286,4 63,3 52,2 0 60,9 28,4 1 491,2EE 2,88%-4,39% 328,6 0 0 0 9,4 3,6 341,6HU 11,58%-14,61% 1 765,4 0 0 0 60,9 26,8 1 853,1LT 6,15%-8,17% 792,1 0 0 0 19,9 10,5 822,5LV 5,07%-7,08% 554,2 0 0 0 13,5 7,1 574,8MT 0,16%-0,36% 55,9 0 0 0 2,1 1,1 59,1PL 45,65%-52,72% 7 320,7 0 0 0 196,1 118,5 7 635,3SI 1,72%-2,73% 210,1 0 0 0 21,0 5,7 236,8SK 5,71%-7,72% 920,9 33,0 39,9 0 36,8 19,7 1 050,3

Total 7 590,5 13 234,3 121,2 111,6 3,0 424,4 223,0 14 117,5

Há que acrescentar 38,4 milhões de euros ao total de 14 117,5 milhões de euros, a título de assistência técnica.

Estatísticas resumidas das regiões cujo PIB por habitante é inferior a 75% do da UE, 2000Na UE-15 Na UE-25 Na UE-27

UE15 = 100 UE15 = 100 UE25 = 100 UE15 = 100 UE27 = 100Índice utilizado: € 22 603 € 22 603 € 19 661 € 22 603 € 18 530

Número de regiões com menos de 75% 48 85 67 99 68entre as quais regiões da UE-15 48 48 30 48 18

População destas regiões (em milhões) 68 137 116 168 122entre as quais regiões da UE-15 68 68 47 68 24

População em proporção da UE-15/25/27 18% 30% 26% 35% 25%regiões da UE-15 em proporção do total da UE-15 18% 18% 12% 18% 6%

PIB médio por habitante (PPC) das regiões 65 53 54 47 46com menos de 75%

entre as quais regiões da UE-15 65 65 69 65 68

Fonte: Eurostat, cálculos da DG REGIO

PIB per capita (PPC), 2001Índice UE-25 = 100

PIB/per capita (PPC) por país e extremos regionais , 2000Índice UE-25 = 100

Fonte: Eurostat* Nestas regiões, o valor do PIB per capita tende a ser sobrestimado devido a fluxos de pendulares

0

100

200

B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK BG CY CZ EE HU LT LV MT PL RO SI SK

HainautDessau

IpeirosExtremadura

Réunion

Border,Midland

andWestern Calabria

FlevolandBurgen-

landAçores

Itä-Suomi Cornwall

& Isles of Scilly

NorraMellan-sverige

YuzhenTsentralen

Yugozapaden

Bruxelles/Brussel *

Hamburg *

NotioAigaio

Madrid

Southernand

Eastern

Trentino-Alto

Adige Utrecht

Wien *

Lisboae Valedo Tejo

Uusimaa(Suuralue)

Stock-holm

InnerLondon *

Praha *

StredníMorava Eszak-

Alföld

Közép-Magyar.

Lubelskie

Mazowieckie

Nord-Est

Bucuresti

VychodnéSlovensko

Bratislavsky *

Antwerpen

Oberbayern

Salzburg

Berkshire,Bucks &

Oxfordshire

ZápadnéSlovensko

Jiho-zapad

Corse

Île deFrance

0

50

100

150

200

LIRL DK NL A B

FIND F I S UK E CY SI P EL CZ M

THU SK EE PL LT LV BG RO

12 ca

ndida

tos

UE15

média do grupo 1

média do grupo 2

média do grupo 3

0

50

100

150

200

média da UE-25

Fonte: Eurostat, cálculos da DG REGIONAL